Wall Street em baixa ligeira. Investidores esperam resultados

Os principais índices bolsistas dos EUA arrancaram a semana em queda ligeira. Tesla entre as principais referências negativas, perante os receios em torno de eventuais dificuldades de caixa.

Não é só por Lisboa. Também os Estados Unidos entraram numa semana rica em apresentações de resultados. Esta realidade está a refletir-se em Wall Street com o mercado a arrancar a semana com perdas ligeiras enquanto espera a divulgação dos números empresariais relativos ao último trimestre, em busca de eventuais efeitos da “guerra comercial”.

O índice S&P 500 iniciou a sessão a recuar 0,11%, para os 2.798,74 pontos. Já o Dow Jones e o Nasdaq estrearam-se na semana a deslizar 0,07% e 0,19%, respetivamente, para os 25.039,66 e 7.805,25 pontos.

Apesar da expectativa em torno dos resultados empresariais, o balanço atual neste campo é positivo. Os resultados do segundo trimestre têm sido saudáveis, enquanto os analistas antecipam atualmente um crescimento na ordem dos 22% dos lucros das empresas do S&P 500, segundo uma poll da Reuters. Entre os gigantes que apresentam contas esta semana incluem-se a Ford Motor, a 3M Co e a Boeing.

Cerca de 84% das 87 empresas do índice que agrega as 500 maiores capitalizações bolsistas norte-americanas apresentaram resultados que ficaram na margem superior das expectativas, acima da média de 75% registada nos anteriores quatro trimestres.

Já esta segunda-feira houve novidades no campo da apresentação de contas nos Estados Unidos. As ações da empresa de brinquedos Hasbro disparam 10%, depois de ter apresentado lucros e receitas que ficaram na margem superior das estimativas dos analistas.

Menos positivo está a ser o arranque de semana em bolsa para a Tesla. As ações caem perto de 4%, depois de o Wall Street Journal ter noticiado que a empresa de Elon Musk pediu a alguns fornecedores que devolvessem uma quantia “significativa” do que gastou desde 2016 de forma a tornar-se rentável. Há receios em torno da capacidade de caixa da empresa fabricante de carros elétricos.

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Nos já fez “proposta” à Eleven Sports para distribuição da Liga dos Campeões. Mas ainda não há acordo

  • Lusa
  • 23 Julho 2018

A Nos confirmou que fez uma "proposta comercial" aos britânicos da Eleven Sports para a transmissão de conteúdos desportivos, mas ainda não há novidades. A Eleven Sports tem os direitos da Champions.

O presidente executivo da Nos NOS 1,06% , Miguel Almeida, disse que ainda “não há novidades” sobre um acordo com a Eleven Sports para a distribuição de conteúdos desportivos, adiantando que a operadora de telecomunicações fez “uma proposta comercial”. A Eleven Sports tem os direitos de transmissão da Liga dos Campeões da UEFA, como também da dos campeonatos de Espanha (LaLiga) e França (Ligue 1), entre outros.

“Não chegámos a nenhum acordo com a Eleven, não há nada de novo nessa frente”, afirmou Miguel Almeida na conferência telefónica com analistas na sequência da divulgação dos resultados do primeiro semestre da Nos, esta segunda-feira. “Fizemos uma proposta comercial, o que vem em linha com o facto de estarmos obviamente interessados em distribuir” os conteúdos do canal, mas até ao momento não há novidades, acrescentou o gestor.

Relativamente à Sport TV, o administrador financeiro, José Pedro Pereira da Costa, adiantou que estão a “renegociar os contratos de distribuição, tal como os outros operadores” de televisão paga. O negócio de distribuição da Sport TV — que tem entre os seus acionistas a Nos, Vodafone e Altice — tem uma componente fixa e outra variável. “A componente fixa está relacionada com os custos da Sport TV”, adiantou o administrador financeiro, admitindo que a “perda relevante de conteúdos” poderá ser traduzida numa “redução da componente fixa” que a Sport TV “cobra aos operadores”.

O lucro da Nos subiu 9,2% nos primeiros seis meses do ano, face a igual período de 2017, para 78,9 milhões de euros, anunciou hoje a operadora de telecomunicações em comunicado ao mercado.

Evolução das ações da Nos na bolsa de Lisboa

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BEI financia construção de três novas barragens no norte de Portugal

O Banco Europeu de Investimento vai emprestar 650 milhões de euros à Iberdrola para apoiar a construção de três novas barragens em Portugal. Quase 14.000 empregos serão criados com este projeto.

