Estado avança para tribunal para reaver 48 milhões por importações ilegais de gasóleo

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2018

O Estado vai processar cinco gasolineiras que não declaram o gasóleo importado de Espanha, diz o presidente da ENMC. São exigidos 48 milhões de euros em compensações.

O Estado português colocou em tribunal cinco empresas que importam gasóleo de Espanha sem ser declarado, exigindo 48 milhões de euros em compensações pela “falta reiterada de pagamento”, mas realça que a qualidade não está em causa.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis (ENMC), Filipe Meirinho, afirmou que o valor ascende “a 48 milhões de euros desde 2015” e refere-se às “compensações pelo diferencial entre a falta do biocombustível e o valor introduzido no mercado”. “Este cruzamento de dados foi feito ao longo do ano de 2017 e a ENMC neste momento está a exigir o pagamento destas compensações no tribunal administrativo”, disse o responsável.

Filipe Meirinho explicou que chegou a decorrer uma “fase administrativa em que os operadores foram convidados a saldar estes valores”, que já incluem montantes sancionatórios, mas, “perante a falta reiterada de pagamento, a ENMC recorreu aos tribunais administrativos para recuperar estes valores para o Estado português. Questionado sobre qual o cenário caso haja novas ausências de pagamento, o responsável notou que “a última palavra cabe sempre aos tribunais”.

“As empresas, os operadores, ao colocar combustível no mercado, ou colocam com o biocombustível exigido pela lei portuguesa ou, não colocando, podem justificar essa introdução ao consumo através de títulos de biocombustível […]. Falhando estes dois pressupostos iniciais, as empresas são obrigadas ao pagamento das compensações, isto para evitar que operem no mercado empresas que, de alguma forma, tenham um lucro indevido”, explicou.

Admitindo que são cinco as empresas envolvidas, Filipe Meirinho escusou-se a especificar os nomes. “São empresas que adquirem o produto em Espanha, transportam o produto – a maior parte das vezes ‘diesel’ – e depois distribuem por comercializadores em Portugal, diretamente nos postos ou de forma indireta”, afirmou, adiantando que “tanto podem vender a um posto de marca branca, como de marca”. Ainda assim, o responsável sublinhou que “não está em causa a qualidade dos combustíveis, na medida em que a ENMC garante que o produto, apesar de não ter biocombustível incorporado, está nas devidas condições”.

De acordo com a imprensa desta segunda-feira, cinco gasolineiras a operar em Portugal não estão a incorporar a quantidade de biocombustível exigida na lei. Em causa estão importadores que compram gasóleo em Espanha – com impostos e taxa de incorporação de biocombustíveis mais baixos do que os praticados em Portugal – como se fossem para ser vendidos no mercado espanhol, mas que acabam por ser transportados, por via terrestre, para Portugal, o que se traduzirá em 12 milhões de euros a menos em impostos e 36 milhões de euros na incorporação de biocombustíveis em três anos. Em outubro, tal como a agência Lusa noticiou, a Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas (Apetro) estimou que um quarto das importações terrestres de gasóleo proveniente de Espanha não seja declarado, causando concorrência desleal e lesando o Estado em 48 milhões de euros nos últimos três anos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Galp baixa preços como no mercado regulado. Só a EDP subiu a luz

Enquanto a EDP subiu, Endesa e a Goldenergy não mexeram. A Iberdrola baixou, sendo que a Galp Energia vai fazer o mesmo. A redução está alinhada com a baixa observada no mercado regulado.

A EDP Comercial surpreendeu ao anunciar um aumento dos preços da eletricidade, num ano de queda dos valores no mercado regulado. A líder do mercado foi, no entanto, a única a elevar os valores cobrados aos seus clientes. A Endesa e a Goldenergy não mexeram, já a Iberdrola cortou-os em 2,4%. Agora, a Galp Energia revela que vai baixar as tarifas, seguindo a tendência do que aconteceu no regulado. A redução é de 0,18%.

“Procedemos à atualização anual do nosso tarifário de eletricidade, neste caso para o ano de 2018, com uma diminuição média de 0,18% face aos preços finais praticados em 2017“, refere fonte oficial da Galp Energia. “Esta revisão reflete o efeito conjugado da descida das tarifas de acesso às redes e do aumento do preço médio de aquisição de energia no MIBEL (Mercado Ibérico de Energia Elétrica)”, salienta na carta que está a ser enviada aos clientes.

