Novo Banco rejeita que esteja a vender imóveis a preços “desajustados”

  • Lusa
  • 14 Março 2019

Em reação às declarações da deputada Helena Roseta, o Novo Banco garante que "não vende quaisquer imóveis a preços desajustados de valores de mercado".

O Novo Banco garantiu, esta quinta-feira, “que não vende, nem pretende vir a vender, quaisquer imóveis a preços desajustados de valores de mercado”, segundo adiantou fonte oficial do banco à agência Lusa.

A instituição reage assim a declarações proferidas pela deputada Helena Roseta esta quarta-feira no parlamento, que considerou que na “limpeza do balanço que o Novo Banco tem vindo a fazer, estão a ser vendidos ‘ativos imobiliários não estratégicos’, ao desbarato e com grandes perdas, ao primeiro que se apresente”, nomeadamente a “um hedge fund [fundo de investimento], outro eufemismo para fundo abutre”, referiu a arquiteta.

Helena Roseta deu o exemplo do projeto Viriato, uma carteira imobiliária, com um valor contabilístico de 717 milhões de euros, com 8.726 propriedades com usos residencial, industrial, comercial e terrenos”. “Foi vendida à Anchorage Capital Group, que pagou apenas 389 milhões de euros. Uma pechincha”, sintetizou.

Fonte oficial do banco explicou que “realizou no ano de 2018 uma operação de venda de pequenos imóveis em bloco (residencial, comercial e terrenos rústicos) – globalmente designada por ‘Projeto Viriato’ – a qual foi devida e transparentemente divulgada, mas que tem despertado renovado interesse”.

A mesma fonte “vem recordar que 80% deste portfólio faz parte da sua atividade corrente, não gozando, portanto, de qualquer proteção contingente, e a sua venda seguiu as melhores práticas internacionais”. O Novo Banco lembrou ainda que esta venda foi feita através de um concurso internacional, que recebeu sete propostas, e que a instituição negociou “em concurso final com duas delas, tendo comunicado ao mercado a proposta vencedora a 10 de outubro do ano passado”.

A venda “foi uma das 11 operações comparáveis propostas ao mercado nos últimos dois anos no mercado ibérico e uma das três realizadas em Portugal. A título de exemplo, o Novo Banco vendeu a parte residencial do portfólio com um desconto médio de 16% face ao valor líquido contabilístico e um desconto sobre o valor de avaliação de 31%, contra um desconto médio de 45% em Portugal e um desconto médio de 43% em Espanha”, segundo um estudo comparativo.

A instituição garantiu ainda que a venda foi “considerada, em termos de preço, a segunda mais cara operação do ano na Península Ibérica e a que atingiu melhor valor em Portugal”.

“Fica, assim, esclarecido que o Novo Banco não vende, nem pretende vir a vender, quaisquer imóveis a preços desajustados de valores de mercado, sendo naturalmente bem-vindos todos os potenciais compradores em futuros concursos que venha a realizar”, concluiu a mesma fonte.

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Aprovação relâmpago. Marcelo promulga lei que põe ASF a avaliar idoneidade de Tomás Correia

O Presidente da República já promulgou a lei que põe o regulador dos seguros a avaliar idoneidade de Tomás Correia, apenas cinco horas após ter sido aprovado em Conselho de Ministros.

Foi uma aprovação em tempo relâmpago. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já promulgou o diploma que põe o regulador dos seguros a avaliar idoneidade de Tomás Correia, apenas de cinco horas depois de ter sido aprovado em Conselho de Ministros.

“Considerando essencial o aditamento efetuado, o Presidente da República promulgou hoje o diploma do Governo que clarifica o regime transitório de supervisão das associações mutualistas”, adianta o comunicado publicado esta quinta-feira no site da Presidência da República.

Ao início da tarde desta quinta-feira, o Conselho de Ministros aprovou o decreto-lei que obriga a Autoridade dos Seguros e Fundos de Pensões (ASF) examinar já as condições de idoneidade do presidente da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG) que foi recentemente condenado pelo Banco de Portugal por irregularidades quando era presidente do banco Montepio.

"Considerando essencial o aditamento efetuado, o Presidente da República promulgou hoje o diploma do Governo que clarifica o regime transitório de supervisão das associações mutualistas.”