O Banco Europeu de Investimento (BEI) vai emprestar 650 milhões de euros à Iberdrola para apoiar a construção de três novas grandes barragens e centrais hidroelétricas, nos rios Tâmega e Torno, no norte de Portugal. Este projeto pretende aumentar a capacidade de geração e armazenamento de energia na União Europeia, estando prevista a criação de 13.500 empregos, só na fase de construção.

Primeira parcela do empréstimo já foi assinada esta segunda-feira.

Esta segunda-feira, o BEI e a energética espanhola já assinaram um empréstimo de 500 milhões de euros, que representa a primeira parcela do financiamento aprovado. “Este acordo representa um novo passo para a implementação da política energética da União Europeia e dos objetivos de ação climática”, sublinha, em comunicado, a vice-presidente do BEI. O conselheiro delegado da Iberdrola salienta, por sua vez, que este empréstimo representa “um novo marco num dos maiores projetos energéticos da história de Portugal”.

Além dos 650 milhões de euros que serão concedidos pelo banco referido, este projeto exigirá um investimento adicional de 850 milhões de euros, o que significa que, no total, estarão envolvidos 1,5 mil milhões de euros.

Por outro lado, este investimento criará múltiplos empregos diretos e indiretos, contribuindo para a coesão económica, social e territorial da UE. Só na fase de construção, estarão envolvidos cerca de 13.500 trabalhadores, mantendo-se várias centenas deles durante a fase de operação.

A construção destas barragens — que entrarão em funcionamento em 2023 — pretende reduzir a dependência do mercado ibérico em relação à energia fóssil, bem como promover a sua flexibilidade e a segurança. No total, estas novas infraestruturas terão capacidade de produzir 1.158 MW.

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A manhã num minuto

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Ex-ministra da Saúde, Maria de Belém, é nome em cima da mesa, caso o atual presidente não possa apresentar candidatura à Associação Mutualista Montepio, que vai passar para a supervisão do regulador dos seguros. Mário Centeno diz que sustentabilidade do OE2019 não pode ser posta em causa. Professores dizem que ministro das Finanças não pode ignorar as reivindicações.

Maria de Belém poderá vir a assumir protagonismo nas próximas eleições para a Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG). Há dentro da instituição quem admita que a ex-ministra da Saúde está bem posicionada para ser alternativa a Tomás Correia caso o atual presidente da instituição não possa ele próprio formalizar uma candidatura para liderar a maior mutualista do país por causa das novas regras do Código das Associações Mutualistas (CAM).

Mário Centeno deixa, esta segunda-feira, um aviso aos partidos de esquerda que apoiam o Governo no Parlamento no que diz respeito à contabilização do tempo de serviço dos professores ou a aumentos salariais na Função Pública. O ministro das Finanças recorda que essas medidas não constam no programa de Governo e que o “OE é para todos os portugueses”.

A austeridade nem sempre é o caminho a seguir para dar resposta à crise económica e financeira de um país. Esta foi uma das principais conclusões a que o The New York Times chegou.

Certas criptomoedas em Portugal podem vir a ser consideradas “valores mobiliários”, o que implica que fiquem sujeitas à legislação nacional e europeia já existente. O alerta vem da CMVM, que tem estado a acompanhar o lançamento de novos tokens através das chamadas ICO (Initial Coin Offerings). Quem tiver planos para realizar uma operação deste género, deve contactar primeiro aquela entidade. E se esses tokens tiverem determinadas características, poderão ter de aprovar um prospeto junto do regulador, ficando também sob a chancela da CMVM.

Depois do batismo do primeiro de dois navios patrulha encomendados pelo Estado à West Sea ter animado as redes sociais, o grupo que detém este estaleiro naval volta a ser notícia por outra razão: os títulos estão a disparar. Esta segunda-feira, as ações da Martifer estão a valorizar 14,5% para 0,41 euros. O grupo está a negociar cerca de 222 mil títulos, que correspondem a 86 mil euros.

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Com Ronaldo, KPMG diz que a Juve tem equipa para faturar 500 milhões euros

  • ECO
  • 23 Julho 2018

Um estudo da KPMG diz que Juventus poderá aumentar faturação para 500 milhões de euros com a contratação de o melhor do Mundo. Efeito Ronaldo beneficia não só o clube, mas toda a liga italiana.

A Juventus deverá demorar dois a três anos para ter lucros com a transferência de Cristiano Ronaldo, na qual desembolsou 112 milhões de euros.

Um estudo da KPMG dá conta de que, apesar dos riscos, a operação tem tudo para ser lucrativa para o clube de Turin, podendo mesmo atingir uma faturação de 500 milhões de euros, reduzindo a diferença para as equipas mais ricas.