Esta decida de 0,18% vai entrar em vigor a 28 de janeiro. Entre as grandes operadoras do mercado liberalizado de energia faltava apenas saber o que iria a Galp Energia fazer às suas tarifas, isto depois de tanto a Endesa como a Goldenergy terem decidido manter os valores de comercialização para este ano. A Iberdrola, por seu lado, respondeu à EDP com uma descida nos valores exigidos aos clientes.

“Continuando a consolidar-se como alternativa clara em Portugal, a Endesa Energia não irá proceder ao aumento de preços da sua energia”, revelou a empresa que tem 4,1% de quota de mercado. “Tentamos acomodar as variações do mercado grossista e não passar esses custos para os nossos clientes. Estamos preparados para oferecer condições positivas não subindo os preços no próximo ano”, afirmou Nuno Moreira, da Goldenergy, ao ECO. A empresa tem 1,9% do mercado liberalizado.

"Procedemos à atualização anual do nosso tarifário de eletricidade, neste caso para o ano de 2018, com uma diminuição média de 0,18% face aos preços finais praticados em 2017.”

Galp Energia

Fonte oficial

Ao ECO, fonte oficial da Iberdrola, que tem 2,7% do mercado, revelou que a empresa vai avançar com uma redução dos preços médios que pode traduzir-se numa descida entre os 2,3% e os 2,4% do valor da fatura dos consumidores, assistindo-se, assim, a uma descida praticamente da mesma dimensão daquela em que a EDP Comercial aumentou o valor da eletricidade.

Foi a 28 de dezembro que a EDP revelou que iria aumentar o preço da eletricidade em média 2,5%, este ano. Segundo o presidente da EDP Comercial, Miguel Stilwell, a principal razão para esta subida média de 2,5% das tarifas em 2018 é o “aumento de preços da energia no mercado grossista em 24% no último ano”, em grande parte devido à seca e ao incremento do preço do carvão.

Este aumento de preços por parte da líder de mercado chocou com a descida anunciada para o mercado regulado. A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) propôs que os preços baixassem em 0,2% a partir de 1 de janeiro de 2018. “A variação entre 2017 e 2018 das tarifas de venda a clientes finais em Baixa Tensão Normal (BTN) dos comercializadores de último recurso proposta ao Conselho Tarifário é de uma redução de 0,2%“, disse o regulador.

“Nos cálculos para a definição da variação tarifária no mercado regulado foi considerado um aumento da componente energia de 6,4%”, afirmou, à data, a ERSE. Esta variação é explicada com “os preços médios de energia elétrica para 2018 no mercado grossista de eletricidade OMIP”, sendo a perspetiva muito diferente da da EDP. A elétrica estima um aumento de 24% no custo da energia, ou seja, quatro vezes maior do que o do regulador.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cristas dá cartão vermelho a Centeno e aponta incumprimento da promessa de investimento público

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2018

Assunção Cristas reage à notícia avançada pelo ECO de que a subida do investimento público em 2017 não chegou para atingir os valores de 2015 e dá "nota muito negativa" a Centeno.

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, escusou-se, esta segunda-feira, a comentar as investigações no Ministério das Finanças e deu uma “nota muito negativa” a Mário Centeno pela “promessa de investimento público” em 2017, “muitíssimo longe de ser cumprida”.

“Para mim, o mais importante, e separando as águas – se há investigações elas têm os seus tempos próprios e protagonistas, não me compete a mim comentar, interessa-me sinalizar o facto de termos tido uma promessa de investimento público em 2017 que ficou muitíssimo longe de ser cumprida”, defendeu Assunção Cristas.

A líder centrista falava aos jornalistas no Porto de Setúbal, numa visita durante as jornadas parlamentares centristas que decorrem esta segunda-feira e terça-feira no distrito de Setúbal, referindo-se à notícia avançada pelo jornal online Eco de que a subida do investimento público em 2017 não chegou para atingir os valores de 2015.

“Dizia-se que íamos crescer mil milhões em investimento, ficámos em 200 mil, não compensou sequer a quebra do investimento público em 2016. Isso significa que o Governo e o ministro das Finanças faltam à sua palavra, procuram enganar os portugueses, empatam durante muitos meses, dizendo que se vai concretizar determinado investimento público e, na verdade, ele não acontece”, argumentou Assunção Cristas.

A presidente do CDS vincou que “o ministro merece uma nota muito negativa”: “Não cumpriu a sua palavra, não cumpriu o que estava no Orçamento de 2017, não cresceu e nem sequer compensou a quebra brutal do investimento público em 2016″.

