Huawei vai continuar a promover de “forma ativa” o 5G em Portugal

  • Lusa
  • 21 Junho 2019

O objetivo da Huawei é continuar a promover a tecnologia 5G em Portugal de forma "ativa". Em 2018, a Altice e a Huawei assinaram um acordo para o desenvolvimento da tecnologia no mercado nacional.

O diretor comercial da área de consumo da Huawei Portugal, Tiago Flores, disse esta sexta-feira, em entrevista à Lusa, que a multinacional vai continuar a promover a tecnologia 5G em Portugal de “forma ativa”.

Tiago Flores falava à Lusa depois da Huawei ter publicado, na quinta-feira à noite, o seu compromisso para com os consumidores, os quais, refere no ‘site’, estão “em primeiro lugar, independentemente dos desafios que enfrenta”.

Só em Portugal, de acordo com o responsável, foram registadas “40 mil interações de consumidores através das redes sociais desde ontem [quinta-feira] à noite” e o impacto “foi muito positivo”.

A empresa tem sido alvo de restrições da parte dos Estados Unidos, sendo que em maio último o Presidente norte-americano emitiu uma ordem executiva a proibir empresas do país de usarem equipamentos de telecomunicações de empresas estrangeiras consideradas de risco, uma medida que visa a China e a Huawei.

Esta pressão sobre a Huawei tem vindo a aumentar de tom, nomeadamente devido ao lançamento do 5G.

“Durante o decorrer deste ano vamos continuar de forma ativa a promover a demonstração do 5G ao consumidor final e ao setor empresarial”, disse Tiago Flores, referindo que, apesar de Portugal ainda não ter a tecnologia, a Huawei vai ter um equipamento de quinta geração móvel para realizar as demonstrações.

Em dezembro de 2018, no âmbito de uma visita do Presidente chinês, Xi Jinping, a Portugal, foi assinado entre a Altice e a empresa chinesa um acordo para o desenvolvimento da tecnologia 5G no mercado português.

“Em Portugal já fizemos as primeiras ‘demos'” com a tecnologia, nomeadamente com a Altice e a NOS, prosseguiu.

Na semana passada, a RTP fez a primeira transmissão em direto com tecnologia 5G em parceria com a Altice e Huawei.

O responsável pela área de consumo da Huawei Portugal salientou que desde 2009 os investimentos do grupo chinês no 5G em termos de investigação e desenvolvimento ronda os cerca de 2.000 milhões de dólares (cerca de 1.772 milhões de euros, à taxa de câmbio atual).

Além disso, a tecnológica chinesa tem já “46 contratos 5G” com os principais operadores a nível global e “100 mil estações base de 5G no mundo”.

A título de exemplo, Tiago Flores apontou que na Ásia a Huawei já está “em ecossistema 5G”, nomeadamente com o primeiro hotel inteligente na China, estações de comboios a operar em 5G, bem como a realização da primeira demonstração de cirurgia remota através desta tecnologia.

Apesar das restrições que a Huawei enfrenta, “estamos muito confiantes” no futuro, salientou.

“Somos reconhecidos como a melhor tecnologia de 5G e vamos reforçar o investimento para entregar a melhor experiência” aos consumidores e às empresas.

A empresa, na informação disponibilizada na quinta-feira à noite no seu ‘site’, garante que “todos os ‘smartphones’ e ‘tablets’ da Huawei vão continuar a receber ‘patches’ de segurança e atualizações do Android” e que “os consumidores que já tenham comprado, ou estejam prestes a comprar um ‘smartphone’ Huawei, podem continuar, como sempre, a aceder ao mundo das aplicações”.

A tecnológica salienta que “todos os dispositivos estão cobertos pela garantia Huawei e terão acesso a todos os seus serviços de garantia”, bem como os dispositivos da marca mais conhecidos e atuais, “incluindo a série Huawei P30, terão acesso ao Android Q”.

Tiago Flores adiantou que a Huawei já lançou a versão beta para o Android Q (sistema operativo).

Além disso, a marca disponibilizou um conjunto de perguntas e respostas para esclarecer os consumidores.

