Estado vai pagar até metade da reabilitação de casas “indignas”

Famílias em condições "indignas", que recebam até 1.715 euros por mês, poderão pedir apoios para a reabilitação, construção ou compra de casa.

O Estado vai financiar até metade do custo de reabilitação das casas consideradas “indignas” às famílias em condições de precariedade que se candidatem ao 1.º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação. No âmbito deste programa, serão também concedidos apoios ao arrendamento, à construção e à compra de casa, podendo o financiamento do Estado chegar, neste último caso, a 40% do valor do imóvel adquirido. Podem pedir ajuda as famílias que recebam até 1.715 euros por mês.

Estas regras constam do diploma que foi publicado, esta segunda-feira, em Diário da República, e que vem definir o funcionamento do programa aprovado pelo Governo, no mês passado, no âmbito do pacote legislativo Nova Geração de Políticas de Habitação. O programa 1.º Direito, um dos vários aprovados nesse pacote legislativo, destina-se a “assegurar o acesso a uma habitação adequada às pessoas que vivem em situações indignas e que não dispõem de capacidade financeira para aceder, sem apoio, a uma solução habitacional adequada”.

Para isso, serão concedidos apoios para o arrendamento de casas adequadas, a construção ou aquisição de casas ou a reabilitação da habitação onde a família já resida.

Os apoios, concedidos pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) ou por instituições de crédito que pretendam aderir a este programa, poderão ser atribuídos aos beneficiários diretos ou a entidades beneficiárias: o Estado (através da Direção-Geral do Tesouro e das Finanças, das Regiões Autónomas e dos municípios); empresas públicas; misericórdias, instituições particulares de solidariedade social; associações de moradores e cooperativas de habitação e construção; ou os proprietários de frações ou prédios situados em núcleos degradados.

Para que possam candidatar-se ao programa, as pessoas beneficiárias, que poderão ser cidadãos nacionais ou estrangeiros (desde que possuam título de residência válido), terão de viver em condições consideradas “indignas” e estar “em situação de carência financeira”. Estarão em “carência financeira” as pessoas ou agregados habitacionais que tenham um património mobiliário inferior a cerca de 5.000 euros e cujo rendimento médio mensal seja inferior a quatro vezes o indexante dos apoios sociais (IAS). Em 2018, o IAS é de 428,90 euros, o que significa que, para serem consideradas carenciadas, as famílias poderão receber até 1.715 euros por mês.

Ao mesmo tempo, serão consideradas condições indignas, por exemplo, os casos de precariedade, que abrangem, em primeiro lugar, as pessoas sem-abrigo. Também serão considerados precários os casos de pessoas que tenham de abandonar a casa por declararem insolvência ou por serem despejadas, no caso de agregados familiares em que só um dos elementos aufere rendimentos ou em que existem elementos com deficiência ou com mais de 65 anos.

No leque de “condições indignas” serão ainda consideradas as situações de “insalubridade e insegurança”, sobrelotação (quando o espaço da habitação seja considerado insuficiente para o tamanho do agregado familiar), ou “inadequação” às necessidades das pessoas que habitam a casa em questão (como no caso das pessoas incapacidade ou deficiência).

Se preencherem estes requisitos, os candidatos ao 1.º Direito poderão pedir apoios para o arrendamento, reabilitação ou construção, aquisição de casas ou, ainda, aquisição de terrenos destinados à construção de prédios ou empreendimentos de custos controlados.

No caso da reabilitação, os beneficiários poderão vir a receber um montante máximo de comparticipação de 50% das despesas da obra, desde que esse montante não exceda 40% do valor base dos prédios edificados, como definido no Código do Imposto Municipal sobre Imóveis.

Já no caso da construção, os apoios podem chegar até 35% do valor final da obra, enquanto na aquisição a comparticipação poderá atingir um máximo de 40% do valor da casa (desde que esse montante não ultrapasse 30% do valor base do imóvel).

Quem quiser beneficiar destes apoios, seja o titular de um agregado familiar ou as entidades coletivas, deverão candidatar-se junto dos municípios. Estes, por sua vez, poderão decidir atribuir uma habitação municipal, incluir o pedido no âmbito de uma candidatura próprio do município para promoção de uma solução habitacional, ou considerar o pedido como candidatura individual.

