? O que é o dividendo? Perguntou ao Google, nós respondemos

Tem dúvidas sobre o que significa um conceito da área económica ou financeira? Não pergunte ao Google — pergunte ao ECO. Envie as suas perguntas e sugestões para [email protected]. Alguns temas selecionados poderão merecer um vídeo explicativo como este.

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Eles recebem milhões em dividendos. Saiba quem ganha mais na bolsa de Lisboa

Um terço dos dividendos do PSI-20 vai para os bolsos de apenas seis acionistas. Quem são eles?

O que têm em comum as famílias Soares dos Santos, Amorim e Azevedo com os investidores internacionais China Three Gorges, Capital Group e Isabel dos Santos? São estes os campeões dos dividendos na bolsa de Lisboa.

Feitas as contas, um total de 600 milhões de euros em dividendos vão para aos bolsos destes seis acionistas de referência da nossa praça, segundo cálculos do ECO. Isto representa quase um terço do lucro que as cotadas nacionais vão partilhar nesta temporada de resultados.

Apesar da quebra do lucro, a Jerónimo Martins foi mãos largas e vai dar tudo o que lucrou em 2017 aos seus acionistas: 385 milhões de euros. Quem ganha com esta política de remuneração acionista generosa da dona do Pingo Doce? A família Soares dos Santos, que controla 56% do capital da Jerónimo Martins através da Sociedade Francisco Manuel dos Santos, vai receber 204 milhões de euros.

Quem ganha mais com os dividendos?

Fonte: Reuters e CMVM

Atrás da família Soares dos Santos surge a China Three Gorges, que detém 23,27% da EDP. A elétrica liderada por António Mexia vai distribuir um dividendo de 19 cêntimos por ação. Isto dá direito a um cheque de 161 milhões de euros para o acionista chinês. Dentro da estrutura acionista da EDP há outro investidor com razões para sorrir: é o fundo Capital Group, cuja posição de 12% confere o direito a um dividendo de 83 milhões de euros.

Devido às suas posições na Galp e Corticeira Amorim, a família Amorim levará para casa um total de 98,6 milhões de euros, assumindo a terceira posição do ranking elaborado pelo ECO.

A família Azevedo e a Isabel dos Santos também estão entre aqueles que mais vão ganhar com dividendos: o clã Azevedo pode esperar cerca de 75 milhões de euros em função dos seus interesses na Sonae e na Nos; a empresária angolana tem dinheiro investido na Galp e Nos e esse investimento deverá render perto de 61 milhões de euros.

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Cotadas têm mais lucros, mas acionistas vão receber os mesmos dividendos

Cotadas viram o lucro subir, mas vão dar menos dinheiro aos acionistas. Dividendos deverão ficar nos 2,3 mil milhões de euros. Por cada euro lucrado, 65 cêntimos vai para o bolso dos investidores.

Os lucros até podem ter subido em 2017 à boleia da economia, mas as cotadas do PSI-20 nem por isso vão partilhar mais dinheiro pelos acionistas. Contas feitas, por cada euro lucrado no ano passado, 65 cêntimos vão parar ao bolso dos acionistas, uma remuneração inferior à do ano passado. O bolo total dos dividendos deverá manter-se nos 2,3 mil milhões de euros.

Está a chegar uma das épocas mais interessantes para os investidores: os dividendos. Mas se 2017 foi um bom ano para as cotadas portuguesas, que terão visto o lucro subir 10%, elas vão distribuir menos dos seus rendimentos pelo mercado: apenas 65% dos resultados vai servir para remunerar os acionistas (o chamado payout), segundo as estimativas dos analistas sondados pela agência financeira Reuters. Em 2017, o payout foi superior a 70%.

“A política de dividendos pode ser utilizada para transmitir sinais aos investidores, mas a sua evolução é geralmente lenta, traduzindo o facto de a principal preocupação ser evitar o anúncio de um corte no dividendo a pagar, tendo em conta o impacto negativo em termos de sentimento”, explica Albino Oliveira, gestor da Patris, ao ECO.

“A política de dividendos está usualmente relacionada com a evolução da situação financeira das empresas, as oportunidades de crescimento disponíveis e as expectativas para a evolução da atividade operacional nos próximos anos. (…) A manter-se um enquadramento económico favorável, a expectativa seria de subida no montante total de dividendos distribuídos pelas cotadas”, contextualiza.

Empresas só vão dar 60% do lucro que tiveram em 2017

 

Em Lisboa, as contas finais ainda estão longe de fechadas. Na verdade, a temporada de resultados no PSI-20 ainda vai a meio. Ainda assim, o cenário tem sido globalmente positivo até ao momento: das nove cotadas que já prestaram contas, seis superaram as estimativas dos analistas.

Esse foi o caso do BCP, que registou lucros de 186 milhões de euros, mas não vai dar dividendos — isso só deverá acontecer em 2019, já avisou o presidente Nuno Amado. Foi também o caso da Galp. O lucro da petrolífera portuguesa subiu para 602 milhões de euros e deu margem a Carlos Gomes da Silva para premiar os acionistas com um aumento do dividendo em 10%, dos 50 cêntimos para os 55 cêntimos. Vai assim entregar 75% do resultado, cerca de 456 milhões de euros a dividir pela Amorim Energia (da família Amorim, Sonangol e Isabel dos Santos), Estado português (Parpública) e demais acionistas.