“Temos já 17 equipamentos preparados e com privilégios de atualização do próximo Android”, sublinhou o responsável, adiantando que a marca continua a trabalhar com a Google e com a Microsoft.

Em Portugal, “temos tido um grande sentimento positivo em relação à Huawei”, apontou.

“Os consumidores em Portugal estão muito positivos à situação da Huawei e dão-nos toda a confiança para continuar a reforçar a posição”, concluiu.

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Governo retira a utilidade turística à Herdade da Comporta

  • Lusa
  • 21 Junho 2019

O Governo revogou a utilidade turística do hotel e spa da Herdade da Comporta, o Comporta Dunes Hotel & Spa. Despacho foi publicado esta sexta-feira em Diário da República.

O Governo revogou a utilidade turística do hotel e spa da Herdade da Comporta, o Comporta Dunes Hotel & Spa, que há cinco anos o executivo classificou como o primeiro grande projeto turístico do pós-crise em Portugal.

No despacho publicado esta sexta-feira em Diário da República, assinado no final de maio pela secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, a decisão é justificada com o parecer do Turismo de Portugal, “que considera ser de revogar a utilidade turística atribuída a título prévio” ao Comporta Dunes Hotel & Spa, com a classificação projetada de 5 estrelas, a instalar em Grândola.

A decisão é “revogar a utilidade turística atribuída a título prévio, em 02 de janeiro de 2014, ao Comporta Dunes Hotel & Spa, pelos fundamentos invocados nas informações de serviço (…), de 14 de janeiro de 2019, do Turismo de Portugal, e respetivos despachos, que aqui dou por integralmente reproduzidos”, afirma Ana Mendes Godinho no diploma.

A Herdade da Comporta é uma empresa participada da Rioforte, sociedade do antigo Grupo Espírito Santo, sendo dona da maioria (59%) da Herdade da Comporta.

Em abril de 2013, ano em que o executivo atribuiu a utilidade turística ao empreendimento, na cerimónia de assinatura do contrato de investimento entre a Herdade da Comporta e a Agência para o Investimento e o Comércio Externo de Portugal(AICEP), o ministro da Economia na altura, Álvaro Santos Pereira, classificou o empreendimento da Comporta Dunes Hotéis e Golfe como “o primeiro grande investimento do pós-crise” em Portugal.

O empreendimento incluía um hotel, Spa e 36 moradias, e ainda um campo de golfe, e pretendia transformar a região da costa alentejana num novo destino turístico europeu de referência, com um investimento de 92 milhões de euros, entre 2013 e 2015, dos quais 16,4 milhões a financiar através de fundos comunitários do QREN.

A venda da propriedade foi lançada no início de 2018 pela Gesfimo – Sociedade Gestora, depois de várias manifestações de interesse terem sido apresentadas pelo ativo, detido pelo Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado Herdade da Comporta (FEIIF-HdC).

O consórcio Amorim/Vanguard foi o único a entregar uma proposta à compra da Herdade da Comporta, no dia 20 de setembro, depois de o outro interessado, a aliança Victor de Broglie e Global Asset Capital (GAC), ter acabado por decidir não avançar.

Mas a venda da Comporta não é justificação para a retirada da utilidade turística a um empreendimento, uma vez que o Turismo de Portugal, na sua página de internet, informa que, além do cumprimento dos condicionamentos fixados no despacho de atribuição e das obrigações legais estabelecidas para o tipo de empreendimento em causa e na legislação fiscal aplicável, “no caso de se verificar a substituição da empresa proprietária ou exploradora do empreendimento a que tenha sido atribuída a utilidade turística deve essa substituição ser comunicada ao Turismo de Portugal”, no prazo de dois meses a contar da verificação de tal facto.

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“Um terço dos telefones vendidos em Portugal são Huawei”, diz diretor comercial

  • Lusa
  • 21 Junho 2019

Diretor comercial da Huawei Portugal garante que, apesar de um ligeiramente abrandamento inicial, as vendas em Portugal não foram atingidas pela decisão de Trump de bloquear a marca.

O diretor comercial da área de consumo da Huawei Portugal, Tiago Flores, disse esta sexta-feira à Lusa que “um terço dos telefones vendidos em Portugal” são da fabricante chinesa, tendo registado um aumento de 25% das vendas registadas entre janeiro e junho.

