Coletes amarelos azedam relações entre França e Itália

  • Guilherme Monteiro
  • 7 Fevereiro 2019

Paris chamou o embaixador francês em Roma, depois de "declarações ultrajantes" do Governo italiano. Encontro com Coletes Amarelos foi a gota de água.

Azedaram as relações diplomáticas entre França e Itália. “Declarações ultrajantes”, “ataques sem fundamento” e “acusações repetidas” por parte do Governo italiano levaram Paris a chamar o embaixador francês em Roma.

Num comunicado divulgado esta quinta-feira pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, França considera que “as últimas ingerências constituem uma provocação suplementar e inaceitável, violam o respeito devido à escolha democrática feita por um povo amigo e aliado e violam o respeito devido entre dois governos democrática e livremente eleitos”.

No mesmo documento, pode ler-se ainda que “a campanha para as eleições europeias não chega para justificar a falta de respeito por cada povo ou pela sua democracia“.

O encontro, na terça-feira, entre o vice-primeiro ministro italiano e líder do movimento antissistema cinco estrelas, Luigi Di Maio, e os representantes da lista dos coletes amarelos ao Parlamento Europeu não caiu bem em Paris.

A gota de água foram as declarações no final da reunião em que tanto o vice primeiro-ministro, Di Maio, como o ministro do Interior italiano e líder do partido de extrema-direita Liga, Matteo Salvini, lançaram fortes críticas ao Governo francês. Salvini chegou a admitir esperar que França se livre de um “muito mau Presidente”.

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Regime de autonomia dos museus aprovado em Conselho de Ministros

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2019

Com este regime jurídico de autonomia de gestão, os museus, monumentos e palácios voltam a deter a sua identidade fiscal própria.

O decreto-lei que aprova o regime jurídico de autonomia de gestão dos museus, monumentos e palácios, que voltam a deter a sua identidade fiscal própria, foi esta quinta-feira aprovado em Conselho de Ministros, em Lisboa.

Foram igualmente aprovados diplomas relativos ao Arquivo Nacional do Som e ao Plano Nacional das Artes, além da certificação dos itinerários do Caminho de Santiago.

No final da reunião, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, sublinhou a importância, para o setor dos museus, da aprovação do diploma, e de uma resolução que cria o grupo de projeto “Museus no Futuro”.

Ainda na área da cultura, foi aprovada uma resolução que cria a equipa de instalação do Arquivo Nacional do Som para a salvaguarda e projeção do património sonoro, musical e radiofónico português, que será liderada pelo etnomusicólogo Pedro Félix.

De acordo com a ministra, foi ainda aprovada a resolução que estabelece as linhas orientadoras para o Plano Nacional das Artes, que terá como comissário o curador Paulo Pires do Vale.

O decreto-lei que regula a valorização e promoção do Caminho de Santiago, através da certificação dos seus itinerários e da criação de um órgão de coordenação nacional, foi também aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros.

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Requisição Civil só deverá abranger quatro centros hospitalares

  • ECO
  • 7 Fevereiro 2019

Em causa deverão estar Centro Hospitalar Universitário de São João, o Centro Hospitalar Universitário do Porto, Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga e o Centro Hospitalar Tondela-Viseu

A requisição civil aprovada esta quinta-feira pelo Governo deverá abranger quatro centros hospitalares, visto que a medida só se aplica às instituições que não estiverem a cumprir os serviços mínimos. Em causa estarão Centro Hospitalar Universitário de São João, o Centro Hospitalar Universitário do Porto, Centro Hospitalar de Entre Douro e Vouga e o Centro Hospitalar Tondela-Viseu, de acordo com informações do Ministério da Saúde veiculas pelo Jornal de Notícias.

Ainda esta tarde, depois do anúncio da Ministra da Saúde, na sequência do Conselho de Ministros, os enfermeiros garantiram que há administrações hospitalares a agendarem cirurgias para a totalidade das salas operatórias, como se não houvesse greve, para dar argumentos ao Governo para que possa avançar para a requisição civil.

