Coleção de Berardo foi “considerada uma garantia por todos”, diz Norberto Rosa

Norberto Rosa diz que todos consideraram que era a Coleção Berardo que estava dada como garantia do crédito à Fundação. Incluindo auditores e o Banco de Portugal, revelou o ex-administrador da CGD.

Norberto Rosa adiantou esta quinta-feira no Parlamento que todos, desde auditores externos até ao Banco de Portugal, consideravam que eram as obras de arte, e não os títulos da Associação Coleção Berardo, que estavam dadas como garantia dos empréstimos concedidos pela Caixa Geral de Depósitos (CGD). E defendeu que se o Estado tivesse exercido a opção de compra das obras, as receitas reverteriam para o banco.

“Foi sendo considerada uma garantia por todos. A informação que nós tínhamos, do nosso departamento jurídico, que tinha sido aceite pelos nossos auditores e que tinha sido aceite também pelo Banco de Portugal, era que efetivamente a coleção Berardo era um bom garante real para o empréstimo que tinha sido concedido”, disse Norberto Rosa durante a sua audição na II comissão de inquérito à recapitalização da CGD e aos atos de gestão do banco público.

“O objetivo era que as obras de arte garantissem os empréstimos”, reforçou o antigo responsável, revelando que a Caixa “acabou por beneficiar” dessa situação porque “poderia considerar o valor médio das duas avaliações”, que situaria as obras da coleção com um valor entre 316 milhões e mais de 500 milhões de euros.

Na mesma ocasião, Norberto Rosa disse que se “o Estado exercesse essa opção de compra, o produto dessa opção penso que reverteria para as respetivas instituições”. “Era essa a noção que tínhamos, e era assim que estávamos a trabalhar”, contou aos deputados.

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Rio acusa Governo de “enganar portugueses” ao dizer-se indignado com prémios na TAP

  • Lusa e ECO
  • 6 Junho 2019

Presidente do PSD recorre a notícia do ECO para criticar recompra da TAP pelo Estado, acusando Executivo de estar a "propagandear que está indignado".

O presidente do PSD, Rui Rio, acusou hoje o Governo de “enganar os portugueses” ao dizer-se indignado com a distribuição de prémios na TAP, considerando que o executivo “deu a carne e ficou com os ossos”.

“O Governo engana os portugueses ao propagandear que está indignado com a atribuição de ‘prémios por prejuízos’ na TAP. Bem sabe que, na indevida altura, abdicou da gestão da empresa. Deu a carne e ficou com os ossos”, criticou Rio, numa publicação na sua conta oficial da rede social Twitter, onde partilha uma notícia do ECO sobre as conclusões do Tribunal de Contas sobre a reversão da privatização da TAP.

O tema entrou hoje no debate quinzenal na Assembleia da República, depois de o líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, ter questionado o primeiro-ministro sobre a notícia de que a transportadora aérea nacional pagou prémios de 1,171 milhões de euros a 180 pessoas, incluindo dois de 110 mil euros atribuídos a dois quadros superiores.

“Os administradores da parte do Estado convocaram para hoje uma reunião extraordinária do conselho de administração para analisar uma decisão tomada pela comissão executiva quanto à distribuição de prémios em modelo que o acionista Estado entende incompatível com padrões de sobriedade, que devem existir nas empresas em que o Estado participa”, respondeu o primeiro-ministro.

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Em comunicado, o Ministério das Infraestruturas e da Habitação afirmou que a atribuição de prémios de 1,171 milhões de euros a 180 colaboradores pela TAP “constitui uma quebra da relação de confiança entre a Comissão Executiva e o maior acionista da TAP, o Estado português”.

No texto, o ministério liderado por Pedro Nuno Santos salienta que “discorda da política de atribuição de prémios, num ano de prejuízos, a um grupo restrito de trabalhadores e sem ter sido dado conhecimento prévio ao Conselho de Administração da TAP da atribuição dos prémios e dos critérios subjacentes a essa atribuição”.

No debate quinzenal, Negrão também citava o relatório do Tribunal de Contas (TdC) agora invocado por Rui Rio, onde se alertava para o facto de o Estado assumir mais riscos do que os privados e ser o único responsável pela dívida no processo de reversão da privatização.

“Respeito a separação de poderes, mas exijo que respeitem a separação de poderes. Era o que faltava eu poder admitir que o TdC se permitisse discutir, com quem tem legitimidade democrática para governar, as opções de governação. Não, essa não é a competência do TdC, essa é uma violação do princípio de separação de poderes”, respondeu António Costa.

