Produzir até seis mil garrafas por hora. Adega de Monção prevê melhor colheita da década em 2019

Em 2018, a Adega de Monção alcançou uma “faturação histórica” de 15,5 milhões de euros. Mas, 2019 tem todas as condições para ser a colheita da década. A quantidade será menor, mas qualidade supera.

Monção e Melgaço distinguem-se na região pela forte produção de vinho alvarinho, sendo a Adega Cooperativa de Monção a maior adega da região dos vinhos verdes. Está prestes a completar 61 anos de história, conta com uma área vinícola de cerca de 1.200 hectares e agrega 1.720 produtores associados. Tem capacidade para produzir seis mil garrafas por hora, o que corresponde a cerca de 6,5 milhões de garrafas por ano.

O balanço da época não podia ser melhor. “O ano de 2019 tem todas as condições para ser a colheita da década“, destaca Armando Fontainhas, presidente do conselho de administração da Adega Cooperativa e Regional de Monção.

Já temos alguns vinhos prontos e posso adiantar que é uma colheita fantástica, com características muitos boas, estou convencido que será a colheita da década.

Presidente do conselho de administração da Adega Cooperativa e Regional de Monção

Armando Fontainhas

Considera que apesar da quantidade ser menor, a qualidade do vinho verde é superior. Armando Fontainhas reconhece que a quebra do vinho na região de Monção e Melgaço será inferior às restantes regiões. “Nos vinhos tintos não há quebra na produção, por outro lado, os vinhos brancos vão ter uma quebra de 8%, em relação ao ano passado”, refere.

O responsável salienta que os vinhos com casta alvarinho representam 75 a 80% das nossas vendas e que o mercado nacional representa 80% do volume de negócios da Adega Cooperativa de Monção. São produzidos cerca de cinco milhões de litros de vinho por ano e são necessários quase oito milhões de quilos de uvas neste processo.

A sede da Cooperativa localiza-se em Monção e a cerca de 20 quilómetros, em Melgaço, encontramos os polos de receção das uvas e todo o processo de vinificação. A Adega de Monção tem dois polos de produção com capacidade para armazenar 12 milhões de litros de vinho.

Impacto na economia local

Aquela que é considerada a maior adega da região dos vinhos verdes, tem um grande impacto na economia local. Armando Fontainhas conta ao ECO que “muitas famílias dependem exclusivamente da Adega e que este é único rendimento”, por outro lado, “é para a grande maioria um rendimento complementar”.

“Estamos a falar de um valor superior a oito milhões de euros pago aos produtores associados”, refere o presidente do conselho de administração da Adega de Monção.

O alvarinho é uma casta que está perfeitamente adaptada ao clima, ao território e às práticas culturais dos produtores locais.

Armando Fontainhas

Presidente do conselho de administração da Adega Cooperativa e Regional de Monção

Revela que existem jovens agricultores que estão a dedicar-se em exclusivo à agricultura, neste caso à viticultura, e lamenta “o fraco contributo do Governo “. Destaca que, a semana passada, foi disponibilizado um fundo de cerca de 20 milhões de euros, através do Programa de Desenvolvimento Rural PDR 2020, para ajudar os jovens agricultores. Todavia, destaca que o setor da viticultura ficou com uma verba muito pequena. “400 mil euros em 20 milhões é uma discriminação muito grande”, destaca com descontentamento Armando Fontainhas.

Armando Fontainhas compara ao setor da fruticultura, ao qual foram atribuídos seis milhões de euros, “o que corresponde a um valor 15 vezes superior à verba destinada ao setor da viticultura”, e lamenta que tenha sido o setor a “ficar de longe com a fatia mais pequena”.

Face à importância do setor na economia local e nacional, o responsável considera necessários mais estímulos ao desenvolvimento do setor da viticultura.

Segundo Armando Fontainhas, os vinhos mais conhecidos e com maior prestígio são o Alvarinho Deu La Deu, Muralhas e Adega de Monção Branco e Tinto. Mas, no final do ano, vão ser lançados dois novos vinhos, revela.

As exportações rondam 20% do volume negócio, sendo a Rússia, os EUA e o Reino Unido os mercados mais importantes para a Adega de Monção. Armando Fontainhas considera que os estrangeiros sabem “reconhecer a qualidade do vinho português”.

Em 2018, a Adega de Monção alcançou uma “faturação histórica” de 15,5 milhões de euros, segundo o presidente do conselho de administração da Adega Cooperativa e Regional de Monção, “foi o melhor ano de sempre”. E, neste momento, estão a crescer 1%, por isso, à partida, “será possível superar os valores do ano passado”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Massagens e até um “estafeta de mimos”. Estas são as melhores empresas para trabalhar

Entre os melhores locais para trabalhar, as tecnológicas dominam. As empresas do setor oferecem várias regalias aos trabalhadores, como aulas de yoga ou descontos em lojas e hotéis.

Na altura de escolher um sítio para trabalhar, as empresas tecnológicas afiguram-se uma boa aposta. Quando se olha para o top dos melhores sítios para trabalhar no mundo, compilado pela Great Place to Work, metade são especializados em tecnologias de informação.

A empresa número um no mundo para trabalhar é uma tecnológica, a Cisco. Os trabalhadores da multinacional, que também está presente em Portugal, têm várias regalias. Uma delas, por exemplo, é que cada equipa tem um “fundo de diversão”, um orçamento trimestral para gastar em celebrações ou atividades divertidas.

Continuando pela lista encontram-se muitas mais tecnológicas, entre as quais a Salesforce, que desenvolve uma plataforma de CRM, e a SAS, uma multinacional de software de análise que tem escritórios também em Portugal. Uma das práticas de destaque desta última é um “estafeta dos mimos” que, na sequência de uma celebração, entrega aos consultores que estão fora do escritório, um “miminho”.