Em declarações à Lusa a propósito das afirmações do diretor clínico do Centro Hospitalar Universitário do Porto, que na terça-feira disse que os serviços mínimos não tinham sido cumpridos, Lúcia Leite, da Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE), referiu que a administração hospitalar agiu de má-fé.

“O senhor diretor fala em 12 salas que foram agendadas, ora 12 salas são todas as salas do bloco operatório do Hospital de Santo António”, afirmou Lúcia Leite, sublinhando: “O que os senhores que se põem a jeito para fazer favores ao Governo fizeram foi marcar doentes prioritários, alguns já com tempo de resposta mínima ultrapassado, em todas as salas, como se não estivéssemos em greve”, disse.

Lúcia Leite considera que esta foi uma atitude “de má-fé” para dar argumentos ao Governo para avançar par a requisição civil, e diz que houve uma atitude concertada por parte das várias instituições”.

“O que aconteceu foi uma atitude concertada por parte das várias instituições (…) para agendamentos por períodos mais longos, com doentes a mais para o período operatório. Quem faz o plano sabe que, no fim do dia, por muito que todos trabalhássemos, iam sobrar doentes para operar”, afirmou.

Na terça-feira, em entrevista à SIC, o primeiro-ministro admitiu avançar para a requisição civil, horas depois do diretor clínico do Centro Hospitalar Universitário do Porto ter vindo dizer que os serviços mínimos não tinham sido cumpridos.

“Queremos agir com a firmeza necessária, mas com a justiça devida. Chegámos ao limite daquilo que podíamos aceitar. Se for necessário, iremos utilizar esse instituto jurídico“, declarou António Costa, quando questionado sobre se o Governo tenciona recorrer à requisição civil para travar as consequências das greves dos enfermeiros.

Administradores: requisição civil só deve funcionar onde serviços mínimos não se cumprirem

O presidente da Associação dos Administradores Hospitalares defendeu que a requisição civil no caso da greve dos enfermeiros deve ser aplicada apenas nos hospitais onde não estejam a ser cumpridos os serviços mínimos.

Em declarações à agência Lusa, Alexandre Lourenço considera que o adequado seria que a requisição civil não fosse genericamente para todos os enfermeiros em greve, mas antes para as unidades em que os serviços mínimos não foram cumpridos.

O representante dos administradores hospitalares entende que a requisição civil é um último recurso sempre a evitar, mas que fará sentido nos hospitais em que o cumprimento dos serviços mínimos não se verifica.

Alexandre Lourenço considera que nesta segunda “greve cirúrgica”, em curso há uma semana, os serviços mínimos foram “muito alargados” em relação aos da primeira greve em blocos operatórios que decorreu no final do ano passado, “comprovando que os serviços mínimos da primeira greve não foram suficientes”.

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Tribunal de Contas conclui que privatização das seguradoras da Caixa foi um mau negócio para o Estado

Relatório do Tribunal de Contas avaliou a alienação da Fidelidade, Multicare e Cares, concordada com a troika. Concluiu que o negócio não foi eficiente nem vantajoso para o interesse público.

O Tribunal de Contas encontrou “deficiências” na alienação da Fidelidade, Multicare e Cares, pelo Estado. O negócio de venda das seguradoras da Caixa Geral de Depósitos (CGD), que foi acordado com a troika como condição para a ajuda financeira, não foi eficiente nem vantajoso para o interesse público, segundo as conclusões do relatório do tribunal, publicado esta quinta-feira.

“O Tribunal de Contas deteta deficiências no processo de alienação das seguradoras do Grupo Caixa, Fidelidade, Multicare e Cares (atual Fidelidade Assistência), em 2014, e considera que a operação foi apenas eficaz no curto prazo, não se revelando nem eficiente, nem vantajosa para o interesse público no médio prazo”, refere o relatório.

