Hub do Beato: Macedo Vitorino assessora este ‘gigante’ complexo de empresas

O Hub Criativo do Beato está em fase de reconversão para receber sedes de empresas em espaços de co-working. A Macedo Vitorino & Associados fez a assessoria.

Dos seus 35 mil metros quadrados, o Hub Criativo do Beato está em fase de reconversão para receber sedes de empresas em espaços de co-working. Mas não só: a ideia é trazer os lisboetas e estrangeiros para trabalhar fora de casa, ir a eventos culturais ou simplesmente passear num novo polo inovador e criativo na periferia da cidade. Para já, atrás da sua dinamização tem estado a Startup Lisboa e na assessoria jurídica a Macedo Vitorino. Fomos ver o que andam a preparar.

De um antigo complexo fabril do exército – onde se situava a ala sul da Manutenção Militar – nasceu o Hub Criativo do Beato ou HCB. É, pois, no Beato, zona ribeirinha oriental de Lisboa, e outrora sede de indústrias, onde a paisagem se confunde entre as fábricas abandonadas, o rio Tejo e novos espaços de lazer, desde restaurantes, cafés e bares, que começam a trazer uma nova vida e dinâmica àquela zona. Para muitos este já será o novo bairro cool situado entre o centro da cidade e o Parque das Nações. Mas estes 20 edifícios, distribuídos por cerca de 35 mil metros quadrados, prometem conferir um novo pulsar empreendedor a Lisboa.

Nos bastidores da dinamização deste hub está a Startup Lisboa, que, com a ajuda da Câmara Municipal de Lisboa a cargo de toda a infraestruturação do complexo, tem começado a selecionar as entidades e as empresas que se fixarão aqui. Atrás dessa escolha e do desenvolvimento do projeto está o ex-advogado José Mota Leal, project manager da Startup Lisboa, e que nos conta a origem deste polo criativo e o desafio que tem sido levá-lo para a frente.

A entrada do Hub Criativo do Beato, na Travessa do Grilo.Paula Nunes

“Este projeto nasce de uma intenção de Fernando Medina, na altura já presidente da Câmara de Lisboa, com dois grandes objetivos: primeiramente, criar um projeto que pudesse contribuir de forma marcante para desenvolver esta zona da cidade. Esta zona foi ao longo do século XX uma zona industrial. Funcionavam fábricas aqui e a atividade industrial foi gradualmente abandonando a cidade e deixando para trás uma área grande, socialmente deprimida e parcialmente abandonada. Passávamos por aqui a caminho da expo e ninguém parava no Beato e, por isso, havia a intenção da Câmara em ancorar o seu desenvolvimento”, explica. O segundo grande objetivo prendia-se com criar uma infraestrutura que ajudasse e desse mais força ao posicionamento de Lisboa. “Não apenas como cidade bonita, com bom tempo, gente simpática e onde se come bem, mas também como uma cidade tecnológica, empreendedora, criativa, aberta”.

Nos últimos anos de uso, estas fábricas foram perdendo relevância, deixou de haver um racional económico para manter o seu funcionamento. A última fábrica a encerrar foi precisamente a do pão, em 2011. Daí para cá este espaço estava abandonado, devoluto. A Câmara decidiu então negociar com o Estado, que é ainda proprietário do espaço

José Mota Leal

Project manager da Startup Lisboa

Segundo conta José Mota Leal, aqui funcionaram ao longo de todo o século XX, desde 1897, fábricas que produziam alimentação para as forças armadas a partir de cereal. “Fazia-se aqui farinha, e depois dessa farinha fazia-se pão, bolos de pastelaria, bolos secos, bolachas, tudo em enormes quantidades. A título de exemplo, na fábrica da massa produziam-se 18 toneladas de massa por dia, de esparguete e macarrão”.

“Nos últimos anos de uso, estas fábricas foram perdendo relevância, deixou de haver um racional económico para manter o seu funcionamento. A última fábrica a encerrar foi precisamente a do pão, em 2011. Daí para cá este espaço estava abandonado, devoluto. A Câmara decidiu então negociar com o Estado, que é ainda proprietário do espaço”. Foi assim que foi para a frente a ideia deste hub, que conta reunir no futuro cerca de três mil pessoas a trabalhar num espaço de inovação e sustentabilidade.