No ranking das empresas em Portugal, também da Great Place to Work, quatro dos dez melhores locais para trabalhar são tecnológicas. Uma delas é a Mind Source, que figura em quarto lugar, onde existe um cartão de colaborador que dá descontos e benefícios em várias áreas, como cultura ou hotéis e viagens.

Já na OnRising, que se classificou em sétimo lugar na lista nacional, os trabalhadores podem usufruir de uma aula de yoga de uma hora, que se realiza uma vez por semana no escritório. A empresa tem também um fisioterapeuta, que visita o escritório duas vezes por mês, para massagens de relaxamento. Os trabalhadores da OnRising são na sua maioria jovens, sendo que 45% são millenials.

Top mundial das melhores empresas para trabalhar:

  1. Cisco
  2. Hilton
  3. Salesforce
  4. DHL Express
  5. Mars
  6. SAP SE
  7. EY
  8. Stryker Corporation
  9. SAS
  10. Workday

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Recrutamento antes do “canudo”. O que é preciso para ter emprego garantido?

Entre o stress e a pressão da procura de emprego, há alunos que, ainda antes de terminarem o curso, já têm uma empresa à sua espera. Proatividade é o principal requisito.

Entrar na faculdade, fazer a licenciatura (às vezes, o mestrado imediatamente a seguir) e, finalmente, já com o diploma de conclusão, partir para a procura de emprego. Este é, talvez, o percurso mais comum entre os jovens recém-graduados, mas há estudantes que antecipam a entrada no mercado de trabalho, graças às empresas que preferem recrutar estudantes.

Elas oferecem-lhes um emprego garantido após o “canudo” e eles não precisam de ser os melhores alunos da turma. Trata-se, sobretudo, de proatividade.

Inês Cunha, 24 anos, e Mariana Pinto, 23 anos, fazem parte destes estudantes que, no último ano do mestrado, já sabem que não precisam de “varrer” os sites e portais de emprego. Em vez disso, Inês, licenciada em Economia pela Nova School of Business and Economics (Nova SBE) e mestre em Finanças pela mesma universidade, sente um “alívio” de quem já tinha emprego garantido. E Mariana, licenciada em Gestão pelo ISCTE e aluna do mestrado em Finanças da Católica Lisbon School of Business & Economics, está contente por não estar sob “pressão”.

“Lembro-me que a maioria dos meus amigos estava num stress enorme durante o último ano de mestrado. Eu sentia um alívio, mas um alívio apesar de tudo merecido (…) porque, nos anos anteriores, andava a candidatar-me a estágios de verão”, conta Inês Cunha ao ECO.

Lembro-me que a maioria dos meus amigos estava num stress enorme durante o último ano de mestrado. Eu sentia um alívio, mas um alívio apesar de tudo merecido.

Inês Cunha

Ex-aluna da Nova SBE e analista na HSBC

As candidaturas para estágios de verão deram resultado… E frutos. Enquanto terminava o mestrado, Inês Cunha já tinha emprego garantido. Assim, em agosto do ano passado, altura que terminou o mestrado, voou para Londres. Era lá que estava a empresa que esperou um ano para poder, finalmente, concretizar a contratação da recém-graduada, a HSBC. Já Mariana Pinto, que está no último ano do mestrado, vai ficar por cá. Tem a Boston Consulting Group (BCG) à sua espera.

Tudo começou com um estágio de verão

Comecemos pela Inês. Na altura em que estava a frequentar a licenciatura, a jovem seguiu logo para mestrado e, durante o mesmo, decidiu que queria, novamente, fazer um estágio de verão. Novamente porque, no segundo ano de licenciatura, Inês procurou um estágio para fazer durante os meses de verão, o que não foi uma tarefa fácil, pelo menos em Portugal.

“Tentava candidatar-me a vários sítios em Portugal e era difícil arranjar um estágio de verão, estando no segundo ano. Eu candidatava-me e, mesmo tendo uma boa média, não conseguia arranjar nenhum estágio, nem sequer tinha entrevistas. E, as poucas que tinha, pagavam muito pouco ou não pagavam de todo”, explica. Foi assim que decidiu mudar o destinatário das candidaturas e tentar lá fora.

Em Londres, como analista, Inês Cunha recebe entre 50 e 65 mil libras brutas por ano. É o equivalente a 55/72 mil euros.Unsplash

O primeiro estágio de verão que fez foi no Lloyds Bank, em Londres, onde recebeu dez mil libras brutas em dez semanas (o equivalente a cerca de 11.100 euros) e poderia ter terminado o verão com emprego garantido ainda no segundo ano de licenciatura. “Quando terminei o estágio, eles propuseram-me, mal acabasse a licenciatura, voltar para o banco e integrar a equipa”, conta, acrescentando que acabou por recusar. “Trabalhar no Lloyds não era bem o que queria e, sinceramente, não me apetecia começar logo a trabalhar após a licenciatura. Não me apetecia porque, na verdade, percebi que trabalhar custava realmente”, recorda.

Inês Cunha voltou para Portugal, mais propriamente para a Nova SBE, para frequentar o mestrado em finanças. “Tive oportunidade de ser professora assistente e, pelo meio, quis, novamente, fazer um estágio de verão”, este mais decisivo na sua carreira profissional. “Consegui um estágio na HSBC de dez semanas e com condições muito semelhantes às que tinha no Lloyds”, conta.

“No final, disseram-me a mesma coisa, mas, desta vez, aceitei”, afirma. E, passado pouco mais de um mês, o balanço é muito positivo. “Estou a gostar imenso. Em termos de valorização profissional e experiência pessoal é ótimo. Em Londres somos muito valorizados”, diz, acrescentando que o salário — entre 55 mil a 72 mil euros brutos por ano — é muito bom e quase “impensável” para um jovem recém-graduado em Portugal.

