Navigator lidera perdas em Lisboa. Ações da papeleira caem 2%

A bolsa nacional inverteu de sentido, negociando em terreno negativo, condicionada pelas ações da Navigator que recuam mais de 2%, após o anúncio da saída de Diogo da Silveira dos comandos da empresa.

Após um arranque de sessão positivo, a bolsa nacional inverteu de rumo, condicionada pela Navigator. As ações da papeleira recuam mais de 2% no dia em que é conhecido que o CEO Diogo da Silveira, está de saída da empresa.

O PSI-20 recua 0,63%, para os 5.099,08 pontos, com a Navigator a comandar as perdas do índice que é condicionado ainda pelo recuo dos títulos do grupo EDP e do BCP. A bolsa nacional destoa assim face aos ganhos registados pelas pares europeias.

Esta quarta-feira, antes da abertura do mercado a Navigator surpreendeu o mercado com a notícia de que o seu presidente executivo, Diogo da Silveira, decidiu sair da liderança da empresa, situação que tem efeitos a partir de 9 de abril, data em que são eleitos os novos órgãos sociais.

Ações da Navigator em queda

Em nota enviada ao mercado, a empresa adianta que Diogo da Silveira “manifestou vontade de não ser eleito para o novo mandato“, isto depois de “concluir agora com êxito o mandato que lhe havia sido definido em 2014 no sentido do rejuvenescimento e diversificação da Navigator”. Interinamente, será João Castello Branco, atual chairman da Navigator, a ocupar o cargo até que seja escolhido um novo CEO.

O mercado denota não estar a receber com agrado a decisão de saída de Diogo da Silveira, com as ações da Navigator a recuarem 2,54%, para os 4,146 euros. Perdas que acontecem ainda no mesmo dia em que a Navigator revelou um aumento de 8% dos seus lucros, que ascenderam a 225 milhões de euros em 2018, com a subida dos preços do papel a compensarem as paragens de produção.

De salientar também pela negativa na praça lisboeta, as perdas sofridas pelos títulos do universo EDP. As ações da EDP recuam 0,63%, para os 3,17 euros, enquanto as da sua participada EDP Renováveis perdem 0,51%, para os 7,815 euros.

A condicionar o rumo do PSI-20 estão ainda as perdas de 0,64%, para os 23,25 cêntimos das ações do BCP.

A travar perdas mais acentuadas na praça lisboeta está a Galp Energia. As ações da petrolífera valorizam 0,91%, para os 13,925 euros, num dia em que as cotações do petróleo valorizam mais de 1% nos mercados internacionais.

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PSD vai ter “programa ao centro” que sirva partido e não só “líder A ou B”

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2019

O presidente do Conselho Estratégico Nacional do PSD, David Justino, defendeu um programa eleitoral “ao centro” e que possa servir todos, “e não apenas o líder A ou B”.

O presidente do Conselho Estratégico Nacional (CEN) do PSD, David Justino, defendeu um programa eleitoral “ao centro” e que possa servir todos, “e não apenas o líder A ou B”, no documento que vai ser apresentado em junho.

Em entrevista à agência Lusa a propósito da primeira Convenção Nacional do CEN que se realiza no sábado, em Santa Maria da Feira (Aveiro), o também vice-presidente do PSD salientou que este órgão de consulta da direção foi criado para atrair quadros para o PSD e também para construir de forma diferente o programa eleitoral do partido, que deverá ser apresentado em junho.

O que pretendemos é que o programa de Governo, o programa eleitoral, possa ser a expressão da vontade do partido e não a expressão da vontade do candidato A ou B, do líder A ou B”, defendeu.

Para Justino, o facto de o programa eleitoral do PSD resultar dos contributos das várias secções temáticas do CEN – 16 no total – dá-lhe “força e sustentabilidade”, uma vez que os documentos que são produzidos neste órgão “não aparecem da cabeça de três ou quatro sábios, mas da vontade de militantes e simpatizantes” que têm estado a colaborar.

“Nós não queremos uma proposta apresentada à sociedade, queremos uma proposta construída com a sociedade, que é uma coisa completamente diferente”, afirmou.

Por outro lado, garantiu, “vai ser um programa eleitoral de centro, com margens que vão da esquerda à direita”.

"Vai ser um programa eleitoral de centro, com margens que vão da esquerda à direita.”

David Justino

Vice-presidente do PSD

“Há soluções que não são de esquerda, nem de direita, são do país”, defendeu, considerando que, “se as ideologias são úteis”, o PSD é sobretudo um partido “pragmático e realista”.

Duas ideias que Justino apontou como centrais no programa eleitoral do PSD serão a proteção dos setores mais vulneráveis da sociedade, salientando que “continua a haver mais de dois milhões de pessoas no limiar da pobreza”, e uma atenção especial à classe média.

