Ofertas na emissão da CGD põem taxa entre 11% e 11,5%

A emissão de dívida da CGD já está a receber propostas. A Bloomberg revela que com base nas ofertas, a taxa de juro a pagar pelo banco estatal deverá ficar entre 11% e 11,5%.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está no mercado para obter 500 milhões de euros através de títulos de dívida subordinada. Já estão a ser recebidas propostas por estes títulos, sendo que os juros são elevados. A Bloomberg revela que a taxa de juro a pagar pelo banco estatal deverá superar os 11%.

Tendo em conta informação obtida junto da operação, que não pode ser identificada, a agência noticiosa revela que as ofertas que estão a chegar para os títulos de dívida subordinada do banco liderado por Paulo Macedo põe a taxa de juro anual entre os 11% e os 11,5%. Contudo, tendo em conta que o livro de ordens continua aberto, poderá haver ajustes à taxa final. A oferta pode ficar fechada hoje.

O banco pretende 500 milhões de euros nesta primeira tranche de dívida colocada junto de investidores privados — apenas institucionais — que faz parte do plano de recapitalização da CGD. Sem a obtenção destes fundos não há a injeção de 2.500 milhões por parte do Estado.

A CGD revelou que no roadshow realizado nas principais praças europeias sentiu “um forte interesse” dos 120 investidores institucionais com quem esteve reunido. Investidores estes que demonstraram “profundo conhecimento acerca da CGD e do setor financeiro português”. Mas isso não deverá impedir um custo elevado nesta operação.

A emissão da CGD está condicionada por vários fatores, uns externos e outros internos, adianta uma fonte de mercado. “Os investidores têm muito presente o que sucedeu aos obrigacionistas seniores do Novo Banco em dezembro de 2015 e o comunicado das últimas horas da Pimco e da BlackRock só piorou a situação. Depois desse comunicado revelaram que não vão participar na emissão.

Além disto, “os investidores têm dúvidas sobre a capacidade de cumprimento do plano estratégico perante um acionista que é o Estado”. O ECO também sabe que jogaram neste processo as preocupações em Portugal com a redução de custos da Caixa: a resistência nacional ao encerramento de balcões estará a ser mal recebida pelos investidores.

(Notícia atualizada às 9h53 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Clips — o que faz a nova aplicação da Apple?

Faz quase o mesmo que o Snapchat, mas não é uma rede social. Antes, é uma ferramenta para redes. O que tem e o que faz a Clips, a nova aplicação da Apple?

A aplicação Apple Clips deverá ficar disponível para download em abril.Apple

A nova aplicação da Apple ainda não saiu. Só chegará no mês que vem. No entanto, já é comparada ao Snapchat e ao Instagram Stories. Tem mais de editor de vídeo do que de rede social. Aliás, de rede tem muito pouco. E chama-se Clips. Foi uma das novidades apresentadas pela Apple esta terça-feira. A marca fê-lo em comunicado e ainda não se sabe o que será feito do habitual evento da primavera. Vai haver? Não vai haver? Não se sabe. Diz-se que poderá ser em abril. Talvez, por essa altura, já tenhamos a Clips instalada nos nossos iPhones.

No fundo, e como o nome indica, é uma ferramenta que permite criar clipes. É premir e gravar. É tirar uma selfie. É aplicar um filtro ou um efeito e escrever coisas por cima. Como no Snapchat desde sempre. Como no Instagram Stories desde há uns meses. E como no Messenger e no WhatsApp desde que o Facebook, dono disto tudo, meteu na cabeça que, se não pôde adquirir o Snapchat, há que lhe dificultar a vida a valer.

Mas há uma diferença na nova aplicação da Apple. Os clipes, ou enviam-se por mensagem para os contactos, ou partilham-se nas atuais redes sociais. Não é uma rede, é uma ferramenta para redes. Prepare-se, que vai haver certamente uma inundação de clipes nas do costume: Instagram, Facebook, YouTube e Vimeo são as identificadas pela marca. É também provável que surjam cópias do conceito para dispositivos Android.

Das funcionalidades, a Apple destaca a possibilidade de se poder captar vídeo ou imagens. Em último recurso, usa-se um ficheiro já existente na biblioteca. Também há uma que mostra no ecrã o que está a ser dito, à medida que é dito. O resto são funções básicas de editor de vídeo, com um vasto leque de filtros para todas as ocasiões.

