França: 15 anos vai ser a idade mínima para criar Facebook

  • ADVOCATUS
  • 9 Fevereiro 2018

A Assembleia Nacional francesa fixou nos 15 anos a idade mínima para um cidadão francês criar sozinho um perfil numa rede social. Em causa um projeto de lei na área da proteção de dados pessoais.

A Assembleia Nacional francesa decretou que a idade mínima para um cidadão francês criar sozinho um perfil numa rede social, como o Facebook, o Instagram ou o Twitter, passa a ser os 15 anos.

Esta é uma das decisões previstas num projeto de lei que o Governo francês está a preparar na área da proteção de dados pessoais, para respeitar a entrada em vigor, em maio, do Regulamento europeu sobre a mesma temática – o RGPD (Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados).

Ficou, também, fixado que:

  • É possível criar conta, entre os 13 e os 15, desde que com o consentimento de cada um dos progenitores ou responsáveis legais;
  • Abaixo dos 13 fica proibido.

"É uma altura em que já há maturidade suficiente para perceber o uso da Internet e é um limiar que também pode ser encontrado noutros domínios (por exemplo, o limiar do consentimento sexual, em termos de saúde).”

Paula Forteza

Segundo declarações prestadas ao Le Monde, Paula Forteza, membro da comissão legislativa, justifica a idade como “uma altura em que já há maturidade suficiente para perceber o uso da Internet e é um limiar que também pode ser encontrado noutros domínios (por exemplo, o limiar do consentimento sexual, em termos de saúde)”.

Em causa, a idade inicial proposta no RGPD ser só de 16 anos.

"só os menores com idade igual ou superior a 16 anos podem dar consentimento válido para o tratamento de dados pessoais relacionados com a oferta direta de serviços da sociedade de informação, tais como serviços online.”

Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados

Segundo o RGPD, “só os menores com idade igual ou superior a 16 anos podem dar consentimento válido para o tratamento de dados pessoais relacionados com a oferta direta de serviços da sociedade de informação, tais como serviços online“. Contudo, prevê que os Estados-membros definam uma idade inferior para esse consentimento, “desde que seja salvaguardado o limite mínimo de 13 anos”.

O RGPD surgiu, em abril de 2016, no seguimento do aumento dos ataques cibernéticos. É o resultado da necessidade de uma maior colaboração entre as entidades públicas e privadas, de modo a ter maior controlo sobre este problema. Entra em vigor a partir de 25 de maio na União Europeia, para todos os Estados-membros.

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RTP vai reformular contratos dos ‘falsos’ recibos verdes

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2018

A estação televisiva comprometeu-se a reformular todos os contratos definidos como "prestação de serviços", quer estejam "assinados ou ainda por assinar".

O Conselho de Administração da RTP comprometeu-se a reformular todos os contratos definidos como “prestação de serviços” na televisão pública, avançou esta sexta-feira o Sindicato dos Jornalistas (SJ), em comunicado.

De acordo com o sindicato, numa reunião com o presidente do Conselho de Administração da RTP, o responsável terá usado a expressão “lapso” para explicar a “inaceitável redação dos denominados contratos de prestação de serviços, apresentados nos últimos dias aos jornalistas falsos recibos verdes”. No encontro com a direção do sindicato, “o presidente do Conselho de Administração comprometeu-se a reformular todos os contratos definidos como ‘prestação de serviços’, assinados ou ainda por assinar”, conta o SJ.

“Do novo contrato não constará a Cláusula 7 – ‘Integração’”, que foi recusada e denunciada pelo SJ no início da semana, lê-se no comunicado. A referida cláusula sujeitava o trabalhador precário, em pleno processo Programa de Regularização Extraordinária dos Precários do Estado (PREVPAP) “a afirmar que a relação de subordinação com a RTP ‘não existirá nem deseja que venha a existir’”.

Os serviços jurídicos do sindicato “já estão a analisar a nova proposta do denominado Contrato de Prestação de Serviços que será brevemente apresentado pela empresa a todos os trabalhadores precários, enquanto ainda não há decisão final sobre o processo de integração”. A direção do SJ já tinha alertado os “falsos recibos verdes” da estação televisiva, abrangidos pelo programa de integração dos precários, para não assinarem aditamentos contratuais, temendo o impacto das novas cláusulas.