Presidência da República

Comunicado

“Perante algumas dúvidas sobre o atual quadro jurídico por parte dos agentes do setor, o diploma agora aprovado procede à interpretação autêntica de alguns pontos daquela legislação, nomeadamente no que respeita aos poderes da ASF e, em concreto, à competência desta entidade reguladora para apreciar a qualificação profissional, a idoneidade e eventuais incompatibilidades ou impedimentos dos titulares dos órgãos sociais das associações mutualistas abrangidas pelo período transitório”, disse o comunicado do Conselho de Ministros.

Há apenas uma semana o primeiro-ministro anunciou no Parlamento que o Governo iria aprovar em breve uma norma interpretativa para retirar à ASF “qualquer álibi” para fazer aquilo que lhe compete, “que também é avaliar a idoneidade de quem gere as associações mutualistas e, no caso concreto, o dr. Tomás Correia”.

Desde o primeiro momento que o regulador liderado por José Almaça entendia que o novo Código das Associações Mutualistas não lhe dava o poder para avaliar os requisitos de idoneidade dos órgãos sociais das grandes mutualistas que vão passar para a sua alçada de supervisão. E justifica esse entendimento com o facto de haver um período transitório durante o qual a ASF apenas podia verificar se as mútuas estavam em convergência para o novo regime de supervisão. Só depois de superado este período de transição é que eram plenos poderes à ASF.

No entanto, após a condenação de Tomás Correia a pagar uma coima de 1,25 milhões de euros, devido a várias irregularidades cometidas quando era CEO da Caixa Económica Montepio Geral (hoje designado Banco Montepio), entre 2009 e 2014, saltou a polémica sobre quem deveria avaliar a idoneidade do líder da maior associação mutualista do país.

José Almaça sempre disse que era à tutela, nomeadamente ao Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social que cabia a competência de avaliar Tomás Correia. Já o ministério de Vieira da Silva empurrou essa responsabilidade para o regulador. Perante o impasse, foram várias as críticas à atuação de ambos neste caso e esta quarta-feira o PSD chegou a questionar a cumplicidade do Governo PS e Tomás Correia.

Depois de ouvido no Parlamento, José Almaça recusou que esteja a fugir às suas responsabilidades e esclareceu que se tomasse alguma decisão relativamente à idoneidade de Tomás Correia estaria a incumprir a lei. E adiantou ainda o regulador dos seguros vai aplicar as mesmas regras que submete ao setor segurador na hora de avaliar a idoneidade de Tomás Correia.

(Notícia atualizada às 18h53)

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Banco Montepio diz que já cumpria em dezembro requisitos de capital

  • Lusa
  • 14 Março 2019

O banco da Associação Mutualista Montepio Geral divulgou esta quinta-feira, através de comunicado à CMVM, os rácios de capital exigidos pelo Banco de Portugal a partir de 01 de julho de 2019.

O Banco Montepio disse que já cumpria em final de 2018 os requisitos de capital exigidos pelo Banco de Portugal a partir de 01 de julho de 2019, segundo informação ao mercado.

O banco pertencente à Associação Mutualista Montepio Geral divulgou esta quinta-feira, através de comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), os rácios de capital exigidos pelo Banco de Portugal a partir de 01 de julho de 2019.

Segundo a informação, a partir dessa data tem de ter, pelas regras do período de transição, rácio CET1 de 10,125%, rácio T1 de 11,625% e rácio total de 13,625%.

O Montepio divulga ainda os rácios que tinha em 31 de dezembro de 2018 nestes indicadores (13,5%, 13,5% e 14,1%, respetivamente), o que significa que já cumpria no ano passado os rácios pedidos pelo banco central para meados deste ano.

“Os rácios de fundos próprios reportados a 31 de dezembro de 2018 pelo Banco Montepio encontram-se acima dos níveis prudenciais exigidos, que incorporam os referidos requisitos específicos em termos de Pilar 2 e as demais reservas aplicáveis”, refere no comunicado ao mercado.

Os rácios de capital são indicadores de solvabilidade de um banco, sendo contabilizados em função dos ativos ponderados pelo risco.

O Banco Montepio teve lucros de 12,6 milhões de euros em 2018, um aumento face aos 6,4 milhões de euros de 2017.

