Portugal pode afirmar-se na Rússia com o Mundial de futebol, defende embaixador

  • Lusa
  • 9 Junho 2018

O embaixador de Portugal na Rússia defende que o Mundial de futebol, que arranca na quinta-feira, é uma oportunidade para Portugal se afirmar naquele país, que acolhe a competição.

O embaixador de Portugal na Rússia, Paulo Vizeu Pinheiro, considera que o Mundial de futebol de 2018, que começa na quinta-feira, é uma excelente oportunidade para o país se afirmar no Mundo e na Rússia. “O mundial é a oportunidade para mostrarmos um Portugal moderno, competitivo e acolhedor, e que somos uma ligação não só à comunidade lusófona, mas com muitos outros países com quem temos relações privilegiadas”, sintetizou.

Em declarações à Lusa, o diplomata defende que esta é também uma chance para Portugal “ser um parceiro singular na diversificação económica e na modernização económica da Rússia”. Destaca a conjunção que é para os empresários lusos o mercado de 145 milhões de russos e revelou que, por isso, trabalha para que haja “mais mobilidade entre Portugal e a Rússia, entre portugueses e russos”.

“Putin (Vladimir, o presidente russo) tem feito várias referências aos saltos tecnológicos e abertura aos talentos. A Rússia ainda tem uma económica pouco diversificada, muito concentrada em algumas matérias-primas. Tem feito muitas reformas estruturais, tem estabilidade macroeconómica, um sistema financeiro estável, rendimento médio a aumentar, uma classe media que tem viajado bastante e tem ido a Portugal”, exemplificou.

Em conjuntura de crescente tensão entre a Rússia e o mundo ocidental, Portugal é visto no anfitrião do Mundial como um “país amigo”, considerando que isso se deve ao facto das autoridades lusas terem mantido uma atitude coerente e promovido um excelente trabalho para salutares relações institucionais. “Estamos a viver um bom momento, não obstante os condicionalismos conhecidos internacionais, no quadro da União Europeia e da NATO. Portugal tem defendido que as dificuldades sejam resolvidas pelo diálogo e cooperação”, justificou.

Aos adeptos portugueses que vieram ao Mundial, garante que a Rússia é “segura” e que os visitantes vão descobrir um “país moderno, com boas infraestruturas e uma grande potência em vários domínios, incluindo o cultural”. “Aqui, na embaixada, estamos todos a trabalhar para o mesmo propósito. Quem está aqui a trabalhar, também põe a nossa bandeira e a nossa camisola”, concluiu. Portugal integra o Grupo B do Mundial e joga a 15 de junho com a Espanha, em Sochi, a 20 em Moscovo, com Marrocos, e a 25 com o Irão, em Saransk.

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Ministro das Finanças alemão quer criar seguro de desemprego europeu

  • Lusa
  • 9 Junho 2018

Olaf Scholz, sucessor de Wolfgang Schäuble no ministério das Finanças da Alemanha, defendeu este sábado a criação de um seguro de desemprego europeu para apoiar emprego em alturas de crise económica.

O ministro das Finanças alemão, Olaf Scholz, defende a criação de um seguro de desemprego europeu que complementasse as prestações de cada país em situações de crise económica, mas cujas verbas usadas fossem devolvidas pelos Estados-membros.

“Sou apoiante da ideia de se complementarem os seguros de desemprego nacionais com um sistema de apoio para toda a zona euro. Um país no qual uma crise económica leva a que muitas pessoas percam o seu emprego, o que afetaria gravemente o seguro de desemprego nacional, devia poder usar dinheiro emprestado desse seguro comum”, afirmou Olaf Scholz, em entrevista à revista alemã Der Spiegel, publicada este sábado.

O governante alemão sustentou que, “quando a recessão acabasse, esse país deveria devolver o dinheiro recebido, ao mesmo tempo que se esforçaria para tornar os seus sistemas de prestações sociais mais resistentes”.

Na entrevista, Olaf Scholz recordou a estratégia seguida pela Alemanha para ultrapassar a crise de 2008, na qual se protegeram postos de trabalho através de apoios estatais, medida que foi possível porque a Alemanha pôde recorrer a “reservas no seguro de desemprego que se acumularam nos tempos de boa conjuntura” económica. De acordo com o responsável, também esta experiência poderia ser replicada na zona euro, com as reservas a serem destinadas ao tal seguro de desemprego europeu. A seu ver, falta solidariedade entre os países na zona euro.

Contudo, e tal como já havia defendido o seu antecessor, Wolfgang Schäuble, insistiu na criação de um imposto sobre as transações financeiras. Aludindo aos problemas existentes na União Europeia, rejeitou a existência de um excesso de diretivas, mas admitiu que se devia ter desenvolvido uma estratégia comum para problemas como a crise migratória.