“O primeiro semestre foi bastante positivo” para a venda de telemóveis da Huawei em Portugal, afirmou Tiago Flores. “Continuamos a crescer acima do mercado”, prosseguiu, apontando que o crescimento “ronda os 25%” nos primeiros seis meses deste ano, face a igual período do ano passado.

“Claramente um terço dos telefones vendidos em Portugal são Huawei”, salientou, apontando que a tecnológica chinesa reforçou a sua posição no mercado português “com a ajuda de mais portefólio e de equipamentos”.

De acordo com o responsável da área de consumo da Huawei Portugal, os portugueses mantêm a “confiança” na marca, apesar das restrições de que a multinacional tem sido alvo por parte dos Estados Unidos.

No mês passado, o Presidente norte-americano, Donald Trump, emitiu uma ordem executiva a proibir empresas do país de usarem equipamentos de telecomunicações de empresas estrangeiras consideradas de risco, uma medida que visa a China e a Huawei.

“Claramente este tema internacional veio colocar dúvidas aos consumidores numa primeira fase“, salientou Tiago Flores, apontando que aquilo que a Huawei fez logo de imediato em Portugal foi “comunicar com todos os parceiros” e dar-lhes a “informação correta desse mesmo impacto”.

Tiago Flores admitiu que os consumidores têm “muitas questões” sobre o impacto, nomeadamente sobre a atualização de aplicações nos seus telemóveis, mas a Huawei garante que não haverá qualquer impacto.

O responsável referiu ainda que, após o anúncio dos Estados Unidos relativamente à Huawei, assistiu-se em Portugal a um adiamento do processo de compra dos ‘smartphones’ da marca, mas esta situação já está invertida.

“Até final deste mês estaremos ao nível de ‘performance’ antes deste tema ter acontecido”, disse. “Mantém-se tudo na mesma, todas as aplicações [que estão nos telemóveis da Huawei] vão continuar”, garantiu Tiago Flores.

“Os consumidores podem estar perfeitamente descansados que todas as aplicações, inclusive da Google, vão continuar a funcionar nos seus telefones”, bem como todos os aspetos de segurança do sistema operativo Android, reiterou.

Este compromisso da marca que os consumidores não terão impacto também é alargado aos ‘tablets’ e computadores da Huawei.

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Trabalho em part-time em Portugal abaixo da média europeia

A percentagem de trabalhos temporários na União Europeia passou de 13,4% em 2017 para 19% em 2018. Em Portugal, a percentagem de trabalho em part-time (7,8%) fica abaixo da média europeia.

Encontrar um trabalho em regime full-time nos dias de hoje é cada vez mais difícil. Segundo os dados divulgados, esta sexta-feira, pelo Eurostat, a percentagem de trabalhos temporários na União Europeia passou de 13,4% em 2017 para 19% em 2018.

Em Portugal, a percentagem de trabalho a tempo parcial (7,8%) fica abaixo da média europeia. Depois de se ter atingido os 11% em 2012 — o máximo nacional desde 2002 — a tendência tem sido a redução dos empregos part-time.

A nível europeu, em 2005 a percentagem de trabalhadores em regime de part-time foi de 17% e tem vindo a aumentar gradualmente. Em 2010 e 2012 a taxa chegou aos 18% e 19% respetivamente.

Quanto à variação por Estado-membro, Holanda (47%), Áustria (28%), Alemanha (27%), Bélgica (24%) e o Reino Unido (23%) foram os países onde mais pessoas encontraram trabalho a tempo parcial. Por outro lado, os países com menos trabalho em regime de part-time foram a Bulgária (2%), Hungria (4%) e Croácia (5%).

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Tensões entre EUA e Irão pressionam Wall Street. Petróleo avança

As principais praças norte-americanas abriram esta sexta-feira em queda após Trump ter planeado um ataque contra o Irão. Wall Street inverteu a tendência de entusiasmo que tinha chegado com a Fed.

