Parlamento chumba deputado do PS para a ERSE. Costa tinha prometido que Governo não seria “autista”

PS foi único a votar a favor da nomeação de Carlos Pereira para a ERSE. Todos os outros partidos deram luz verde ao relatório do PCP, desfavorável a nomeação.

O Partido Socialista foi único a votar a favor da nomeação de Carlos Pereira para a ERSE esta quarta-feira, tendo a sua nomeação sido chumbada. Todos os outros partidos deram luz verde ao relatório do PCP, desfavorável a nomeação.

A proposta de parecer da comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas é desfavorável à nomeação do deputado socialista Carlos Pereira para a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), segundo o documento a que a agência Lusa teve acesso esta terça-feira. “Das opiniões e considerações dos partidos expressas durante as audições, pode concluir-se que não reúne consenso a personalidade indicada pelo Governo para o cargo de vogal do Conselho de Administração da ERSE, emitindo-se assim parecer desfavorável à nomeação”, indica a proposta de parecer distribuída aos deputados e e apreciada esta quarta-feira.

O parecer recorda ainda todo o processo desde a nomeação. A escolha do Executivo, liderado pelo socialista António Costa, foi conhecida a 8 de outubro, tendo sido marcada para dois depois uma audição a Carlos Pereira na comissão de Economia. Porém, esse encontro acabou por ser adiado para antes ouvir o então ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, no âmbito de requerimentos apresentados pelo PCP e pelo CDS-PP e aprovados por unanimidade.

A 8 de outubro, o ECO dava conta de que Carlos Pereira seria indigitado pelo Governo para vogal da Entidade Reguladora da Energia. Pereira é deputado e ex-presidente do PS Madeira, e ficou conhecido como relator da Comissão de Inquérito à Caixa Geral de Depósitos. No entanto, poucos dias depois, o Expresso avançava que o PS poderia ficar isolado no apoio ao deputado.

No debate quinzenal, a 10 de outubro, António Costa sublinhava que, ainda que o parecer do Parlamento não fosse vinculativo, “o Governo não é autista”, dando a entender que a opinião dos deputados poderia pesar na decisão do Governo.

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“A partir de hoje a Morais Leitão passa a Morais Leitão”

A Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados passa a adotar o símbolo ML e formalizando, assim, o que há muitos anos é informal: a Morais Leitão passa, assim, a ser a Morais Leitão.

Passaram 25 anos sobre a fusão dos escritórios liderados por João Morais Leitão e José Manuel Galvão Teles. Onze anos depois deste movimento histórico, juntava-se o escritório de Miguel Galvão Teles e João Soares da Silva, recentemente falecido. Em 2006, foi a vez de se concretizar a integração do escritório de Osório de Castro, Verde Pinho, Vieira Peres e Lobo Xavier. Passados 25 anos, “o símbolo que escolhemos formaliza assim o que há uns anos é informal”, segundo Nuno Galvão Teles que, ontem, simultaneamente enquanto inaugurava o escritório em Hong Kong, apresentava a nova marca. A Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados passa assim, apenas e só, a Morais Leitão (ML). A apresentação da marca decorreu, numa cerimónia informal, no escritório em Lisboa, na Rua Castilho.

“Uma merecida homenagem a um dos nossos fundadores. Nomes à parte: a raiz sempre foi e será a mesma. O gosto pela advocacia, uma referência de qualidade o brio, a concentração de talento e a ambição de ser líder em todas as áreas do direito. Tenho assim o prazer de anunciar em direto a nossa mais recente geografia e de uma das principais praças financeiras do mundo que a partir de hoje a Morais Leitão passa a Morais Leitão“, diz o managing partner de um dos maiores escritórios de advogados portugueses.

“A nossa instituição é hoje maior e melhor do que a soma dos escritórios que lhe deu origem, tendo mantido, ao longo dos anos, uma tradição de compromisso, rigor, inovação e dedicação à ciência jurídica e aos nossos clientes. As gerações têm vindo a renovar-se, acrescentando sucesso e continuidade ao projeto inicial dos nossos fundadores”, segundo comunicado do escritório enviado às redações.

Refletindo esta renovação, a que era até agora MLGTS redesenhou e modernizou “os sinais da nossa identidade, adotando em Portugal e nas diversas geografias o símbolo ML e formalizando, assim, o que há muitos anos é informal”.