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Próximo Orçamento do Estado “vai ser mais difícil de negociar”

  • ECO
  • 9 Junho 2018

Está mais tenso o ambiente entre o Governo e os partidos da esquerda, mas ainda sem ruturas, escreve o Expresso. PCP e BE pedem que se respeitem os compromissos. PS garante normalidade.

Está mais tenso o ambiente entre o Governo e os parceiros do PCP e do BE. Começaram esta semana as negociações para o Orçamento do Estado (OE), o último desta legislatura, num tom diferente mas ainda sem ruturas, em antecipação das reuniões que deverão ocorrer com o primeiro-ministro e o ministro das Finanças no final deste mês. As progressões nas carreiras dos professores prometem ser o tema mais quente em cima da mesa.

“O ambiente está mais toldado para o Orçamento do Estado, é evidente”, refere o líder comunista Jerónimo de Sousa, ao semanário Expresso (acesso pago). Do lado do BE, Jorge Costa não esconde que se antecipam dificuldades nas negociações. “O Orçamento vai, com toda a certeza, ser mais difícil de negociar”, disse ao jornal.

De acordo com o Expresso, que cita “fonte do Governo”, foi estabelecido que os partidos que apoiam a solução governativa vão tentar encontrar formas de construir um OE sem recuos e com avanços ainda por definir. Jerónimo de Sousa nota que “o tom mudou”. “Mas mantemos a mesma intenção e o nosso compromisso de fazer um exame comum da proposta”, refere, depois dos alertas ao primeiro-ministro António Costa, lançados nas jornadas parlamentares do PCP. Os comunistas apontam para o Governo, lembrando o executivo de que devem “cumprir o que ficou estabelecido”.

Já a posição do PS é de normalidade, afastando quaisquer atritos com os parceiros da esquerda. Citado pelo jornal, António Costa garante que “o PS sente-se bem com esta solução governativa” e não afasta um cenário de “hipotética maioria absoluta” nas próximas eleições — uma espécie de ‘geringonça 2.0’. Mas enquanto os socialistas rejeitam que tenha havido uma mudança de posição, os bloquistas, por sua vez, apontam nesse sentido. Ao Expresso, Jorge Costa refere que “há uma disponibilidade completa para negociar”. E acrescenta: “Não fomos nós que mudámos de atitude”.

O tema do descongelamento da carreira dos professores promete marcar estas negociações, que agora se iniciam, com o PCP a rejeitar perentoriamente a cedência de anos de trabalho para efeitos de progressão. “Os compromissos são para cumprir”, aponta Jerónimo de Sousa. E o PCP vai “tudo fazer” para que assim seja, garante o líder do partido.

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Ver casas sem sair do sofá? Sim, e a experiência é perfeita

  • ECO + JLL
  • 9 Junho 2018

Percorrer divisões como se estivesse mesmo lá ou conhecer a zona envolvente ao pormenor sem sair do lugar. A tecnologia transformou a experiência de comprar ou arrendar casa. Para muito melhor.

O impacto da evolução tecnológica no setor imobiliário já não se limita à simples utilização da Internet para pesquisar as casas disponíveis. Hoje são muitas as ferramentas inovadoras existentes, algumas do domínio da ficção científica até há poucos anos. Destinam-se a facilitar a vida – e a experiência – de consumidores cada vez mais informados e conscientes do que querem (e não querem). Sobretudo, pessoas para quem o tempo é precioso e que estão sempre em contacto com a tecnologia, quanto mais não seja através de um smartphone. Só em Portugal, a utilização da Internet entre 2007 e 2017 cresceu de 39% para 75% (dados do INE). Se tivermos em conta que 99% das pessoas com menos de 34 anos têm acesso à Internet, facilmente se percebe a razão por que o mercado imobiliário se adaptou com enorme rapidez. Mas o que é que podemos esperar da tecnologia no momento de procurarmos casa?

1 – Visitas virtuais com fotos e vídeos 360°

Quantos de nós não se desiludiram já ao visitar casas cuja realidade não coincide com o que é mostrado nas fotos? Com a tecnologia 360° tal não acontece, sendo possível percorrer o imóvel tal como se lá estivesse, espreitar todas as divisões e até apreciar a vista da varanda. Todos os detalhes estão visíveis (desde os tetos aos pormenores dos acabamentos), bastando ao cliente avançar pelas várias assoalhadas. No final, apenas selecionar para ver presencialmente as casas que lhe interessam mesmo. Se tiver interesse, espreite o site da JLL, uma das consultoras imobiliárias que em Portugal já utiliza esta tecnologia, e tenha uma experiência mais marcante e cómoda.

