TAP recebe Airbus A330Neo. Vão ser mais 36 aviões até final de 2019

  • Lusa
  • 26 Novembro 2018

A TAP espera abrir 14 novos destinos em 2019, e vai contar com um aumento da frota. A transportadora portuguesa será a primeira companhia a receber e a operar o A330Neo.

A TAP recebe esta segunda-feira o Airbus A330Neo, a que se juntam mais 36 novas aeronaves até ao final do próximo ano, quando a companhia espera abrir 14 novos destinos.

O A330Neo, cuja transportadora portuguesa será a primeira companhia a receber e a operar, será entregue esta segunda-feira pela Airbus à TAP, na presença do presidente executivo da companhia aérea, Antonoaldo Neves, numa cerimónia em Toulouse, França. A juntar-se a este, e até ao final de 2019, a TAP espera receber mais 36 aviões.

“As novas rotas e a chegada de mais novos aviões serão os marcos do próximo ano. A TAP terá 14 novos destinos em 2019 e um aumento significado da frota, com a chegada de 37 aviões [contando a partir deste A330Neo] até ao final do próximo ano (71 até 2025), que vêm reforçar o nosso compromisso e ambição de continuar a crescer e a oferecer o melhor aos nossos clientes”, disse o responsável pelas vendas e ‘marketing’ da companhia, Abílio Martins, à Lusa.

Em 28 de setembro, aquando a divulgação de resultados do primeiro semestre, a transportadora aérea dizia, em comunicado, que iria receber novos aviões, “nomeadamente o novo A330neo, do qual a TAP será a primeira operadora mundial e que permitirá à companhia lançar mais novas rotas em breve”.

Acrescentava que acredita que o segundo semestre do ano será mais forte, tendo em conta “a contratação e formação de mais pilotos e tripulantes de cabine, bem como alterações à estrutura de planeamento de escalas e medidas para incrementar a pontualidade”.

Em termos de tripulações, a TAP contratou este ano mais de 340 pilotos e 600 tripulantes de cabine, segundo o mesmo responsável.

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Lisboa pintada de verde segue sentimento positivo na Europa

O sentimento positivo é sentido na maioria das cotadas, com o BCP a impulsionar o desempenho da bolsa portuguesa. Também pela Europa se sente o ambiente positivo.

Lisboa abriu a primeira sessão da semana pintada de verde. O sentimento positivo é sentido na maioria das cotadas, com o BCP a impulsionar o desempenho da bolsa portuguesa. Também pela Europa se sente o ambiente positivo, depois de os líderes da União Europeia aprovarem o acordo do Brexit, e de Itália indicar abertura para diálogo.

O PSI-20 abre a sessão a subir 0,65% para os 4.831,64 pontos, com a maioria das cotadas a subir e apenas duas a descer, a EDP Renováveis e a Sonae Capital. A empresa liderada por Manso Neto cai 0,93% para os 7,46 euros.

A liderar os ganhos encontra-se o BCP, que sobe 2,29% para os 0,24 euros, depois de o presidente angolano João Lourenço assegurar neste sábado, em visita a Portugal, que a Sonangol se vai manter no capital do banco português.

O setor papeleiro também se destaca neste arranque, com a Navigator a somar 1,21% para os 3,68 euros, e a Altri a subir 1,06% para os 6,67 euros. Também a Semapa, a holding do grupo que controla a Navigator, avança 2,27%.

Em terreno verde destaque ainda para a Mota-Engil, que valoriza 1,97% para os 1,55 euros, no dia em que são conhecidos os resultados da emissão de obrigações da empresa. A operação, dirigida ao público em geral, “integra o reforço da estratégia de diversificação das formas de financiamento da empresa”, disse no início do mês a construtora.

O sentimento positivo também é sentido na generalidade das praças europeias. O desafio italiano pode estar a chegar a uma solução, com o primeiro-ministro italiano a indicar que está confiante de que o diálogo com Bruxelas vai evitar sanções contra o país por razões orçamentais. O Stoxx 600, índice que agrega as principais cotadas do Velho Continente, abriu a sessão a subir 0,7%. Também a bolsa inglesa celebra depois dos líderes dos 27 Estados-membros da União Europeia aprovarem por unanimidade o acordo histórico do Brexit, e arranca com o FTSE 100 a somar 0,9%.

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CP sem soluções agrava crise na ferrovia mesmo antes do pico natalício

  • ECO
  • 26 Novembro 2018

Todos os dias há comboios suprimidos e outros que somam atrasos porque o material está encostado nas oficinas. A CP continua sem soluções, numa altura em que se avizinha a época natalícia.

A crise na ferrovia, com comboios suprimidos por falta de material, parece continuar. Depois de um período do verão difícil, agora vai ser a época natalícia que vai ficar marcada pelas perturbações causadas aos utentes da Comboios Portugal (CP), avança o jornal Público (acesso condicionado).