O Presidente norte-americano aprovou um ataque militar contra o Irão em resposta ao abate de um drone dos Estados Unidos por forças iranianas. Ainda que Donald Trump tenha acabado por recuar, as tensões entre os dois países estão a penalizar Wall Street, onde as principais praças norte-americanas abriram em queda.

Trump tinha inicialmente aprovado ataques a uma série de alvos iranianos (como radares e baterias de mísseis), tendo sido entretanto iniciada a preparação dessas operações. Segundo o Wall Street Journal, os aviões e os barcos estavam a postos, aguardando apenas a ordem final para atacar. Essa ordem acabou, contudo, por não chegar e Trump usou o Twitter para explicar que quis evitar a morte de civis.

Após a escalada de tensão entre os dois países, o petróleo segue em alta nos mercados internacionais. O crude WTI negociado em Nova Iorque valoriza 0,46% para 57,33 dólares por barril, enquanto o brent negociado em Londres sobe 0,90% para 65,03 dólares por barril.

Em sentido contrário, as ações norte-americanas desvalorizam. O índice industrial Dow Jones abriu a recuar 0,03% para 26.746,05 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 desliza 0,02% para 2.953,50 pontos. Já o tecnológico Nasdaq perde 0,29% para 8.028,01 pontos.

O mercado acionista nos EUA inverteu assim a tendência das últimas sessões. A Reserva Federal norte-americana sinalizou que poderá cortar a taxa de juro de referência em 0,5 pontos percentuais e o mercado antecipa agora que haja três cortes ainda este ano. Graças às declarações, o S&P 500 a fechar na última sessão em máximos históricos.

“Quando se olha para a magnitude de movimentos que se têm registado num curto espaço de tempo, especialmente esta semana, não é surpreendente ver os mercados em baixa hoje”, disse Art Hogan, chief market strategist da National Securities, à Reuters. “Aproxima-se agora a reunião do G20, que poderá ser importante para o sentimento bullish ou bearish. Não é fora do comum que os investidores façam uma pausa”.

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Retaliação dos EUA contra o Irão provocaria a morte de 150 pessoas e seria “desproporcional”, explica Trump

Retaliação ia fazer 150 mortos entre os iranianos. Donald Trump cancelou o ataque 10 minutos antes porque se tratar de uma resposta "desproporcional" ao abate de um drone pelas forças do Irão.

Donald Trump aprovou ataques contra o Irão pelo abate de um drone americano não tripulado na noite de quinta-feira, mas cancelou a ofensiva militar dez minutos antes de ir para o terreno, por considerar que seria uma resposta “desproporcional” dado que iria vitimar 150 pessoas.

“Na segunda-feira, eles [o Irão] abateram um drone que sobrevoava águas internacionais. Fomos preparando uma retaliação na última noite tendo em vista três alvos quando eu perguntei quantas pessoas iriam morrer. 150, senhor, foi a resposta de um general. 10 minutos antes do ataque eu cancelei-o, não era proporcional ao abate do drone”, escreveu esta sexta-feira o presidente americano no seu Twitter, já depois de o New York Times ter avançado com a notícia de que Trump “abruptamente” cancelou uma ofensiva militar que estava a ser preparada.

Os aviões já estavam no ar e os navios militares em posição para o ataque, mas nenhum míssil foi disparado quando os oficiais receberam as indicações da Casa Branca para abortar a ofensiva que tinha como alvo posições militares dos iranianos, segundo adiantou uma fonte ao jornal americano.

Este ataque foi planeado em resposta à destruição de um drone norte-americano de 130 milhões de dólares pelas forças iranianas, na quinta-feira.

Em reação, Donald Trump chegou mesmo a escrever no Twitter que “o Irão [tinha] cometido um grave erro” e terá aprovado o tal ataque aos radares e mísseis iranianos, que deveria acontecer na madrugada desta sexta-feira, mas acabou por não avançar.

Esta sexta-feira, confirmando o cancelamento do ataque, Trump não deixou de avisar o Irão de que tem a “melhor força militar do mundo” preparada para qualquer ofensiva.

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Morais Leitão assessora Fundação Calouste Gulbenkian na venda da Partex

A sociedade de advogados esteve envolvida durante todo o processo da operação, que está avaliada em 554,6 milhões de euros.