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Marcelo contraria Governo no Novo Banco. Diz que há dinheiro público e insiste numa auditoria pós-resolução

  • Lusa e ECO
  • 14 Março 2019

"Faz sentido uma auditoria" à gestão do banco "não apenas na pré-história, isto é, até à resolução, mas depois da resolução", disse o Presidente da República.

O Presidente da República insistiu que deve haver uma auditoria às contas do Novo Banco que abranja o período após a resolução do Banco Espírito Santo (BES), porque “há dinheiro dos contribuintes direta e indiretamente envolvido”.

“A minha opinião mantém-se. Isto é, há dinheiro dos contribuintes direta e indiretamente envolvido – diretamente envolvido através da Caixa Geral de Depósitos (CGD), indiretamente envolvido através de financiamentos que vão aumentar a dívida pública do Estado -, importa apurar o que se passou”, afirmou.

Marcelo Rebelo de Sousa, que falava no final de uma visita a uma associação, em Lisboa, reiterou que “faz sentido uma auditoria” à gestão do banco “não apenas na pré-história, isto é, até à resolução, mas depois da resolução, porque é neste momento que se trata de saber se é preciso mais dinheiro ou não, e isso é preciso saber para o futuro”.

Confrontado com o facto de o primeiro-ministro, António Costa, ter excluído uma auditoria ao período após a resolução do BES com o argumento de que “não cabe ao Governo supervisionar o Banco de Portugal”, o chefe de Estado respondeu: “A mim o que me perguntam é a minha opinião. A minha opinião mantém-se”.

Interrogado se considera legalmente possível uma auditoria ao período pós-resolução, declarou simplesmente: “Eu já disse qual é a minha posição”.

O Presidente da República repetiu que, “estando envolvido direta e indiretamente dinheiro dos contribuintes”, deve ser apurado “não apenas o que se passou na pré-história, mas o que se passou na história“.

“Mais do que isso, entendo que não é prudente estar a tecer, por uma razão muito simples: porque todos queremos que a instituição bancária em causa continue a exercer a sua atividade e não haja mais questões no sistema financeiro”, acrescentou.

No dia 01 de março, o Novo Banco anunciou que vai pedir uma injeção de capital de 1.149 milhões de euros ao Fundo de Resolução. No ano passado, para fazer face a perdas de 2017, este banco já tinha recebido uma injeção de capital de 792 milhões de euros do Fundo de Resolução. No dia 6 de março, a propósito do período em que incidirá a auditoria anunciada pelo Governo ao Novo Banco, o primeiro-ministro declarou que será sobre a fase anterior à resolução do Banco Espírito Santo (BES), salientando que a fase posterior foi “conduzida diretamente” pelo Banco de Portugal.

“Não cabe ao Governo supervisionar o Banco de Portugal, nem seria correto o Governo ordenar uma auditoria ao Banco de Portugal”, justificou.

Na altura, questionado sobre a posição do Presidente da República a favor de uma auditoria ao período “desde que foi determinada a resolução”, António Costa disse perceber a posição de Marcelo Rebelo de Sousa, mas sugeriu que “porventura uma comissão parlamentar de inquérito seria mais adequada para fazer a apreciação da atuação do Banco de Portugal neste processo“.

Três dias antes, o Presidente da República tinha-se manifestado de acordo com o pedido de auditoria anunciado pelo Governo às contas do Novo Banco, defendendo que “os portugueses têm o direito de saber o que se passou desde que foi determinada a resolução, já lá vão muitos anos, com sucessivas gestões, e saber concretamente qual o destino do dinheiro dos contribuintes”.

O Conselho das Finanças Públicas defendeu esta quinta-feira no relatório “Finanças Públicas: Situações e Condicionantes 2019 – 2023” que “persistem nas contas públicas os impactos financeiros deste setor, com expressões orçamentais e contabilísticas diferenciadas, mas em todo o caso acarretando, pelo menos no imediato, custos para os contribuintes”.Mais: as projeções do Governo quanto ao défice deste ano, que foram revistas em uma décima para 0,3% do PIB, ignoram o agravamento da injeção pedida pelo Novo Banco ao Fundo de Resolução.

Nas contas iniciais estavam previstos apenas 400 milhões de euros para o Novo Banco, mas o presidente da instituição que resultou da resolução do BES pediu ao Fundo de Resolução 1.149 milhões de euros. Esta diferença não está para já contemplada no saldo orçamental.

