Economia chinesa acelera pela primeira vez em sete anos

O PIB chinês cresceu 6,9% no ano passado, acima do previsto, tratando-se da primeira aceleração de crescimento desde 2010.

A economia chinesa cresceu 6,9%, em 2017, superando o ritmo de crescimento de 6,7% registado em 2016, anunciou esta quinta-feira o Gabinete Nacional de Estatísticas da China. Já no quarto trimestre de 2017, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês cresceu 6,8%, em termos homólogos.

O crescimento económico registado no último trimestre do ano foi apoiado na recuperação do setor industrial, pela resiliência do mercado imobiliário e pelo forte crescimento das exportações.

Os números revelados não só superaram aquilo que era esperado pelo Governo chinês que antecipava um ritmo de crescimento de 6,5% da economia em 2017, como sinaliza ainda a primeira aceleração dos últimos sete anos. Os dados do gabinete de estatísticas chinês mostram que em 2017 a economia acelerou pela primeira vez desde o ano de 2010, já que os anos seguintes foram marcados por sucessivas quebras do ritmo de crescimento. De salientar que 2016 tinha marcado o ritmo de crescimento menor em 26 anos.

Em termos nominais, a economia da china gerou no ano passado uma riqueza total de 82,71 biliões de yuans (10,54 bilhões de euros), o que sinaliza um aumento de 11,2% face à riqueza criada em 2016. “O crescimento chinês é muito saudável“, afirmou Iris Pang, economista do ING especializado na Grande China, citado pela Reuters. “Os riscos com que nos preocupamos em 2017 como, por exemplo, a possibilidade de os cortes na sobrecapacidade terem um impacto negativo sobre o PIB, não aconteceram porque novos setores estão realmente a ajudar a produção a crescer”, acrescentou o mesmo especialista.

A aceleração económica da China acontece ainda num ano em que o Governo intensificou a sua repressão ao investimento de risco e aos elevados rácios de alavancagem, bem como intensificou a batalha contra a poluição.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Financiamento trava desenvolvimento da economia do mar

  • Lusa e ECO
  • 18 Janeiro 2018

A PwC divulgou um estudo onde destaca o atraso no desenvolvimento da economia do mar, derivado da falta de financiamento. Ainda assim, atividades do mar continuam em crescimento.

A economia do mar parece estar a passar por maus momentos, com as atividades ligadas ao mar a caírem há dois anos consecutivos, revela um estudo divulgado esta quinta-feira pela PwC. Uma quebra que pode ser justificada pela falta de conhecimento dessas áreas e, consequentemente, pela falta de financiamento. Ainda assim, os inquiridos considera que o mar português tem “boa qualidade ambiental”.

No estudo da PwC — “LEME – Barómetro PWC da Economia do Mar” –, há um problema por combater: o atraso no desenvolvimento da economia do mar. Contrariamente às restantes variáveis analisadas no estudo, este tema é o único que não regista uma evolução positiva no seu crescimento, estando em queda há dois anos consecutivos.

Este desempenho pode ser justificado pela falta de financiamento na atividades do mar, como explica José Marques, partner da PwC ao Jornal de Negócios (acesso pago): “A redução de estruturas no sistema financeiro provocou perda de conhecimento em diversas áreas económicas, uma dessas áreas foi o mar”. Isto faz com que, esses financiamentos, sejam realizados apenas nas áreas económicas mais conhecidas, como é o caso dos “portos e transportes marítimos”, onde o conhecimento ainda é “suficiente”. “Só se investe e só se financia aquilo que realmente se conhece e se consegue avaliar”. Por isso, explica que “o primeiro passo para resolver este problema é dotar novamente o sistema financeiro do conhecimento necessário sobre a realidade económica das indústrias do mar”.

No estudo, a PwC destaca que “a atual turbulência nos mercados financeiros tem agravado a possibilidade de obtenção de financiamento por parte de setores que, por serem novos, não têm histórico, logo, esbarram na aprovação de produtos tradicionais de financiamento”. Uma realidade que se alarga “aos setores tradicionais que, apesar de terem um histórico, revelam dificuldades estruturais, afastando as mesmas fontes tradicionais de financiamento”.