Se, por um lado, a empresa continua sem material circulante suficiente, por outro, o recrutamento de operários para a Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF) ainda não está concluído. Razões que fazem manter a incapacidade de reparar as automotoras e carruagens que se vão acumulando nas oficinas, uma situação que agora se agrava, mesmo antes do pico característico do Natal.

Todos os dias há comboios suprimidos no Algarve e no Oeste. Na linha de Sintra, família Sintra-Alverca tem sido a mais sacrificada, devido a falta de composições.

Só na passada quarta-feira, dia 21 de novembro, foram suprimidos 11 comboios no Algarve (nove entre Faro e Vila Real de Santo António e dois entre Faro e Lagos). No dia seguinte foram suprimidos quatro comboios no Algarve e três no Oeste e na sexta-feira seis no Oeste. A semana tinha começado com cinco supressões no Algarve e dois no Oeste e não foi diferente das semanas que a precederam, com circulações anuladas e passageiros em terra sem serviços ferroviário.

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Hoje nas notícias: crise na CP, Santa Casa e Exército

A crise da ferrovia agrava-se, com o material encostado nas oficinas. A Santa Casa já tinha contrato pronto no final do ano passado para entrar com 170 milhões no Montepio.

A crise da ferrovia agrava-se, com o material encostado nas oficinas. Os comboios continuam a ser suprimidos, e as soluções não deverão chegar antes do pico de procura do natal. A Santa Casa já tinha contrato pronto no final do ano passado para entrar no capital do Montepio, mas com a guerra política o negócio caiu. Estas e outras notícias marcam as manchetes nacionais.

Supressão de comboios na CP continua sem soluções

Com a falta de material circulante e os atrasos na contratação de pessoal para a Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário, a crise da ferrovia agrava-se, antes do pico do natal. As automotoras e carruagens vão-se acumulando nas oficinas da CP, e o material começa a ultrapassar o seu período de vida útil, ou a avariar. No Algarve e o Oeste há comboios suprimidos todos os dias, e as ligações Sintra-Alverca também têm sofrido. Já Carris vai investir 55 milhões de euros na frota, e contratar 216 trabalhadores em 2019, segundo indica o Jornal de Negócios.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Santa Casa teve contrato para pôr 170 milhões no Montepio

Chegou a estar pronto um esboço do contrato de compra de ações do Montepio pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), datado de dezembro do ano passado, no valor de 170 milhões de euros. Este documento incluía data, preço e pormenores, mas acabou por não ser viável porque, com os desentendimentos políticos, o negócio caiu. Neste ano, o Governo aprovou a entrada da SCML no capital do Montepio.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Exército aceitou candidatos com nota negativa para sargentos

No curso de formação de sargentos dos quadros permanentes, que teve início há poucas semanas na Escola de Sargentos do Exército, mais de 10% dos alunos foram aceites com média de nove. Esta situação verifica-se porque o Exército baixou para “nove valores” a nota média nas disciplinas de Português e Matemática, segundo um aviso publicado em Diário da República.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Berardo deixa buraco de 280 milhões na CGD

O Governo promoveu uma auditoria forense aos atos de gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no período de 2000 a 2015. Um dos créditos de alto risco que consta nesta auditoria, enviada à Justiça, é um empréstimo que o banco do Estado fez ao grupo Berardo, para a compra de ações do BCP em 2007.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Escolas só reaproveitam 10% dos manuais usados

A gratuitidade dos manuais no ensino público assenta na reutilização, mas não foi possível reaproveitar muitos dos manuais usados. Em cerca de um quarto dos estabelecimentos de ensino não se chegou mesmo a reutilizar nenhum livro. Por outro lado, existem 210 agrupamentos que superam a média e desenvolvem projetos de sensibilização. São as escolas que determinam se os livros estarão em condições para ser utilizados e se os alunos devem ser sancionados no caso de má utilização.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

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Caixa reforça fundos próprios em 1 ponto com vendas em Espanha e África do Sul

Venda de ações da Mercantile Bank Holdings Limited e do Banco Caixa Geral deverá gerar mais-valias de 200 milhões de euros e um aumento superior a 1 ponto percentual nos fundos próprios do banco.

A alienação de ações representativas de 100% do capital social da Mercantile Bank Holdings Limited, na África do Sul, e de ações representativas de 99,79% do capital social do Banco Caixa Geral, em Espanha, deverá ter um impacto no capital da CGD num aumento superior a 1 ponto percentual nos fundos próprios da CGD, adianta o banco público em comunicado enviado esta manhã à CMVM.

De acordo com a informação ao regulador, a conta é feita tendo em conta que se confirmem “os preços globais anunciados de cerca de 201 milhões de euros e de 364 milhões de euros, respetivamente”, que deverão geral mais-valias da ordem dos 200 milhões de euros, “tendo e conta as provisões registadas nas contas da CGD essencialmente em 2017”.

O Abanca vai pagar 368 milhões de euros pelo negócio da CGD em Espanha. O negócio em Espanha deverá levar a mais-valias na ordem dos 141,5 milhões de euros: o banco está avaliado em 597,134 milhões de euros e regista imparidades de 374,634 milhões. Já na África do Sul, a alienação do Mercantile Bank ao Capitec vai render cerca de 201 milhões aos cofres do banco público português.