E é através de quatro eixos estratégicos que se organizam os objetivos do HCB: o primeiro é a produção de empreendedorismo, “ou seja, atrair para aqui incubadoras, co-works, investidores, co-living, com o pressuposto de não deslocalizar nada do que a cidade já tem. A ideia não é centrar num espaço projetos que já existissem na cidade, a ideia é trazer novos players e aumentar”. O segundo eixo centra-se nas atividades de investigação e desenvolvimento “queremos centros de competências, espaços de inovação abertos, spin-offs de universidades”, e o terceiro designa-se por scale ups and global companies, que passa por atrair algumas das grandes marcas globais – “as Googles deste mundo, por assim dizer”.

Por fim, o quarto eixo prende-se com as indústrias criativas. “Queremos atrair negócios muito centrados nas áreas de multimédia, do design, imagem, fotografa, som, arquitetura, moda… Atrair este tipo de empresas também porque achamos que se conseguirmos pôr à mesma mesa um engenheiro de software com alguém das indústrias criativas isso pode induzir só por si novos projetos”, esclarece o project manager.

Para criar uma comunidade vão também ser alocados vários serviços, como restaurantes, bares e cafés. “Tanto para os trabalhadores, como para os de fora, criando um novo spot da cidade. A ideia do hub é estar totalmente aberto e viver ao ritmo da cidade. Ir mudando a sua funcionalidade conforme o horário do dia, por isso, manter um horário alargado. Já estão a acontecer outros projetos aqui à volta”, refere. Todos os edifícios já receberam diversas propostas, e, na maioria dos casos, está já pronto o projeto geral que define os usos e funcionalidades para todos os edifícios. “Estamos agora a avançar com os processos de negociação para definir as entidades que vão ocupar os edifícios que faltam”.

Para já, empresas como as alemãs Factory e Mercedes Benz, escritórios da Web Summit, a nacional Super Bock e até a própria Startup Lisboa já estão confirmadas e com edifícios selecionados. E enquanto as obras não arrancam, prestes a começar, José Mota Leal fala dos eventos já desenvolvidos. “Quisemos desde já começar a marcar o projeto e atrair para aqui um conjunto de eventos para ajudar a posicionar o espaço e a torná-lo mais conhecido”, revela. Eventos como Sangue na Guelra, o World Press Photo, o Music Dance Fest e a Lisbon Beer Fest já pararam pelo Beato.

Macedo Vitorino — legal partner do HCB

Do lado da assessoria jurídica ao HCB, temos a sociedade de advogados Macedo Vitorino – seu legal partner. À conversa com a Advocatus, Guilherme Machado Dray, consultor deste escritório e especialista em direito do trabalho, civil e políticas públicas, conta como se tem desenvolvido esta parceria com o hub, desde a sua conceção como open-space para alocar empresas e startups até à gestão dos vários espaços e pessoas envolvidos.

“Temos uma longa tradição em trabalhar com investidores internacionais, a fazer uma advocacia de investimento e a dar-lhes apoio na área comercial, na fiscal, laboral, e na área societária. Está no nosso ADN fazer isso”, revela o advogado, que menciona ainda o apoio ao empreendedorismo que esta sociedade tem levado a cabo.

Tudo visto, um projeto destes como o HCB encaixa que nem uma luva. Esta parceria é uma forma de darmos o nosso apoio, o nosso know-how e expertise. Este movimento de trepidação em Lisboa é muito interessante e passa por nós. A cidade posiciona-se cada vez mais como cidade aberta, global, cosmopolita, com muitos jovens. E a parte internacional é boa para a produtividade do país. Queremos acompanhar isso.

Guilherme Dray

Consultor da Macedo Vitorino

Tudo visto, um projeto destes como o HCB encaixa que nem uma luva. Esta parceria é uma forma de darmos o nosso apoio, o nosso know-how e expertise. Este movimento de trepidação em Lisboa é muito interessante e passa por nós. A cidade posiciona-se cada vez mais como cidade aberta, global, cosmopolita, com muitos jovens. E a parte internacional é boa para a produtividade do país. Queremos acompanhar isso”, faz saber.

Quanto ao apoio jurídico que prestam, para já, numa fase embrionária, passa pelo desenvolvimento do projeto, ao nível da sua execução, promoção e pela futura gestão do espaço. “É preciso para um espaço grande como aquele fazer uma seleção de quem se vai alocar ali. E nós damos apoio nesse sentido, em termos de referência, de criação de programas de concurso, de mecanismos de seleção, e depois, numa fase subsequente, entrar em negociação no que diz respeito à parte jurídica, e na formalização dos contratos de utilização. Portanto, nesta fase de execução e promoção, damos um apoio instrumental indireto jurídico, mas que é importante. E mais tarde quando estiver em operação haverá a necessidade de gerir o espaço”, explica o advogado.

