Mark Zuckerberg vai admitir no Congresso que confiar no Facebook… é complicado
O líder do Facebook vai esta quarta-feira ao Congresso dos EUA para ser questionado acerca da moeda Libra. Deverá admitir que o público tem receio em confiar na rede social.
Mark Zuckerberg está pronto para admitir que confiar no Facebook… é complicado. O criador da maior rede social do mundo vai esta quarta-feira ao Congresso dos EUA para explicar como vai funcionar a criptomoeda Libra. Mas deverá admitir aos congressistas que compreende as dúvidas sobre se a empresa vai ser capaz de proteger os dados pessoais dos utilizadores.
O texto do discurso de abertura de Mark Zuckerberg foi obtido pelo The New York Times, no qual se lê: “Acredito que [a Libra] é algo que tem de ser construído, mas compreendo que não sejamos o mensageiro ideal, neste momento. Sei que algumas pessoas têm dúvidas de que possam confiar em nós para criar um sistema de pagamentos que proteja os consumidores.” Por ser um discurso escrito, as palavras exatas do fundador do Facebook na sessão poderão ser alvo de alterações.
A sessão desta quarta-feira marca o regresso de Mark Zuckerberg ao Congresso dos EUA, depois do escândalo do do roubo de dados pela Cambridge Analytica. O presidente executivo do Facebook, que é um dos principais líderes do setor mundial da tecnologia, vai ser ouvido na Comissão dos Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes, controlada pelo Partido Democrata.
Espera-se que os políticos coloquem questões ao gestor acerca dos planos para a criptomoeda Libra, nomeadamente como é que a empresa tenciona garantir a segurança e privacidade dos utilizadores, ao mesmo tempo que previne atividades ilegais, como o financiamento do terrorismo ou o branqueamento de capitais.
A Libra, que o Facebook quer lançar na primeira metade de 2020, tem sido alvo de críticas por parte de autoridades e reguladores em todo o mundo, incluindo por parte do Governo português. A ideia da rede social é criar uma divisa digital para transações particulares e pagamentos em diversas plataformas na internet.
Mas o projeto tem sofrido revés, com sete dos 26 parceiros fundadores a decidirem abandonar o Facebook, incluindo dois dos mais importantes, a Visa e a MasterCard. Perante as dificuldades, o líder da equipa que está a desenvolver a Libra, David Marcus, admite que, em vez de uma moeda, o Facebook possa lançar várias moedas virtuais indexadas às divisas fiduciárias.
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