Nas contas do banco público de 2019, a mais-valia deverá entrar enquanto receita extraordinária, mas reforça a posição financeira. Os rácios de capital poderão melhorar entre 50 e 100 pontos base graças ao conjunto da alienação do espanhol Banco Caixa Geral e do sul-africano Mercantile Bank ao Capitec Bank (também anunciada esta quinta-feira e que irá render 201 milhões de euros aos cofres do banco nacional), adiantou o ECO na semana passada. No final de setembro, os rácios CET 1 phased-in e fully implemented fixaram-se ambos em 14,6%. Os rácios phased-in Tier 1 e Total situaram-se em 15,6% e 17%.

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5 coisas que vão marcar o dia

Na Assembleia da República, prossegue mais uma ronda de debates sobre o Orçamento do Estado, desta vez na especialidade. Mas, hoje também é dia de Cyber Monday, com descontos exclusivamente online.

Na Assembleia da República, começa esta segunda-feira mais uma ronda de discussões. Depois de dois dias de debate na generalidade, o Orçamento do Estado para 2019 é agora discutido na especialidade e, posteriormente, será votado. No mundo das empresas, o destaque vai para a construtora Mota-Engil, que divulga os resultados da emissão de obrigações, uma operação dirigida ao público em geral, com o objetivo de diversificar as formas de financiamento. E também é dia de Cyber Monday. Estes são alguns dos temas que vão marcar este início de semana.

Arranca o debate na especialidade

Depois das várias horas de debate na generalidade, esta semana arranca os debates na especialidade. Por volta das 10h00, no Parlamento, os deputados e o próprio Governo vão debater o Orçamento. Em causa estão as Grandes Opções do Plano para 2019 e, claro, o próprio Orçamento do Estado para 2019. Depois de uma manhã de debate, à tarde ficará marcada pelas votações na especialidade. Contudo, só na quinta-feira, 29 de novembro, é que acontecem as votações finais do documento.

Resultados da emissão de obrigações da Mota-Engil

São conhecidos hoje os resultados da emissão de “Obrigações Taxa Fixa Mota Engil 2018/2022”, que foi feita através de Oferta Pública de Subscrição e de Ofertas Públicas de Troca de “Obrigações Mota Engil 2014/2019” e de “Obrigações Taxa Fixa Mota Engil Julho 2015/Fevereiro 2020” por “Obrigações Taxa Fixa Mota Engil 2018/2022”. A operação, que decorreu desde 12 de novembro até à passada sexta-feira (23 de novembro), dirigida ao público em geral, “integra o reforço da estratégia de diversificação das formas de financiamento da empresa”, disse no início do mês a construtora.

Chega a Cyber Monday

Depois da Black Friday, os descontos saem das lojas e chegam exclusivamente ao digital. As promoções, que começaram na sexta-feira e prolongaram-se, em muitas lojas, pelo fim de semana dentro, culminam hoje na Cyber Monday, um dia também dedicado aos descontos, com especial incidência sobre os produtos de informática e eletrónica. É mais um piscar de olho ao começo das compras de Natal.

Novidades na política monetária angolana?

Irá realizar-se nesta segunda-feira a reunião do Comité de Política Monetária do Banco Nacional de Angola, que serve para avaliar os indicadores de crescimento económico e as contas fiscais e monetárias. O chefe de Estado, João Lourenço, na visita a Portugal, indicou que o país está a entrar num novo ciclo económico, assente no combate à corrupção e à diversificação da economia.

Ex-diretor do FMI vai a julgamento

Tem início esta segunda-feira o julgamento do antigo diretor do Fundo Monetário Internacional, e vice-presidente do governo espanhol no mandato de José Maria Aznar, Rodrigo Rato. O ex-diretor é julgado por “fraude em investimentos” e “falsificação de contas” durante a entrada em bolsa do Bankia.

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Contagem do tempo de serviço dos professores vai hoje a votos. Suspense até ao final

O debate do OE2019 começa segunda-feira. No primeiro dia logo um tema quente: a contagem do tempo de serviço dos professores e das restantes carreiras especiais. Veja o que está em cima da mesa.

A contagem do tempo de serviço dos professores é um dos temas quentes do debate do Orçamento do Estado para 2019 que arranca esta segunda-feira. Quatro partidos têm propostas sobre o assunto apesar dos apelos do Governo para que sejam evitadas “euforias despesistas”. As propostas do PSD e do CDS dão mais espaço ao Executivo do que as dos parceiros políticos de António Costa, mas o resultado final é imprevisível.

Mas afinal o que une e o que separa as propostas que vão a votos?