2 – Realidade virtual e aumentada

E se em vez de visitar três casas diferentes numa tarde – com a dificuldade que isso acarreta para conciliar a agenda para todos os envolvidos – o agente imobiliário lhe permitir ver tudo sem sair do lugar através de uns óculos de realidade virtual? A experiência 3D neste setor é já uma das grandes tendências, favorecendo a imersão total do cliente através de dispositivos que permitem percecionar os imóveis como se estivesse dentro deles ou, no caso da realidade aumentada, vendo-os à sua frente na forma de holograma.

3 – Imagens recolhidas por drones

O ambiente envolvente da casa que se quer comprar ou arrendar pode ser determinante no momento da escolha. O setor imobiliário sabe disso e começa a disponibilizar ao cliente várias imagens com alta resolução, captadas de ângulos nunca antes imaginados, graças à utilização de drones. Ter a noção imediata da proximidade de espaços verdes ou das principais vias de acesso, sobretudo em áreas geográficas desconhecidas do cliente, é um fator relevante no momento da pesquisa. Quem compra imóveis ainda em planta, por exemplo, também tende a valorizar esta tecnologia, tendo em conta que pode facilmente acompanhar o andamento da obra.

4 – Utilização do código QR

A associação de um código QR a um imóvel torna possível que, num instante, uma pessoa interessada numa qualquer casa para compra ou arrendamento, aceda a toda a informação e fotos existentes, sem necessitar de contactar ninguém. E pode fazê-lo no preciso momento em que encontra a casa (na montra da agência imobiliária, por exemplo). Para tal, basta que tenha uma aplicação que permita a leitura do código no smartphone.

5 – Geolocalização

Com a crescente utilização de aparelhos móveis torna-se quase imprescindível a inclusão da geolocalização do imóvel, isto é, a indicação da sua localização precisa no mapa. Este é um tema que gera opiniões diversas (há quem prefira ocultar a morada), mas sabe-se que as casas que revelam a localização são muito mais visitadas. A verdade é que qualquer um de nós, no momento da pesquisa, prefere saber, com exatidão, a localização das casas que reúnem os nossos critérios de preferência.

6 – Mais mensagens, menos telefone

Estamos todos cada vez mais ligados mas também com menos tempo (e vontade) para atender telefonemas. Por isso, uma das preferências de quem procura casa vai para a possibilidade de receber informação através de mensagem (Messenger, Whatsapp, Skype, Hangouts, etc.) ou e-mail. Desta forma, consegue-se gerir o tempo dedicado à pesquisa de imóveis (quando e quanto), acedendo a fotos, vídeos e descrições, podendo fazer comparações e conversando com outros elementos da família ou amigos antes de tomar qualquer decisão. Tudo de acordo com a disponibilidade de cada um e sem sentir qualquer pressão.

Manter um relacionamento próximo com os clientes – mas dando-lhes espaço e tempo para decidir

– é cada vez mais um objetivo no mercado imobiliário. A ajudar no processo, a utilização de tecnologias inovadoras veio permitir experiências imersivas e sensoriais únicas. Já decidiu como irá procurar a sua nova casa?

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Lisboa quer JCDecaux a explorar publicidade após polémica. CDS promete votar contra

  • Lusa
  • 9 Junho 2018

A Câmara Municipal de Lisboa está determinada a adjudicar à JCDecaux a exploração da publicidade no mobiliário urbano por 15 anos, num processo envolto em polémica. CDS contesta a decisão.

A Câmara de Lisboa discute na quinta-feira a adjudicação da exploração da publicidade no mobiliário urbano à JCDecaux por 15 anos, após um processo polémico que gerou contestação de empresas concorrentes, com o CDS-PP a prometer votar contra.

Na proposta que será discutida em reunião privada extraordinária, o vice-presidente, Duarte Cordeiro, propõe “adjudicar a concessão de utilização de domínio público do município de Lisboa para instalação e exploração publicitária de mobiliário urbano à proposta do concorrente número 5 – JCDecaux”, no que se refere ao lote 3.

Em causa está a decisão do júri, que aponta que a proposta da JCDecaux “apresenta a remuneração mais elevada”, permitindo assim ao município arrecadar um valor anual de 8,3 milhões de euros por 15 anos, de acordo com o documento.

Há três anos, terminaram os contratos para a publicidade exterior de Lisboa que o município tinha celebrado com a JCDecaux e com a Cemusa em 1995 e, desde aí, a autarquia tem vindo a fazer aditamentos. Em causa estão abrigos em paragens de transportes públicos, colunas de informação, painéis de divulgação de informação institucional do município de Lisboa e de outras entidades com as quais colabora e sanitários públicos. Este concurso, iniciado há dois anos, visa, assim, substituir tais contratos e abrange três lotes.

