Saiba tudo sobre a paralisia cerebral em 2 minutos

  • ECO + FAPPC
  • 11 Fevereiro 2019

Certamente que já ouviu falar de paralisia cerebral. No entanto, deixe que lhe demos uma novidade: muito provavelmente, tudo aquilo que pensa saber não passa de um mito.

Neste pequeno filme desmistificamos um problema que afeta dois em cada 1.000 bebés que nascem em Portugal.

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Coca-Cola lança novo sabor pela primeira vez em mais de uma década

A Coca-Cola aposta agora no sabor de laranja e baunilha, que vai chegar às prateleiras nos Estados Unidos no fim do mês. Dependendo da reação dos consumidores, pode chegar depois a mais países.

A Coca-Cola vai lançar um novo sabor, o primeiro em mais de uma década. Desta vez a aposta é em laranja e baunilha, que já esteve disponível no Canadá no verão passado, e que chega neste mês aos Estados Unidos. A expansão para outros países vai depender da reação dos consumidores norte-americanos.

Será a 25 de fevereiro que a nova bebida vai chegar às prateleiras dos Estados Unidos, de acordo com a CNN (acesso livre/conteúdo em inglês). Entre as ideias consideradas pela marca inclui-se framboesa, limão e gengibre, este último por resultar bem com os consumidores japoneses.

A escolha acabou por recair na laranja, complementada com baunilha, que os consumidores norte-americanos caracterizaram como “único e diferente”, num teste de mercado. Indicaram também que comprariam a bebida em adição à Coca-Cola, e não em vez dela, algo importante para a marca, explica a diretora de marca à publicação.

O novo sabor estará também disponível na versão Zero, sem açúcar. A empresa enfrenta alguns obstáculos em vários países devido às medidas de saúde que visam diminuir o consumo de açúcar, e procura assim diversificar a oferta. A última vez que a Coca-Cola pôs à venda um novo sabor foi em 2007, com o relançamento da Coca-Cola baunilha, que não se encontra em muitos pontos de venda em Portugal.

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HBO entra em Portugal e custa 4,99 euros por mês. Vai concorrer com a Netflix

O serviço de streaming da HBO chegou esta segunda-feira a Portugal e custa 4,99 euros. Inclui títulos como "A Guerra dos Tronos" e "Os Sopranos".

Já é oficial. A HBO, gigante norte-americana dos conteúdos, chegou mesmo a Portugal. Tem um custo mensal de 4,99 euros e promete concorrer com a plataforma de streaming Netflix com títulos como A Guerra dos Tronos, True Detective, Os Sopranos e O Sexo e a Cidade. A informação foi comunicada esta segunda-feira pela Vodafone, que é a aliada da HBO nesta fase de arranque das operações.

Apesar de o serviço na televisão ser exclusivo para clientes da Vodafone, o serviço de streaming da HBO também está disponível no site hboportugal.com. A empresa está a oferecer o primeiro mês grátis aos novos subscritores, enquanto a Vodafone oferece três mensalidades da HBO aos novos clientes de TV ou 24 meses do serviço incluídos em alguns pacotes.

“A Vodafone Portugal lança hoje [segunda-feira] a HBO Portugal no seu serviço de televisão. O acordo fechado entre as duas empresas coloca a Vodafone como o único operador a disponibilizar o serviço de streaming da HBO Portugal de forma rápida, intuitiva e cómoda diretamente através da sua TV box”, avançou a operadora em comunicado. Os subscritores poderão usar a plataforma em cinco dispositivos diferentes e dois ecrãs em simultâneo.

A HBO é uma emblemática produtora de conteúdos com origem nos Estados Unidos, e tem-se afirmado como rival da Netflix na guerra pelos filmes e séries no negócio do streaming. Ao praticar um preço mensal de 4,99 euros, poderá representar uma concorrência forte com o serviço da Netflix, cuja mensalidade começa em 7,99 euros.