As três seguradoras, avaliadas em 416 milhões de euros em 2014, eram detidas pela Caixa Seguros e Saúde. Entre 2011 e 2013, os lucros das seguradoras atenuavam os prejuízos do grupo Caixa. Apesar disso, a “degradação da situação económica e financeira” do grupo, num contexto de restrições legais de ajudas públicas a entidades a funcionar em regime de concorrência, “agravou a incapacidade em cumprir as exigências de capitalização do setor bancário impostas pelo respetivo regulador, na sequência da crise financeira internacional”.

O Governo aprovou a alienação em junho de 2013, justificada pelo cumprimento dos compromissos assumidos no programa de assistência económica e financeira, racionalizando a estrutura do grupo Caixa, com o objetivo estratégico de concentrar atividades na intermediação financeira, contribuir indiretamente para a redução do peso do Estado na economia e libertar fundos para reforçar os rácios de capital. Assim, em maio de 2014, o Estado concluiu a venda direta de 80% ao grupo chinês Fosun.

Alienação de participações sociais por empresa

Entre a avaliação das seguradoras no final de 2012 e a alienação foram realizadas operações prévias de redução de capital e distribuição de dividendos para as tornar mais acessíveis e atrativas para o mercado. O resultado da Caixa (1.620 milhões de euros) conjuga, assim, o valor líquido recebido pela alienação (1.084 milhões de euros) e por essas operações prévias (536 milhões de euros).

Os encargos com a operação totalizam 15,36 milhões de euros (incluindo o IVA), tendo sido repartidos entre a CGD e a Caixa Seguros e Saúde. Foram pagos 13,78 milhões de euros aos consultores financeiros, 93 mil euros aos consultores jurídicos e 65 mil euros a outros consultores

Operação reforçou rácios de capital da CGD a curto prazo

O Tribunal concluiu, assim, que o processo de alienação das participações sociais das três seguradoras teve “deficiências quanto à garantia de independência na avaliação das seguradoras, à indefinição do caderno de encargos, ao défice de fundamentação para a escolha da modalidade de venda e à alteração dos critérios de avaliação na fase de apreciação das propostas vinculativas, deficiências essas que constituem reservas importantes e suscitam crítica”.

Foi eficaz, a curto prazo, por atingir os objetivos fixados para o Grupo Caixa (reforço dos rácios de capital e concentração na intermediação financeira). Porém, a médio prazo, a opção não se revela vantajosa para o interesse público, como o ilustram os subsequentes resultados das seguradoras (752 milhões de euros de 2015 a 2017), com valorização importante dos seus ativos imobiliários, e a necessidade de recapitalizar o grupo Caixa em 2017 (4.444 milhões de euros)”, acrescentou.

“Não foi eficiente, por ter sido realizado em contexto e oportunidade adversos à maximização do seu resultado, sem estar suportado por uma avaliação de custo e benefício, em consequência de decisão do Estado (o acionista do Grupo Caixa) motivada por compromissos internacionais”. Além disso, a alienação não evitou o recurso a novo plano de recapitalização da CGD, no âmbito do qual a avaliação dos ativos e de potenciais contingências resultou na constituição de 3.017 milhões de imparidades e provisões, para 2016.

CGD vai pagar 17 mil euros por relatório

Face a estas conclusões, o Tribunal de Contas recomendou ao ministério das Finanças que, em outras vendas semelhantes:

  • obtenha avaliações de custo e benefício atualizadas, que suportem e fundamentem as decisões de alienar (total ou parcialmente) empresas públicas;
  • assegure a independência legalmente exigida aos avaliadores de empresas públicas a alienar;
  • atualize a lista de entidades qualificadas para realizar estudos de avaliação económico-financeira, designadamente para suportar a alienação (total ou parcial) de empresas públicas;
  • reporte a avaliação dos objetivos definidos para a alienação (total ou parcial) de empresas públicas; e
  • imponha, nos contratos com consultores externos, designadamente em processos de alienação, a entrega de toda a informação necessária à plena compreensão dos processos em causa, incluindo o detalhe dos cálculos, dos fundamentos e dos pressupostos, os quais devem ser objeto de apreciação pelo Estado.

