PCP quer controlo total da TAP e novo aeroporto em Alcochete

  • Lusa
  • 23 Julho 2018

O PCP exigiu esta segunda-feira que o Estado assuma o controlo total da TAP e acelere a construção de um novo aeroporto em Alcochete. Os comunistas querem ainda o resgate da ANA

O dirigente do PCP Vasco Cardoso defendeu a reversão da privatização da ANA, maior controlo público sobre a TAP e reiterou que a melhor opção é a construção faseada de um novo aeroporto em Alcochete.

“O PCP considera que o país está ainda a tempo de evitar um colossal erro que seria o do adiamento, uma vez mais, da construção do Novo Aeroporto de Lisboa. A construção de um novo terminal na base aérea do Montijo (ou noutra localização dentro do modelo Portela+1) é uma solução sem futuro”, afirmou, em conferência de imprensa na sede nacional comunista, em Lisboa.

O membro da comissão política do Comité Central comunista destacou os benefícios ambientais e de segurança da solução do campo de tiro de Alcochete e sublinhou a necessidade de “resgate da concessão da ANA e o controlo total da TAP”, além do “investimento e reforço de pessoal nas várias estruturas da administração pública que têm impacto na operação aeroportuária”, como o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e a Navegação Aérea de Portugal (NAV).

“O período do verão veio evidenciar ainda mais o conjunto de constrangimentos, problemas e preocupações que atingem as infraestruturas aeroportuárias do país. A situação caótica que se vive, designadamente no aeroporto de Lisboa, tem um responsável operacional – a multinacional Vinci, detentora da ANA -, mas também responsáveis políticos: aqueles que, no Governo ou na oposição, apoiaram a privatização: PS, PSD e CDS”, acusou.

Vasco Cardoso descreveu a empresa de origem francesa que detém a concessão dos dez aeroportos portugueses por 50 anos desde 2013 como “um autêntico espremedor” porque “reduziu o investimento, aumentou a precariedade e a subcontratação, aumentou as taxas, as tarifas, as rendas, adiou e procura condicionar opções estratégicas”, agindo “na mais absoluta impunidade a coberto de um criminoso contrato de concessão”.

“O PCP denuncia mais uma vez a tentativa que está em curso, a partir da multinacional Vinci e com total cobertura do Governo minoritário do PS, de substituir a necessária construção do Novo Aeroporto de Lisboa, de forma faseada, no campo de tiro de Alcochete, pela construção de um novo terminal na base aérea do Montijo. Uma hipótese que apenas beneficiaria a Vinci, que se libertaria da obrigação de construção do Novo Aeroporto de Lisboa”, continuou o dirigente comunista.

O membro da comissão política do Comité Central do PCP afirmou que o investimento médio anual da ANA foi reduzido em 57 milhões de euros desde a privatização e que os lucros em 2017 ascenderam a 248 milhões de euros.

“Uma empresa que, apesar da privatização [revertida, entretanto, para metade na posse do Estado português], se mantém como companhia aérea de bandeira e é uma das principais empresas exportadoras nacionais e que deixa todos os anos no país, além dos resultados líquidos, cerca de 525 milhões de euros que paga diretamente em salários, mais de 400 milhões de euros que paga de impostos e mais de 100 milhões de euros com que contribui para a Segurança Social”, descreveu ainda sobre a TAP.

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Sonae dá mais um passo para pôr o retalho na bolsa. Sonae Investimentos passa a Sonae MC SGPS

A Sonae Investimentos SGPS mudou a designação para Sonae MC SGPS S.A. Conta com ativos como os hipermercados Continente e deverá ser a empresa que Paulo Azevedo vai colocar em bolsa.

A Sonae deu mais um passo para pôr na bolsa o negócio do retalho. A Sonae Investimentos SGPS, dona da Sonae MC (que agrega ativos como os hipermercados Continente), vai passar a adotar a designação de Sonae MC SGPS S.A., de acordo com um extrato de uma ata publicado esta segunda-feira na CMVM. A alteração da designação foi aprovada por unanimidade e, ao que tudo indica, será esta a holding que Paulo Azevedo vai colocar na bolsa de Lisboa.

A empresa anunciou recentemente a intenção de pôr na bolsa um portefólio de ativos do retalho alimentar (Sonae MC) e de propriedade imobiliária (Sonae RP). Entre os ativos em causa estão os hipermercados Continente, Continente Modelo, Continente Bom Dia e Meu Super. Numa apresentação aos investidores, publicada recentemente pela multinacional, a Sonae MC é anunciada como uma “proposta de investimento sólida”.