O serviço entra em Portugal com “mais de 4.500 títulos”, incluindo “todas as temporadas de conteúdos originais e exclusivos HBO, altamente populares e aclamados pela crítica, como, entre outros, A Guerra dos Tronos, True Detective, Westworld e Big Little Lies, ou as séries icónicas Os Sopranos e O Sexo e a Cidade, refere a Vodafone. “A par disso, a HBO Portugal disponibiliza ainda uma grande variedade de filmes, documentários e conteúdos para os públicos mais novos”, conclui a operadora liderada por Mário Vaz.

(Notícia atualizada às 17h09 com mais informação)

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Bolsas europeias aceleram, apesar de pressão vinda dos EUA. Ganhos da Galp põem PSI-20 à tona

A petrolífera apresentou resultados e liderou as valorizações na bolsa de Lisboa, permitindo ao índice fechar na linha de água. Nas bolsas globais, os EUA pressionam, mas a Europa resistiu.

A Bolsa de Lisboa fechou esta segunda-feira na linha de água, com a Galp a liderar os ganhos e a manter o índice em terreno positivo. O PSI-20 avançou 0,05% para 5.093,82 pontos. Entre as principais bolsas europeias, a sessão foi de ganhos, impulsionada principalmente pela banca, apesar do sentimento negativo vindo dos EUA.

As ações da petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva valorizaram 1,73% para 13,58 euros, em reação aos resultados apresentados esta segunda-feira de manhã. Os lucros da Galp subiram 23%, para 707 milhões de euros, em 2018, face ao ano anterior. As contas beneficiaram da subida da exploração e produção de petróleo e a empresa propõe um dividendo de 63 cêntimos por ação (15% superior ao do ano passado), o que significa a distribuição pelos acionistas de cerca de 74% dos lucros registados o ano passado.

Entre as cotadas que mais subiram estiveram ainda os CTT (0,78%) e o BCP (0,74%). No retalho, a sessão foi mista, com a Sonae a avançar 0,61% e a Jerónimo Martins a perder 0,92%. Já na energia, a EDP deslizou 0,19% e a EDP Renováveis perdeu 0,32%. Fora do PSI-20, o Benfica disparou 8,5% para 2,17 euros por ação, com os investidores a celebrarem a vitória do clube das Águias por 10-0 este domingo.

Lucros deram ganhos à Galp

Europa em alta, apesar dos focos de tensão

“As bolsas seguem uma tendência altista apesar de os focos de tensão permanecerem. Existe a possibilidade de novo shutdown nos EUA, apartir de dia 15 de fevereiro, se não houver consenso entre as partes políticas”, referiu Carla Maia, senior broker da XTB. “Relativamente à guerra comercial entre os EUA e a China, há rumores de que os dois gigantes não se vão encontrar até ao deadline de 1 de março. Há assim a hipótese de aumento dos impostos sobre as importações chinesas no valor de 200 mil milhões de dólares, passando de 10% para os 25% de impostos sobre bens importados”.

As bolsas norte-americanas iniciaram a sessão em alta, mas acabaram por inverter o sentimento pouco tempo depois e seguem, à hora de fecho das bolsas europeias, em queda. Apesar da pressão vinda do outro lado do Atlântico, a sessão foi de ganhos, com o índice pan-europeu Stoxx 600 a avançar 1%. Tanto o alemão DAX como o francês CAC 40 e o espanhol IBEX 35 ganharam 1,1%, enquanto o italiano FTSE MIB subiu 1,21% e o britânico FTSE 100 avançou 0,9%.

“Numa semana que se espera calma em termos de decisões económicas, os investidores voltam as suas atenções para as divulgações de resultados. O retalho vai dominar a semana, com a Coca-cola, a Pepsi, a Walmart e a Macy’s a apresentarem contas”, sublinhou. Em termos setoriais, também a banca esteve em destaque pela positiva, com o índice Euro Stoxx Banks a valorizar 1,51%.