Será o IHRU a analisar e aprovar as candidaturas, tendo em conta a “validade e viabilidade das soluções habitacionais”.

A lei entra em vigor já na terça-feira, dia 5 de junho.

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Fórum para a Competitividade revê PIB em baixa para 2%

  • Lusa
  • 4 Junho 2018

Fórum para a Competitividade reviu, esta segunda-feira, em baixa a estimativa de crescimento da economia portuguesa, face a uma "nova queda de produtividade".

O Fórum para a Competitividade reviu, esta segunda-feira, em baixa a estimativa de crescimento da economia portuguesa este ano para 2,0% a 2,3%, destacando como principal aspeto negativo da desaceleração registada até março a “nova queda de produtividade”.

No primeiro trimestre o PIB [Produto Interno Bruto] de Portugal desacelerou de 2,4% para 2,1%, como esperado, mas com perspetivas de novos abrandamentos, pelo que atualizamos a nossa estimativa para entre 2,0% e 2,3% [face aos anteriores 2,2% a 2,5%] para o conjunto do ano”, lê-se na nota de conjuntura de maio.

Segundo acrescenta, “um dos aspetos mais negativos desta evolução é que se registou de novo uma queda da produtividade”, ainda mais intensa do que no trimestre anterior, “com o PIB a crescer menos do que o emprego devido à baixa qualidade dos empregos criados”: “Com o emprego a crescer a 3,2%, o PIB deveria estar a crescer a 4,5% e não a 2,1%”, refere.

De acordo com a nota de conjuntura elaborada pelo Gabinete de Estudos do Fórum para a Competitividade, no primeiro trimestre de 2018 o Índice de Custo do Trabalho caiu 1,5%, quando no trimestre precedente tinha subido 3,8%, sendo a descida “generalizada a todos os setores, com exceção da indústria, onde houve estagnação dos custos”.

“A contenção salarial em simultâneo com uma queda continuada da taxa de desemprego é uma boa notícia para a competitividade da economia (os salários representam metade do PIB, não são um custo insignificante como muitos erradamente supõem), mas também um pouco surpreendente”, sustenta.

Segundo o Fórum para a Competitividade, “uma explicação possível é que as empresas ainda têm memória da necessidade e quase impossibilidade de baixar salários durante a crise e não querem aumentar estes custos, que são praticamente irreversíveis”.

O Fórum nota ainda que a avaliação que a Comissão Europeia fez do Programa de Estabilidade “coincide com as duas críticas principais” que o próprio Fórum já tinha feito: “excesso de otimismo quanto ao crescimento económico para lá de 2019” e “consolidação orçamental em termos estruturais muito aquém do necessário”.

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Zalando quer expandir-se. Empresa alemã está de olho em Portugal

Depois de ter instalado um centro tecnológico em Lisboa, a Zalando está agora a estudar a expansão da sua plataforma de e-commerce para o mercado português. Ainda não há datas de chegada.

Depois de ter instalado um centro tecnológico em Lisboa, a alemã Zalando quer agora abrir a sua plataforma de e-commerce de moda aos portugueses. De acordo com o co-CEO da empresa, apesar de haver interesse no mercado lusitano, ainda não foi tomada nenhuma decisão nesse sentido. A notícia foi avançada pela Reuters e confirmada junto da gigante pelo ECO.

Enquanto não chega cá, a líder europeia da moda online está já a apostar na sua expansão. Esta segunda-feira, a Zalando anunciou a chegada do seu serviço à Irlanda e à República Checa. Com esta adição (a primeira desde 2013), a empresa já está presente em 17 países europeus.

“Estamos entusiasmados por trazer a Zalando a novos clientes. Estamos a tratar a expansão de forma inteligente, recorrendo ao conhecimento que recolhemos nos países europeus onde já operamos”, sublinha Rubin Ritter, co-líder executivo, no site da empresa.

No início do ano, a gigante alemã abriu um centro tecnológico internacional — o seu terceiro — em Lisboa. Neste primeiro ano de operações, a companhia espera criar 50 empregos, na capital portuguesa.

