Acabaram-se as trotinetas no Algarve. Duraram 10 meses

  • Lusa
  • 19 Novembro 2019

Circ retirou as suas trotinetas das ruas de Faro e Portimão. A Voi acabou com o serviço na capital algarvia, explicando a decisão com a “não rentabilidade” do negócio.

Dez meses depois de terem sido anunciadas como uma mais-valia para a promoção da mobilidade suave no Algarve, as trotinetes elétricas foram retiradas das ruas da capital algarvia e de Portimão, disseram à Lusa fontes ligadas ao projeto.

As duas cidades eram as únicas no distrito de Faro que disponibilizavam uma rede de trotinetes partilhadas para aluguer – em Faro, desde fevereiro, e em Portimão, desde julho -, mas as empresas que as exploravam decidiram suspender a operação.

Luís Guerreiro, responsável pela empresa subcontratada para assegurar a operação logística da Voi em Faro, afirmou à Lusa que a retirada das trotinetes se deveu à “não rentabilidade” da operação e à necessidade de “reforçar outros mercados”.

O empresário revelou que o investimento realizado era em regime de aluguer, pelo que “não perdeu nada de mais”, mas lamentou o facto de a cidade “ter perdido” uma opção de mobilidade ligeira, “essencial” numa cidade moderna.

A outra empresa a operar em Faro e Portimão, a alemã Circ, também retirou as suas trotinetes das ruas, mas fonte da empresa contratada para a logística no Algarve esclareceu que estas foram “colocadas em Lisboa”, não havendo informação “se ainda regressam ao Algarve”.

Em resposta escrita à Lusa, a Circ Portugal esclareceu que os equipamentos foram removidos para “manutenção” e por “razões empresariais”, não havendo previsão para sua reposição, mas garantiu, contudo, que brevemente, “voltarão a estar disponíveis” para aluguer.

Nas ruas de Faro, os locais criados pela autarquia para estacionamento das trotinetes – que chegaram a ser 300 na cidade -, estão agora vazios, mas a vereadora com o pelouro da mobilidade no município garantiu à Lusa que não será por muito tempo.

Sophie Matias adiantou ter estabelecido um acordo com a empresa Bolt, estando outro ainda “na calha” e revelou que, relativamente às duas empresas com as quais a Câmara assinara um contrato de entendimento, ambas saíram sem apresentarem uma justificação.

A vereadora considera, no entanto, que a experiência foi “positiva”, já que permitiu recolher dados de mobilidade, nomeadamente, da utilização destas soluções em pequenos trajetos, ao mesmo tempo que colocou a questão na agenda pública.

Sophie Matias realçou que, neste momento, este tipo de mobilidade é “um pouco experimental”, havendo ainda muitos testes nesta área, por isso, quer os operadores quer as cidades, vão experimentando e Faro acabou por ser “um piloto também”.

Situação semelhante aconteceu em Portimão, onde a Circ retirou as 100 trotinetes que tinha disponibilizado em julho, depois de ter terminado em outubro o período experimental acordado com a empresa, disse à Lusa o vice-presidente da autarquia.

“Tratou-se de um período experimental, tendo a empresa retirado as trotinetes no final de outubro, tal como tinha sido acordado entre a Câmara e a empresa”, sublinhou Filipe Vital.

De acordo com o autarca, neste momento não existe nenhuma empresa a operar no aluguer de trotinetes em Portimão, admitindo que, “no futuro, o serviço possa vir a ser disponibilizado na cidade de Portimão através de um concurso público”.

A empresa sueca Voi foi a primeira em Portugal a disponibilizar trotinetes elétricas, em mais do que uma cidade, mas anunciou no final de outubro que iria deixar de operar em Portugal, mobilizando as trotinetes para outras cidades europeias.

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Benfica dispara 70% após OPA a 5 euros

As ações da SAD estão a disparar, reagindo com uma forte valorização à oferta pública de aquisição (OPA) parcial lançada pelo Benfica.