Juro da dívida alemã em mínimos de dois anos e meio

O mercado de dívida também este esta segunda-feira em foco. Os receios de desaceleração económica na Europa e queda da inflação, associada à guerra comercial, levou a yield das Bunds alemãs a tocar, esta manhã, mínimos desde outubro de 2016, nos 0,10%. O juro da dívida benchmark do país acabou por fechar nos 0,12%.

Em sentido contrário, a generalidade dos países da Zona Euro viram os custos das dívidas soberanas a agravarem-se em mercado secundário. No caso de Portugal, a yield avançou 0,4 pontos para 1,655%. Itália beneficiou da divulgação de dados do banco central que indicam uma diminuição dos créditos em incumprimento (com a alienação de 17 mil milhões de euros em malparado, em dezembro) e o juro das obrigações a 10 anos caiu para 2,9%.

“As negociações comerciais e as preocupações com o shutdown estão realmente a penalizar os mercados. Não esperamos quaisquer movimentos maiores devido à incerteza global e generalizada”, disse Sebastian Fellechner, estrategista de juros do DZ Bank, à Reuters. No mercado cambial, o euro deprecia-se 0,41% contra a par norte-americana, para 1,1277 dólares.

(Notícia atualizada às 17h)

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Da cozinha ao SPA, Hotéis Nau têm 400 vagas para o Algarve

  • Guilherme Monteiro
  • 11 Fevereiro 2019

O grupo hoteleiro pretende recrutar novos colaboradores para os hotéis de Albufeira, Portimão e Vila do Bispo para áreas como a cozinha e o SPA.

O grupo hoteleiro NAU Hotels & Resorts está à procura de novos talentos para preencher 400 vagas em áreas diversas como cozinha, receção e SPA. Mas atenção! Se estiver interessado não basta enviar currículo, nem ir a uma entrevista, vai ter que se submeter a um concurso: o NAU Recruitment Challenge 2019.

Trata-se de um evento que, através de um conjunto de jogos, leva os candidatos a conhecer as soft-skills valorizadas pelo grupo e também as pessoas e os hotéis que o compõem. O dia é já conhecido: os candidatos vão disputar as vagas a 22 de fevereiro, no Palácio de Congressos do Algarve, em Armação de Pera.

Num comunicado, o grupo hoteleiro explica que o “conceito dá uma excelente perceção sobre a visão dos objetivos dos candidatos através de jogos“, assim como para “a obtenção de feedback imediato e o reconhecimento do alto potencial para a evolução individual”.

Os interessados em preencher alguma das posições disponibilizadas pelo grupo podem inscrever-se através deste site. A certeza é que o “desempenho e competitividade” serão os principais requisitos para trabalhar nas unidades hoteleiras a operar no Algarve, mais precisamente em Albufeira, Portimão e Vila do Bispo. O grupo NAU Hotels & Resorts está atualmente presente, para além do Algarve, também no Alentejo e em Lisboa.

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Rui Vilar: “CGD não é autoridade judiciária nem administrativa”

O chairman da CGD, Rui Vilar, disse que "não cabe" ao banco público julgar os atos de anteriores gestores, pois não é "autoridade judiciária nem administrativa".

O chairman da CGD garantiu esta segunda-feira que o banco público “fará tudo o que estiver ao seu alcance na defesa dos seus interesses institucionais e materiais”, mas lembrou que “não lhe cabe julgar” as ações dos ex-gestores. No entanto, na iniciativa Encontros Fora da Caixa, em Portalegre, Rui Vilar sublinhou que a CGD não é autoridade judiciária nem autoridade administrativa e sancionatória”.

Reconhecendo que a auditoria independente da EY aos atos de gestão entre 2000 e 2015 é um “tema que tem estado na primeira linha” da agenda política e mediática, o chairman do banco público ressalvou que a empresa “tem um plano estratégico para cumprir”, plano esse que foi acordado com Bruxelas “para que a recapitalização de 2017” não fosse considerada uma ajuda de Estado.