Esperar, esperar… O tempo que for preciso

Mariana Pinto, ao contrário de Inês, vai ficar por Portugal. Enquanto termina o último ano do mestrado, a BCG Consulting está à sua espera e, em abril do próximo ano, a jovem deverá ingressar no mercado laboral. A empresa, contudo, já não lhe é desconhecida. Inês também fez, antes, um estágio de verão, que culminou numa proposta de trabalho. A remuneração do estágio, com a duração de um mês, “era muito boa”, recorda.

Neste caso a espera não é de apenas alguns meses, mas há situações em que as empresas esperam dois anos pelo talento que querem ver na sua equipa. “Tive colegas que fizeram estágio de verão no final da licenciatura e que queriam começar este ano o mestrado, pelo que a empresa se comprometeu a esperar dois anos por eles”, conta Mariana Pinto. “É muito bom ter esta garantia de que a empresa vai esperar por nós”, acrescenta.

E não é só na área business que isto acontece. Nas engenharias, este tipo de recrutamento é, talvez, ainda mais frequente. “Cerca de metade dos alunos [do Instituto Superior Técnico] já tem emprego garantido quando terminarem o seu programa de mestrado”, diz Luís Caldas de Oliveira, vice-presidente do Técnico para o empreendedorismo e ligações empresariais.

"[Os alunos] combinam que, quando entregarem a dissertação, já podem começar a trabalhar para a empresa, que se compromete a esperar pelo aluno. É bastante comum e é uma forma boa, porque não há perda de tempo.”

Luís Caldas de Oliveira

Vice-presidente do Técnico para o empreendedorismo e ligações empresariais

“Os processos de recrutamento começam por volta de fevereiro e, tipicamente, em abril ou maio, os alunos fecham contrato com as empresas (…) Combinam que, quando entregarem a dissertação, já podem começar a trabalhar para a empresa, que se compromete a esperar pelo aluno. É bastante comum e é uma forma boa, porque não há perda de tempo“, explica.

Esta é, para Luís Caldas de Oliveira, a melhor solução: permite ao aluno concluir o seu percurso académico — sem comprometê-lo — com a “visão de que, assim, que acabar, começa logo a trabalhar na empresa”. O que também acontece, embora considere menos desejável, é que alguns alunos começam logo a trabalhar ainda antes de terminar o curso.

“Há situações em que o aluno precisa de rendimento e começa logo a trabalhar enquanto ainda está a terminar o mestrado”, o que pode trazer “alguma dificuldade em coordenar o trabalho com a exigência de fazer uma dissertação”. Nestes casos, o vice-presidente do Técnico para o empreendedorismo e ligações empresariais considera que “há alguma perda” e acontece frequentemente na área de informática, onde “há mais procura por diplomados”.

Nestes casos, o que o Técnico está a promover junto das empresas é que haja um compromisso para que a posições oferecidas aos alunos sejam em regime de part time. Admitindo que “as empresas já começaram a perceber que isto tem interesse para ambos os lados”, Luís Caldas de Oliveira afirma que o que deveria acontecer com mais frequência eram ofertas de trabalho que não excedessem as vinte horas semanais. “E que fossem cumpridas como dever ser. Que fosse a própria empresa a exigir ao aluno que não fizesse mais horas. Isto para assegurar que consegue terminar a formação académica”, explica.

Pensar estrategicamente: recrutar mais cedo, investir nas feiras de emprego

Recrutar estudantes e oferecer-lhes um emprego garantido é cada vez mais comum e, tanto notam as instituições de ensino superior como as recrutadoras. Carlos Andrade, senior executive manager da Michael Page, afirma que se trata de “uma tendência” — de acordo com “os indicadores dos últimos dez a 15 anos, tem vindo a crescer“. Em Portugal, “podemos correlacionar estes indicadores com a taxa de desemprego atual, que está nos 6,5% [referente a julho] e há meia dúzia de anos esteve próxima dos 18%”, explica.

“Isso fez com que as empresas começassem a procurar o talento e fossem obrigadas a recrutar mais cedo, a investir nas feiras de emprego das universidades e a pensar estrategicamente em como atrair talento”, continua o senior executive manager da Michael Page, acrescentando que é o crescente volume de novos projetos de investimento, a melhoria da economia e, também, a revolução digital e tecnológica que mais contribuem para esta tendência.

Julie Eracleous, diretora de career & corporate placement na Nova SBE, reforça esta ideia. “As empresas recrutam ativamente os nossos alunos, mesmo antes de terminarem o mestrado. Começamos a receber empresas no campus no início de setembro (…) e temos empresas de vários países para recrutar todas as nacionalidades”, afirma. E o número de empresas que visitam a School of Business and Economics da Nova está a aumentar, bem como a diversidade.

Proatividade. Notas vão para segundo plano

Apesar de tudo isto, “nenhuma HSBC vai ter com o aluno e diz-lhe: ‘Vem trabalhar comigo'”, salienta Inês Cunha. “É preciso ser-se muito proativo (…) nada cai no colo”, acrescenta. No seu caso, a proatividade teve a ver com a procura de um estágio de verão, mas, no fundo, o que realmente marca a diferença, para a jovem, é “começar à procura mal se entra na faculdade”. “A maioria dos estudantes só se preocupa com o trabalho no final do curso. Acho importantíssimo garantir um futuro ainda antes de acabar o curso”, diz.

E, ao contrário do que se possa pensar, as notas começam a adquirir uma importância cada vez menor na altura do recrutamento. “Muitas empresas começam a eliminar as notas para filtrar os candidatos. Mercados pioneiros, como o Reino Unido e a Alemanha, estão definitivamente a usar cada vez menos as notas como critério [de seleção]”, explica Julie Eracleous.