Numa nota de imprensa, a par do vídeo que acima integramos, a Apple diz que a Clips é “uma nova aplicação para que qualquer um possa criar vídeos expressivos de forma rápida e divertida no iPhone e no iPad”. Além disso, a marca garante que a app é capaz de detetar quem aparece no vídeo. Por isso, não se admire se a Clips lhe sugerir contactos a quem enviar os clipes que criar.

Por fim, as especificidades técnicas. Só vai poder descarregar a Clips se tiver o sistema operativo iOS 10.3. O download será gratuito, mas a aplicação só funcionará nos iPhones a partir da versão 5S. E por falar em iPhone, já viu a nova versão em vermelho?

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BlackRock e Pimco fora da emissão da CGD

A CGD não vai contar com duas das maiores gestoras de ativos na emissão de obrigações subordinadas. BlackRock e Pimco recusam participar na operação por causa das perdas com o BES.

A BlackRock e a Pimco, duas das maiores gestoras de ativos do mundo, vão ficar de fora da emissão de dívida subordinada que está a ser levada a cabo pelo banco estatal português. Não vão investir nos 500 milhões de euros que a CGD pretende obter, fazendo esta decisão parte da ameaça feita contra o país depois das perdas sofridas com a dívida do Novo Banco que foi transferida para o “banco mau”, o BES.

De acordo com fontes próximas das duas gestoras, citadas pelo Financial Times, ambas afirmam que não vão participar na operação de emissão de títulos de dívida de elevada subordinação que está a ser levada a cabo pela instituição liderada por Paulo Macedo. Esta emissão de 500 milhões de euros para investidores privados faz parte do plano de recapitalização da CGD, sendo que sem a obtenção destes fundos não há a injeção de 2.500 milhões por parte do Estado.

A CGD revelou que o roadshow realizado nas principais praças europeias sentiu “forte interesse” dos investidores, mas isso não impedirá de pagar uma taxa elevada. E mesmo com esse juro alto, que atrai muitas gestoras que procuram ativos de alto rendimento, tanto a BlackRock como a Pimco afastam-se destes títulos tendo em conta as perdas sofridas por ambas no passado, em dívida que estava no Novo Banco.

“A 29 de dezembro de 2015, o Banco de Portugal levou a cabo um ato ilegal e discriminatório ao transferir cinco séries de títulos no total de 2,2 mil milhões de euros do Novo Banco para a massa falida do Banco Espírito Santo”, salientaram ambas numa nota. “Esta ação arbitrária e injustificada provocou perdas em torno de 1,5 mil milhões de euros para os investidores de retalho e pensionistas que confiaram as suas poupanças a instituições que investiram, em seu nome, em títulos que o Banco de Portugal escolheu de forma desigual”, acrescentaram.

É com base nestes argumentos que os dois bancos de investimento justificam a sua ação contra Portugal e o Banco de Portugal, mais em concreto. “Perante uma ação tão discriminatória e prejudicial, um grupo em representação de dois terços do total de 2,2 mil milhões de euros em títulos transferidos, liderados pela Pimco e pela BlackRock, não encontram outra hipótese do que intentar procedimentos legais contra o Banco de Portugal numa tentativa de recuperar as perdas dos seus clientes”, especifica o comunicado.

"Um acordo traria benefícios para a reputação de Portugal e, em última análise, beneficia os contribuintes portugueses sob a forma de uma diminuição dos custos de financiamento soberano e do setor bancário.”

BlackRock e Pimco

Os bancos de investimento que lideram esta ação contra o Banco de Portugal consideram que o estabelecimento de um acordo traria “benefícios para a reputação de Portugal e, em última análise, beneficia os contribuintes portugueses sob a forma de uma diminuição dos custos de financiamento soberano e do setor bancário”. Não havendo acordo, não participam nas operações dos bancos nacionais. A emissão da CGD é só a primeira que evitam.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Oi propõe converter dívida em ações. Prejuízos anuais agravam-se

Empresa aprovou ajustes ao plano de recuperação judicial pelo qual os obrigacionistas poderão acabar a deter uma fatia de 38% da maior operadora do Brasil. Contas de 2016 não são animadoras.

A Oi apresentou esta quarta-feira ajustes ao plano de recuperação judicial. Entre os novos termos está a proposta de oferecer aos obrigacionistas uma parcela de 25% da empresa e a conversão de dívida em ações, uma operação que poderá pôr nas mãos dos obrigacionistas uma “fatia” de até 38% da maior operadora do Brasil. A informação é conhecida no mesmo dia em que a Oi fechou as contas de 2016 com um prejuízo na ordem dos 2,14 mil milhões de euros, superiores aos registados no ano anterior.