Enquanto os dois primeiros lotes dizem respeito às zonas urbanas e aos grandes painéis, o terceiro — que está em apreciação na reunião do município — possibilita a exploração dos anteriores. Porém, para haver tal exploração, a proposta tem de ser 5% superior à soma da parte dos dois lotes, o que aconteceu agora com a JCDecaux, segundo Duarte Cordeiro.

No documento apresentado ao executivo, o autarca indica que o valor oferecido por esta empresa é “superior em mais de 5% à soma das remunerações mais altas propostas para os Lotes 1 e 2, soma essa que perfaz 7.250.050,00 euros”.

A escolha vem contrariar a decisão final que, em meados de 2017, deu a vitória às empresas Cartazes & Panoramas I e Cartazes & Panoramas II, do grupo MOP, criadas dias antes do concurso. No início deste ano, o grupo foi notificado de que as propostas por si apresentadas tinham sido excluídas do processo, decisão que contesta judicialmente. Além deste concorrente, também a dreamMedia, decidiu recorrer da decisão tomada pelo júri.

Segundo alegam, o município aplicou diferentes critérios aos concorrentes, desde logo perante alegados incumprimentos, o que obrigou a análises independentes para o concurso prosseguir.

CDS promete voto contra

Tendo em conta esta situação, o CDS-PP pediu o adiamento da proposta e, caso a apreciação do documento se mantenha agendada para a próxima quinta-feira, prometeu votar contra. Num comunicado enviado à agência Lusa, a vereação centrista sustenta que, “uma vez que persistem incertezas jurídicas e técnicas sobre este procedimento, o CDS entende não estarem esclarecidas ainda um conjunto de questões”.

Dizendo estranhar “qualquer razão de urgência”, o partido pede o adiamento. E avisa que “caso o senhor presidente [Fernando Medina] insista em manter a proposta agendada e a sua votação – o que é legítimo, mas não é correto – o CDS irá votar contra”.

“Politicamente, repudiamos a forma como este processo foi conduzido nesta fase final”, adianta, insistindo que não foi dado tempo nem esclarecimentos “devidos para uma ponderada e consciente tomada de posição”.

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Greve na CP vai afetar circulação de comboios esta terça e quarta-feira

  • Lusa
  • 9 Junho 2018

Ferroviários continuam protesto contra a circulação de comboios com um só agente. CP alerta que a greve marcada para esta terça e quarta-feira vai afetar a circulação e suprimir algumas ligações.

A CP prevê supressões e atrasos na circulação de comboios na terça e na quarta-feira, em todos os serviços, à exceção dos urbanos do Porto, devido à greve convocada por várias organizações sindicais. Em comunicado, a empresa informa que, apesar de o Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social ter decretado a realização de serviços mínimos, “se preveem supressões e atrasos na circulação dos comboios em todos os serviços da CP, à exceção dos serviços urbanos do Porto, nos dias 12 e 13 de junho”.

A CP reforça que “as causas invocadas no pré-aviso de greve para esta ação de protesto, cujas consequências terão sérios impactos na mobilidade dos cidadãos utilizadores dos serviços da CP, são totalmente alheias à empresa ou à sua capacidade de intervenção”.

Em causa está a possibilidade de circulação de comboios com um único agente, o que os sindicatos consideram que “põe em causa a segurança ferroviária, trabalhadores, utentes e mercadorias”, e defendem, por isso, que “é preciso que não subsistam dúvidas no Regulamento Geral de Segurança (RGS)”. Os ferroviários rejeitam alterações ao RGS com o objetivo de reduzir custos operacionais.

Na semana passada, o presidente da CP – Comboios de Portugal, Carlos Gomes Nogueira, esclareceu que “há 20 anos que a regulamentação permite a circulação de comboios em regime de agente único, sendo que, no caso da CP, nunca se prescindiu de dois agentes na tripulação”.

“A tripulação composta por dois agentes é regra na CP (…), é o nosso compromisso, que foi, formalmente, apresentado junto da tutela e do Instituto da Mobilidade e dos Transportes [IMT]”, disse Carlos Gomes Nogueira.

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Cativações no regulador da saúde têm “consequências graves”, assume a presidente

  • ECO
  • 9 Junho 2018

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) já respondeu ao CDS e garante que as cativações previstas para este ano, de 9% do orçamento da entidade, terão "consequências graves" no seu desempenho.