O Ministério das Finanças garantiu que a meta do défice, de 0,2% do PIB, não será alterada apesar disto.

(Notícia atualizada às 18h35)

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Maioria chumba proposta de CDS-PP de nova fórmula de nomeação do governador do BdP

  • Lusa
  • 14 Março 2019

CDS-PP propunha que nomeação passasse a ser tripartida. No debate parlamentar, os deputados sublinharam a inconstitucionalidade evidente do diploma em causa.

O projeto de lei do CDS-PP para que a nomeação do governador do Banco de Portugal (BdP) passasse a ser tripartida entre Governo, parlamento e Presidente da República foi chumbado esta quinta-feira na Assembleia da República pela maioria à esquerda. As bancadas de PSD e CDS e o deputado único do PAN votaram favoravelmente, mas a iniciativa legislativa foi rejeitada com os votos contra de PS, BE, PCP, PEV e do deputado não inscrito Paulo Trigo Pereira.

Os centristas propunham que o governador do BdP e outros titulares de entidades administrativas independentes fossem “nomeados pelo Presidente da República, sob proposta do Governo e após audição pública” no Parlamento.

Antes, no debate parlamentar, os socialistas Pedro Delgado Alves e Fernando Anastácio, a bloquista Mariana Mortágua ou o líder parlamentar comunista, João Oliveira, entre outros deputados à esquerda, todos sublinharam a inconstitucionalidade evidente do diploma em causa.

No projeto de lei, as entidades envolvidas eram também Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Autoridade da Concorrência (AdC), Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), Autoridade Nacional de Comunicações, Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT, IP), Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) e Entidade Reguladora da Saúde (ERS).

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Deputados britânicos aprovam adiamento do Brexit até 30 de junho

Depois de ter chumbado o acordo negociado por Londres e Bruxelas, o Parlamento britânico chumbou a possibilidade de convocar um segundo referendo, mas aprovou o adiamento do Brexit até 30 de junho.

Os deputados britânicos chumbaram, esta quinta-feira, a emenda à moção apresentada por Theresa May que previa o adiamento da saída do Reino Unido da União Europeia para a realização de um segundo referendo, tendo votado contra esta opção 334 parlamentares. Diferente resultado obteve o diploma apresentado pelo Executivo Tory, que prevê o adiamento do divórcio até 30 de junho. Votaram a votar da moção 412 parlamentares contra 202 votos contra.

“A Câmara concorda que, se for aprovado o acordo negociado de saída da União Europeia até 20 de março de 2019, o Governo irá então pedir à União Europeia uma extensão única do período especificado no artigo 50º por um período que termina a 30 de junho, para que seja aprovada a legislação necessária à saída da UE”, lê-se na moção que foi aprovada.

Na terça-feira, a primeira-ministra britânica levou ao Parlamento um novo acordo negociado entre Londres e Bruxelas para o divórcio. Esta foi a segunda vez que Theresa May apresentou aos deputados uma proposta para a relação futura entre o Reino Unido e o bloco comunitário, tendo obtido em ambas as vezes o mesmo resultado: o chumbo.

Face a este resultado, Theresa May apresentou uma moção, na quarta-feira, que retirava de cima da mesa a possibilidade de no deal Brexit. O diploma apresentado pelo Governo Tory deixava, contudo, aberto caminho para uma saída sem acordo, caso o Parlamento não aprovasse os termos de saída negociados com Bruxelas. Os deputados aprovaram, no entanto, uma emenda que rejeita essa possibilidade.

Pelo terceiro dia consecutivo, esta quinta-feira foi dia de votações no Parlamento britânico. Desta vez, estiveram a votos a moção de Theresa May para adiar o Brexit até 30 de junho (caso seja aprovado um acordo de saída até 20 de março) e cinco emendas. A moção da primeira-ministra foi a única a ser aprovada.

A Emenda H previa o alargamento do prazo de divórcio para permitir a convocação de um segundo referendo, mas acabou por ser rejeitada. A Emenda I daria aos parlamentares o controlo de todo o processo, mas foi chumbada com 314 votos contra. Este diploma foi alvo, por sua vez, de outra emenda, que foi chumbada com 314 votos contra.

O mesmo resultado obteve a Emenda E — proposta pelo trabalhista Jeremy Corbyn. O diploma, que retirava os prazos da moção apresentada pelo Governo, frisava que o divórcio seria adiado até que uma maioria parlamentar conseguisse encontrar uma solução às opções até agora apresentadas por May. A emenda foi chumbada com 318 votos contra.