Na quinta-feira também o Bloco de Esquerda questionou o Governo sobre os contratos de prestação de serviços propostos pela RTP aos falsos recibos verdes, uma “manobra ilegal e inaceitável de pressão” ao condicionar a possibilidade de futuro reconhecimento de um vínculo laboral. Numa pergunta dirigida aos ministérios do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e da Cultura – e a que a agência Lusa teve acesso – os bloquistas denunciam que os trabalhadores precários da RTP “foram confrontados com um contrato de prestação de serviços no qual estão ínsitas cláusulas que visam constranger a possibilidade de futuro reconhecimento de um vínculo laboral com a empresa”.

Os trabalhadores foram, assim, persuadidos a assinar um contrato de prestação de serviços que pretende supostamente esvaziar o PREVPAP, evitando a candidatura destes trabalhadores“, condenam. A notícia tinha sido avançada quinta-feira pelo Público, tendo o professor catedrático de Direito do Trabalho, Jorge Leite, avançado a este jornal que a cláusula em causa é inválida e “é um hino à imaginação e ao malabarismo”.

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Carnaval no Rio de Janeiro gera 875 milhões de euros

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2018

No Carnaval, a taxa de ocupação dos hotéis do Rio de Janeiro está em 86%, número maior do que os 71% registados no ano passado.

Milhões de pessoas mascaradas nas ruas, milhões de litros de cerveja consumidos, grandes desfiles no sambódromo que devem reunir mais de 72 mil pessoas são alguns dos números grandiosos do Carnaval do Rio de Janeiro. Em 2018, a prefeitura desta cidade brasileira espera atrair 1,5 milhões de turistas do país e do mundo, mais 400 mil pessoas do que no ano passado.

Tal afluxo de turistas injetará 3,5 mil milhões de reais na economia (cerca de 875 milhões de euros). Uma bênção para uma cidade que atravessa uma séria crise financeira. No Carnaval, a taxa de ocupação dos hotéis do Rio de Janeiro está em 86%, número maior do que os 71% registados no ano passado, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (ABIH).

Em cada uma das escolas de samba do “Grupo Especial”, entre 3.000 e 4.000 pessoas desfilarão na noite de domingo e segunda-feira. Para desfilar no Sambódromo, as pessoas que não são membros de uma escola de samba devem comprar os seus trajes, pagando valores que vão de 800 a 1.600 reais (entre 200 e 400 euros).

Para aqueles que vão acompanhar o Carnaval de rua, a prefeitura do Rio de Janeiro anunciou a instalação de 32.560 casas de banho públicas durante a festa. Nos blocos mais esperados, como Bola Preta, que atrairá 1,5 milhões de pessoas ao centro da cidade no sábado, a proporção deve ser de uma casa de banho para 2.600 pessoas. Número insuficiente, especialmente considerando os litros de cerveja consumidos.

Aqueles que por ventura usarem as ruas e calçadas como casa de banho estão sujeitos a uma multa de 563 reais (130 euros). Além da folia, no Rio de Janeiro e em todos os outros estados, o Governo brasileiro faz campanhas voltadas para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.

Durante os cinco dias de folia, em todo o país haverá a distribuição gratuita de 106 milhões de preservativos. Isto significa fornecer pelo menos um preservativo a metade da população brasileira, sem mencionar a distribuição de 200 mil preservativos femininos e 3,8 milhões de sacos de gel lubrificante.

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Portugal disponível para aumentar contribuição para orçamento da UE

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2018

Os Estados têm de aumentar as suas contribuições e a União Europeia tem de dispor de mais recursos próprios, sugeriu António Costa, para compensar a saída do Reino Unido.

O primeiro-ministro, António Costa, disse esta sexta-feira que Portugal está disponível para aumentar a contribuição nacional para o orçamento comunitário e defendeu que a União Europeia deve procurar mais “recursos próprios” para responder às necessidades dos europeus.

“Os Estados têm de aumentar as suas contribuições e a União Europeia tem de dispor de mais recursos próprios do que o que dispõe atualmente e temos de o fazer com convicção”, afirmou o primeiro-ministro.

Costa adiantou que o Governo estará em condições de apresentar “uma primeira versão” da “estratégia Portugal pós-2020” para que o país seja “mais competitivo externamente e mais coeso internamente”.