O PSD é um partido de mobilidade social, que aposta claramente na valorização das pessoas. Os mecanismos de mobilidade ascendente são mecanismos que estão fechados. A ideia que o PSD sempre corporizou que as pessoas querem fazer melhor pelo seu país e subir na escala social é uma ideia que temos de recuperar”, defendeu.

"A ideia que o PSD sempre corporizou que as pessoas querem fazer melhor pelo seu país e subir na escala social é uma ideia que temos de recuperar.”

David Justino

Vice-presidente do PSD

O vice-presidente do PSD salientou que, nas últimas décadas, a classe média tem sido “fortemente fustigada”, nomeadamente a nível dos impostos, acusando o Governo de criar “uma ilusão fiscal” ao aumentar os impostos indiretos. “É preciso apostar na equidade fiscal e não na ilusão fiscal, e aí falo em equilíbrio entre impostos diretos e indiretos, tentando alargar a base fiscal”, afirmou, escusando-se a adiantar em concreto como é que o PSD pretende fazer essa mudança.

Depois de já ter divulgado documentos estratégicos em cinco áreas – política para a infância, reforma da zona euro, ensino superior, saúde e fundos estruturais -, David Justino assegurou que o ritmo se vai intensificar nos próximos dois meses, com novos textos em áreas como a defesa, relações internacionais, professores ou agricultura. Quanto ao documento sobre Justiça – que nunca foi divulgado publicamente com o objetivo de tentar acordos com os restantes partidos, a quem foi distribuído no verão -, David Justino afirmou que o PSD continuou “a trabalhar e a melhorar as suas propostas”, admitindo que “é difícil haver consensos quando se aproximam eleições”.

“É natural que muito proximamente possamos tornar públicas algumas propostas mais concretas, sendo que a maior parte delas aparecerão só no programa de governo”, acrescentou, salientando que o PSD não pode “estar à espera de quem não quer fazer reformas”.

Questionado sobre a razão de não transformar estas ideias em iniciativas legislativas, David Justino invocou a atual conjuntura política e com o facto de haver medidas que “só são concretizáveis no Governo”. “Existe uma maioria de esquerda que não está interessada nestas soluções e as iniciativas morrem. Podíamos fazer muito barulho, mas o ganho efetivo dessas iniciativas seria muito reduzido”, defendeu.

O vice-presidente do PSD assegura que a marcação da iniciativa do CEN para o mesmo dia da convenção europeia do PS foi uma coincidência, até porque o objetivo da data foi assinalar a passagem de um ano sobre o Congresso que elegeu a atual direção.

“A convenção será um marco, na perspetiva em que encontrámos uma solução organizativa que vai para além do que era a organização tradicional, mais virada para a sociedade, mais recetiva a incorporar anseios, ambições, conhecimento e experiência da sociedade. Criámos a ideia de que não basta fazer oposição, é necessário criar alternativa”, defendeu.

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Paulo Trigo Pereira quer que Governo negoceie com Bruxelas menor esforço orçamental

  • ECO e Lusa
  • 13 Fevereiro 2019

O deputado Paulo Trigo Pereira recomenda que o Governo negoceie com Bruxelas para reduzir o esforço adicional, que se traduz em "mais impostos e/ou menos despesa pública".

O deputado Paulo Trigo Pereira apresentou um projeto de resolução na Assembleia da República onde recomenda ao Governo que negoceie com a Comissão Europeia uma redução do esforço orçamental que é pedido a Portugal.

No documento, o deputado que fez parte do grupo parlamentar do Partido Socialista e que agora se encontra como não inscrito, centra a sua recomendação num dos objetivos colocados a Portugal que é monitorizado pela Comissão Europeia: o Objetivo de Médio prazo (OMT).

“Atingir OMP para as finanças públicas portuguesas constitui, a par da redução do rácio da dívida no PIB [Produto Interno Bruto], o principal objetivo anualmente monitorado pela Comissão Europeia”, lembra o especialista em finanças públicas, recordando ainda que no triénio 2014-16 o OMP foi de -0,5% do PIB, subindo para +0,25% no período 2017-19.

“A diferença são cerca de 1500 milhões de euros de objetivo para o esforço orçamental adicional, traduzidos em mais impostos e/ou menos despesa pública, exigíveis ao país, de acordo com as regras orçamentais”, salienta o professor universitário. Agora, no primeiro trimestre de 2019, o novo valor de OMP será determinado para vigorar no período 2020-2022. E este valor, explica o deputado, “é ‘escolhido’ pelo Governo sob a restrição de não poder ser inferior ao OMP mínimo determinado pela Comissão Europeia”.

Daí, prossegue Paulo Trigo Pereira na proposta apresentada, “dada a excecional relevância deste assunto para as famílias e empresas portuguesas, não pode, nem deve, a Assembleia da República deixar de acompanhar este debate e fazer claras recomendações ao Governo, quer na sua negociação com a Comissão Europeia, quer na transparência das regras orçamentais”.