A Sonae Investimentos SGPS era a antiga Sonae Distribuição SGPS, que já esteve em bolsa. Agora, com a designação de Sonae MC SGPS S.A., poderá voltar ao mercado de capitais, mais de dez anos depois de deixado de ser cotada. O ECO sabe que a decisão de pôr o retalho na bolsa ainda não está tomada, mas que o grupo está, mesmo assim, a adotar os passos necessários para o efeito. Com esta mudança de designação, o processo fica facilitado.

No entanto, por esta altura, tudo aponta para que a Sonae esteja determinada em voltar a pôr um portefólio de retalho na bolsa de Lisboa. Deverá ser uma das últimas missões de Paulo Azevedo à frente da companhia, com o filho de Belmiro de Azevedo a preparar-se para passar o testemunho à irmã mais nova, Cláudia Azevedo.

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Já aterrou em Beja. Conheça dez números que fazem do A380 o maior do mundo

  • ECO
  • 23 Julho 2018

80 metros de uma ponta da asa à outra. Multiplicando por 10, tem o número que consegue carregar: cerca de 800 passageiros. A HiFly é a primeira companhia nacional a operá-lo, mas a 14.º mundialmente.

O maior avião de passageiros do mundo já aterrou em Portugal. Foi no aeroporto de Beja, o único em território nacional com capacidade para albergar um avião desta envergadura, que o A380 da Airbus se estreou em solo português.

A aeronave da HiFly, que comprou o avião já usado pela Singapore Airlines nos últimos dez anos, aterrou por volta das 17h00 no Aeroporto de Beja, ficando “estacionada” em solo nacional até quinta-feira.

Fonte: FlightRadar24

A companhia portuguesa é a primeira a ter este aparelho em regime de wet lease, um regime onde disponibiliza o avião, a tripulação completa, e garante a manutenção e o seguro do avião, recebendo em troca o pagamento pelas horas operadas por parte da companhia operadora.

A HiFly marcou presença na Farnborough Airshow 2018 em conjunto com a Airbus, onde foi revelada a nova pintura do avião que se destaca por apelar à defesa dos recifes de corais.

Conheça dez factos sobre o A380:

  • A envergadura do A380 é de cerca de 80 metros, ou seja de uma ponta da asa à outra. Tem 72,7 metros de comprimento, e 24 metros de altura. Em termos de dimensões, o A380 é quase o dobro de um Boeing 737 MAX 8, que mede 39,5 metros de comprimento, 14,3 metros de altura e 35,9 metros de envergadura.
  • O Airbus A380 pode transportar mais de 800 pessoas quando é configurado apenas para classe económica. O modelo comprado pela HiFly tem capacidade para 471 passageiros distribuídos por três classes. Numa configuração de alta densidade pode transportar até 853 passageiros.
  • O preço de tabela do modelo é de 436,9 milhões de dólares. O valor da compra da HiFly não foi revelado.
  • O avião pode descolar com peso máximo de 575 toneladas.
  • No depósito pode carregar até 320 mil litros de combustível para alimentar os seus quatro motores, que são Rolls Royce Trent 900.
  • O avião voa a uma velocidade de 965 quilómetros por hora, com autonomia de 15,2 mil quilómetros, o suficiente para voar sem escalas de Dallas para Sydney.
  • A Emirates Airlines foi a primeira companhia a voar com um A380 e tem na sua frota mais de uma centena deles. De acordo com os últimos dados, são 108 em operação, e 45 já pedidos.
  • São 14 as companhias aéreas que operam com este modelo, em todo o mundo. Em Portugal, a HiHly é a primeira.
  • O primeiro voo de um A380 foi há pouco mais de uma década, em outubro de 2007.
  • As emissões emitidas pelo gigante são de 75 gramas de CO2 por passageiro por quilómetro, o que minimiza o impacto ambiental, já que na sua categoria as emissões são mais altas.

Para além dos vídeos do “batismo de voo”, a companhia publicou também as imagens de um voo baixo, conhecido como “Low Pass”, que serve para testar as condições antes da aterragem.

 

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Sede da VdA é finalista dos prémios Architizer A+Awards

O escritório da VdA em Lisboa é um dos cinco finalistas, e o único português, candidatos aos prémios da Architizer A+Awards nas categorias de Plus-Architecture e Workspace.

O escritório da VdA em Lisboa é um dos cinco finalistas (e o único português) candidatos aos prémios da Architizer A+Awards nas categorias de Plus-Architecture e Workspace.