“Somos a Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva e Associados mas informalmente sempre nos chamaram Morais Leitão. É uma merecida homenagem a um dos nossos mais brilhantes fundadores e um sinal inequívoco de que, nomes à parte, a raiz sempre foi e será a mesma: o gosto pela advocacia, uma referência que estimamos de qualidade, o brio, a concentração de talento e a ambição de ser líder em todas as áreas do direito. A partir de hoje a Morais Leitão passa a Morais Leitão”, termina o comunicado oficial do escritório.

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Hugo Pires substitui Helena Roseta na coordenação do grupo de trabalho da habitação

O deputado socialista Hugo Pires vai substituir Helena Roseta na coordenação do grupo de trabalho da habitação. Roseta demitiu-se do cargo depois de as votações serem adiadas novamente.

Hugo Pires, deputado socialista, vai substituir Helena Roseta na coordenação do grupo de trabalho da habitação. A informação foi avançada à Lusa por fonte da bancada. Helena Roseta demitiu-se do cargo, depois das votações às alterações ao regime do arrendamento urbano, bem como a introdução de incentivos fiscais ao arrendamento e a implementação de um programa de rendas acessíveis, voltarem a ser adiadas, na passada terça-feira.

O pedido de adiamento foi feito pelo Partido Socialista (PS), depois de ter sido noticiado que não estavam a conseguir reunir apoio à esquerda para aprovar as propostas para incentivar o arrendamento acessível e de longa duração. O PCP e o Bloco de Esquerda opuseram-se ao adiamento, levantando questões quanto ao prazo de implementação da lei, mas o PSD acompanhou o pedido do PS.

Os deputados Nuno Sá e Luís Vilhena também farão parte do grupo de trabalho parlamentar da Habitação, Reabilitação Urbana e Políticas de Cidades, de acordo com a fonte contactada pela Lusa.

A discussão do pacote legislativo da habitação decorre desde maio. Com este adiamento, a pasta só voltará a ser discutida no Parlamento em dezembro, depois da votação final global do Orçamento do Estado. Agora, os socialistas terão de voltar às negociações, e Helena Roseta, em declarações ao ECO, aponta para que a solução possa estar numa aproximação à proposta do PSD.

(Notícia atualizada às 11h01)

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Euro em mínimos de dois meses. Receios de abrandamento económico ameaçam

A moeda única da Zona Euro recua em torno de 0,5%, para o valor mais baixo desde 20 de agosto, no dia em que foram divulgados dados que apontam para um abrandamento económico na região.

A moeda única da Zona Euro está sob forte pressão nesta sessão. Recua em torno de 0,5% para mínimos de dois meses, numa altura em que o mercado antecipa um abrandamento do ritmo de crescimento da região no último trimestre do ano.

O euro desvaloriza 0,42%, para os 1,1421 dólares, atingindo assim o valor mais baixo desde o dia 20 de agosto face à moeda norte-americana.

Essa quebra acontece no mesmo dia em que foi conhecido que o índice que mede a atividade das empresas da Zona Euro — o PMI — evoluiu aquém do que era esperado pelos analistas, penalizado pelas reduzidas encomendas que afetaram negativamente a confiança.

Euro em mínimos de dois meses

Fonte: Reuters

O índice compósito de compras da Markit recuou para mínimos de 25 meses, em outubro, bastante aquém da média antecipada numa sondagem da Reuters: 53,9 pontos.

“Há uma ampla disseminação de fatores que estão a fazer diminuir a procura. A guerra comercial e das tarifas são as preocupações mais referidas”, disse Chris Williamson, economista-chefe da Markit.

A instabilidade a que se assiste na Europa e que envolve a Itália também penaliza o rumo da moeda única, depois de na terça-feira Bruxelas ter chumbado o Orçamento do executivo de Conte.

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Salvini diz que Roma não muda orçamento nem que Bruxelas “mande 12 cartas”

  • Lusa
  • 24 Outubro 2018

Vice-primeiro-ministro mantém braço-de-ferro com Comissão Europeia, de onde poderão vir 12 cartas que o Governo italiano não vai mudar a sua proposta de Orçamento do Estado para 2019.

Matteo Salvini, líder da extrema-direita italiana e ministro do Interior, disse esta quarta-feira que o governo de Roma vai manter o Orçamento do Estado para 2019 mesmo que a Comissão Europeia “mande 12 cartas”.

