Falta de mão-de-obra afeta mais empresas

Há cada vez mais empresas a queixarem-se de dificuldades de contratação. No entanto, a morosidade do sistema judicial continua a ser o maior obstáculo da atividade, revela o INE.

As dificuldades de encontrar mão-de-obra e de contratar técnicos qualificados são o obstáculo à actividade das empresas que mais cresceu entre 2014 e 2017. No entanto, a morosidade do sistema judicial continua a ocupar o primeiro lugar do pódio dos entraves à vida das empresas, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

“As operações ligadas aos recursos humanos não constituíram, globalmente, um obstáculo elevado ao exercício da atividade das empresas (2,93). No entanto, foi neste indicador que se registou o maior aumento face a 2014 (+0,17 pontos)”, escreve o INE, acrescentado que que este aumento “deveu-se principalmente a dificuldades na contratação de trabalhadores (+0,28) e no acesso a técnicos qualificados (+0,23)”.

Esta tendência tem sido revelada por alguns responsáveis, com o ministro do Trabalho e da Segurança Social, Vieira da Silva, a chamar a atenção para o mesmo problema.

No entanto, apesar deste agravamento, “as dificuldades com os despedimentos foram apontadas, quer em 2014, quer em 2017, como o maior obstáculo à atividade das empresas neste domínio (3,10 e 3,17, respetivamente)”. Isto apesar das alterações aos custos com despedimentos que ocorreram durante o período do programa de ajustamento e que os tornaram mais baratos.

Ainda assim é no sistema judicial que estão os maiores entraves à atividade das empresas. “O sistema judicial foi aquele em que as empresas identificaram maiores entraves à sua atividade, com um indicador de custos de contexto de 3,68”, diz o INE, acrescentado que “o maior entrave continuou a ser a duração dos processos judiciais, considerada como um obstáculo elevado ou muito elevado para a atividade de 49% das empresas“.

Este inquérito do INE foi feito junto de 5.060 empresas entre março e abril de 2018. Foram consideradas válidas 4.248 respostas. “Em 2016, o volume de negócios destas empresas representou 40,3% do volume de negócios total das sociedades não financeiras em Portugal”, explica o instituto de estatística que decidiu incluir um novo entrave à vida das empresas nas perguntas relacionado com os custos associados ao cumprimento das obrigações de informação.

As respostas das empresas revelaram que 88,5% deste custo foi suportado com meios da própria empresa e 13,5% determinado pela subcontratação de terceiros. “A prestação e entrega de informação empresarial e fiscal registou o maior peso no custo médio anual com o cumprimento das obrigações de informação (37,5%), seguida das licenças, certidões, autorizações ou permissões (23,2%)”, mostram os dados conhecidos esta sexta-feira.

(Notícia atualizada)

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Miguel Pina é o novo presidente do Capítulo Português do Clube Espanhol de Arbitragem

Miguel Esperança Pina assumiu as funções de presidente do Capítulo Português do Clube Espanhol de Arbitragem. É advogado e árbitro a nível nacional e internacional.

Miguel Esperança Pina é o novo Presidente do Capítulo Português do Clube Espanhol de Arbitragem (Club Español del Arbitraje – CEA). O advogado, especializado em arbitragem, assumiu funções na última assembleia geral.

A direção do Capítulo Português conta ainda com Miguel Almada, da MLGTS, que será vice-presidente, Filipa Cansado Carvalho, da PLMJ, nova secretária executiva, Carlos Aguiar e André Navarro de Noronha, da Telles, e Carla Borge, da VdA.

Ao todo, existem mais de 30 capítulos no seio do CEA, respeitantes a várias nacionalidades. Estes capítulos prosseguem, em estreita articulação com o CEA, os mesmos objetivos, mas considerando as especificidades de cada país. O capítulo português é o segundo maior, após o francês, e tem um papel decisivo no que respeita à arbitragem em língua portuguesa, já que o objetivo primordial do CEA é o desenvolvimento da arbitragem tanto em espanhol, como em português.