Nesse sentido, Rui Vilar garantiu que não só a Caixa está a cumprir esse plano como está “a ultrapassá-lo em muitas das metas”. “Este labor tem sido reconhecido nas melhorias do rating pela Moody’s e Fitch e pela cotização das obrigações subordinadas [da CGD] nos mercados secundários, que têm uma yield cada vez mais favorável”, disse o chairman da CGD.

A auditoria da EY, que foi entregue ao Parlamento depois de amplamente divulgada na comunicação social, pôs a descoberto a lista dos maiores créditos em incumprimento concedidos pelo banco público em 15 anos de atividade, tendo revelado que alguns gestores, na altura, atribuíram crédito sob parecer desfavorável do departamento de risco, sem justificação aparente.

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Eurogrupo apoia candidatura de Philip Lane a economista-chefe do BCE

O atual governador do Banco da Irlanda é candidato único ao lugar. O grupo de ministros das Finanças da Zona Euro oficializou esta segunda-feira o apoio ao irlandês que deverá substituir Peter Praet.

Os ministros das Finanças da Zona Euro oficializaram esta segunda-feira o apoio à candidatura de Philip Lane ao lugar de economista-chefe do Banco Central Europeu (BCE). O atual governador do Banco da Irlanda é o único candidato e deverá substituir Peter Praet na posição, que inclui presença no Conselho Executivo da instituição, a partir de junho.

“O Eurogrupo deu hoje [segunda-feira] apoio à candidatura de Philipe Lane para se tornar o novo membro do Conselho Executivo do Banco Central Europeu”, afirmou o grupo liderado pelo português Mário Centeno, em comunicado. “A recomendação do Conselho Europeu, composto pelos líderes de Estado e Governos, deverá ser formalmente adotada pelo Conselho a 12 de fevereiro”.

Após esta recomendação, tanto o Parlamento Europeu como o Conselho de Governadores do BCE serão consultados. “É depois esperado que a decisão final seja adotada na reunião de 22 e 23 de março”, continuou o Eurogrupo. O mandato do substituto de Peter Praet irá começar dia 1 de junho de 2019 e durar oito anos, não renováveis.

O cargo é um dos mais importantes na instituição, consistindo principalmente na supervisão das projeções económicas e emissão de recomendações políticas. A Irlanda é o único Estado-membro fundador da moeda única que nunca teve um representante no Conselho Executivo do BCE e a posição de economista-chefe é a oportunidade para o país chegar ao grupo restrito, mas significa também que não irá concorrer ao lugar do presidente Mario Draghi, cujo mandato termina também em outubro.

“O Conselho Executivo do BCE é responsável pela implementação da política monetária da área do euro, conforme estabelecido pelo Conselho de Governadores do BCE. É composto pelo presidente, o vice-presidente e quatro outros membros, todos nomeados por períodos não renováveis de oito anos. O Conselho de Governadores é composto pelos seis membros do Conselho Executivo e pelos governadores dos bancos centrais nacionais dos estados membros da área do euro”, acrescenta o comunicado.

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BCE já começou reinvestimentos. Portugal foi um dos sete países em que compra de dívida até aumentou

A mudança na política monetária da Zona Euro começou em janeiro, mas os desafios são cada vez maiores. Com a economia a desacelerar e os riscos a aumentar, o desfasamento face à Fed pressiona.

O Banco Central Europeu (BCE) registou um saldo negativo do programa de dívida pública em janeiro, ou seja, o montante dos títulos que atingiu a maturidade superou a quantidade de novas obrigações compradas. No entanto, a distribuição foi desigual entre os vários países: Portugal foi um dos sete países em que compra de dívida até aumentou. Em sentido contrário, Alemanha, Espanha e Holanda foram os países mais prejudicados.