Na terça-feira, Bruxelas “chumbou” o orçamento italiano provocando de imediato críticas por parte do governo de Roma. “De Bruxelas até podem mandar 12 cartas, os orçamentos não vão mudar”, disse Salvini à estação de rádio RTL.

“Estamos aqui para melhorar a vida dos italianos, a mim parece-me um ataque com preconceitos (…) É um ataque à economia italiana porque alguém quer comprar as nossas ações a baixo custo”, acrescentou.

“Todos os orçamentos que passaram por Bruxelas nos últimos anos aumentaram a dívida italiana em 300 mil milhões de euros”, afirmou Salvini na mesma entrevista em que defendeu a estratégia do governo sobre o aumento dos gastos no setor público como forma de promover o crescimento.

A Itália elaborou objetivos para 2019 que preveem um défice de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), uma dívida de 130% e um crescimento de 1,5%.

Os números preocupam a Comissão Europeia que considera que os números sobre o crescimento são demasiado otimistas o que pode provocar o “risco” de aumento do défice da dívida.

Salvini afirmou que “segundo as previsões de Bruxelas” a Itália vai crescer 0,9%, mas, de acordo com o ministro, o governo italiano vai conseguir um crescimento maior.

“Como se paga a dívida com um crescimento de 0,9%? Nós propomos uma receita diferente porque apostamos no crescimento de Itália”, sublinhou.

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Dados da administração pública vão ser tratados através de inteligência artificial

  • Lusa
  • 24 Outubro 2018

Prevenção de acidentes e deteção de viciados em jogo na Internet são alguns dos objetivos dos projetos que o governo apresenta para tratar os dados recolhidos pela administração pública com IA.

Prevenção de acidentes e deteção de viciados em jogo na Internet são alguns dos objetivos dos projetos que o Governo esta quarta-feira apresenta para tratar os dados recolhidos pela administração pública com mecanismos de inteligência artificial.

A ministra da Presidência e Modernização Administrativa disse à agência Lusa que a ideia é “melhorar os serviços públicos”, conseguindo usar a informação para “prevenir em vez de remediar”.

Com quatro milhões de euros serão apoiados 19 projetos que juntam organismos públicos, autoridades, universidades e instituições científicas, que trabalharão dados disponibilizados à comunidade científica, mas só depois de serem “protegidos previamente” num projeto com o Instituto Nacional de Estatística.

Maria Manuel Leitão Marques indicou que entre outros projetos está uma colaboração entre o Ministério da Saúde e a Universidade Nova para detetar “padrões anormais de prescrição de antibióticos” no Sistema Nacional de Saúde.

Outra, que envolve a GNR e a Universidade de Évora, dedicar-se-á a estudar os padrões de acidentes para identificar “pontos críticos” e prevenir a sinistralidade.

O INE, a Universidade Nova e o Turismo de Portugal vão também colaborar para identificar “padrões de adição em jogo ‘online'”, enquanto o Ministério da Saúde e a Fundação Gulbenkian vão trabalhar juntos para tentar identificar e prever a procura de urgências hospitalares.

A ministra afirmou que até ao fim do ano será lançada a segunda fase do programa, cujos financiamentos são coordenados pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, e a expectativa é que haja o dobro do dinheiro para apoiar projetos.

Candidatos não faltarão, afirmou Maria Manuel Leitão Marques, apontando “os muitos e bons projetos que ficaram de fora” da primeira fase, cujo concurso foi decidido por um júri internacional.

Todos os projetos que serão apoiados estão “na fase inicial”, embora alguns já tenham passado a fase de protótipos.

O ministro da Ciência, Manuel Heitor, disse à Lusa que, como outros setores da economia e da sociedade, a administração pública vai passar por uma “transformação digital”. Essa é uma “área crítica” e é preciso investir na “capacidade científica em áreas como o processamento massivo de informação”, seguindo princípios de “ética institucional” no tratamento dos dados que dizem respeito a várias áreas da vida dos cidadãos.

A ministra da Presidência salientou que “não é a técnica que vai dominar” os mecanismos de decisão, que serão sempre humanos, embora se possam basear nas conclusões tiradas do tratamento dos dados através de inteligência artificial.

A apresentação dos 19 projetos apoiados vai ser feita hoje de manhã no Instituto Nacional de Estatística.