A empresa tem vindo a empenhar esforços para resolver o problema dos cerca de 17,6 mil milhões de euros de dívidas aos credores. Nos novos termos, e a somar à oferta dos 25%, os bondholders (investidores que compraram títulos de dívida da Oi) poderão ainda trocar 1,18 mil milhões de euros em bilhetes por uma parcela adicional de até 17% da firma após um período de três anos. Os obrigacionistas detêm bilhetes avaliados em cerca de 9,6 mil milhões de euros no total.

De acordo com a Bloomberg, esta operação de conversão de dívida em ações irá diluir as ações da Oi, pelo que os obrigacionistas poderão acabar a deter 38% da companhia. A firma terá a opção de amortizar a totalidade da dívida convertível antes da mesma atingir a maturidade.

A nova proposta prevê também que a Oi emita novos títulos aos atuais obrigacionistas no valor de 838,5 milhões de euros, com maturidade de dez anos que oferecem uma taxa de 6%. De recordar que, embora aprovados em Conselho de Administração, estes ajustes precisam ainda de luz verde da Justiça brasileira e, mais importante ainda, dos próprios credores.

Antes mesmo da confirmação da proposta, quando a generalidade da imprensa ainda citava informações de fontes anónimas, já o jornal O Globo noticiava que boa parte dos credores se estaria a preparar para rejeitar a proposta por não ser suficientemente “interessante”. Mesmo que, na prática, a ideia seja a de passar para as mãos dos obrigacionistas um terço da empresa.

Oi agrava prejuízos anuais

Esta quarta-feira, a operadora brasileira também apresentou contas relativas a 2016, agravando os prejuízos e registando um resultado líquido negativo na ordem dos 2,14 mil milhões de euros, mais 140 milhões de euros do que em 2015. A receita líquida consolidada também caiu 5% em cadeia, totalizando 7,78 milhões de euros. No entanto, em 2016, o prejuízo líquido antes dos impostos foi 47% menor do que em 2015, fixando-se em pouco mais de 958 milhões de euros.

Ao nível do último trimestre, o cenário é um pouco mais animador. Ainda que a Oi tenha tido um prejuízo líquido de 988 milhões de euros nesses três meses, é uma redução de 29,8% em termos homólogos. Além disso, segundo a Bloomberg, o EBITDA [lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização] trimestral bateu as estimativas dos analistas e atingiu 527,7 milhões de euros. Em contrapartida, as receitas ficaram aquém do previsto: 1,9 mil milhões de euros à taxa de câmbio atual.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

O mercado de dívida de Portugal está a secar. A culpa é do BCE

Preso por ter cão e preso por não ter. O BCE tem ajudado a baixar os juros nacionais, mas as suas compras estão a secar o mercado secundário. E o risco de iliquidez já está a ser cobrado a Portugal.

Programa de Mario Draghi está a deixar Portugal sob pressão.Raquel Sá Martins

É o outro lado da moeda. Desde que o Banco Central Europeu (BCE) começou a comprar dívida portuguesa, em dezembro de 2015, os juros associados às obrigações nacionais beneficiaram com a presença ativa do chamado “último recurso”. Porém, à medida que o banco central foi engordando a sua carteira com títulos nacionais, também foi “secando” o mercado secundário de dívida.

Os dados da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) não deixam margem para dúvidas. Se a negociação de dívida portuguesa recuperou depois do período do resgate, altura em que o país manteve contacto com o mercado, mas de forma pouco recorrente, no último ano começou a encolher. Desceu, desceu… até tocar o valor mais baixo desde a troika.

Em dezembro, sendo um mês habitualmente menos ativo devido ao período de férias do Natal e Ano Novo, os investidores negociaram, em média, 832 milhões de euros em dívida pública portuguesa no mercado secundário, ou seja, títulos de dívida colocados junto de investidores que os negociaram entre si. Foi um mínimo desde o maio de 2014, o último mês do programa de resgate da troika.

Estes valores, negociados tanto no mercado regulamentado como fora de mercado, é reflexo da perda de valor dessas obrigações, mas traduz essencialmente a existência de menos títulos disponíveis para transação no mercado. Porquê? Porque o Banco Central Europeu (BCE), com o seu programa de compras de títulos de dívida de países do euro, está a secar o mercado. O BCE tinha, no final de fevereiro, 26 mil milhões de euros em obrigações portuguesas.