A Morais Leitão assessorou a Fundação Calouste Gulbenkian na venda da Partex à PTT Exploration and Production (PTTEP), empresa pública tailandesa de exploração e produção de petróleo, numa operação avaliada em 554,6 milhões de euros. A Partex detém participações minoritárias em projetos de gás e petróleo em Abu Dhabi, Omã, Cazaquistão, Angola e Brasil.

A sociedade de advogados esteve envolvida no processo de venda ao longo de mais de dois anos, na primeira fase nas negociações com o Grupo Chinês CEFC, e, após o fracasso destas negociações, em todo o processo competitivo que culminou agora no acordo com a PTTEP.

A operação contou com a assessoria dos advogados António Lobo Xavier, Tomás Vaz Pinto e Inês Pinto Leite.

Neste processo de venda à PTTEP, a Fundação Calouste Gulbenkian contou com a Jefferies International Limited como assessores financeiros e, além da Morais Leitão, com a Linklaters (escritório de Londres) como assessores legais.

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Dez pessoas julgadas no processo que investiga responsabilidades pelo fogo de Pedrogão Grande

  • Lusa
  • 21 Junho 2019

Entre os que seguem para julgamento estão os autarcas de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande em funções à data dos factos: Fernando Lopes, Jorge Abreu e Valdemar Alves.

Dez pessoas vão ser julgadas no processo que investiga as responsabilidades no incêndio de 2017 com início em Pedrógão Grande, que provocou 66 mortos, disse esta sexta-feira à agência Lusa fonte judicial.

Dos 13 arguidos do processo, seguem para julgamento os presidentes dos municípios de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande em funções à data dos factos: Fernando Lopes, Jorge Abreu e Valdemar Alves, respetivamente.

Na sequência do debate instrutório, o tribunal decidiu ainda levar a julgamento a então engenheira florestal no município de Pedrógão Grande Margarida Gonçalves; o comandante dos Bombeiros Voluntários de Pedrógão Grande, Augusto Arnaut; o subdiretor da área comercial da EDP José Geria; o subdiretor da área de manutenção do Centro da mesma empresa, Casimiro Pedro; e três arguidos com cargos na Ascendi Pinhal Interior: José Revés, António Berardinelli e Rogério Mota.

O comandante distrital de operações de socorro de Leiria à data dos factos, Sérgio Gomes, o segundo comandante distrital, Mário Cerol, e José Graça, então vice-presidente do município de Pedrógão Grande, ficam de fora do julgamento.

A decisão sobre este processo esteve para ser tomada em meados de maio, mas “alterações não substanciais aos factos” obrigaram o tribunal a dar um prazo para que a defesa dos arguidos António Ugo Berardinelli, José Revés e Rogério Mota se pronunciasse.

Em causa está a queda de um pinheiro na estrada onde morreu a maioria das pessoas, “parando, desviando ao sentido contrário, ou, pelo menos, dificultando a marcha de quem passasse”.

O incêndio de Pedrógão Grande deu origem a um outro inquérito, que investiga alegadas irregularidades no apoio à reconstrução de casas que arderam no fogo, em 2017, e que tem 43 arguidos, anunciou a Procuradoria-Geral da República (PGR), no dia 07 de junho.

O incêndio que deflagrou em 17 de junho de 2017, em Escalos Fundeiros, concelho de Pedrógão Grande, e que alastrou depois a concelhos vizinhos, provocou 66 mortos e 253 feridos, sete deles com gravidade, tendo destruído cerca de 500 casas, 261 das quais eram habitações permanentes, e 50 empresas.

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Costa destaca avanços na aprovação do instrumento orçamental da zona euro

Para o primeiro-ministro, a introdução de um instrumento orçamental da zona euro vai permitir responder às recomendações de Bruxelas e investir nas áreas necessárias.

O primeiro-ministro, António Costa, destacou esta sexta-feira como um momento “particularmente saboroso” do encontro do Conselho Europeu a aprovação das linhas gerais do orçamento para a zona euro. Apesar de sublinhar a importância deste instrumento para cumprir as recomendações europeias, admite o desejo de um “maior envelope financeiro”.