António Costa discursava numa conferência promovida pelo Conselho Económico e Social sobre “O Orçamento e o Futuro da União Europeia”, que decorre no Centro Cultural de Belém em Lisboa, na qual participou também o comissário europeu para o Orçamento e Recursos Humanos, Guntther Oettinger.

“A saída do Reino Unido [da União Europeia] abre a oportunidade para que os Estados possam aumentar as suas contribuições, nesta boa forma diplomática do comissário Oettinger, de 1% mais ‘xis’ [do Rendimento Nacional Bruto]. Pela parte de Portugal estamos disponíveis para o mais ‘xis'”, disse Costa.

Quanto ao aumento dos recursos próprios da União Europeia, António Costa defendeu que a Europa pode seguir “novas ideias que têm surgido” como a tributação dos novos mercados digitais, ao nível da União. O primeiro-ministro disse concordar com a ideia do comissário Oettinger de “uma tributação alinhada com as prioridades da política ambiental” e admitiu “a ideia de avançar com a tributação das transações financeiras internacionais”.

O primeiro-ministro defendeu também que é possível concluir as negociações sobre o orçamento comunitário pós-2020 ainda antes das próximas eleições para o Parlamento Europeu, que se realizam em 2019. “É um objetivo difícil, mas não será mais fácil depois das eleições seguintes” para o Parlamento Europeu, disse, considerando que “será excelente” se forem terminadas antes das europeias de 2019.

Na sua intervenção, António Costa defendeu a necessidade de compatibilizar políticas que são “marcas identitárias” da União Europeia, como a Política Agrícola Comum e a política de coesão social com “novos desafios e exigências” colocadas pelos cidadãos.

As alterações climáticas, a globalização, os “desafios da automação”, a “instabilidade que rodeia a Europa” e a “ameaça do terrorismo” são novas áreas prioritárias, disse, considerando que “não tem de haver fronteiras estanques” entre as políticas tradicionais e os novos desafios. Defendendo uma “postura construtiva e de flexibilidade”, Costa afirmou ver potencialidades em instrumentos financeiros propostos pela Comissão Europeia, nomeadamente a possibilidade de alocar verbas para “financiar políticas concretas”, com base em objetivos, metas e calendários.

Comissário europeu assinala posições coincidentes

O comissário europeu para o Orçamento e Recursos Humanos, Gunther Oettinger, assinalou que o Governo português e a Comissão coincidem na análise de que será necessário aumentar as contribuições nacionais para o próximo orçamento comunitário.

“Portugal tem a mesma análise que nós temos e está preparado para investir um pouco mais para o orçamento comunitário”, afirmou, em declarações aos jornalistas no final de uma reunião com o primeiro-ministro português, António Costa.

O comissário europeu destacou que o Brexit irá abrir um buraco financeiro “relevante” no orçamento da União, que “não poderá ser tapado apenas com cortes”. “Temos de pedir mais algum dinheiro”, disse, admitindo que a contribuição nacional possa ir de 1% [do Rendimento Nacional Bruto] até 1,1 ou 1,2%”, disse. Oettinger frisou que esse aumento é importante porque se destina a investimentos em políticas que beneficiam os cidadãos europeus, numa lógica de conciliação entre as “políticas tradicionais” e as “novas responsabilidades”.

Segundo o comissário, as “novas responsabilidades”, nas quais incluiu ainda as “respostas” à crise dos refugiados, migrações, investimentos na Defesa e Segurança, poderão exigir até dez mil milhões de euros do próximo orçamento europeu, após 2020.

O “buraco financeiro” deixado pelo “Brexit” deverá ser “tapado” recorrendo ao aumento das contribuições nacionais e a cortes na estrutura do próprio orçamento europeu, disse o comissário que se encontra em Portugal no âmbito de um périplo pelos 27 países da União Europeia.

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Wall Street recupera mas não escapa a pior semana em seis anos

Os principais índices abriram a sessão em alta, a recuperar de novo mini-crash de quinta-feira. Dow Jones e S&P 500 avançam 1%.

As ações norte-americanas iniciaram a sessão em alta, a recuperar de nova derrocada na quinta-feira. Os principais índices bolsistas de Wall Street seguem com ganhos em torno de 1%, mas que são insuficientes para impedir o pior registo semanal dos últimos seis anos.