Mais de metade do valor global dos dividendos vem de duas cotadas: a Galp e a EDP. Não é propriamente uma novidade que elétrica liderada por António Mexia dá dividendo mais interessante para os acionistas em termos absolutos. Mas este ano há dois fenómenos que reforçam este estatuto: a Naturgas e EDP Gas, cujas vendas permitiram um encaixe superior a 3.000 milhões de euros. Foi dinheiro extra que entrou nos cofres da EDP e que foi canalizado em parte para abater a dívida. Outra parte transitou para o lucro de 1.113 milhões anunciado esta quinta-feira e chegará às mãos dos acionistas sob a forma de dividendo de 19 cêntimos.

Quem paga mais dividendos em Lisboa?

Fonte: Reuters

Nem tudo são boas notícias. Que digam os CTT, que baixaram o dividendo dos 48 para os 38 cêntimos por causa da deterioração do negócio do tráfego postal. Francisco Lacerda já abriu a porta a mais cortes na remuneração acionista ao anunciar que o dividendo vai acompanhar a evolução dos resultados, e isto numa altura em que o plano de reestruturação anunciado em dezembro sob forte contestação pública e política. As contas do operador postal só serão apresentadas a 7 de março e as estimativas apontam para um lucro de apenas 46 milhões de euros… bem abaixo dos 56,7 milhões que vai dar aos acionistas em dividendos. Ou seja, o payout deverá situar-se nos 122%.

Olhando para o panorama da bolsa portuguesa encontramos mais situações em que os dividendos vão superar os lucros: na Nos, há expectativa de que a operadora venha a distribuir 129 milhões de euros pelos acionistas face ao lucro de 118 milhões; na Sonae Capital, apesar dos prejuízos, a empresa deverá manter o dividendo de 24,45 milhões. A Jerónimo Martins lucrou menos, mas avançou com uma remuneração extraordinária, entregando todo o lucro de 2017 aos investidores.

Mas atenção, alerta a equipa de research do BiG: “Caso a empresa pague de forma consistente (por vários anos) mais em dividendos do que gera em lucros, ou seja tem um payout superior a 100%, a sustentabilidade dos dividendos poderá ser um fator de preocupação, dado que a empresa terá que aceder a reservas de capital próprio, ou ao mercado de dívida, para obter o diferencial entre os dividendos distribuídos e os lucros gerados, uma ‘solução’ que é insustentável se aplicável repetidamente.”

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Itália está preocupada enquanto a Europa se mostra indiferente às eleições no país

As eleições italianas são o assunto do momento nos mercados financeiros, mas as bolsas europeias não se mostram preocupadas. O contrário passa-se com a Itália.

No arranque da semana, os investidores acordaram com as primeiras projeções das eleições italianas, que dão vantagem ao Movimento 5 Estrelas, mas sem uma maioria absoluta. Face a estes resultados, as principais bolsas europeias mostram-se tranquilas, ao contrário do que se passa com a bolsa da terceira maior economia do mundo, que se mostra preocupada com o seu rumo político.

Em altura de eleições, em Itália, a FTSE MIB segue a perder 1,10% para os 21.670,18 pontos. No entanto, na Europa, o cenário é diferente, com o índice de referência europeu — Stoxx 600 –, a avançar 0,27% para os 368,02 euros. Também por cá, ainda que a bolsa de Lisboa tenha arrancado a primeira sessão da semana a perder, acabou por recuperar e segue a somar 0,36% para os 5.386,060 pontos.

O mesmo se verificou com o espanhol Ibex-35, que iniciou a perder 0,09% para os 9.522,3 pontos, acabando por reverter a tendência, estando agora a valorizar 0,25% para os 9.555,3 pontos. Mais ao lado, o francês CAC-40 está a somar 0,40% para os 5.156,89 pontos, um desempenho semelhante ao verificado na Alemanha. O principal índice bolsista alemão (Dax) avança 0,35% para os 11.953,70 pontos. A bolsa de Londres também se mantém no verde a somar 0,38% para os 7.098,50 pontos.

De acordo com as sondagens à boca das urnas, o Movimento 5 Estrelas soma vantagem mas, de acordo com as previsões, não chegará a uma maioria de direita. Esta manhã, o Ministério do Interior Italiano dava conta de que, com 69% dos votos apurados, 31,48% dos italianos terá escolhido o Movimento 5 Estrelas. No entanto, estes resultados não dão ao movimento a maioria para governar. Por outro lado, a coligação centro-direita conta, de acordo com a mesma fonte, com 37% dos votos, o que pode converter o bloco na primeira força parlamentar do país.

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Lisboa inverte o rumo. Universo EDP dá energia à bolsa

Bolsa de Lisboa mudou de rumo e já segue no verde. Ganhos em torno de 1% da EDP e da EDP Renováveis suportam o PSI-20 em alta.

A bolsa de Lisboa iniciou a semana com perdas na ordem dos 0,5%, mas rapidamente inverteu de rumo apoiada pela valorização das ações do universo EDP, mas também da Nos e Navigator.

O PSI-20 segue a valorizar 0,21%, para os 5.378,2 pontos, com 11 títulos em terreno positivo e sete em queda, com a bolsa nacional a seguir o rumo das pares europeias que parecem não valorizar o aparente impasse eleitoral em Itália. O índice europeu Stoxx 600 segue a a ganhar 0,58%.