Costa sublinhou o “acolhimento favorável ao conjunto do trabalho desenvolvido pelo Eurogrupo, quer para concluir a reforma do mecanismo europeu como para avançar com aquela que tem sido a grande batalha, que é a construção do instrumento orçamental para a zona euro”, em declarações à saída da cimeira, transmitidas pela RTP 3.

O instrumento, que terá como destino o investimento e as reformas, terá por “base a dotação orçamental que já constava na proposta da Comissão”, da qual 17 mil milhões de euros são destinados a países da zona euro. “Todos desejaríamos que o instrumento orçamental pudesse crescer com maior envelope financeiro, mas mais importante é começarmos a fazer caminho”, ressalvou o primeiro-ministro.

Por decidir ficaram pormenores como a distribuição das verbas pelos países. “O calendário ficou afixado”, disse Costa, que espera que “haja acordo rápido sobre a chave de repartição de forma a que no quadro de aprovação fique totalmente esclarecido”.

Para o líder do Executivo, este instrumento vem “completar mecanismos que já temos, na politica de coesão ou agrícola, para poder financiar investimentos que Portugal tem de fazer”, nomeadamente para “corrigir e ultrapassar o atraso face a Europa”, bem como dar resposta às recomendações de Bruxelas.

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A manhã num minuto

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Companhias internacionais de aviação deixam de sobrevoar o Golfo Pérsico

  • Lusa e ECO
  • 21 Junho 2019

Devido ao abate de um drone norte-americano por forças iranianas, os EUA interditaram os voos das companhias aéreas na zona do Irão. Trump qualificou de "grande erro o derrube do aparelho".

Os Estados Unidos interditaram esta sexta-feira os voos das companhias aéreas norte-americanas na zona onde o Irão abateu um aparelho não tripulado (drone), uma decisão que foi também anunciada de seguida por várias companhias aéreas internacionais.

Além das companhias dos Estados Unidos, a holandesa KLM, a alemã Lufthansa, a britânica BritishAirways, a australiana Qantas, e a Etihad de Abu Dabi foram as companhias que, até ao momento, tomaram a mesma decisão.

De acordo com a Administração Aeronáutica Federal (FAA, na sigla inglesa) dos Estados Unidos, o espaço aéreo do Irão assim como a zona entre o Golfo Pérsico e o Estreito de Ormuz ficam interditadas às ligações norte-americanas, “até nova ordem”.

A restrição é justificada pelo organismo com o “aumento das atividades militares e da tensão política na região”, que representa um risco para as operações da aviação civil norte-americana.

Fonte da FAA acrescenta que se pode vir a verificar um erro de “identificação” dos aviões civis na região, referindo-se diretamente ao abate do aparelho militar não tripulado pelo Irão.

Teerão diz ter recolhido os destroços que provam que o drone é norte-americano, mas o presidente dos Estados Unidos qualificou de “grande erro” o derrube do aparelho, enquanto a Casa Branca se escusou a fazer mais comentários sobre o incidente.

Depois do anúncio da instituição que regula a aviação civil norte-americana, a KLM anunciou que os voos da companhia holandesa vão evitar sobrevoar o Estreito de Ormuz “por motivos de segurança”: na sequência do derrube do avião não tripulado.

Um especialista aeronáutico holandês, Joris Melkert, disse à estação de televisão NOS que “se outras companhias seguirem as medidas da KLM” vão sentir-se consequência nas ligações entre a Europa e a Ásia porque vai ser preciso escolher uma “rota diferente que vai tornar o trajeto mais longo” obrigando os aparelhos a usarem mais combustível.

Nas últimas horas outras companhias internacionais anunciaram também que vão evitar a rota sobre a zona de Ormuz.

A companhia alemã Lufthansa disse que vai suprimir os voos com rota sobre Ormuz e Golfo Pérsico, mas que vai manter as ligações com a capital do Irão.

A empresa Etihad, de Abu Dabi informou que depois do incidente vai aplicar um “plano de contingência” que prevê evitar o espaço aéreo iraniano no Golfo Pérsico e Ormuz.

A australiana Qantas anunciou também que vai definir novas rotas para não sobrevoar a mesma zona assim como a British Airways que vai tomar as mesmas medidas.