Ainda assim, apesar destas limitações no financiamento, as atividades da economia do mar continuam a crescer. “Se com limitações grandes ao financiamento a economia do mar tem crescido, como seria se tivesse melhor financiamento?”, questiona José Marques. Dados do Instituto Nacional de Estatística, citados no estudo, indicam que mais de 4,6 mil milhões de euros da economia portuguesa são gerados pelos mais de 160 mil portugueses que trabalham nas indústrias do mar.

Gestores reconhecem “boa qualidade” ambiental do mar português

Do total dos que defendem a boa qualidade do mar (72%), 78% afirmam que este é um argumento “usado de forma insuficiente por Portugal”. Já dos que consideraram que a qualidade do mar português é “fraca”, 96% sublinha que, no contexto europeu, as consequências da baixa qualidade no mar português são “significativas”.

Entre o total dos inquiridos, 39% refere que “acontece frequentemente” a presença de lixo no mar português e 24% diz que se verifica, com regularidade, situações de sobrepesca. Por sua vez, 77% diz que há um risco “reduzido” de se encontrarem resíduos radioativos e 62% defende a mesma posição face ao desmantelamento de navios no mar português. Relativamente ao impacto, 61% considera que a verificar-se derrames será “elevado” e 88% defendem a mesma posição em relação aos resíduos radioativos.

Conforme indica o ‘LEME’, “dos nove riscos analisados, sete (78%) estão no quadrante de risco e o impacto acima do razoável, a tender para o elevado. Assim, embora Portugal tenha uma muito boa qualidade da água, comparativamente com outros países europeus, está sujeito a riscos e possíveis impactos elevados, que podem vir a afetar negativamente a sustentabilidade ambiental, caso não se mantenha, no terreno, uma ação constante de monitorização e de mitigação de riscos”.

A PwC nota ainda que, ao solicitar aos inquiridos sugestões para que Portugal seja uma referência, no contexto internacional, em termos de boa qualidade ambiental do mar, de uma forma geral, foram referidas, entre outras, o tratamento de resíduos urbanos e industriais, o reforço da educação ambiental e o uso de energias limpas. Sobre o impacto futuro da economia do mar na revolução digital, 90% dos inquiridos diz que é “elevado”, 8% refere que é “médio” e 2% defende que é “baixo”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo angolano prevê para 2018 a segunda maior inflação em 14 anos

  • Lusa
  • 18 Janeiro 2018

O Presidente angolano admitiu na sua tomada de posse que o controlo da inflação é uma prioridade, mas a concretizar ao longo do mandato. 

O Governo angolano prevê chegar ao final de 2018 com uma inflação acumulada próxima dos 30%, mas a previsão é abalada depois de nos dois últimos anos ter visto a meta largamente ultrapassada e sempre a dois dígitos, devido à crise.

A previsão para o total acumulado de 2018, de 28,7% entre janeiro e dezembro, está prevista no Orçamento Geral do Estado (OGE), em discussão na Assembleia Nacional até fevereiro, e a concretizar-se será o segundo valor anual mais alto desde 2004.

Esta semana, as contas finais do Instituto Nacional Estatística (INE) apontaram para uma inflação acumulada entre janeiro e dezembro de 2017 de 23,67%, registo muito superior à previsão de 15,8% que o Governo inscreveu no Orçamento Geral do Estado (OGE) anterior.

Ainda assim, um valor abaixo da inflação acumulada que o INE registou em 2016, que entre janeiro e dezembro chegou aos 41,95% — o valor mais alto desde 2004 –, para uma previsão inicial, que então constava do OGE, de apenas 11%.

Já a previsão para 2018 é desde logo condicionada pelo novo regime flutuante cambial, em que a taxa de câmbio é definida pelo mercado, nos leilões de divisas realizados pelo Banco Nacional de Angola para os bancos comerciais. Na primeira semana deste regime, o kwanza sofreu uma depreciação de mais de 10% face ao dólar norte-americano e de 16% para o euro, o que deverá agravar os custos de importação do país, com repercussões nos preços ao consumidor.