O Benfica brilha em bolsa. Depois de quase hora e meia sem negociar, com as ações bloqueadas pelo prémio da Oferta Pública de Aquisição (OPA), as ações da SAD dispararam 70% na bolsa nacional, aproximando-se dos 5,00 euros por ação oferecidos pelo clube na oferta parcial apresentada esta segunda-feira ao final do dia.

Os títulos da SAD ganham 70,65% para os 4,71 euros, atingindo assim o valor mais elevado de sempre em bolsa. Foram transacionados 22.081 títulos da SAD encarnada, todos eles ainda aquém do valor oferecido pelo clube liderado por Luís Filipe Vieira.

Benfica dispara em bolsa

O Benfica, que detém atualmente 66,9% da SAD, pretende adquirir mais 28,06% através de OPA parcial em que propõe aos investidores que vendam os seus títulos a 5,00 euros.

“O preço oferecido por ação visa assegurar que os acionistas que adquiriram as suas ações na sociedade visada no decurso da oferta pública de distribuição realizada em 2001 possam vender as ações de que são titulares a um preço semelhante ao preço nominal a que as mesmas foram então subscritas (1.000 escudos, ou seja, 4,99 euros)”, explica a SAD.

O prémio de mais de 80% face à última cotação das ações antes da OPA, de 2,76 euros, acabou por impedir a transação dos títulos na bolsa nacional no arranque da negociação.

Tendo em conta o elevado diferencial de preços, os títulos entraram num processo de leilão, gerando preços de referência sucessivos. Como esses preços gerados foram superando em 10% o valor de referência anterior, os títulos mantiveram-se bloqueados até ter sido, às 9h23 desta terça-feira, ter sido possível gerar um valor em que puderam ser realizadas transações em bolsa.

(Notícia atualizada às 9h36 com mais informação)

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“TAP precisa de tempo e de capacidade de investimento”

Operação de financiamento da TAP "só está disponível para empresas que geram confiança junto dos investidores institucionais", afirma Miguel Azevedo, do Citi, um dos bancos colocadores da oferta.

A partir das 08h30 desta manhã de terça-feira, em Londres, o presidente da TAP, Antonoaldo Neves, tem o seu verdadeiro teste de mercado, com a apresentação da companhia aérea a investidores internacionais. O objetivo é fazer uma emissão de 300 milhões de euros para alongar prazo de dívida e financiar a renovação da frota de aviões. “Uma companhia aérea em fase de desenvolvimento e crescimento como a TAP precisa de tempo e de capacidade de investimento, esta operação vem permitir isso mesmo ao dar uma estrutura de longo prazo à dívida da TAP em linha com o perfil dos seus cash flows”, afirma ao ECO o head of Investment banking do Citi, Miguel Azevedo. O Citi é um dos ‘joint book runners’ da operação, ao lado do Morgan Stanley e JPMorgan.

O presidente executivo da TAP sabe o que é a dificuldade da operação para uma companhia com o histórico da companhia aérea. Até agora, a TAP não tinha sequer notação de rating, condição obrigatória para realizar a operação. E o que saiu foi melhor do que o esperado.

A Standard & Poor’s foi a primeira agência a avaliar a operação da TAP e classificou-a como investimento especulativo, a três níveis de ‘investment grade’. A classificação é idêntica à da American Airlines, acima da notação de companhias como a Turkish Airlines, a GOL ou a SAS, e a um ‘notch’ da Air France (BB). E só empresas como a Lufthansa e a AIG estão em nível de investimento.

Esta opção de financiamento só está disponível para empresas que geram confiança junto dos investidores institucionais globais”, realça Miguel Azevedo, do Citi. A TAP está a renovar os aviões, a idade média da frota passou de 14 para 7 e é necessário alongar o prazo da dívida, hoje nos 24 meses e sobretudo bancária, daí a necessidade de financiamento de longo prazo.

O presidente executivo da TAP iniciou o roadshow junto de investidores, organizado pelo Morgan Stanley, na manhã desta terça-feira em Londres, e terminará na sexta-feira em Lisboa. Assim, o ‘pricing’ da emissão só deverá ser conhecido na segunda-feira da próxima semana, apurou o ECO. Ainda assim, não está posta de lado a possibilidade de vir a ser conhecido no final do dia de sexta-feira.