O que une:

  • Todos querem que o Governo conte os nove anos, quatro meses e dois dias de tempo de serviço que esteve congelado e que corresponde a dois períodos de tempo: o primeiro entre 2005 e 2007, ainda durante o Governo de José Sócrates, e outro entre 2011 e 2017 quando Pedro Passos Coelho foi primeiro-ministro (até 2015) e quando António Costa liderou o Governo (nos últimos dois anos). As propostas preveem que este tempo seja considerado para efeitos de progressão na carreira.
  • Todos remetem a solução para o campo negocial. Esta matéria já estava prevista no Orçamento do Estado para 2018 e tem vindo a ser objeto de negociação entre o Governo e os sindicatos dos professores. Mas não houve acordo e o Executivo decidiu avançar apenas com a aprovação de um decreto-lei para ter em conta dois anos, nove meses e 18 dias de tempo de serviço para efeitos de progressão na carreira dos professores. O diploma ainda não passou a lei faltando saber se Marcelo Rebelo de Sousa dá o ok.
  • Todas as propostas se destinam a todas as carreiras especiais e não só aos professores. Têm sido os docentes a protagonizar esta luta, mas outras carreiras especiais onde a contagem do tempo de serviço também é um fator relevante para a progressão na carreira têm reclamado tratamento igual, como por exemplo os funcionários judiciais, guardas prisionais, polícias e profissionais da GNR.

O que os separa:

  • O PSD e o CDS dão margem total ao Governo para definir com as estruturas sindicais a forma como o pagamento será feito e aceita que as condicionantes financeiras possam afetar o tempo que demora a ser pago.
  • As propostas do PCP e do Bloco de Esquerda fixam um tempo para que o pagamento seja feito – sete anos no primeiro caso e cinco no segundo – apesar de ambos entenderem o processo dentro de uma negociação.

Os números do Governo

Ao longo do processo, o Governo tem falado de alguns números que importa reter para acompanhar o debate sobre a contagem do tempo de serviço para efeito de progressão na carreira. Dos mais antigos para os mais recentes:

600 milhões de euroseste é o acréscimo de despesa que o Governo diz que terá caso aceitasse contar o tempo integral que esteve congelado na carreira dos professores. Este valor não considera qualquer faseamento no pagamento.

1.000 milhões de euroseste é o acréscimo de despesa que o Governo estima ocorrer se aceitar contar o tempo de serviço que esteve congelado entre 2011 e 2017 de todas as carreiras onde o tempo de serviço é um elemento determinante para a progressão na carreira. Este valor não considera qualquer faseamento no pagamento.

12 milhões de euros – este é, segundo dados revelados pelo Negócios a 3 de outubro, o acréscimo de despesa previsto no OE2019 com os professores, em resultado da contagem dos dois anos, nove meses e 18 dias em que esteve congelada a contagem. Este é o valor previsto para apenas um ano. Para o conjunto dos anos em que o Governo estará a pagar este descongelamento, está calculado um impacto na despesa avaliado em 200 milhões de euros, disse o secretário de Estado do Orçamento, João Leão, na conferência de imprensa do Conselho de Ministros onde o decreto do Executivo foi aprovado.

Propostas são votadas hoje

A votação da contagem do tempo de serviço congelado acontece no primeiro dos quatro dias de debate e votação na especialidade. As propostas de alteração serão votadas pela seguinte ordem: CDS, PSD, Bloco de Esquerda e PCP. O desfecho é para já imprevisível. Ao ECO, a deputada do CDS Ana Rita Bessa acredita que o mais provável é “serem chumbadas todas as propostas, por o cruzamento de votações impedir que alguma tenha maioria, ou passarem as do CDS e/ou PSD, que são mais abertas”.

A parlamentar lembra que no OE 2018 está uma formulação semelhante à que está na proposta do CDS e, portanto, Bloco e PCP ficam com menos margem para votar de uma forma diferente da que votaram antes. Em declarações ao Público, a deputada do PCP Paula Sá admitiu que os comunistas acompanham as propostas dos partidos da direita.

“Já o CDS tem mais motivos para não aprovar a do PCP ou do BE por estes imporem à partida condições para a negociação. Tudo o que seja uma negociação, somos favoráveis, mas impor condicionantes é batota”.

Vai ser preciso votar as quatro propostas para perceber como ficará a questão dos professores e das restantes carreiras especiais. Haverá uma primeira votação das propostas do CDS e do PSD porque pretendem alterar o artigo 16.º da proposta de lei do Orçamento do Estado. Já a proposta de alteração do Bloco de Esquerda incide sobre o artigo 27.º e a do PCP sobre o artigo 30.º.

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Plataforma do malparado fecha seis operações até final do ano

Criada há um ano, a plataforma do malparado começa a dar os primeiros frutos. Bancos deverão aprovar seis operações de crédito até final do ano, num valor que ascenderá a mais de 180 milhões de euros

Criada há pouco mais de um ano, só agora a plataforma do malparado que junta três grandes bancos nacionais, a Caixa Geral de Depósitos (CGD), o BCP e o Novo Banco, começa a fechar as primeiras operações de crédito problemático. Ao que o ECO apurou, seis dossiês deverão ser finalizados até final do ano, num valor global que ascenderá a mais de 180 milhões de euros.