Com uma equipa de seis pessoas a trabalhar no projeto, Guilherme Dray revela que o principal desafio neste momento é dar apoio para que o projeto passe para o terreno, que, com obras a iniciar em breve, se prevê que esteja pronto em meados de 2019. “É um projeto que foi já objeto de fase conceção, está em fase de implementação, e vamos dar apoio para que ele passe para o terreno — isto é, apoiar a selecionar todos os futuros e potenciais empreendedores. Agora é contratualizar com eles um conjunto de direitos e obrigações que passam, nomeadamente, por obrigações de criatividade, de preservação do espaço público, em termos ambientais, e um conjunto de atividades que eles vão ter de desenvolver no espaço. Esse agora é o principal desafio – ver tudo isto em operação”, remata.

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Proposta da UE é “interessante em matéria de simplificação mas, por outro lado, poderia ser mais ambiciosa”

A Representação da Comissão Europeia em Portugal apresentar e debater a proposta da Comissão Europeia para o Orçamento Europeu 2021-2027.

A Representação da Comissão Europeia em Portugal realiza esta segunda-feira uma conferência, cujo objetivo é apresentar e debater a proposta da Comissão Europeia para o Orçamento Europeu 2021-2027.

Nesta segunda parte do encontro, sob o tema “Coesão – Pessoas e Território”, vão estar presentes João Paulo Correia, deputado da Assembleia da República, Rudolf Niessler, Direção Geral Política Regional da Comissão Europeia, Duarte Rodrigues, da Agência para o Desenvolvimento e Coesão, e Gonçalo Lobo Xavier, do Comité Económico e Social Europeu.

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Portugal regista a segunda menor taxa de oferta de emprego da UE no primeiro trimestre do ano

  • Lusa
  • 18 Junho 2018

Só a Grécia registou uma taxa de oferta de emprego inferior à de Portugal. Já a República Checa, a Bélgica, a Alemanha e a Suécia são os países que registam taxas de oferta de emprego mais elevadas.

Portugal registou a segunda menor taxa de ofertas de emprego (0,9%) no primeiro trimestre, menos de metade da média da Zona Euro (2,1%) e da União Europeia (UE 2,2%), segundo o Eurostat.

Na Zona Euro, a taxa de ofertas de emprego subiu, nos primeiros três meses do ano, para os 2,1%, face aos 1,9% homólogos e aos 2,0% do trimestre anterior. Na UE, as ofertas de emprego aumentaram para os 2,2%, quer na comparação homóloga (1,9%), quer em cadeia (2,0%).

Segundo o gabinete de estatísticas da UE, a Grécia registou a menor oferta de emprego (0,7%), seguindo-se Portugal e Espanha (0,9% cada), a Bulgária e a Irlanda (1,0% cada). No extremo oposto situam-se, com as maiores taxas, a República Checa (4,8%), a Bélgica (3,5%), a Alemanha e a Suécia (2,9% cada).

As ofertas de emprego em Portugal subiram ligeiramente, entre janeiro e março, face aos 0,8% do trimestre anterior mas mantiveram-se estáveis na comparação homóloga (0,9%).

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Discussão financeira vai moldar o conceito político da UE

Portugal tem "outros instrumentos que podem ser usados em complemento à Política da Coesão" para atenuar os cortes, diz Stefan Lehner. Cofinanciamento tem de regressar a níveis pré-crise.

A União Europeia ainda não tem um conceito político definida na sequência da saída do Reino Unido, por isso vai ser a discussão financeira que vai “moldar o conceito político”, vaticina Stefan Lehner, responsável da Direção Geral do Orçamento da Comissão Europeia. Uma proposta financeira que, no entanto, não agrada a nenhum Estado membro.

“Nos últimos dias tenho andado pelas capitais europeia a apresentar a proposta da Comissão para o Orçamento comunitário e, em todo o lado, é impopular. É rejeitada por todos os Estados membros, mas por razões opostas, claro”, conta Stefan Lehner, na sua intervenção na conferência “Um orçamento para o futuro da União Europeia”, que decorre esta manhã. Para o responsável este pode ser um sinal de que a proposta da Comissão é de facto equilibrada: “Esperamos que tenhamos sido pragmáticos e que estejamos no meio deste debate”.