Esforço pedido para sustentabilidade das finanças públicas é desnecessário

O deputado Paulo Trigo Pereira considera que o esforço que está a ser pedido aos portugueses para assegurar a sustentabilidade das finanças públicas é excessivo.

“Abordámos a questão de que esforço é que os portugueses necessitam de fazer nos próximos anos para assegurar a sustentabilidade [das finanças públicas]. E chegamos à conclusão de que esse esforço não é tão grande como aquilo que o emaranhado das regras europeias sugere”, explica o especialista em finanças públicas em entrevista à agência Lusa

Em causa está o Objetivo de Médio Prazo. “É uma matéria muito complexa que envolve fórmulas matemáticas e há poucas pessoas que conseguem dominar este assunto. E como é muito complexo não se discute”, lamenta, adiantando que, perante essa complexidade, “a Comissão Europeia, quando há várias regras, escolhe sempre as mais exigentes”.

Paulo Trigo Pereira lembra ainda que em matéria de sustentabilidade das finanças públicas, da multiplicidade de regras que existem, Portugal já cumpre a mais importante: “a redução do peso da dívida no PIB e a regra que obriga a reduzir um vinte avo da diferença [entre o valor de dívida que temos] com os 60% do PIB”.

Apesar dos bons resultados indicados, o deputado diz que Portugal continua vulnerável a cenários adversos extremos. “Obviamente que Portugal continua vulnerável porque tem um peso da dívida no PIB muito elevado. E um choque forte levaria Portugal a uma situação insustentável quer tenha um saldo estrutural de menos 0,5% ou mais 0,25%. Não é por causa disso que um choque muito forte não levaria Portugal a uma situação muito crítica. Portanto, para esse tipo de choque não estamos preparados”, reconhece o professor universitário.

Já no caso de uma pequena recessão, que virá “mais cedo ou mais tarde, é perfeitamente sustentável termos um défice de 0,5% do PIB desde que o país cresça a uma taxa razoável”, assegura o economista.

Grupo parlamentar não deve ser “uma caixa de ressonância do Governo”

Paulo Trigo Pereira diz que PS devia ir mais longe no diálogo com o Governo e defende que “se o grupo parlamentar é uma caixa de ressonância do Governo não vale a pena ter grupo parlamentar”.

Em entrevista à Lusa, o antigo deputado do Partido Socialista (PS) que agora se encontra no parlamento como deputado não inscrito diz que em termos de finanças era “a única voz dissonante” dentro do grupo parlamentar, que a sua saída “foi amigável” e deixou “todos satisfeitos”.

No final do ano passado professor universitário abandonou a bancada socialista por considerar que foi afastado dos debates mais importantes sobre finanças públicas, designadamente a apresentação do Programa de Estabilidade e a proposta de Orçamento do Estado para 2019.

Sem querer revelar o teor das conversas privadas que manteve com Mário Centeno, o discurso público do ministro não vai no sentido das propostas do professor universitário, o que Paulo Trigo Pereira diz resultar da necessidade de satisfazer a Comissão Europeia.

“O ministro tem que ter esse discurso porque é o que satisfaz todos os requisitos, todas as regras de Bruxelas”. Ou seja, não o faz por convicção? “O ministro das Finanças tem feito um esforço”, sublinha Paulo Trigo Pereira, dizendo acreditar que Centeno, no Eurogrupo, “vai trabalhar e estará já a trabalhar sobre a reavaliação das regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento”.

Agora, prossegue o especialista em finanças públicas, “em termos nacionais, quando se tem que apresentar um documento a Bruxelas, nomeadamente o Orçamento de Estado e o Programa de Estabilidade, eles têm que seguir as regras existentes sob pena de haver uma posição crítica de Bruxelas”.

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Presidente chinês recebe delegação dos EUA que negoceia acordo comercial

  • Lusa
  • 13 Fevereiro 2019

Xi Jinping, recebe esta semana a delegação norte-americana que está em Pequim a negociar uma solução para as disputas comerciais entre os dois países, avança a imprensa chinesa.

O Presidente chinês, Xi Jinping, recebe esta semana a delegação norte-americana que está em Pequim a negociar uma solução para as disputas comerciais entre os dois países, informou esta quarta-feira um jornal de Hong Kong.

Segundo o South China Morning Post, Xi reúne na sexta-feira com o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e o representante do Comércio, Robert Lighthizer.

A informação não foi ainda confirmada por fontes oficiais.

Mnuchin e Lighthizer reúnem nos dias 14 e 15 com o vice-primeiro-ministro chinês Liu He.

Este será o terceiro frente-a-frente desde que, no início de dezembro, Xi Jinping e o homólogo norte-americano, Donald Trump, concordaram uma trégua de 90 dias, para encontrar uma solução para a guerra comercial que espoletou entre os dois países, no verão passado.