Sendo dos prémios mais relevantes na arquitetura a nível internacional, os Architizer A+Awards pretendem valorizar projetos pelo seu elevado potencial e impacto positivo. A Architizer é a maior comunidade online de arquitetos do mundo e conta com uma audiência global de mais de 400 milhões, sendo os prémios atribuídos por jurados reconhecidos em áreas como a arquitetura, o design e a tecnologia.

A reabilitação do complexo industrial em Santos, que deu lugar à sede da VdA, e a sua conversão num edifício de escritórios moderno com cerca de 11.000 metros quadrados, dotado de soluções tecnológicas inovadoras e de eficiência energética, é da autoria do ateliê Openbook e da PMC Arquitectos.

Os vencedores destes galardões serão anunciados a 30 de julho.

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Garrigues assessora Merlin Properties na compra do Almada Forum

A Garrigues prestou assessoria à Merlin Properties na aquisição do centro comercial Almada Forum, em Lisboa, num investimento que representa mais de 400 milhões de euros.

A Garrigues prestou assessoria à Merlin Properties na aquisição do centro comercial Almada Forum, num investimento que representa mais de 400 milhões de euros.

As equipas responsáveis pela assessoria foram a de Direito Imobiliário, Fusões & Aquisições (M&A) e a de Fiscal, lideradas por Jorge Gonçalves, Mário Lino Dias, Tiago Cassiano Neves e Miguel Menezes da Silva.

Inaugurado em 2002, o Almada Forum é o terceiro maior centro comercial do país em área bruta locável, com cerca de 82.000 metros quadrados, plena ocupação, e é líder na margem sul de Lisboa, recebendo mais de 14 milhões de visitantes por ano.

A MerlinProperties é a maior sociedade cotada de investimento imobiliário (SOCIMI) espanhola, líder no setor de ativos terciários na Península Ibérica, com mais de 11 mil milhões de euros de ativos sob gestão, em valor bruto. A compra do Almada Forum constitui a maior aquisição de um ativo singular em toda a história da Merlin Properties e representa um reforço da sua aposta no mercado imobiliário português.

Esta foi a quarta operação de investimento em Portugal em que a Garrigues assessorou a MerlinProperties nos últimos dois anos, depois da aquisição de dois edifícios de escritórios no Parque da Nações (Central Office e Torre Zen) e do edifício no Marquês de Pombal 3, adquirido ao Novo Banco.

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Nos brilha com resultados. Ganhos do BCP puxam por Lisboa

O banco liderado por Nuno Amado subiu mais de 2%, puxando pela praça portuguesa. Mas foi a Nos que mais brilhou, depois de ter apresentado bons resultados para o trimestre. Valorizou mais de 4%.

Lisboa não se deixou contagiar pelas quedas na Europa, no arranque desta semana. A praça portuguesa contrariou a tendência negativa nas bolsas do Velho Continente, à boleia dos ganhos expressivos do BCP e dos CTT. Mas foi a Nos que mais brilhou, com a cotada a subir 4% depois de ter apresentado bons resultados para o trimestre.

O índice de referência nacional, o PSI-20, encerrou em alta de 0,58% para 5.638,17 pontos, num dia de perdas no resto da Europa. O Stoxx 600 recuou 0,22% para 384,77 pontos, pressionado pelas ações do setor automóvel. As bolsas voltaram a serem agitadas pela possibilidade de Donald Trump vir a impor tarifas às fabricantes de automóveis, na Europa. Algo que o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, vai tentar impedir esta semana, quando viajar até à Casa Branca.

PSI-20 escapa às perdas na Europa

Por cá, o BCP manteve a praça lisboeta longe das perdas na Europa. O banco liderado por Nuno Amado avançou 2,54% para 27,08 cêntimos, “num contexto de uma valorização generalizada das ações bancárias europeias” referem os analistas do BPI, no Diário de Bolsa. Também os CTT contribuíram para esta valorização do índice nacional, com as ações da empresa a acelerarem 1,93% para 2,9520 euros.

Contudo, foi a Nos que mais brilhou durante a sessão. A empresa liderada por Miguel Santos Almeida valorizou 4,03% para 4,952 euros, depois de ter conseguido aumentar o número de clientes e, consequentemente, as receitas no segundo trimestre do ano. Os lucros cresceram 9,2% para quase 80 milhões de euros.