As cativações continuam a ser notícia por afetarem a atividade dos reguladores em Portugal. Desta vez, as queixas partem da Entidade Reguladora da Saúde (ERS). Com mais de 761.000 euros cativos este ano, a presidente alerta para “consequências graves” no desempenho do regulador da saúde e aponta que a falta dessa verba “compromete a sua independência”, indica o Público este sábado (acesso condicionado).

O jornal recorda que, no ano passado, a entidade liderada por Sofia Nogueira da Silva foi privada de verbas que ascenderam a 1,375 milhões de euros. As cativações acabaram por ter “consequências inevitáveis”, com a presidente da ERS, em resposta a questões colocadas pelo CDS, a assumir que, este ano, “as cativações já registadas, e que poderão ainda registar-se, terão consequências graves para o desempenho das atividades da ERS”.

As cativações orçamentais previstas no Decreto-Lei da Execução Orçamental representam 9% do orçamento da ERS, valor que contrasta com os 23% registados no ano de 2017. Além disso, este ano, a privação de verbas não incide sobre as despesas com pessoal, ao contrário do ano passado, que levou Sofia Nogueira Silva a enfrentar dificuldades em pagar salários nos últimos meses de 2017, de acordo com o Público.

O CDS tem vindo a fazer uma ronda pelos reguladores no sentido de apurar o efeito que as cativações orçamentais tiveram nas atividades das diversas entidades. E, assim, a ERS não tem sido a única a queixar-se das cativações. Também a Autoridade da Concorrência (AdC) aproveitou as perguntas dos centristas para revelar que estima cativações na ordem dos 2,774 milhões de euros este ano, ou 23% do seu orçamento. “O montante de cativações previsto para a AdC em 2018 é, assim, cerca de 40% superior aos cativos registados em 2017”, apontou a entidade liderada por Margarida Matos Rosa.

O regulador da concorrência garantiu também que foram pagas em atraso ajudas de custo e subsídios de trabalho suplementar aos funcionários, e que não conseguiu pagar a tempo rendas relativas ao imóvel onde se situa a sede da AdC. Duas “diligências de busca e apreensão”, por suspeitas de práticas de conluio em processos de contratação pública também ficaram por fazer, como noticiou o ECO em maio.

A Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) também enfrentou cativações de cinco milhões de euros no ano passado. Estes cativos resultaram em rendas não pagas e ações de fiscalização por executar.

Já a Anacom, que regula o setor das comunicações e supervisiona empresas como a Meo, a Nos e a Vodafone, acabou por fazer finca-pé ao ministério das Finanças. A entidade encabeçada por João Cadete de Matos cancelou as cativações impostas em 2017 e 2018, respetivamente de 6,4 milhões e 3,1 milhões de euros. “Na medida em que foram efetuadas as descativações pela Anacom, não está comprometido o desempenho das nossas atribuições e competência”, respondeu a Anacom ao CDS.

Recuando a 2017, foi em junho que o ECO noticiou as declarações de Gabriela Figueiredo Dias, presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), numa audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA). Na altura, com o ano a meio, a líder da CMVM já alertava para dificuldades provocadas pelas cativações. “Não temos verbas para pagar salários do último mês do ano”, assumia, na altura.

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EDP diz que o preço da OPA é baixo. Quer detalhes do projeto industrial da China Three Gorges

A administração executiva da EDP chumbou o preço da OPA da China Three Gorges. Reconhece méritos ao projeto industrial, mas quer mais detalhes "para avaliar a qualidade do projeto".

O Conselho de Administração Executivo da EDP considera que a oferta pública de aquisição (OPA) da China Three Gorges (CTG) pela totalidade da capital da empresa a 3,26 euros por ação não reflete o valor da empresa nem incorpora um prémio de controlo da gestão. Esta é a principal conclusão da resposta oficial de António Mexia na resposta oficial à oferta, agora revelado em comunicado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), e é secundada pelo parecer anexo do Conselho Geral e de Supervisão, presidido por Luís Amado.

Esta foi uma sexta-feira longa. Depois de uma semana de reuniões intensas, a administração executiva da EDP e o Conselho Geral e de Supervisão de EDP estiveram reunidos para avaliar a resposta à OPA da China Three Gorges, que teria de ser divulgada o mais tardar até à próxima segunda-feira, dia 11. A avaliação das condições desta oferta, designadamente o preço, é da responsabilidade de gestão executiva, mas estava também já decidido que haveria, em anexo, um parecer do conselho geral. Neste contexto, Mexia cita, na reposta oficial, algumas operações internacionais comparáveis e respetivos prémios, e dá um benchmark para um valor que considera justo. Sem referir um valor específico da ação, as contas da gestão da EDP apontam para um preço justo em torno dos 3,70 euros por ação. “O Conselho de Administração Executivo considera que o preço oferecido não reflete adequadamente o valor da EDP e que o prémio implícito na Oferta é baixo considerando a prática seguida pelas empresas europeias no setor das utilities onde existiu aquisição de controlo”, lê-se na resposta da gestão. Assim, ” o Conselho de Administração Executivo não pode recomendar que os acionistas vendam as suas ações ao preço atualmente oferecido.