Em cima da mesa, esteve ainda a Emenda J, que rejeitava a possibilidade de o Governo voltar a levar o acordo de saída ao Parlamento, mas não chegou a ser votada.

“Depois dos últimos dias de caos, todos nós temos a oportunidade e a responsabilidade de encontrar uma solução”, reagiu o líder trabalhista à aprovação da moção.

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Mais idosos, menos imigrantes e menos pessoas empregadas. É o retrato da UE sem o Reino Unido

Sem o Reino Unido, a União Europeia ficaria, por um lado, mais envelhecida e, por outro lado, com uma taxa de emprego mais baixa. O saldo migratório também reduziria a pique. Os dados são da Pordata.

Depois de duas reprovações consecutivas (primeiro os deputados britânicos chumbaram o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia e, no dia a seguir, rejeitaram uma saída sem acordo), o caos político britânico ainda mais se acentuou. Esta quinta-feira há nova votação, na qual os deputados britânicos vão decidir a extensão do Artigo 50.º, que determina o adiamento do prazo para a realização do Brexit, previsto já para o dia 29 de março.

Perante todos os cenários possíveis, nos quais até se põe em causa a realização do Brexit, afinal qual é o impacto que a saída do Reino Unido tem na União Europeia (UE)? De acordo com a Pordata, a base de dados da Fundação Manuel dos Santos, a UE ficaria, por um lado, mais envelhecida e, por outro lado, com uma taxa de emprego mais baixa. O saldo migratório também reduziria a significativamente.

Mas vamos por partes. No que toca aos dados mais relacionados com a população — no fundo, os que deixam a União Europeia numa situação mais debilitada — o conjunto de indicadores da Pordata relembra que, a concretizar-se o Brexit, a UE deixa de poder contar com aquele que é o terceiro país mais populoso e o oitavo com maior dimensão da União Europeia.

Além disso, o Reino Unido é um dos países menos envelhecidos da União Europeia, o que significa que o índice de envelhecimento do conjunto dos 27 Estados-membros aumentaria de imediato. Se, com o Reino Unido, a UE tem 126 idosos por cada 100 jovens, sem o Reino Unido, passaria a ter 130 idosos por cada 100 jovens.

Já o saldo natural da UE, que resulta da diferença entre o número de nascimentos e o número de mortes, também sairia penalizado, bem como o saldo migratório, uma vez que o Reino Unido tem o segundo maior saldo migratório da União Europeia.

No que toca ao emprego, o retrato que conhecemos hoje da União Europeia também sofreria grandes mudanças, sobretudo se pensar que o Reino Unido é o terceiro país da UE com a taxa de emprego mais elevada. Significa isto que, sem o Reino Unido, a nova União Europeia ficará com menos 33 milhões de ativos.

Logicamente que a taxa de desemprego da UE também diminuiria, ainda assim essa redução não seria tão expressiva quanto a que se sentiria na taxa de emprego. Sem O Reino na União Europeia, haveria menos 1,5 milhões de desempregados e menos 32 milhões de empregados.

O ECO agrupou os principais números e mostra-os agora neste vídeo. Entenda o retrato da nova União Europeia:

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Cabeceiras de Basto recebe Fórum Empresarial

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  • 14 Março 2019

Fórum com o objetivo de debater o investimento económico e o turismo na região, reunindo durante dois dias autarcas, empresários, gestores públicos e professores universitários.

Cabeceiras de Basto recebe o Fórum “Cooperação e coopetição na região de Basto e Cabeceira”, numa iniciativa que vai decorrer nesta sexta-feira e sábado, dia 15 e 16 de março, na Casa do Tempo, com o objetivo de debater o investimento económico e o turismo na região, reunindo durante dois dias autarcas, empresários, gestores públicos e professores universitários.

Este fórum, aberto à participação de todos os interessados e organizado pelo Núcleo Associativo de Empresas BastoEmpreende, inclui ainda a feira de empreendedorismo que pretende ser um palco das atividades económicas da região de Basto e Cabreira.