No relatório intitulado “From Madrid to Turín: Ronaldo Economics”, a consultora analisa os custos e benefícios da operação para os cofres da Juventus e o impacto para a própria liga italiana, designada de Série A.

A grande conclusão é que, para “justificar o investimento no craque português”, o clube transalpino precisa de “aumentar a receita nos próximos anos”.

A expectativa é de que, nas próximas duas ou três épocas, a Juventus provavelmente beneficie de um incremento da faturação, que poderá chegar a 500 milhões de euros, que compara com os 405 milhões atuais“, lê-se no documento.

A KPMG diz ainda que é pouco provável que o clube italiano assista a um grande impacto ainda esta época com a compra do melhor do mundo. Mas ter Cristiano Ronaldo implica não só aumentar a probabilidade de vencer de jogos como a dos direitos de televisão, patrocínios e até o número de adeptos.

A KPMG fez mesmo uma análise por todos estes capítulos para demonstrar como é que a Juventus vai suportar um custo salarial bruto anual de 55/56 milhões de euros, durante quatro exercícios, o correspondente a 21% da massa salarial do clube, e um impacto financeiro anual nas contas do clube de 85 milhões por ano.

CR7 dá mais receitas e maior rentabilidade

Apesar da grandeza destes números, a análise “sustenta que o investimento poderá proporcionar à Juve benefícios no âmbito desportivo, nos meios de comunicação, em termos de marca e económicos, que poderão suportar os custos relacionados“. Mais receitas, maior rentabilidade e, “em última instância, maior valor empresarial nos próximos exercícios, quando se espera que os principais clubes de futebol se convertam em verdadeiras empresas de entretenimento”.

Para a KPMG, a grande oportunidade reside exatamente nos receitas em marketing e patrocínios, uma vez que as entradas nos estádios estão limitadas à capacidade do recinto e os direitos televisivos, por acordos regulados.

De resto, os números dão conta disso mesmo, uma vez que Real Madrid, Manchester United ou Bayern têm retornos de cerca de 300 milhões de euros nestes itens, enquanto a Juventus, atualmente, não vai além dos 120 milhões.

“Aproveitando a oportunidade que oferece a chegada de Cristiano Ronaldo, a Juventus vai procurar cobrir parcialmente esta brecha nos próximas duas ou três temporadas”, assegura a KPMG que garante: “É realista pensar que agregará entre 75 e 100 milhões de euros adicionais“. A consultora diz ainda que isto poderá acontecer incrementando a carteira internacional dos patrocinadores em países onde o clube seja menos popular.

“Não há dúvida de que a transferência de Ronaldo brinda o clube com uma nova e melhor posição de negociação com os principais patrocinadores”.

De resto, é esperada um aumento nos preços dos bilhetes para assistir aos jogos da Juventus, devido ao esperado aumento de espetadores e sempre em função da posição na Liga dos Campeões, podendo mesmo chegar aos 70 milhões de euros que compara com os 45/50 milhões de euros alcançados na época anterior.

"Não há dúvida de que a transferência de Ronaldo brinda o clube com uma nova e melhor posição de negociação com os principais patrocinadores. ”

KPMG

Relativamente aos direitos televisivos, a KPMG projeta uma faturação, tanto dentro de Itália como a nível internacional, pelo valor de entre 190 e 255 milhões de euros, face aos 233 milhões da temporada anterior. Mas tudo isto está relacionado com o facto de se saber se a Juventus se sagra campeã pelo oitavo ano consecutivo em Itália, e do seu rendimento na Liga dos Campeões.

Online: efeito sem precedentes

Por último, o documento analisa as implicações no âmbito do online quer ao nível da Juventus, quer ao nível do impacto que a contratação do CR7 poderá ter em toda o futebol italiano…

A KPMG começa por dizer que a marca Cristiano Ronaldo “representa uma empresa em si mesmo e que graças ao alcance massivo dos meios, é conhecido em todo o mundo” e isso terá um efeito nas redes sociais do próprio clube “numa escala sem precedentes”.

O documento diz mesmo que esta é uma área em que a Juventus deverá fazer um grande esforço para aproveitar ao máximo o investimento em Cristiano Ronaldo. A visibilidade da marca CR7 leva a remunerações entre 350.000 e 500.000 euros por publicação no Instagram, tornando-o no atleta mais rentável do Mundo. Números, que diz a KPMG, são superáveis uma vez que Ronaldo tem ainda um importante potencial devido à possibilidade de elevar a exposição da marca Juventus em territórios como Brasil, Índia e Estados Unidos. “Se um jogador como Ronaldo se muda para um novo clube, arrasta com ele a sua base de seguidores já que, em certa medida, os fãs podem estar mais apegados às pessoas que aos clubes”.