“Não gosto de falar sobre casos, sobre investigações, sobre processos, em qualquer fase que eles estejam. A nossa avaliação do ministro das Finanças é uma avaliação política, tem a ver com aquilo que o ministro promete e não faz, com aquilo que o ministro diz que acontece e não acontece”, declarou.

“Isso afeta o desenvolvimento económico sustentável, afeta as empresas e afeta muito a qualidade de vida dos portugueses”, insistiu.

Magistrados do Ministério Público fizeram na sexta-feira de manhã buscas no Ministério das Finanças, confirmou no sábado à Lusa fonte do gabinete do ministro Mário Centeno, depois de uma notícia avançada pelo Correio da Manhã (CM).

Fonte do ministério confirmou à agência Lusa “a realização de ações inspetivas”, garantiu a colaboração “de forma franca”, colocando “à disposição das autoridades judiciárias todos os elementos solicitados”, sem revelar o motivo das “ações inspetivas”, “respeitando o segredo de Justiça”.

Autoeuropa. Cristas apela à concertação

Na primeira visita das jornadas parlamentares, que se dedicam à captação de investimento e diálogo social, e na terça-feira à saúde, Assunção Cristas reuniu com a administração e visitou o Porto de Setúbal, onde a Autoeuropa tem 10 hectares concessionados exclusivamente à sua exportação.

Os trabalhadores da Autoeuropa começaram, esta segunda-feira, a cumprir o novo horário transitório que prevê a obrigatoriedade do trabalho ao sábado e que foi imposto administrativamente pela empresa após a rejeição dos acordos negociados previamente com a Comissão de Trabalhadores.

“Se é preciso ou não é preciso [trabalhar ao sábado], a própria empresa é que tem de saber, porque a empresa é que está no mercado e que sabe que condições é que laboral, a forma como isso tem de ser negociado com os trabalhadores, respeitando os seus direitos, dando-lhes condições para isso acontecer, nomeadamente, tendo em atenção a dimensão familiar e a necessidade de conciliar o trabalho na Autoeuropa com a família, é uma matéria para ser concertada”, sustentou Assunção Cristas.

A presidente do CDS referiu-se à possibilidade de haver “um retrocesso na produção, não aparecer um novo modelo, se houver dúvidas sobre a continuidade da Autoeuropa e da dimensão desse trabalho”, considerando que, “naturalmente, o porto também ficará afetado”.

Assunção Cristas, acompanhada pela presidente do porto de Setúbal, sublinhou que “o principal impacto desastroso” dessa eventualidade “será, certamente, para a economia da região, e para a economia do país”.

A Autoeuropa deverá atingir este ano uma produção de 240.00 automóveis, a grande maioria do novo modelo T-Roc, veículo que o grupo alemão Volkswagen pretende construir apenas na fábrica de automóveis de Palmela e que está a ter muito boa aceitação no mercado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Subsidiariedade? Capoulas receia que seja ‘cavalo de Tróia’ para desmantelar PAC

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2018

Ministro é contra aumento excessivo da subsidiaridade, porque receia que seja um cavalo de Tróia para iniciar o desmantelamento definitivo de uma política que é uma fundadora da UE: a PAC.

O ministro da Agricultura disse, esta segunda-feira, em Bruxelas que Portugal é contra um aumento excessivo do princípio da subsidiariedade no futuro da Política Agrícola Comum (PAC), por recear que seja um “cavalo de Tróia” para desmantelar definitivamente esta política “estratégica”.

Em declarações aos jornalistas à margem de uma reunião de ministros da Agricultura da União Europeia, Luís Capoulas Santos apontou que teve lugar, esta segunda-feira, um segundo debate sobre o documento de orientação da Comissão Europeia relativamente ao futuro da PAC e que a grande diferença relativamente à primeira discussão, há um mês, é que agora “a generalidade dos Estados-membros” colocou-se “dentro da negociação no modelo preconizado pela Comissão, que traz algumas alterações substanciais, a principal das quais o aumento da subsidiariedade”.

O ministro explicou que “a Comissão pretende transferir para os Estados-membros grande parte das competências e da aplicação das regras que hoje estão no plano europeu, o que sendo positivo, uma vez que dá maior espaço de manobra aos Estados-membros para definir as suas medidas, os níveis de apoio e o seu controlo, coloca o perigo de uma hipotética renacionalização futura”, algo que preocupa Portugal.