O presidente e a nova direção já se propuseram a reforçar a intervenção dos países lusófonos, com vista a que o português ganhe massa crítica no seio da instituição, visando o incremento das arbitragens em Portugal respeitantes ao universo da lusofonia. Outro dos objetivos prende-se com o reforço da presença nacional no encontro anual em Espanha.

"O facto de haver um espaço comum de desenvolvimento das arbitragens em espanhol e em português permite a aproximação de experiências e o acesso a um imenso mercado jurídico e arbitral. Os árbitros portugueses tornam-se mais conhecidos e mais aptos a serem nomeados num mercado muito mais amplo.”

Miguel Esperança Pina

Presidente do capítulo português do CEA

“O facto de haver um espaço comum de desenvolvimento das arbitragens em espanhol e em português permite a aproximação de experiências e o acesso a um imenso mercado jurídico e arbitral. Os árbitros portugueses tornam-se mais conhecidos e mais aptos a serem nomeados num mercado muito mais amplo. Assim, como o inverso também acontece. Neste momento, sucede, com bastante frequência, que árbitros espanhóis são nomeados para arbitragens em Portugal. Os critérios de escolha e avaliação de árbitros passam a ser muito mais exigentes e o crivo muito mais apertado, porque há mais concorrência e o número de intervenientes mais habilitados é mais alargado”, afirma o novo presidente à Advocatus.

Miguel Esperança Pina foi coordenador do departamento de Dispute Resolution da Cuatrecasas, Gonçalves Pereira, entre 1998 e junho de 2018. Fundou a APA – Associação Portuguesa de Arbitragem, tendo exercido funções diretivas entre 2006 e 2008, e tem um longo percurso como advogado e árbitro a nível nacional e internacional, na área da resolução judicial e extrajudicial de conflitos no âmbito de relações societárias, de contratos financeiros, de distribuição comercial, de prestação de serviços informáticos e de telecomunicações, de farmacêuticas, oil & gas, entre outros.

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Preço da gasolina dispara 3 cêntimos na próxima semana. Gasóleo sobe 1,5 cêntimos

Se vai atestar o carro em breve tenha em atenção a evolução dos preços na próxima segunda-feira. Combustíveis vão registar uma subida acentuada, com a gasolina a aumentar 3 cêntimos por litro.

Vai atestar o depósito do automóvel em breve? Então tenha em atenção a evolução dos preços dos combustíveis na próxima semana. O gasóleo prepara-se para ficar 1,5 cêntimos mais caro. Maior será a subida da gasolina: o litro vai encarecer em três cêntimos, naquela que vai ser a maior subida desde novembro.

Fonte do setor adiantou ao ECO que há margem para os preços dos combustíveis registarem subidas expressivas quando os postos de abastecimento atualizarem os preços na meia noite da próxima segunda-feira.

No caso da gasolina, a verificar-se o aumento de três cêntimos, cada litro vai passar a custar, em média, mais de 1,60 euros na próxima semana, de acordo com as estatísticas divulgadas pela Direção-Geral de Energia. Será a maior subida desde novembro, atingindo o valor mais elevado deste abril de 2015, pelo menos.

Já o gasóleo, o combustível mais usado pelos portugueses, prepara-se para um agravamento de 1,5 cêntimos, devendo elevar o preço para 1,364 euros por litro. Será a maior subida desde maio para o diesel.

A evolução dos preços dos combustíveis reflete o comportamento do petróleo e derivados petrolíferos nos mercados internacionais durante a última semana. O barril de Brent, negociado em Londres, regista uma valorização de 2% face à última sexta-feira, estando a cotar nos 74,51 dólares por barril.

(Notícia atualizada às 12h08)

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Portugueses são os que menos poupam na União Europeia

Portugal registou a mais baixa taxa de poupança no primeiro trimestre. Apenas 4% do rendimento disponível não se destina a despesa de consumo final. Suecos e alemães são os mais poupados.

Portugal tem a mais baixa taxa de poupança entre os membros da União Europeia, com as famílias a dedicarem apenas 4% dos rendimentos para esse fim. Já os suecos e alemães estão entre os europeus que mais poupam.

