Governo aprova MetroBus que liga Coimbra, a Miranda do Corvo e Lousã
O Governo aprovou esta quinta-feira o lançamento de uma obra importante para a região de Coimbra. Toda a obra vai custar 120 milhões de euros.
O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira a implementação do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), o qual servirá os concelhos de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã. A totalidade da obra está avaliada em cerca de 120 milhões de euros, avançou o ministro do Planeamento, Pedro Marques, no final da reunião do Conselho de Ministros.
Em comunicado, o Governo explica que “o SMM, a ser desenvolvido pela Infraestruturas de Portugal no troço do antigo ramal da Lousã e estendendo-se pela malha urbana de Coimbra, assentará numa solução de MetroBus Elétrico, a qual constitui uma opção sólida em termos de infraestrutura, moderna ao nível tecnológico e viável do ponto de vista económico-financeiro”.
“Este investimento, de valor global de 85 milhões de euros, será realizado com recurso a fundos europeus ao abrigo da Reprogramação do Portugal 2020, aprovada pela Comissão Europeia em dezembro de 2018″, acrescenta o comunicado. Na conferência de imprensa, o ministro adiantou que a compra de material circulante está avaliada em cerca de 20 milhões de euros e a recuperação da estação ferroviária de Coimbra-B deverá custar cerca de 15 milhões de euros. Estes investimentos terão também apoio de fundos comunitários.
Em julho passado, o ministro anunciou que o primeiro concurso para esta obra seria lançado no início de 2019. Nessa altura, Pedro Marques afirmou que “pelo menos 50%” das pessoas que utilizaram o transporte ferroviário, até janeiro de 2010, quando, por iniciativa do último Governo de José Sócrates, o Ramal da Lousã foi encerrado para obras que visavam um sistema de metro ligeiro sobre carris, “ficarão mais bem servidas” com aquela opção, apresentada há 13 meses, com sessões em Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo, os municípios abrangidos pelo futuro SMM.
Na conferência de imprensa, o ministro garantiu que 40% dos investimentos incluídos no Ferrovia 2020 estão em processo de obra, em obra ou com obra concluída, numa altura em que este programa de investimentos está a meio. Pedro Marques contestava a notícia do jornal Público desta quinta-feira que dava conta que o Ferrovia 2020 estava com uma taxa de execução inferior a 9%.
O ministro sinalizou ainda ver sinais de que o PSD possa vir a dar a mão ao Governo que quer ver o Programa Nacional de Investimentos (PNI) 2030 – que será debatido esta tarde no Parlamento — com uma aprovação de dois terços dos deputados. Ou seja, o Executivo quer um apoio político de uma maioria qualificada.
Pedro Marques referia-se ao facto de Rui Rio ter pedido tempo para “ouvir o país” e à decisão do grupo parlamentar do PS de ter pedido que o projeto de resolução do PNI baixasse à especialidade sem votação. Pedro Marques disse ainda que o entendimento com o PSD no ano passado nos fundos comunitários – que servem precisamente para financiar estes investimentos – foi “estratégico” e lembrou que o PS aprovou o PETI (o programa de investimentos aprovado durante o Governo de Passos Coelho).
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