Na apresentação deste hub, o líder de parcerias e inovação explicou que a vinda para Portugal ficou a dever-se ao “ecossistema de startups fervilhante”, com as quais a Zalando gostaria de trabalhar.

Questionado nessa ocasião pelo ECO sobre a expansão da plataforma de e-commerce para o mercado lusitano, o responsável adiantou que não estava prevista a chegada a Portugal, tendo em conta que os armazéns da empresa estão localizados no centro da Europa e a Zalando não conseguiria assim garantir o mesmo padrão de qualidade dos seus serviços.

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Bain Capital na corrida ao malparado da CGD

  • ECO
  • 4 Junho 2018

A Caixa Geral de Depósitos está prestes a fechar a venda de mais duas carteiras de malparado. Na corrida a estes portefólios estão a Bain Capital e outros três fundos.

A Bain Capital e outros três fundos são os principais candidatos à compra de duas carteiras de crédito malparado da Caixa Geral de Depósitos (CGD), avança o Jornal Económico. A venda dos portefólios de ativos tóxicos, que ascendem a mil milhões de euros, faz parte dos esforços do banco estatal para “limpar” o crédito malparado do balanço.

Como o ECO já tinha avançado, a CGD vai vender duas carteiras de crédito malparado este ano, num esforço para continuar a diminuir este “fardo” que ainda pesa na rentabilidade do banco. A informação foi avançada a investidores e analistas na conference call de resultados do primeiro trimestre. Segundo o banco liderado por Paulo Macedo, os processos “estão avançados”, sem avançar um valor para as vendas.

“Estamos a vender dois portefólios de crédito malparado”, avançou José Brito, administrador da CGD, na conference call para explicar os resultados relativos aos primeiros três meses do ano. Foi neste período que o banco estatal passou de prejuízos a lucros de 68 milhões de euros.

Os dois “processos estão bem avançados”, referiu o administrador do banco. Contudo, as duas vendas não vão ficar concluídas ao mesmo tempo. “Prevemos que a primeira fique fechada no final do segundo trimestre”, afirmou José Brito, acrescentando que a segunda venda “deve atrasar-se até julho ou agosto”. Apesar de não avançar um valor para estas alienações, a CGD deixa uma garantia: as vendas “vão, sem dúvida, ter impacto nos próximos trimestres”.

(Notícia atualizada às 12h36 retirando a referência à Orion Capital e Bank of America no seguimento da correção do Jornal Económico)

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Mercedes suspeita de manipular emissões de 750 mil veículos

  • Juliana Nogueira Santos
  • 4 Junho 2018

A fabricante terá instalado aparelhos para mascarar as emissões em 750 mil veículos da marca. Resta saber se os motores são da Mercedes ou da Renault.

O Dieselgate não acabou com a Volkswagen, pelo menos é o que o Governo alemão está a avaliar. A fraude está, desta vez, do lado da Daimler, a fabricante da Mercedes-Benz, que terá instalado aparelhos para mascarar as emissões em 750 mil veículos da marca.

Como avança o Le Monde, citando vários meios de comunicação alemães, os ministérios dos Transportes e da Justiça estarão a unir esforços para perceber se os motores foram mesmo afetados e se a responsabilidade é da marca alemã, ou se pressupõe um caso que junta Alemanha e França.

Isto porque não é só a Daimler que fornece os motores que equipam os veículos 1.6 da Mercedes, mas também a Renault. Resta assim saber se os motores instalados nos modelos de Classe A, B e C e Vito foram fabricados pelos alemães ou se saíram das fábricas francesas.

A provar-se verdade, a instalação de sistemas de manipulação de emissões nos veículos poderá significar um pagamento de multas de cinco mil euros por veículo e danos graves na imagem da marca, tal como já tinha acontecido com a Volkswagen.

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Revista de imprensa internacional

  • Juliana Nogueira Santos
  • 4 Junho 2018

Na Europa, o UniCredit e o SocGen estarão perto de se tornar um só, enquanto nos Estados Unidos a Microsoft está de olhos postos no GitHub.