“No primeiro trimestre, as taxas de poupança mais baixas foram registadas em Portugal (4,0%), Reino Unido (4,1%) e Espanha (5,0%)”, revela esta sexta-feira o Eurostat.

A taxa de poupança representa a parte de rendimento disponível bruto que não foi gasta pelas famílias como despesa de consumo final. “Portanto, a taxa de poupança aumenta quando a renda disponível bruta cresce a uma taxa maior do que a despesa de consumo final”, explica o Eurostat na primeira vez em que apresenta indicadores trimestrais relativos às poupanças das famílias dos Estados-membros da União Europeia.

Informações detalhadas sobre estas estatísticas poderão ser encontradas aqui.

No mesmo reporte estatístico, o gabinete de estatísticas da União Europeia revela que a taxa de investimento das empresas foi mais elevado na Suécia (28,6%), República Checa (28,1%) e Espanha (27,4%) no primeiro trimestre do ano. Por seu lado, o Reino Unido (17,9%), a Holanda (19,5%) e a Polónia (20%) registaram as taxas de investimento mais baixas.

Já Portugal apresentou uma taxa de investimento de 23,7%, acima da média da Zona Euro (23,1%).

Sobre a taxa de investimento, o Eurostat calcula o indicador com base na formação bruta de capital fixo (investimento) sobre o valor acrescentado bruto.

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Bloco de Esquerda em silêncio sobre polémica de Ricardo Robles

O Bloco de Esquerda não quer comentar a polémica em torno do vereador de Lisboa, mas a líder já retweetou as explicações de Ricardo Robles nas redes sociais.

O Bloco de Esquerda não quer comentar para já a polémica criada em torno da possibilidade de o vereador bloquista poder vir a realizar uma mais valia potencial de vários milhões de euros com a venda de um prédio em Alfama que comprou a meias com a irmã, tal como revela o Jornal Económico esta sexta-feira. No entanto, depois de Ricardo Robles se ter justificado nas redes sociais, a líder do Bloco retweetou a mensagem do vereador, logo depois.

“Para já não diremos nada“, disse fonte oficial do partido ao ECO, quando instada a comentar o caso.

Questionado pelo Jornal Económico, Ricardo Robles confirma a compra do imóvel a meias com a irmã, que terá residência na Bélgica, mas desmente que tenha havido despejo dos inquilinos. Ricardo Robles garante ainda que não existe qualquer contradição com as posições que defende relativamente ao mercado imobiliário: “Não há qualquer condição”, disse ao semanário, acrescentando que apenas um dos cinco inquilinos era residente no prédio e que este aceitou fazer um novo contrato de arrendamento, mais elevado e por oito anos.

Depois continua a sua defesa nas redes sociais: “Comprei um imóvel com a minha irmã, em 2014, como parte de um negócio de família. Absolutamente ninguém foi despejado: a única família que lá vivia, lá continua, agora com casa recuperada e contrato em seu nome, por 8 anos e renda de 170€. Todos os direitos protegidos”.

Uma mensagem que foi entretanto retweetada pela líder do partido, Catarina Martins.

Mas Catarina Martins não foi a única. Pedro Filipe Soares e Jorge Costa também retweetaram a mensagem. Por outro lado, o Twitter oficial do partido diz que Ricardo Robles desmente a notícia.

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Luiz Gomes e Associados assessora Paula Amorim e um dos donos da Comporta

Escritório liderado por André Luiz Gomes assessora o grupo de Paula Amorim, interessado na Comporta, e presta assessoria jurídica a João Espírito Santo de Brito e Cunha, um dos donos da Herdade.

A sociedade de advogados Luiz Gomes & Associados (LGPAS) está sob fogo por causa da Herdade da Comporta. Segunda avança o Jornal Económico (acesso pago), o escritório liderado por André Luiz Gomes assessora o grupo de Paula Amorim, interessado na Comporta, e presta assessoria jurídica a João Espírito Santo de Brito e Cunha, um dos participantes do fundo dono da Herdade.