“A principal razão para a liquidez do mercado secundário ter descido bastante é a política de compra de ativos do BCE. O BCE pode ficar com até 33% de cada emissão [realizada no mercado primário]. Logo aí, um terço de cada emissão pode ir para as mãos do BCE, que vai secando o mercado secundário“, explica Filipe Silva, gestor de ativos do Banco Carregosa. “Enquanto no primário há liquidez, no secundário temos assistido a uma redução significativa, porque os detentores de dívida a entregam como colateral ao BCE”, reforça o gestor.

"A principal razão para a liquidez do mercado secundário ter descido bastante é a política de compra de ativos do BCE. O BCE pode ficar com até 33% de cada emissão. Logo aí, um terço de cada emissão pode ir para as mãos do BCE, que vai secando o mercado secundário.”

Filipe Silva

Gestor de ativos do Banco Carregosa

David Schnautz, estratego do Commerzbank, concorda. E acrescenta: “Mas também o IGCP não tem estado a emitir dívida de forma consecutiva, já que muitas vezes a atividade no mercado primário também faz o reposicionamento secundário”. Desde o início do ano, a agência que gere a dívida pública já angariou um total de 5.292 milhões de euros com a venda de obrigações do Tesouro. Este valor corresponde, ainda assim, a mais de um terço total do financiamento de longo prazo previsto para 2017.

Negociação de dívida portuguesa em mercado secundário em mínimos desde a troika

Fonte: IGCP (valores em milhões de euros)

 

“Não é um bom desenvolvimento tendo em conta que menor atividade no mercado secundário é um sinal de menor liquidez, o que por sua vez pode levar os investidores a ‘cobrarem’ um prémio de iliquidez superior contra instrumentos como as bunds [títulos de dívida da Alemanha]”, diz David Schnautz. O diferencial entre a dívida portuguesa e a alemã, ou seja, o prémio de risco, está em 375 pontos base.

Se o BCE ajudou a conter os juros da dívida nacional desde o primeiro momento em que o programa de compra de ativos no setor público foi para o terreno, com o objetivo de animar a economia da Zona Euro, a sua intervenção está agora a provar-se uma faca de dois gumes sobretudo para os países da periferia, como Portugal.

"Em geral, não é um bom desenvolvimento tendo em conta que menor atividade secundária é um sinal de menor liquidez, o que por sua vez pode levar os investidores a “cobrar” um prémio de iliquidez superior contra instrumentos como as bunds.”

David Schnautz

Estratego do Commerzbank

É que além da subida das taxas — a taxa da dívida a dez anos negocia nos 4,3%, o nível mais elevado desde o tempo da ajuda internacional — provocada pela menor liquidez, Portugal tem vindo a ressentir-se da menor pressão compradora por parte da autoridade monetária liderada por Mario Draghi.

A autoridade tem vindo a reduzir o seu montante de compras mensais no mercado português porque também ela tem se deparado com a mesma situação que outros agentes do mercado: falta de títulos no mercado. “Desde abril de 2016 que as compras de dívida portuguesa por parte do BCE têm sido inferiores à chave de capital [a proporção de compras a fazer de dívida de cada país]”, tem salientado o IGCP. E isso tem castigado as taxas no mercado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revista de imprensa internacional

A Polónia está com dúvidas sobre a nova declaração de Roma, que vai servir para planear o futuro da União Europeia. Depois do bloqueio a Tusk, a UE vai ter problemas em polaco?

O presidente dos Estados Unidos continua a dominar a agenda mediática: das suspeitas de vigilância às ligações empresas à Rússia, este é um novelo difícil de desenrolar e que durará meses. O FBI está a investigar, mas o congressista lusodescendente Kevin Nunes veio colocar mais lenha na fogueira. Deste lado do Atlântico, as atenções estão viradas para a cimeira de Roma.