Nos últimos dias tenho andado pelas capitais europeias a apresentar a proposta da Comissão para o Orçamento comunitário e, em todo o lado, é impopular. É rejeitada por todos os Estados membros,

Stefan Lehner

Direção Geral do Orçamento

Para países como Portugal, que se queixam dos corte propostos, Stefan Lehner lembra que “há outros instrumentos que podem ser usados em complemento à Política da Coesão”, como é o caso do fundo de investimento para as reformas ou o fundo para a estabilização para o investimento (que pode ser usado pelos países que estão em pré-situação de banca rota). Além disso, à crítica relativa ao aumento significativo das taxas de cofinanciamento dos Estados membros — a proposta da Comissão é de passar as taxas de cofinanciamento de 85% para 70% nas regiões de coesão — o responsável explica que “é necessário regressar aos níveis pré-crise financeira”.

Com a saída do Reino Unido, um dos principais contribuintes para o Orçamento comunitário, a Comissão propõe um aumento das contribuições dos Estados membros para 1,11% do Rendimento Nacional Bruto, “que cobre metade do buraco deixado pelo Brexit“. A outra metade é assegurada pelos cortes nas principais política europeias: a Coesão e a Política Agrícola Comum, explicou o responsável. Em causa está um corte de 15% no segundo pilar da PAC para todos os Estados membros e um corte médio de 9,9% da Política de Coesão. Assim, como as negociações decorrentes do Brexit ainda estão a decorrer, “a União não tem ainda um conceito político, por isso vai ser a discussão financeira que vai moldar o conceito político”, conclui Stefan Lehner.

A União não tem ainda um conceito político, por isso vai ser a discussão financeira que vai moldar o conceito político.

Stefan Lehner

Direção Geral do Orçamento

Esta é uma oportunidade de moldar ao nosso futuro enquanto união a 27. Perdemos um dos principais contribuintes. É um facto com o qual temos de lidar. Será infelizmente a 27, teremos de nos encontrar e discutir futuro, quais as prioridades da União”, sublinha o responsável da Direção geral de Orçamento. Estas prioridades devem responder aos desafios da próxima década, já que o dinheiro vai ser usado de 2021 a 2027.

Nesse sentido a aposta é clara na inovação — daí a proposta de o programa Horizonte Europa ter um reforço de dotação para 100 mil milhões de euros – mas também nas políticas das migrações e da segurança, que passam a ter ‘gavetas’ próprias no novo Orçamento. Nestes dois casos é proposta “uma nova dinâmica” já que “não são alocados imediatamente montantes específicos a cada Estado membro“, explica Stefan Lehner. “Não podem ser postos nos bolsos dos Estados membros logo de início”, frisa.

“Há neste acordo propostas semelhantes à Coesão que podem ser usadas pelos Estados membros. Se forem usados e adicionados à Política da Coesão não haverá qualquer corte”, garante Stefan Lehner.Paula Nunes / ECO

Perante o problema das migrações — que ganhou um novo sentido de urgência depois de Itália ter recusado a entrada de um navio de migrantes que acabou por ser acolhido por Espanha — é “necessário investir mais dinheiro e de forma mais eficiente” neste dossier, mas também ao nível da “política externa já que permite introduzir maior estabilidade nos países vizinhos”, sublinha Stefan Lehner. “Pela primeira vez creio que as pessoas perceberam a importância da ajuda publica ao desenvolvimento”.

Numa proposta que auto classifica de pragmática, “é necessário ser mais flexível”, e “fortalecer o cumprimento da lei para ter acesso ao financiamento europeu”, afirma o responsável da Direção Geral do Orçamento. “Não é um instrumento para punir ninguém mas para fortalecer as garantias de que os sistemas legais nacionais estão a proteger as despesas com verbas comunitárias neste país”, garantiu numa resposta às críticas de que a Comissão decidiu punir países como a Hungria, República Checa ou Malta pela forma como têm lidado com a os migrantes — estes países têm uma proposta de corte de 24% na sua Política de Coesão.

Apesar de reconhecer que “a Comissão poderia ser mais ambiciosa”, o responsável lembra que também “é preciso ser prudente e que este é o preço a pagar para que todos os Estados membros concordem com a proposta”.

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Impresa: Desfecho da compra da TVI é “o que melhor protege o mercado”

A Impresa defende que o falhanço da compra da TVI pela Altice é o desfecho que "melhor protege o mercado e a sociedade".

O grupo Impresa também está satisfeito com o desfecho da operação da compra da Media Capital pela Altice: o negócio falhou por falta de decisão do regulador da concorrência nos prazos definidos pelas empresas. Segundo a dona da SIC, liderada por Francisco Pedro Balsemão, é a conclusão “que melhor protege o mercado, a sociedade portuguesa e os consumidores”.