O mundo das fusões e aquisições está a ferver. Na Europa, o UniCredit e o SocGen estarão perto de se tornar um só, enquanto nos Estados Unidos a Microsoft está de olhos postos no GitHub. Já a Bayer, depois de ter comprado a Monsanto, acredita que está na altura de uma mudança de visual. Estas e outras notícias que marcam as manchetes dos jornais internacionais esta segunda-feira.

Financial Times

UniCredit procura fusão com SocGen

O banco italiano UniCredit estará a preparar uma fusão com o francês Société Générale, liderando um movimento de fusões e aquisições no setor financeiro europeu. A ideia estará já a ser preparada pelo presidente do UniCredit há meses, mas não houve ainda nenhuma abordagem formal. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado/conteúdo em inglês)

The New York Times

Facebook partilhou informação de utilizadores com 60 empresas

Depois da Cambridge Analytica, serão 60 as empresas que tiveram acesso aos dados dos utilizadores do Facebook, mas desta vez não foi por engano. A empresa liderada por Mark Zuckerberg terá assinado parcerias com empresas como a Apple, a Amazon, a BlackBerry, a Microsoft ou a Samsung para, em troca, ter destaque nos aparelhos produzidos por estas marcas. Leia a notícia completa no The New York Times (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

Bloomberg

Microsoft vai comprar plataforma de código GitHub

A Microsoft está interessada em comprar o GitHub, a plataforma de armazenamento de código, numa operação que está a ser invocada por muitos como o regresso da empresa de Bill Gates às raízes. O GitHub está avaliado em dois mil milhões de dólares em 2015, sendo uma das ferramentas indispensáveis dos programadores um pouco por todo o mundo. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicinado/conteúdo em inglês).

Reuters

Depois de fechado o negócio, Bayer vai acabar com a marca Monsanto

Com o negócio de 63 mil milhões de dólares perto de estar fechado, a Bayer vai ficar com a Monsanto para depois acabar com esta marca, que está há 117 anos no mercado. A justificação prende-se com a reputação da empresa que fabrica sementes geneticamente modificadas e que tem sido o alvo de críticas de muitos ambientalistas. A Bayer quer assim afastar-se desta nuvem de críticas e dar uma vida nova à Monsanto. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês).

Le Monde

Daimler suspeita de instalar sistemas ilegais em 750 mil Mercedes

O Dieselgate não acabou com a Volkswagen, pelo menos é o que o Governo alemão está a avaliar. A fraude está, desta vez, do lado da Daimler, a fabricante da Mercedes-Benz, que terá instalado aparelhos para mascarar as emissões em 750 mil veículos da marca de gama alta. O ministério dos Transportes e da Justiça estarão a unir esforços para perceber se a Daimler terá de pagar uma multa de 5 mil euros por veículo. Leia a notícia completa no Le Monde (acesso livre/conteúdo em francês).

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DS Smith quer comprar a Europac. Oferece 1,67 mil milhões

  • ECO
  • 4 Junho 2018

A empresa britânica de embalagens quer ficar com 58,97% da concorrente espanhola. Oferece 16,80 euros por ação, o que representa um prémio de quase 8% face à última cotação.

A DS Smith apresentou uma oferta para comprar a Europac, empresa espanhola que tem nove fábricas em Portugal. O objetivo da empresa britânica de embalagens é ficar com pouco mais de metade da cotada espanhola, pela qual a DS Smith oferece 1,67 mil milhões de euros.

A intenção é anunciada, esta segunda-feira, pela própria empresa britânica, em comunicado e vídeo publicados no seu site. O preço oferecido é de 16,80 euros por ação, o que representa um prémio de quase 8% face à cotação de 15,58 euros por ação no fecho da sessão da última sexta-feira. Depois do anúncio da oferta, a Europac já negoceia, esta segunda-feira, acima do preço proposto, ao disparar mais de 8%, para os 16,88 euros por ação.

O objetivo da DS Smith é adquirir 58,97% da Europac, o que significa que terá de desembolsar 1,667 mil milhões de euros se conseguir alcançar esta meta. Para que a operação seja bem-sucedida, terá de ser aceite por acionistas que detenham o equivalente a 50% mais uma ação do capital da Europac.