O relatório em questão vai custar mais de 17 mil euros à Caixa Geral de Depósitos. Será também enviado ao Presidente da Assembleia da República, à Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, aos líderes dos grupos parlamentares, aos ministros das Finanças dos últimos três governos e aos presidentes da Caixa Geral de Depósitos, da Fidelidade, da Multicare e da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões.

(Notícia atualizada às 17h10)

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Fisco já pode enviar processos para os tribunais por via eletrónica

Processos tributários trocados entre a Autoridade Tributária e os tribunais administrativos e fiscais passam a estar disponíveis por via eletrónica. São menos 3000 horas de trabalho anuais.

O tribunais administrativos e fiscais vão passar a receber os processos tributários, por via eletrónica, por parte das Finanças. Esta é uma medida que visa agilizar a entrada destes processos nos tribunais tributários, ao acabar com a inserção de informação no sistema de informação dos tribunais administrativos e fiscais (SITAF), e ao permitir a desmaterialização dos processo, que até agora chegavam dos serviços de finança em papel.

O Ministério da Justiça defende que, com esta medida se estima poupar, anualmente, cerca de 3.200 horas de atividades de processamento de informação em papel, função que era desempenhada por funcionários judiciais até agora. Além disso, a poupança passará pelos custos judicias, estimando-se que se gastem menos 120 mil euros, considerando os cerca de 13.000 processos tributários que anualmente são remetidas pela Autoridade Tributária para os tribunais administrativos e fiscais.

Esta iniciativa arrancou em 2017 com a comunicação por via eletrónica de dados gerais dos processos entre o SITAF e o sistema de informação da Autoridade Tributária, tendo evoluído em 2018 com a realização de notificações eletrónicas aos representantes da Fazenda Pública.

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Trabalhadores da TST em greve na sexta-feira pelo aumento de salários

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2019

A greve dos trabalhadores da Transportes Sul do Tejo vai decorrer entre as 03h00 e as 15h00. Os trabalhadores vão reunir em plenário para debater aumentos salariais.

Os trabalhadores da Transportes Sul do Tejo (TST) iniciam uma greve na sexta-feira, entre as 03h00 e as 15h00, para se reunirem em plenário e debater aumentos salariais, no âmbito da revisão do Acordo de Empresa, informou fonte sindical.

Vamos discutir com os trabalhadores se aceitamos ou não aceitamos o que está em cima da mesa, se vamos continuar a ter a reivindicação de um aumento de salários”, adiantou à Lusa José Manuel Oliveira, da Fectrans – Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações.

Em 23 de janeiro, os trabalhadores reuniram-se com a administração da TST para negociar a revisão do Acordo de Empresa, em que lhes foi proposto o aumento do salário de 651,61 euros para 670 euros, além do acréscimo de 0,91 cêntimos nas diuturnidades e de mais cinco euros no trabalho em dia de folga, passando a receber 42,50 euros.

“Houve um processo de negociação e é isso que nos leva a fazer o ponto de situação com os trabalhadores e decidir que posição assumir. Nós achamos que é insuficiente e é isso que vamos colocar aos trabalhadores, mas serão eles a decidir se consideram razoável ou se vamos manter a posição de um maior aumento”, explicou.

Os trabalhadores afetos à Fectrans e ao Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP) entram, assim, em greve na madrugada de sexta-feira para poderem estar presentes no plenário na sede da empresa, no Laranjeiro, em Almada (Setúbal), pelas 10h00.

“É às 03h00 que termina um ciclo de trabalho e se inicia o seguinte, apesar de nem todos os funcionários entrarem a essa hora, mas este horário é para permitir que os trabalhadores não tenham que entrar ao serviço e depois interromper para o plenário, o que seria pior até para os utentes”, indicou.