O Conselho de Administração Executivo considera que o preço oferecido não reflete adequadamente o valor da EDP e que o prémio implícito na Oferta é baixo considerando a prática seguida no mercado Europeu das utilities nas situações onde existiu aquisição de controlo. Assim, o Conselho de Administração Executivo não pode recomendar que os acionistas vendam as suas acções ao preço atualmente oferecido.

Conselho de Administração Executivo

Resposta da EDP à OPA da China Three Gorges

A CTG, a maior acionista da elétrica, apresentou uma oferta sobre a totalidade do capital da EDP, propondo uma contrapartida de 3,26 euros. A proposta chinesa tinha implícita um prémio de 4,8% face à última cotação antes da OPA, de 3,11 euros, mas os títulos rapidamente superaram o valor oferecido. No fecho da última sessão, as ações da EDP encerraram nos 3,376 euros. Ou seja, estão cerca de 3,5% acima do valor da OPA.

A resposta da administração da EDP não se limita à consideração sobre o preço da oferta. A gestão da elétrica considera também que a CTG tem de dar mais detalhes sobre o projeto industrial. O princípio é: “A OPA tem de ser boa para quem sai e boa para quem fica”, explicava ao ECO uma fonte de mercado. A administração executiva da EDP assinala os méritos da proposta industrial da China Three Gorges, mas quer que os chineses explicam com maior detalhe os planos que têm para o futuro da companhia, leia-se, para os que não venham a vender as suas ações. “O mérito das intenções da Oferente acima descritas depende do seu modelo de implementação, o qual não é claro nesta fase. Especificamente, nesta fase, a visibilidade sobre as opções, a execução das intenções e o impacto potencial no perfil de risco e retorno da empresa são limitadas. Assim sendo, o Conselho de Administração Executivo necessita de mais informações de forma a poder formar uma opinião suportada”. Neste contexto, a administração executiva acrescenta: “Considerando os riscos identificados neste Relatório e de modo a poderem tomar uma decisão ponderada, os acionistas devem ter acesso a informação adequada de forma a estarem em condições de avaliar as intenções da Oferente, o seu modelo de implementação e respetivo impacto financeiro”.

Depois da primeira avaliação da administração da EDP, dias depois do anúncio preliminar da OPA, na qual já indicava que o preço era baixo, a China Three Gorges (CTG) fez saber que não estava disposta a mexer no preço oferecido. Mas quer entregar à empresa liderada por António Mexia os seus ativos no Brasil, Alemanha e sudeste asiático, mas também nos países de língua portuguesa. Isto traduz-se, diz a CTG, num investimento de 20 mil milhões que permitirá reforçar o crescimento da elétrica tanto na Europa como na América.

Perante a resposta da administração executiva, o parecer do Conselho Geral e de Supervisão valida esta posição. “No âmbito dos seus poderes de supervisão do Conselho de Administração Executivo, em particular no que respeita ao cumprimento das regras legais aplicáveis, também no contexto de uma oferta pública de aquisição, o Conselho Geral e de Supervisão considera adequada a opinião expressa no Relatório do Conselho de Administração Executivo”. Esta posição unânime do conselho geral, onde estão representados os acionistas e também inclui administradores não executivos independentes, foi feito sem o voto dos administradores que estão em nome dos chineses, como Eduardo Catroga, e de Nuno Amado, do BCP, o intermediário financeiro dos chineses na operação.

Além da resposta à OPA sobre a EDP, também a administração da EDP Renováveis emitiu um parecer sobre a oferta que os chineses lançaram, em simultâneo, sobre a sociedade que controla o negócio das renováveis. E as conclusões não são diferentes: Perante a oferta de 7,33 euros por ação, “o Conselho de Administração da EDP Renováveis considera que a contrapartida da Oferta não traduz de forma adequada o valor da EDP Renováveis”. Mas não só. “Uma vez que a Oferta [sobre a EDP Renováveis] e a Oferta EDP estão relacionadas, e considerando que, em 2017, a EDP Renováveis representou 39% do EBITDA recorrente do Grupo EDP, o resultado positivo da Oferta e da Oferta EDP representaria a aquisição da EDP Renováveis sem a incorporação de um prémio aos acionistas minoritários da EDP Renováveis”.