Para financiar a operação, a DS Smith vai fazer uma emissão de títulos de dívida onde pretende captar aproximadamente mil milhões de euros. A ser bem-sucedida, a operação ainda terá de passar pela aprovação dos reguladores

A Europac, que atua na indústria do papel e cartão, conta com 27 fábricas na Europa, a maioria das quais em Portugal, onde tem nove fábricas. A empresa gera 2.300 empregos diretos e as suas fábricas faturam 1.100 milhões de euros por ano.

Num comunicado enviado às redações, a Europac refere que “os membros do Conselho de Administração do grupo Europac vão pronunciar-se sobre a referida OPA na data estabelecida pela regulamentação aplicável, assim que a CNMV autorize a OPA e o Conselho receba os relatórios financeiros e de assessoria jurídica necessários”.

(Notícia atualizada às 15h18 com informação sobre a intenção da Europac de se pronunciar acerca da OPA)

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Algarve paga quase o dobro do permitido por lei para atrair médicos

  • ECO
  • 4 Junho 2018

Especialistas contratados para prestar serviços médicos no Algarve chegam a receber 50 euros por hora, um valor que fica muito acima do que está previsto na lei.

O Centro Hospitalar Universitário do Algarve vê-se obrigado a pagar quase o dobro do que é previsto por lei em prestações de serviços para atrair médicos para a região, em especial no verão. O alerta é dado pela Ordem dos Médicos, em declarações ao Diário de Notícias, que detalha que ortopedia, anestesiologia, ginecologia/obstetrícia e cirurgia geral são algumas das especialidades mais carenciadas nos hospitais do Algarve,

Estes especialistas contratados para prestar serviços médicos no Algarve chegam a receber 50 euros por hora, um valor que fica muito acima do que está previsto na lei.

O decreto de execução orçamental prevê que, durante este ano, “o valor máximo por hora de trabalho a pagar pela aquisição de serviços médicos não pode, em caso algum, ser superior ao valor hora mais elevado na tabela remuneratória aplicável aos trabalhadores integrados na carreira médica ou especial médica”. Ora, o valor valor mais elevado previsto nas tabelas salariais da carreira médica é de 31,13 euros por hora, para um assistente graduado sénior em dedicação exclusiva e a trabalhar 42 horas por semana.

Um outro despacho, de março deste ano, define que os médicos em regime de prestação de serviços poderão receber 22 euros por hora, no caso dos médicos não especialistas, 26 euros por hora, no caso dos especialistas, ou 29,21 euros por hora, para os que forem contratados para zonas carenciadas, como é o caso do Algarve.

“Excecionalmente” e a título “temporário”, podem ser acrescidos 50% a estes valores de referência para especialistas, o que equivale a mais 39 euros. Contudo, escreve o Diário de Notícias, o que deveria ser excecional tornou-se na regra.

O Centro Hospitalar Universitário do Algarve, onde se incluem os hospitais de Faro e Portimão, justifica que estes valores são “autorizados tendo em conta a reconhecida carência de profissionais de saúde para áreas vitais e cruciais para continuar a assegurar a prestação de cuidados de saúde”.

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BCP puxa por Lisboa. Espanha e Itália sobem 1%

  • Juliana Nogueira Santos
  • 4 Junho 2018

O principal índice bolsista nacional ganha quase 1%, beneficiando da recuperação das ações do BCP. É a quarta sessão consecutiva de ganhos do banco.

Sexta-feira foi dia de mudanças profundas na política europeia, com os Governos de Itália e Espanha a serem o centro das atenções. No início desta nova semana, a reação dos investidores está a ser positiva, puxando pelas bolsas de Milão e de Madrid. Em Lisboa, o principal índice bolsista abriu em alta, impulsionado pela recuperação do BCP.

“Depois das pressões da semana passada, os investidores parecem antecipar que o novo Governo Italiano, formado por dois partidos antissistema, não irá nos primeiros tempos adotar medidas que suscitem objeções em Bruxelas”, escrevem os analistas do BPI no seu comentário de abertura. “Assim, os investidores esperam a implementação de medidas mais populares, como um uso mais fácil dos bens confiscados à máfia.”