Os títulos do universo EDP são os que mais ajudam a suportar o rumo da bolsa nacional. As ações da EDP somam 0,79%, para os 2,811 euros, no dia em que o Jornal de Negócios (acesso pago) avança que a EDP não terá de pagar uma multa de 7,5 milhões de euros, naquela que seria a coima mais alta de sempre aplicada pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

Por sua vez, a EDP Renováveis avança 0,78%, para os 7,14 euros em bolsa. O mesmo sentido é seguido pela Nos, com as suas ações a valorizarem 1,5%, para os 4,876 euros, enquanto as da Navigator dão fôlego adicional com um ganho de 0,65%, para os 4,326 euros.

Em terreno negativo, destaque para o BCP que se mantém no vermelho, travando o avanço do PSI-20. As ações do banco liderado por Nuno Amado recuam 0,93%, para os 30,92 cêntimos, apesar de o BCP ter anunciado que vai ser reintegrado no Stoxx 600 na passada quinta-feira. A contribuir para este cenário de perdas estão ainda os CTT. Os títulos da empresa liderada por Francisco Lacerda recuam 0,67%, para os 3,286 euros.

(Notícia atualizada às 10h20 com novas cotações)

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Hoje nas notícias: Isabel dos Santos, Fisco e crédito

  • ECO
  • 5 Março 2018

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que marcam o dia.

O arranque da semana fica marcado pela entrevista de Isabel dos Santos, na qual a empresária angolana classifica as acusações de que foi alvo, por parte do atual presidente da Sonangol, como “completamente infundadas”. É também noticiada a investigação do Fisco a contratos-promessa de compra e venda de imóveis cedidos a terceiros por valores superiores aos dados por sinal. Referência também para a reintrodução dos empréstimos a alunos do ensino superior, tendo o Estado como fiador.

Isabel dos Santos: “O presidente da Sonangol é um mentiroso”

Isabel dos Santos classifica como “normal” o facto da Procuradoria-Geral da República de Angola ter aberto um inquérito, na sequência das denúncias à sua gestão da Sonangol feitas pelo atual presidente da petrolífera. Em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago), a empresária classifica as acusações de que foi alvo por parte de Carlos Saturnino como “completamente infundadas”.

Governo vai relançar empréstimos a alunos do ensino superior

No próximo ano letivo vai voltar a ser possível aos alunos do ensino superior pedir empréstimos para estudar tendo o Estado como fiador. A promessa da reintrodução do mecanismo suspenso desde 2015 já tinha sido feita no ano passado mas, desta vez o Governo garante que a solução vai mesmo avançar. Segundo avança o Público na edição desta segunda-feira (acesso condicionado), as regras serão mais simples e o programa orientado para quem quer tirar um mestrado ou doutoramento.

Fisco ignora Governo e esconde regras do IRS

A Autoridade Tributária continua sem divulgar as regras de liquidação do IRS e os critérios que fundamentam as suas decisões, apesar de ter ordens expressas do Governo nesse sentido. Já nas informações vinculativas há alguns avanços, embora nem todas estejam publicadas, avança o Jornal de negócios na edição desta segunda-feira (acesso pago).

Há quem ganhe dinheiro a vender contratos promessa

Há pessoas a fazer dinheiro no mercado imobiliário sem chegar a comprar ou a vender uma casa. Cedem a sua posição num contrato-promessa de compra e venda a um terceiro e recebem em troca um valor superior ao que deram de sinal, explica o Diário de Notícias nesta segunda-feira (acesso pago), salientando, contudo, que esta solução não é nova mas está a ganhar dimensão. Esta movimentação está a ser acompanhada pelo Fisco porque, na maioria das situações, as cedências de posição dão lugar a pagamento de IMT.

Termas voltam a ser comparticipadas pelo Estado

Os cuidados de saúde prestados em termas de Portugal vão voltar a ser comparticipadas pelo Estado, depois de os reembolsos terem sido suspensos na sequência da chegada da troika ao país, em 2011. De acordo com o Jornal de Notícias (acesso pago), mais do que repor a situação anterior, o grupo de trabalho formado há dias e que reúne esta segunda-feira, pela primeira vez, irá propor um novo modelo que integra os tratamentos no Serviço Nacional de Saúde (SNS). A medida deverá ser posta em prática já no segundo semestre deste ano.

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“A forma da água” conquista Academia nos Óscares mais femininos e latinos da história

Teatro Dolby consagrou "A forma da água", do mexicano Guuillermo del Toro, como filme do ano. Realizador levou dois Óscares para casa.

Em cinco anos, quatro Óscares. O realizador mexicano Guillermo del Toro foi ao Teatro Dolby para arrecadar mais duas estatuetas durante a madrugada desta segunda-feira. O filme que assina, “A forma da água”, arrecadou o Óscar de Melhor filme do ano e ele, o realizador, levou também para casa o Óscar na categoria de Melhor Realizador. Das 13 nomeações, o filme venceu em quatro.

“Sou imigrante, como os meus, e como muitos de vocês”, sublinhou o mexicano no discurso de agradecimento, sublinhando a importância da indústria cinematográfica no processo de “ajudar a apagar as linhas na areia”.

Nos Óscares “mais femininos, negros e latinos da história”, como lhes chama o El País, Francis McDormand (Três cartazes à beira da estrada) levou a estatueta de Melhor atriz principal. Já o Melhor ator principal foi para Gary Oldman (A hora mais negra).