Como o próprio Presidente e chefe do Governo angolano admitiu na sua tomada de posse, a 26 de setembro, o controlo da inflação é uma prioridade, mas a concretizar ao longo do mandato. “No decurso dos próximos cinco anos, vamos procurar fixar a taxa de inflação em limites aceitáveis e controláveis. Isso vai obrigar-nos a impor regras rígidas de política cambial e de política fiscal. Vamos apostar no reforço dos sistemas de controlo de atos ilícitos que possam descredibilizar o setor financeiro e bancário, internamente como no exterior”, alertou na ocasião o novo Chefe de Estado, João Lourenço.

No OGE para 2018, com votação final deverá acontecer, na Assembleia Nacional, a 15 de fevereiro, o Governo angolano assume que tem vindo a tentar controlar a inflação, desde 2016, com a “reposição dos níveis mínimos de oferta de alimentos e outros bens fundamentais”, bem como pelo “ajustamento da oferta de moeda” e a “melhoria do modelo de intervenção no mercado cambial”. A “criação de janelas de diálogo com os principais agentes produtores e importadores” é outras das medidas do Governo angolano para controlar a inflação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Presidente do Crédito Agrícola revela que Tomás Correia propôs juntar os dois bancos

  • ECO
  • 18 Janeiro 2018

A ideia seria criar uma holding para integrar os dois grupos, Crédito Agrícola e Caixa Económica Montepio, afirmou Licínio Pina.

O presidente executivo do grupo Crédito Agrícola afirmou esta quarta-feira que Tomás Correia quis criar um grande banco do setor social, juntando o cooperativo. O objetivo era criar uma holding para integração dos dois grupos — Crédito Agrícola e Caixa Económica Montepio.

No programa Negócios da Semana, da SIC Notícias, Licínio Pina indicou: “Houve pessoas da associação mutualista que falaram comigo nesse sentido, incluindo o António Tomás Correia”.

Licínio Pina disse ainda que essa “tese” foi “muito” desenvolvida no Congresso da economia social, mas rematou: “Obviamente não lhe dei espaço para isso”. É uma ideia que “não está de forma alguma [madura] no Crédito Agrícola”, explicou ainda.

Esse projeto a nós, tal como nos foi apresentado, não nos interessa.

Licínio Pina

Presidente Executivo do Crédito Agrícola

De acordo o presidente do Crédito Agrícola, “a ideia seria mais a criação de uma holding para integração dos dois grupos” — Crédito Agrícola e Caixa Económica Montepio.

Questionado sobre se isso implicaria mais recursos para a holding, Licínio Pina respondeu: “É um projeto deles” e não do Crédito Agrícola. “Esse projeto a nós, tal como nos foi apresentado, não nos interessa”, notou, explicando porque ficou fora da ideia: “Não é o nosso foco”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Num ano e meio, apenas um em cada 37 condutores perdeu pontos na carta de condução

  • ECO
  • 18 Janeiro 2018

Desde a entrada em vigor do sistema de pontos, das mais de 600 mil contraordenações graves e muito graves, menos de 3% dos infratores levou à perda de pontos. Atrasos nos processos são a justificação.

Há mais de um ano, em junho de 2016, entrou em vigor o sistema da carta de condução por pontos. No entanto, feito o balanço desde essa altura, parece que os efeitos não estão a ser os desejados, devido à lentidão nas saídas das decisões judiciais dos processos. Dos mais de meio milhão de contraordenações graves e muito graves, apenas 3% resultou na perda de pontos na carta de condução.

De acordo com a notícia avançada pelo Diário de Notícias, desde a entrada em vigor do sistema de pontos, foram passadas 670.149 multas por infrações graves e muito graves, no entanto, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) apenas retirou pontos a 17.925 automobilistas, ou seja, um em cada 37 infratores ficou afetado.