Também houve quem se destacasse fora do índice principal. Foi o caso da Martifer, que subiu 17,04% depois do batismo do primeiro navio encomendado pelo Estado à West Sea, mas também da Raize, com a cotada a recuperar das perdas da semana passada e a subir 8,18% para 2,38 euros — sendo que chegou a alcançar um máximo histórico de 2,40 euros.

Já as notícias de que o jogador Bas Dost regressou aos treinos do Sporting levou as ações da SAD verde e branca a subirem mais de 15%.

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Caiado Guerreiro presente em Los Angeles para debater imigração

Sara Sousa Rebolo e Sara Santos Simões, advogadas da Caiado Guerreiro, são oradoras no '2018 Uglobal Immigration Convention Los Angeles' entre 23 e 24 de julho.

Sara Sousa Rebolo e Sara Santos Simões, advogadas da Caiado Guerreiro, são oradoras no “2018 Uglobal Immigration Convention Los Angeles”, uma conferência que conta com a presença de profissionais ligados à imigração de investimento a nível global. O evento tem lugar em Los Angeles, no Westin Bonaventure Hotel and Suites, entre hoje e amanhã, 23 e 24 de julho.

As advogadas, que fazem parte da equipa de Imigração e Direito Fiscal desta sociedade, vão abordar temas relacionados com os programas de imigração de investimento em Portugal, questões relacionadas com a nacionalidade portuguesa e ainda dar conta dos incentivos fiscais atualmente em vigor.

Esta conferência é organizada pela Uglobal Immigration, uma plataforma norte-americana dinâmica de educação, networking e marketing para profissionais especializados em transações internacionais, cidadania, residência e em programas de investimento.

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Pinterest espera receitas de mil milhões de dólares com publicidade. Prepara entrada na bolsa

A rede social Pinterest, que tem 200 milhões de utilizadores mensais, quer entrar na bolsa em 2019 e planeia fechar 2018 com vendas de mil milhões de dólares no negócio da publicidade digital.

O Pinterest espera fechar 2018 com mil milhões de dólares de receitas. Pode testar o mercado de capitais em meados de 2019.Pixabay

A rede social Pinterest tem planos para entrar na bolsa em meados de 2019 e está no caminho dos mil milhões de dólares em receitas com publicidade no final deste ano. Se conseguir cumprir a previsão, duplica as receitas face a 2017, depois de ter fechado o ano com vendas na ordem dos 500 milhões de dólares.

A notícia foi avançada pelo canal norte-americano CNBC, que cita fontes próximas da empresa. O Pinterest está a preparar-se para entrar na bolsa em meados de 2019, juntando-se à lista de outras empresas tecnológicas que poderão testar os mercados financeiros já no ano que vem. Uma delas é a Uber e a outra é a Airbnb.

O Pinterest é uma plataforma que permite partilhar fotografias com base nos interesses dos utilizadores. Conta com cerca de 200 milhões de utilizadores ativos todos os meses e possibilita a criação de álbuns com imagens, catalogados por tema ou por localização, por exemplo.

Segundo a CNBC, a rede social tem tido sucesso no negócio da publicidade para dispositivos móveis, numa altura em que as marcas de beleza ou de vestuário de luxo têm aproveitado a rede social para ganharem notoriedade junto da comunidade da plataforma. Como o Pinterest conhece os interesses dos utilizadores, é capaz de segmentar os anúncios de forma mais eficiente.

O Pinterest foi criado em 2010 e conta com uma avaliação entre os 13 mil milhões e os 15 mil milhões de dólares, segundo o mesmo canal. O facto de prever receitas de mil milhões de dólares para este ano alivia os receios que existiam no mercado, com alguns investidores a apontarem para uma possível sobrevalorização na empresa. Uma vez que tem o capital privado, o Pinterest não é obrigado a divulgar publicamente os seus resultados.

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Gulbenkian estreia-se a investir em startups

Fundação acaba de entrar no capital social da MAZE, uma startup que investe em projetos com impacto social.

MAZE é o primeiro projeto a merecer investimento da Gulbenkian. Na foto, Luís Fonseca, Margarida Anselmo, Cristina Almeida, António Miguel, Joana Cruz Ferreira, Rita Casimiro, Bennet Barth e João Santos, da MAZE.D.R.

A Fundação Calouste Gulbenkian acaba de investir, pela primeira vez, numa startup. A MAZE, empresa de investimento em impacto, é a mais recente parceira da fundação para “a promoção de utilização de novas ferramentas de investimento e financiamento”, explica a instituição em comunicado.