“Somos sonhadores. Crescemos a sonhar com o dia em que trabalharíamos a fazer filmes. Os sonhos são o fundamento da América”, disseram juntos, em palco, Lupita Nyong’o, norte-americana negra de origem mexicana, e Kumail Nanjiani, paquistanês criado no estado de Iowa.

Veja a lista completa de vencedores:

  • Melhor Filme: “The Shape of Water” (“A Forma da Água”);
  • Melhor Ator: Gary Oldman, em “Darkest Hour” (“A Hora Mais Negra”);
  • Melhor Atriz: Frances McDormand, em “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri” (“Três Cartazes à Beira da Estrada”);
  • Melhor Ator Secundário: Sam Rockwell, em “Three Billboards Outside Ebbing, Missouri” (“Três Cartazes à Beira da Estrada”);
  • Melhor Atriz Secundária: Allison Janney, em “I, Tonya” (“Eu, Tonya”);
  • Melhor Realizador: Guillermo del Toro, “The Shape of Water” (“A Forma da Água”)
  • Melhor Filme de Animação: “Coco”;
  • Melhor Curta de Animação: “Dear Basketball”;
  • Melhor Curta-Metragem: “The Silent Child”;
  • Melhor Documentário: “Icarus” (Bryan Fogel e Dan Cogan);
  • Melhor Curta Documental: “Heaven is a Traffic Jam on the 405”;
  • Melhor Montagem: Lee Smith, em “Dunkirk”;
  • Melhor Filme Estrangeiro: “Una Mujer Fantástica” (“Uma Mulher Fantástica”), do Chile;
  • Melhor Fotografia: Roger Deakins, em “Blade Runner 2049”;
  • Melhor Guarda-Roupa: Mark Bridges, em “Phantom Thread” (“A Linha Fantasma”);
  • Melhor Caracterização: Kazuhiro Tsuji, David Malinowski e Lucy Sibbick, em ”Darkest Hour” (“A Hora Mais Negra”);
  • Melhor Banda Sonora: Alexandre Desplat, em “The Shape of Water” (“A Forma da Água);
  • Melhor Canção Original: “Remember Me” (Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez), do filme “Coco”;
  • Melhor Direção de Arte: Paul Denham Austerberry, Shane Vieau e Jeff Melvin, em “The Shape of Water” (“A Forma da Água”);
  • Melhor Edição Sonora: Richard King e Alex Gibson, em “Dunkirk”;
  • Melhor Mistura de Som: Mark Weingarten, Gregg Landaker e Gary A. Rizzo, em “Dunkirk”;
  • Melhores Efeitos Visuais: John Nelson, Paul Lambert, Richard R. Hoover e Gerd Nefzer, em “Blade Runner 2049”;
  • Melhor Argumento Original: Jordan Peele, em “Get Out”;
  • Melhor Argumento Adaptado: James Ivory, em “Call Me By Your Name” (“Chama-me Pelo Teu Nome”).

 

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Itália: Coligação centro-direita pode ser primeira força parlamentar do país

  • ECO
  • 5 Março 2018

Ministério do Interior italiano dá vitória a Movimento 5 Estrelas, com 31,48% dos votos, com 69% do total contabilizados. Falta de maioria pode levar centro-direita a ser primeira força parlamentar.

Nem 5 Estrelas, nem coligação de Berlusconi. As sondagens à boca das urnas das eleições italianas dão vantagem ao Movimento 5 Estrelas mas os resultados, de acordo com as previsões, não chegarão a uma maioria de direita. Já esta manhã, o Ministério do Interior italiano dá conta de que, com 69% dos votos apurados, 31,48% dos italianos escolheu o Movimento 5 Estrelas. No entanto, estes resultados não dão ao movimento a maioria para governar.

Por outro lado, a coligação centro-direita conta, de acordo com a mesma fonte, com 37% dos votos, o que pode converter o bloco na primeira força parlamentar do país.

O partido de Matteo Salvini, Liga, conta até agora com 18,4% dos votos dos italianos, à frente de Força Itália de Berlusconi, quatro pontos percentuais abaixo.

Projeções

Ontem à noite, as projeções divulgadas pela RAI, cerca de uma hora antes de as urnas de voto fecharem, já davam a vitória à direita mas sem nenhum dos blocos a aproximar-se da maioria absoluta. As previsões indicavam que a coligação de direita e extrema-direita deveria alcançar entre 33,5 e 36,6% dos votos no Senado e, entre 33 e 36% na Câmara dos Deputados. As primeiras estimativas davam a vitória como partido individual ao Movimento 5 Estrelas, com entre 31 e 32% no Senado e entre 29,5 a 32,5% na Câmara.

Já a coligação de centro-esquerda, encabeçada pelo Partido Democrático, estimava-se que conseguisse entre 22,5 a 28%, e 24,5 a 27,5% no Senado e na Câmara, respetivamente.

Sem maioria absoluta de qualquer um dos blocos, nem no Senado nem no Câmara, será o Presidente da República a decidir: seguir-se-á, ou um pedido a um líder para formar governo, ou a formação de uma coligação entre a centro-esquerda com a direita ou, numa terceira opção, a constatação de que nenhuma das partes tem condições para governar.

Notícia atualizada às 7h19.

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5 coisas que vão marcar o dia

Dia de estatísticas: Eurostat divulga o índice de vendas a retalho, Banco de Portugal publica taxas de juro de novos empréstimos, IHS Markit revela o índice PMI e Grécia divulga dados do PIB.