Obviamente que um bom aluno é muito bom a fazer exames, mas, na prática, o dia-a-dia das empresas não é fazer exames.

Luís Caldas de Oliveira

Vice-presidente do Técnico para o empreendedorismo e ligações empresariais

A Universidade Católica faz a mesma leitura. Ainda que várias empresas continuem a definir uma nota mínima para os alunos serem convidados a fazer parte dos processos de recrutamento, depois de entrarem no processo, já não é tanto a nota que interessa. “As empresas valorizam muito se o aluno fez estágios, intercâmbio ou teve atividades extracurriculares”, refere Maria João Santos, head of careers and talent da Católica Lisbon School of Business & Economics.

Luís Caldas de Oliveira considera que há um problema muito grave na nossa sociedade. “Desde o quarto ano que os pais dizem às crianças que têm de ter boas notas para entrar na universidade. Depois, na universidade, os alunos pensam que têm de ter as melhores notas. Obviamente que um bom aluno é muito bom a fazer exames, mas, na prática, o dia-a-dia das empresas não é fazer exames”, afirma.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Centros de saúde abertos para passar atestados a eleitores que não podem votar sozinhos

  • Lusa
  • 5 Outubro 2019

Os eleitores portadores de doença ou deficiência que necessitem de acompanhamento para poderem votar poderão dirigir-se aos centros de saúde no domingo para obter atestado.

Os centros de saúde vão estar abertos no domingo para emitir atestados médicos aos eleitores portadores de doença ou deficiência que necessitem de acompanhamento para poderem votar nas eleições legislativas, anunciou o Governo.

Segundo informação publicada no Portal da Saúde, os centros de saúde vão estar abertos durante o período de funcionamento das assembleias de voto, entre as 08:00 e as 19:00.

De acordo com a Lei Eleitoral para a Assembleia da República, quando não se verifique a notoriedade da doença ou deficiência física, as mesas para as assembleias de voto podem exigir atestado comprovativo da impossibilidade de exercerem por si o direito de voto.

Para que possam fazê-lo acompanhados de outro cidadão eleitor por si escolhido, que garanta a fidelidade de expressão do seu voto e que fica obrigado a absoluto sigilo”, estes eleitores devem ter um atestado comprovativo.

O atestado comprovativo da impossibilidade de votar sozinho tem de ser emitido pelo médico que exerça poderes de autoridade sanitária na área do município e autenticado com o selo do respetivo serviço, refere-se na nota divulgada no Portal da Saúde. No caso de o eleitor não ter este atestado médico, poderá obtê-lo dirigindo-se ao centro de saúde.

A lista dos centros de saúde que vão estar abertos no dia da eleição está publicada no ‘site’ da Comissão Nacional de Eleições (www.cne.pt/).

Mais de 10,8 milhões de eleitores recenseados no território nacional e no estrangeiro são chamados no domingo às urnas para escolher a constituição da Assembleia da República na próxima legislatura e de onde sairá o novo Governo. Os portugueses vão eleger 230 deputados, divididos por 22 círculos (18 no Continente, dois nas regiões autónomas e círculos da emigração – Europa e Fora da Europa).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Com a economia a abrandar, “só as empresas mais bem preparadas terão sucesso na bolsa”

A bolsa de Lisboa tem tido dificuldades em captar empresas e ainda não houve nenhum IPO em 2019, o que poderá ser agravado pela economia. Mas a Euronext mantém aposta nas tecnológicas.

A desaceleração da economia portuguesa é um desafio adicional para a bolsa de Lisboa, que tem tido dificuldades em captar novas empresas. A head of listing da Euronext Lisbon, Filipa Franco, admite que o abrandamento económico poderá levar a novos cancelamentos ou adiamentos de operações, mas diz acreditar que há empresas com capacidade de chegar ao mercado acionista português.

“Os mercados são efetivamente voláteis e suscetíveis à incerteza que em cada momento se possa viver na economia mundial. Períodos de maior incerteza tornam a realização de operações em bolsa (em particular novas admissões) mais desafiantes e que podem assim levar ao cancelamento ou adiamento de operações que estejam a ser preparadas”, respondeu Filipa Franco, ao ECO, quando questionada sobre o crescimento do PIB que tem vindo a desacelerar desde o ano passado.

Foi o que aconteceu entre o final do ano passado e início deste, quando a Sonae MC e a Science4You falharam entradas em bolsas, enquanto a Pharol e a Vista Alegre cancelaram aumentos de capital.

Mas Filipa Franco acredita que a incerteza sobre a economia (não só portuguesa, mas global) e o aumento dos riscos “não significa, contudo, que não é possível concretizar operações nestes momentos, mas significa, sim, que apenas as operações e as empresas mais bem preparadas conseguirão concretizar com sucesso a sua admissão em bolsa”.

Nunca houve tão poucas cotadas na bolsa de Lisboa. Com as saídas da Transisular, da SAG – Soluções Automóvel Globais e da Compta, este ano, passam apenas a 53. Apesar da criação dos regimes de Sociedades de Investimento para o Fomento da Economia (SIMFE) e das Sociedades de Investimento e Gestão Imobiliária (SIGI) trazerem renovada esperança. Não são conhecidos ainda nomes, mas a Euronext Lisbon diz que há perspetivas de novas entradas em bolsa.

Temos estado em contacto com agentes de mercado (bancos, escritórios de advogados e também algumas empresas) que revelam um interesse concreto na admissão de novas empresas na Euronext Lisbon, mas a preparação de um admissão à bolsa é um processo que envolve decisões de natureza estratégica que têm de ser cuidadosamente avaliadas, pelo que não posso comentar nenhuma operação em concreto até que seja pública”, diz Filipa Franco.

