Lucro do banco britânico Lloyds aumenta 24% e soma 5.064 milhões de euros em 2018

  • Lusa
  • 20 Fevereiro 2019

António Horta-Osório, que lidera o banco britânico, indicou que, face à subida de lucro e fortalecimento de capital, vão "recomendar a distribuição de dividendos mais altos aos investidores".

O lucro líquido do Lloyds Banking Group aumentou 24% para 4.400 milhões de libras (5.064 milhões de euros) em 2018 face a 2017, na sequência da operacionalização de um forte plano estratégico, anunciou esta quarta-feira o banco britânico.

Em comunicado enviado esta quarta-feira à Bolsa de Valores de Londres, o grupo bancário liderado pelo português António Horta-Osório reportou um lucro antes de impostos de 5.960 milhões de libras (6.859 milhões de euros), mais 13% do que no mesmo período do ano anterior.

Em sentido inverso, as receitas do Lloyds diminuíram 35,4% em 2018 face a 2017, situando-se nos 22.091 milhões de libras (25.426 milhões de euros). O rácio empréstimos/depósitos situou-se, em 31 de dezembro do ano passado, em 107%, tendo o rácio de capital CET1 sido de 13,9%.

Segundo os dados divulgados nesta quarta-feira pelo banco britânico, os depósitos dos clientes atingiram 416.000 milhões de libras (478.816 milhões de euros) no final de 2018 e os empréstimos somaram 444.000 milhões de libras (511.044 milhões de euros).

O presidente do Conselho de Administração do Lloyds, António Horta-Osório, considerou que 2018 “foi um ano forte a nível estratégico e financeiro” e importante para a afirmação do banco no mundo digital, na sequência da aplicação da terceira fase do seu plano estratégico, que prevê um investimento superior a 3.000 milhões de libras (3.453 milhões de euros).

“Registámos mais um ano de subida do lucro, assim como de fortalecimento do capital, e como resultado pudemos recomendar a distribuição de dividendos mais altos aos investidores”, lê-se numa mensagem de Horta-Osório constante do comunicado.

Segundo o presidente do Lloyds, a economia do Reino Unido demonstrou ser resiliente em 2018, com um forte nível de emprego e um crescimento do produto interno bruto (PIB), apesar da perspetiva a curto prazo ser incerta.

O Lloyds Banking Group propôs uma recompra de ações no valor de 1.750 milhões de libras (2.014 milhões de euros), o que representa una rentabilidade total para os investidores de 4.000 milhões de libras (4.604 milhões de euros), uma subida de 26% face ao ano anterior.

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Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 20 Fevereiro 2019

Rajoy nunca terá equacionado aplicar a lei de Estado de sítio na Catalunha. Espanhol Campa vai liderar a Autoridade Bancária Europeia. Na Coreia do Sul, cosmética aposta em meninas super jovens.

O espanhol José Manuel Campa foi o eleito para liderar a Autoridade Bancária Europeia (EBA, sigla em ingês). Com esta escolha, Espanha, que já tinha Guindos como vice-presidente do BCE, ganha peso internacional. Ainda em Espanha, Mariano Rajoy nunca terá tido intenção de aplicar a lei de estado de Emergência na Catalunha, após o referendo ilegal de 1 de outubro de 2017. Nos Estados Unidos continua a “guerra” entre a Qualcomm e a Apple. A fabricante de chips tenta que os reguladores do comércio americano proíbam a comercialização de alguns iPhones no EUA. Já as empresas de mineração estão preocupadas com o colapso da barragem no Brasil e reclamam alterações para o setor mineiro. Na Coreia do Sul, país em que a indústria de beleza é próspera, há um novo filão a atrair as atenções das empresas de cosmética: meninas jovens com idade a rondar os sete anos e que querem imitar a mãe a maquilhar-se.