A dívida pública na folha de balanço do BCE reduziu-se em 1,3 mil milhões de euros no primeiro mês com o novo modelo do programa. Após quase quatro anos de compra líquida de dívida, a instituição liderada por Mario Draghi começou, em janeiro, o reinvestimento de juros e títulos que atingem as maturidades. Pela primeira vez, o saldo foi negativo e o montante total da dívida adquirida nos estímulos do BCE (detida no final de janeiro) atingiu os 2,17 biliões de euros.

Não há montantes nem datas específicas para os reinvestimentos, mas Mario Draghi explicou em dezembro que há espaço para ajustamentos: não é obrigatório que o reinvestimento aconteça no mesmo país de origem dos ativos inicialmente comprados. Pelo contrário, poderá aproveitar para corrigir as proporções de dívida que detém, com base na chave de capital (que determina o peso de cada país no total do programa).

“Na prática, o que significa é que irá comprar em países como Portugal e um pouco na Irlanda e Chipre, em detrimento potencialmente de Itália ou Espanha porque detém mais Obrigações do que deveria desses países”, explicou Marchel Alexandrovich, economista financeiro da Jefferies, na altura, em declarações à Reuters.

A estratégia parece estar a ser esta. No caso da Alemanha, Espanha e Holanda, a diferença entre dívida que atingiu a maturidade e nova dívida comprada foi negativa em 1,6 milhões, três milhões e 2,8 milhões de euros, respetivamente.

No caso de Portugal, o BCE comprou 443 milhões de euros em janeiro. O montante compara com os 332 milhões adquiridos em dezembro e é o mais elevado desde setembro do ano passado. O grupo de países em que a aquisição de novas obrigações aumentou inclui, além de Portugal, a Finlândia, França, Itália, Lituânia, Malta e Eslováquia. Já para os restantes sete Estados (Áustria, Bélgica, Chipre, Irlanda, Luxemburgo, Letónia e Eslovénia), o BCE comprou dívida, mas em menor quantidade.

Em 14 dos 17 países onde há compra de dívida, o saldo foi positivo em janeiro

Fonte: Banco Central Europeu

Desafios para a estratégia de saída são cada vez maiores

A inversão na política monetária da Zona Euro já começou com as mudanças no programa. No entanto, o BCE mantêm a rede de segurança dos reinvestimentos e as taxas de juro de referência em mínimos históricos. E os desafios são cada vez maiores, como reconheceu Mario Draghi na reunião de janeiro do Conselho de Governadores do BCE, apontando para a desaceleração económica acima do esperado e para o aumento dos riscos.

Da mesma forma, o membro do Conselho do BCE Benoit Coeure (que é responsável por operações de mercado como o programa de compra de obrigações) reforçou, na semana passada, que a desaceleração económica na Zona Euro poderá ser mais longa e mais profunda do que inicialmente esperado, mas são necessários mais dados.

“Penso que ainda não temos elementos suficientes para concluir que estamos perante uma desaceleração da economia da Zona Euro série e duradoura. O que estamos a assistir agora é que a desaceleração poderá ser mais abrangente e mais longa que inicialmente projetado”, afirmou Benoit Coeure, em entrevista à revista Barron’s. Acrescentou que o BCE ainda tem instrumentos para combater o problema (numa altura em que o mercado antecipa uma nova ronda de empréstimos de longo prazo à banca, os TLTRO), mas que pode também criar novas soluções.

Além da própria economia, a estratégia do BCE também se complicou no mês passado com a mudança na posição da Reserva Federal norte-americana. O presidente do banco central dos EUA, Jerome Powell, afirmou que iria fazer uma pausa na subida dos juros de referência para medir o pulso ao mercado e que seria “paciente” quanto a novas alterações.