De acordo com José Manuel Oliveira, costumam participar nestes plenários “mais de uma centena de trabalhadores”, apesar de nem todos fazerem greve e, por isso, não é possível ter noção de que forma vai afetar o funcionamento dos transportes rodoviários.

“Vai depender do nível de adesão dos trabalhadores. Tendo em conta situações anteriores, costuma haver uma boa participação dos trabalhadores das diversas áreas da empresa que vêm reunir no Laranjeiro. Se for ao mesmo nível, vamos ter uma forte perturbação em todo o serviço, pelo menos na parte da manhã”, revelou.

A TST desenvolve a sua atividade na Península de Setúbal, com 190 carreiras e oficinas em quatro concelhos, designadamente Almada, Moita, em Sesimbra e Setúbal.

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Governo aprova transferência de competências para as freguesias no âmbito da descentralização

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2019

Entre as competências que se vão transferir para as freguesias inclui-se a gestão e manutenção de espaços verdes, a limpeza das vias e espaços públicos e a utilização e ocupação da via pública.

O Governo aprovou esta quinta-feira o diploma setorial da transferência de competências para as freguesias, no âmbito do processo de descentralização para as autarquias e entidades intermunicipais, segundo o comunicado da reunião do Conselho de Ministros.

“Em concretização da lei-quadro da descentralização, o presente diploma estabelece o reforço de várias competências das freguesias em domínios integrados na esfera jurídica dos municípios“, lê-se na nota do executivo.

O Governo já tinha aprovado 21 diplomas setoriais no âmbito da lei-quadro da transferência de competências, num processo gradual de descentralização entre 2019 e 2021.

Relativamente à proposta aprovada nesta quinta-feira, as competências a transferir são: gestão e manutenção de espaços verdes, assim como de feiras e mercados, limpeza das vias e espaços públicos, manutenção, reparação e substituição do mobiliário urbano instalado no espaço público, utilização e ocupação da via pública, afixação de publicidade de natureza comercial, autorização da atividade de exploração de máquinas de diversão e a autorização da realização de fogueiras, queimadas, lançamento e queima de artigos pirotécnicos, designadamente foguetes e balonas.

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Pedro Nuno Santos deverá subir a ministro com saída de Pedro Marques

  • ECO
  • 7 Fevereiro 2019

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares deverá ser promovido a ministro na sequência da saída de Pedro Marques do Governo para encabeçar a lista das europeias, avança o Expresso.

Pedro Nuno Santos deverá ser promovido a ministro na remodelação que António Costa terá de fazer na sequência da saída de Pedro Marques do Executivo para encabeçar a lista do PS às eleições europeias de 26 de maio. A informação é avançada pelo Expresso que adianta que isso não significa que o atual secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares vá para o Ministério do Planeamento e Obras Públicas.

A lista do PS às europeias será conhecida a 16 de fevereiro. Até lá, o primeiro-ministro tem de pensar numa forma de substituir Pedro Marques no Governo a poucos meses das eleições legislativas. Uma altura sempre vista como mais difícil para encontrar soluções para a formação de um Governo.

O Expresso acrescenta que, no entanto, não é líquido que Pedro Nuno Santos vá diretamente para o lugar de Pedro Marques, já que a remodelação pode ser maior.

A pasta de Pedro Marques tem assumido relevância nas últimas semanas com a aprovação do lançamento de concursos para obras públicas.

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Com um Brexit sem acordo, “arriscamos uma catástrofe económica e humana”, diz Tajani

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2019

Caso o Brexit aconteça sem acordo, o UE e o Reino Unido arriscam-se a “uma catástrofe económica e humana”, disse o presidente do Parlamento Europeu.

O presidente do Parlamento Europeu considerou esta quinta-feira que União Europeia (UE) e Reino Unido se arriscam a “uma catástrofe económica e humana” caso o Brexit aconteça sem acordo, declarando a disponibilidade da Assembleia Europeia para renegociar a declaração política.