Euronext volta a apostar nas tecnológicas. Há sete portuguesas

Além destes instrumentos em Portugal, a Euronext tem apostado a nível europeu nas tecnológicas. Pelo quinto ano consecutivo, a gestora de índices acionistas está a realizar o programa TechShare, que pretende dar formação a empresas tecnológicas sobre o que é uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) e o que é necessário para estar em bolsa.

Este ano são 132 empresas de nove países europeus diferentes, incluindo pela primeira vez da Irlanda (país cuja bolsa foi comprada pela Euronext). De Portugal, há sete participantes com um volume negócios médio, em 2018, de 2,9 milhões de euros. Apesar de o TechShare não se limitar a ser um curso para entrar em bolsa, há empresas que já piscam o olho a esta forma de financiamento.

Para a empresa de robótica e drones EVA – Electric Visionary Aircrafts esse é o objetivo nos próximos 18 meses. “O nosso modelo tem por base crescimento” e precisa de “mais capital para impulsionar a expansão”, diz ao ECO. Já a empresa WeTek, de software, está no TechShare para “adquirir conhecimento para avançar de forma informada na estrutura e poder administrativo”, mas admite que o IPO poderá estar nos planos dentro de dois a três anos.

Nos últimos anos, várias empresas tecnológicas nascidas em Portugal provaram ser altamente inovativas, capazes de alcançar uma presente internacional muito significativa, frequentemente com uma posição de liderança nos seus negócios e conseguindo angariar, com sucesso, capital junto de investidores internacionais. Mas a capacidade de abrir o capital em bolsa não é necessariamente uma questão de tamanho.

Camille Leca, chief operating officer da divisão de Listing Business da Euronext

Ambas consideram que a Euronext é o parceiro ideal para a entrada a bolsa, mas a tecnológica Polygon, especializada em serviços digitais, não exclui a hipótese de abrir o capital noutra geografia, tal como fez a Farfetch em Wall Street.

“O principal fator é sentirmos que a empresa estará preparada para fazer o IPO. Em termos de business plan não precisamos de o fazer até 2021, pelo que só depois, e considerando o crescimento internacional da empresa, equacionaremos a possibilidade, bem como o local ideal para o fazer”, conta. Além destas três empresas portuguesas, a lista de participantes nacionais no TechShare inclui também a telecom Celfinet e outras três empresas que preferiram não ser identificadas.

IPO de tecnológicas portuguesas?

Desde o lançamento, em 2015, já passaram pelo TechShare 280 empresas tecnológicas. Destas, quatro (todas elas francesas) fizeram IPO: a Osmozis em fevereiro de 2017, a Theranexus no outubro seguinte, a Balyo em junho desse ano e a Oxatis em abril de 2018. “Temos também a boa notícia de ter um quinto IPO a ser preparado por uma empresa do programa TechShare. É uma empresa holandesa chamada CM.com”, explica Camille Leca, chief operating officer da divisão de Listing Business da Euronext.

O grupo conta com 482 emitentes tecnológicas e acredita que poderá vir a reforçar a presença de empresas portuguesas do setor, sendo que atualmente as tecnológicas na bolsa de Lisboa são a Novabase, Glintt, Reditus e Sonaecom. “O número de empresas portuguesas participantes no TechShare tem vindo a crescer nos últimos anos e, ao longo do tempo, estas têm crescido em maturidade, revelando um interesse crescente no mercado de capitais“, diz Leca.

A COO lembra que há várias tecnológicas portuguesas a ganhar relevo e a conseguir captar cada vez maiores quantidades de capital junto de investidores internacionais. É o caso de Outsystems, Fedzai, Unbabel, Codacy ou Farfetch.

“A capacidade de abrir o capital não é necessariamente uma questão de tamanho. O capital angariado não tem de ser massivo, nem é preciso esperar anos antes de considerar entrar em bolsa“, sublinha Camille Leca, quando questionada sobre se as empresas portuguesas têm dimensão suficiente.

Enquanto os IPO têm sido limitados na bolsa de Lisboa (ainda não aconteceu nenhum este ano), tem sido a emissão de dívida a captar maior interesse. Por um lado, Filipa Franco vê a tendência como positiva já que tanto capital como dívida permitem “o reforço da sustentabilidade financeira das empresas”, alargamento das fontes de financiamento, redução do custo de financiamento e acréscimo de credibilidade.

Por outro, Camille Leca alerta que, no caso das tecnológicas, a emissão de obrigações poderá ser uma forma de financiamento limitada. “Quando falamos de inovação, a dívida dificilmente é uma opção sustentável e o reforço de capitais próprios (equity) é a melhor forma para evoluir“, acrescenta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Juiz Ivo Rosa fecha processo da Operação Marquês aos jornalistas

  • ECO
  • 5 Outubro 2019

O acesso aos autos do processo mudou, sendo agora necessário que os jornalistas façam um pedido prévio de consulta, por escrito, dirigido ao juiz de instrução, de cada vez que os quiserem consultar.

O juiz Ivo Rosa decidiu fechar o processo da Operação Marques, e tornou o acesso aos autos mais burocrático, principalmente para os jornalistas. Os profissionais terão que, a partir de agora, fazer um pedido prévio de consulta, por escrito, dirigido ao juiz de instrução, de cada vez que queiram consultar o processo.

Por sua vez, o juiz poderá deferir ou indeferir o pedido, sendo ele quem designa o dia e hora para consulta dos autos, adianta o Correio da Manhã (acesso condicionado). O despacho com esta decisão não foi ainda dado a conhecer às partes, defesas dos arguidos e Ministério Público.