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CMVM pode vir a supervisionar venda de algumas criptomoedas

Novas criptomoedas podem ser "valores mobiliários" e estarem sujeitas à regulação da CMVM, alerta a entidade. Quem estiver a pensar em lançar uma, deve contactar o regulador português.

Certas criptomoedas em Portugal podem vir a ser consideradas “valores mobiliários”, o que implica que fiquem sujeitas à legislação nacional e europeia já existente. O alerta vem da CMVM, que tem estado a acompanhar o lançamento de novos tokens através das chamadas ICO (Initial Coin Offerings). Quem tiver planos para realizar uma operação deste género, deve contactar primeiro aquela entidade. E se esses tokens tiverem determinadas características, poderão ter de aprovar um prospeto junto do regulador, ficando também sob a chancela da CMVM.

Num comunicado, a entidade presidida por Gabriela Figueiredo Dias alerta as empresas que estejam a pensar em levar a cabo uma ICO para a “necessidade de avaliação da natureza jurídica do token a ser emitido”. Em particular, o foco do regulador vai para a “possível qualificação do mesmo [token] como valor mobiliário, com a consequente aplicação do regime jurídico” atualmente em vigor.

Um token é um ativo virtual com valor, uma vez que tem a oferta limitada por causa da blockchain. Esta tecnologia permite processar transações sem intermediários e de uma forma descentralizada. O fenómeno ganhou popularidade no ano passado, com a subida estratosférica do valor da bitcoin. Desde então, nos últimos meses, várias empresas têm recorrido à emissão de novos tokens como forma de angariar de capital. Estas operações chamam-se ICO e dão origem a novas criptomoedas com os mais variados fins e funcionalidades.

“As ICO são operações que visam a obtenção de financiamento junto do público através da emissão de tokens ou coins que, por norma, conferem direitos ou funcionalidades relacionadas com o projeto que visam financiar”, começa por explicar a CMVM num comunicado divulgado esta segunda-feira. Porém, como são semelhantes a “valores mobiliários” em muitos aspetos, a CMVM vem “alertar as entidades envolvidas em ICO que, caso os tokens oferecidos configurem valores mobiliários, será aplicável o regime jurídico relevante”.

Dada a “complexidade e variabilidade” do universo das moedas virtuais, a CMVM considera que é preciso analisar caso a caso todas as ICO que sejam feitas a partir de território nacional. Em alguns casos, a CMVM assume que poderá obrigar as entidades emitentes a aprovarem “um prospeto junto da CMVM”, bem como a fazer a “publicidade à oferta”. Tal como acontece com outras operações no mercado.

A CMVM tem vindo a prestar informação ao mercado sobre o novo fenómeno das moedas virtuais, mas esta é a primeira vez que anuncia, com detalhe, o facto de estes ativos poderem vir a estar sujeitos à lei em vigor. Até aqui, acreditava-se que, por se tratar de um mercado desregulado, o lançamento de novas moedas virtuais (tokens) não se regia pelas regras que se aplicam a diversas outras operações — como é o caso das IPO, em que as ações de uma empresa são vendidas a investidores e dispersas na bolsa.

Esta era uma das principais vantagens das ICO para as empresas. Por um lado, não implicam a dispersão de capital e a estrutura acionista mantém-se inalterada, uma vez que os tokens não costumam dar direitos de voto na empresa. Por outro, são tradicionalmente operações menos burocráticas, uma vez que, pelo menos até aqui, não exigiam o mesmo nível de informação ao mercado. A posição da CMVM tem sido apenas a de alertar para o risco de perda total do capital investido, recomendando cautela a quem participe nestas ofertas.

Agora, a CMVM quer ter uma postura mais proativa e vai ajudar as empresas a não violarem a lei. “A CMVM aconselha as entidades envolvidas no lançamento de ICO a esclarecerem junto da CMVM, previamente a qualquer emissão, a natureza jurídica dos tokens a serem emitidos”, escreve o regulador. Há até um endereço de email para o qual podem ser enviadas questões: [email protected].

O que vai mudar?

Como refere a CMVM, cada caso é um caso. Mas existem alguns aspetos que podem levar a que uma nova criptomoeda seja considerada um “valor mobiliário”. Entre eles está o facto de conferirem “o direito a um rendimento”, como lucros ou um juro, ou a “prática de atos por parte do emitente ou entidade relacionada” que possam fazer incrementar o valor do token. Um token também pode ser um “valor mobiliário” se for “comparável com valores mobiliários típicos” ou se representar “um documento representativo de uma ou mais situações jurídicas de natureza privada e patrimonial”.