“Queremos agradecer a visita da primeira-ministra May. Foi uma reunião produtiva, mas estamos muito preocupados. Arriscamos uma catástrofe económica e humana, esta é a realidade no caso de um Brexit sem acordo. Uma saída desordenada é uma solução muito perigosa”, assumiu Antonio Tajani.

Na sua comparência diante dos meios de comunicação em Bruxelas, depois de ter recebido a primeira-ministra britânica, Theresa May, o presidente do Parlamento Europeu (PE) enalteceu que a assembleia europeia apoia o acordo de saída já fechado entre Bruxelas e Londres, por ser a única solução que garante a saída ordenada do Reino Unido da União Europeia (UE), a paz na ilha da Irlanda e a integridade do mercado único.

“Estamos abertos a ser mais ambiciosos na nossa relação futura, incluindo no tema da fronteira irlandesa, caso o Reino Unido esteja disposto a mudar algumas das suas linhas vermelhas”, ressalvou, sem adiantar mais detalhes.

Coube ao coordenador do Parlamento Europeu para o Brexit, Guy Verhofstadt, detalhar a proposta do Parlamento, revelando que a Assembleia Europeia está aberta a tornar a declaração política da relação futura entre a UE e o Reino Unido, que acompanha o texto do acordo de saída, mais “ambiciosa, vinculativa e precisa”, inclusive na cláusula do mecanismo de salvaguarda para a fronteira irlandesa, “explicando claramente que aquele é uma segurança e nada mais do que isso”.

“A senhora May assegurou-nos que haverá um backstop, que não está em cima da mesa remover o backstop, porque este é absolutamente necessário para preservar o Acordo de Sexta-feira Santa, a integridade do mercado único e também o processo de paz na Irlanda. Para nós, um backstop a toda a prova é essencial e se há um problema com o backstop como está no acordo de saída, a nossa proposta é tentar resolver o problema na declaração política”, esclareceu.

Guy Verhofstadt contou ainda que o PE reiterou que não pode haver um acordo com Londres no clima de incerteza política instalado no Reino Unido, no qual as maiorias se baseiam “em seis, sete, oito, nove votos”.

“A cooperação entre os partidos é o caminho a seguir. Daí acolhermos com agrado que Jeremy Corbyn tenha escrito esta quinta-feira a May para oferecer uma solução interpartidária para o Brexit. É importante que isto leve a uma posição no Reino Unido que tenha uma maioria mais ampla possível para podermos concluir esta negociação”, realçou.

Segundo o político belga, um não acordo não é uma opção para o PE, “é um desastre para os dois lados”. “É uma irresponsabilidade que alguns políticos no Reino Unido estejam a apostar e a preferir um não acordo. Esta é posição que expressamos claramente em nome do PE”, concluiu.

No seu périplo por Bruxelas, Theresa May não conseguiu demover, até ao momento, nenhum dos líderes europeus, que reiteraram a sua indisponibilidade para renegociar o acordo de saída do Reino Unido do bloco comunitário, mas ainda assim abriram a porta a uma negociação dos termos da declaração política que regerá a futura relação entre as partes, nomeadamente no que diz respeito ao mecanismo de salvaguarda para a fronteira irlandesa.

O Brexit, agendado para 29 de março, encontra-se num impasse após o parlamento britânico ter chumbado, em 15 de janeiro, o acordo do Brexit fechado entre Londres e Bruxelas em novembro.

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Twitter afunda 10%. Empurra Wall Street para o vermelho

As previsões de abrandamento da economia europeia apresentadas por Bruxelas desanimaram os investidores. As empresas também não perspetivam bons resultados para este ano.

Wall Street arrancou em terreno negativo depois de Bruxelas ter revisto em baixa as previsões para o crescimento das economias europeias. A contribuir para o sentimento negativo está também o Twitter, que apesar de ter apresentado resultados positivos, prevê um abrandamento para 2019 que não agrada aos investidores.