Esta situação ocorre pela primeira vez, tanto no processo Marques, que tem José Sócrates como principal arguido, como noutro qualquer processo judicial. Os jornalistas que já tenham requerido a consulta dos autos podem dirigir-se às instalações do Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa, e solicitar os volumes sem qualquer constrangimento.

Foi já marcado, pelo juiz de instrução, o debate instrutório da Operação Marquês para o dia 27 de janeiro do próximo ano. “Considerando a complexidade do processo, a dimensão da acusação e dos requerimentos de abertura de instrução, as inúmeras questões jurídicas e o número de sujeitos processuais envolvidos é previsível que o debate se prolongue por mais de uma sessão”, refere o juiz num despacho, citado pelo diário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nobel: Casas de apostas “nomeiam” Greta, Papa, Trump e ACNUR para prémio da Paz

  • Lusa
  • 5 Outubro 2019

De acordo com as casas de apostas, a “favorita” para o Nobel da Paz é a ambientalista de 16 anos Greta Thunberg, que mobilizou milhões de jovens em todo o mundo para a defesa do ambiente.

A ambientalista sueca Greta Thunberg, o Papa Francisco, o Presidente norte-americano, Donald Trump, e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados são os principais candidatos ao Nobel da Paz deste ano, segundo as casas de apostas ‘online’.

Num ano com 301 candidatos — o quarto valor mais alto de sempre –, a lista de potenciais laureados com o Nobel da Paz conta com vários nomes reconhecidos internacionalmente entre as 223 pessoas nomeadas individualmente e as 78 organizações que concorrem a um dos mais cobiçados prémios do mundo.

De acordo com as casas de apostas, a “favorita” é a ambientalista de 16 anos Greta Thunberg, que mobilizou milhões de jovens em todo o mundo para a defesa do ambiente, tendo lançado, em setembro de 2018, uma “greve escolar” que deu origem ao movimento “Sextas-feiras pelo Futuro”.

O prémio poderá, no entanto, ir parar a outras mãos, até porque os especialistas continuam divididos sobre a existência da relação entre conflitos e mudanças climáticas.

“O que ela fez no ano passado é extraordinário”, disse no mês passado o diretor do Instituto Internacional de Investigação da Paz em Estocolmo, Dan Smith, lembrando que “as alterações climáticas são um problema intimamente ligado à segurança e à paz”.

Já o diretor do Instituto de Investigação para a Paz de Oslo, Henrik Urdal, considera que a atribuição do Nobel da Paz a Greta é “extremamente improvável”, argumentando que a ambientalista é muito jovem e que a relação entre aquecimento global e conflitos armados continua por provar.

A indicação da ativista foi feita pelo deputado norueguês Freddy André Øvstegård e recebeu apoio de vários países. “Propusemos o nome de Greta Thunberg porque se não fizermos nada para deter as alterações climáticas, [a situação] será causa de guerras, conflitos e refugiados”, disse Øvstegård.

Outro dos favoritos é, segundo as casas de apostas, o Papa Francisco, indicado todos os anos desde que assumiu o cargo sucedendo a Bento XVI, em 2013.

Donald Trump é outro dos nomes com muitas apostas, sendo também um dos mais polémicos. A sua indicação foi confirmada por si próprio, em fevereiro, tendo sido apresentada pelo primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, pela reabertura de negociações com a Coreia do Norte.

Entre os candidatos especula-se ainda que constem os nomes da chanceler alemã Angela Merkel, da organização Repórteres Sem Fronteiras, do Presidente francês, Emmanuel Mácron, do analista que revelou detalhes dos programas de vigilância dos Estados Unidos Edward Snowden, do fundador do portal WikiLeaks, Julian Assange, e do ex-primeiro-ministro grego Alexis Tsipras.

Em 2018, o Prémio Nobel da Paz foi atribuído a dois arautos da luta contra a violência sexual, o ginecologista congolês Denis Mukwege e a ativista yazidi Yazidie Nadia Murad.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Da paz à economia. Os euros e a história dos Prémios Nobel

  • Lusa
  • 5 Outubro 2019

Os prémios Nobel começam a ser anunciados na segunda-feira, cumprindo um desejo que o inventor da dinamite deixou em testamento, em 1895.

Os prémios Nobel nasceram da vontade do cientista e industrial sueco Alfred Nobel (1833-1896) em legar grande parte de sua fortuna a pessoas que trabalhem por “um mundo melhor”.

O prestígio internacional dos prémios Nobel deve-se, em grande parte, às quantias atribuídas, que atualmente chegam aos nove milhões de coroas suecas (cerca de 830.000 euros).

Alfred Nobel determinou a sua vontade num testamento feito em Paris, em 1895, um ano antes de sua morte.

Segundo os termos do testamento, cerca de 31,5 milhões de coroas suecas, o equivalente a 2,2 mil milhões de coroas na atualidade (203 milhões de euros), foram alocados a uma espécie de fundo cujos juros deviam ser redistribuídos anualmente “àqueles que, durante o ano, tenham prestado os maiores serviços à humanidade”.

O testamento previa que os juros do capital investido fossem distribuídos ao autor da descoberta ou invenção mais importante do ano no campo da Física, da Química, da Fisiologia ou Medicina, e da obra de Literatura de inspiração idealista que mais se tenha destacado. Uma última parte seria atribuída à personalidade que mais ou melhor contribuísse para “a aproximação dos povos”.

O testamento não designava, no entanto, o destino da própria fortuna e assim que foi lido, em janeiro de 1897, foi contestado por membros da família Nobel.

Além disso, embora determinasse os diferentes comités que atribuíram os prémios – a Academia Sueca de Literatura, o Instituto Karolinska de Medicina, a Academia Real Sueca de Ciências de Física e Química e um comité de cinco membros eleito especialmente pelo parlamento norueguês para escolher o prémio da Paz – não explicava os procedimentos a seguir.