Segunda-feira arranca com os investidores de olhos postos nas bolsas. Na semana passada, as bolsas norte-americanas somaram quatro sessões consecutivas de quedas, depois de Donald Trump ter dado início ao que poderá ser uma guerra comercial. No campo das estatísticas, o Eurostat divulga o índice de vendas a retalho, o Banco de Portugal publica dados das taxas de juro de novos empréstimos e a IHS Markit revela o mais recente índice PMI. Será também dia de conhecer os dados preliminares da evolução da economia grega.

Como reagem os mercados à guerra comercial de Trump?

Donald Trump atirou as bolsas norte-americanas para uma semana de quedas, depois de ter anunciado que vai avançar com taxas agravadas sobre aço e alumínio importados. A guerra comercial lançada pelo presidente norte-americano está a assustar os investidores, que temem os efeitos negativos desta medida sobre as grandes empresas, e já há analistas que alertam para o impacto sobre a economia. No arranque desta semana, os olhos estarão postos nos grandes índices acionistas norte-americanos, bem como nas bolsas asiáticas, que também foram penalizadas pela decisão de Trump.

Eurostat divulga dados das vendas a retalho

O Eurostat vai divulgar o índice de vendas a retalho, nos países da União Europeia, em janeiro deste ano. No conjunto do ano passado, o comércio a retalho acelerou 2,6%, quer na Zona Euro, quer na União Europeia. Os maiores aumentos vieram de Malta, Roménia e Polónia, tendo sido assinaladas quebras no Luxemburgo e na Bélgica. Em Portugal, o índice de vendas a retalho subiu 5% em termos homólogos.

Banco de Portugal publica estatísticas dos juros do crédito

O Banco de Portugal vai publicar as estatísticas mais recentes das taxas de juro cobradas nos novos empréstimos bancários. Os juros praticados pela banca têm estado em mínimos históricos, ao mesmo tempo que a concessão de crédito cresce a um ritmo que já começa a preocupar o regulador. Portugal fechou o ano com uma taxa de juro média de 2,16% exigida às empresas. Quanto às famílias, o juro médio fixou-se em 1,57% no crédito à habitação e 6,88% no crédito ao consumo.

Atividade económica continua em máximos?

A IHS vai publicar o índice PMI — que mede a atividade económica da indústria e dos serviços — relativo a fevereiro deste ano. No arranque do ano, o índice de compras de gestores da Zona Euro atingiu um máximo de quase 12 anos, acompanhado por uma criação de postos de trabalho sem comparação desde o final de 200. Há 55 meses consecutivos que este índice regista subidas, fixando-se nos 58,8 pontos em janeiro.

Grécia divulga dados do PIB

As autoridades gregas vão divulgar os dados preliminares da evolução do produto interno bruto (PIB) do país no quarto trimestre e no conjunto do ano de 2017. A economia grega deu sinais positivos no ano passado: cresceu 0,7% no primeiro trimestre, 0,8% no segundo e acelerou para 1,3% no terceiro trimestre, face a iguais períodos de 2016, ano em que tinha ficado estagnada. Depois de oito anos de recessão, durante os quais a Grécia perdeu cerca de 25% do PIB, o país começará, em 2017, a recuperação.

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Isabel dos Santos desafia presidente da Sonangol a demitir-se. Uma resposta em sete pontos

A resposta de Isabel dos Santos às acusações do atual presidente da Sonangol é longa, e violenta. Convida-o até a provar as acusações ou a demitir-se. Conheça os sete pontos da resposta.

Isabel dos Santos acusa Carlos Saturnino, atual presidente da Sonangol, de “procurar buscar um bode expiatório, para esconder o passado negro” da empresa e o que classifica de “falência” em que a encontrou. “Ora, isto não passa de uma manobra de diversão, para enganar o povo sobre quem realmente afundou a Sonangol”. E descreve, em sete pontos, com números e datas, o que fez em 18 meses à frente do conselho de administração da empresa. “Conforme afirmado pelo atual conselho de administração, o resultado da minha gestão exercida até 15 de Novembro de 2017 resultou num aumentou de lucros da Sonangol em 177%, e atingiu 224 milhões de dólares, e a dívida foi reduzida em 50%”.

O que se percebe desta resposta? O movimento de Isabel dos Santos, surpreendente pela dureza, também é uma resposta às acusações e sobretudo fica claro que a empresária está disponível para revelar, pela primeira vez, o que encontrou quando assumiu funções. Diz-se disponível para prestar todos os esclarecimentos, deixando implícito uma reposta ao inquérito já anunciado pela PGR de Angola, e avança que vai defender os seus direitos. Mas mais: A empresária desafia o presidente da Sonangol a apresentar provas das acusações que faz ou, então, a apresentar a demissão. Quais são esses sete pontos?

  • O Programa de Reestruturação da Sonangol

Isabel dos Santos sinaliza que a situação de pré-falência da Sonangol foi revelada pelo anterior conselho de administração liderado por Francisco Lemos. E questiona: “Porquê Carlos Saturnino fabrica estas mentiras e põem em causa as decisões tomadas pelo anterior Conselho de Administração e pelo Executivo? Trata-se de nada mais que um circo, uma encenação! Procurar buscar um bode expiatório, para esconder o passado negro da Sonangol”. Assim, diretamente, fica claro o que Isabel dos Santos encontrou. “A Sonangol, que supostamente deveria ser a segunda maior empresa de África, soube se de repente que estava falida, e incapaz de pagar a sua dívida bancária. Em consequência deste facto, o Executivo angolano tomou a decisão de criar a Comissão de Reestruturação do Sector dos Petróleos, e de contratar um grupo de consultores externos”.