Estes roadshows — ou ‘air shows’, como são conhecidos dentro da companhia — são essencialmente encontros ‘one to one’ e não eventos alargados. Assim, com dois dias de apresentações em Londres, em média com seis a sete encontros por dia, um deles coletivo com cerca de 15 investidores, Antonaldo Neves e a sua equipa deverão encontrar-se com cerca de 40 investidores. Europeus ou americanos com exposição à Europa.

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Parlamento Europeu e países acordam Orçamento da UE para 2020 que dá prioridade ao clima

  • Lusa
  • 19 Novembro 2019

Entre as prioridades definidas para o Orçamento da UE está o combate às alterações climáticas, o financiamento da investigação e atenuar a situação migratória. Falta aprovação final do documento.

O Parlamento Europeu e o Conselho (países) chegaram a acordo na segunda-feira sobre o Orçamento da União Europeia para 2020, que pretende um aumento de 1,5% para os 169 mil milhões de euros, com 21% destinados às alterações climáticas.

“Ambas as instituições partilham as mesmas prioridades políticas: combater as alterações climáticas, financiar a investigação e a inovação, garantir a existência de recursos para os jovens e atenuar a situação migratória“, declarou Bien Kimmo Tiilikainen, secretário de Estado das Finanças da Finlândia, país que preside à União Europeia (UE) este semestre.

O acordo foi alcançado na noite de segunda-feira, perto da hora-limite para o fim do prazo para que os Estados-membros e o Parlamento chegassem a um consenso.

O Orçamento para 2020 fixa as autorizações – o montante máximo de pagamentos futuros que a UE pode prometer – em 168.690 milhões de euros e os pagamentos – o que será efetivamente pago – em 153.570 milhões de euros, ou seja, mais 1,5% e 3,4% do que em 2019, respetivamente.

O valor total, 21% do orçamento será atribuído a vários programas que contribuem para a luta contra as alterações climáticas, como o programa LIFE, que receberá 589,6 milhões de euros (mais 5,6 %), ou o programa Horizonte 2020, que receberá 13 mil milhões de euros (mais 8,8 %).

O Parlamento Europeu e o Conselho terão de dar a sua aprovação final ao acordo no final do mês para que este possa entrar em vigor.

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Estes são os 5 números que tem de saber na OPA do Benfica

Qual o valor da OPA? Quanto vai gastar o Benfica com esta operação? Fique a conhecer os cinco números que marcam a oferta apresentada pelo clube da Luz aos pequenos investidores.

O Benfica lançou uma OPA parcial sobre a SAD. Quer comprar os títulos que estão dispersos por pequenos investidores, oferecendo a muitos deles a oportunidade de venderem as ações adquiridas em 2001 por um valor muito semelhante ao pago na altura em que o clube encarnado era liderado por Manuel Damásio. Conheça os cinco números que marcam esta oferta.

5,00 euros

O Benfica que comprar 6.455.434 ações, nominativas e escriturais da categoria B, que são ordinárias, que não detém. São títulos que estão dispersos por pequenos investidores, aos quais a SAD apresenta uma contrapartida de 5,00 euros.

O valor da oferta tem uma explicação. Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a SAD explica que o “preço oferecido visa assegurar que os acionistas que adquiriram as suas ações (…) no decurso da oferta pública de distribuição realizada em 2001 possam vender as ações de que são titulares a um preço semelhante ao preço nominal a que as mesmas foram subscritas (1.000 escudos, ou seja, 4,99 euros)”.

81,1%

Os 5,00 euros oferecidos na OPA superaram largamento o valor dos títulos da SAD no mercado de capitais. Na última sessão antes do anúncio da OPA, as ações do Benfica estavam a cotar nos 2,76 euros, pelo que o prémio apresentado nesta oferta ascende a 81,1%.