“Em abstrato, ninguém está contra a subsidiariedade. O que estamos contra é que essa subsidiariedade possa ser excessiva e possa ser o cavalo de Tróia para iniciar o desmantelamento definitivo de uma política que é uma política fundadora da União e que tem sido responsável pela garantia do abastecimento alimentar em qualidade, em quantidade e a preços acessíveis. E penso que este é um valor estratégico de que a Europa não pode prescindir”, argumentou.

Segundo Capoulas Santos, esta é uma das matérias sobre as quais Portugal, Espanha e França chegaram a um entendimento, na semana passada – numa reunião realizada em Santa Cruz de Tenerife -, com vista a uma posição comum, que estes três Estados-membros vão tentar “alargar” a outros países, “de forma a ter uma capacidade de negociação tão ampla quanto possível”, sobretudo a partir do momento em que já houver propostas legislativas da Comissão sobre a mesa, o que deverá acontecer em junho.

“Queremos manter um caráter comum da PAC. Naturalmente que admitindo, aceitando e saudando aspetos positivos da subsidiariedade, entendemos que essas questões devem incidir sobretudo nas componentes ambientais da PAC (…) Mas relativamente a questões centrais, questões regulamentares, queremos que a UE mantenha um caráter comum das políticas, por forma a evitar que este possa ser um passo para uma renacionalização e o fim da PAC no futuro”, reforçou.

Capoulas Santos sublinhou que “outra reivindicação fundamental é a manutenção do orçamento agrícola”, pois é “fundamental que o atual envelope possa ser mantido, independentemente do Brexit, mas esta questão, admitiu, “transcende os ministros da Agricultura”, já que a última palavra em termos do quadro financeiro plurianual da União caberá aos chefes de Estado e de Governo.

“É tempo de cerrar fileiras” em defesa da PAC

O presidente do Governo dos Açores defendeu, por sua vez, que é tempo de Portugal cerrar fileiras em defesa da Política Agrícola Comum e da Política de Coesão, após uma reunião com o negociador-chefe da Comissão Europeia para o Brexit.

“O problema não é apenas dos Açores. O que temos neste momento é uma situação em que, simultaneamente, a União Europeia perde recursos e quer aumentar despesas. Perde recursos por esta via, quer aumentar despesas com novas políticas, como as relativas às migrações e ao Sistema Europeu de Defesa. Qual a consequência que poderá daqui resultar? Pode haver cortes na política de coesão e na Política Agrícola Comum [PAC]”, respondeu Vasco Cordeiro, quando questionado sobre como a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) poderia afetar a região autónoma.

Para o presidente do Governo dos Açores, que se reuniu, em Bruxelas, com o negociador-chefe da Comissão Europeia para o Brexit, Michel Barnier, na qualidade de presidente da Conferência das Regiões Periféricas e Marítimas da Europa (CRPM), a questão é nacional, porque, em 2016, 90% dos fundos que o país recebeu foram legitimados pela política de coesão e pela PAC.

“E se quiser ter um quadro mais impressivo dessa realidade, se for ver o Acordo de Parceria para 2014-2020 verá que 99% dos fundos que o país pode receber têm a ver com essas duas políticas. Isso dá bem nota da urgência e da importância desta questão”, completou.

Vasco Cordeiro defendeu que todas as diligências que possam ser feitas para acautelar o impacto do Brexit são “bem-vindas”.

“Naturalmente que o Governo português tem a sua estratégia relativamente a este assunto, mas o que eu gostaria era de deixar esta ideia: em primeiro lugar, que a importância deste assunto não tem a ver apenas com regiões, nem com os Açores, quando 90% ou 99% dos fundos têm a ver com estas políticas. O tempo é claramente de cerrar fileiras em defesa dessas duas políticas”, sublinhou.

O presidente da CRPM explicou que, na reunião com Michel Barnier, foi debatido o impacto direto que algumas das regiões-membro desta associação, nomeadamente o Pays de la Loire e a Normandia (França) e a Andaluzia (Espanha), sentem ou podem vir a sentir em virtude do Brexit, e o impacto indireto nos recursos financeiros para o próximo quadro comunitário em “políticas fundamentais para as regiões”, como é o caso da Política de Coesão.

“Há uma ideia que me parece clara que é a de manter os mecanismos de cooperação e colaboração. A questão coloca-se mais em relação ao futuro, pós-2020, e, sobretudo, numa situação em que se torne claro que o Reino Unido passará a ser um país terceiro. Há algumas questões e dúvidas que se colocam em termos de calendário”, apontou.