“A Impresa realça que, desde que foi anunciada esta operação, sempre alertou para os riscos que a mesma poderia acarretar para a concorrência e para o pluralismo no setor dos media, pelo que sempre acreditou que este seria o único desfecho possível. Estamos, portanto, certos de que esta conclusão é a que melhor protege o mercado, a sociedade portuguesa e os consumidores”, refere a Impresa numa nota de reação enviada ao ECO.

Previa-se que, se a operação da compra da Media Capital pela Altice recebesse luz verde da Autoridade da Concorrência (AdC), outra operação de consolidação do mesmo género surgisse no mercado português. A hipótese mais provável era a da compra da Impresa pela Nos, uma cenário amplamente antecipado por alguns analistas.

A Altice e a dona da Media Capital, a Prisa, decidiram terminar o negócio, depois de 11 meses à espera de decisão final dos reguladores portugueses. A Altice acusa a AdC de deixar arrastar um processo com “consequências” para os investidores nacionais e estrangeiros.

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Banco angolano Sol quer ser o próximo a instalar-se em Portugal

  • Lusa
  • 18 Junho 2018

O banco angolano Sol quer captar financiamentos externos para o mercado angolano através de uma filial em Portugal

O banco Sol deverá ser a próxima instituição financeira angolana a estabelecer uma filial em Portugal, para captar financiamentos externos para o mercado angolano, anunciou esta segunda-feira a administração.

De acordo com Coutinho Nobre Miguel, presidente do conselho de administração daquele banco, privado e constituído em 2001, a expansão internacional passa, além de Portugal, por uma filial a estabelecer na vizinha Namíbia e um escritório de representação em Macau.

Com ativos avaliados em 502.775 milhões de kwanzas (1.800 milhões de euros) em 2017, o Sol é o quinto maior banco angolano, contando com 250 agências e 16 centros empresariais, em todo o país, e um volume de crédito a clientes de 190.131 milhões de kwanzas (675 milhões de euros). Em 2017, registou um resultado líquido no exercício superior a 9.171 milhões de kwanzas (32,5 milhões de euros).

"Hoje não podemos limitar-nos apenas ao nosso espaço geográfico. Estamos num mundo cada vez mais globalizado, num mundo de internacionalização das empresas, com uma diplomacia económica e financeira, e a banca tem de ser ativa para captar financiamentos externos e trazes esses financiamentos para repassar para o mercado.”

Coutinho Nobre Miguel

Presidente do Conselho de Administração

O banco Sol detém uma participação de quase 1% no grupo português Galilei, antiga Sociedade Lusa de Negócios, que era a dona do banco BPN. Bancos angolanos como BAI, BNI ou BIC já contam atualmente com sucursais europeias, com sede em Lisboa.

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Luís Neves é o novo diretor nacional da Polícia Judiciária

Luís Neves, polícia de carreira que nas últimas duas décadas esteve ligado ao combate ao banditismo e terrorismo, é o novo diretor nacional da Polícia Judiciária.

Luís Neves, polícia de carreira que nas últimas duas décadas esteve ligado ao combate ao banditismo e terrorismo, tomou posse como novo diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), sucedendo a Almeida Rodrigues, que não quis renovar o mandato.

O novo diretor nacional comandou até agora a Unidade Nacional Contra Terrorismo (UNCT), o departamento da PJ que investiga os crimes mais violentos e que nos últimos anos foi responsável por casos relacionados com a ETA, com os `skinheads´ ou com assaltos a caixas multibanco (ATM) com recurso a material explosivo.

Luís Neves prometeu “reforçar a dotação de recursos humanos” desta polícia e indicou como “especiais preocupações” o terrorismo, a corrupção, a cibercriminalidade, a criminalidade violenta em geral e os chamados “crimes de ódio”.

O novo diretor nacional da PJ apontou ainda como “especiais preocupações” o tráfico de droga e os crimes contra as pessoas, indicando ainda a “recuperação de ativos” resultantes da atividade criminosa mais lucrativa.

Luís Neves sublinhou que a atividade da PJ não se esgota no seio da prevenção e da investigação criminal, referindo que uma polícia capacitada e dotada de meios como o do Laboratório de Polícia Científica deve aproveitar todas as sinergias internas e externas, no âmbito da cooperação judiciária transnacional.

“A estrutura orgânica e funcional da PJ deve estar agilizada e preparada para qualquer cenário, a todo o momento”, enfatizou o novo diretor nacional da PJ, que disse ainda “apostar claramente numa estratégia de proatividade e antecipação”, a montante dos fenómenos criminais, através da “recolha, tratamento, análise e difusão de informação”.