Para justificar esta diferença de valores está a demora na conclusão dos processos. O “tempo de vida útil de um processo de contraordenação rodoviária é em média de três anos, entre o recurso e a impugnação da decisão por via judicial”, disse Pedro Silva, porta-voz da ANSR, ao Diário de Notícias. Esta lentidão no desenvolvimento dos processos, faz com que haja um atraso na perda de pontos e, consequentemente, na retirada da carta de condução. Até 11 de janeiro deste ano, foram retiradas apenas 24 cartas.

“A retirada de pontos ou aquisição de cadastro só acontece depois de esgotados os recursos, quando as decisões são definitivas e há o trânsito em julgado da sentença”, explicou Pedro Dias. Então, quando um condutor é autuado por dois motivos e em dois locais diferentes, caso recorra das multas, os pontos apenas vão ser retirados quando sair uma decisão definitiva de cada processo. Conforme explica José Miguel Trigoso, presidente da Prevenção Rodoviária Portuguesa, “o que espanta é o número muitíssimo baixo de infratores que perderam pontos num ano e meio. A morosidade dos processos é brutal. Nomeadamente os de excesso de velocidade que são aqueles que são mais numerosos”.

De acordo com a ANSR, a condução sob o efeito de álcool, a transposição do traço contínuo, o desrespeito pelo sinal vermelho e pelo sinal stop, a desobediência face ao sinal de sentido proibido e a utilização do telemóvel enquanto se conduz são os principais motivos que originaram a retirada de pontos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marinho e Pinto: caso Manuel Vicente foi tratado de “forma negligente”

  • ECO
  • 18 Janeiro 2018

O antigo bastonário da Ordem dos Advogados faz um "balanço muito positivo" do mandato da atual PGR mas defende um mandato único na "Justiça e em cargos de regulação".

Marinho e Pinto entende que o caso Manuel Vicente foi tratado de “forma negligente” desde o início “pelas autoridades diplomáticas e políticas portuguesas”. Em entrevista ao Público e Rádio Renascença, o antigo bastonário da Ordem dos Advogados entende que Portugal devia aceitar que o julgamento do ex-vice-Presidente angolano ocorresse em Angola.

“Não me repugna a possibilidade de um determinado país julgar no seu território, na sua ordem jurídica, os nacionais do seu país que tenham cometido crimes no estrangeiro”, afirma na entrevista divulgada pelo Público [acesso condicionado].

“Há aqui uma dimensão política e diplomática muito forte, que deveria ter sido tratada de outra maneira pelas autoridades portuguesas, incluindo pelas judiciárias. E não devia ter sido tratada da forma negligente, como desde o início foi, pelas autoridades diplomáticas e políticas portuguesas. Portugal tem centenas de milhares de cidadãos que vivem e trabalham em Angola”, nota ainda.

Há aqui uma dimensão política e diplomática muito forte, que deveria ter sido tratada de outra maneira pelas autoridades portuguesas, incluindo pelas judiciárias. E não devia ter sido tratada da forma negligente.

Marinho e Pinto

Antigo bastonário da Ordem dos Advogados

Marinho e Pinto também entende que está a ser feita “uma tempestade num copo de água” no que diz respeito ao não prolongamento do mandato da Procuradora-Geral da República (PGR). O eurodeputado não acha que tenha sido feito um “anúncio” prévio por parte do Governo: “Penso que a ministra da Justiça deu uma opinião perante uma pergunta que lhe foi feita. Ela não é uma pessoa com grande trajeto político, respondeu com aquela simplicidade que um político profissional talvez não respondesse”.

Aliás, Marinho e Pinto diz que sempre defendeu um mandato único na “Justiça e em cargos de regulação, onde se exige grande independência das pessoas”. Mas faz um “balanço muito positivo” do mandato da atual PGR.

Quanto ao Pacto de Justiça, o antigo bastonário dos advogados diz que “não é muito diferente de outros que se tentaram”, acrescentando que “visa confederar os interesses mais ou menos conflituantes das várias corporações que acuam no sistema judicial”.