Contactada, a equipa gestora da plataforma do malparado não comenta estas informações. Isto porque os processos que estão em cima da mesa ainda não estão completamente resolvidos com as instituições financeiras, que têm uma palavra decisiva nos desfechos das operações. Mas o ECO sabe que existe a expectativa de que os dossiês sejam viabilizados até ao final do próximo mês, antes inclusivamente da quadra festiva do Natal e Ano Novo.

Foi em setembro de ano passado que CGD, BCP e Novo Banco assinaram o memorando de entendimento para a criação de um Agrupamento Complementar de Empresas (ACE) denominado Plataforma de Gestão de Créditos Bancários, e que se apresenta como uma solução alternativa aos remédios mais habituais para a redução dos NPL (non performing loans) no sistema nacional, com o apoio do Governo e reguladores. Um ano depois, só agora começam a ser recolhidos os primeiros frutos.

Para entrarem na plataforma do malparado, estes empréstimos em situação de incumprimento tiveram de percorrer vários passos:

  1. A plataforma recebeu uma proposta dos bancos, que revelaram uma lista dos processos que querem ver tratados neste veículo para gerir créditos em incumprimento;
  2. A equipa da direção executiva da plataforma analisou se a proposta cumpre os critérios de elegibilidade que foram definidos entre os bancos;
  3. Cumprindo os critérios, a proposta é apresentada aos outros bancos. E basta que outro banco aceite para o crédito ser aprovado, ou seja, duas em três instituições financeiras viabilizam a entrada do processo para ser tratado em sede da plataforma;
  4. A partir do momento em que é aceite, a plataforma fará um diagnóstico tendo em conta as informações que vai obter;
  5. É depois elaborada uma estratégia e medidas que levem à recuperação da empresa;
  6. Por fim, a proposta é apresentada a um comité de reestruturação, para ser posteriormente aprovada.

Sabia-se, à partida, que só podiam integrar esta solução créditos individuais acima dos cinco milhões de euros. Mas os trabalhos no seio da plataforma só começaram efetivamente depois do primeiro trimestre, após os três bancos terem apresentado uma lista dos processos de crédito que queriam ver resolvidos no âmbito deste veículo no final de março, com a identificação de um conjunto de empréstimos tóxicos avaliados em 1.000 milhões de euros.

Ou seja, na prática, só nos últimos meses é que a equipa da plataforma meteu definitivamente mãos à obra, tratando de recolher informações sobre operações de crédito que envolvem os três bancos, antes de submeter uma proposta reestruturação do crédito e das próprias empresas às instituições financeiras. Ao que o ECO apurou, o facto de muitos dossiês de crédito apresentaram informação incompleta, incluindo ao nível das garantias e avaliações de risco, atrasou ainda mais os trabalhos da plataforma.

Apresentadas as propostas, o que já terá acontecido em alguns casos, caberá a um comité de reestruturação a palavra final na concretização da operação. Este comité é composto por três membros independentes, com peso de um terço na votação. Os outros dois terços dos votos estão nas mãos dos bancos, sendo que a votação será feita por maioria simples. Mas o peso de cada banco na decisão final dependerá da “fatia” do valor a reestruturar: isto é, quanto maior for o crédito, maior é o poder de voto do banco.

Malparado em queda

“A aceleradora de reestruturações”

Se para as empresas em causa isto significará um novo capítulo na continuidade dos seus negócios, certo é que estas seis operações prestes a ficarem fechadas correspondem uma pequena parte do fardo do malparado que os bancos portugueses ainda carregam, contaminando os seus balanços e corroendo as rentabilidades das instituições financeiras.

De acordo com o Banco de Portugal, no final do ano passado, o sistema nacional registava um volume de NPL na ordem dos 36 mil milhões de euros, correspondentes a cerca de 13% do total de empréstimos dos bancos. Tratou-se de uma redução assinalável face ao nível de malparado de 17% registado apenas dois anos antes e, apesar de este esforço ter sido amplamente elogiado pelas autoridades, incluindo agências de rating, a palavra de ordem é para continuar a reduzir estes ativos tóxicos dos balanços dos bancos nos próximos anos, tal como têm dito os presidentes dos bancos nacionais.

Ainda assim, não se tratando de uma “solução milagrosa”, conforme reconheceu Miguel Maya, presidente do BCP, a plataforma do malparado é encarada numa lógica de “aceleradora de reestruturações”, disse em entrevista ao Expresso há uma semana. “A plataforma é uma boa ideia. Vamos ver se conseguimos transformar uma boa ideia em resultados”, disse.

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Arroz com vinha d’alhos “defende” Portugal no European Young Chef Award

  • ECO
  • 25 Novembro 2018

Portuguesa de 18 anos vai representar Portugal em competição de jovens chefs. E leva um prato minhoto na bagagem.