Vasco Cordeiro disse ainda que aquilo que resultou da reunião, na qual transmitiu a disponibilidade da CRPM para partilhar a sua experiência de cooperação com países terceiros, foi “uma grande lucidez e consciência da parte do sr. Barnier para estas matérias”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

TAP admite negociar acordo. Tripulantes analisam ‘mea culpa’ da transportadora

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2018

Sindicato do Pessoal de Voo da Aviação Civil está a analisar a carta enviada pela TAP aos tripulantes, na qual admite que haverá negociação do acordo de empresa.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) avalia, esta segunda-feira, o ‘mea-culpa’ da TAP, que assumiu o “equívoco” no incumprimento do acordado em voos com os A330-300 e informou que haverá negociação do acordo de empresa.

O SNPVAC está reunido em assembleia-geral (AG) e avalia a carta enviada no domingo ao pessoal de cabine, que apresentou quatro pré-avisos de greve, pelo ainda presidente executivo da TAP, Fernando Pinto.

Na carta iniciada por “caros tripulantes”, Fernando Pinto informa acerca das reuniões com a direção do sindicato e “fruto dessas explicações”, a TAP chegou à “conclusão de que, de facto, houve incumprimento quanto ao Acordo de Operação do A330-300”.

“Assim sendo, acordámos que se deverá dar início ao cumprimento dos procedimentos que não estavam a ser seguidos”, lê-se na missiva de Fernando Pinto, que acrescenta o convite ao sindicato para acompanhar a implementação das medidas e a garantir de “reuniões quinzenais para debater todas as temáticas que envolvam o PNC (Pessoal Navegante de Cabine)”.

Os encontros tidos serviram já para “encetar conversações quanto a outros pontos pendentes, já em conjunto apreciados, e que deverão ser submetidos a AG do SNPVAC”, cujo início estava previsto para as 11:00 de hoje.

“Ficou também acordado o envio, por parte da direção do SNPVAC, de uma agenda de negociação da proposta de novo Acordo de Empresa”, acrescenta o presidente executivo, que termina funções na quarta-feira.

“Em nome da TAP e, em meu nome pessoal, só posso lamentar o referido equívoco”, afirmou, saudando o “início de diálogo”.

No passado dia 19, os tripulantes de cabine da TAP anunciaram uma greve entre 9 e 11 de fevereiro e paralisações parciais em março, por estarem esgotadas “todas as possibilidades” para um consenso com o Governo e com a companhia.

Na reunião magna extraordinária ficou decidido que a direção apresente “mensalmente um pré-aviso de greve até três dias, caso a TAP Air Portugal continue a manter a mesma postura intransigente e de má-fé”.

Foram ainda aprovadas paralisações a iniciar no dia 28 de março. Uma diz respeito a “todos os serviços de voo a realizar nos equipamentos A330-300 até ao integral cumprimento do “Protocolo operação equipamentos A330-300”, que se relaciona com condições e horários de trabalho.

Outra paralisação será em “voos de médio curso, sempre que a hora de despertar (hora local) ou a apresentação, fora da base, se incluir no período crítico do ritmo circadiano (ciclo metabólico diário), e o tripulante efetuar um tempo máximo de período de serviço de voo superior a seis horas”.

A terceira greve, a partir de 28 de março, diz respeito a “serviços de voo de longo curso, operados em equipamento NB e nos voos de médio curso equivalentes (‘Block time’ igual ou superior a 3h30 em qualquer dos percursos) em regime de ida e volta e que incluam no todo ou em parte o período crítico circadiano (2h00 – 6h00), que sejam planeados para além do 4.º dia de utilização após o último período de folga”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A manhã num minuto

  • Rita Frade
  • 29 Janeiro 2018

Não sabe o que se passou durante a manhã? Fizemos um vídeo que reúne as notícias mais relevantes, em apenas um minuto.

Há seis municípios no país onde o metro quadrado custa mais de 1.500 euros, segundo dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). O ECO foi ver onde é que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) aplica o dinheiro e onde já investe.

A Amadora é a cidade com mais de 100 mil habitantes onde os preços da habitação mais aumentaram em todo o país, batendo Lisboa e Porto. No terceiro trimestre do ano passado, o metro quadrado ficou 16% mais caro neste município e já ultrapassa os mil euros, segundo os dados do INE.

A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) abriu a porta à possibilidade de entrar no capital do Montepio. A ideia, garantiu o provedor Edmundo Martinho, é aplicar disponibilidades financeiras da instituição e rentabilizá-las, com o objetivo de garantir que a atividade fundamental continua a ter meios para ser financiada. Mas que disponibilidades são essas e como é que Santa Casa as tem rentabilizado?