Aponta o dedo aos tribunais, “graniticamente corporativo” e onde “nada muda” porque os “magistrados não querem mudar”: “Sentem-se bem assim porque são reis e senhores absolutos da sala dos tribunais, da Justiça”. “E o poder político não tem coragem para fazer as reformas que deviam ser feitas”, nota ainda.

Questionado sobre a geringonça, Marinho e Pinto diz que “foi um parto bafejado pelos deuses bons”, mas mostra preocupação, “porque continua a enganar-se o povo, dizendo que é possível distribuir sem produzir”.

O eurodeputado entende que também em política os prazos devem ser limitados “e além disso há também um limite natural para as pessoas”. Por isso admite: “Estou no meu limite, somos como os iogurtes, temos também um prazo de validade. E penso que o meu prazo está a chegar ao fim [acesso condicionado].

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lisboa arranca no verde. BCP e EDP puxam pela bolsa

A praça bolsista nacional arrancou em alta ligeira, a acompanhar as pares europeias. O avanço das ações do BCP são as principais responsáveis pelo avanço do PSI-20.

A bolsa nacional arrancou em alta ligeira, a acompanhar o sentimento positivo das pares europeias. O avanço das ações do BCP são as principais responsáveis pelo avanço do PSI-20.

O índice de referência da praça acionista nacional arrancou a valorizar 0,26%, para os 5.633,31 pontos, com a maioria dos seus 18 títulos em terreno positivo.

Contudo, grande parte da responsabilidade pelo avanço do PSI-20 está a ser determinado pela valorização do BCP, mas também da EDP. As ações do banco liderado por Nuno Amado arrancaram a ganhar 0,51%, para os 29,39 cêntimos, enquanto as da elétrica comandada por António Mexia subiam 0,31%, para os 2,891 euros.

No mesmo sentido, seguia ainda a Galp Energia, mas com ganhos um pouco mais modestos. As ações da petrolífera somavam 0,19%, para os 16,15 euros, num arranque de sessão marcado por poucas oscilações da cotação do petróleo nos mercados internacionais.

Por sua vez, os títulos dos CTT somavam 0,57%, para os 3,51 euros, depois de a empresa ter informado na quarta-feira que a Gestmin adquiriu 382.675 ações nas sessões de 11 de 12 de janeiro, num investimento de 1,44 milhões de euros. Desde dezembro, a Gestmin já aumentou a sua participação nos CTT em 2%, após várias aquisições no mercado, sendo que neste momento detém 12.42% dos CTT.

Em queda destaque apenas para a EDP Renováveis e para a Sonae Capital. As ações da empresa liderada por Manso Neto recuavam 0,42%, para os 7,07 euros, travando maiores subidas do PSI-20. Já os títulos da Sonae Capital perdiam 0,31%, para os 96 cêntimos.

(Notícia atualizada às 8h21 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ordem dos Médicos quer acabar com baixas médicas até três dias

  • Lusa
  • 18 Janeiro 2018

A Ordem dos Médicos propôs ao Ministério da Saúde acabar com os atestados médicos de três dias, por acreditar que diminuiria 15 a 20% dos casos nas urgências e nos médicos de família.

A Ordem dos Médicos propôs ao Ministério da Saúde acabar com os atestados médicos de curta duração, até três dias, considerando que a medida pode descongestionar urgências e centros de saúde.

Em entrevista à agência Lusa quando se cumpre, na sexta-feira, um ano da sua eleição como bastonário, Miguel Guimarães entende que os atestados médicos de curta duração “não deviam ser necessários”, bastando ao trabalhador responsabilizar-se pela sua situação. Para evitar abusos, a legislação laboral podia ser adaptada de forma a impedir a repetição consecutiva de justificações de doença sem atestado médico.

“Propusemos que se acabassem com os atestados médicos de curta duração. Isto é de uma importância fenomenal”, afirmou o bastonário dos médicos, exemplificando com o caso das segundas-feiras, por tradição o dia pior das urgências nos hospitais. Muitas pessoas sentem-se mal ou doentes durante o fim de semana e precisam de faltar ao trabalho na segunda-feira. Recorrem então ao serviço de urgência ou ao centro de saúde para serem observadas e conseguirem um atestado que lhes permita justificar a ausência no trabalho.