No tacho, coze-se o arroz numa mistura de água, entrecosto estufado e vinho tinto. A receita terá mais detalhes — e um segredo da jovem chef — mas é com ela, diretamente do Minho, que Beatriz Costa quer impressionar o júri do European Young Chef Award, onde vai representar Portugal nos próximos dias 25 e 26 de novembro.

Aos 18 anos, Beatriz Costa foi a escolhida pelo Minho, a primeira e única região portuguesa de gastronomia europeia, para representar o país na competição e mostrar ao júri o que a cozinha minhota tem de melhor.

Beatriz Costa vai à Irlanda representar o Minho com um arroz em vinha d’alhos.

“É um prato verdadeiramente minhoto, com feijões terrestres, produzidos em Arcos de Valdevez, mas também equilibrado, com hidratos de carbono, proteína e vegetais”, explica o chef Renato Cunha, embaixador do Minh Young Chef Awards e mentor da Beatriz na preparação para os European Young Chef Award, citado em comunicado. No entanto, Beatriz deu o seu toque pessoal ao prato: tirou os ossos, cortou a carne e salpicou-o com flores.

“Quisemos elevar o prato, apostamos na inovação, na satisfação e no sabor, sem o descaracterizar”, acrescenta ainda o mentor sobre os últimos meses, durante os quais acompanhou Beatriz Costa de perto para que a jovem pudesse melhorar o seu prato. O resultado será avaliado esta segunda-feira, na Irlanda.

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Sete dicas para aproveitar melhor esta Cyber Monday

A Cyber Monday promete grandes descontos e promoções, mas só nas lojas online. O ECO reuniu um conjunto de sete dicas para aproveitar a euforia das compras com segurança.

A euforia das compras e das promoções continua esta segunda-feira, mas sem filas nem multidões. Depois da Black Friday da passada sexta-feira, a Cyber Monday está de volta e esperam-se descontos expressivos nos catálogos de muitas lojas portuguesas e estrangeiras… mas só na internet. Se ainda tem orçamento para gastar, ou se está à procura de um artigo que não encontrou em loja, esta é a oportunidade final para o procurar nos sites das principais marcas.

Ora, se nunca comprou online, ou já comprou e quer voltar a comprar, o ECO reuniu um conjunto de sete dicas que poderão ser úteis na hora de escolher um produto. Boas compras!

Escolha sites de confiança

Fazer compras em sites que não são de confiança acarreta sérios riscos, sobretudo na Cyber Monday, em que o apelo ao consumo é maior. Aposte, sobretudo, nas lojas virtuais que conhece e veja sempre se o site em que está é mesmo da marca que diz ser. Se alguma coisa lhe parecer suspeita, não arrisque. Se não conhecer uma determinada loja, mas está interessado num produto, procure feedback junto de amigos que já tenham feito compras nessa plataforma, ou pesquise o que se diz sobre ela em fóruns na internet, no Portal da Queixa e nas redes sociais. Além disso, para evitar que os seus dados caiam em mãos erradas, verifique se o URL do site começa com “https://”, o que indica que a ligação é segura e encriptada entre as partes.

Veja se é um bom negócio

Mesmo nas lojas de confiança vale a pena avaliar se um determinado produto é mesmo um bom negócio. De nada vale um desconto de 50% se o preço do produto aumentou para o dobro há duas semanas. Para tal, poderá aproveitar o simulador que a Deco criou para avaliar se um determinado artigo está, de facto, mais barato, ou se esse produto já foi mais barato noutra altura. Basta colar o link do produto para obter todas as informações necessárias e perceber se o desconto é real, ou se o preço já foi menor do que está agora.

Compare sempre os preços

Ainda na lógica da comparação de preços, antes de oficializar uma encomenda, procure sempre o mesmo artigo noutras lojas, pois podem existir preços ainda mais competitivos. A palavra-chave é “pesquisar”. Com paciência e método, poderá avaliar se o negócio é realmente bom e, depois, fazer a compra com a consciência tranquila de quem poupou algumas dezenas de euros.

Contra-reembolso? Experimente o MB Way

A generalidade das compras na internet é feita com recurso a contas no Pay Pal ou com cartão de crédito. Ora, para quem não tem cartão de crédito, é comum o recurso ao contra-reembolso, ou seja, o pagamento da compra é feito no ato de entrega do produto. Isto acarreta um custo acrescido que, na maioria dos casos, pode ser contornado com recurso a serviços como o MB Way. A técnica já é velhinha, mas se tem conta num banco português, adira ao serviço e instale a aplicação no seu telemóvel. Poderá, depois, gerar um cartão de crédito virtual Visa com o montante que quiser. Isto é útil, pois evita o pagamento do contra-reembolso. A técnica pode ser usada mesmo por quem tenha cartão de crédito, uma vez que aumenta a segurança da compra e não terá de partilhar os seus dados com uma loja que não conhece.