A decisão da Fed de se colocar atrás da curva e fazer uma pausa na normalização da sua política monetária complica claramente o BCE“, explicou Franck Dixmier, global head of fixed income da Allianz Global Investors, numa nota enviada esta segunda-feira. Lembrou que um aumento dos juros pelo BCE num momento em que a Fed reduza, iria causar um aumento do euro face ao dólar e a outras moedas e, consequentemente, um aperto ainda maior das condições monetárias e das exportações. “O BCE não pode ‘andar sozinho’ e permanece preso ao desfasamento no timing das estratégias dos bancos centrais em ambos os lados do Atlântico”, alertou.

“Confrontado com um horizonte obscurecido, o BCE teria preferido recriar espaço de manobra e dar um pouco de espaço para respirar aos bancos, que sofrem com taxas de depósitos negativas. A nova postura dovish (conciliadora) da Fed pôs fim a isso, deixando pouco espaço para o BCE lidar com uma futura recessão. Especialmente uma vez que o QE [quantitative easing], que permanece a única ferramenta do banco central com o TLTRO (targeted longer-term refinancing operations), não será necessariamente o instrumento preferido do próximo presidente do BCE”, acrescentou Dixmier.

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Bloco aumenta pressão sobre Carlos Costa. Quer que “Governo exonere governador do Banco de Portugal”

O Bloco de Esquerda quer que o Governo exonere Carlos Costa das funções de governador do Banco de Portugal, depois de se saber do seu envolvimento em empréstimos ruinosos da CGD.

Mariana Mortágua: “Quem neste país pode garantir que Carlos Costa tem idoneidade para ser governador do Banco de Portugal? Ninguém pode.”Hugo Amaral/ECO

O Bloco de Esquerda quer que o Governo demita Carlos Costa, tendo apresentado esta segunda-feira um projeto de resolução em que propõe que a Assembleia da República recomende ao Executivo a exoneração do cargo de governador Banco de Portugal, isto depois de se saber que esteve envolvido nos financiamentos “aparentemente ruinosos” da Caixa Geral de Depósitos (CGD) aos empresários Joe Berardo e Manuel Fino e ainda ao projeto do Vale do Lobo.

“Depois de tudo o que aconteceu ao sistema bancário nacional, o país não pode compreender ou tolerar que um ex-administrador da CGD, com responsabilidades em processos de decisão de crédito aparentemente ruinosos, utilize o seu lugar como responsável máximo do Banco de Portugal para garantir que não é incluído em futuros processos de avaliação“, diz o projeto de resolução que seguirá para o Parlamento ainda hoje.

“O Banco de Portugal não pode ser um refúgio de ex-banqueiros, sob pena de ver a sua credibilidade ainda mais degradada aos olhos da opinião pública”, acrescenta o documento que foi apresentado por Mariana Mortágua.

Na sede do partido, em Lisboa, a dirigente bloquista disse que “o que está em causa não é apenas se o Governador pode avaliar a idoneidade dos ex-gestores”. “Também está em causa saber se Carlos Costa tem idoneidade para ser governador do Banco de Portugal”, frisou Mariana Mortágua.

Quem neste país pode garantir que Carlos Costa tem idoneidade para ser governador do Banco de Portugal? Ninguém pode, nem o próprio Banco de Portugal que não vai avaliar Carlos Costa. Um governador que está sob suspeita de idoneidade por princípio não reúne as condições para se manter no cargo”, afirmou ainda a deputada.

"O país não pode compreender ou tolerar que um ex-administrador da CGD, com responsabilidades em processos de decisão de crédito aparentemente ruinosos, utilize o seu lugar como responsável máximo do Banco de Portugal para garantir que não é incluído em futuros processos de avaliação.”

Bloco de Esquerda

Projeto de Resolução

Carlos Costa só poderá ser demitido através de resolução do Conselho de Ministros, por proposta do ministro das Finanças ou por recomendação da Assembleia da República, de acordo com a lei orgânica do supervisor, sendo que a exoneração de um governador do banco central apenas ocorrerá se ele “deixar de preencher os requisitos necessários ao exercício das mesmas ou se tiver cometido falta grave”.