Concretamente sobre as ICO, a CMVM alerta que pode ser necessária a aprovação de um prospeto, caso se verifiquem as condições para tal. Há, contudo, uma exceção: se a ICO “se tratar de uma oferta cujo valor total na União Europeia seja inferior” a cinco milhões de euros, “calculado em função das ofertas realizadas ao longo de um período de 12 meses”.

Em relação às outras ICO, cujos tokens não sejam considerados “valores mobiliários”, a CMVM lembra que mesmo estas estão impedidas de usar “termos suscetíveis de ser confundidos com os usualmente utilizados em ofertas de valores mobiliários”. É o caso das palavras “investidor”, “investimento”, “mercado secundário” e “admissão à negociação”, exemplos dados pela CMVM. Aliás, o regulador já teve de intervir numa ICO por causa disto mesmo, como noticiou o ECO.

“Tendo em conta a mutabilidade das características dos tokens gerados no âmbito de uma ICO, a CMVM acompanhará os desenvolvimentos e práticas subsequentes associados aos tokens, o que poderá determinar uma conclusão diferente em relação à natureza dos mesmos”, conclui o regulador português dos mercados financeiros.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h58)

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Fenprof considera inaceitáveis declarações de Mário Centeno sobre tempo de serviço

  • Lusa e ECO
  • 23 Julho 2018

Mário Nogueira considerou inaceitável “e quase uma provocação” as declarações de Centeno que diz que sustentabilidade do OE2019 não pode ser posta em causa.

O secretário-geral da Fenprof considerou esta segunda-feira ser inaceitável “e quase uma provocação” as declarações recentes do ministro das Finanças, que diz não ser possível pôr em causa a sustentabilidade do Orçamento do Estado por causa da contabilização do tempo dos professores.

Numa entrevista publicada esta segunda-feira no jornal Público, o ministro das Finanças, Mário Centeno, advertiu os partidos de que “não é possível pôr em causa a sustentabilidade de algo que afeta todos, só por causa” da contabilização do tempo de serviço dos professores, salientando que o Orçamento do Estado (OE) “é um exercício complexo e para todos os portugueses”.

Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, sublinha que o ministro das Finanças “tem de ter mais respeito por quem trabalha, neste caso pelos professores”.

“O OE serve para servir o Estado português e os portugueses e os professores são trabalhadores profissionais cuja vida é preparar o país, preparar os nossos jovens, as futuras gerações do nosso país”, disse.

Na entrevista, Mário Centeno, sublinha que o Governo tem “em nome de todos os portugueses, de propor um orçamento que seja sustentável, que olhe para o futuro e mostre a continuação do caminho” seguido até aqui.

“Achamos que é muito mau e do ponto de visto dos professores de facto não é aceitável e é quase uma provocação vir dizer que os professores são agora reféns de um OE onde o senhor ministro e o Governo não têm qualquer tipo de problema em usar milhares de euros do erário publico para tapar buracos causados na banca por corruptos, por má gestão, para pagar aos agiotas internacionais juros absolutamente obscenos. Para isso não há problema, mas para aquilo que é básico, elementar e justo, aí já é um problema de sustentabilidade de contas públicas”, frisou.

Mário Nogueira destacou que os professores querem que as contas sejam sustentáveis e, por isso, entenderam que os nove anos, quatro meses e dois dias poderão ser recuperados ao longo de um período de tempo até 2023.

Se aquela é a posição do ministro das Finanças, é a sua posição, mas se aquela é a posição do Governo e precisamos de saber, é inaceitável e desrespeita o compromisso que o Governo tem com os professores”, disse.

Para Mário Nogueira, o que “não é aceitável é que o Governo pretenda apagar parte de um período de tempo que foi cumprido nas escolas a trabalhar de uma forma que hoje é reconhecida como tendo sido importante para a remoção do insucesso escolar no país”.

Portanto, salienta Mário Nogueira, o que “os professores querem não é nada que seja ilegítimo, mas simplesmente que o tempo que cumpriram a trabalhar na escola com os seus alunos seja reconhecido”.

Queremos também que a lei do OE 2018 seja cumprida e a lei não põe em causa a contagem do tempo de serviço na íntegra. Apenas diz que por razões de sustentabilidade essa recuperação não se dê toda de uma só vez, mas que em 2019 se inicie o faseamento que leva à recuperação total do tempo de serviço”, declarou.