Atenção às comissões e impostos

Ao fazer compras em lojas estrangeiras, tenha atenção com as comissões e impostos cobrados para transações em divisas diferentes do euro. As compras online em moeda estrangeira, como o dólar, poderão implicar o pagamento de imposto de selo e comissões de processamento de transação ao banco. Estas comissões tendem a representar valores relativamente baixos, mas nunca é demais informar-se das condições junto do seu banco. Além disso, tenha atenção às mudanças cambiais, particularmente as valorizações das outras moedas, que podem tornar a sua compra mais cara em euros.

Cuidado com a retenção na alfândega

Se vai adquirir produtos caros, como grandes eletrodomésticos e televisões, procure optar por lojas portuguesas sempre que possível. Não é incomum surgirem queixas de clientes que acabam por ver as suas encomendas ficarem retidas na alfândega, com preços elevados de desalfandegamento no caso de compras de lojas fora da União Europeia. Nestes casos excecionais, os preços variam muito e dependem do produto importado.

Não esqueça os portes de envio

Por vezes, a euforia pelas compras é tanta que tendemos a esquecer alguns pormenores importantes. Para além da questão da alfândega e das comissões e impostos, como vimos, há que ter em conta os portes de envio que podem ser cobrados. Em alguns casos, estes valores são indicados diretamente na ficha do produto. Noutros casos, o valor só é apurado no momento de finalizar a compra. Algumas lojas oferecem os portes de envio para compras superiores a um determinado valor. Informe-se nos sites, faça as contas e veja se vale a pena aproveitar.

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“Não há razões para temer uma crise só porque os mercados caem”

Apesar das quedas nas bolsas, a perspetiva é de recuperação até ao final do ano. As ações da banca são as preferidas do Bankinter, mas a recente queda das tecnológicas pode ser uma oportunidade.

Uma crise económica pode surgir sem se fazer anunciar, mas — para já — não há indícios de que esteja para breve, segundo João Pisco, CFA do departamento de análise de mercados financeiros do Bankinter. Por outro lado, as quedas nos mercados acionistas podem ser uma oportunidade de entrada para investidores mais audazes, na perspetiva do banco, cujo mercado preferido é o dos EUA.

“As crises são imprevisíveis, mas há sinais que nos podem dar indicações”, afirmou Pisco, na apresentação da nova plataforma Bankinter Broker. O analista apontou para os quatro excessos que sinalizam uma potencial crise — consumo, investimento, bolha imobiliária e salários –, considerando que não se verificam.

“Nenhum destes se cumpre atualmente. O consumo e o investimento crescem a um nível sustentável. No mercado imobiliário, estamos muito focados na realidade de Portugal. As valorizações no mercado imobiliário em Portugal e Espanha estão a responder à lei básica da procura depois de uma década em que a construção esteve praticamente parada. A nível global não é apropriado falar de uma bolha imobiliária. O mercado laboral está pressionado, mas não há crescimento excessivo dos salários.

A projeção do Bankinter é que o ciclo de crescimento económico global estabilize, mas não veem uma recessão no horizonte. No caso de Portugal estimam uma expansão em torno de 2%, ligeiramente abaixo dos 2,2% que o Governo espera para os próximos dois anos.

Há, no entanto, riscos. O primeiro é a guerra comercial, que o Bankinter considera irá continuar focada entre EUA e China, afastando a hipótese de uma escalada a conflito global. A política europeia — centrada em Itália, Brexit e emergência de partidos populistas –, bem como a crise dos países emergentes — especialmente Turquia, Argentina e Brasil — são também fatores de incerteza. Sublinha ainda que a dívida está muito elevada, mas está muito concentrada no setor público e é o endividamento privado que nos deve tirar o sono.

Mas tal como o endividamento, também a quebra das bolsas não faz soar alarmes. “Não há razões para temer uma crise só porque os mercados caem“, disse João Pisco, na semana em que Wall Street entrou em terreno negativo no acumulado de 2018. “Acredito que os mercados vão recuperar até ao final do ano”, afirmou, sublinhando que os resultados das empresas têm batido as estimativas dos analistas de forma expressiva e o ajuste de múltiplos gera oportunidades para investidores com maior perfil de risco.

A estimativa do banco é que as cotadas do S&P 500 aumentem os lucros em 31,6% este ano e 10,3%, face aos 12,5% em 2017. A projeção para as empresas do EuroStoxx 50 é de 10,8% este ano e 10,9% no próximo, em comparação com os 28,5% do ano passado.

Correção é oportunidade. EUA no topo

“A correção de outubro e novembro está a ser digerida lentamente”. Wall Street foi arrastado para o vermelho seguindo a tendência que já se vivia nas praças europeias. Apesar disso, o analista explica “que comprar ações norte-americanas é a nossa maior recomendação e os EUA são o nosso mercado preferido tanto para ações como obrigações”.

Entre as ações norte-americanas, o Bankinter está a investir principalmente na banca devido ao cenário de subida de taxas de juro pela Reserva Federal dos EUA e aumento do crédito no país, que leva a um ganho de liquidez. A top selection de ações dos EUA em que o banco espanhol investe acumula uma valorização de 8,16% em 2018 e de 16,1% desde a criação da carteira, em 2010.