A empresária explica como é que foi contratada a empresa Matter, no seguimento de decisões do anterior conselho e com envolvimento do próprio governo, como gestora transversal de todo o projeto de reestruturação. “A Matter foi o gestor transversal do projecto, foi a entidade coordenadora, e gestora dos diversos programas de consultoria prestados no âmbito da reestruturação da Sonangol, nomeadamente pelos consultores: PriceWaterCoppers, Boston Consulting Group, ODKAS, UCALL, VDA, MacKinsey, etc., e que teve a responsabilidade de otimizar os custos, prestações e resultados da consultoria”.
Neste contexto, Isabel dos Santos considera que as palavras de Carlos Saturnino põem em causa uma decisão do próprio governo de reestruturar a Sonangol. “Significa negar o facto que a Sonangol estava falida”, escreve a empresária no comunicado.

  • Os custos com os consultores

Isabel dos Santos garante que a administração da Sonangol a que presidiu foi a que menos gastou com consultores nos últimos cinco anos. E dá números. “Ao contrário das suas afirmações [de Carlos Saturnino], aqui vão os factos:

  1. Em 2014, a Sonangol gastou 254 milhões de dólares com consultoria.
  2. Em 2015, a Sonangol gastou 115 milhões de dólares com consultoria.
  3. O custo de consultoria em 2016 foi de 79 milhões de dólares
  4. O custo de consultoria em 2017 foi de 90,5 milhões de dólares.

Perante as críticas de Carlos Saturnino, a empresária volta a recorrer ao diagnóstico feito pelo anterior presidente da empresa para justificar a reestruturação e a contratação de dez consultores internacionais. “O modelo operacional da Sonangol fracassou e está falido. Deixamos de aprender a “saber fazer” e aprendemos a “contratar/subcontratar”, diz Isabel dos Santos, citando o relatório ‘Resgate da eficiência empresarial’, com data de 15 de maio de 2015, assinado pelo seu antecessor, Francisco Lemos.

  • Transferência Bancaria e Pagamento de Faturas no valor de 38,1 milhões de dólares

Isabel dos Santos desmente de forma clara a acusação de que terá feito transferências indevidas de cerca de 38 milhões de dólares já depois de ser anunciada a sua exoneração da Sonangol. “A nomeação do novo Conselho de Administração aconteceu a 16 de Novembro de 2017, tendo as reuniões de passagem de pasta começado nesse dia. Não existem instruções de pagamentos, ou outras instruções com data posterior a 15 de Novembro de 2017. Até essa data, ou seja até dia 16 de Novembro, a empresa tem que continuar a sua atividade e a funcionar normalmente, sendo a obrigação dos Administradores em funções assegurar o tratamento dos assuntos sociais como é o normal e corrente, como é o pagamentos de faturas de trabalhos prestados, e já entregues a empresa (…) O processamento e pagamentos destas faturas no valor de 38,1 milhões de dólares aos consultores está contabilizado como parte do valor de 90.5 milhões de dólares, tido como custo de consultoria para ano de 2017. E como já comprovado, este valor de consultoria foi mais baixo do que os do Conselho de administração anteriores ao nosso”.

Isabel dos Santos justifica este pagamentos com o Estatuto do Gestor Público de Angola. “No caso de cessação do mandato, o Gestor Empresarial Público nomeado mantém-se no exercício das respectivas funções, em regime de gestão corrente, até à tomada de posse do novo titular”, acrescenta.

  • Remunerações e processamento salarial

“Afirmar que cada um dos administradores do conselho de administração anterior, recebeu, pelos 17,5 meses que esteve em funções, um total de 145 salários é falso, difamatório e calunioso”, afirma Isabel dos Santos. “É uma aberração afirmar que uma transação financeira ou pagamento que está registado em SAP está escondida! Se a nova administração viu estes registos de pagamentos de salários no SAP, que é o computador que faz o registo da contabilidade da empresa, quer dizer de facto que nada estava escondido, e pelo contrário que estavam sim registados todos pagamentos de salários”.

Isabel dos Santos afirma que o sistema que estava implementado não cumpria as boas práticas. “A gestão do sistema SAP não cumpria as boas práticas internacionais, com numero excessivo de 60 pessoas a ter acesso total, e poder dar instruções, a toda a informação financeira no sistema. Foi criado a conta SAP “mandante 100” para processamento de salários, com acessos restritos às pessoas da Direção Recursos Humanos e conselho de administração”, descreve a empresária.

E sobre os salários dos administradores, acrescenta: “Cada administrador recebeu apenas 18 meses de salários referentes aos meses trabalhados! Os salários foram pagos em Kwanzas, e não em dólares como afirmado pelo Sr. Carlos Saturnino”. Neste ponto específico, desafia mesmo Carlos Saturnino “a produzir a prova documentada sobre o que afirmou. Caso contrário convido-o, em homem de honra, a pôr o seu cargo a disposição”.