Financial Times

Trump foi vigiado pelas agências de vigilância

Agências como o FBI, a Agência de Segurança Nacional (NSA) ou CIA terão intercetado comunicações eletrónicas envolvendo o presidente dos Estados Unidos enquanto este fazia o seu processo de transição. O alerta foi dado esta quarta-feira pelo republicano Kevin Nunes, o lusodescendente que lidera a comissão de Serviços de Informação da Câmara dos Representantes. O congressista eleito pela Califórnia referiu que os relatórios da inteligência norte-americana incluem vários nomes da nova administração, incluindo possivelmente o próprio Donald Trump.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso pago)

Reuters

Polónia deixa avisos para a cimeira de Roma

Depois do conflito com a reeleição de Donald Tusk para presidente do Conselho Europeu, o Governo polaco equaciona não adotar a declaração que vai sair da cimeira de Roma deste fim de semana. O documento para perspetivar o futuro da União Europeia está previsto desde que os britânicos decidiram sair da UE. A primeira-ministra polaca diz existirem pontos cruciais que não podem ficar de fora. Beata Szydlo elenca a cooperação na defesa com a NATO, uma maior união da UE, aumentar o papel dos Governos nacionais e regras uniformizadas para o mercado único de bens e capitais são as prioridades.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

The New York Times

Negócio de empresa de Trump suscita dúvidas

Antes de assumir o cargo de presidente dos Estados Unidos, Trump garantiu que as suas empresas iriam renunciar novos acordos internacionais. Contudo, um novo ramo de hotéis que estão a ser planeados têm como base um acordo internacional. A comando de Eric e Donald Jr., os filhos de Donald Trump, a empresa está a fazer um projeto para um hotel onde envolve uma firma de imobiliário com raízes turcas profundas. A investigação do The New York Times revela que essa empresa, a Alterra Worldwide, tem ligações à Rússia, ao Cazaquistão e a outros 12 países, sendo que no passado já levantou dúvidas.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Bloomberg

Petrolífera indiana investe 10 mil milhões de dólares

A multinacional Oil and Natural Gas Corporation, detida pelo Estado indiano, tem uma nova aposta: as águas profundas da costa leste da Índia. A empresa vai investir 10 mil milhões de dólares para aumentar a produção de gás natural e criar mais fluxos de crude. O anúncio foi feito pelo ministro da Energia, Dharmendra Pradhan. Na mesma área já estão as gigantes energéticas BP Plc e a Reliance Industries. Ambas encontraram lá “um mar cheio de problemas”, classifica a Bloomberg.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

CNN

FBI suspeita de ligações fortes entre Trump e Rússia para prejudicar Clinton

O FBI tem suspeitas de que o círculo próximo de Donald Trump manteve um contacto próximo com os russos durante a passada campanha eleitoral na Casa Branca. O alegado objetivo desses encontros era coordenar a divulgação de informações para prejudicar a rival de Trump nas eleições, a democrata Hillary Clinton. No início da semana, o diretor do FBI, James Comey, já tinha confirmado que esta questão estava a ser investigada. O FBI suspeita que estes contactos tenham sucedido, apesar de tal não constituir uma informação “conclusiva” nesta fase da investigação.

Leia a notícia completa aqui. (Conteúdo em inglês / Acesso gratuito)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Europa recupera, Lisboa avança

A bolsa portuguesa voltou aos ganhos. Depois das quedas nas últimas sessões, acompanha o sentimento positivo das pares europeias à boleia das energéticas. A Corticeira Amorim destaca-se.

A bolsa nacional regressou aos ganhos. Está a valorizar, acompanhando a tendência positiva das restantes praças europeias que recuperam das perdas recentes. A puxar pela bolsa estão as empresas do setor energético, isto numa sessão em que a Corticeira Amorim destaca-se com uma forte subida.

Depois do alívio na pressão vendedora nos mercados norte-americanos, a Europa acordou com ganhos. E Lisboa não destoa. O PSI-20 apresenta uma valorização de 0,29% para 4.633,03 pontos que encolhe para menos de 1% a queda acumulada desde o arranque deste ano.

Esta subida está a ser patrocinada pelo setor energético. Depois de já terem impedido uma queda mais expressiva na última sessão, EDP e Galp Energia apresentam valorizações de 0,31% e 0,15%, respetivamente. A EDP Renováveis, por seu lado, recua 0,02%.

Além destes títulos, que beneficiam da recuperação dos preços do petróleo depois de o Brent ter baixado, na última sessão, da fasquia dos 50 dólares, a impulsionar a praça nacional está também a Jerónimo Martins, outro dos pesos pesados da praça nacional. A retalhista soma 0,84% para 15,61 euros.