De acordo com o secretário-geral da Fenprof, o tempo de serviço não está em negociação porque é tempo cumprido e porque existe um compromisso do Governo em contá-lo integralmente e uma lei do OE que tem como resolução posterior da Assembleia da República o reconhecimento de que o que deve ser negociado é o prazo e o modo de recuperar.

As críticas da Fenprof juntam-se assim às da FESAP – Federação de Sindicatos da Administração Pública e da Frente Comum aos microfones da TSF. E às da Frente Nacional de Professores proferidas na Rádio Renascença.

José Abraão, da FESAP, adianta que concorda com Mário Centeno num ponto: “Não se pode pôr e risco o que foi conseguido, mas é preciso ter presente que os trabalhadores da Administração Pública, em matéria de despesas com o pessoal, estamos em valores de 1989”. À RTP 3, o líder da FESAP sugere ainda a Mário Centeno que reflita “sobre a questão”. A FESAP reclama uma aposta mais robusta na “garantia da qualidade dos serviços públicos” que, segundo José Abraão, “é fundamental”. “Não há necessidade de assustar as pessoas a dizer que vem aí o papão. Não há papão nenhum”, afirma, garantindo haver capacidade para ir mais longe e para reforçar a “negociação coletiva”.

Já Ana Avoila adianta que “este Governo não pode ir por uma linha política em que ano após ano anda com o argumento de que ‘não se pode’. Não se pode, mas pode-se para muitos”.

Finalmente a FNE diz que os professores estão prontos para negociar, mas não prescindem dos direitos. João Dias da Silva, secretário geral da FNE adianta que “todos temos consciência de que não é possível que essa recuperação seja feita de uma só vez em 2019”. Para o dirigente esta recuperação deve ser “feita de um modo faseado” e garante: As organizações sindicais manifestam essa disponibilidade, para que a recuperação possa ser feita durante um tempo longo que, da parte da FNE, foi já estabelecido que poderia mesmo ultrapassar a próxima legislatura”. Dias da Silva diz ainda que a recuperação total dos anos de serviço deve ser estendida a todas as profissões.

(Notícia atualizada às 13h20 com declarações da FESAP)

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Chambers and Partners: conheça os melhores em “Private Wealth Law”

O guia High Net Worth (HNW) do diretório internacional Chambers and Partners já revelou os melhores escritórios e advogados em 2018, na área de "Private Wealth Law" em Portugal. Confira aqui a lista.

O guia anual High Net Worth (HNW) do diretório internacional Chambers and Partners já revelou os melhores escritórios e advogados em 2018, na área de “Private Wealth Law” em Portugal.

Confira aqui o ranking deste ano:

Firmas distinguidas

Band 1:

  • Cuatrecasas
  • Garrigues
  • PLMJ
  • Uría Menéndez – Proença de Carvalho

Band 2:

  • Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados
  • VdA

Advogados distinguidos

Band 1

  • Tiago Cassiano Neves e Fernando Castro Silva, da Garrigues
  • Nuno da Cunha Barnabé, da PLMJ
  • Ricardo da Palma Borges, da Ricardo da Palma Borges & Associados 
  • Rogério Fernandes Ferreira, da RFF & Associados – Sociedade de Advogados, RL
  • Diogo Ortigão Ramos, da Cuatrecasas
  • Filipe Romão, da Uría Menéndez – Proença de Carvalho

Foi ainda distinguida Marta Costa, da PLMJ, como “associada a ter em vista” e Rita Mayer Jardim, do escritório Mayer Jardim.

Poderá consultar mais informação sobre o ranking e respetivos vencedores aqui.

(Artigo atualizado às 17h30 com mais informação).

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É oficial: Mercedes-Benz já está no Beato, com a assessoria da Abreu Advogados

A Abreu Advogados assessorou juridicamente a entrada da Mercedes-Benz no Hub Criativo do Beato, através da negociação do contrato de arrendamento e construção entre a marca e a Factory Lisbon.

A Abreu Advogados assessorou juridicamente a entrada da Mercedes-Benz no Hub Criativo do Beato, através da negociação do contrato de arrendamento e construção entre a marca e a Factory Lisbon, para dar lugar ao primeiro centro de inovação digital da multinacional alemã a nível mundial.

A equipa que prestou apoio e aconselhamento legal em matéria de direito imobiliário e direito comercial foi composta por Patrícia Viana, sócia da Abreu, e as associadas Madalena Caldeira e Renata Silva Alves.