Situação que pode constituir um eventual conflito de interesses por a sociedade estar, ao mesmo tempo, do lado do comprador e de um dos vendedores.

Embora se trate de um escritório e não de um advogado singular, o Estatuto da Ordem dos Advogados prevê que um advogado não possa “aconselhar, representar ou agir por conta de dois ou mais clientes, no mesmo assunto ou em assunto conexo, se existir conflito de interesses desses clientes”, segundo o artigo n.º 99. O ECO tentou contactar o advogado e sócio principal do escritório André Luiz Gomes mas, até agora, sem sucesso. 

Relembre-se que hoje é o dia em que deverá ser conhecido o futuro dono da Comporta, a maior herdade do país, com a realização da assembleia de Fundo, que vai decidir qual das três propostas submetidas sairá vencedora. Uma delas é do consórcio Oakvest/Portugália/Sabina, escolhido pela Gesfimo, a sociedade gestora do fundo imobiliário. Os outros interessados são o consórcio que junta a Vanguard Properies, de Claude Berda, e Paula Amorim, por um lado, e Louis-Albert de Broglie, um aristocrata francês conhecido naquele país como o “príncipe jardineiro”, por outro.

(Notícia atualizada às 11:30 com mais informação).

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Chefe da delegação do SEF em Albufeira é detido. Facilitava vistos de residência em troca de subornos

  • ECO
  • 27 Julho 2018

Joaquim Patrício, chefe da delegação do SEF de Albufeira, chegava a receber, em alguns casos, cerca de 500 euros. Fechava os olhos à falta de documentos e acelerava o processo de título de residência.

Joaquim Patrício, chefe da delegação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) de Albufeira, foi detido na passada quinta-feira pela Diretoria do Sul da Polícia Judiciária. É suspeito de ter recebido subornos para acelerar a emissão de títulos de autorização de residência de paquistaneses, indianos, russos e brasileiros. Segundo avança esta manhã o Correio da Manhã (acesso pago), o chefe do SEF chegou mesmo a receber, em certos casos, cerca de 500 euros para que a falta de documentos dos estrangeiros não fosse um obstáculo ao visto de residência.

Emitidos pela 2.ª secção de Faro do Departamento de Investigação de Ação Penal do Ministério Público, a Polícia Judiciária (PJ) levou, também, dois mandados de busca. Um deles à casa de Joaquim Patrício e outro ao seu local de trabalho, a delegação regional do SEF em Albufeira. As autoridades suspeitam, ainda, que o chefe da delegação de Albufeira já tivesse, noutras zonas do país, cidadãos estrangeiros a trabalhar para ele, que lhe faziam chegar mais “clientes”. Em causa estão cerca de 20 processos, nos quais o suspeito teve intervenção direta.

A investigação foi aberta pela Polícia Judiciária em meados de 2017, após o próprio SEF ter mostrado algumas desconfianças relativamente ao inspetor-chefe, motivadas por uma denúncia anónima. Com discrição, para não levantar suspeitas internas, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras avançou para uma inspeção à delegação de Albufeira e acabou por verificar que havia falta de documentos, que são obrigatórios nos processos de autorização de residência. A partir daí, os indícios de corrupção foram comunicados ao Ministério Público, que, por sua vez, entregou o caso à PJ.

O historial do SEF em detenções

Ainda no passado mês de maio, uma outra inspetora do SEF, que chefiava o posto de Alverca, foi detida e constituída arguida por corrupção. Depois de um processo disciplinar arquivado, a inspetora foi apanhada em flagrante a receber dinheiro de um advogado, que também foi detido.

Acácio Pereira, Presidente do Sindicato de Inspetores do SEF, admite que os casos de corrupção afetam a imagem do organismo mas, diz também, que as instituições “são mais do que um ou outro profissional”. “A maioria do pessoal do SEF é gente muito cumpridora, esforçada, dedicada, que não pactua com este tipo de comportamentos”, afirmou ao Correio da Manhã.