O Governo prevê lançar, em fevereiro, uma nova linha de crédito capitalizar, operacionalizada através da PME Investimentos. Em causa está novamente uma dotação de 1.600 milhões de euros, mas os custos da linha vão mudar. As empresas mais arriscadas vão ter custos mais elevados.

A internet está a mudar a forma como os consumidores fazem as suas compras e players como a Amazon vão acelerar movimentos de consolidação no setor do retalho da Península Ibérica, com impacto no negócio da Sonae (Continente) e Jerónimo Martins (Pingo Doce), as duas maiores cadeias de retalho em Portugal, dizem os analistas do CaixaBank BPI.

Num mercado cada vez mais competitivo, avizinham-se novidades. Apesar de não ser a pioneira, a Google vai atualizar a sua aplicação de e-books, adicionando um conjunto de livros áudio que não serão lidos pelo utilizador, mas sim pela própria app.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Energia pressiona. Bolsa de Lisboa não resiste

Depois de ter arrancado a primeira sessão da semana em alta, o PSI-20 está em queda. Segue a desvalorizar 0,5%, pressionado pelo setor energético.

A bolsa nacional arrancou a primeira sessão da semana em alta, mantendo a tendência positiva dos últimos dias. No entanto, após essa abertura positiva, o PSI-20 segue agora a recuar 0,49% para os 5.740,19 pontos, com apenas cinco das 18 cotadas a valorizarem. O setor energético acabou por conseguir pressionar a bolsa.

A tendência mantém-se nas restantes praças europeias, com o Stoxx 600 a perder 0,09% e o espanhol Ibex-35 a recuar 0,37%. Relativamente às cotadas que mais pressionaram o PSI-20, continua a ser o setor energético aquele que mais pesa.

A EDP segue a recuar 0,52% para os 2,875 euros, enquanto a EDP Renováveis desvaloriza 0,21% para os 7,09 euros. A acompanhar esse desempenho está a REN, que recua 0,39% para os 2,55 euros e a Galp, que perde 0,87% para os 16,02 euros, numa altura de queda dos preços do barril de petróleo. As maiores quedas a meio da manhã cabem à Sonae, que recua 1,33% para os 1,036 euros, e à Nos, que perde 1,82% para os 5,4 euros.

Embora tenham segurado a bolsa nacional na abertura desta sessão, o banco liderado por Nuno Amado e a empresa dos correios não conseguiram manter a tendência positiva. O BCP segue a perder 0,66% para os 0,33 euros e os CTT recuam 0,34% para os 3,56 euros.

Das 18 cotadas nacionais, apenas cinco se mantêm nos ganhos, entre elas a Navigator, que avança 0,26% para os 4,56 euros, a Novabase, que cresce 0,32% para os 3,15 euros e a Pharol, que valoriza 0,43% para os 0,2345 euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bruxelas pronta a responder se Trump restringir comércio

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2018

A União Europeia está pronta a agir se as exportações comunitárias forem afetadas por eventuais medidas restritivas de Donald Trump, que criticou a Europa pelo tratamento injusto com os EUA.

A União Europeia está pronta para agir rápida e adequadamente se as exportações forem afetadas por medidas restritivas tomadas pelos Estados Unidos, disse esta segunda-feira a porta-voz do executivo comunitário, reagindo às críticas de Donald Trump sobre tratamento injusto.

“A política comercial não é um jogo com vencedores e perdedores; nós aqui na UE acreditamos que o comércio pode e deve ser benéfico para todos”, disse Margaritis Schinas durante a conferência de imprensa diária, em Bruxelas.

"A política comercial não é um jogo com vencedores e perdedores; nós aqui na UE acreditamos que o comércio pode e deve ser benéfico para todos.”

Margaritis Schinas

Porta-voz da Comissão Europeia

O comentário surgiu na sequência de críticas feitas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, segundo as quais a Europa trata os EUA de maneira “muito injusta” nas suas relações comerciais.

“O comércio deve ser aberto e justo e baseado em regras”, acrescentou a porta-voz.

Durante uma entrevista televisiva transmitida no domingo pela estação britânica ITV, Trump disse que a União Europeia trata o seu país de uma forma “muito injusta” nas relações comerciais, ameaçando com represálias.

O Presidente norte-americano salientou a dificuldade que os EUA têm para escoar os seus produtos na União Europeia, enquanto os países europeus conseguem exportar para o mercado norte-americano “sem impostos” ou com “muito poucos impostos”.