Na Europa, a bolsa italiana avança 1,1%, enquanto a espanhola valoriza 0,8%, no dia em que Sánchez inicia a primeira semana como líder do executivo, depois da queda de Rajoy. Lisboa acompanha a tendência, com o PSI-20 a arrancar a sessão com ganhos de 1,05%, cotando nos 5.577,44 pontos.

A puxar pelo índice estão as ações do BCP, que avançam 2,88% para 27,10 cêntimos. É já o quarto dia consecutivo de ganhos, depois de as ações terem atingido mínimos de setembro de 2017.

Em destaque seguem também as ações da EDP que, no meio de uma oferta pública de aquisição (OPA) por parte dos acionistas chineses, valorizam 1,43% para 3,41 euros, 15 cêntimos acima da contrapartida oferecida pela China Three Gorges.

Incluída no pacote em que os chineses estão interessados, a EDP Renováveis também dá ares da sua graça, ao ganhar 1,01% para 8,03 euros, 70 cêntimos acima do valor proposto. Ainda no setor da energia, a Galp Energia ganha 0,78% para 16,08 euros e a REN avança 0,34%.

São apenas três as cotadas que não registam ganhos esta segunda-feira, sendo que a Ibersol e a F. Ramada seguem inalteradas, cotando nos 10,95 e 10 euros, respetivamente. Já em terreno de perdas estão os CTT, perdendo 0,21% para 2,84 euros.

(Notícia atualizada pela última vez às 8h27)

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Governo reúne-se com camionistas. Propõe desconto de 30% nas ex-SCUT

  • ECO
  • 4 Junho 2018

O Governo propõe reduzir em 30% as portagens das ex-SCUT para camiões. Esta proposta não convence os profissionais do setor, uma vez deixa de fora veículos ligeiros de mercadorias, que são a maioria.

O secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme d’Oliveira Martins, reúne-se esta segunda-feira com a Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), com o objetivo de chegar a um acordo e evitar novas ações de protesto dos camionistas. Em cima da mesa estarão várias propostas para ir ao encontro das reivindicações dos profissionais do setor e o Jornal de Notícias (acesso pago) avança que uma delas será a redução das portagens das ex-SCUT.

Segundo o mesmo jornal, o Governo propõe reduzir em 30% as portagens das ex-SCUT, mas apenas para camiões. Esta proposta não convence os profissionais do setor, uma vez deixa de fora veículos ligeiros de mercadorias, que são a maioria. Por outro lado, há muitas empresas cuja fatura com autoestradas é superior ao que pagam em imposto.

Para além desta medida, o Governo propõe ainda a subida do limiar do gasóleo profissional dos 30 mil para os 35 mil litros, uma medida que tem sido reivindicada pela classe.

O acordo de princípio que já terá sido estabelecido entre o Governo e a ANTRAM prevê ainda a criação de uma linha de crédito para os transportadores, “que permite uma antecipação no pagamento das faturas”, detalhou Guilherme d’Oliveira Martins à Lusa, este domingo.

As propostas não têm, contudo, tido aceitação por parte dos transportadores. “Os associados, [que estiveram reunidos este sábado], na sua totalidade, renunciaram a proposta do Governo, que não tem cabimento. O que [o executivo] pondera fazer é vago, pois não apresenta medidas concretas para o setor”, disse Márcio Lopes, presidente da Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP), em declarações à Lusa.

O secretário de Estado acredita, ainda assim, que será possível alcançar um entendimento com as associações. “Acredito que dentro dos constrangimentos orçamentais conseguiremos chegar a uma solução”, disse.

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Uma em cada três compras online dá problemas

  • ECO
  • 4 Junho 2018

Os problemas mais comuns são a demora nas entregas ou os enganos no local de entrega, os erros nos pagamentos e os danos ou até erros no pedido.

Em 2017, uma em cada três pessoas que utilizou a internet para comprar produtos ou serviços chegou ao fim do processo com algum tipo de problema. Os números são da Direção-Geral da Justiça e dos Consumidores da Comissão Europeia, que apresenta esta segunda-feira a plataforma de Resolução de Litígios em Linha em Lisboa.