Sobre ter sido o próprio SEF a alertar a PJ para a situação, Acácio Pereira considera que foi um fator que contribuiu para a estabilidade da instituição. “As instituições devem atuar sempre que haja ilícitos. E há ilícitos sempre que há pessoas”.

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Mais de 11 mil notas de euro retiradas de circulação pelo Banco de Portugal no primeiro semestre

  • Lusa
  • 27 Julho 2018

A nota de 20 euros é a mais contrafeita, seguida da de 50 euros. Em conjunto, representam cerca de 83% do total de contrafações.

Mais de 11 mil notas de euro contrafeitas foram retiradas de circulação em Portugal entre janeiro e junho, sendo a nota de 20 euros a mais contrafeita, segundo dados divulgados esta sexta-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

De acordo com o BdP, durante o primeiro semestre de 2018, em Portugal, foram retiradas de circulação 11.290 notas contrafeitas, mais 1.519 do que no segundo semestre de 2017.

A nota de 20 euros é a mais contrafeita, tendo sido retiradas de circulação 7.622 unidades, seguida da de 50 euros, com 2.657 retiradas.

Segundo o BdP, as contrafações apreendidas apresentam qualidade regular e podem ser identificadas recorrendo à metodologia “Tocar – Observar – Inclinar”, não sendo necessário para o efeito utilizar qualquer instrumento de verificação.

O regulador bancário refere que “os valores [de notas apreendidas] permanecem residuais quando comparados com as notas em circulação”.

No segundo semestre de 2019, em data a anunciar, serão colocadas em circulação as novas notas de 100 e 200 euros, que completam a segunda série de notas de euro – a série Europa.

De acordo com o comunicado do Banco Central Europeu (BCE), também divulgado na página do BdP, no primeiro semestre de 2018, foram retiradas de circulação cerca de 301.000 notas de euro contrafeitas, o que constitui uma diminuição de 17,1% face ao segundo semestre de 2017 e menos 9,1% do que no primeiro semestre de 2017.

“A probabilidade de se receber uma nota contrafeita é diminuta”, refere o BCE. As notas de 20 euros e 50 euros continuaram a ser as mais contrafeitas, representando, em conjunto, cerca de 83% do total de contrafações.

A maioria das notas contrafeitas (88,8%) foi detetada em países da área do euro, tendo cerca de 10,3% das notas sido apreendidas em Estados-membros da União Europeia não pertencentes à área do euro e 0,9% sido detetadas em outras partes do mundo.

“A quantidade de contrafações permanece muito reduzida, em comparação com o número de notas de euro genuínas em circulação, o qual tem aumentado continuamente, a taxas superiores ao crescimento do produto interno bruto (PIB), desde a introdução das notas de euro”, refere.

Em 2017, por exemplo, acrescenta, a quantidade e o valor das notas de euro em circulação aumentaram, respetivamente, cerca de 5,9% e 4% e presentemente, encontram-se em circulação muito mais de 21 mil milhões de notas de euro, com um valor total superior a 1,1 mil milhões de euros.

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Danone melhora resultados, apesar do colapso de vendas em Marrocos

  • Lusa
  • 27 Julho 2018

O grupo alimentar francês Danone anunciou hoje que nos primeiros seis meses do ano teve lucros de 1.132 milhões de euros, 8,2% mais do que em igual período de 2017.

O grupo alimentar francês Danone anunciou hoje que nos primeiros seis meses do ano teve lucros de 1.132 milhões de euros, 8,2% mais do que em igual período de 2017.

Em comunicado, a empresa adianta que conta com um crescimento de dois dígitos no seu lucro líquido por ação, descontando o impacto da sua participação nas bebidas lácteas fermentadas especializadas japonesas Yakult Honsha.

O volume de negócios foi de 12.498 milhões de euros, um aumento de 2,4%, apesar do colapso das vendas em Marrocos, uma queda de 40% por causa de um boicote aos seus produtos naquele país.