“O que acontece quando se vai ao médico pedir um atestado porque se estava com uma dor de cabeça ou indisposição? O médico vai passar o atestado, não tem grande alternativa. Estamos a falar de uma coisa de curta duração e que nem dá tempo para [o médico] investigar qualquer doença que possa existir”, exemplificou Miguel Guimarães.

O bastonário refere que outros países já prescindiram de atestados médicos de curta duração e acredita que esta medida retiraria 15% a 20% dos casos nas urgências e nos médicos de família, nomeadamente à segunda-feira. A Ordem dos Médicos está consciente de que a ideia não envolve apenas o Ministério da Saúde, mas também pelo menos o Ministério do Trabalho.

Os atestados médicos de curta duração não são bons para a sociedade. Depois, a legislação pode ser adaptada para não permitir abusos. [A medida] ia descongestionar as coisas e ia ser melhor para as pessoas. Muitas vezes as pessoas vão aos serviços quando deviam estar em casa a recuperar, a descansar”, argumentou Miguel Guimarães. A proposta mantém-se em cima da mesa do ministro da Saúde e aguarda apreciação da tutela, bem como eventual avaliação por parte do Ministério do Trabalho.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Montepio pressionado a captar 970 milhões para a Associação Mutualista

  • ECO
  • 18 Janeiro 2018

Montante previsto no Programa de Ação e Orçamento para 2018 da Associação Mutualista é "muito difícil de alcançar" diz sindicato dos bancários.

Captar 970 milhões de euros. Esse é o objetivo traçado para os funcionários da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) no que respeita à captação de recursos em produtos de capitalização da Montepio – Associação Mutualista (MGAM), avança o Público nesta quinta-feira (acesso pago). Um valor considerado elevado e que, segundo apurou o jornal diário, deixa o Sindicato dos Bancários do Norte preocupado face à pressão imposta sobre os funcionários da Caixa Económica.

O montante em causa está inscrito no Programa de Ação e Orçamento para 2018 da Associação Mutualista, sendo considerado “essencial para o sucesso do desempenho da atividade e para o crescimento do ativo da MGAM”, segundo o documento citado pelo Público. O montante previsto “incorpora o pressuposto de reaplicação da quase totalidade dos 370 milhões de euros das séries Capital Certo que vão vencer durante o ano e a captação de cerca de 50 milhões de euros de novas poupanças por mês”, refere ainda o documento.

Em causa estão os produtos de capitalização da Associação Mutualista, como é o caso do Capital Certo, que são vendidos ao balcões da CEMG. Tendo em conta o plano de captação de ativos, a MGAM espera que os funcionários da Caixa Económica convençam os clientes a voltar a aplicar 370 milhões de euros investidos há cinco anos no Capital Certo bem como angariar 600 milhões de euros adicionais nestes produtos.

Ao Público, Álvaro Ricardo, diretor do Sindicato dos Bancários do Norte, disse que “o objetivo fixado não é impossível de atingir, mas é muito difícil de alcançar“, revelando a sua preocupação com “a pressão que vai ser exercida sobre os funcionários para cumprir o objetivo fixado”.

Tudo isto acontece depois de o Banco de Portugal ter exigido à CEMG a sua autonomização face à MGAM, um processo que já levou à separação da gestão das duas entidades e à sua autonomização jurídica – com a transformação da CEMG em sociedade anónima. De acordo o supervisor, essa separação foi “seguida agora da diferenciação de marcas na comercialização de produtos”, processo que “terá de estar definido no horizonte do primeiro trimestre de 2018”, cita o Público.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

IGCP acredita em novas subidas de rating em 2018

  • ECO
  • 18 Janeiro 2018

Cristina Casalinho acredita que Portugal poderá receber mais avaliações positivas por parte das agências de rating nos próximos meses. Moody's pronuncia-se em abril.