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Travão às pensões antecipadas? “Será discutido no futuro”, diz Vieira da Silva

O ministro do Trabalho foi ao Parlamento dizer que o travão às reformas antecipadas será discutido "no futuro". Bloco de Esquerda e PCP dizem que se oporiam à medida.

Depois de Mário Centeno ter dado o tiro de partida, foi a vez de Vieira da Silva ir ao Parlamento apresentar o plano orçamental da Segurança Social para o próximo ano. Num debate marcado pelas pensões antecipadas, o ministro do Trabalho garantiu que o Orçamento do Estado não trará qualquer travão às reformas antecipadas para quem não cumpra o duplo critério “60 anos de idade e 40 de descontos”, atirando essa discussão para o futuro.

No âmbito da Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, o Bloco de Esquerda e o PCP aproveitaram, por outro lado, para garantir que se oporiam frontalmente a qualquer medida nesse sentido, que, adiantam, considerariam uma “perda de direitos”.

Nesta sessão de quatro horas e meia, a direita criticou, por sua vez, o “eleitoralismo” das medidas apresentadas e acusou o Governo de ter criado alguma confusão, particularmente em torno da questão das pensões.

O ECO acompanhou em direto a audição. Recorde-a abaixo.

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Equipa de Santana Lopes na Santa Casa foi notificada por infrações financeiras por negligência

  • ECO
  • 24 Outubro 2018

No caso do ex-provedor da Santa Casa são-lhe imputadas duas irregularidades. Santana Lopes desvaloriza-as, dizendo que são por "negligência" e que originaram multas "pelo valor mínimo".

A administração de Pedro Santana Lopes na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) terá recebido, durante esta semana, uma notificação do Tribunal de Contas (TdC) da aplicação de multas por várias infrações financeiras por negligência respeitante a atos praticados naquela instituição, entre o período de 2012 e 2014, avança esta quarta-feira o jornal Público (acesso pago).

A receção da notificação foi confirmada pelo próprio Santana Lopes. O ex-provedor da Santa Casa, que entretanto saiu do Partido Social Democrata (PSD) e fundou um novo partido, a Aliança, disse que, no seu caso, são-lhe imputadas duas irregularidades por “infração financeira por negligência por participação em decisões” que chegavam à administração por sugestão dos serviços da Santa Casa.

O ex-primeiro-ministro de Portugal desvaloriza as irregularidades que lhe são imputadas, lembrando que são por “negligência” e que o TdC decidiu aplicar multas “pelo valor mínimo”, que é 2.500 euros por infração. Em causa está uma infração relacionada com a contratação por ajuste direto do arquiteto Falcão Campos. “Os serviços propuseram que se mantivesse o arquiteto” e a administração deu luz verde à sua contratação, explica. Contudo, a inspeção considerou que deveria ter sido realizado um concurso público, o que não aconteceu.

A segunda irregularidade tem a ver com a renovação de contrato com a empresa LPM. Aconteceu o mesmo, “os serviços consideravam que era melhor recorrer ao ajuste porque era um ano que se perdia” ao realizar concurso e, como se tratava de uma renovação, foi feito o ajuste direto.

Estas e outras irregularidades estendem-se, também, aos restantes membros da administração, como Helena Lopes Costa, Rita Valadas, Paes Afonso e Paulo Calado.

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Nova IES vai permitir ao fisco “detetar padrões de incumprimento”, diz Helena Borges

  • ECO
  • 24 Outubro 2018

A diretora-geral do Fisco diz que os dados que as empresas vão passar a enviar, para o pré-preenchimento da Informação Empresarial Simplificada (IES), dá "uma dose de informação brutal".

Os contabilistas aguardam a entrada em vigor de novas regras de pré-preenchimento da Informação Empresarial Simplificada (IES) a entregar ao Fisco. Em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago), Helena Borges, diretora-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) considera que esta nova ferramenta irá representar “uma dose de informação brutal” que irá ajudar o Fisco a “detetar padrões de incumprimento”.

As declarações da responsável do Fisco surgem a propósito do Tax Summit, uma cimeira fiscal sobre economia digital que acontece nesta quarta-feira, e que Helena Borges considera ser um acontecimento que irá permitir aos representantes das autoridades fiscais a troca de experiências, o debate do impacto das novas tecnologias e o estabelecimento de contactos e parcerias.