O resultado operacional do grupo foi de 1.784 milhões de euros, mais 3,9%, graças aos bons resultados alcançados na nutrição infantil na China, à progressão das vendas de água e às sinergias com a American Whitewave e seus países, adiantou a empresa em comunicado.

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Pereira Coutinho negoceia venda da Siva à Volkswagen. Ações disparam 30%

  • ECO
  • 27 Julho 2018

A delicada situação financeira da SAG levou Pereira Coutinho a negociar a venda da SIVA à distribuidora alemã Porsche Holding, detida pela Volkswagen. Negócio deverá ficar fechado em setembro.

A SAG está em negociações avançadas para vender a SIVA à Porsche Holding Salzburg, detida a 100% pela fabricante alemã Volkswagen, avança esta sexta-feira o Jornal Económico (acesso pago). O negócio deverá ficar fechado em setembro, no entanto, em comunicado ao mercado a SAG diz que ainda não foi tomada qualquer decisão.

“Não obstante decorrerem conversas exploratórias com potenciais investidores e outros stakeholders, não existe, à presente data, qualquer decisão ou acordo a esse respeito que deva ser objecto de divulgação pública, nem garantia de que tal venha a existir no futuro”, diz a empresa em comunicado enviado ao mercado.

A notícia deixou os investidores confiantes, e as ações da SAG Gest a disparar quase 30%: valorizam 29,88% para 0,163 euros. Já foram negociados cerca de 340 mil títulos da cotada, bem acima da média diária de negociação 40 mil títulos do último ano.

A venda desta distribuidora portuguesa tem como objetivo resolver alguns dos problemas financeiros atualmente sentidos pela holding de João Pereira Coutinho. Além disso, a concretizar-se, fará com que a maior distribuidora europeia de automóveis passe a colocar diretamente no mercado português as marcas que são hoje importadas pela SIVA: Volkswagen, Audi, Skoda, Lamborghini e Bentley.

De acordo com o mesmo jornal, ainda não está, contudo, fechado o modo como a SIVA irá ser integrada no grupo alemã, nem se será vendido apenas a subsidiária ou a SAG na sua totalidade. Fonte conhecedora do processo revelou que em cima da mesa pode ainda estar uma terceira opção: uma participação minoritária da SAG na SIVA.

A delicada situação financeira da SAG tem afetado o negócio da sua distribuidora, que não tem conseguido importar automóveis suficientes para fazer face à procura existente no mercado nacional. Esta situação está a afetar não só os concessionários, mas também os seus funcionários, que ganham à comissão aquando da entrega da viatura ao cliente.

Estes constrangimentos estão também refletidos na diminuição das vendas dos automóveis das marcas Audi, Volkswagen e Skoda — de 36,4%, 22,5% e 27,8%, respetivamente — no primeiro semestre no ano. No mesmo período, as vendas das viaturas ligeiras novas dispararam quase 6%, segundo os dados da Associação Automóvel de Portugal.

(Notícia atualizada às 12h16 com cotações)

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Governo negoceia Web Summit em Lisboa por mais dez anos

Negociação com Governo e câmara de Lisboa continua. Em cima da mesa, acordo de 5 mais 5 anos, o que faria a maior conferência de tecnologia e empreendedorismo do mundo ficar por Lisboa até 2028.

Paddy Cosgrave e António Costa, entre Manuel Caldeira Cabral e Fernando Medina.JOSÉ SENA GOULÃO / EPA

O Governo está a negociar a continuidade do Web Summit em Lisboa por um período de cinco mais cinco anos, apurou o ECO junto de fontes que acompanham este processo. O Ministério de Caldeira Cabral estará na liderança das negociações, acompanhado do ministro Pedro Siza Vieira, ministro-adjunto, e de Fernando Medina, em representação da câmara Municipal de Lisboa, além do envolvimento direto do primeiro-ministro, António Costa. Esta negociação estará já na fase final de discussão jurídica mas, como avançava outra fonte ao ECO, só estará fechada quando for assinada: “Em qualquer momento, poderá haver um ‘deal break’ neste processo, até porque o líder do Web Summit, Paddy Cosgrave, tem outras ofertas a correr em paralelo, designadamente de Espanha”, afirma.