O S&P 500 iniciou a sessão a ganhar 0,96%, para os 2.606 pontos, enquanto o Dow Jones seguia a somar 0,95%, para os 24.087,49 pontos. Por sua vez, o Nasdaq apreciava 1,16%, para os 6.855,86 pontos.

Desde o máximo histórico de 26 de janeiro, tanto o Dow Jones como o S&P 500 já recuaram mais de 10%, sendo que em duas sessões desta semana, o índice industrial perdeu mais de mil pontos em cada uma delas.

Caso o Dow Jones encerre a sessão em queda, terá provavelmente o pior registo semanal desde o espoletar da crise financeira em outubro de 2008.

No centro das fortes quedas dos índices bolsistas dos EUA tem estado a subida das yields da dívida soberana norte-americana devido ao crescendo das expectativas de que o bom desempenho da economia norte-americana venha a provocar uma aceleração da inflação e reforçar o cenário de aumento das taxas de juro neste ano.

De salientar pela positiva que nesta sexta-feira, a Câmara dos Representantes aprovou o acordo orçamental para dois anos, depois de a proposta ter sido aprovada pelo Senado, mas que foi ameaçada por um novo shutdown dos serviços federais que durou contudo apenas duas horas.

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Espanha estimula poupança com resgate de fundos de pensão

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2018

A partir de 2025, os espanhóis podem resgatar as poupanças em fundos de pensões 10 anos depois da abertura. O novo decreto-lei baixa ainda as comissões de gestão desses produtos financeiros.

O Governo espanhol aprovou esta sexta-feira um decreto-lei que permitirá resgatar as poupanças em fundos de pensões 10 anos depois da abertura, a partir de 2025, e baixa ainda as comissões de gestão desses produtos financeiro.

Até agora, para recuperar o capital poupado antes do fim do contrato, o investidor tinha de se encontrar numa situação excecional, como de desemprego de longa duração, de doença grave ou de risco de despejo de casa.

Em conferência de imprensa, após o Conselho de Ministros, o porta-voz do executivo espanhol, Íñigo Méndez de Vigo, explicou que se pretende “estimular” a poupança privada, “dar mais liquidez” à economia do país e “baixar de forma substancial as comissões” de gestão.

Madrid está convencida de que a possibilidade de resgatar o dinheiro poupado em planos de pensão transcorridos 10 anos será essencial para que os jovens avancem sem receio na contratação desse tipo de produtos. Há cerca de oito milhões de pessoas em Espanha com dinheiro investido em fundos de pensões que no total têm cerca de 106 mil milhões de euros, segundo o porta-voz do executivo espanhol.

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Autoeuropa volta a parar segunda-feira por falta de peças

  • Marta Santos Silva
  • 9 Fevereiro 2018

A administração esclarece que houve uma quebra no fornecimento de escapes, que leva a esta paragem. Para um dos sindicatos, é sinal de que a fábrica "se precipitou" ao alterar o horário de trabalho.

A linha de montagem da Autoeuropa vai voltar a parar na próxima segunda-feira, dia 12, devido a uma quebra no fornecimento de peças necessárias à produção de automóveis. Para o Site-Sul, um dos sindicatos do setor, é mostra de precipitação por parte da administração na implementação dos turnos novos.

Fonte oficial da Autoeuropa confirmou ao ECO que a paragem se vai efetuar na segunda. “Devido a uma quebra no fornecimento de escapes, que impossibilita o normal fluxo de produção, o próximo dia 12 de fevereiro (segunda-feira) será marcado como downday coletivo”, lê-se na reposta oficial da empresa. “A fábrica retomará a produção no turno da noite de quarta-feira (00H00), dia 14 de fevereiro de 2018″.

Eduardo Florindo, dirigente do Site-Sul, afeto à CGTP, disse ao ECO que, para os sindicalistas, a paragem “vem confirmar” que “a Volkswagen planificou mal a produção do novo carro, e os fornecedores não estão preparados para este volume de produção”.

Segundo o dirigente sindical, a implementação dos novos horários, que tiveram início na primeira semana de fevereiro, foi precipitada, já que os operários têm trabalhado obrigatoriamente ao sábado, mas depois devem parar por falta de peças.

Os novos turnos foram implementados pela administração da Autoeuropa unilateralmente, após ter sido impossível chegar a um acordo com a Comissão de Trabalhadores atempadamente. A empresa quer atingir as 240 mil unidades produzidas este ano, nomeadamente do novo modelo Volkswagen T-Roc, e considerou que o horário prolongado — com trabalho aos sábados e turnos noturnos — era indispensável para atingir esse objetivo.