Relativamente à IES, Helena Borges considera que “a prazo, este instrumento transformar-se-á numa segurança enorme e em libertar os recursos para tarefas de valor acrescentado“, e que irá permitir limitar o número de erros.

“Ficaremos com uma dose de informação brutal”, reconhece a diretora da AT, acrescentando que “é um potencial de informação que a organização tem e que tem de saber transformar em conhecimento útil. Que induza receita, mas apenas a receita que o legislador quis”.

Relativamente às preocupações já reveladas pela bastonária dos contabilistas no sentido de que com a nova ferramenta irá colocar nas mãos do Fisco a vida das empresas, Helena Borges desvaloriza. “Nós sempre tivemos acesso a toda essa informação. E não vamos desviar-nos da nossa missão. Vamos continuar a usar a informação apenas para detetar padrões de incumprimento não para detetar aspetos exteriores à nossa missão“, afirma.

“Vamos usar a informação de forma inteligente”, diz Helena Borges, que explica que o objetivo não é “atuar e produzir passivamente atos logo com impacto na esfera patrimonial das pessoas. Até porque isso ia gerar um contencioso que não queremos manter e que seria ineficiente”.

Cobrança coerciva 10% acima da meta

Relativamente às metas de cobrança coerciva já realizadas este ano, Helena Borges diz já estarem acima das metas previstas. “Eram 1.006 milhões de euros e estamos já 10% acima do que tínhamos programado para esta altura”, explica, acrescentando que “cada vez mais a cobrança se alcança pela simples instauração de processos executivos”.

Já no que respeita ao encaminhamento para os tribunais, Helena Borges fala em taxas de sucesso de 60% na primeira instância e próximas disso nos tribunais superiores.

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Lisboa segue recuperação da Europa. Jerónimo Martins avança 1%

A bolsa nacional iniciou a sessão no vermelho, mas rapidamente inverteu de sentido para acompanhar a recuperação das principais pares europeias. A Jerónimo Martins é um dos títulos que mais suporta.

A bolsa nacional iniciou a sessão no vermelho, mas rapidamente inverteu de sentido para acompanhar a recuperação das principais pares europeias. A Jerónimo Martins é um dos títulos que mais suporta o rumo da praça lisboeta.

O PSI-20 arrancou a sessão a perder 0,18%, para os 4.923,71 pontos, mas já segue a valorizar 0,15%, para os 4.939,83 pontos, recuperando de mínimos de abril de 2017.

O índice bolsista nacional acompanha o sentimento positivo que marca as ações europeias após a sangria da última sessão que lançou os principais índices para mínimos de dois anos após o chumbo de Bruxelas ao orçamento de Itália.

Em Lisboa, a Jerónimo Martins é a principal responsável pelo avanço do PSI-20. As suas ações somam 1,09%, para os 11,59 euros. Também a EDP contribui, com os seus títulos a ganharem 0,48%, para os 3,116 euros.

Mas a maioria dos títulos segue no vermelho, com a Sonae em destaque. As suas ações perdem 0,82%, para os 84,8 cêntimos. As papeleiras também se destacam pela negativa. As ações da Altri caem 0,7%, para os 7,09 euros, enquanto as da Semapa e da Navigator desvalorizam 0,63% e 0,35%, respetivamente, para os 15,8 e 4,038 euros.

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Inapa compra a alemã Papyrus Deutschland. Negócio deverá estar concluído em dezembro

Empresa portuguesa comprou a subsidiária da OptiGroup AB, dedicada à distribuição de papel nos segmentos gráfico e de escritório na Alemanha.

A portuguesa Inapa comprou a subsidiária da OptiGroup AB, dedicada à distribuição de papel nos segmentos gráfico e de escritório na Alemanha, anunciou a empresa em comunicado enviado à CMVM. O acordo é vinculativo e agora, encontra-se “sujeito à aprovação habitual da Autoridade da Concorrência alemã”, adianta o comunicado.

A transação será paga parcialmente através da emissão de obrigações convertíveis pela Inapa. “No momento da emissão, os títulos serão, em caso de conversão total, convertíveis em 23% de todas as ações e direitos de voto na Inapa.

“A Inapa pretende combinar o negócio da Papyrus Deutschland, que teve um volume de negócios de 561 milhões de euros em 2017, com a sua subsidiária alemã, Papier Union, que teve um volume de negócios de 389 milhões de euros no mesmo período”, adianta ainda o comunicado.