32,2 milhões de euros

O Benfica propõe-se a adquirir 6.455.434 ações da SAD, de categoria B, por um valor de 5,00 euros. Tendo em conta o número de ações objeto da oferta, a OPA agora anunciada poderá levar o Benfica a gastar, no máximo, 32,27 milhões de euros com a operação que levará a SAD a controlar a grande maioria do capital.

755.065 ações

A oferta é apresentada por 6.455.434 ações, de categoria B, mas há algumas que não serão adquiridas. No comunicado enviado à CMVM, a SAD explica que os membros dos órgãos sociais do Benfica “não podem aceitar a oferta, vendo assim os seus interesses preteridos face ao interesse do oferente e, consequentemente, do Sport Lisboa e Benfica”.

No total, os administradores do Benfica têm em seu poder 755.065 ações da SAD encarnada, sendo que a maioria destes títulos pertence ao presidente da SAD, Luís Filipe Vieira. O líder dos encarnados detém 753 mil títulos, representativos de 3,27% do capital da SAD.

Artigo 194

O Benfica quer comprar praticamente todos os títulos da SAD que estão no mercado, mas em momento algum pretende retirar a SAD da bolsa de Lisboa. “É intenção do oferente dar continuidade à atividade empresarial da sociedade visada, enquanto sociedade aberta ao investimento do públicos sob o domínio exclusivo do Sport Lisboa e Benfica e com as ações representativas do seu capital social admitidas à negociação no mercado regulamentado Euronext Lisboa”.

A SAD vinca que “não irá requerer a perda da qualidade da sociedade aberta”. “Em atenção às características da oferta, não será aplicável, após a sua conclusão o regime de aquisição ou alienação potestativa previsto nos artigos 19.º e 196.º do Código de Valores Mobiliários”.

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“Bancos aproveitam-se da iliteracia financeira das pessoas”, afirma presidente da Revolut

  • ECO
  • 19 Novembro 2019

O presidente da Revolut diz que "os bancos aproveitam-se da iliteracia financeira da maioria das pessoas". "Os bancos levam-vos o couro e o cabelo", alerta.

O presidente e cofundador da Revolut considera que os preços que os bancos cobram pelos serviços que prestam “não são justos” e que estes se aproveitam da “iliteracia financeira da maioria das pessoas”. Quanto ao aumento das comissões por parte das instituições bancárias, Nikolay Storonsky justifica-o pela necessidade que os “bancos têm de proteger as suas fontes de receita”.

Os bancos levam-vos o couro e o cabelo” começa por dizer Nikolay Storonsk, em entrevista ao Observador (acesso pago). Segundo o presidente, se cada pessoa analisasse “todas as transações que faz, os custos e comissões associadas” ficaria em choque. “Os bancos aproveitam-se da iliteracia financeira da maioria das pessoas. Os preços que cobram não são justos pelos serviços que prestam, na minha opinião“, atira.

Quanto às comissões cobradas pelas instituições bancárias tradicionais, Nikolay Storonsk defende que os gestores “só se importam com manter as fontes de receita” e, uma vez que as taxas de juro são cada vez mais baixas, os bancos estão a perder dinheiro e “têm de ir buscar dinheiro a algum lado”, assinala.

Na sua perspetiva, os bancos não vão conseguir competir com Revolut já que fintech britânica tem menos trabalhadores e uma tecnologia mais moderna. “Somos muito mais eficientes e por isso é que quando eles aumentam as comissões nós ainda estamos em melhor posição para os bater ao nível do preço. Eles não conseguem competir”, sublinha.

Com cerca de nove milhões de utilizadores, a Revolut prepara-se para lançar o seu primeiro cartão de crédito em dezembro em alguns mercados e que será posteriormente alargado por toda a Europa. Em Portugal, o plano passa por tentar fazer um acordo com a rede de terminais de Multibanco, da SIBS. Relativamente a essa matéria, o presidente admite que será difícil, mas que “encontraremos uma maneira”.

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Já só 15% dos trabalhadores em Portugal são sindicalizados

De acordo com a OCDE, Portugal registou a segunda maior queda da taxa de sindicalização, nos últimos 40 anos.