O índice tecnológico Nasdaq cai 0,81% para os 7.315,71 pontos depois da abertura, com o Twitter a afundar 10,16% para os 30,69 dólares. As tecnológicas acompanham as perdas da rede social, com o Facebook a cair 1,16% para os 168,51 dólares, e a Apple a recuar 0,74% para os 172,95 dólares.

Twitter afunda em bolsa

Fonte: Reuters

A rede social liderada por Jack Dorsey apresentou resultados positivos, com lucros recorde de 255,3 milhões de dólares, uma subida homóloga de 180%, mas uma perspetiva menos animadora para 2019, com aumentos nos custos, faz com que os investidores não vejam muitos motivos para celebrar.

Também o S&P 500 arrancou a sessão a cair 0,60% para os 2.715,13 pontos, bem como o industrial Dow Jones, que perde 0,66% para os 25.221,69 pontos. A Comissão Europeia atualizou as previsões de crescimento para o bloco do euro de 1,9% para 1,3%, nas Previsões de inverno, o que faz aumentar as preocupações relativamente a um abrandamento da economia global.

A Fiat Chrysler foi outra das empresas que apresentou bons resultados, mas previsões para o trimestre seguinte mais desanimadoras. Os títulos da empresa automóvel afundam 12,07% para os 15,26 dólares.

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Governo aprova requisição civil de enfermeiros

O Governo "não teve alternativa" à requisição civil, diz a ministra da Saúde, Marta Temido. Enfermeiros dizem que irão reagir "de todas as formas que a democracia permite".

O Governo aprovou a requisição civil dos enfermeiros, em greve desde o final de janeiro, avança a ministra da Saúde, após a reunião do Conselho de Ministros que decorreu esta quinta-feira.

“Não teve o Governo alternativa à resolução da aplicação do instituto da requisição civil. Sendo a requisição um instrumento de último recurso e cuja utilização é sempre apenas a proporcional ao que se visa defender, será agora por portaria do Ministério da Saúde que se definirá o concreto e o respetivo âmbito“, declarou Marta Temido, em conferência de imprensa.

“Esta não é uma opção que tenha sido tomada de ânimo leve, que não esteja muito fundamentada naquilo que nos incumbe defender, que é o direito à proteção da saúde”, continuou a ministra da Saúde. “Temos um conjunto de situações de pessoas que estavam abrangidas pelos serviços mínimos, que não foram respeitados“, acrescentou.

A atual greve dos enfermeiros nos blocos operatórios, a segunda depois de um outro protesto que decorreu em novembro e dezembro do ano passado, começou no dia 31 de janeiro e irá prolongar-se até ao final de fevereiro. A primeira greve, que decorreu em cinco hospitais, levou ao cancelamento de quase oito mil cirurgias. Destas, segundo o Ministério da Saúde, já foi possível realizar 45%.

É neste contexto que, esta semana, o Governo já tinha dito estar a avaliar juridicamente as várias ações que poderia desenvolver, designadamente a análise, pelo conselho consultivo da Procuradoria-Geral da República (PGR) do exercício do direito à greve e licitude do financiamento colaborativo, entre outras questões relacionadas com a paralisação dos enfermeiros.

Antes de este parecer da PGR ser emitido, o Governo optou pela requisição civil. “Não podia o Conselho de Ministros tomar outra decisão, independentemente do parecer da Procuradoria”, resumiu Marta Temido.

A decisão aprovada esta quinta-feira em Conselho de Ministros é pela necessidade de uma requisição civil. Falta, agora, a publicação de uma portaria, por parte do Governo, que irá determinar essa mesma requisição civil. A ministra da Saúde assegurou que a portaria será produzida ainda esta tarde, tendo a sua publicação efeitos imediatos.