O negócio, adianta a empresa, deverá estar concluído em dezembro de 2018.

Em setembro, a Inapa anunciou que os lucros da empresa caíram 80% para 100 mil euros no primeiro semestre do ano, face aos 500 mil euros do período homólogo. “Graças a diversas medidas de eficiência, os custos operacionais depois das provisões reduziram-se em 3,2 milhões de euros, permitindo fechar o semestre com o resultado líquido acumulado positivo de 100 mil euros”, referia a empresa, a 28 de setembro, em comunicado.

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Hoje nas notícias: hotelaria, Fisco e Santana Lopes

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

O setor hoteleiro quer duplicar a oferta em Lisboa e no Porto. A concretizar-se, em Lisboa passarão a existir 67.367 camas e no Porto serão 22.100, números que não têm em conta o alojamento local. Na Justiça, a PJ apanhou uma rede chinesa de fuga ao Fisco que atuava, principalmente, no norte do país. Já a equipa de Santana Lopes na Santa Casa foi notificada pelo Tribunal de Contas por infrações financeiras. No setor empresarial, o Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) — que em seis anos injetou mais de três mil milhões de euros nas empresas — teve avaliação positiva, no geral. O relatório é apresentado esta quarta-feira.

Hoteleiros querem duplicar oferta em Lisboa e no Porto

Sendo a maioria hotéis, Lisboa tem uma carteira de 208 empreendimentos turísticos com parecer positivo do Turismo de Portugal (TdP). De acordo com o sistema de informação do TdP, estes projetos em carteira irão disponibilizar mais 23.237 camas, que se somarão às 44.130 em operação. Se todos estes investimentos se concretizarem, a capital irá passar a contar com um total de 418 empreendimentos turísticos e 67.367 camas, sem contar com a oferta de alojamento local. A norte, o Porto tem uma carteira de 93 empreendimentos turísticos com parecer positivo do Turismo de Portugal.

Leia a notícia completa em Diário de Notícias (acesso pago).

Megaoperação da PJ apanha rede chinesa de fuga ao Fisco

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) participou nas buscas da Polícia Judiciária (PJ) que procuravam transferências suspeitas no valor de 60 milhões de euros. A ação, sobretudo no norte do país, visou donos de armazéns devido a alegadas vendas de artigos sem faturação. A rede chinesa de fuga ao Fisco foi desmantelada pela PJ.

Leia a notícia completa em Jornal de Notícias (acesso pago).

Fisco “vai ter uma dose brutal de informação” sobre empresas

Os contabilistas aguardam a entrada em vigor de novas regras de pré-preenchimento da Informação Empresarial Simplificada (IES) a entregar ao Fisco. Helena Borges, diretora-geral da Autoridade Tributária e Aduaneira, considera que esta nova ferramenta vai trazer ao Fisco “uma dose brutal de informação” sobre as empresas. Em resposta às preocupações de o Fisco passar a ter a vida das empresas nas suas mãos, Helena Borges diz que os dados que as empresas vão passar a enviar continuarão a ser usados “apenas para detetar padrões de incumprimento não para detetar aspetos exteriores à nossa missão”.

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Infrações financeiras de Santana na mira do Tribunal de Contas

O Tribunal de Contas (TdC) notificou, esta semana, a equipa de Santana Lopes na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) da aplicação de multas por várias infrações financeiras por negligência respeitante a atos praticados naquela instituição, no período entre 2012 e 2014. Em causa estão irregularidades de procedimentos encontradas durante uma auditoria da Inspeção-Geral do Ministério do Trabalho e Segurança Social (IGMTSS) concluída em abril de 2016.

Leia a notícia completa em Público (acesso pago).

Quem tudo QREN tudo ganha

Os seis anos em que o Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) injetou mais de três mil milhões de euros nas empresas tiveram nota positiva. Uma das conclusões da “Avaliação do Impacto dos Fundos Europeus Estruturais e do Investimento no Desempenho das Empresas”, que é apresentada esta quarta-feira no ISCTE – Instituto Universidade de Lisboa, é que as empresas portuguesas apoiadas por dinheiros comunitários foram capazes de diminuir o fosso salarial entre homens e mulheres. “Regista-se um aumento dos salários médios da mulheres face aos dos homens, decorrente dos incentivos públicos” do QREN, lê-se no documento.

Leia a notícia completa em TSF (acesso livre).

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