Na banca também há ganhos, com o BCP a subir quase 1%, animada pela avaliação positiva feita pelo CaixaBI, mas o destaque nos ganhos vai para a Corticeira Amorim. A empresa regista a subida mais expressiva no PSI-20: 4,2%. No outro extremo, a liderar as quedas está a Navigator que recua 1,5% para 3,55 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BdP: administração recusou retirar a idoneidade de Salgado, contra os técnicos

A palavra final foi do governador de Banco de Portugal: mesmo contra a opinião dos técnicos, Carlos Costa recusou retirar o banqueiro da gestão do BES no final de 2013.

No início deste mês, a SIC revelou que os técnicos do Banco de Portugal (BdP) defenderam a saída de Ricardo Salgado, então presidente do banco, nove meses antes de o Banco Espírito Santo ter colapsado. Contudo, essa ideia foi rejeitada pela administração do BdP: segundo o Público desta quinta-feira, a equipa de Carlos Costa recusou essa ideia uma vez que, alegaram, não podiam usar a informação sobre o repatriamento de capitais e correções fiscais do então presidente do BES porque foi obtida de forma privilegiada.

Em causa está uma reunião realizada no início de dezembro de 2013, cerca de sete meses antes da resolução do banco no verão de 2014. A opinião dos técnicos responsáveis pela supervisão era que Salgado devia ser afastado da gestão do BES. Contra o argumento da administração, os técnicos referiam que esses dados tinham sido entregues pelo próprio banqueiro, pelo que o argumento da obtenção privilegiada da informação não se colocava.

A decisão estava do lado de Carlos Costa e a resposta final foi não. Ricardo Salgado continuou à frente do banco da família, mesmo depois dessa reunião que foi, segundo o Público, uma das mais tensas sobre a situação do BES. Além de Costa, estavam nessa reunião Silveira Godinho, Amaral Thomaz, o vice-governador Duarte Neves, Luís Costa Ferreira e Pedro Machado (responsáveis pelos departamentos de supervisão) e José Queiró e Bracinha Vieira (responsáveis pelos serviços jurídicos).

Esta quinta-feira, o governador do Banco de Portugal vai estar na Comissão de Orçamento e Finanças, inicialmente a pedido do próprio, mas também por causa de um requerimento do PCP. Carlos Costa pediu para ser ouvido na COFMA para “repor a verdade”, em reação à investigação jornalística da SIC sobre o caso BES, com incidência na atuação da instituição liderada por Carlos Costa no segundo semestre de 2013.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Francisco Louçã: Banca deverá continuar a pesar nas contas públicas

  • Lusa
  • 23 Março 2017

O economista, escolhido pelo Governo para o Conselho Consultivo do Banco de Portugal, assumiu que se as regras não mudarem, a banca continuará a prejudicar as contas públicas.

O economista Francisco Louçã admite que a banca vai continuar a prejudicar as contas públicas, caso as regras se mantenham, mas também se o Estado optar por uma solução que passe para a dívida pública o malparado dos bancos. Numa entrevista à agência Lusa poucos dias antes de o Instituto Nacional de Estatística (INE) notificar a Comissão Europeia do valor do défice orçamental de 2016, Francisco Louçã “não tem dúvidas” de que o Procedimento por Défices Excessivos (PDE) será encerrado, mas admite que o setor financeiro continue a penalizar as contas públicas.

“Temos o Montepio, vamos ter o prejuízo do Novo Banco (…) Só na história da carochinha que nos contam é que, o Novo banco vendido por 100 milhões de euros (ou 200 milhões de euros ou a insignificância que for), depois de uma injeção de capital de 3.900 milhões de euros, está tudo bem, porque em 20 ou 30 anos os bancos vão pagar. Evidentemente, trata-se de um simples jogo estatístico, contabilístico. O prejuízo já está determinado e vai ser imposto”, afirmou o antigo coordenador do Bloco de Esquerda.

Para o economista, que foi escolhido recentemente pelo Governo para integrar o Conselho Consultivo do Banco de Portugal, o “grande segredo por revelar” é o destino que será dado aos créditos não performativos (NPL, na sigla em inglês), os empréstimos de rentabilidade duvidosa.

“Se alguns bancos conseguirem, como querem, transmiti-los para a dívida pública, [isso] quer dizer simplesmente que nós pagaremos os efeitos que a recessão teve sobre as carteiras dos bancos, porque as empresas foram à falência, as famílias foram à falência e porque houve jogos de empréstimos de risco perigosíssimos do ponto de vista político e empresarial”, alerta Francisco Louçã.