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Ocupação hoteleira no Carnaval recua no Norte em 2018

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2018

A taxa de ocupação em Viana do Castelo ronda os 80%, ultrapassando o Porto, que conta 71% de ocupação. Braga atinge os 41%, Guimarães fica pelos 55% e Vila Real nos 60%.

A taxa de ocupação hoteleira para o Carnaval 2018 no Norte de Portugal rondava esta sexta-feira os 61%, tendo descido quatro pontos percentuais em relação a 2017 (65%), indicou a Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP).

O valor médio da taxa de ocupação hoteleira no Norte do país é de 61%, e embora tenha descido quatro pontos percentuais em relação à mesma época festiva de 2017, a TPNP realça, por outro lado, o aumento da “estada média” dos turistas, facto que se explica com o Dia dos Namorados se colar ao feriado de Carnaval.

O Porto é a capital do Norte onde se regista uma taxa de ocupação hoteleira mais alta para a época de Carnaval com 71%, seguido por Vila Nova de Gaia com 61% de taxa de ocupação.

Nas restantes capitais dos sub-destinos do Norte de Portugal, a taxa de ocupação em Viana do Castelo ronda os 80%, em Braga é na ordem dos 41%, Guimarães fica pelos 55% e Vila Real nos 60%.

Para o Dia dos Namorados, a 14 de fevereiro, a taxa de ocupação hoteleira no Norte cifra-se nos 51%, com o Porto a destacar-se nos 78% e Viana do Castelo nos 75%. A cidade de Guimarães apresenta uma taxa de ocupação de 70%, Vila Nova de Gaia apresenta uma taxa de 63% e Braga com 41%.

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Multas até um milhão de euros para incumprimentos no ‘crowdfunding’

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2018

As irregularidades no financiamento colaborativo vão ser punidas com coimas de 2.500 euros a um milhão a partir de sábado. Haverá três tipos de contraordenação.

As irregularidades no financiamento colaborativo (crowdfunding), a aplicar pela ASAE e pelo supervisor dos mercados financeiros (CMVM), vão ter multas de 2.500 euros a um milhão de euros a partir de sábado, segundo um diploma publicado esta sexta-feira.

Este regime sancionatório, publicado em Diário da república esta sexta-feira, para entrar em vigor no dia seguinte, aplica-se nomeadamente a campanhas de financiamento colaborativo por capital (equity crowdfunding) ou por empréstimo (lending crowdfunding) que, por exemplo, não tenham sido registadas ou aprovadas pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), uma contraordenação considerada muito grave que passa a ser punida com coima até um milhão de euros.

O diploma define três tipos de contraordenação para esta espécie de financiamento coletivo: a muito grave, punível com coima entre 5.000 e 1.000.000 de euros, a contraordenação grave, punível com coima entre 2.500 e 500.000 euros e a contraordenação leve, punível com coima entre 1.000 e 200.000 euros.

O novo regime define ainda sanções acessórias, a aplicar cumulativamente com as coimas, como a apreensão e perda do objeto da infração, incluindo o produto do benefício obtido pelo infrator através da prática da contraordenação, e a interdição temporária do exercício pelo infrator da profissão ou da atividade a que a contraordenação.

Decorridos cinco anos da entrada em vigor da presente lei é promovida a avaliação dos resultados da aplicação da mesma e da demais legislação e regulamentação adotada no quadro do financiamento colaborativo, e ponderada pelo Governo e pela CMVM, consoante o ato normativo em causa e em função dessa avaliação, a necessidade ou a oportunidade da sua revisão”, determina o parlamento no diploma.

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Portugal é o quarto maior beneficiário do Plano Juncker

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2018

O financiamento destinado a Portugal ao abrigo do Plano Juncker atingiu já os 1,9 mil milhões de euros, que deverão mobilizar 5,4 mil milhões de euros em investimentos adicionais.

Portugal é o quarto Estado-membro da União Europeia que mais beneficiou até ao momento, em termos relativos, do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE), conhecido com “plano Juncker”, segundo dados atualizados esta sexta-feira pela Comissão Europeia.