“A captação de investimento na área da inovação e tecnologia regista um impacto crescente no mercado imobiliário e este projeto assinala uma nova dinâmica no imobiliário de negócios em Lisboa”, conta Patrícia Viana, responsável pela área de direito imobiliário da sociedade, em declarações enviadas à Advocatus. Esta é “uma fatia de mercado que prevemos que se mantenha em linha ascendente nos serviços de assessoria jurídica”, remata.

O projeto da Mercedes-Benz no novo espaço em Lisboa arranca em 2019 e vai funcionar no edifício da antiga Fábrica de Massas e de Bolacha, parte do complexo industrial da antiga Manutenção Militar. Vai ocupar uma área de 2.000 metros quadrados, com cerca de 125 colaboradores no campus para startups tecnológicas da Factory Lisbon – que, por sua vez, se vai estender num composto total de 12.000 metros quadrados e onde poderão trabalhar até 700 pessoas.

No âmbito da sua instalação neste campus, a Mercedes-Benz é também acompanhada pela JLL, que através da sua equipa de Workplace Solutions assume a gestão de projeto e workplace strategy para o novo espaço de inovação da marca automóvel em Lisboa.

A consultora imobiliária foi ainda responsável pela assessoria no processo de arrendamento. “Trata-se de um projeto completamente disruptivo e onde o espaço terá de refletir e incorporar um espírito verdadeiramente hipster, sendo, por isso, muito desafiante em termos de gestão de equipas e requisitos técnicos”, comenta Rita Pinto Ribeiro, responsável pelo serviço de Workplace Solutions da JLL, em declarações à Advocatus.

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Revista de imprensa internacional

A Ryanair revelou uma queda nos lucros, e a Tesla pede aos fornecedores reembolsos para evitar a mesma situação. Bruxelas também tenta proteger-se, e marca um encontro com Trump para fugir das tarifas

As greves da tripulação da Ryanair multiplicam-se e as consequências estão a chegar à companhia aérea, que revelou agora uma queda nos lucros. Já a Tesla quer evitar essa situação, e pediu a alguns fornecedores um reembolso para garantir a rentabilidade. Em Bruxelas trabalham também para fugir das tarifas americanas, e esperam conseguir persuadir Trump. Aqui ao lado, o Citi alerta Espanha que pode ver o seu mercado dominado por apenas cinco bancos. Estas são algumas das notícias que marcam as manchetes internacionais esta segunda-feira.

The Guardian

Lucros da Ryanair caem um quinto depois de avisos de mais greves

A queda nos lucros da companhia aérea deve-se aos preços de combustível mais altos, viagens mais baratas e aumentos no salário dos trabalhadores, que mesmo assim vão continuar com greves. Depois dos impostos, os lucros caíram 20% para os 319 milhões de euros, o que assustou os investidores. As ações da Ryanair derraparam 5% na abertura da bolsa. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre/ conteúdo em inglês).

Finantial Times

Juncker encontra-se com Trump numa última tentativa de evitar guerra comercial

O presidente da Comissão Europeia marcou um encontro com Trump para tentar que as tarifas no setor automóvel europeu não avancem. Mas Bruxelas não está a confiar apenas nesta conversa, e já está a averiguar que produtos americanos podem ser atingidos com tarifas de resposta para o caso da iniciativa não resultar. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago/ conteúdo em inglês).

Expansión

Cinco bancos vão dominar 85% do setor espanhol em dois anos

Os bancos Santander, BBVA, CaixaBank, Bankia e Sabadell correspondem atualmente a 70% do mercado, de acordo com o Banco da Espanha. Para o Citi, estes cinco bancos vão ter entre 80% e 85% do total de ativos do sistema em dois anos. O banco de investimento prevê várias fusões até 2020, com entidades financeiras com entre 400.000 e 500.000 milhões de euros em ativos. Leia a notícia completa no Expansión (acesso livre/ conteúdo em espanhol).

The Wall Street Journal

Tesla pede reembolso a fornecedores para garantir rentabilidade

A empresa de Elon Musk pediu a alguns fornecedores o reembolso de dinheiro gasto desde 2016, para ajudar a conseguir equilibrar as contas e registar lucros. O CEO tinha assegurado que a Tesla ia apresentar rentabilidade no terceiro e quarto trimestres. Numa nota enviada aos fornecedores, a empresa diz que este reembolso também os irá ajudar, a longo prazo. Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso condicionado/ conteúdo em inglês).

Les Echos

Ministro do Interior francês ouvido pelas acusações de violência à equipa de Macron

O ministro do Interior francês, Gérard Collomb, é interrogado pela comissão de inquérito da Assembleia Nacional, depois do chefe de segurança do Presidente francês, Alexandre Benalla, e um funcionário do partido presidencial, Vincent Crase, serem acusados de violência pela Procuradoria de Paris. A comissão é liderada por Yael Braun-Piveta (do LREM, partido da maioria presidencial). Leia a notícia completa no Les Echos (acesso pago /conteúdo em francês).