Portugal poderá receber mais avaliações positivas por parte das agências de rating nos próximos meses. A convicção é da presidente do IGCP.

Cristina Casalinho disse ao Jornal de Negócios (acesso pago) esta quinta-feira, acreditar que a notação poderá evoluir favoravelmente isto depois de duas das três grandes agências de notação financeira terem voltado a classificar Portugal com grau de investimento. A 15 de setembro de 2017 a Standard & Poor’s, inesperadamente, retirou Portugal de lixo e três meses mais tarde, a Fitch melhorou a notação do país em dois níveis, de BB+ para BBB.

Agora, a 20 de abril é a vez de a Moody’s se pronunciar. E, como avançou esta quinta-feira o Diário de Notícias, a agência avalia como baixo o risco político em Portugal e acredita na capacidade de redução da dívida. A analista Sarah Carlson disse que a Moody’s espera que “o crescimento potencial modesto de Portugal acelere quando o investimento for orientado para oportunidades produtivas e quando os problemas económicos da dívida elevada do setor privado e do elevado desemprego forem respondidos”. E acrescenta que “a fraqueza do setor bancário também limita o potencial de crescimento por causa dos altos níveis de NPL [créditos não produtivos, entre eles o malparado], não obstante a recapitalização dos bancos”.

No capítulo da dívida, Cristina Casalinho avança ao Negócios que deverá terminar 2018 com um excedente de liquidez inferior ao do ano passado. “No final do ano de 2018, o IGCP projeta a existência de uma almofada de liquidez no valor de cerca de oito mil milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo face aos 9,8 mil milhões de euros com que se encerrou o ano passado. Assim, a variação do excedente de tesouraria irá ser negativo em cerca de 1,8 mil milhões de euros”, frisou.

No final do ano de 2018, o IGCP projeta a existência de uma almofada de liquidez no valor de cerca de oito mil milhões de euros, o que corresponde a um decréscimo face aos 9,8 mil milhões de euros com que se encerrou o ano passado. Assim, a variação do excedente de tesouraria irá ser negativo em cerca de 1,8 mil milhões de euros.

Cristina Casalinho

Presidente do IGCP

O IGCP tem aproveitado as boas condições de mercado para se financiar a taxas mais baixas e desta forma substituir dívida mais cara. É no âmbito deste exercício que se insere os pagamentos antecipados ao Fundo Monetário Internacional. Este ano não só já foi realizada a operação sindicada “com maior procura e, no prazo dos 10 anos, com a taxa mais baixa”, diz Casalinho, como também na quarta-feira foram emitidos 1.750 milhões de euros em Bilhetes do Tesouro a seis e 12 meses, e as taxas a renovarem mínimos históricos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Moody’s mostra-se tranquila com a geringonça

  • ECO
  • 18 Janeiro 2018

É a única agência de rating que classifica as obrigações da República como lixo, mas isso deve mudar para melhor nos próximos meses. Moody's avalia Portugal a 20 de abril.

A única agência de rating que classifica a dívida nacional como lixo já não se mostra preocupada com os próximos meses. De acordo com a vice-presidente da Moody’s Sarah Carlson, “o risco político interno é muito baixo”, noticia esta quinta-feira o Diário de Notícias.

A Moody’s ainda classifica as obrigações da República como lixo mas isso pode vir a mudar nos próximos meses, escreve o diário, recordando que a agência avalia Portugal a 20 de abril. No outlook relativo à zona euro em 2018, a Moody’s faz um retrato positivo da situação portuguesa e da gestão política e orçamental, revelando estar tranquila com o caminho que deve ser seguido este ano.

Ainda assim, a agência enuncia alguns fatores de tensão que podem vir a complicar o cenário, temendo, por exemplo, que a lenta recuperação dos rendimentos disponíveis reais ou o desemprego muito alto possam dar maior “tração” aos chamados “movimentos políticos anticonsenso”, pondo em causa a continuação das atuais políticas pró-consenso, que respeitam os limites do Pacto de Estabilidade. Sarah Carlson , a analista principal que assina o outlook e uma das vice-presidentes da Moody’s mostra-se tranquila e parece confiar na geringonça. “Avaliamos o risco político interno de Portugal como sendo muito baixo”, refere, em declarações ao DN/Dinheiro Vivo.