Em quatro décadas, a taxa de sindicalização dos trabalhadores portugueses caiu de 60,8%, em 1978, para 15,3%, em 2016. De acordo com os dados divulgados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Portugal registou a segunda queda mais acentuada entre os 25 Estados-membros, ficando apenas atrás da Nova Zelândia.

Segundo o relatório “Negotiating our way up: colletive bargaining in a changing world of work”, a diminuição do peso dos sindicatos foi transversal e é explicada pela “globalização, pelas mudanças demográficas na força de trabalho, pela desindustrialização, pelo emagrecimento do setor manufatureiro, pela queda dos empregos no Estado e pelo alargamento dos contratos flexíveis”.

Ainda que em todos os países da OCDE a taxa de sindicalização tenha recuado nos últimos 40 anos, Portugal consegue destacar-se ao registar a segunda queda mais pronunciada: 45,5 pontos percentuais (p.p.). Só a Nova Zelândia — com uma descida de 48,1 p.p. de 65,7% em 1978 para 17,7% em 2016 — verificou um declínio do sindicalismo mais acentuado do que aquele registado por terras lusitanas.

Declínio da sindicalização é transversal, mas mais pronunciado em Portugal

Fonte: OCDE

E enquanto em Portugal, em 2016, menos de dois em cada dez trabalhadores eram sindicalizados, na Islândia nove em cada dez trabalhadores estavam ligados a sindicados. Esse país é, de resto, aquele que, no seio da OCDE, apresentava a taxa de sindicalização mais elevada, seguindo-se a Suécia (com 66,7%) e a Dinamarca (65,5%).

Em sentido inverso, era na Estónia (5%) que se registava a menor taxa de sindicalização, em 2016. Na base da tabela, apareciam ainda a Lituânia (7,7%) e a Hungria (8,5%).

No conjunto da OCDE, entre 1978 e 2016, registou-se um recuo de 34% para 16,3%, ou seja, 17,7 pontos percentuais.

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BCP puxa pela bolsa. Lisboa segue ganhos da Europa

BCP dá um forte contributo para o comportamento positivo do PSI-20, mas as atenções dos investidores estão centradas no Benfica, após a OPA.

Lisboa está em alta. A praça portuguesa acompanha os ganhos das restantes praças europeias, numa sessão em que a maioria dos títulos está a valorizar. O BCP dá um forte contributo para o comportamento positivo do PSI-20, mas as atenções dos investidores estão centradas no Benfica, após a OPA. Contudo, as ações estão “bloqueadas”.

O PSI-20 está a ganhar 0,07% para 5.267 pontos, enquanto na Europa os ganhos variam entre 0,1% e 0,2%. Das 18 cotadas do índice principal, 12 estão em alta, com apenas quatro cotadas em queda.

O BCP não é o que mais valoriza, mas é o título que maior impulso está a dar ao índice português. Soma 0,93% para os 20,71 cêntimos, sendo que apenas Sonae Capital e Corticeira Amorim registam subidas mais expressivas.

Destaque, nos ganhos, também para a Nos, que soma, 0,5%, CTT e Jerónimo Martins, enquanto a EDP e a EDP Renováveis seguem estáveis. A Galp Energia, por seu lado, recua 0,26% para 15,17 euros, impedindo uma subida mais expressiva do índice principal.

Fora do PSI-20, há mais cotadas em alta, mas os investidores estão de olho no Benfica. O clube lançou uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) parcial sobre as ações da SAD em que oferece uma contrapartida de cinco euros por ação.

O prémio de mais de 80% está a impedir os títulos de reagirem à oferta. Tendo em conta o diferencial face aos 2,76 euros a que os títulos estão no mercado, entra-se num processo de leilão até que seja possível desbloquear as negociações.

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Hoje nas notícias: Sindicatos, telemóveis e ferrovia

  • ECO
  • 19 Novembro 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Há 18 obras na ferrovia do Norte e Centro suspensas. O dia fica ainda marcado pela nota de que a sindicalização está em queda, pela vida cada vez mais longa dos telemóveis e pelo erro na Segurança Social que levou à penhora de 500 advogados. “Os bancos aproveitam-se da iliteracia financeira da maioria das pessoas”, diz o fundador da Revolut, esta terça-feira.