Face ao exposto, o Conselho de Administração da EDP Renováveis recomenda não aceitar o preço da Oferta. Ao mesmo tempo, as potenciais implicações e desfechos regulatórios, em particular aqueles que poderão afetar a atividade nos Estados Unidos, não são claros e poderão ter impacto na estratégia e perspetivas de crescimento da EDP Renováveis. Acresce que o Conselho de Administração considera que o calendário proposto subjacente à oferta poderá não corresponder aos melhores interesses dos acionistas da EDP Renováveis e deveria ser clarificado.

Conselho de Administração da EDP

Resposta à OPA da China Three Gorges

Para a administração da EDP Renováveis, as duas operações devem ser sequenciais, e não simultâneas, como é proposto, ” significando que o período da Oferta apenas se iniciaria após a conclusão com sucesso da Oferta da EDP”. Assim, ” o Conselho de Administração considera que é da maior importância clarificar os calendários das ofertas”.

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Tribunal chumba acordo entre a Lisgráfica e os credores

Em causa está um acordo com os credores ao abrigo do Plano Especial de Revitalização da empresa que teve início a 27 de junho do ano passado.

A Lisgráfica anunciou esta sexta-feira que o tribunal se recusou a homologar o acordo que a empresa tinha concluído com os credores ao abrigo do Plano Especial de Revitalização (PER) iniciado há quase um ano.

Em comunicado enviado à CMVM, a empresa diz que “foi notificada de que foi proferido despacho judicial do Juiz 1 do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste, Juízo de Comércio de Sintra que recusa a homologação do acordo concluído entre a Lisgráfica e os seus credores”.

Em causa está um PER iniciado pela Lisgráfica a 27 de junho do ano passado, processo que entretanto em fevereiro deste ano foi homologado pelo Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste — Juízo de Comércio de Sintra.

Este chumbo surge depois de no final do ano passado os credores terem aprovado o PER que previa a reestruturação da divida financeira da da Lisgráfica, tendo o BCP a palavra determinante, tendo em conta que reclama mais de metade dos 80 milhões de euro de dívida total.

A recusa surge também poucos dias depois de a Lisgráfica ter reportado um agravamento das suas perdas nos três primeiros meses deste ano. A 30 de maio a Lisgráfica anunciou prejuízos de 489 mil euros no primeiro trimestre, o que corresponde a um agravamento de 30% face às perdas sofridas no período homólogo.

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Enfermeiros marcam greve a horas extra a partir de 1 de julho

  • Lusa
  • 8 Junho 2018

Foi entregue pelo Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem e o Sindicato dos Enfermeiros um pré-aviso de greve a horas extra que durará um período indeterminado de tempo.

O Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem (SIPE) e o Sindicato dos Enfermeiros (SE), que constituem a plataforma FENSE, apresentaram esta sexta-feira um pré-aviso de greve a horas extra, a partir de 1 de julho e por tempo indeterminado.

A greve, segundo o pré-aviso, abrange todos os profissionais que excedam as 35 horas semanais de trabalho ou as 42 no caso de horário acrescido.

José Correia Azevedo, do Sindicato dos Enfermeiros, explicou à Lusa que os motivos da greve não são económicos, mas sim a exigência de que se cumpra a lei, no caso “o acordo coletivo de trabalho que diz que os enfermeiros tem direito a um horário normal de 35 horas”, podendo ter também um horário alargado, que é opcional, com aumento de salário.

O que os sindicatos não admitem, disse o sindicalista, é que se exceda esse horário, havendo escalas de serviço para julho em que ele não está a ser respeitado, “como se não tivesse sido assinado o acordo”.

Para colmatar falhas de pessoal põem os enfermeiros a fazer 12 e 14 horas seguidas. A greve que decretamos é contra estes abusos”, disse à Lusa.

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Tensão entre países do G7 alivia. Wall Street avança

As ações norte-americanas terminaram a semana em alta, com os títulos dos setores de cuidados de saúde e de bens de consumo a destacarem-se pela positiva. Nota negativa para a Apple.

As bolsas norte-americanas entraram na última sessão da semana no vermelho, mas acabaram por inverter de rumo, com o alívio da tensão entre os países do G7 a ditar um fecho positivo em Wall Street.

O S&P 500 valorizou 0,31%, para os 2.778,97 pontos, animado pelos ganhos dos títulos do setor de cuidados de saúde, mas também de bens de consumo. Já o Dow Jones e o Nasdaq somaram 0,3% e 0,14%, respetivamente, para os 25.316.53 e 7.645,51 pontos.