Dotar a PJ dos meios humanos e tecnológicos necessários e adequados ao cumprimento das “tarefas indispensáveis” da sua missão, designadamente na investigação criminal, periciais, informáticas e contabilísticas, foi outro dos rumos traçados por Luís Neves.

Na sua intervenção, a ministra da Justiça salientou que, “no barómetro da confiança”, a PJ “continua a ser das instituições em que os cidadãos mais repousam”, observando que os “cidadãos confiam na maturidade e na diferenciação da PJ”.

Francisca Van Dunem alertou para o recrudescimento do terrorismo, assim como da corrupção, branqueamento de capitais ou atuações criminosas no espaço de cibercriminalidade e que reclamam uma atenção permanente.

A ministra lembrou que PJ possui uma “grande capacidade de antecipar ameaças e os riscos criminais” e de atuar “atempadamente para os prevenir”, mantendo uma atitude atenta às novas formas de criminalidade nacional e transnacional.

Francisca Van Dunem elogiou o trabalho de Almeida Rodrigues à frente da PJ na última década, assim como do seu número dois, Pedro do Carmo, e sublinhou que o novo diretor nacional da PJ, Luís Neves, é “um homem que fez a vida e que tem um passado brilhante na PJ”.

Como desafios do novo diretor nacional, a ministra indicou o reforço da capacidade de ação da PJ, modernizar os meios e manter a coesão dos seus profissionais e garantir os elevados padrões da PJ ao nível da juridicidade, deontologia e da qualidade do trabalho desta polícia.

Almeida Rodrigues, que completa este verão 60 anos e passará à disponibilidade, esteve uma década à frente da PJ, tendo mantido a confiança de sucessivos ministros da Justiça.

Com Almeida Rodrigues sai também o seu número dois, Pedro do Carmo (diretor nacional adjunto da PJ), que regressa à magistratura do Ministério Público.

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Filipe Mayer, Sócio da CCA ONTIER, orador em evento internacional sobre jogo online

Filipe Mayer, Sócio Coordenador do Departamento de TMT & PI da CCA ONTIER, vai ser orador no evento EGR Online Gambling Briefing Portugal 2018 organizado pelo grupo internacional EGR.

Filipe Mayer, sócio Coordenador do Departamento de TMT & PI da CCA ONTIER, vai ser orador no evento EGR Online Gambling Briefing Portugal 2018 organizado pelo grupo internacional EGR, que terá lugar em Lisboa no dia 26 de junho. Filipe Mayer irá falar sobre “Poker pooling: What Europe’s shared online poker liquidity will mean for operators in Portugal”.

Para Filipe Mayer, “Este convite vem reforçar a nossa posição de opinion makers em relação ao setor do jogo online em Portugal, fruto de sermos, atualmente, uma das sociedades de advogados com uma posição cada vez mais ativa neste novo setor de atividade. Posição essa que já tinha sido reconhecida através da nomeação da CCA ONTIER para os EGR B2B Awards 2018, na categoria ‘Corporate services providers’”.

O EGR Online Gambling Briefing Portugal é um evento exclusivo que irá reunir executivos seniores de empresas que procuram entrar no mercado português, bem como operadores já estabelecidos em Portugal, para avaliar os desafios e oportunidades futuros do jogo online em Portugal. É organizado pela EGR, uma associação e grupo editorial líder na indústria do jogo online, que combina eventos de referência neste setor com informação e análises críticas sobre esta indústria.

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Espanha: Pablo Casado anuncia candidatura à liderança do Partido Popular

  • Juliana Nogueira Santos
  • 18 Junho 2018

Casado é, até agora, o primeiro nome a avançar com a candidatura para o lugar ocupado por Rajoy. O novo líder será escolhido em meados de julho.

Pablo Casado é candidato à liderança do PP.PP/Flickr

Pablo Casado, vice-secretário para a comunicação do Partido Popular (PP), anunciou esta segunda-feira a sua candidatura à liderança do partido, após Mariano Rajoy se ter afastado do lugar.

Através da sua conta do Twitter, o deputado eleito pela província de Ávila deu um passo à frente perante a inação dos principais membros do partido, tais como Alberto Nuñez Feijóo, Soraya Sáenz de Santamaría e María Dolores.