Sindicalização em Portugal caiu para 15%

A taxa de sindicalização em Portugal passou de 60,8% em 1978 para 15,3% em 2016, evolução que representa a segunda maior quebra entre os países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE). No conjunto dos 25 países analisados, foi a Nova Zelândia a registar o maior recuo da sindicalização. Destaque ainda para a Islândia e para a Suécia, que registaram as maiores taxas de sindicalização em 2016 — 90% e 67% respetivamente. Em sentido inverso, aparecem a Estónia (5%) e a Lituânia (8%).

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Governo suspende 18 obras na ferrovia do Norte e Centro

As 18 intervenções prioritárias na ferrovia do Norte e Centro apresentadas pelo Executivo em 2016 foram adiadas ou canceladas. Exemplo dessa suspensão é a eletrificação da linha do Douro, que continua sem data, bem como a eletrificação da linha do Minho, que está marcada só para o final de 2020.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago).

Telemóveis estão cada vez a durar mais

Ainda que, todos os anos, as diversas marcas lancem novos modelos de telemóveis, o tempo que cada aparelho fica nas mãos dos utilizadores está a aumentar. Em média, um smartphone dura 28 meses antes de ser trocado, segundo dados de várias empresas de análise de mercado, como a Counterpoint Research, a Deloitte e a NPD Connected Intelligence. O tempo que se usa um telemóvel aumentou muito. No começo de 2017, a maioria das pessoas usava um telemóvel durante 21 meses antes de o trocar. No final de 2018, a média global ia além de 28 meses”, observa Tina Lu, analista da Counterpoint Research.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado).

“Os bancos aproveitam-se da iliteracia financeira da maioria das pessoas”

Em entrevista ao Observador, o presidente da Revolut considera que os preços que os bancos cobram pelos serviços que prestam “não são justos” e que estes se aproveitam da ” iliteracia financeira da maioria das pessoas”. Quanto às comissões cobradas pelas instituições bancárias, Nikolay Storonsky afirma que se “alguém se sentar e contabilizar todas as comissões que lhe são cobradas ficará em choque”, mas tudo se deve ao facto de os gestores dos bancos terem que proteger as suas fontes de receita.

Leia a entrevista no Observador (acesso pago).

Erro na Segurança Social penhora mais de 500 advogados

Cerca de 568 advogados foram alvo de processos de execução ou ameaças de penhora por alegadas dívidas contributivas à Segurança Social. Fonte oficial do Ministério de Trabalho explicou ao Correio da Manhã que os advogados em causa não têm contribuições em falta, mas foram incluídos erradamente no regime contributivo dos trabalhadores independentes. A tutela garante ainda que “todas as situações reportadas foram e estão a ser tratadas e regularizadas o mais rapidamente possível”.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

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Portugal em 15.ª no desenvolvimento sustentável na UE

  • Lusa
  • 19 Novembro 2019

Nos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável para atingir em 2030, Portugal não alcançou ainda nenhum.

Portugal surge em 15.º lugar entre os 28 países da União Europeia no Índice dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, obtendo uma pontuação de 66,2 em 100, abaixo da média europeia.

Este índice foi elaborado pela Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas (SDSN, na sigla inglesa) e pelo Instituto para a Política Ambiental Europeia, que criaram indicadores para avaliar o progresso dos vários países da União Europeia quanto às 17 metas definidas pela ONU para 2030.

Ao desempenho de cada país foi atribuída uma pontuação de 0 a 100, em que 100 representa o melhor desempenho possível. Portugal surge em 15.º lugar, com 66,2 pontos, enquanto a média da União Europeia é de 70,1.

Dinamarca, Suécia e Finlândia são os únicos países com pontuações acima dos 70, enquanto Grécia, Bulgária, Roménia e Chipre surgem na casa dos 50 pontos.

Nos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável para atingir em 2030, Portugal não alcançou ainda nenhum.