El País

Espanhol Campa será presidente da Autoridade Bancária Europeia

O espanhol José Manuel Campa, ex-secretário de Estado da economia no governo de Zapatero, foi eleito para presidente da Autoridade Bancária Europeia (EBA, sigla em inglês). O cargo era até agora ocupado pelo italiano Andrea Enria. Campa junta-se assim a Luís Guindos, vice-presidente do BCE, e juntos dão peso internacional a Espanha a nível Europeu. Leia a notícia completa no El País (acesso livre/conteúdo em espanhol).

Documentos confidenciais provam que Rajoy nunca considerou aplicar o estado de sítio na Catalunha

O governo de Espanha enviou para o tribunal documentos que provam que Rajoy e o Conselho de Segurança Nacional nunca abordaram a possibilidade de aplicar a lei de estado de Emergência e a lei de Segurança Nacional no âmbito da situação da Catalunha, depois da convocatória do referendo ilegal de 1 de outubro de 2017. Os documentos foram entregues ao tribunal que julga os cabecilhas do processo. Leia a notícia completa no El País (acesso livre/conteúdo em inglês).

Reuters

Qualcomm instiga os reguladores americanos para proibir a venda de alguns iPhones nos EUA

Continua a batalha judicial entre a Qualcomm e a Apple. A fabricante de chips está a pedir aos reguladores de comércio dos Estados Unidos que proíbam a venda de alguns iPhones nos Estados Unidos devido às práticas de licenciamento de patentes. O impasse entre a Qualcoom e a Apple é antigo e estende-se a janeiro de 2017. No final do ano passado a Apple chegou mesmo a ter as vendas do iPhone 7 e 8 proibidas na Alemanha, devido a um processo da fabricante de chips. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre/conteúdo em inglês).

Bloomberg

Colapso da barragem no Brasil pode forçar indústria das minas a mudar

O colapso da barragem brasileira que matou pelo menos 169 pessoas no Brasil, no mês passado, não foi um incidente isolado. Na última década terão existido, em todo o mundo, pelo menos 50 falhas em barragens. Perante esta situação, as empresas reclamam agora por mudanças no setor e alertam para a necessidade de um “nível nuclear de segurança”. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso livre/ conteúdo em inglês).

The Washington Post

Indústria de cosmética sul-coreana aposta em meninas super jovens

A indústria de beleza sul-coreana está a olhar cada vez mais para as meninas mais jovens. A indústria de cosméticos da Coreia do Sul, conhecida como K-beauty, tornou-se uma das maiores de indústria de beleza do mundo, e parece ter agora descoberto um novo filão. As meninas, a partir de sete anos, que mal sabem ler mas têm como objetivo maquilhar-se como as mães. A indústria de cosmética daquele país está avaliada em mais de 10 mil milhões de dólares. Leia a notícia completa no The Washington Post (acesso livre/ conteúdo em inglês).

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Excedente externo encolhe em 2018. Valor é o mais baixo em seis anos

O saldo da balança corrente e de capital apresentou um saldo positivo no ano passado, mas em queda acentuada face ao ano anterior. Excedente é 29% do registado em 2017.

Portugal fechou 2018 com contas externas positivas mas exibindo uma deterioração acentuada face ao ano anterior. É preciso recuar a 2012 para encontrar uma marca pior.

Segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal, o saldo da balança corrente e de capital apresentou um valor positivo de 903 milhões de euros no ano passado, que o banco central estima ser equivalente a 0,4% do PIB.

Um ano antes, esta balança tinha registado um saldo positivo de 2.699 milhões, o que correspondia a 1,4% do PIB. É preciso olhar para o ano de 2012 para encontrar um valor pior do que o observado no ano passado. Nessa data – quando o programa da troika estava em velocidade cruzeiro – o saldo da balança corrente e de capital foi negativo, igual a 0,1% do PIB. Daí em diante, entrou em terreno positivo onde se mantém. No entanto, a degradação no último ano foi acentuada, com o excedente em percentagem do PIB a ficar em 0,4% do PIB, ou seja, apenas 29% do que se registou um ano antes.