Washington e Pequim aumentaram já as taxas alfandegárias sobre centenas de milhões de dólares de produtos de cada um e, caso não haja um acordo até ao fim do período de trégua, que termina em 01 de março, Trump ameaça aumentar ainda mais as taxas sobre importações oriundas da China.

No entanto, na terça-feira, Trump afirmou que poderá dar à China mais tempo “caso estejamos perto de um acordo, um acordo real”.

Segundo o SCMP, Liu vai convidar os representantes de Washington para um banquete num restaurante em Pequim, num gesto de “boa vontade”.

Trump quer que a China ponha fim a subsídios estatais para certas indústrias estratégicas, à medida que a liderança chinesa tenta transformar as firmas do país em importantes atores em atividades de alto valor agregado, como inteligência artificial ou robótica, ameaçando o domínio norte-americano naquelas áreas.

Washington quer também mais acesso ao mercado, melhor proteção da propriedade intelectual e o fim da ciberespionagem sobre segredos comerciais de firmas norte-americanas.

Mas o Partido Comunista Chinês está relutante em abdicar dos seus planos, que considera cruciais para elevar o estatuto global do país.

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Demissão de Carlos Costa só teria efeitos após fim do mandato

  • ECO
  • 13 Fevereiro 2019

Com todos os passos do processo de afastamento de governadores de bancos centrais, em conjunto com um calendário preenchido, a saída de Carlos Costa seria empurrada para o final do mandato.

O mandato do governador do Banco de Portugal termina em julho de 2020, e dificilmente uma demissão produziria efeitos antes deste prazo. Isto porque o processo para exonerar um governador é complicado, e também devido a um calendário preenchido, por eleições, comissões parlamentares e períodos de recurso, pela parte do Banco Central Europeu (BCE), escreve o Público (acesso condicionado).

Primeiro é necessário esperar pelas conclusões da comissão de inquérito à Caixa, que o PS indicou como condição. Entretanto, arranca o período pré-eleitoral que preenche a agenda dos partidos, culminando nas legislativas em outubro. Após as eleições, o novo Executivo estará ocupado com a elaboração do Orçamento do Estado.

Por outro lado, nunca houve, na zona euro, um processo de exoneração de um governador de um banco central. A legislação europeia prevê que só é possível no caso de “deixar de preencher os requisitos necessários ao exercício das mesmas ou se tiver cometido falta grave”. Depois de o processo ser posto em prática, o BCE tem dois meses para recorrer da decisão no Tribunal de Justiça Europeu. Decorridas todas estas etapas, o mandato de Carlos Costa já teria chegado ao fim.

A questão surge porque o Bloco de Esquerda pediu ao Governo a exoneração de Carlos Costa. Na origem do pedido está o envolvimento do antigo administrador da Caixa Geral de Depósitos em financiamentos “aparentemente ruinosos”, aos empresários Joe Berardo e Manuel Fino e ainda ao projeto do Vale do Lobo.

Já outros partidos puseram a hipótese de apoiar este projeto, como o PCP. Também o CDS não exclui a possibilidade de um pedido de exoneração, depois de defender que o governador do Banco de Portugal deveria ser o primeiro a ser ouvido pela comissão parlamentar de inquérito à CGD. Já o PS diz que o pedido é “precipitado”, apesar de admitir que tem suspeitas.

O atual governador do Banco de Portugal pediu em novembro do ano passado para não participar nas decisões do banco central sobre a auditoria à CGD, por ter sido administrador no período analisado pela EY. O pedido de escusa foi aceite logo no dia em que foi apresentado.

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ADSE paga mais de 20% dos gastos dos hospitais privados

  • ECO
  • 13 Fevereiro 2019

O grupo Luz Saúde é o que mais depende da ADSE, com o subsistema a gerar 22,5% da sua faturação, em 2017. Em segundo lugar está o grupo José de Mello, com a ADSE a responder por 12,9% da faturação.

A ADSE suporta mais de 20% dos gastos correntes dos hospitais privados, avança esta terça-feira o Jornal de Negócios (acesso pago). Os dados da Conta Satélite da Saúde do INE revelam que, em 2016, 20,8% dos gastos correntes dos hospitais privados ficaram a cargo do subsistema de saúde. Mas este valor sobe para 25,9% se for expurgada a despesa com os hospitais em regime de Parceria Público Privada, já que nestes casos os gastos com os beneficiários da ADSE são considerados despesas do SNS.

Os valores de 2016 revelam uma subida de cinco pontos percentuais do financiamento aos privados, após quatro anos em que o peso da ADSE na faturação dos privados se manteve estável. O aumento deverá estar relacionados com o crescimento da rede dos grupos privados, com a política da ADSE de aumentar a sua rede de prestadores convencionados e com o contexto de recuperação económica, avança o Negócios.