O conceito de “falta grave” não aparece definido com clareza nos estatutos do Sistema Europeu de Bancos Centrais, o que abre espaço para interpretações mais abertas.

Em março de 2017, o Bloco de Esquerda tinha apresentado um outro projeto de resolução em que admitia a exoneração de Carlos Costa após ter identificado “faltas graves” do governador do Banco de Portugal na atuação nos casos do BES e do Banif.

Agora, Carlos Costa volta a estar sob pressão política por causa das conclusões da auditoria da EY à gestão do banco público.

Neste momento, o supervisor encontra-se a apurar responsabilidades contraordenacionais que podem resultar da auditoria, estando a avaliar nove dos 44 gestores que passaram pelo banco público entre 2000 e 2015. Porém, o próprio Carlos Costa foi administrador da CGD entre 2004 e 2006 com o pelouro do marketing e internacionalização, vai escapar a essa avaliação, de acordo com o Jornal Económico. Já a Sábado revelou atas que mostram que Carlos Costa participou nas reuniões que decidiram financiamentos do banco público aos empresários Joe Berardo e Manuel Fino e ainda ao projeto de Vale de Lobo. Estes empréstimos constam da lista dos grandes créditos em situação de incumprimento e que geraram perdas de milhares de milhões para a CGD.

De resto, o governador do Banco de Portugal pediu em novembro do ano passado para não participar nas decisões do banco central sobre a auditoria à CGD por ter sido administrador no período analisado pela EY.

“Este pedido de escusa prova que há conflitos de interesse do governador do Banco de Portugal neste processo”, disse Mariana Mortágua.

(Notícia atualizada às 16h21 com declarações de Mariana Mortágua)

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Centeno confirma desaceleração. Culpa é do Brexit e de tensões comerciais

  • Vasco Gandra, em Bruxelas
  • 11 Fevereiro 2019

Mário Centeno reconhece desaceleração económica mas diz que as estruturas na Europa são hoje mais fortes do que antes do início da crise.

Mário Centeno admitiu que a economia está a desacelerar na Zona Euro devido à existência de “riscos políticos que se têm acumulado, em particular o Brexit, e às tensões comerciais”. Em declarações aos jornalistas à entrada para a reunião do Eurogrupo, em Bruxelas, Mário Centeno garantiu ainda que “aquilo que hoje são as estruturas, as condições económicas na área do euro, são muito mais fortes do que eram no início da última crise”.

Os ministros das Finanças da Zona Euro vão discutir as previsões económicas publicadas na semana passada pela Comissão Europeia. Bruxelas avançou com uma revisão em baixa do ritmo do crescimento na Zona Euro (1,3% em 2019) e também do crescimento português para este ano (de 1,7%, abaixo da previsão do Governo de 2,2%).

A Europa sabe que pode e deve continuar a fazer melhor“, disse. “Fizemos inúmeras reformas que continuamos a debater ainda hoje na área do euro. Sabemos que podemos ainda melhorar estas condições de crescimento e devemos fazê-lo”, afirmou.

O Eurogrupo vai também discutir as conclusões das últimas missões pós-programa a Portugal e à Irlanda. Mário Centeno deu os exemplos destes dois países que saíram da crise “em melhores condições económicas, sociais e orçamentais”. “São dois exemplos de estabilidade e de crescimento”, acrescentou.

Instado a comentar a diferença nas estimativas do crescimento entre Lisboa e Bruxelas, Mário Centeno afirmou apenas que “Portugal está a crescer com raízes, em termos estruturais, muito profundas no mercado de trabalho, no sistema financeiro. Esse é a mensagem que hoje interessa”.

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Bordallo Pinheiro: a faiança portuguesa, agora à venda na Zara Home

A coleção apresentada pela marca espanhola tem oito peças, com os desenhos mais icónicos da Bordallo Pinheiro, como pratos na forma de folhas de couve e tomate.