  • Conflito de interesses com BFA e EuroBic

Isabel dos Santos garante que não privilegiou os bancos em que tem participações acionistas e/ou de controlo durante o seu mandato de 18 meses na Sonangol. “O anterior conselho de administração fez a abertura de relações comerciais com vários novos bancos nacionais e estrangeiros, e apenas não com o BFA, BIC e EuroBic. Foram abertas novas contas no Bank of America Merrill Lynch e o Millennium BCP. A título de exemplo, foi depositado no Banco Merril Lynch of America acima de um bilhão de dólares. E foi com Merryl Lynch, AfriExem Bank, ICBC, e Standard Chartered Bank, os bancos internacionais com os quais mais trabalhamos”.

Além disso, a empresária revela que a sonangol tinha, quando entrou em funções, “situações chocantes e preocupantes”. “A Sonangol mantinha 80% dos seus depósitos em AKZ e USD num só banco, no banco BAI, ou seja depósitos na ordem de 752 milhões de dólares em dezembro de 2016. O Banco BAI é um banco privado onde a Sonangol é acionista minoritário, com apenas 8% do capital, e o resto do capital é detido por sócios angolanos”. Isabel dos Santos denuncia o que considera ser uma má prática de gestão. “As boas práticas de gestão ditam que não é prudente guardar 80% dos depósitos de uma empresa num único banco, pois é arriscado em caso de falência, ou incumprimento deste banco”.

Isabel dos Santos denuncia também as comissões que a Sonangol pagava ao BAI, que, no seu entender, “eram exorbitantes”. O BAI, revela, “cobrava taxas de comissão elevadíssimas, e comissões financeiras sobre operações cambiais de 7%”. E dá um termo de comparação: “Comparativamente, obtivemos uma proposta do BFA de uma taxa de 0,75% nas comissões de operações cambiais”.

  • A participação da Sonangol na GALP e os dividendos

Um dos pontos sempre presente no discurso de Carlos Saturnino é a posição da Sonangol na Galp Energia, em associação com a própria Isabel dos Santos, através de uma sociedade, a Esperaza, que tem 45% do capital da Amorim Energia, uma holding controlada pela família Amorim e que tem, por sua vez, uma posição de 33,34% na Galp. “Relativamente à insinuação de “tentativa de fazer negócio consigo próprio” Assim, e para que fique claro, a Sonangol entrou no negocio da GALP em 2006 em parceria com a Exem [sociedade de Isabel dos Santos], período muito anterior a minha nomeação ao CA da Sonangol”.

Mas a acusação mais recente é a de que a Sonangol não teria recebido os dividendos que lhe eram devidos pelos resultados da Galp. Aqui, Isabel dos Santos dá datas concretas. “No dia 13 de Outubro de 2017, foi realizado o pagamento à Sonangol da totalidade dos valores devidos pela Exem, tendo a Sonangol confirmado a receção do pagamento do montante em causa, e declarado que nada mais há a pagar ao abrigo dos acordos”.

  • Estrutura da joint venture da Sonangol e de Isabel dos Santos na Esperaza

Em primeiro lugar, Isabel dos Santos recorda o sucesso financeiro da participação da Sonangol na Galp, que se multiplicou várias vezes, “ultrapassa os 800%”. A Sonangol, liderada por Isabel dos Santos, propôs a extinção da Esperaza à sociedade que a própria empresária controla, a Exem. Mas Isabel dos Santos justifica a decisão por necessidade de otimização da estrutura financeira. “A Sonangol propôs e a Exem aceitou dissolver a Esperaza, passando ambos os sócios a deter uma participação direta na Amorim Energia, respeitando assim os direitos societários da Sonangol e Exem na Amorim Energia”. E dá um exemplo da ineficiência fiscal: “A proposta alteração societária foi feita pela Sonangol, e visava optimizar a estrutura financeira e fiscal, pois a Sonangol recebe dividendos, e paga imposto duas vezes, uma vez Angola, e outra por via de uma empresa Holandesa”.

  • Conclusão

Isabel dos Santos justifica, assim, as razões do investimento em consultoria, e o que isso trouxe à Sonangol. “Traduziu-se em valor acrescentado, e com impacto concreto na rentabilidade da Sonangol, tendo sido identificadas mais de 400 iniciativas de redução de custos (programa Sonalight) e mais de 50 iniciativas de aumento de receitas (programa Sonaplus), as quais conjuntamente permitiram melhorar os resultados da Sonangol em 2,2 mil milhões de dólares”.

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Marques Mendes: Portugal não deve desperdiçar “leque de oportunidades” nesta “nova Angola”

  • ECO
  • 4 Março 2018

No habitual comentário de domingo, Marques Mendes falou do PIB histórico e atribuiu Óscares aos líderes e partidos políticos.

Marques Mendes sublinhou este domingo a importância da mudança vivida por Angola no plano económico. “Um exemplo: amanhã entra em vigor uma lei histórica para favorecer o investimento estrangeiro. Até agora, um estrangeiro que quisesse investir em Angola tinha obrigatoriamente de ter um sócio angolano, com um mínimo de 35% do capital. A partir de agora, essa exigência acaba. Uma boa notícia para os empresários portugueses”, disse o comentador na Sic.

No seu habitual comentário de domingo, Marques Mendes ressalvou a “enorme mudança política”, refletida numa grande abertura no setor da comunicação social. “Angola está a ganhar credibilidade na comunidade internacional, em grande medida fruto do novo ciclo político que foi aberto com a presidência de João Lourenço”, sublinhou, dizendo que com as mudanças, Portugal não deverá desperdiçar este novo leque de oportunidades” nesta “nova Angola”.