Por isso, passaram-se mais de três anos até estas questões serem resolvidas, com a criação da Fundação do Nobel para administrar o capital.

A Fundação Nobel indica, no seu relatório anual de atividades de 2017 – o último disponível – ter tido um lucro de 4,5 mil milhões de coroas suecas (415 milhões de euros), conseguido através do investimento em produtos financeiros de alto rendimento, mas “eticamente responsáveis”.

Em 1968, por ocasião do seu tricentenário, o banco central sueco (Riksbank), o mais antigo do mundo, instituiu um prémio para Ciências Económicas em memória de Alfred Nobel, disponibilizando à Fundação Nobel uma soma anual equivalente ao valor dos outros prémios.

Até hoje, muitos cientistas continuam a questionar-se sobre a razão para não existir um prémio dedicado à Matemática e várias teorias foram já desenvolvidas.

Na década de 1980, os investigadores adotaram a ideia de que Alfred Nobel terá querido vingar-se do amante de uma das suas amantes, o matemático Gösta Mittag-Leffler, mas a explicação poderá ser muito menos passional: em 1895, quando Nobel escreveu o seu testamento, já havia, na Suécia, um prémio para feitos da Matemática.

Entre 1901 e 2018, foram atribuídos 590 prémios Nobel, distribuídos por 904 pessoas e 24 organizações (alguns dos quais receberam mais do que uma vez).

O primeiro anúncio deste ano acontece na segunda-feira de manhã, com a atribuição do Nobel da Medicina, a que se segue, no dia seguinte, o da Física e, na quarta-feira, o da Química. Na quinta-feira, dia 10, serão atribuídos os Nobel da Literatura de 2018 e 2019 e na sexta-feira será conhecido o nome do novo Nobel da Paz. O último anúncio será feito no dia 14 de outubro e determinará o vencedor do Nobel da Economia.

Este ano, serão atribuídos dois Nobel da Literatura (relativos a 2018 e 2019), depois de, no ano passado, ter sido suspenso devido a um escândalo de abusos sexuais e crimes financeiros, que afetou a Academia de Estocolmo.

A cerimónia de atribuição acontece anualmente a 10 de dezembro, data de aniversário da morte do seu mentor.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

SEF apanhou 773 patrões a usar imigrantes ilegais nas suas empresas

  • ECO
  • 5 Outubro 2019

A agricultura, a hotelaria e a restauração são os setores que mais recorrem à mão-de-obra ilegal. No ano passado foram aplicadas 301 coimas pelo SEF, 237 este ano.

O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) identificou 773 patrões a usar imigrantes ilegais, entre janeiro de 2018 e julho de 2019. Só neste ano foram encontradas 339 empresas nesta situação. A agricultura, a hotelaria e a restauração são os setores que mais recorrem à mão-de-obra ilegal.

Quando são encontrados estes casos, as entidades patronais têm de demonstrar que os trabalhadores estão em vias de legalização. Mas a maioria dos patrões não tinha essa intenção, segundo escreve o Diário de Notícias (acesso pago). As ações são muitas vezes acompanhadas pela polícia e pela Autoridade das Condições de Trabalho.

No ano passado foram aplicadas 301 coimas pelo SEF, e 237 este ano. Nos outros casos, os processos estão em instrução, foram arquivados, desconhece-se o paradeiro do infrator ou estão a pagar em prestações.

As coimas variam entre 200 e 10 mil euros, se utilizar quatro cidadãos ilegais. Os valores vão aumentando consoante o número de imigrantes sem papéis empregados. O valor máximo é de 90 mil euros, para quem tiver mais de 50 estrangeiros ilegais na empresa. O imigrante é notificado para abandonar voluntariamente o território nacional em até 20 dias, sendo que se não o fizer está sujeito a coimas e expulsão.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comporta Perfumes com frasco exclusivo da Vista Alegre

Dois anos depois do lançamento dos Comporta Perfumes, o novo frasco é agora reinterpretado pela Vista Alegre e inspira-se no cais Palafítico.

Há um novo mundo da perfumaria e com marca nacional. Nascida há dois anos, a Comporta Perfumes é toda uma experiência olfativa e sensorial, que recria vivências precisamente do destino Comporta, um lugar especial e “trendy”, na opinião do fundador da marca Pedro Simões Dias, que quis posicionar a marca no território do luxo e das tendências internacionais.

“Em Portugal, marcas destinadas ao segmento de luxo são muito poucas e a Comporta, enquanto região, vai ser a mais relevante marca portuguesa em termos internacionais. Claro que temos alguns vinhos já relevantes, temos a Vista Alegre, alguns arquitetos e marcas de mobiliário que são referência. Mas do ponto de vista de expressividade e notoriedade, para aquele segmento, não será o Douro, nem o Alentejo, nem Lisboa, nem nenhum chef ou marca de vinhos. No mercado do luxo, em termos de referências mundiais, temos, na área do consumo, a Farfetch (que, enfim, não podemos dizer que seja uma marca portuguesa) e haverá, se já não é, a Comporta. Bastava contactar com algumas pessoas em diversos países e analisar a media espontânea internacional, para isso ser intuível, e a compra da Comporta pelo consórcio Berda/Amorim vai ainda consolidar e acelerar esse percurso”, explica o fundador.