Durante dois dias o fórum “Cooperação e coopetição na Região de Basto e Cabreira” vai contar com a participação de nomes como João Catarino, secretário de Estado da Valorização do Interior, Luís Medeiros Viana, secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Joaquim Barreto – presidente da BastoEmpreende, Francisco Alves – presidente do município de Cabeceiras de Basto, Humberto Cerqueira – Presidente do município de Mondim de Basto, João Noronha – Presidente do município de Ribeira de Pena, Jorge Nunes – vogal do Conselho Diretivo do Programa Norte 2020, entre outros.

O Núcleo Associativo de Empresas BastoEmpreende pretende contribuir para a defesa dos direitos e interesses das empresas suas associadas, promover o intercâmbio e a cooperação com associações e organismos nacionais e estrangeiros, públicos ou privados, bem como lançar iniciativas para o progresso técnico, económico e social do tecido empresarial da região.

Programa

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Bolsa de Lisboa volta a liderar ganhos na Europa. Altri dispara 8%

O PSI-20 valorizou mais de 1%, liderando pelo segundo dia os ganhos bolsistas na Europa. Altri liderou nas subidas, apoiada nos resultados, num dia em que oito cotadas do índice ganharam mais de 1%.

Pelo segundo dia seguido a bolsa nacional liderou os ganhos na Europa. O PSI-20 somou mais de 1% pelo segundo dia, com a Altri a comandar os ganhos do índice lisboeta ao avançar mais de 8%. Entre as cotadas do PSI-20, oito ganharam mais de 1%.

O índice de referência nacional valorizou 1,26%, para os 5.271,55 pontos, com apenas duas cotadas no vermelho, e as restantes 16 em alta. Na Europa, o Stoxx Europe 600 somou 0,83%.

Em Lisboa, a Altri foi a cotada que mais brilho. As ações da papeleira ganharam 8,24%, para os 7,75 euros, depois de a empresa liderada por Paulo Fernandes ter anunciado um crescimento de 102,5% dos seus lucros, para 195 milhões de euros, mas também a intenção de distribuir 10% desse valor em dividendos. O dividendo por ação a ser proposto à Assembleia Geral é de 0,72 euros, o que compara com os 0,30 euros entregues do exercício de 2017.

Dentro do setor, a Navigator também se destacou pela positiva, com as suas ações a somarem 1,5%, para os 4,334 euros. Em forte alta, terminou também a Nos. As ações da telecom valorizaram 2,59%, para os 5,54 euros.

No setor da energia, a sessão também foi marcada por ganhos acentuados. Os títulos da EDP avançaram 1,36%, para os 3,349 euros, enquanto os da sua participada EDP Renováveis ganharam 1,39%, para os 8,76 euros. Já a Galp Energia viu as suas ações acelerarem 0,96%, para os 14,69 euros.

A destoar do sentimento positivo do índice apenas duas referências: o BCP e a Sonae Capital. As ações do BCP recuaram 0,44%, para os 22,72 cêntimos. Por sua vez a a Sonae Capital perdeu 0,79% em bolsa, para os 88,3 cêntimos.

(Notícia atualizada às 16h48 com mais informação)

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Depois de sair da PLMJ, Tomás Pessanha segue para a Garrigues

Tomás Pessanha, o sócio especialista em M&A que deixa a equipa do Porto da PLMJ, segue agora para a Garrigues. Passa a dirigir o departamento de societário e de fusões e aquisições, no Porto.

A Garrigues acaba de reforçar a sua equipa de sócios em Portugal com a entrada de Tomás Pessanha, que saiu recentemente da PLMJ. O advogado vai dirigir o departamento de societário, fusões e aquisições do escritório do Porto desta sociedade.

“É um orgulho integrar uma instituição forte como a Garrigues, com um projeto consistente e uma cultura com a qual me identifico plenamente”, afirmou Tomás Pessanha, citado em comunicado. “A rede internacional do escritório, a sua experiência e valências, assim como a sua estrutura organizativa altamente profissional e atenta ao futuro do mercado, fazem com que seja o projeto correto, no momento certo”.

Tomás Pessanha conta com uma larga experiência profissional: já assessorou empresas e investidores institucionais, nacionais e estrangeiros, em matérias e assuntos relacionados com direito societário, contratação comercial, fusões e aquisições, private equity e capital de risco e reestruturações.