A Zara Home tem uma nova coleção, que vai ser familiar para os clientes portugueses. A marca espanhola fez uma colaboração com a fábrica portuguesa Bordallo Pinheiro, que combina os típicos elementos abordados na fábrica, como as famosas leguminosas, com o estilo da Zara Home.

“Um match perfeito entre a funcionalidade e o desenho”, é como a marca descreve esta parceria, em comunicado. São oito peças no total, em tons de branco, vermelho e verde. Pratos e tigelas com o desenho já conhecido das folhas de couve, bem como peças com a forma de um tomate fazem parte do conjunto.

A coleção já está à venda nas lojas e no site da marca, e disponível noutros países para além de Portugal. Os preços das peças variam entre os 9,99 euros, para um prato branco, e os 99,99 euros, para uma “terrina em tomate”.

A coleção tem oito peças, como pratos, tigelas e terrinasZara Home

A fábrica de loiça Bordallo Pinheiro já tem as portas abertas nas Caldas da Rainha desde 1884, onde para além das peças de uso doméstico se produziam também figuras populares que se tornaram icónicas, como o Zé Povinho. De inspiração naturalista, foi fundada pelo artista Rafael Bordallo Pinheiro.

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Mesmo sem diesel, Porsche acelera nas vendas. Estes foram os preferidos

A Porsche continua a crescer no mercado nacional. Vendeu 737 carros no ano passado, com um SUV na liderança. E tudo a gasolina (e híbrido).

É uma marca de nicho, mas não deixa de vender cada vez mais automóveis. Saíram dos stands da Porsche 737 automóveis, todos eles de potência elevada. O 911, o mítico modelo da marca de Estugarda, continuou a acelerar, mesmo em ano de renovação. E o mesmo aconteceu com o Macan, conseguindo ser o líder de vendas mesmo tendo deixado, como todos os outros Porsche, de ter uma versão a diesel.

“Tivemos um crescimento marginal, de 3%, mas crescemos ao contrário do que pensávamos que ia acontecer”, diz Nuno do Carmo Costa, responsável pela comunicação da Porsche Ibérica em Portugal. É que 2018 foi o primeiro ano da marca sem motores a gasóleo. “O mix de vendas era de 45% a gasóleo e o resto a gasolina ou híbrido”, pelo que a expectativa era de uma quebra em torno dos 35%, mas não aconteceu. E a marca até cresceu, à boleia dos SUV. Praticamente metade das vendas foram neste segmento.

O Macan, modelo introduzido em 2014, posicionando-se abaixo do Cayenne, foi o best seller. Apesar de o modelo estar em fim de vida — acabou de começar a comercialização do novo Macan –, venderam-se 257 unidades deste modelo com motores de 2.0 e 3.0 litros a gasolina. O Cayenne passou a marca das 100 unidade (102), não conseguindo ficar no pódio das vendas da fabricante em Portugal.

O Panamera, o familiar de luxo da Porsche ficou na segunda posição, com 216 veículos comercializados, sendo que a ajudar às vendas desta berlina desportiva estiveram as motorizações híbridas. No total, considerando todos os modelos vendidos, “um em cada quatro modelos vendidos foi híbrido”, diz Nuno do Carmo Costa. No Panamera, foi “mais de um em cada dois”, salienta.

Ainda sem uma versão híbrida, o Porsche 911 conseguiu ficar na terceira posição das vendas. Numa altura em que a marca já desvendou o novo modelo, o mítico modelo da marca continuou a acelerar, encerrando 2018 com um total de 112 novas unidades a circularem nas estradas nacionais.

Boxster e Cayman fecham a lista das vendas da Porsche em Portugal. O roadster da fabricante de Estugarda atraiu 26 compradores nacionais enquanto o Cayman ficou no fundo da lista ao serem comercializadas 24 unidades durante todo o ano passado.

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