Sobre o ‘banco mau’, o professor do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) explica que a lógica “é retirar que estão valorizados a 100 da carteira dos bancos, pagando 100 na presunção de que valem 30 ou 40, e a diferença é transmitida para as contas públicas para proteger as contas dos bancos”. “É uma operação de altíssimo risco, não só pelo impacto que tem na dívida pública, que é paga pelos impostos futuros. Mas sobretudo porque esse tipo de operações permite um enorme obscuridade”, considera.

Nesse sentido, o economista defende que “é preciso imenso cuidado nesses processos de transição”, recomendando uma “inspeção minuciosa” aos balanços dos bancos para “garantir que não há um processo fraudulento” que beneficie da intervenção pública.

Sobre a consolidação orçamental dos últimos sete anos, quando Portugal entrou em PDE, Francisco Louçã disse que o país “devia ter corrigido os seus défices elevados – e é bom não ter défices elevados porque é uma enorme vulnerabilidade aos empréstimos externos e às condições dos mercados financeiros externos – sempre através de medidas que estimulassem o emprego, a procura e a criação de capacidade produtiva, ou seja, o investimento”.

"Se Portugal tivesse mantido o défice em 2,5%, o que permitiria sair do PDE e corresponder ao compromisso estabelecido com a Comissão, isso significaria uma diferença no relançamento da economia de 700, 600 milhões de euros.”

Francisco Louçã

Economista

O ministro das Finanças, Mário Centeno, garantiu no parlamento que o défice de 2016, em contas nacionais, não será superior a 2,1%: 0,4 pontos percentuais abaixo da meta de 2,5% acordada com Bruxelas, aquando do encerramento do processo de aplicação de sanções, para encerrar o PDE.

Questionado sobre se era necessário ir além do pedido pela Comissão Europeia, como consideraram PCP e BE no parlamento, Francisco Louçã admitiu que “se Portugal tivesse mantido o défice em 2,5%, o que permitiria sair do PDE e corresponder ao compromisso estabelecido com a Comissão, isso significaria uma diferença no relançamento da economia de 700, 600 milhões de euros”.

“Os resultados provam, obviamente, que era possível ter uma política um pouco mais expansiva sobre a economia, mantendo o nível de compromissos, e, portanto, não tendo nenhuma forma de tensão com Bruxelas”, salienta, admitindo que, ainda assim, “uma parte desses ajustamentos são feitos no final do ano, não é muito fácil prevê-los com muita exatidão e um Governo tem de ser muito prudente na gestão orçamental”.

Para o antigo coordenador do BE, com o encerramento do PDE, Portugal “consegue ter mais autonomia e consegue ter uma posição mais sólida. É uma enorme vantagem política”, embora se mantenham outras regras europeias que mantêm Portugal “sujeito a regras que podem levar a pressões muito grandes”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Polícia britânica faz rusga em Birmingham

  • Lusa
  • 23 Março 2017

Há relatos de que foram efetuadas várias detenções relacionadas com o atentado em Londres, que fez cinco mortos.

A polícia britânica realizou hoje de madrugada uma rusga a uma casa na cidade de Birmingham, no norte do país, horas depois do atentado em Londres, que fez cinco mortos, incluindo o atacante, noticiam meios de comunicação social.

Segundo a agência noticiosa Press Association e o canal televisivo Sky News, a operação encontra-se relacionada com o autor do atentado, havendo ainda relatos de que foram efetuadas várias detenções.

A polícia britânica, que afirmou estar a tratar o incidente ocorrido na quarta-feira junto ao parlamento britânico “como terrorismo até prova em contrário”, declinou confirmar se a operação levada a cabo em Birmingham está relacionada com o atentado.

Segundo o mais recente balanço oficial, cinco pessoas morreram e 40 outras ficaram feridas na sequência do ataque junto ao parlamento britânico, quando um homem ao volante de uma viatura atropelou vários transeuntes na ponte de Westminster e apunhalou depois um polícia.

As vítimas mortais são três civis, um polícia e o atacante, que foi abatido pelas forças de segurança, indicou na noite de quarta-feira o chefe da unidade antiterrorista da polícia de Londres, Mark Rowley.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PSD quer que MP analise respostas de Vara no Parlamento

  • Lusa
  • 23 Março 2017

O deputado Hugo Soares, do PSD, pediu que fosse emitida certidão das respostas de Armando Vara na comissão de inquérito à CGD para ser remetida ao Ministério Público.

O PSD quer que o Ministério Público analise declarações de Armando Vara na comissão de inquérito à CGD relativamente à ausência de contactos com José Sócrates, primeiro-ministro à data em que aquele responsável era administrador do banco.