Num momento em que os privados suspenderam o acordo com a ADSE, a interdependência entre as duas partes complica a questão. O grupo Luz Saúde é o que mais depende da ADSE, com o subsistema a gerar 22,5% da sua faturação, em 2017, refere o Negócios. Em segundo lugar está o grupo José de Mello, com a ADSE a responder por 12,9% da faturação, seguido pelos grupos Lusíadas Saúde, Troja Saúde e Fundação Champalimaud.

Segundo o presidente Associação Portuguesa de Hospitalização Privada, “a atividade com a ADSE representa cerca de 18% do total dos hospitais privados”. “Tratamos cerca de quatro milhões de cidadãos por ano, dos quais cerca de 800 mil são beneficiários da ADSE”, disse Óscar Gaspar, em declarações ao Dinheiro Vivo.

Misericórdias aberta a acolher beneficiários da ADSE

Perante a possibilidade de a rutura com o Grupo José de Mello e com a Luz Saúde se tornar definitiva, a União das Misericórdias diz estar disponível para acolher os beneficiários da ADSE. Mas não todos, porque não teria capacidade para tal.

“As Misericórdias estão disponíveis para acolher os portugueses, existimos por causa disso. Agora, não pensem que as Misericórdias resolvem os problemas todos das pessoas que lá vão. Não é possível. Estamos a falar de mais de um milhão de pessoas”, disse Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias, em entrevista à Renascença.

O responsável acusa ainda a ADSE de não cumprir os acordos estabelecidos com o setor social. São situações pontuais que retiram capacidade para absorver a totalidade de utentes que o fim das convenções pode afetar, explica. “É importante que a ADSE também olhe um bocadinho para dentro e perceba que, por exemplo, se cumprisse os acordos que celebrou com o setor social também haveria mais unidades a funcionar”, defende Manuel Lemos.

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Lisboa em alta, impulsionada pela Galp e pela Navigator

A bolsa de Lisboa acompanha a generalidade das praças europeias, ao arrancar a sessão no verde. Nos ganhos destaca-se a Navigator, que apresentou uma subida nos lucros, e a Galp Energia.

Lisboa começa o dia no verde, a prolongar os ganhos da sessão anterior e a acompanhar a tendência europeia. A Navigator destaca-se nos ganhos, depois de apresentar resultados antes da abertura da bolsa. A Galp Energia ajuda também a impulsionar o desempenho do PSI-20.

O índice de referência nacional sobe 0,27% no início da sessão desta quarta-feira, para os 5.145,18 pontos. A maioria das cotadas encontra-se a negociar no verde. Pela Europa, o sentimento também é positivo. O índice pan-europeu Stoxx 600 iniciou as negociações no verde, a subir 0,3%, o alemão DAX avança 0,4% e o francês CAC 40 soma 0,3%.

A liderar os ganhos encontra-se a Navigator, depois de ter apresentado resultados antes da abertura da bolsa, que revelam uma subida nos lucros de 8% no ano passado. Os títulos da papeleira avançam 1,03% para os 4,29 euros. A Corticeira Amorim também arranca a sessão a negociar no verde, e avança 1,19% para os 10,20 euros.

Destaque ainda para a Galp Energia, que ajuda a dar gás ao PSI-20 ao avançar 0,94% para os 13,93 euros, bem como a Sonae Capital, que regista uma subida superior a 1%. Por outro lado, o setor da energia marca o terreno vermelho nesta manhã. A EDP cai 0,63% para os 3,17 euros, e a REN recua 0,08% para os 2,61 euros. Também o BCP começa a sessão com perdas, de 0,17%.

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Hoje nas notícias: Carlos Costa, ADSE e lobbying

  • ECO
  • 13 Fevereiro 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Com vários eventos no calendário como vários atos eleitorais, a comissão parlamentar de inquérito à Caixa e a possibilidade de recurso do Banco Central Europeu, a demissão do governador do Banco de Portugal só deveria ter efeitos no final do seu mandato. A marcar a atualidade nacional continuam os acordos entre a ADSE e os privados. O organismo suporta mais de 20% dos gastos dos hospitais privados. Veja estas e outras notícias que marcam as manchetes nacionais.