Em sentido contrário, Pisco é mais conservador em relação às gigantes tecnológicas. As cinco maiores — Facebook, Amazon, Apple, Netflix e a dona da Google (Alphabet) — entraram também esta semana em bear market com uma desvalorização superior a 20% desde o último pico no valor das ações. “As FAANG subiram muito e tenho uma postura cautelosa. Com as novas quedas, estão com preços que já oferecem valor, mas a volatilidade continua muito grande”, alertou o analista.

Em Lisboa, BCP merece destaque

Olhando para o mercado nacional, o Bankinter está a apostar no representante da banca no PSI-20, o BCP, porque beneficia do sentimento global na banca, associado ao preço “barato” e solidez oferecida por ter limpo o balanço. A estabilidade da REN e da Navigator (que está ganhar com a subida dos preços da matéria-prima) também agradam.

O retalho também está entre as ações preferidas, mas com uma ressalva. “Se a Sonae MC voltasse, preferia do que à holding Sonae“, diz. No caso da Jerónimo Martins é o preço baixo que atrai já que o forte investimento na Polónia está levar a uma distorção em baixa dos preços. “A situação é boa, mas não irá melhorar muito mais. Há que adaptar expectativas à volatilidade normal. Fim do bull market? Não, de todo. É só o regresso à normalidade”, acrescentou.

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Rio garante que propostas do PSD de alteração ao OE visam “redução da despesa”

  • Lusa
  • 25 Novembro 2018

O presidente do PSD e líder da oposição, Rui Rio, afirmou este domingo que as propostas do PSD para alterar o Orçamento do Estado para 2019 visam a "redução da despesa" pública.

O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou este domingo que as propostas de alteração do partido ao Orçamento do Estado (OE), que são mais de 100, incluem medidas de equilíbrio orçamental e de “redução da despesa”.

“Há lá propostas que visam uma redução da despesa que é suficiente para cobrir aquilo que são as propostas que visam um aumento de despesa, para não degradarmos as contas públicas, porque isso é absolutamente vital, à exceção de uma proposta, que é a proposta do ISP, do imposto sobre a gasolina e sobre o gasóleo, porque aí, a promessa é do Governo”, disse Rui Rio, na Guarda.

Segundo o líder nacional do PSD, que falava na sessão de encerramento da V Academia do Poder Local dos Autarcas Social-Democratas (ASD), “em 2016 o Governo disse que baixaria o imposto [sobre a gasolina e o gasóleo] assim que o preço do petróleo subisse”. “Essa é uma promessa do Governo, são eles que têm de saber onde há a contrapartida, e, por isso, nós estamos à vontade para fazer a proposta de pôr outra vez o ISP no mesmo patamar em que estava em fevereiro de 2016”, justificou. Acrescentou que, “tirando isso, tudo tem, naturalmente, uma contrapartida, na lógica do equilíbrio das propostas todas que globalmente fazemos”.

No seu discurso, Rio destacou uma proposta “absolutamente emblemática” que tem a ver com a denominada taxa de proteção civil. “Temos a maior carga fiscal de sempre. Ainda assim, o Governo vai querer criar um novo imposto a que chama taxa de proteção civil”, observou. Rui Rio disse que o PSD tem uma proposta de retirada desse artigo que cria a taxa de proteção civil porque, “basta” e “há um momento em que é preciso parar”.

Lembrou também que no sábado ficou a saber-se que foi criado um imposto adicional ao IMI e que haverá um adicional ao adicional do IMI, “que não irá para as autarquias”. “Ainda hoje eu estou para perceber como é que é possível, num imposto que é municipal, o adicional a esse imposto e agora o adicional ao adicional não ir para as autarquias, mas ir para outros destinos que não as autarquias. Não percebo bem, inclusive a legalidade desse adicional”, declarou.

Rio também reafirmou na sua intervenção que o OE tem “pequenas, médias e grandes mentiras” que já esclareceu. Sobre a proposta do Governo para a redução dos passes sociais para Lisboa e Porto, disse que o PSD não está de acordo. “Ou isto é aplicado ao país todo, ou então não. Ou seja, a nossa proposta diz ‘sim’, mas ao país todo. Enquanto não for ao país todo, ‘não’. Porque não é justo. Nós temos de ser coerentes. (…) Se nós não queremos deixar o interior esquecido, como é que nós, em coerência, podemos tomar uma medida destas?”, questionou.

Segundo o presidente do PSD, “as pessoas fora da Área Metropolitana do Porto e Lisboa continuam a pagar penosamente e com mau serviço, muitas vezes, os seus transportes para irem trabalhar e quem está nos grandes centros urbanos, tem a vida facilitada?”.

“Eu sou a favor da facilitação da vida nos grandes centros urbanos, mas ao mesmo tempo de todos os demais”, rematou, acrescentando que o Governo aponta que “vai ser depois para todos”, mas, em sua opinião, “quando for, é para todos”.

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