O valor final do PIB nominal referente ao ano passado ainda não é conhecido – só em 28 de fevereiro o Instituto Nacional de Estatística (INE) publica as contas nacionais referentes a 2018. No entanto, o Banco de Portugal faz uma “extrapolação do PIB nominal para esse trimestre com base na informação parcial divulgada pelo INE”. A 14 de fevereiro, o INE divulgou a estimativa rápida referente ao ano passado o que permite à equipa de economistas do banco central fazer esses cálculos.

Na nota de informação estatística, o banco central explica a deterioração do saldo medido em valores absolutos com a evolução das “balanças de bens e de rendimento primário, parcialmente compensadas pela balança de serviços”.

A balança corrente passou de um saldo positivo para negativo, com a balança de bens a evoluir de um défice de 6,2% para um défice de 7,3% do PIB. A balança de serviços manteve um excedente, que até foi reforçado, passando de 8% para 8,3% do PIB. A balança de rendimento primário viu o seu défice piorar, de 2,5% para 2,8% do PIB.

“O défice da balança de bens aumentou 2.599 milhões de euros. Em contraste, o excedente da balança de serviços cresceu 1.099 milhões de euros, essencialmente devido à rubrica de viagens e turismo, cujo saldo passou de 10 861 milhões de euros para 11 910 milhões de euros. No conjunto do ano, as exportações de bens e serviços cresceram 5,8% (5,4% nos bens e 6,5% nos serviços). As importações aumentaram 7,9% (8,4% nos bens e 6,0% nos serviços)”, revela o banco.

A última previsão do Governo, incluída no Orçamento do Estado para 2019, apontava para um excedente de 1% do PIB, graças ao saldo da balança de capital, já que para a balança corrente o Executivo projetava um saldo nulo. O Banco de Portugal apontava num saldo positivo de 1,3% do PIB.

(Notícia em atualização)

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Portugal consegue juro menos negativo para emitir dívida a três meses

O IGCP realizou, esta quarta-feira, um novo leilão de Bilhetes do Tesouro. Apesar da forte procura, o montante colocado foi de apenas mil milhões de euros, ou seja, o mínimo do objetivo definido.

Portugal voltou a conseguir juros mais baixos para emitir dívida a 11 meses, mas a yield foi menos negativa no prazo mais curto (três meses). A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP realizou, esta quarta-feira, um leilão de Bilhetes do Tesouro (BT) em que colocou um total de mil milhões de euros. Apesar da forte procura, foi emitido o montante mínimo do intervalo indicativo, que tinha margem para ir até aos 1.250 milhões de euros.

No prazo mais longo, o IGCP emitiu 850 milhões de euros em BT que vence em maio de 2019. Neste caso a yield foi negativa em 0,363%. O último leilão comparável aconteceu a 17 de outubro do ano passado, quando Portugal colocou 250 milhões de euros com juro de -0,27%.

Já na maturidade mais curta, o Tesouro colocou 150 milhões de euros em BT com maturidade em janeiro de 2020, tendo conseguido um juro negativo de 0,389%. Na colocação anterior, o Tesouro tinha colocado mil milhões de euros a um juro de -0,426%.

A procura manteve-se robusta, a confirmar o forte interesse em Portugal demonstrado por vários institucionais nas últimas semanas. A procura por BT a 11 meses superou a oferta em 2,34 vezes, o que compara com 1,5 no último leilão comparável. No caso das BT a 3 meses, a procura foi 6,03 vezes superior à oferta, face às 3,1 vezes conseguidas na última emissão de títulos com esta maturidade.