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Startup de Coimbra recebe 700 mil euros para desenvolver detergentes a partir de óleos alimentares usados

  • Lusa
  • 23 Julho 2018

Uma empresa que nasceu no seio da Universidade de Coimbra acaba de receber um financiamento comunitário de 700 mil euros. Vai desenvolver uma cápsula que transforma óleo alimentar usado em detergente.

Um litro de óleo contamina até um milhão de litros de água.Pixabay

Uma empresa formada por um grupo de químicos da Universidade de Coimbra (UC) obteve 700 mil euros de fundos europeus para desenvolver detergentes ecológicos a partir de óleos alimentares usados. A EcoXperience foi formada em 2016 na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e conseguiu este financiamento no âmbito do quadro comunitário de apoio Portugal 2020.

A verba vai ser aplicada no desenvolvimento da One-N-Done, uma cápsula 100% ecológica, que “converte os óleos alimentares usados, um resíduo altamente poluente em diferentes detergentes (lava-chão, limpa-vidros, sabonetes, lava-loiça, entre outros), de forma praticamente automática e a baixo custo”, sublinha a FCTUC na mesma nota. Um litro de óleo contamina até um milhão de litros de água.

O projeto, que envolve uma dezena de investigadores do Departamento de Química da FCTUC, a Tecnocanto e o grupo Sonae, prevê que a cápsula esteja no mercado dentro de dois anos, pois a EcoXperience já criou “uma tecnologia para transformar os óleos usados em agentes de limpeza, através de uma proteína que funciona como biocatalisador”. Esta tecnologia, em processo de patenteamento, recorre a uma proteína existente no corpo humano, produzida pelo pâncreas para processar as gorduras ingeridas, adianta a FCTUC.

Na prática, “a fórmula desenvolvida pela EcoXperience, em parceria com a Universidade de Coimbra, mimetiza o que acontece no corpo humano, ou seja, transforma os triglicerídeos presentes nos óleos usados em novos componentes”, explicam César Henriques e Filipe Antunes, dois dos fundadores desta ‘startup’ da FCTUC.

Sustentada na filosofia da economia circular — economia que tem como premissa a transformação de resíduos em produtos inovadores –, a EcoXperience pretende disponibilizar, tanto para o setor industrial como para uso doméstico, “uma cápsula idêntica à que colocamos na máquina de lavar roupa ou loiça, recheada com todos os agentes necessários para a transformação do óleo usado e os ingredientes essenciais para os vários produtos de limpeza (perfume, corantes, etc.)”, salientam, citados pela FCTUC, César Henriques e Filipe Antunes.

“Assim, valorizamos um resíduo e fornecemos detergentes altamente ecológicos, sem produtos químicos agressivos para o ambiente, como acontece, na generalidade, com os atuais detergentes”, acrescentam os dois investigadores.

“O objetivo é democratizar a forma como as pessoas têm acesso aos detergentes, permitindo obter produtos de origem vegetal eficazes e amigos do ambiente, economizando tempo e dinheiro”, destacam César Henriques e Filipe Antunes, estimando que “a One-N-Done permita ao utilizador final uma poupança média anual de 45% em detergentes”.

A pensar no mercado internacional, a startup está a efetuar um levantamento de todos os tipos de óleos que são usados a nível mundial “com o objetivo de encontrar uma solução para cada zona geográfica do globo ou mesmo desenvolver uma fórmula universal”, adiantam ainda os responsáveis.

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Benfica defronta turcos do Fenerbahçe na Liga dos Campeões

  • Lusa
  • 23 Julho 2018

De acordo com o sorteio realizado, esta segunda-feira, as águias vão defrontar os turcos do Fenerbahçe na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões em futebol.

O Benfica, campeão europeu em 1960/61 e 1961/62, vai defrontar os turcos do Fenerbahçe na terceira pré-eliminatória da Liga dos Campeões em futebol, ditou o sorteio realizado. esta segunda-feira, em Nyon, na Suíça.

A primeira mão realiza-se a 07 ou 08 de agosto, no Estádio da Luz, em Lisboa, e a segunda a 14, em Istambul.

Os ‘encarnados’ procuram juntar-se ao campeão nacional FC Porto, que tem lugar garantido na fase de grupos, sendo que, além da terceira pré-eliminatória, ainda terá de ultrapassar um ‘play-off’, a 21 ou 22 e 28 ou 29 de agosto.

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