“É uma situação muito injusta. Eu já tive problemas com a União Europeia e pode transformar-se em algo muito sério do ponto de vista comercial”, disse, na entrevista à ITV.

Donald Trump tem acusado os países estrangeiros de práticas comerciais desleais, incluindo a China, o maior parceiro comercial dos EUA.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

André Pereira da Fonseca em manual de arbitragem dos EUA

  • ADVOCATUS
  • 29 Janeiro 2018

O manual de arbitragem “International Arbitration in the United States”, recentemente publicado nos Estados Unidos da América (EUA), conta com o contributo do advogado André Pereira da Fonseca.

O manual de arbitragem “International Arbitration in the United States”, recentemente publicado nos EUA, conta com o contributo do advogado André Pereira da Fonseca, da Abreu Advogados, que assina como autor o último capítulo intitulado “SMA Arbitration”.

O advogado é responsável pelo 34º capítulo do manual que efetua uma análise das regras, procedimentos e prática arbitral da Society of Maritime Arbitrators, a mais importante instituição arbitral nos EUA na área do Direito Marítimo e a segunda mais importante a nível mundial, antecedida apenas pela London Maritime Arbitrators Association.

O manual de arbitragem “International Arbitration in the United States” (Editora Kluwer Law International) contém uma análise global da lei e prática de arbitragem internacional na região dos EUA e é uma importante referência para advogados, árbitros e estudantes de todo o mundo. O livro inclui contribuições de diversos nomes da arbitragem internacional e foi editado por Laurence Shore, Tai-Heng Cheng, Jenelle E. La Chuisa, Lawrence Schaner e Mara V.J. Senn.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Quatro sociedades distinguidas no ranking da WTR

  • ADVOCATUS
  • 29 Janeiro 2018

O ranking deste ano de Propriedade Intelectual da (WTR) World Trademark Review 1000 distinguiu a Garrigues, a J. Pereira da Cruz, a CMS Rui Pena & Arnaut e a Simões, Garcia, Corte-Real & Associados.

O ranking deste ano de Propriedade Intelectual da (WTR) World Trade mark Review 1000 distingue a Garrigues, a J. Pereira da Cruz, a CMS Rui Pena & Arnaut e a Simões, Garcia, Corte-Real & Associados.

A publicação distinguiu ainda na categoria individual gold bland:

  • José Luís Arnaut (CMS Rui Pena & Arnaut);
  • João Miranda de Sousa (na foto)- (Garrigues);
  • César Bessa Monteiro Sr. (Abreu Advogados);
  • João Luís Garcia (Simões, Garcia, Corte-Real & Associados);
  • Paulo Monteverde (Baptista Monteverde & Associados);
  • Manuel Oehen Mendes (Yolanda Busse Oehen Mendes & Associados);
  • João Pereira da Cruz (J. Pereira da Cruz);
  • Vasco Stilwell d’Andrade (Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados).

Na categoria de silver bland foram distinguidos também:

  • Leonor Chastre (Cuatrecasas);
  • António Corte-Real (Simões, Garcia, Corte-Real & Associados);
  • Nuno Cruz (J. Pereira da Cruz);
  • Maria Cruz Garcia (J. Pereira da Cruz);
  • António de Magalhães Cardoso (VdA);
  • Ricardo Henriques (Abreu Advogados);
  • Cláudia Tomás Pedro (Baptista Monteverde & Associados);
  • Miguel Quintans (CMS Rui Pena & Arnaut);
  • José Raúl Simões (Simões, Garcia, Corte-Real & Associados).
  • Isabel Bairrão (Garrigues);
  • Francisca Ferreira Pinto (Garrigues).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Este pode ser o maior roubo de criptomoedas de sempre

  • ECO
  • 29 Janeiro 2018

Plataforma japonesa avançou que lhe foram "retirados ilicitamente" 530 milhões de dólares em criptomoedas NEM. A confirmar-se o montante, este será o maior desvio da história deste setor.

Uma das mais populares plataformas usadas para comprar e vender criptomoedas, na Ásia, pode ter sido alvo do maior roubo de sempre do setor. De acordo com a Coincheck, 530 milhões de dólares (pouco mais de 426,3 milhões de euros) em moedas NEM foram “retirados ilicitamente” da sua bolsa por piratas informáticos. Os 260 mil investidores afetados devem ser parcialmente reembolsados pela empresa japonesa, garante a CNN Money.