A ideia de manter o maior evento de tecnologia e empreendedorismo do mundo em Lisboa por, pelo menos, mais cinco anos (com opção de outros cinco, o que deixaria o evento em Portugal até 2028), está alinhada com os planos do Governo de continuar a apostar na dinamização e apoio ao ecossistema empreendedor, materializado recentemente, por exemplo, pelo anunciado Startup Portugal +, um reforço à estratégia nacional para o empreendedorismo lançada há dois anos. E estará relacionada também com outras propostas igualmente ambiciosas a ser apresentadas. Costa quer colar a imagem do país ao Web Summit e, para isso, além de um contrato de longo prazo, quer também realizar eventos internacionais com a marca da conferência e com a marca Portugal.  Mas, para conseguir fechar este dossiê, vai ter de pagar mais do que os 1,3 milhões de euros por ano que são atribuídos hoje, entre as verbas do Turismo de Portugal e da Câmara de Lisboa.

As negociações para a localização do Web Summit, já a partir de 2019, continuam a decorrer. E Portugal, garantia o ministro da Economia a 9 de julho, tem uma “oferta competitiva” em cima da mesa para o evento que, em 2017, gerou um impacto de mais de 300 milhões de euros para a economia portuguesa em áreas como a hotelaria e os transportes.

“Penso que os responsáveis pelo Web Summit, que mudaram para Portugal a sede da organização, querem cá continuar. E penso que vamos conseguir um bom resultado”, dizia na altura Manuel Caldeira Cabral. Uma das questões em cima da mesa é a existência de espaço físico para a conferência continuar a crescer.

“Há negociações sobre onde vamos estar no próximo ano e o que eu posso dizer é que essas negociações estão a decorrer. Estamos em negociações com muitas cidades”, dizia Mike Harvey, diretor de comunicação e estratégia do Web Summit à Lusa, acrescentando que a organização conseguia ainda, na edição de 2018, acrescentar assistentes ao número do ano passado. “Sim, conseguimos trabalhar com o espaço que temos: a Altice Arena, a FIL, que são ambos locais fantásticos. Podemos trabalhar, de forma criativa, para garantir que todos cabem e que todos têm uma experiência ótima“.

Em 2017, a conferência recebeu mais de 59 mil pessoas de 170 países mas a organização, aquando do anúncio de que o evento viria para Portugal, antecipava a possibilidade de o Web Summit crescer até aos 80 mil assistentes nos três anos contratualizados.

Podemos trabalhar, de forma criativa, para garantir que todos cabem e que todos têm uma experiência ótima.

Mike Harvey

Diretor de comunicação e estratégia do Web Summit a 15 de maio

Este ano, de acordo com a organização, o número de participantes deverá chegar às 70 mil pessoas mas a estratégia da empresa irlandesa passa por continuar a crescer.

Foi a antecipação desse crescimento, de resto, uma das razões que levou a organização a deslocalizar a Collision, evento-irmão do Web Summit, de Nova Orleães para Toronto, no Canadá. E, também, com uma enorme projeção política: o anúncio foi feito pelo próprio primeiro-ministro canadiano, num vídeo veiculado nas redes sociais.

A conferência, o evento que mais tem crescido na América do norte atualmente, é, em dimensão, mais pequeno do que o Web Summit. Na quinta e última edição, este ano, a conferência passará dos iniciais 5.000 participantes para as 25.000 pessoas, de acordo com as previsões da organização. Segundo as estimativas do Web Summit, a conferência que agrega 12 palcos em simultâneo deverá atrair para Toronto, nos próximos três anos, mais de 90.000 participantes e ter um impacto económico de 147 milhões de dólares.

De acordo com Paddy Cosgrave, fundador da Web Summit, a mudança para a região de Toronto esteve relacionada com a “dimensão do setor de tecnologia e a diversidade e inclusão do Canadá”. A Collision 2019 vai realizar-se no Enercare Centre, em Toronto.