De acordo com os mais recentes dados do executivo comunitário, os cinco países que mais beneficiaram, até ao corrente mês, em termos de impacto total de investimento mobilizado pelo FEIE em proporção do Produto Interno Bruto (PIB) foram, por esta ordem, Estónia, Grécia, Bulgária, Portugal e Espanha.

O financiamento destinado a Portugal ao abrigo do “plano Juncker” atingiu já os 1,9 mil milhões de euros (1,1 mil milhões em projetos de infraestruturas e inovação e 800 milhões para as Pequenas e Médias Empresas), que deverão mobilizar 5,4 mil milhões de euros em investimentos adicionais, segundo os dados da Comissão Europeia. O valor de financiamentos de 1,9 mil milhões de euros coloca Portugal no oitavo lugar da lista de Estados-membros mais beneficiados pelo FEIE em termos absolutos, liderada pela França (8,7 mil milhões), seguida de Itália (6,5 mil milhões) e Espanha (5,5 mil milhões).

No total, o “plano Juncker” de investimento já realizou financiamentos no valor de 53 mil milhões de euros, que Bruxelas espera que mobilizem 264,3 mil milhões em investimentos, o que representa 84% da meta original da Comissão, de mobilizar 315 mil milhões até ao verão de 2018.

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Exportações do têxtil e vestuário português atingem recorde

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2018

É um recorde absoluto. As exportações de têxtil e vestuário português nunca estiveram tão bem.

As exportações portuguesas de têxtil e vestuário atingiram em 2017 um “recorde absoluto”, aumentando 4% face ao ano anterior e somado 5.237 milhões de euros, divulgou esta sexta-feira a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP). Em comunicado, a ATP destaca que as exportações de matérias têxteis “estiveram muito mais dinâmicas no último ano”, registando um crescimento de 10%, enquanto as exportações de vestuário aumentaram 3% e as de têxteis para o lar subiram 1%.

Espanha continuou em 2017 a liderar o ‘ranking’ dos principais destinos do setor, com uma quota de 34% mas, pela primeira vez nos últimos anos, registou uma queda de 0,6%, ou seja, menos 10 milhões de euros face a 2016, para um total de 1.772 milhões de euros.

No ‘ranking’ dos principais cinco destinos da indústria têxtil e vestuário portuguesa destaca-se ainda a quebra das exportações para o Reino Unido, que recuaram 1,7% (menos sete milhões de euros), para 418 milhões de euros, “provavelmente já efeitos do ‘Brexit’ (saída do Reino Unido da União Europeia).

O destino que registou maior queda foi, contudo, a Tunísia, para onde o setor vendeu 36,8 milhões de euros, ou seja, menos 10 milhões de euros do que em 2016 (descida de 22%).

Já os EUA, mesmo sem o Acordo de Parceria Transatlântica de Comércio e Investimento (TTIP, do inglês ‘Transatlantic Trade and Investment Partnership’), foram o destino que mais cresceu, com um aumento absoluto de cerca de 54 milhões de euros, correspondente a um crescimento de 20,3%, que lhes confere uma quota de 6% (equivalente a 318 milhões de euros) nas exportações do setor.

O mercado francês surge como segundo principal destino das vendas da indústria têxtil e vestuário portuguesa, com 12% do total e um aumento de 6% (mais 37 milhões de euros, para 654 milhões de euros), seguido pela Alemanha (mais 17 milhões de euros, ou 4%, para 453 milhões de euros), Reino Unido, EUA, Itália (acréscimo de 25 milhões de euros, ou 11,4%, para 246 milhões de euros) e Holanda (mais 20 milhões de euros, ou 11,2%, para 201 milhões de euros).

As exportações para Angola, 13.º principal destino, aumentaram 47% (ou seja, mais 15 milhões de euros). Em 2017 o saldo da balança comercial do setor têxtil e vestuário português foi de 1.098 milhões de euros, com uma taxa de cobertura de 127%.

Apesar dos “oito anos consecutivos de crescimento, no final dos quais se alcançou um novo recorde das exportações”, a ATP garante que a indústria têxtil e o vestuário portuguesa “não descura as dificuldades e ameaças que o futuro lhe coloca” e não confunde “a dinâmica de crescimento do passado com complacência face ao que está obrigada a fazer nos próximos anos”.