Demissão de Carlos Costa só teria efeitos após fim do mandato

O impedimento de escrutínio ao atual governador do Banco de Portugal, sobre a sua atuação enquanto administrador da Caixa Geral de Depósitos (CGD) durante um período em que foram concedidos créditos ruinosos, entre 2004 e 2006, levou o Bloco de Esquerda a pedir a exoneração de Carlos Costa. Mas se a demissão acontecer, só deverá ter efeitos no fim do mandato do governador, em julho de 2020, porque é um processo demorado e seria necessário esperar por vários fatores. Entre eles, a comissão parlamentar de inquérito à CGD, ainda por aprovar, o calendário eleitoral e a possibilidade de recurso do Banco Central Europeu. Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

ADSE paga mais de 20% dos gastos dos hospitais privados

A ADSE suporta mais de 20% dos gastos correntes dos hospitais privados. Os dados da Conta Satélite da Saúde do INE revelam que, em 2016, 20,8% dos gastos correntes dos hospitais privados ficaram a cargo do subsistema de saúde. Mas este valor sobe para 25,9% se for expurgada a despesa com os hospitais em regime de Parceria Público Privada, já que nestes casos os gastos com os beneficiários da ADSE são considerados despesas do SNS. Os valores de 2016 revelam uma subida de cinco pontos percentuais do financiamento aos privados, após quatro anos em que o peso da ADSE na faturação dos privados se manteve estável. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Misericórdias acusam ADSE de incumprimento

A União das Misericórdias mostra-se preocupada com a rutura entre os grupos privados da saúde e a ADSE, organismo que acusa de incumprimento. As Misericórdias garantem que estão disponíveis para receber doentes da ADSE caso a cisão com os privados assim o obrigue, mas alerta que não tem capacidade para receber todos os doentes. “As Misericórdias estão disponíveis para acolher os portugueses, nós existimos por causa disso. Agora, não pensem que as Misericórdias resolvem os problemas todos das pessoas que lá vão. Não é possível. Estamos a falar de mais de um milhão de pessoas”, diz Manuel Lemos, presidente da União das Misericórdias. Leia a notícia completa na Renascença (acesso livre).

Com lei do lobbying, entidades públicas terão de dizer com quem reúnem

Já foi aprovada a regulação do lobbying, pela comissão parlamentar para o Reforço da Transparência nas Atividades Públicas. Com esta lei, as entidades públicas vão ter de dizer com quem se reúnem, e ainda disponibilizar na página a informação relativa a todas as consultas públicas em curso referentes a iniciativas legislativas ou regulamentares. Falta agora a aprovação em plenário da regulação, que teve os votos a favor do PS e do CDS, abstenção do PSD e votos contra do BE. A lei deverá entrar em vigor em 2020, de acordo com o Jornal i. Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago).

Dívidas com cartões de crédito atingem máximos da década

As dívidas dos portugueses com cartões de crédito atingiram máximos da década, com o valor total do segmento de empréstimos a atingir níveis superiores a 3,25 mil milhões de euros. São cerca de 137 mil os devedores que ainda estão em incumprimento nas prestações e encargos destes cartões. Tendo em conta esta informação, o Banco de Portugal expressa o seu alerta, e o Governo pede vigilância deste tipo de atividade. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

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Diogo da Silveira sai da Navigator em abril

O presidente executivo da papeleira não manifestou vontade de ser reeleito para um novo mandato. As suas funções na empresa cessam a 9 de abril, dia em que serão escolhidos os órgãos sociais.

Diogo da Silveira vai deixar o cargo de presidente executivo da Navigator. A papeleira informou o mercado que este manifestou vontade de não ser reeleito para um novo mandato, estando a sua saída agendada para 9 de abril, data em que se realiza a assembleia de acionistas para a eleição dos órgãos sociais. Até à eleição de um novo CEO caberá a João Castello Branco, chairman da Navigator, a ocupar o cargo.

“A The Navigator Company informa que o senhor eng. Diogo da Silveira, administrador e presidente da comissão executiva desta sociedade, manifestou vontade de não ser eleito para o novo mandato do conselho de administração, que se inicia este ano”, começa por dizer a empresa em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) nesta quarta-feira.

A saída de Diogo da Silveira acontece cinco anos depois de ter ocupado o cargo de CEO da papeleira, com este a considerar que “concluiu agora com êxito o mandato que lhe havia sido definido em 2014 no sentido do rejuvenescimento e diversificação da Navigator”, dá nota ainda o comunicado.

O dia 9 de abril é a data em que Diogo da Silveira deixará as suas funções na liderança da Navigator, dia em que se realiza a assembleia geral de acionistas para a eleição dos órgãos sociais da Navigator. Entre essa data e a da escolha de um novo presidente para a papeleira, caberá a João Castello Branco, chairman da Navigator, ocupar o cargo.

A Navigator realça os resultados obtidos pela empresa durante a passagem de Diogo da Silveira pela sua liderança, realçando nesse âmbito “o processo de diversificação da sua atividade e para a transformação e modernização da Navigator a nível do seu quadro de colaboradores, imagem e métodos de gestão”.

A saída de Diogo da Silveira da liderança dos destinos da Navigator é conhecida no mesmo dia em que a papeleira divulgou o balanço das suas contas de 2018. A empresa fechou o ano com lucros de 225 milhões de euros, um crescimento de 8% face ao ano anterior, com esta a anunciar que a subida dos preços ajudou a compensar os efeitos das paragens de produção.