Negociações de NEM estão suspensas, na Coincheck.Pixabay

“Prometemos reexaminar as nossas práticas comerciais e procurar tornar claro todos os factos envolvidos nesse caso, descobrir a origem da falha, salvaguardar os nossos clientes, desenvolver medidas mais fortes e eficazes para a gestão dos riscos do nosso sistema e para prevenir eventos semelhantes, no futuro”, adiantou a plataforma, no seu blog. A Coincheck admitiu ainda que o sucedido causou imensas dificuldades aos seus utilizadores, às outras plataformas do tipo e à indústria das criptomoedas em geral.

Neste quadro, por enquanto, as negociações de todas as moedas digitais (à parte da bitcoin), nesta plataforma japonesa, mantêm-se suspensas. Com a divulgação deste roubo, a NEM sofreu uma desvalorização de quase 20%, mas entretanto já começou a recuperar das perdas.

Além disso, o próprio Governo japonês já reagiu ao caso, exigindo a melhoria das práticas de negócio, neste setor. As autoridades responsáveis pela área financeira nipónica estão, por isso, atentas ao comportamento da Coincheck, no rescaldo da falha.

Esta não é a primeira vez que piratas informáticos conseguem roubar milhares ou mesmo milhões de dólares em criptomoedas. A confirmar-se o montante, este será o maior desvio da história da indústria, ultrapassando o anterior recorde: um desfalque de 400 milhões de dólares (pouco mais de 321,7 milhões de euros) sofrido pela plataforma Mt Gox (também ela japonesa) em 2014. Nesse caso, a empresa acabou por entrar em bancarrota e os investidores não foram, até ao momento, reembolsados pelos valores perdidos.

Por outro lado, a Coincheck já prometeu devolver pelo menos cerca de 80% dos investimentos perdidos, mas não quis revelar a origem dos fundos que sustentarão essa operação. De acordo com a Bloomberg, esta plataforma japonesa foi fundada em 2012 e, em julho do ano passado, contava com 71 colaboradores, na sua sede em Tóquio.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fecho da Ricon deixa 580 no desemprego. Câmara de Famalicão tenta recolocar trabalhadores noutras empresas

Paulo Cunha reconhece que a situação é preocupante, mas diz que a Câmara já está a tentar recolocar os funcionários da Ricon noutras empresas têxteis da região. Fecho da Ricon coloca 580 no desemprego

A Câmara de Famalicão está preocupada com o futuro dos perto de 600 trabalhadores da Ricon, empresa que deverá fechar depois do administrador de insolvência considerar que, sem a parceria com a Gant, “empresa não é economicamente viável”.

Contactado pelo ECO, o presidente da autarquia de Famalicão, demonstra preocupação e revela que “está a ser criada uma retaguarda social de modo a ajudar os trabalhadores da Ricon que venham a necessitar”.

Paulo Cunha admite ainda estar a trabalhar junto do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) no sentido de “realojar noutras empresas — felizmente o concelho tem muitas e boas empresas — do setor para minimizar as consequências do desemprego”.

O presidente da Câmara diz que apesar dos funcionários da têxtil — que tem duas fábricas em Famalicão — já terem sido notificados, a situação não é ainda definitiva.

O que se sabe é que o relatório do administrador de insolvência propõe o fecho da empresa, mas serão os credores da empresas nas assembleias gerais que devem começar amanhã e prolongar-se até quinta-feira, que irão decidir o futuro da Ricon“, refere.

Paulo Cunha reconhece que os funcionários já foram contactados por carta no sentido da cessação de contrato, mas adianta que: “a empresa ainda não está extinta”.

Questionado de como é que a empresa chegou a esta situação, Paulo Cunha refere: “Pelo que sei as causas são muitas, mas a quebra nas encomendas por parte do seu maior cliente, nomeadamente a Gant que absorvia mais de 70% das encomendas do grupo será a causa principal”.

O relatório do administrador de insolvência, Pedro Pidwell, de que o Jornal de Notícias deu conta esta segunda-feira, defende o fecho da empresa, pois sem a parceria com os suecos da Gant, a empresa não é economicamente viável.

O administrador de insolvência diz ainda que o grupo detentor da Gant recusou todas as soluções que permitissem a viabilização da Ricon. Entre as possíveis soluções estava a entrada dos suecos diretamente na empresa lusa, a entrada de investidores terceiros e ainda a restruturação da dívida.

A primeira assembleia de credores está agendada para a próxima terça-feira. A banca é o maior credor com mais de 16 milhões de euros, a que se seguem os suecos com 5 milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.