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Font Salem vai investir 40 milhões para duplicar produção na fábrica de Santarém

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2018

Espanhola Font Salem vai investir 40 milhões de euros na sua fábrica em Santarém, para duplicar a produção até aos quatro milhões de hectolitros de cerveja e refrigerantes.

A cervejeira espanhola Font Salem vai investir nos próximos três anos mais de 40 milhões de euros na fábrica de Santarém, para duplicar a produção até aos quatro milhões de hectolitros (cerveja e refrigerantes), anunciou, esta sexta-feira, o diretor-geral da unidade.

Antoni Folguera, administrador e diretor-geral da Font Salem, disse à Lusa que, com o plano anunciado esta sexta-feira, a empresa chegará, em 2020, aos 100 milhões de euros de investimento na fábrica que adquiriu em 2010 à Iberpartners, de Jorge Armindo, quando a unidade inaugurada em 2002 pelo empresário José Sousa Cintra se encontrava em processo de insolvência.

O anúncio do novo investimento acontece no dia em que a fábrica recebe a visita do ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, a quem a Font Salem quer “agradecer” o apoio prestado pelo Governo, através da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), permitindo que, com fundos comunitários e ajudas nacionais, nomeadamente de âmbito fiscal, haja uma comparticipação próxima dos 15%.

Antoni Folguera disse à Lusa que o Plano Estratégico Rumo a 2020 permitirá aumentar em 50% a capacidade de produção de cerveja, que chegará perto dos dois milhões de hectolitros (200 milhões de litros) e a instalação de mais uma linha de enchimento de vidro, para responder à procura por parte de clientes internacionais, e que se juntará às seis já existentes (uma para barris, uma para vidro, duas para latas e duas para ‘pet’, uma delas assético).

Os outros dois milhões de hectolitros de produção serão de refrigerantes, sublinhando o responsável da empresa a “inovação” da fábrica de Santarém, a única da Península Ibérica com linhas de enchimento “ambivalentes”, que dão para cerveja e para refrigerantes. “São duas linhas de negócios tão importantes uma como a outra”, afirmou.

Sublinhando a localização da unidade de Santarém, uma plataforma “excecional para os mercados internacionais”, Antoni Folguera afirmou que as apostas se mantêm no fabrico para marcas da distribuição e ’co-packing’ (embalamento para outras marcas), como acontece com produtos da Unicer desde o encerramento das unidades que esta tinha na cidade.

“Também trabalhamos para marcas lideres que acreditaram em nós para fabricar alguns dos formatos, alguns dos produtos que eles têm e também para os clientes internacionais”, disse, adiantando que mais de 65% da produção se destina a mercados internacionais, sobretudo Espanha, complementando as unidades que se situam em Valência.

“Logisticamente é mais conveniente fornecer alguns clientes espanhóis desde aqui – um exemplo, Sevilha, fica mais perto de Santarém do que de Valência”, tornando a empresa “ainda mais competitiva para essa parte oeste da Península Ibérica”.

Com o investimento a realizar até 2020, a Font Salem conta contratar pelo menos mais 40 trabalhadores, que se juntarão aos cerca de 200 atuais (uma média anual, uma vez que o número de postos de trabalho varia, sendo mais expressivo no verão), disse.

Por outro lado, será aumentada a capacidade de armazenamento, numa unidade em que o espaço não é problema, já que a fábrica está instalada num terreno com perto de 30 hectares, acrescentou, sublinhando que o investimento mais relevante será feito ao nível dos equipamentos.

A marca Cintra mantém-se “dentro dos ativos da companhia”, embora praticamente tenha desaparecido em Portugal, vendendo-se “de forma residual” em alguns mercados africanos e asiáticos.

Angola, um mercado em que a Font Salem “tinha muitas expectativas” quando se instalou em Santarém, tem pouco peso nas vendas internacionais, estando os produtos fabricados nesta unidade a chegar a “outros mercados africanos” e também da América do Sul e Central e na China, onde a marca Tagus “é uma das mais relevantes”, adiantou.

Embora o mercado nacional, ao qual se destina cerca de 35% da produção, esteja “a evoluir”, fruto da “recuperação económica e do aumento do turismo”, o impacto esperado não é relevante pois o mercado em que opera, das marcas de distribuição, “quando há recuperação económica não cresce ao mesmo nível do mercado total, porque são produtos mais económicos, pensados para momentos em que há maior contração económica”, frisou.

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