Durante cinco anos, a Gulbenkian vai investir cerca de 10 milhões de euros na MAZE, financiamento integrado no plano estratégico da instituição para a área da Inovação Social.

Criada em 2013 como Laboratório de Investimento Social, a MAZE capacitou já 60 organizações para o investimento, além de ter mobilizado cinco milhões de euros em investimento privado e ter lançado quatro títulos de impacto social e três programas de aceleração e capacitação, em Lisboa e no Porto.

Com a entrada no capital social da MAZE, a fundação passa a pertencer formalmente aos órgãos sociais da empresa. “A entrada no capital social concretiza-se através de um modelo inovador: uma golden share, uma ação de categoria especial, que mais nenhum outro acionista terá, e que proporciona voto privilegiado em questões estratégicas que assegurem a sua missão social”, adianta a Fundação.

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Acionista chinesa da Farfetch prepara-se para entrar na Europa

A retalhista chinesa JD.com, que é acionista da Farfetch (do português José Neves), tem planos para entrar no mercado europeu. E pode ir às compras para acelerar o seu crescimento.

A empresa chinesa de comércio eletrónico JD.com tem planos para se expandir para a Europa, o que poderá acontecer já no final deste ano. A informação foi avançada a um jornal alemão pelo presidente executivo da companhia e surge um ano depois de a JD.com ter investido 356 milhões de euros na Farfetch, fundada pelo português José Neves.

Segundo a Reuters, que cita uma entrevista ao jornal Handelsblatt, Richard Liu está decidido a arrancar com operações no velho continente. “Para mim, já não é só vender produtos da Alemanha na China. Também gostaria de vender produtos na Europa. Só temos de clarificar os detalhes”, afirmou o líder da JD.com, acionista da loja online de luxo com ADN português.

A JD.com não afasta a hipótese de aproveitar oportunidades que lhe permitam crescer de forma inorgânica na Europa, como é o caso das fusões e aquisições (M&A). “Se virmos uma boa oportunidade, iremos aproveitar”, disse Richard Liu, em declarações citadas pela Reuters.

A notícia surge um mês depois de a Google ter investido 475 milhões de euros na JD.com, ficando com 27,1 milhões de ações da acionista chinesa da Farfetch. Além disso, na semana passada, foi a própria Farfetch a anunciar uma operação de aquisição: comprou a agência chinesa de marketing digital CuriosityChina num esforço de crescimento no mercado asiático.

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Portugal entre os países da UE com Função Pública mais pequena

No que diz respeito à percentagem de cidadãos empregados com cargos na Função Pública, Portugal fica abaixo da média comunitária, sendo ultrapassado por 19 Estados-membros.

Portugal está entre os países da União Europeia onde o emprego público pesa menos. De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat, por cá, 15% dos cidadãos empregados eram funcionários públicos, em 2016, o que fica abaixo da média comunitária (16%).

Quase duas dezenas de Estados-membros têm percentagens de emprego público mais significativas que Portugal. A liderar esse ranking, aparece a Suécia com 29% dos seus empregados a ocupar cargos na Função Pública. No pódio, seguem-se a Dinamarca (com 28%) e a Finlândia (com 25%). Ao lado de Portugal na base desta lista, está a Irlanda e Espanha, ambos também com 15%, bem como Itália, Alemanha e Países Baixos, com percentagens ainda menores.

Em termos comunitários, a média situa-se nos 16%, o que significa que a taxa se tem mantido estável deste o início do milénio. Esta taxa inclui todos os empregados do Governo, funcionários públicos e das Forças Armadas. O gabinete de estatística europeu deixa, contudo, o alerta: “Deverá ser notado que os limites do setor governamental variam entre os Estados-membros. Por exemplo, os empregos na Educação e na Saúde são parte do trabalho governamental em alguns países, enquanto que em outros não são”.

Funcionários públicos ganham, em média, 2.600 brutos

O Eurostat adiantou também esta segunda-feira que, em 2014, os funcionários públicos na União Europeia ganhavam, em média, 2.600 euros brutos mensalmente.

Nessa altura, os setores mais bem remunerados eram “as finanças e os seguros” (com um rendimento mensal bruto de 3.800 euros), as “atividades profissionais e técnicas (3.500 euros) e a gestão de esgotos e águas (2.100 euros). Por cá, nesses mesmos setores, os funcionários ganhavam, respetivamente, 2.500 euros, 1.555 euros e 1.074 euros, o que revela uma diferença significativa em relação à media comunitária.