Em abril deste ano, o El País levantou dúvidas acerca do currículo de Casado, principalmente em relação ao seu mestrado em Direito Autónomo e Local na Universidade Rei Juan Carlos, em Madrid. O deputado não terá comparecido nas aulas, não realizou exames nem defendeu a sua tese. Ainda assim, é, por agora, o único a avançar para a liderança do partido.

Após ter sido afastado do Governo espanhol através de uma moção de censura, Mariano Rajoy saiu também do PP, onde ocupava a liderança desde 2011. “É o melhor para mim, para o PP e, creio, também para a Espanha”, afirmou Rajoy na altura. “Continuarei convosco, porque não imagino a minha vida fora do PP. Não vou entregar o cartão de militante”.

O congresso extraordinário do partido está marcado para os dias 20 e 21 de julho e irá servir para decidir o futuro, não só no que diz respeito à liderança, mas também à posição que o partido terá de assumir depois de ter passado de incumbente a oposição. O prazo de entrega de candidaturas para a presidência do partido termina na tarde desta quarta-feira.

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Revista de imprensa internacional

As políticas migratórias marcam a atualidade internacional, tanto nos EUA como na Alemanha. Conheça cinco notícias que estão a marcar a atualidade lá fora.

A situação política na Alemanha aqueceu no fim de semana, mas o governo de Angela Merkel parece estar a salvo, pelo menos para já. Do Reino Unido chegam números que mostram que os pagamentos com cartão de débito já são mais populares do que o dinheiro físico que temos na carteira. Conheça estas e outras notícias que estão a marcar a atualidade na imprensa internacional.

Politico EU

Governo de Merkel está a salvo… pelo menos por agora

Angela Merkel parece ter conseguido ultrapassar um fim de semana tenebroso, marcado pelo confronto direto com os seus aliados políticos em torno das políticas para os refugiados no país. A CDU de Angela Merkel debateu com a CSU a hipótese de adiar para o final do mês a implementação de medidas mais rígidas na Alemanha e maior controlo nas fronteiras. Os aliados de coligação querem estas medidas mais rígidas, enquanto Merkel teme um efeito de dominó no resto da Europa. Leia a notícia completa no Politico EU (acesso gratuito/conteúdo em inglês).

BBC News

Pagamentos com cartão superam moedas e notas

Os pagamentos eletrónicos são uma tendência em grande crescimento. E, de acordo com dados do organismo britânico UK Finance, foram feitos cerca de 13,2 mil milhões de pagamentos com cartão débito no ano passado, um crescimento de 14% face a 2016. É a primeira vez que este método de pagamento supera o uso do dinheiro físico, com a entidade britânica a estimar que tenham sido feitos 13,1 mil milhões de pagamentos com moedas e notas no ano passado, uma queda de 15% face a 2016. Cerca de 3,4 milhões de pessoas praticamente não usaram dinheiro físico em 2017 e a tecnologia contactless mantém a trajetória de crescimento. Leia a notícia completa na BBC News (acesso gratuito/conteúdo em inglês).

The Guardian

Melania Trump apela a uma política migratória diferente

A primeira-dama dos Estados Unidos, Melania Trump, quer um país que “governe com o coração” e admitiu que “detesta ver as crianças serem separadas das suas famílias”, declarações que podem chocar contra a política migratória promovida pelo Presidente Donald Trump, seu marido, na fronteira com o México. Em contrapartida, a posição de Melania Trump vai ao encontro da opinião da ex-primeira-dama Laura Bush, que afirmou no Twitter que uma política de tolerância zero contra os imigrantes ilegais é “cruel” e “imoral”. Há registo de protestos contra as políticas de Trump em New Jersey esta segunda-feira. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso gratuito/conteúdo em inglês).

Financial Times

Grandes bancos norte-americanos generosos nos dividendos

Os maiores bancos dos EUA tencionam dar mais dinheiro aos acionistas do que os lucros gerados no decorrer do ano de 2017, uma tendência que não se verificava desde a crise financeira de 2008. Estima-se que a remuneração acionista no setor da banca no país chegue a um valor recorde de 170 mil milhões de dólares. A tendência do payout acima dos 100% preocupa alguns críticos, que defendem que os bancos deveriam aproveitar a oportunidade para aumentarem os rácios de capital e, desta forma, se tornarem mais resilientes. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago/conteúdo em inglês).