Óscares políticos

Em noite de Óscares, a estatueta de melhor filme vai para a economia portuguesa. No habitual comentário de domingo na Sic, Marques Mendes disse que os resultados divulgados esta semana pelo INE “são excelentes”. “É bom porque é o maior do século, com base num modelo saudável — pelo investimento e não pelo consumo — e significa que é um Governo de esquerda a puxar pela economia com a receita da direita. E finalmente agradecer aos empresários portugueses e à Europa porque não somos caso único, toda a Europa está a crescer”, disse o comentador político.

Mas este não foi o único troféu que Marques Mendes atribuiu esta noite. Sobre António Costa, o comentador atribui ao primeiro-ministro o Óscar de melhor ator: “António Costa está em alta, com os resultados económicos, com estabilidade e unidade dentro da coligação. Não pode queixar-se de ter uma oposição que o chateie muito. Acho que vai ter a vida facilitada”, disse.

Já para o PSD, com Elina Fraga e a estreia de Fernando Negrão como líder da bancada parlamentar, Marques Mendes sublinhou que o partido vence o Óscar de melhores efeitos especiais. “Achei um exagero nas críticas, mas devia ser mais animal político”, dando nota das críticas de que Rui Rio tem sido alvo.

A uma semana do congresso do CDS, Marques Mendes disse ainda que o partido “está num bom momento, porque conseguiu ultrapassar o rastro dos efeito da troika mais facilmente do que o PSD”. Assunção Cristas, que tem ganho espaço espaço e é, dois anos depois, “líder consagrada”, vence o Óscar de melhor atriz principal para Cristas.

Já sobre a entrada da Santa Casa no capital do Montepio, Marques Mendes disse que o negócio tal como estava pensado “abortou” e que pode agora estar em risco depois do estudo do Haitong, que baixou a avaliação do banco.

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Isabel dos Santos desmente acusações. “A Sonangol estava falida”

Está aberta a guerra: Isabel dos Santos desmente as acusações da nova administração da Sonangol e denuncia uma campanha para voltar a uma cultura de desonestidade na petrolífera.

Depois das acusações, graves, a resposta de Isabel dos Santos não é menos contundente e até inédita. A empresária afirma que a Sonangol estava falida quando assumiu funções e presta contas dos resultados do seu mandado: “o resultado da minha gestão exercida até 15 de novembro de 2017 resultou num aumentou de lucros da Sonangol em 177%, e atingiu 224$Mio, e a dívida foi reduzida em 50%”. Por isso, “trata-se de nada mais que um circo, uma encenação! Procurar buscar um bode expiatório, para esconder o passado negro da Sonangol, e escolher fazer acusações ao anterior Conselho de Administração! Ora, isto não passa de uma manobra de diversão, para enganar o povo sobre quem realmente afundou a Sonangol. E seguramente não foi este Conselho de Administração que presidi, e que durou 18 meses, que levou a Sonangol à falência!”

No comunicado, longo, que enviou há minutos, Isabel dos Santos descreve de forma pormenorizado todas as operações que foram invocadas por Carlos Saturnino, atual presidente da Sonangol, como suspeitas e a justificarem, até, a abertura de um inquérito da PGR de Angola. A empresária não poupa críticas explícitas a Saturnino: “As tentativas de Carlos Saturnino de reescrever a história são consequência, no meu entender, de um retorno em força da cultura de irresponsabilidade e desonestidade que afundaram a Sonagol em primeiro lugar”. E críticas implícitas ao próprio Manuel Vicente, antigo presidente da Sonangol e que, agora, com o novo presidente, João Gonçalves, voltou a recuperar uma posição de força e influência política perdida nos últimos anos. “O grau de agressividade e as campanhas difamatórias reproduzidas, e em perfeita coordenação com os órgãos de imprensa da oposição, e com as oficinas de manipulação das redes sociais, demonstram que há um verdadeiro nervosismo em alguns meios. Meios estes, com interesses financeiros, que durante anos aproveitaram e construíram fortunas ilegítimas à custa da Sonangol, e agora tudo fazem para que o escândalo da minha acusação difamatória distraia a opinião pública de ver os verdadeiros responsáveis”.

O presidente da Sonangol, Carlos Saturnino, acusou Isabel dos Santos de ter autorizado a transferência de 38 milhões de dólares da petrolífera angolana para o exterior dias após a sua exoneração enquanto presidente da empresa, a 15 de novembro último, diz a Bloomberg. O dinheiro teve como destino uma empresa no Dubai, a Matter Business Solutions DMCC, tendo a anterior presidente da Sonangol usado o banco português BIC para concretizar estas operações.

Esta denúncia, em conferência de Imprensa, teve consequências: A Procuradoria-Geral da República de Angola anunciou esta sexta-feira que foi instaurado um inquérito para investigar as transferências monetárias alegadamente irregulares durante a gestão de Isabel dos Santos na petrolífera.

Isabel dos Santos termina o comunicado de forma dura: “O problema da Sonangol não é e nunca foi Isabel dos Santos, mas sim a irresponsabilidade da gestão e das entidades que beneficiarão de contratos leoninos e ganharam milhões, e hoje esperam poder continuar a gozar e viver desta prevaricação”.

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