Em dois dos objetivos Portugal apresenta até uma trajetória descendente no caminho para os atingir: na área da Ação Climática e na criação de parcerias para atingir as metas de desenvolvimento sustentável.

Os indicadores em que Portugal está mais próximo dos objetivos são o da eliminação da pobreza, da qualidade da educação, do crescimento económico e do emprego e na paz, justiça e instituições eficazes.

Os desafios mais relevantes que o país tem para enfrentar são nos campos da proteção da vida terrestre, da proteção da vida marinha, na produção e consumo sustentáveis e na área da indústria, inovação e infraestruturas.

Segundo o relatório hoje divulgado, nenhum dos 28 países da União Europeia está no bom caminho para atingir em 2030 as metas do desenvolvimento sustentável definidas pelas Nações Unidas.

No global, os países da União Europeia obtiveram melhor desempenho nos objetivos de eliminação da pobreza, na promoção da saúde e bem-estar e na área do crescimento económico e emprego.

Os piores indicadores são na área da agricultura e produção sustentável e nos objetivos ligados à proteção do ambiente, clima e biodiversidade.

Os objetivos do desenvolvimento sustentável foram traçados em 2015 pelas Nações Unidos, para serem alcançados em 2030, dentro de uma década.

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5 coisas que vão marcar o dia

No dia em que Boris Johnson e Jeremy Corbyn se encontram frente a frente, vai ficar a saber-se quantas filiais de empresas estrangeiras estão a operar em Portugal.

No dia em que Boris Johnson e Jeremy Corbyn se encontram frente a frente no primeiro debate antes das eleições antecipadas, o INE vai publicar estatísticas sobre o número de filiais de empresas estrangeiras a operar em Portugal. Ainda esta terça-feira, o Banco de Portugal publica séries longas do setor bancário, enquanto a easyJet apresenta os resultados do ano fiscal.

Boris Johnson e Jeremy Corbyn frente a frente

Boris Johnson e Jeremy Corbyn vão estar frente a frenta esta terça-feira, naquele que é o primeiro debate antes das eleições no Reino Unido. Os britânicos vão às urnas a 12 de dezembro e, de acordo com várias sondagens citadas pela media, os conservadores de Boris estão em vantagem sobre os trabalhistas de Corbyn. O Brexit, que estava marcado para 31 de outubro, vai marcar estas eleições antecipadas.

Quanto ganham os trabalhadores nas filiais estrangeiras?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) vai publicar esta terça-feira os dados referentes às filiais de empresa internacionais a operar em Portugal no ano de 2018. Vão ser conhecidos dados sobre o volume de negócios e as remunerações dos trabalhadores. Recorde-se que, em 2017, existiam 6.455 filiais de empresas estrangeiras a operar em território nacional, o correspondente a 1,6% do total das sociedades não financeiras.

Banco de Portugal publica séries longas do setor bancário

O Banco de Portugal vai divulgar esta terça-feira as séries longas do setor bancário relativas ao período entre 1990 e 2018. Estes dados apresentam estimativas de séries estatísticas e respetivas notas metodológicas para várias variáveis económicas, tais como balança de pagamentos, contas do setor público administrativo, população, emprego e desemprego e produção, despesa e rendimento.

easyJet apresenta resultados do ano fiscal

Esta terça-feira é dia de a easyJet prestar contas sobre o ano fiscal encerrado em setembro. A empresa vai anunciar os resultados obtidos — num ano marcada pela abertura de novas rotas e pela falência da Thomas Cook –, mas também novidades para o futuro. Recorde-se que, em 2018, a companhia aérea encerrou o ano fiscal com um lucro de 521 milhões de euros, o equivalente a um aumento de 43,3% face ao mesmo período do ano anterior.

EMEF assina acordo de empresa na presença do ministro das Infraestruturas

O ministro da Habitação e das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, vai assistir esta terça-feira à assinatura do acordo de empresa da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF), que vai permitir aumentos de salários e uma atualização da remuneração base de entrada na carreira. O acordo será assinado às 10h e vai ser subscrito por vários sindicatos: SINDEFER, STMEFE, FECTRANS/SNTSF, SINFB e SINAFE.