(Notícia atualizada às 8h08 com mais informação)

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Paragens de produção travam Navigator. Lucros cresceram 8% em 2018

A papeleira fechou o ano passado com lucros de 225 milhões de euros, um aumento de 8% que foi apoiado na subida dos preços que ajudou a compensar paragens de produção.

A Navigator fechou o ano passado com lucros de 225 milhões de euros, um aumento de 8% face ao verificado no ano anterior. A papeleira suporta o aumento do resultado alcançado em 2018 com a “evolução muito favorável dos preços” que ajudou a compensar as perdas sofridas devido a paragens de produção que afetaram a sua atividade no ano passado, revela em comunicado enviado ao mercado.

O resultado líquido da Navigator ascendeu a 225,1 milhões de euros em 2018, o que representa um aumento de 8,4% quando comparado com os 207,8 milhões alcançados em 2017.

A papeleira suporta o crescimento dos resultados com “a evolução muito favorável dos preços“, situação que adianta “permitiu compensar a perda de volume disponível para venda devido às paragens de produção programadas e não programadas”.

Naquele que considera ter sido um ano “marcado por fortes desafios”, a Navigator atingiu um volume de negócios de 1.692 milhões de euros, o que corresponde a um crescimento de 3,3% em relação a 2017. “Com vendas de 1.248 milhões de euros, o segmento de papel representou 74% do volume de negócios, a energia 10% (173 milhões de euros), a pasta também cerca de 10% (167 milhões), e o negócio de tissue 5% (91 milhões)”, diz a papeleira. A companhia salienta para esses resultados a “evolução favorável dos preços do papel UWF, pasta BEKP e tissue”, o que compensou a menor produção devido às paragens.

“As restrições à produção condicionaram fortemente a disponibilidade de pasta para venda ao longo do ano, em particular nos primeiros nove meses de 2018″, refere a empresa. Em causa estão paragens na fábrica da Figueira da Foz, na linha de pasta de Setúbal e ainda o impacto do furacão Leslie.

Essas restrições acabaram por conduzir a uma quebra do volume de vendas da Navigator que se situaram em 253 mil toneladas, 18,5% abaixo do volume registado em 2017. Esse efeito negativo acabou por ser compensado pelo aumento do preço de venda, com o valor médio do índice de preços de referência no período, FOEX BHKP Europa, a aumentar 21%.

Em função disso, o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa ascendeu a 455,2 milhões de euros, que compara com 403,8 milhões registados em 2017, um incremento de 12,7%.

Já a dívida líquida da empresa baixou em dez milhões de euros, para 683 milhões, em resultado da “forte geração de cash flow“.

No mesmo comunicado, a Navigator dá ainda nota de já este ano ter avançado com uma emissão de dívida verde. “Já em 8 de fevereiro de 2019, a Navigator contratou com o BBVA a primeira linha de papel comercial verde em Portugal, num montante de 65 milhões de euros e com prazo de sete anos, em que as condições de financiamento estão vinculadas à classificação ESG (Environmental, Social & Governance)”, refere a Navigator.

(Notícia atualizada às 8h37 com mais informação)

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Corrida ao elétrico da Porsche. 250 portugueses já passaram o cheque para o Taycan

Ainda agora começou a ser produzido, só chega mais perto do final do ano, mas são já muitos os portugueses que querem o elétrico da marca de Estugarda. Deram sinal para um desportivo de 120 mil euros.

Começou por chamar-se Mission E. Com o passar do tempo, o protótipo passou à produção, mudando de nome. O Taycan será o primeiro automóvel totalmente elétrico da Porsche, marca reconhecida pelos seus potentes motores a gasolina. Ainda não chegou às estradas, mas já conta com muitos pretendentes por terra lusas. 250 portugueses já passaram o cheque para comprarem este desportivo cheio de potência, mas sem emissões poluentes.

A Porsche abandonou o diesel no ano passado, passando a disponibilizar apenas modelos a gasolina ou híbridos, como acontece no caso do Panamera e do Cayenne. Apesar disso, e contrariando as expectativas da marca, as vendas em Portugal até subiram. E há margem para continuarem a aumentar com a chegada do primeiro modelo totalmente elétrico da fabricante de Estugarda. “Temos já 250 pedidos, com sinal pago, para o Taycan, revelou Nuno do Carmo Costa, responsável pela comunicação da Porsche Ibérica em Portugal.

Nem todos os Taycan sairão dos stands da marca este ano, contribuindo para os números de 2019. “Contamos entregar os primeiros 100” ainda este ano, acrescentou Nuno Costa. Em 2020 deverão ser entregues os restantes pedidos já sinalizados, estando a lista de compradores a engrossar a cada dia que passa, apesar do preço a rondar os 120 mil euros. E é só para o desportivo de cinco portas, sendo que a este vai juntar-se, no próximo ano, uma outra versão também ela totalmente elétrica, o Taycan Cross Turismo.