Tomás Pessanha era sócio desde 2007 do escritório do Porto, com prática na área de M&A, de corporate governance, fundos de investimento e em investimento estrangeiro. Passou pela José Maria Calheiros & Associados, foi advogado associado na PMBGR e e é docente convidado, na Porto Business School, desde 2013.

Esta é mais uma saída do escritório. Já no mês passado, Pedro Melo deixou a PLMJ, escritório onde estava há 17 anos, para integrar a Miranda & Associados, na equipa de coordenação da área de Direito Público e Regulatório do escritório em Lisboa.

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André Jordan e Oaktree investem 500 milhões no Belas Clube de Campo

  • Lusa
  • 14 Março 2019

André Jordan Group adiantou que esta parceria com "uma das maiores gestoras de investimentos alternativos a nível mundial” tem previsto “um investimento superior a 500 milhões de euros".

O André Jordan Group fechou uma parceria com a Oaktree Capital Management, para um investimento superior a 500 milhões de euros no crescimento do Belas Clube de Campo.

Em comunicado, o André Jordan Group adiantou que esta parceria, com “uma das maiores gestoras de investimentos alternativos a nível mundial” tem previsto “um investimento superior a 500 milhões de euros” e “enquadra-se na estratégia de crescimento do empreendimento, que tem em curso uma nova fase composta por apartamentos, townhouses e lotes para construção de moradias, num total de 1.400 unidades”.

Na mesma nota, o presidente executivo do grupo, Gilberto Jordan, referiu que “o investimento da Oaktree vai permitir dar resposta à crescente procura colocando no mercado cerca de 100 unidades por ano, e tornar o empreendimento num dos locais de maior qualidade para viver numa capital europeia”.

Para o gestor, “a Oaktree tem uma abordagem de longo prazo nos negócios onde investe, focando-nos sempre em projetos sólidos e sustentáveis – a aposta no Belas Clube de Campo é um reconhecimento do trabalho desenvolvido nas últimas duas décadas”, lê-se na mesma nota.

Os dois parceiros irão “investir ativamente na melhoria dos equipamentos existentes e no desenvolvimento de diversos serviços e atividades desportivas”, refere o presidente.

Esta parceria “tem como objetivo primário o desenvolvimento do Belas Clube de Campo, mas no futuro podem ser analisados outros investimentos conjuntos“, de acordo com o comunicado.

O Belas Clube de Campo conta com mais de 2.500 residentes de 27 nacionalidades.

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Espírito Santo Property já pagou 36 milhões de euros de dívida aos credores

Empresa de imobiliário do antigo Grupo Espírito Santo (GES) está em PER desde 2015 e concluiu, este ano, o pagamento da totalidade do montante em dívida.

A empresa de imobiliário do antigo Grupo Espírito Santo (GES), a Espírito Santo Property Portugal SGPS, pagou no início deste ano a última tranche da dívida que a investidores de papel comercial que saíram lesados com o colapso do grupo. O pagamento de 36 milhões de euros aconteceu no âmbito do Plano Especial de Revitalização (PER), que está em curso desde maio de 2015 e envolve dívida reclamada por mais de 360 credores, particulares e institucionais.

“As medidas foram implementadas na íntegra e a mobilização dos ativos arrestados à ordem do tribunal foi executada sempre em articulação e com a aprovação prévia das entidades judiciais, tendo como objetivo gerar os meios financeiros necessários à satisfação das expectativas e dos compromissos assumidos”, explicou a empresa em comunicado.

O plano aprovado, que tinha como finalidade reestruturar a empresa e assegurar o pagamento integral das dívidas aos credores, passava pela implementação de várias medidas, incluindo cortes nos custos de funcionamento, conclusão de projetos imobiliários em curso e a alienação de ativos imobiliários.

A Espírito Santo Property era a empresa que geria o património imobiliário do GES e o PER previa o reembolso da dívida reclamada em seis tranches anuais, entre 2015 e 2020. Após ter antecipado a tranches referentes a 2018 e 2019, pagou agora a totalidade da dívida, tornando-se a primeira empresa do universo Espírito Santo a reembolsar integralmente o papel comercial subscrito por investidores de retalho.

Estes lesados não estão abrangidos pelo acordo alcançado entre o Governo, Banco de Portugal, CMVM e as associações de lesados. Por reembolsar estão ainda milhares de investidores de outras empresas do GES, nomeadamente a Rioforte e a Espírito Santo International.

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