Bloomberg

Supervisor dos bancos centrais não vê futuro nas criptomoedas

O Bank for International Settlements, uma entidade sediada na Suíça e que serve a função de supervisora dos bancos centrais, emitiu um relatório onde indica que as criptomoedas não têm um futuro promissor. Segundo a instituição, as criptomoedas têm problemas de design, uma vez que são instáveis, consomem demasiada eletricidade, estão sujeitas a manipulação e fraude e não servem como um meio de pagamento de boa-fé na economia global. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

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Cuatrecasas Gonçalves Pereira perde três sócios

Miguel Esperança Pina, Leonor Chastre e Ruy Mayer saíram da Cuatrecasas, Gonçalves Pereira. Escritório explica que em dois anos ganharam nove novos sócios.

Os advogados Miguel Esperança Pina, Leonor Chastre e Ruy Mayer saíram da Cuatrecasas, Gonçalves Pereira. “As saídas destes sócios não estão relacionadas entre si e as razões que determinaram a saída de cada um são completamente distintas”, segundo explicou fonte do escritório à Advocatus.

A notícia já tinha sido avançada pelo Jornal Económico que dava conta que estas saídas juntam-se às de várias outras que tiveram lugar nos últimos dois anos. Desde 2016, saíram André Luiz Gomes, Paulo Rangel, Diogo Leote, Diogo Perestrelo que saiu para a PLMJ — Rita Roque de Pinho, Ricardo Bordalo Junqueiro e, agora, Leonor Chastre, Ruy Mayer e Miguel Esperança Pina. “Os acordos assinados obrigam os sócios a manter confidencialidade sobre os termos de cada saída”, explica a mesma fonte.

Em contrapartida, nos últimos três anos — de 2016 a 2018– a Cuatrecasas contou com um total de nove novos sócios em Portugal.

“Sem prejuízo da nossa reserva sobre esses termos específicos, as saídas em causa estão alinhadas no quadro de uma transição geracional que vemos como positiva”, segundo explicou fonte do escritório. Que acrescentou ainda que “este ano aprovámos cinco promoções a sócio em Portugal, incluindo quatro novos sócios de capital, o que, para além de premiar o mérito destes profissionais, veio reforçar uma desejável renovação”.

O Jornal Económico explicava ainda que estas saídas se deviam, em parte, com a existência de lutas de poder entre diversas fações de sócios, com a intervenção da direção internacional da Cuatrecasas, sediada em Madrid. E que a saída de Miguel Pina estaria ligada a divergências “profundas” com a liderança do escritório, tanto em Lisboa como em Madrid. Porém, fonte do escritório garante à Advocatus que essa informação não corresponde à verdade.

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Nos reage ao fim do negócio da TVI: era o “único cenário possível”

A empresa liderada por Miguel Almeida reagiu ao insucesso da concorrente Meo na aquisição da Media Capital. "Iria ser muito prejudicial", aponta a Nos.

A Nos considera que o falhanço na compra da TVI pela concorrente Altice “era um cenário antecipado e o único possível”. A empresa liderada por Miguel Almeida, que foi uma das principais vozes contra a realização da operação, mostra-se, assim, claramente satisfeita com o desfecho deste processo.

A empresa “congratula-se por ver chegar ao fim um negócio que, pelo impacto negativo e risco sérios para o pluralismo, a diversidade de opinião e concorrência, iria ser muito prejudicial para os interesses dos cidadãos e do país”.

"Este era um cenário antecipado e o único possível. A NOS congratula-se por ver chegar ao fim um negócio que, pelo impacto negativo e risco sérios para o pluralismo, a diversidade de opinião e concorrência, iria ser muito prejudicial para os interesses dos cidadãos e do país.”

Nos

Fonte oficial

Ao longo do processo, a Nos, que é a segunda maior operadora de telecomunicações em Portugal em quota de mercado, alertou para eventuais riscos de uma operação deste género, elencando, entre eles, a distorção da concorrência nos setores de media e telecomunicações.

Ainda assim, previa-se que, se a operação da compra da Media Capital pela Altice recebesse luz verde da Autoridade da Concorrência (AdC), outra operação de consolidação do mesmo género surgisse no mercado português. A hipótese mais provável era a da compra da Impresa pela Nos, uma cenário amplamente antecipado por alguns analistas. Aliás, no Parlamento, Miguel Almeida chegou mesmo a admitir a hipótese de comprar um grupo de media em Portugal se as autoridades admitissem a compra da TVI pela Meo.

A Altice e a dona da Media Capital, a Prisa, decidiram terminar o negócio, depois de 11 meses à espera de decisão final dos reguladores portugueses. A Altice acusa a AdC de deixar arrastar um processo com “consequências” para os investidores nacionais e estrangeiros.

(Notícia atualizada às 10h52 com mais informações)

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