Portugal tem beneficiado da tendência de queda nos juros das dívidas soberanas da Zona Euro, bem como do interesse de vários investidores institucionais no país. Nas Obrigações do Tesouro, a yield das Obrigações a 10 anos atingiu esta terça-feira mesmo mínimos históricos, ao tocar os 1,495%, em mercado secundário. Esta quarta-feira, negoceiam nos 1,52%.

(Notícia atualizada às 10h50)

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Iberdrola com lucros recorde. Foram mais de três mil milhões de euros em 2018

  • Lusa
  • 20 Fevereiro 2019

A melhoria do negócio e a venda de ativos no Reino Unido ajudaram a fazer crescer em 7,5% os lucros da energética espanhola no ano passado.

A elétrica espanhola Iberdrola registou num resultado líquido de 3.014,1 milhões no ano passado, mais 7,5% do que em 2017, refletindo uma melhoria do negócio e a venda de ativos no Reino Unido.

“O resultado do grupo reflete os investimentos de cerca de 20.000 milhões de euros realizados nos últimos quatro anos, a expansão internacional, a normalização das condições operacionais em Espanha e o bom desempenho de todos os negócios“, afirma a Iberdrola, empresa que comercializa energia em Portugal e que está a construir o Complexo Hidroelétrico do Alto Tâmega, projeto avaliado em cerca de 1,5 mil milhões de euros.

O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) aumentou 27,7% para 9.349 milhões de euros em 2018, suportado pelo crescimento de dois dígitos de todas as áreas de atividades e da consolidação da Neoenergía, apesar do impacto negativo da taxa de câmbio.

O negócio de redes gerou um EBITDA de 4.915 milhões de euros, aumentando 16,2%, e o das energias renováveis de 2.444,7 milhões, ou acréscimo de 39,3%, impulsionado por uma maior produção e reforço da capacidade instalada.

Entre as operações corporativas levadas a cabo no ano passado pela Iberdrola, destacam-se a venda em dezembro da Scottish Power Generation, a sua filial no Reino Unido.

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Nova ronda de financiamento de baixo custo aos bancos vai começar a discutida “em breve”, diz economista-chefe do BCE

O economista-chefe da instituição, Peter Praet, afirmou que o início do debate não significa que qualquer decisão seja tomada e alertou que a última ronda de TLTRO foi "extremamente generosa".

O Banco Central Europeu (BCE) irá “muito proximamente” começar a discutir uma nova ronda de empréstimos de baixos custos aos bancos da Zona Euro, afirmou o economista-chefe da instituição, esta quarta-feira. Peter Praet reforçou aquela que é a expectativa do mercado: que o BCE lance uma nova operação de refinanciamento de longo prazo (TLTRO).

“A discussão irá começar muito proximamente no Conselho de Governadores”, afirmou Praet, numa apresentação do outlook económico em Frankfurt, citado pela agência Reuters. “Não significa que tomemos decisões para já”.

O BCE começou, no início desde ano, mudanças no curso da política monetária da Zona Euro, pondo fim à compra líquida de dívida pública e privada, no âmbito do programa de estímulos. Passou para uma nova fase em que se limita a reinvestir títulos que atingem as maturidades e os juros que recebe. Vários analistas já tinham apontado a possibilidade de o BCE voltar a recorrer aos TLTRO, um instrumento já utilizado durante a crise para assegurar liquidez na banca.

Além de Praet, também o membro do Conselho do BCE Benoit Coeure (que é responsável por operações de mercado como o programa de compra de obrigações) disse, na semana passada, que o BCE tem instrumentos para combater a desaceleração económica e poderá ainda criar novas soluções.

O economista-chefe do BCE reforçou a expectativa, mas também refreou o entusiasmo com a hipótese. “Penso que é importante que haja transparência para o setor da banca, mas não necessariamente nos parâmetros dos TLTRO porque são muito complicados”, afirmou, acrescentando que as linhas deste tipo de financiamento que atingem a maturidade no próximo ano foram “extremamente generosas”.