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Governo reitera que “não vão encerrar maternidades em Lisboa”

  • Lusa
  • 21 Junho 2019

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde garantiu ainda que "as grávidas estão seguras" e assegurou que o que está a ser estudado é o encaminhamento de grávidas pelo INEM durante o verão.

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, salientou esta sexta-feira, no parlamento, que não está previsto o encerramento de maternidades em Lisboa e apontou que está a ser estudado o encaminhamento de grávidas pelo INEM no verão.

“Não vão encerrar maternidades em Lisboa nos próximos meses. O que está a ser estudado pela Administração Regional de Saúde, em colaboração com esses quatro hospitais, é a forma como, ao longo destes meses de verão, o INEM vai encaminhar as grávidas, através do CODU [Centro de Orientação de Doentes Urgentes], para esses hospitais”, disse Francisco Ramos.

O secretário de Estado falava na Assembleia da República, em Lisboa, durante uma interpelação do PCP ao Governo, depois de questionado por vários partidos sobre a notícia do jornal Público que dá conta de que as urgências de obstetrícia de quatro dos maiores hospitais de Lisboa vão estar encerradas durante o verão, fechando rotativamente uma de cada vez, devido à falta de especialistas.

O governante reconheceu que “há dificuldades, como sempre houve”, e notou que o Governo pretende criar “uma lógica colaborativa no âmbito da urgência metropolitana de Lisboa, garantindo pelo menos três dessas quatro maternidades estarão sempre em funcionamento pleno”, não especificando quais.

Quanto à “outra maternidade estará a funcionar apenas com níveis mínimos de urgência externa”.

“Tudo isso está exatamente a ser trabalhado para não haver surpresas e será comunicado em devido tempo quando isso acontecer, para que não haja surpresas e se garanta, exatamente, esse nível de excelência a que estamos habituados”, salientou.

Francisco Ramos garantiu ainda que “as grávidas estão seguras”.

Na quinta-feira à noite, o Ministério da Saúde afirmou que “as medidas de gestão de recursos” em estudo pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) “não preveem o encerramento de qualquer maternidade por nenhum período temporal”.

“Os trabalhos em curso versam sobre o encaminhamento de utentes pelo CODU, prevendo-se que estejam sempre garantidos os serviços de urgência externa de três das quatro maternidades abrangidas e apenas durante o período de verão, mantendo-se as restantes respostas nas quatro unidades sem alterações”, avança a mesma nota.

O Ministério da Saúde “assegura” ainda que “as utentes terão garantidas todas as respostas de que necessitam, cabendo à ARSLVT informar com a devida antecedência a população sobre as medidas que venham a ser decididas”.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse na quinta-feira esperar que o eventual fecho rotativo de urgências de obstetrícia em Lisboa seja “devidamente esclarecido e explicado”, para “serenar os espíritos das pessoas”.

Em resposta direta ao CDS-PP, o secretário de Estado da Saúde salientou que “os tempos de espera estão a diminuir e os doentes oncológicos têm um tratamento de excelência neste país”.

Na sua intervenção, a centrista Isabel Galriça Neto apontou que se vive uma situação caótica na saúde. “Eu diria que, apesar do seu discurso, os portugueses continuam a confiar no Serviço Nacional de Saúde”, respondeu o governante.

Francisco Ramos indicou também que o Governo “não tem qualquer interferência nem qualquer limitação na substituição de recursos humanos” e que, “em termos de contratações, os números são evidentes, mais 10.800 profissionais do que em 2015”.

Ainda assim, o governante rejeitou que já estejam resolvidos “todos os problemas, nomeadamente em termos médicos”.

Falando nos médicos que estão em formação pós-graduada, o secretário de Estado referiu que entre 2011 e 2015 entraram “à volta de 1.600, 1.700 por ano”.

“Em 2019, entraram 2.400 médicos na formação pós graduada, mais 700 do que a média do período anterior e no ano passado tinham sido 2.300”, acrescentou.

“Não facilitamos nos níveis da formação pós-graduada, queremos manter a sua qualidade acima de toda a questão e isto vai apenas ter resultados nos próximos anos”, salientou Francisco Ramos.

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