Enfermeiros vão reagir

Minutos depois do anúncio feito pela ministra da Saúde, os enfermeiros responderam dizendo que vão reagir com todos os meios disponíveis e criticando a atitude do Governo.

“Não é uma surpresa, dados os últimos comentários do Governo, particularmente hostis contra a luta dos enfermeiros. Estamos indignados porque os serviços mínimos estavam a ser assegurados”, afirmou Carlos Ramalho, presidente do Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal, em declarações à SIC Notícias.

“O sindicato vai analisar e vai reagir de todas as formas possíveis que a nossa democracia permite. A tentativa do Governo é de esvaziar o conteúdo da nossa greve e isso não nos aprece correto”, acrescentou.

Na quarta-feira, durante o debate quinzenal, o primeiro-ministro afastou fazer novas cedências aos enfermeiros. “Fomos ao limite daquilo que podemos, com razoabilidade, ir. Quem é que acha que, em Portugal, a entrada de base na carreira possa subir de 1.200 euros para 1.600 euros? Este aumento é absolutamente incomportável para o conjunto do país e era absolutamente injusto para as outras carreiras”, disse António Costa, que caracterizou a reivindicação dos enfermeiros de uma “ambição irrealista, insustentável e que não é sequer passível de uma negociação”.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h40)

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Ministério Público entrega pré-aviso de greve à Ministra da Justiça

  • Lusa
  • 7 Fevereiro 2019

O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) entregou o pré-aviso de greve para os dias 25, 26 e 27 de fevereiro.

O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP) entregou o pré-aviso de greve para os dias 25, 26 e 27 de fevereiro em protesto quanto à revisão do seu estatuto em discussão no parlamento.

Em comunicado, o sindicato refere que tal como deliberado na Assembleia-Geral Extraordinária, a greve no dia 25 será nacional, a do dia 26 decorrerá nos distritos judiciais do Porto e de Coimbra e a do dia 27 nos distritos judiciais de Lisboa e Évora.

Em causa está o descontentamento do SMMP quanto à revisão do estatuto do Ministério Público (MP), que se encontra na Assembleia da República.

“A greve é decretada face aos perigos de politização do Conselho Superior do Ministério Público, pondo em causa, nomeadamente, a independência da investigação criminal”, refere o sindicato em comunicado.

No mesmo pré-aviso de greve são estipulados os serviços mínimos, nomeadamente interrogatório de arguidos detidos, validação de internamentos no âmbito da saúde mental, procedimentos urgentes referentes a proteção de jovens em perigo, interrogatório de detidos em situação irregular em Portugal, diligências urgentes de cooperação judiciária e habeas corpus.

Antes da greve, os membros do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público serão ouvidos, na próxima terça-feira, na comissão parlamentar de Direitos, Liberdades e Garantias, no âmbito da legislação da nova Organização Judiciária.

Os magistrados admitiram, em assembleia-geral extraordinária realizada em 26 de janeiro em Lisboa, realizar mais dias de greve além dos decretados (25, 26 e 27 de fevereiro) assim como uma concentração em frente ao parlamento.

“Os magistrados estão extremamente descontentes com o processo de revisão do estatuto, de tentativa de controlo político do Ministério Público e da investigação criminal e pretendem reagir contra esse facto”, disse aos jornalistas o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público (SMMP), António Ventinhas, no final dessa assembleia-geral extraordinária.

Os magistrados decidiram ainda acionar parte do fundo de greve do sindicato, cujo montante não foi divulgado.

Entre as medidas aprovadas está também a realização de conferências destinadas a alertar para os motivos de contestação à proposta de lei de revisão do estatuto do Ministério Público, nomeadamente no que toca à composição do conselho superior do Ministério Público.

O sindicato alega que a proposta de lei do Governo tem de ser alterada, por forma a garantir “o paralelismo das magistraturas, uma carreira para os magistrados que não se encontre congelada à nascença, um processo disciplinar justo e equitativo, bem como a autonomia financeira” do Ministério Público.

 

 

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