A esquerda continua a pedir mais reversões nas medidas de austeridade implementadas com a ‘troika’ mas Sarah Carlson responde: “Antecipamos que o Governo português continue a equilibrar o desejo de implementar uma política orçamental que reduz o peso da dívida pública, apesar da necessidade política de manter um apoio amplo das suas alianças parlamentares.”

Portugal consta do grupo de risco mínimo que abrange 16 países do euro. “As duas exceções são Grécia (risco político elevado) e Espanha (risco moderado+), indicou fonte oficial da Moody’s ao jornal. Esta avaliação foi feita em dezembro de 2017.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

É dia de a Fitch visitar Portugal, de a Sonae revelar as receitas das vendas preliminares e de a Justiça assinalar o novo ano judicial. Lá fora, os olhos estão postos no PIB chinês.

Lisboa recebe a visita da Fitch, que cá organiza uma conferência sobre as perspetivas de crédito em 2018. A praça lisboeta recebe ainda os números das vendas preliminares da Sonae. No Supremo Tribunal, marca-se o início de mais um ano judicial, e as grandes personalidades da Justiça vão estar presentes. Do INE saem novidades sobre a taxa de juro implícita no crédito à habitação no último mês de dezembro. Lá fora, é a economia da China a puxar a atenção dos investidores, com a revelação do PIB do ano passado.

Fitch vem a Lisboa

A agência de notação financeira Fitch dirige o seminário “Perspetivas de crédito 2018”, que terá lugar em Lisboa, da parte da manhã, entre as 9 horas e o meio-dia. A agência começa por debruçar-se sobre a perspetiva económica e global soberana, passará pelos temas crédito corporativo europeu e finanças estruturadas e obrigações cobertas, e, por fim, dará as perspetivas que tem para os bancos.

Sonae levanta o véu das vendas

A Sonae revela as receitas das vendas preliminares de 2017. A cotada concorrente, a Jerónimo Martins, animou recentemente os investidores com uma subida de 11,3% neste indicador face a 2016. Faturou 16,3 mil milhões de euros com as vendas, apoiada sobretudo pelos negócios na Polónia.

A Justiça senta-se no Supremo

O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, vai receber no Supremo Tribunal os grandes responsáveis do mundo da Justiça, para marcar o início do ano judicial. Estarão presentes o presidente do supremo Tribunal de Justiça, Henriques Gaspar, a Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal, e a Ministra da Justiça, Francisca Dunem, que recentemente se mostrou a favor do terminus do mandato da líder da Procuradoria Geral. Também o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não faltará.

Taxa de juro da habitação bate à porta

O Instituto Nacional de Estatística vem divulgar as Taxas de Juro Implícitas no Crédito à Habitação, relativas a dezembro de 2017. No último mês em que foi divulgada, novembro, “a taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação fixou-se nos 1,017% em novembro, valor superior em 0,1 pontos base ao observado em outubro. A prestação média vencida diminuiu 1 euro em relação ao mês anterior, fixando-se em 239 euros”, detalha o INE no relatório. Também em relação a dezembro, o mesmo gabinete de estatística irá lançar a Síntese Económica de Conjuntura.

China e EUA na mira. As grandes economias dão sinais

É dia de conhecer o PIB chinês. De acordo com os analistas da Bloomberg, a economia chinesa terá conseguido uma expansão homóloga de 6,8% em 2017. Segundo a agência noticiosa, 2018 pode marcar a reviravolta na economia da China, pois prevê-se a primeira aceleração desde 2010, o ano em que o seu PIB se posicionou no segundo lugar do pódio mundial. Já a maior economia do mundo, a dos EUA, irá ser confrontada com as estatísticas semanais dos pedidos de subsídio de desemprego, que vêm dar pistas sobre a força desta potência.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.