Por Estado-membro, era na Dinamarca (4.500 euros), na Irlanda (4.300 euros), na Suécia (3.700 euros) e nos Países Baixos (3.600 euros) que se ganhava melhor enquanto funcionário público. Em contraste, a Bulgária (500 euros), a Roménia (600 euros) e a Hungria (700 euros) eram os países com remunerações mais baixas.

Este cenário muda, contudo, ligeiramente de figura, se se olhar para os valores ajustados em paridade de poder de compra: nesse caso, é a Irlanda a melhor pagar os seus funcionários públicos, seguida pela Alemanha, Países Baixos e Dinamarca.

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Santos Silva responsabiliza May por atraso nas negociações do Brexit

  • Lusa
  • 23 Julho 2018

O ministro dos Negócios Estrangeiros português responsabilizou Londres por se terem perdido “vários meses" na negociação do Brexit. Mas Portugal não vai contestar o acordo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros português defendeu que “não há razão para pôr em causa” o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia e responsabilizou Londres por se terem perdido “vários meses” na negociação do Brexit. O acordo de saída do Reino Unido da UE, “no essencial, já está acertado”, no que diz respeito aos direitos dos cidadãos britânicos a residir nos 27 Estados-membros pós-Brexit e dos europeus a residir em solo britânico, recordou Augusto Santos Silva esta segunda-feira.

“Também já estão acertados os compromissos financeiros nos quais o Reino Unido já incorreu e que deve honrar, porque alguns desses compromissos têm pagamentos que são posteriores a 30 de março de 2019”, o dia após a data fixada para a saída do Reino Unido, disse o ministro, à margem do 3.ª encontro da rede de ensino português no estrangeiro, a decorrer em Lisboa.

Esse acordo está, no essencial, concluído e não vejo nenhuma razão para o pôr em causa”, sublinhou o ministro português, acrescentando que Londres, “nos termos desse acordo de saída da UE, honrará certamente os seus compromissos financeiros”.

Santos Silva comentava a posição do Governo britânico, que pretende condicionar o pagamento da fatura de 39 mil milhões de libras (43,8 mil milhões de euros) a Bruxelas — valor que já aceitou pagar pelo divórcio –, à assinatura do acordo comercial com a União Europeia, segundo o novo ministro para o ‘Brexit’, Dominic Raab.

O pagamento será realizado se a UE “cumprir a sua parte do acordo”, afirmou o governante britânico, que sublinhou que o artigo 50.º, o mecanismo de saída acionado pelo Reino Unido, exige tanto um acordo sobre o ‘divórcio’ com a UE, como um acordo comercial.

O chefe da diplomacia portuguesa disse ser “da exclusiva responsabilidade do Governo britânico pelo facto de termos perdido vários meses numa espécie de ‘negociação menos’”, recordando que só no passado dia 12 é que o Reino Unido apresentou um ‘Livro Branco’, indicando qual poderá ser, na sua opinião, a relação futura entre Londres e Bruxelas.

“Até então tínhamos diferentes perspetivas oriundas do Governo britânico e não sabíamos exatamente qual era a posição própria do Governo como tal”, disse Santos Silva, numa alusão a divergências no executivo britânico entre um Brexit mais suave, como defende a primeira-ministra, e os antigos ministros dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, e para o Brexit, David Davis, que se demitiram por defenderem um hard Brexit e discordarem da proposta de Theresa May. Desde então, referiu Santos Silva, “temos trabalhado para compreender o alcance desse ‘Livro Branco’”.

O governante reiterou que falta resolver “uma questão difícil”, a da fronteira com a Irlanda: “Ninguém quer que o regresso das fronteiras entre o Reino Unido e a União Europeia signifique o regresso da fronteira entre a República da Irlanda e a Irlanda do Norte”. Por outro lado, o Reino Unido “pretende um acordo futuro com a União Europeia nos termos do qual haverá uma espécie de mercado único para bens, mas não para serviços nem para pessoas”.

“Como nós dizemos que as quatro liberdades são indivisíveis e o mercado único é íntegro, temos aí outra dificuldade sobre a qual temos de nos entender”, afirmou. Apesar destas dificuldades, Santos Silva acredita que será possível alcançar este “novo acordo”, a aplicar a partir de 2021, e que regulará “as relações económicas e comerciais, mas também em matéria de migrações e de segurança”.

O Reino Unido vai deixar a União Europeia em 29 de março de 2019, dois anos após o lançamento oficial do processo de saída, e quase três anos após o referendo de 23 de junho de 2016 que viu 52% dos britânicos votarem a favor do ‘Brexit’.

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