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Dia mandata PwC para vender 300 lojas este ano

  • ECO
  • 20 Fevereiro 2019

O plano de reestruturação da dona do Minipreço prevê a alienação de 600 lojas. Já este ano a empresa espera alienar 300. Com estas alienações, grupo espera eliminar 2.100 postos de trabalho.

Antes da assembleia geral de acionistas em que pretende angariar 600 milhões de capital, o conselho de administração da retalhista Dia mandatou a PwC para encontrar comprador para as 300 lojas que pretende alienar este ano. O plano prevê a venda de um total de 600 lojas a média prazo, escreve o Expansión [acesso livre].

A consultora agora escolhida já tem em mãos o desinvestimento do Dia no negócios de cash&carry, através do qual a retalhista prevê arrecadar cerca de 50 milhões de euros. Também em vias de ser alienada está a Clarel, cadeia de lojas de drogaria, perfurmaria e higiene pessoal. O Santander e o BBVA são os mandatados para vender a Clarel que, em Portugal, conta com 73 estabelecimentos.

Mas o plano de reestruturação da retalhista não fica por aqui. A braços com uma crise financeira e, até aqui controlada através de um plano de financiamento delineado junto da banca, a empresa, segundo avança o jornal espanhol, apresenta esta sexta-feira aos sindicatos um plano que prevê a eliminação de 2.100 empregos todos em Espanha.

A reunião com os sindicatos serve para apresentar o Expediente de Regulação de Emprego (ERE). A ideia é que a maioria dos despedimentos possam estar afetos às lojas a alienar, de modo a que possam ser absorvidos — pelo menos em parte — pela entidade compradora.

Todas estas movimentações acontecem em simultâneo ao anúncio do lançamento de uma oferta pública de aquisição (OPA) pelo milionário russo Mikhail Fridman, que já é acionista da dona do Minipreço com cerca de 29%, e que pretende conseguir o controlo dos 70,9% que ainda não detém.

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Britânica Sainsbury’s tomba 13% e penaliza retalho europeu

A aquisição da Asda pela J Sainsbury à Walmart, por 7,3 mil milhões de libras, voltou a receber uma opinião desfavorável da Autoridade dos Mercados e Concorrência.

Os planos da J Sainsbury de criar a maior cadeia de supermercados do Reino Unido estão a enfrentar a oposição do regulador. Um novo relatório em que a autoridade da concorrência britânica afirmou precisar de mais tempo para avaliar o negócio trouxe receio aos investidores do grupo. Em queda livre em bolsa, a dona dos supermercados britânicos Sainsbury’s está a penalizar o setor do retalho na Europa.

A aquisição da Asda pela J Sainsbury à Walmart, por 7,3 mil milhões de libras (equivalente a cerca de 8,4 mil milhões de euros) já tinha levantado dúvidas por parte da Autoridade dos Mercados e Concorrência. Num relatório publicado esta quarta-feira, o regulador afirmou que a venda de algumas lojas (que tinha sido uma solução apresentada pelo grupo) poderia não ser suficiente para resolver o problema de limitação da concorrência no país.

“Consideramos que, em caso de fusão, os clientes poderão enfrentar preços mais elevados, reduzida escolha e qualidade, bem como um setor do retalho mais fraco por todo o Reino Unido”, explicou Stuart McIntosh, representante da autoridade, citado pela agência Bloomberg.

Em reação, as ações da Sainsbury’s afundaram 16% na terça-feira, a maior queda diária desde 2008. Esta quarta-feira, a tendência negativa mantém-se — com os títulos a tombarem 12,85% para 250,90 libras — e contagia a Europa, onde o setor tem sido penalizado nas últimas semanas pela hipótese de falência do grupo espanhol Dia. O índice pan-europeu de empresas de retalho Stoxx 600 Retail perde 0,17%, enquanto a portuguesa Sonae desvaloriza 0,16%.