“O PSD solicita que seja extraída certidão das várias respostas do Dr. Armando Vara e que seja remetida ao Ministério Público”, disse o deputado social-democrata Hugo Soares, depois de já se ter envolvido numa troca de palavras mais duras com o antigo administrador da Caixa Geral de Depósitos (CGD).

O antigo administrador da Caixa Geral de Depósitos Armando Vara assegurou hoje que foi o então ministro Teixeira dos Santos que o convidou para a gestão do banco público e que não debateu o assunto com o então primeiro-ministro, José Sócrates.

Questionado pelo deputado do CDS-PP João Almeida sobre quando falou com José Sócrates acerca do convite que lhe foi endereçado, Armando Vara respondeu que nunca o fez. “Nunca falei com ele sobre esta matéria”, sublinhou, afastando também que tenham ocorrido contactos com Sócrates sobre o banco durante desempenhou lá funções.

Hugo Soares, deputado do PSD, insistiu no tema e perguntou a Vara se tinha falado com o antigo primeiro-ministro sobre o banco público enquanto lá trabalhou. “Não me lembro de ter falado com o engenheiro Sócrates sobre a CGD, por muito estranho que pareça. Se tivesse falado lembrar-me-ia”, disse o antigo administrador do banco estatal. Hugo Soares enfatizou: “Não falou ou não se lembra”, com Vara a insistir que não se lembra. “Não se lembra, mas não nega que tenha falado”, anotou o deputado social-democrata.

Não me lembro de ter falado com o engenheiro Sócrates sobre a CGD, por muito estranho que pareça. Se tivesse falado lembrar-me-ia.

Armando Vara

Ex-administrador da CGD

Hugo Soares continuou a insistir, questionando: “Lembra-se que há uma dezena de anos almoçou com o Dr. Campos e Cunha no CCB, mas não se lembra de ter falado sobre a CGD com o engenheiro Sócrates. Ninguém acredita que o senhor não se lembra se falou com o engenheiro Sócrates sobre a CGD”.

“Não fico prisioneiro daquilo que você pensa, nem do que você acha que os outros pensam. Sempre me habituei a ser leal e a falar com franqueza. Isso talvez suscite algumas reações a quem não está habituado a isso”, retorquiu Vara. E rematou: “Eu não tenho ideia de, enquanto o primeiro-ministro foi primeiro-ministro e eu fui administrador da CGD, termos falado sobre assuntos da CGD, porque essa era uma matéria da competência do presidente Santos Ferreira”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

FBI acredita que círculo próximo de Trump esteve em contacto com russos

  • Lusa
  • 23 Março 2017

O FBI diz que os contactos tiveram, “possivelmente”, como objetivo coordenar a divulgação de informações para prejudicar a rival de Trump nas eleições.

O FBI suspeita que pessoas do círculo próximo do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estiveram em contacto com os russos durante a passada campanha eleitoral na Casa Branca, diz a CNN.

Estes contactos, segundo a estação televisiva, que cita funcionários norte-americanos que falaram sob a condição de anonimato, “possivelmente” tiveram como objetivo coordenar a divulgação de informações para prejudicar a rival de Trump nas eleições, a candidata democrata Hillary Clinton.

O diretor do FBI, James Comey, compareceu na segunda-feira no Congresso, onde confirmou que a polícia federal norte-americana está a investigar a suposta ingerência do Kremlin nas eleições presidenciais, bem como os possíveis contactos entre o círculo de Trump e os russos.

“Isso inclui investigar a natureza de qualquer vínculo entre indivíduos associados com a campanha de Trump e o Governo russo, e se houve alguma coordenação entre a campanha e os esforços da Rússia”, assinalou James Comey.

Segundo a CNN, o FBI suspeita que estes contactos tenham sucedido, apesar de tal não constituir uma informação “conclusiva” nesta fase da investigação.

O FBI continua a rever registos de viagens, informação dos serviços secretos, registos telefónicos e dados de reuniões.

Questionada pela CNN, a Casa Branca não quis comentar esta informação, embora na segunda-feira tenha negado a existência de provas da suposta conspiração eleitoral entre a campanha de Trump e o Kremlin.

O porta-voz da Casa Branca Sean Spicer salientou que investigar essa presumível conivência entre a equipa de Trump e a Rússia e “ter provas disso são duas coisas diferentes”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.