A mais recente aposta e investimento trata-se de uma parceria com a Vista Alegre, que criou e produziu um frasco exclusivo, trabalhado ao longo de vários meses pela equipa de designers da marca, chefiada pelo designer Hugo Amado. Como inspiração tiveram a paisagem do Cais Palafítico da Carrasqueira, um entorno de construções de madeira, sendo que, em cada frasco, se encontra a verticalidade dos paus que sustentam o cais. Segundo Pedro Simões Dias, “são poucas as marcas de perfumaria que conseguem criar um frasco que seja, ele próprio, uma representação dos valores da própria marca”. Um desafio que levou a Vista Alegre a compreender o ADN da Comporta Perfumes, “após conversas com o Pedro, visualização do sítio da marca e outras pesquisas relativas à própria zona da Comporta, as suas características e lifestyle, comecei a esboçar ideias. As primeiras ideias que trabalhei foram inspiradas pelas vedações de canas que os veraneantes constroem para se protegerem do vento nas praias selvagens” explica Hugo Amado, Senior Designer Crystal&Glass da Vista Alegre.

Perfumes de nicho, que se diferenciam por serem “criados com óleos essenciais muito raros, com grandes concentrações, com diversos prismas olfativos, que vivem de forma diferente ao longo do dia” e que são desenvolvidos com quatro perfumistas internacionais como conta Pedro Simões Dias: “Trabalhamos com quatro perfumistas internacionais: Luca Maffei, a rising star na perfumaria mundial de luxo; Stéphanie Bakouche, aquela que criou o perfume de que mais gosto de toda a minha coleção de centenas (e agora criou para os Comporta o que está quase logo a seguir); Beatrice Aguilar, em minha opinião com a Patricia Nicolai, a mais elegante perfumista da atualidade; e o Daniel Josier, um senhor da perfumaria de outros tempos”.

Nos planos futuros da marca está a vontade de crescer noutros segmentos, como na “área do ambiente e dos perfumes em óleo e em pomada”. Diversificação e um processo de comercialização da marca “território a território” é a estratégia, como acrescenta o fundador: “Começámos em Portugal e Espanha exatamente ao mesmo tempo. Em Portugal, entre outros, estamos na perfumaria de referência, a Skinlife, mas também na Loja das Meias e uma concept store que adoro a 21PR, ou em hotéis como o Sublime ou o Vila Vita. No estrangeiro, temos a maior implementação: em Madrid estamos em todas as perfumarias de nicho (somo a única marca a consegui-lo), em Barcelona, em Paris, Berlim, Abu Dhabi, etc.”

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Multas por falar ao telemóvel a conduzir vão custar o dobro

  • ECO
  • 5 Outubro 2019

O Governo tem uma proposta que duplica o valor das multas a pagar por conduzir a falar ao telemóvel, e que prevê também um aumento no número de pontos a perder na carta, noticia o Público.

O valor das multas aos condutores apanhados a conduzir e falar ao telemóvel poderá duplicar, com a nova proposta do Governo. Atualmente, o código da estrada prevê coimas entre os 120 e 600 euros, mas o Executivo tem uma proposta de decreto-lei, em circuito legislativo, que fixa as coimas entre os 250 e 1.250 euros.

Para além de aumentar as coimas, a proposta prevê também subir o número de pontos a perder na carta de condução, de dois para três, adianta o Público (acesso condicionado). No documento, tendo em vista promover a segurança rodoviária e diminuir a sinistralidade, conclui-se que se “impõe proceder a algumas alterações ao código da estrada, bem como a legislação complementar”.

A proposta de decreto-lei, que aguarda agendamento para ir a Conselho de Ministros, não altera o número 1 do artigo 84.º, que dita que “é proibida ao condutor, durante a marcha do veículo, a utilização ou o manuseamento de forma continuada de qualquer tipo de equipamento ou aparelho suscetível de prejudicar a condução, designadamente auscultadores sonoros e aparelhos radiotelefónicos”.

No documento determina-se ainda que os condutores de trator ou máquina agrícola ou florestal têm de “assegurar-se de que a estrutura de proteção em caso de capotagem se encontra instalada”, e que os condutores de veículos em missão urgente de socorro e em missão de urgência de interesse público passam a beneficiar das mesmas regras aplicadas às forças de segurança quando estão em missão, evitando a aplicação de multas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sindicatos esperam hoje milhares de professores na rua para celebrar a profissão

  • Lusa
  • 5 Outubro 2019

Os sindicatos esperam hoje milhares de professores a descer a Avenida da Liberdade até ao Rossio, em Lisboa, numa manifestação que vai terminar sem discursos.

A data coincide com o dia de reflexão para as eleições legislativas que decorrem no domingo, 06 de outubro, e leva a organização do desfile a estar mais atenta a cartazes e palavras de ordem que possam ser ditos e exibidos durante o percurso, mas não mais do que isso, até porque, como frisaram os dirigentes sindicais, as manifestações de professores não são habitualmente palco de campanha eleitoral ou apelo direto ao voto em candidatos.

A concentração está marcada para as 14:30, no Marquês de Pombal, de onde os professores seguem até ao Rossio, descendo a Avenida da Liberdade e passando pelos Restauradores.

No final não haverá discursos, apenas breves saudações aos professores dirigidas, nomeadamente, pelos dois secretários-gerais das duas federações de professores, Mário Nogueira, da Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e João Dias da Silva, da Federação Nacional de Educação (FNE).

Sob o lema do rejuvenescimento e valorização da profissão docente, os sindicatos aproveitam o momento para marcar algumas das suas principais reivindicações que farão parte do caderno reivindicativo a apresentar ao próximo Governo, como um regime especial de aposentação, a revisão dos horários de trabalho, o combate à precariedade ou a recuperação integral do tempo de serviço congelado, um tema que as estruturas sindicais não dão por encerrado, apesar da votação de maio no parlamento, que negou a recuperação dos nove anos, quatro meses e dois dias exigidos pelos professores.

A manifestação é convocada não só pelas duas federações de professores, mas também por outros oito sindicatos mais pequenos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.