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El Corte Inglés vende divisão de óticas em Espanha e Portugal

  • ECO
  • 20 Fevereiro 2019

Grupo espanhol vendeu aos holandeses GranVision a Óptica 2000, com 106 pontos de venda em Espanha e dois em Portugal.

O El Corte Inglés chegou a acordo com os holandeses da GranVision para a venda da Óptica 2000, a divisão de óticas do grupo espanhol. A venda inclui 106 pontos de venda em Espanha e dois em Portugal, confirmaram fontes financeiras ao El País [acesso livre].

A operação terá um triplo efeito para o grupo presidido por Jesús Nuño de la Rosa porque, além de conseguir uma aliança com um gigante do setor é um passo mais no investimento e, além disso, relança a filial de óticas.

O negócio, escreve o jornal espanhol, está relacionado com a estratégia da empresa para reduzir a dívida do grupo. Já a GranVision, empresa cotada em bolsa, é uma das principais do setor ótico europeu e já opera em Espanha com a marca Masvisión. Os 703 empregados da Óptica 2000 serão integrados na empresa.

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Portugal está entre os piores países da Europa na pobreza energética

  • Lusa
  • 20 Fevereiro 2019

Só três países da Europa de Leste são piores que Portugal em pobreza energética, segundo um estudo europeu que avaliou a capacidade de famílias manterem as suas casas com temperaturas confortáveis.

Só três países da Europa de Leste são piores que Portugal em pobreza energética, segundo um estudo europeu que avaliou a capacidade de famílias manterem as suas casas com temperaturas confortáveis e pagar as faturas da energia.

Usando dados do Eurostat, a rede de organizações ambientalistas Coligação para o Direito à Energia, a que pertence a portuguesa ZERO, concluiu que há 41 milhões de lares nos 28 países que compõem a União Europeia que não conseguem ser aquecidos no inverno e 91 milhões que não conseguem ser refrescados no verão.

Em comunicado, a ZERO aponta o dedo à “inação dos decisores políticos“, reclamando “um programa europeu para melhoria do isolamento térmico e eficiência energética dos edifícios” que faça baixar as faturas da energia.

Portugal, classificado com nível “muito alto” apresenta-se como “um dos piores países europeus no que respeita à pobreza energética” por causa de “baixos rendimentos, edifícios ineficientes sem isolamento e com janelas simples”, equipamentos pouco eficientes, como “lareiras e aquecedores individuais”, assinala a ZERO.

Os “custos elevados” levam a que se gaste pouca energia para aquecer e arrefecer as casas, refere a associação, que pede ao Governo que aposte em “apoios simplificados para salvaguardar as pessoas em condições socioeconómicas mais vulneráveis”.

Abaixo de Portugal na lista do Direito à Energia estão a Eslovénia, a Hungria e a Bulgária. Do outro lado do espetro, Suécia, Finlândia, Dinamarca e Áustria são os países com menos pobreza energética.

Na apreciação global, há 17 países com “níveis significativos de pobreza energética” e na Europa a fatura da energia aumentou 33% entre 2000 e 2014, refere a ZERO citando números da Comissão Europeia, com os agregados familiares a pagarem um ordenado inteiro só para energia em alguns países da União Europeia.

Em casas onde não se consegue impor uma temperatura confortável, vive-se com “níveis mais altos de stress e ansiedade” e complicações de saúde mais pequenas são ampliadas.

“Crianças pequenas que vivem em casas frias e húmidas têm mais do dobro da probabilidade de sofrer de problemas respiratórios e mais 40% de hipótese de sofrer de asma”, refere a Coligação no estudo.

A falta de conforto térmico “está relacionada com 40% das mortes em excesso que acontecem durante o inverno”, mais recorrentes em países com menos condições de habitação.

O problema verifica-se também em relação ao verão porque “à medida que se espera que temperaturas mais altas sejam mais frequentes, a escala da população da União Europeia afetada pela pobreza energética no verão deverá aumentar dramaticamente”.