Segundo o Público (acesso condicionado), os problemas mais comuns são a demora nas entregas ou os enganos no local de entrega, os erros nos pagamentos e os danos ou até erros no pedido. Ainda assim, as plataformas de compras são usadas por 57% dos consumidores europeus, sendo que poucos reclamam, protestas ou apresentam queixa.

A plataforma de queixas é confidencial, de utilização fácil e preparada para funcionar em 25 idiomas. Desde que foi lançada, há dois anos, já recebeu quatro milhões de visitas e 50 mil queixas.

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Hoje nas notícias: Saúde, Banif e PS

  • ECO
  • 4 Junho 2018

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A semana arranca com uma reunião entre o Governo e os representantes dos camionistas, numa altura em que os profissionais do setor têm marcada ma greve. Em cima da mesa estará um acordo que prevê a redução de 30% das portagens das ex-SCUT, mas só para camiões. No campo da saúde, o Centro Hospitalar Universitário do Algarve vê-se obrigado a pagar quase o dobro do que é previsto por lei em prestações de serviços para conseguir atrair médicos. Já na banca, o Banif entrou oficialmente em processo de liquidação, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter revogado a licença do banco madeirense.

Algarve paga quase o dobro do permitido por lei para garantir médicos

O Centro Hospitalar Universitário do Algarve está a pagar quase o dobro do que é previsto por lei em prestações de serviços para atrair médicos para a região, em especial no verão. A Ordem dos Médicos detalha que ortopedia, anestesiologia, ginecologia/obstetrícia e cirurgia geral são algumas das especialidades mais carenciadas nos hospitais do Algarve, onde os valores pagos aos tarefeiros chegam aos 50 euros por hora, muito acima do que ganha um médico no topo da carreira. Leia a notícia completa no Diário de Notícias.

PS reduz despesa e consegue saldo positivo

O Partido Socialista (PS) conseguiu triplicar os lucros no ano passado, para os 723.463,49 euros, depois de ter cortado a despesa e reduzido o endividamento. O endividamento global do partido reduziu-se em 1,9 milhões de euros, dos quais 700 mil na dívida bancária e 1,2 milhões na dívida aos fornecedores. Já a despesa corrente reduziu-se em 7,1%, para os 7,2 milhões de euros. Isto contra um total de 7,9 milhões de euros de rendimentos da atividade corrente. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Um terço das compras online dá problemas

Mais de metade (57%) dos consumidores da União Europeia já recorre a plataformas eletrónicas para comprar produtos ou serviços, mas a maioria não consegue concluir as compras sem registar problemas. Segundo a Direção-Geral da Justiça e dos Consumidores da União Europeia, 31% das pessoas que fizeram compras online no ano passado chegou ao fim do processo de compra com algum tipo de problema: entregas demoradas, feitas no local errado, pagamentos mal efetuados ou produtos errados ou danificados. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

Governo reduz portagens para camiões

No dia em que o secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme d’Oliveira Martins, se reúne com a Associação Nacional de Transportes Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM), com o objetivo de chegar a um acordo e evitar uma greve dos camionistas, o Jornal de Notícias vem dar conta de uma das ofertas que estão em cima da mesa. O Governo propõe reduzir em 30% as portagens das ex-SCUT, mas apenas para camiões. Esta proposta não convence os profissionais do setor, uma vez deixa de fora veículos ligeiros de mercadorias, que são a maioria. Por outro lado, há muitas empresas cuja fatura com autoestradas é superior ao que pagam em imposto. Para além desta medida, o Governo propõe ainda a subida do limiar do gasóleo profissional dos 30 mil para os 35 mil litros, uma medida que tem sido reivindicada pela classe. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Banif entra em processo de liquidação

O Banco Central Europeu (BCE) revogou ao Banif a autorização para o exercício da atividade bancária, o que implica o início da liquidação do banco madeirense resolvido em 2015. As últimas contas disponíveis do Banif, relativas ao final de 2015, revelam que a instituição tinha um património avaliado em 51 milhões de euros, contra um passivo na ordem dos 815 milhões de euros, o que significa que o ativo cobria, nessa altura, apenas 6% do passivo. A perda da licença será agora comunicada ao tribunal, que formalizará a liquidação judicial, havendo depois lugar à reclamação de créditos. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

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