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Contratação pública atrasa plataforma da Aicep para ajudar empresas a exportar

Empresas já têm área reservada no site da Aicep com informação e aconselhamento customizado, com recurso à inteligência artificial. Ferramenta para comércio eletrónico pronta até final do ano.

Desde abril que as empresas têm ao seu dispor um novo site com informação mais detalhada e costumizada para as ajudar a exportar e internacionalizar-se. Com recurso à inteligência artificial, a Aicep disponibiliza a cada empresa uma solução e aconselhamento específico para o seu caso. Mas, as funcionalidades ainda não estão todas disponíveis e a complexidade da contratação pública está a atrasar o processo. Ainda assim, a expectativa é lançar o Acelerador da Internacionalização Online até ao final do ano.

“O processo de contratação pública verificou-se mais moroso e complexo do que antecipado e isso atrasou parte do calendário no curto prazo, no entanto acreditamos que podemos ganhar no médio/longo prazo”, disse ao ECO, fonte oficial da Aicep.

Quando o “Portugal exporta” foi lançado em abril, só as empresas do calçado tinham disponível a totalidade das funcionalidade que a nova plataforma oferece. O objetivo era, à razão de um por mês, alargar a outros setores de atividade. Fonte oficial revela que a agência está agora “a trabalhar no vestuário, seguir-se-á o agroalimentar, materiais de construção e metalomecânica”.

A grande novidade é a existência de uma área privada a que cada empresa pode aceder através da introdução de uma chave móvel digital. A pessoa responsável da empresa introduz o seu número de telemóvel e o pin e depois recebe um código de segurança no telemóvel que deve introduzir para aceder a uma área reservada. Quando a empresa entra não é necessário preencher muitos dados porque o site acede toda a informação através da Informação Empresarial Simplificada (IES), do Instituto Nacional de Estatística (INE) e o IMPI.

Na área reservada, que é totalmente confidencial, cada empresa tem informações que lhe são especificamente direcionadas desde as feiras que mais lhe interessam, potenciais parceiros de negócio, ações comerciais e de capacitação, a mercados que deveria explorar, uma sugestão que é feita com base na inteligência artificial que analisa o perfil de cada empresa, desde a sua dimensão, a sua situação financeira, maturidade e a sua dinâmica de vendas ao exterior. Por isso, duas empresas aparentemente semelhantes, que operam na mesma área, podem ter sugestões totalmente diferentes. Estas sugestões têm sempre uma validação humana feita pelos analistas da Aicep. Se a sugestão feita pela inteligência artificial não for acertada o modelo aprende com isso. O gestor de cliente virtual questiona a empresa sobre o que ela precisa (encontrar um parceiro, exportar para novos mercados, etc) e depois a Inteligência artificial dá a resposta.

Questionada sobre o nível de adesão das empresas a estas novas funcionalidades, fonte oficial explicou que “o processo de adesão das empresas é gradual”. “Nesta primeira fase, estamos focados em estabilizar todos os conteúdos”, justifica.

Quando o portal foi lançado, já foi apresentado como “uma casa em construção”. Por exemplo, estava previsto que a funcionalidade do comércio online (Acelerador da Internacionalização Online) ficasse disponível em julho, mas a nova meta é agora “até ao final do ano”, explicou fonte oficial. Em novembro era a vez do business match making ou “Tinder das empresas”, como o batizou a anterior ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leirão Marques e, finalmente, o portal do investimento em janeiro de 2020. Prazos que partiam do pressuposto de que não haveria qualquer complicação com os diversos concursos públicos envolvidos, o que não se veio a verificar.

Inicialmente o projeto — está a ser desenvolvido com a Tekever, mais conhecida pelos drones e por ter fabricado o primeiro satélite integralmente português — deveria custar um milhão de euros, mas como foi possível obter financiamento comunitário através do Sistema de Apoio à Modernização Administrativa (SAMA) o orçamento subiu para três milhões de euros, possibilitando disponibilizar mais funcionalidades do que estava originalmente previsto.

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