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Poluição vai render 421 milhões ao Estado para financiar transportes

  • ECO
  • 20 Fevereiro 2019

As taxas de carbono na Europa têm ajudado a aumentar o Fundo Ambiental. A estimativa do Governo é que atinja os 421 milhões de euros este ano.

As receitas do Fundo Ambiental português poderão atingir os 421 milhões de euros em 2019, segundo explicou o ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Matos Fernandes, ao Correio da Manhã (acesso livre). O montante representa mais do dobro do ano passado e está a beneficiar do aumento do valor das taxas de carbono no mercado europeu.

Criado em 2016, o Fundo Ambiental é financiado por taxas e impostos sobre as emissões poluentes, principalmente por grandes indústrias poluentes que querem manter os níveis de produção. Mais de metade das verbas arrecadadas provêm das receitas dos leilões de dióxido de carbono (CO2), sendo que há 26 empresas em Portugal que participam nestes leilões europeus de licenças de emissão.

No primeiro ano de execução (ou seja, 2017), foram inscritas receitas no valor de 150,3 milhões de euros e, no ano passado, de 157,7 milhões de euros. Para este ano, os leilões deverão render 238,6 milhões de euros. O Governo conta ainda receber 1,4 milhões de euros em impostos sobre os combustíveis.

Tanto organismos do Estado, como empresas públicas ou autarquias podem beneficiar de verbas para o financiamento de iniciativas ambientais. O ministério do Ambiente confirmou ao CM que, este ano, a verba irá permitir ao Governo financiar promessas feitas, nomeadamente os passes sociais. Parte do montante inscrito no fundo irá também para abater o défice tarifário de forma a baixar as tarifas da eletricidade no mercado regulado.

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Há poucas mulheres no topo das empresas. Só 6% chegam a CEO

De acordo com a McKinsey, há mais mulheres a saírem das universidades, nos cargos de entrada nas empresas, mas a partir daí são os homens que "reinam".

Quando o tema é igualdade de género no trabalho, os contrastes são notórios. Se, por um lado, há mais mulheres com qualificações universitárias, por outro, há consideravelmente mais homens a ocupar cargos mais elevados, como o de CEO ou chairman. Aliás, a diferença de género nestas cadeiras é bastante expressiva.

Em Portugal, de acordo com o estudo da empresa de consultadoria empresarial McKinsey&Company, em 2017, apenas 6% das mulheres ocupavam a cadeira de CEO numa empresa. É preciso recuar até aos cargos mais iniciais (entry level) para assistir a uma maior percentagem de mulheres a exercer estas funções (58% são mulheres, enquanto apenas 42% são homens).

Contudo, o caminho de progressão de carreira parece ser inverso ao aumento da percentagem de mulheres a desempenhar funções no patamar em questão.

Dos patamares mais juniores para os intermédios, a percentagem de mulheres cai de 58% para 38%. E, se subirmos para os gestores seniores, já só 29% das mulheres ocupavam estes cargos em 2017. A tendência de diminuição culmina quando se atinge o nível de topo, de CEO. Aqui, a diferença entre géneros é superior a 90 pontos percentuais.

Apesar de os homens demonstrarem maior presença ao longo do caminho de progressão de carreira, se recuarmos às universidades, há mais “canudos” nas mãos das mulheres. Elas são as mais qualificadas, ainda que a diferença entre géneros não seja tão expressiva quanto a diferença no que toca aos cargos desempenhados nas empresas.

Baseando-se numa série de indicadores, a consultora norte-americana analisou a igualdade de género no contexto laboral em sete países. Entre eles, Portugal ocupa o sexto lugar, com um score de 0,56, numa escala de 0 a 1. Abaixo de Portugal só está o país vizinho, Espanha.

Na ponta oposta, com a melhor pontuação, estão os Estados Unidos da América (EUA), com um score de 0,72.

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