Os investidores terão deixado de lado as preocupações relativamente às relações dos EUA com os seus maiores parceiros comerciais depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, ter chegou ao Canadá nesta sexta-feira para o que era esperado ser uma tensa reunião com outros líderes dos países que integram o G7.

O presidente francês, Emmanuel Macron, e Donald Trump, que trocaram trocaram mensagens antes da reunião da cúpula do G7 tiveram uma “muito cordial” discussão sobre comércio e a Coreia do Norte, disse um representante francês.

“Os investidores não estão realmente a negociar com base nas grandes notícias do dia que é o G7”, disse Katrina Lamb, responsável pela estratégia de investimento e de research da MV Financial, citada pela Reuters. “Esse tema vai ser relevante em algum momento. A ótica do G7 por si só é algo que deve preocupar as pessoas, mas em termos do efeito prático imediato, provavelmente não muito”, acrescentou.

Entre as cotadas norte-americanas que mais sobressaíram pela positiva, destaque para a Procter & Gamble, que deu seguimento aos ganhos da sessão anterior. As suas ações somaram perto de 2%. No setor da saúde, referência para a Allergan, cujos títulos avançaram 4%.

Nota negativa para a Apple que viu as suas ações recuarem perto de 1%, depois de ter anunciado que pretende produzir 80 milhões de novos modelos de iPhone, o que representa uma quebra de 20% relativamente ao que tinha planeado no ano passado.

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Sporting: Justiça legitima Marta Soares mas diz não haver condições de segurança para avançar com Assembleia Geral

  • Lusa
  • 8 Junho 2018

O tribunal considerou que Marta Soares tem legitimidade para convocar reunião magna de 23 de junho, mas alertou que não há condições de segurança para a sua realização.

A providência cautelar apresentada pela Mesa da Assembleia Geral do Sporting considera que este órgão, demissionário, tem legitimidade para convocar a reunião magna em 23 de junho, admitindo a inexistência de condições materiais para a realizar, segundo Marta Soares.

Em comunicado, o presidente demissionário da MAG (Jaime Marta Soares) defende que a providência cautelar lhe conferiu legitimidade para convocar a Assembleia Geral (AG), atestando que está “em pleno exercício de funções”.

No entanto, de acordo com o comunicado de Jaime Marta Soares, o Tribunal considera que não estão garantidos os meios necessários para a realização da referida Assembleia Geral.

O Tribunal considera que os meios solicitados para a realização da referida AG não são adequados a garantir que a AG não se possa transformar “num risco para a integridade física dos participantes’, ou seja “dos sócios do Sporting Clube de Portugal, que o presidente da MAG considerou que importaria assegurar e salvaguardar”, lê-se no comunicado de Jaime Marta Soares.

Nesse sentido, o presidente demissionário da MAG ‘leonina’ reiterou o pedido ao Conselho Diretivo do Sporting “para que tome todas as medidas necessárias para assegurar a realização da AG de dia 23 de junho de 2018, com as medidas de segurança necessárias para que os sócios do Clube possam participar e exercer os seus direitos”.

Na passada quarta-feira, em conferência de imprensa, o presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, assegurou que não se iria realizar a AG destitutiva em 23 de junho, considerando que o Conselho Diretivo é o único órgão legitimado e que MAG e que o Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) se demitiram.

Desde 15 de maio que o Sporting vive uma situação conturbada, desencadeada pela invasão da Academia do clube, em Alcochete, onde alguns futebolistas e elementos da equipa técnica foram agredidos, a que se seguiu a derrota na final da Taça de Portugal.

Paralelamente, o ‘team manager’ do Sporting, André Geraldes, foi constituído arguido no âmbito de uma investigação sobre alegados atos de tentativa de viciação de resultados.

Depois estes acontecimentos, a maioria dos membros MAG e do Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) e parte da direção apresentaram a sua demissão, defendendo que o presidente Bruno de Carvalho não tinha condições para permanecer no cargo.

Após duas reuniões dos órgãos sociais, o presidente demissionário da MAG, Jaime Marta Soares, marcou uma AG para votar a destituição do CD, para 23 de junho – sobre a qual foi interposta uma providência cautelar para a sua realização pela MAG – e nomeou uma comissão de fiscalização para evitar o vazio provocado pela demissão da maioria dos elementos do CFD.

O CD do Sporting, que não reconhece legalidade a estas decisões, criou uma Comissão Transitória da MAG, que, por sua vez, convocou uma AG para o dia 17 de junho, para aprovação do Orçamento da época 2018/19, análise da situação do clube e esclarecimento aos sócios, e decidiu marcar uma AG Eleitoral para a MAG e para o CFD para o dia 21 de julho.

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