Quem quer ficar com o Web Summit?

A 5 de junho, Valência anunciou que estava também a negociar que o evento se mudasse para a região já na edição do próximo ano. À Lusa, o governo regional e a câmara municipal de Valência adiantavam a oferta em cima da mesa: cinco milhões de euros (2,5 milhões por entidade). O ECO sabe que, neste momento, a negociação com a empresa irlandesa já superou o governo regional e é, atualmente, o Governo espanhol que lidera as negociações para levar o evento para Valência ou para outra cidade espanhola. A estratégia seguida vai ao encontro da protagonizada por Portugal que, desde o primeiro momento, tem tido representantes do Governo nacional e da autarquia lisboeta a liderar o processo.

Esta quinta-feira, Espanha anunciava também que Bilbau, Madrid e Valência competem, em bloco, para ser sedes do Web Summit a partir do próximo ano, segundo comunicado de imprensa do Ministério da Indústria, Turismo e Comércio espanhol. De acordo com a Lusa, as cidades espanholas competem com Londres, Paris, Berlim, Dubai, Hamburgo e Munique, além de Lisboa.

Contactado pelo ECO, o Web Summit não quis comentar os termos do acordo, adiantando apenas que “as negociações continuam”. Contactado pelo ECO, o Ministério da Economia não respondeu às questões colocadas até à publicação desta notícia.

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Vereador do Bloco pode ganhar milhões com prédio em Alfama. Ricardo Robles explica-se no Twitter

  • ECO
  • 27 Julho 2018

Ricardo Robles, vereador da Câmara de Lisboa, pelo BE, e um dos maiores críticos da especulação imobiliária, prepara-se para encaixar uma mais valia de 4,7 milhões de euros com a venda de um prédio.

Ricardo Robles, vereador do Bloco de Esquerda na Câmara de Lisboa, um dos maiores críticos da especulação imobiliária na capital, prepara-se para realizar uma mais valia de 4,7 milhões de euros com um prédio em Alfama.

A história, contada na edição desta sexta-feira, pelo Jornal Económico (acesso pago) é simples. Robles, juntamente com a irmã, terá adquirido em 2014, um velho edifício de três pisos à Segurança Social. O imóvel, situado na Rua do Terreiro do Trigo, em Alfama, perto do Museu do Fado, teve um custo de 347 mil euros.

Depois da compra os dois irmãos terão investido 650 mil euros em obras, tendo chegado a acordo com a maioria dos inquilinos para rescindir os contratos de arrendamento.

Já no final de 2017, com o edifício totalmente reabilitado, e com mais um andar, colocaram-no à venda numa imobiliária especializada em imóveis de luxo, com uma avaliação de 5,7 milhões de euros, podendo vir a obter uma mais valia potencial de 4,7 milhões de euros.

Questionado pelo Jornal Económico, Ricardo Robles  confirma a compra do imóvel a meias com a irmã, que terá residência na Bélgica, mas desmente que tenha havido despejo dos inquilinos. Ricardo Robles garante ainda que não existe qualquer contradição com as posições que defende relativamente ao mercado imobiliário: “Não há qualquer condição”, disse ao semanário, acrescentando que apenas um dos cinco inquilinos era residente no prédio e que este aceitou fazer umnovo contrato de arrendamento, mais elevado e por oito anos.

No Twitter, Robles veio dar mais justificações: “Absolutamente ninguém foi despejado: a única família que lá vivia, lá continua, agora com casa recuperada e contrato em seu nome, por 8 anos e renda de 170€. Todos os direitos protegidos”.

No tweet seguinte, diz que foi transparente: “A decisão de venda, ainda não concretizada, obedece a constrangimentos familiares que não dependem apenas da minha vontade. Todas as minhas obrigações legais, fiscais e de transparência foram cumpridas“.

O ECO pediu uma reação oficial ao Bloco de Esquerda, mas o partido para já não quer comentar.

(Notícia atualizada às 10h18 com o pedido de reação ao Bloco de Esquerda)

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