O Taycan, que terá uma produção anual a rondar as 20 mil unidades, para satisfazer clientes em todo o mundo, contará com dois propulsores elétricos completamente sincronizados que, juntos, vão produzir uma potência de 608 cv. Toda esta potência acabará por permitir uma velocidade máxima acima dos 250 km/h, mas mais impressionante será a facilidade com que chegará a esses valores. A marca anuncia 3,5 segundos dos 0 aos 100 km/h e 12 segundos dos 0 aos 200 km/h.

Toda esta potência, se utilizada sempre ao máximo, acabará rapidamente com a diversão de quem conduzir o Taycan. Mas com uma condução mais regrada, será possível obter uma autonomia a rondar os 500 quilómetros, um número em linha com o que é apresentado pela Tesla, de Elon Musk. Aliás, o Taycan é visto como um anti-Tesla da fabricante germânica. Recarregar as baterias a 80% da capacidade será possível com um carregamento também ele rápido: bastam 15 minutos, diz a Porsche.

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5 coisas que vão marcar o dia

As contas da Navigator e o leilão de dívida pública a 10 e 15 anos vão marcar o dia. Dados sobre o mercado laboral e os custos do trabalho também serão conhecidos.

A época de resultados continua em Portugal. Depois de a Galp ter marcado as negociações no PSI-20 desde o início da semana, chegou a vez da Navigator. No mesmo dia, o Instituto Nacional de Estatísticas vão divulgar dados sobre o tecido empresarial nacional, em 2017, bem como o índice de custos de trabalho nos últimos três meses de 2018. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP vai ao mercado para emitir entre 750 milhões e 1.000 milhões de euros em Obrigações do Tesouro a 10 e 15 anos.

Lucros da Navigator terão aumentado 8,65% em 2018

A Navigator apresenta, esta quarta-feira antes da abertura do mercado, as contas do quarto trimestre e da totalidade do ano passado. As estimativas do BiG – Banco de Investimento Global antecipam que os lucros da empresa tenham aumentado 8,65% para 226 milhões de euros, em 2018, face ao período homólogo. Os resultados dos últimos três meses terão, no entanto, sido penalizados pelos preços mais elevados da energia e custos dos químicos. Para o quarto trimestre, antecipam um crescimento de 3% nos lucros, para 53,8 milhões de euros, e uma quebra de 13% no EBITDA para 99,8 milhões de euros.

Portugal vai ao mercado à procura de até mil milhões de euros

O Tesouro português vai regressar, esta quarta-feira, ao mercado de dívida. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública – IGCP vai realizar um duplo leilão de obrigações do Tesouro (OT), a 10 e a 15 anos, no qual pretende emitir entre 750 milhões e 1.000 milhões de euros. Este é o primeiro leilão de OT realizado este ano pela agência, que já fez uma venda sindicada e uma operação de troca destes ativos em 2019. O montante das necessidades de financiamento líquidas do Estado no ano de 2019 deverá situar-se em cerca de 8,6 mil milhões de euros.

Retrato do tecido empresarial nacional em 2017

O Instituto Nacional de Estatísticas (INE) publica um relatório sobre as empresas portuguesas, em 2017. A publicação atualiza e complementa os principais indicadores estatísticos caracterizadores da estrutura e evolução do setor empresarial não financeiro em Portugal, a partir do Sistema de Contas Integradas das Empresas (SCIE). O último relatório revelou que, em 2016, o número de empresas individuais cresceu 3,1%, e o número de sociedades aumentou 2,3%. Já o pessoal ao serviço cresceu 3,5% e o volume de negócios aumentou 2,7%.

Novos sinais do mercado de trabalho global

A Organização Mundial do Trabalho (OIT) divulga esta quarta-feira um novo relatório sobre o mercado laboral europeu e global. Além da criação de emprego, a agência que pertence à ONU irá também analisar as condições e a qualidade dos postos de trabalho nas regiões, numa altura de fortes mudanças. No seu último relatório, a OIT alertava para os riscos das novas tecnologias, da robotização, dos novos desafios demográficos e até das alterações climáticas, a transformação do mercado do trabalho passou de hipótese a certeza. Pediu, por isso, aos líderes mundiais que zelem pela proteção dos trabalhadores.

Custo do trabalho português no ano passado

O dia também será marcado pela divulgação dos dados do índice de custo do trabalho no quarto trimestre de 2018, pelo Instituto Nacional de Estatísticas. No terceiro trimestre do ano passado, este indicador aumentou 1,5% em termos homólogos, com os custos salariais a subirem 1,9% e os outros custos a diminuírem 0,1%. A variação homóloga do índice resultou também do efeito conjugado do acréscimo de 1,3% do custo médio por empregado e do decréscimo de 0,2% do número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador.

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