Entretanto, a Comissão Executiva da TAP justificou a atribuição de prémios com o “programa de mérito” implementado pela companhia, que diz ter sido “fundamental” para os resultados atingidos em 2018.

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Aumento da incerteza da política comercial dos EUA agrava riscos para PIB mundial, diz Moody’s

  • Lusa
  • 6 Junho 2019

Imprevisibilidade das políticas comerciais dos EUA com diversos parceiros e tensões crescentes com Irão são riscos que podem conter crescimento económico global, avalia a agência de rating.

A agência de ‘rating’ Moody’s alertou esta quinta-feira que a incerteza crescente em torno da política comercial dos Estados Unidos aumentou o risco para as perspetivas de crescimento da economia global e existe uma margem limitada para políticas monetárias e orçamentais.

“A recente escalada das tensões entre os Estados Unidos e a China ensombraram as perspetivas para a economia global”, indica a Moody’s num relatório hoje divulgado.

Na atualização de junho do ‘Global Macro Outlook 2019-20’, a agência de ‘rating’ frisa que, “apesar de o crescimento global ter mostrado sinais de estabilização, dois recentes desenvolvimentos económicos geraram uma incerteza significativa”.

A Moody’s aponta, em primeiro lugar, que “a guerra comercial entre os Estados Unidos e a China intensificou-se, com cada um dos lados a impor tarifas adicionais sobre o outro”.

“Se as tensões se arrastarem ou aumentarem, deixarão um impacto duradouro na economia global”, pode ler-se na análise assinada por Madhavi Bokil, vice-presidente da Moody’s e ‘Senior Credit Officer’.

A especialista acrescenta que, “além disso, a nova ameaça dos Estados Unidos de impor tarifas sobre todas as importações do México é um lembrete da incerteza da política comercial dos Estados Unidos”.

Mas a Moody’s prossegue que, em segundo lugar, “um agravamento das tensões entre os Estados Unidos e o Irão poderia derrubar o delicado equilíbrio no Médio Oriente, potencialmente fazendo subir os preços do petróleo e complicando ainda mais a tomada de decisões económicas num ambiente já incerto”.

E a agência de ‘rating’ indica ainda que se mantêm os riscos associados à saída do Reino Unido da União Europeia: “o caminho do Reino Unido para o ‘Brexit’ permanece incerto”, três anos depois de os eleitores britânicos terem votado pela saída do país da União Europeia.

Por tudo isto, a Moody’s indica que “os riscos de uma desaceleração mais acentuada aumentaram”, alertando que “os recentes desenvolvimentos comerciais e geopolíticos poderiam colocar a economia em risco se resultarem numa queda significativa dos mercados financeiros globais e um aperto abruto das condições financeiras”.

Além disso, a agência sublinha que “o ritmo da atividade económica está claramente a abrandar em várias economias”.

A Moody’s antecipa que o crescimento da economia mundial abrande para 2,8% quer em 2019 quer em 2020, face aos 3,2% registados em 2018, uma previsão que reflete “uma desaceleração do crescimento nos Estados Unidos, na China, na zona euro e na Ásia desenvolvida”.

Para a zona euro, a Moody’s prevê um crescimento de 1,3% em 2019 e de 1,4% em 2020, um desempenho “consideravelmente mais fraco que o crescimento de 1,8% em 2018”.

A agência de ‘rating’ salienta ainda que no caso de uma desaceleração global significativa, “as economias industriais avançadas dos países do G-20 têm uma margem limitada para a política monetária e orçamental para estimular a procura global”.

Mas a Moody’s considera que a predominante tendência acomodatícia entre os bancos centrais mundiais, as medidas de estímulo na China e a procura interna nos EUA e nas principais economias da zona euro poderão funcionar “como contrapeso para o impacto adverso do aumento das tensões comerciais e da incerteza” associada.

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Caixa só soube em 2008 que tinha 4,6 mil milhões em empréstimos com garantia de ações

Só em 2008 é que a Caixa se apercebeu que tinha "elevado montante" de crédito com garantia de ações. Levantamento veio revelar 4,6 mil milhões de euros quando estalou a crise na bolsa.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) só quando estalou a crise na bolsa, em 2008, é que soube que tinha concedido mais de 4,6 mil milhões de euros em empréstimos cujas garantias eram ações, revelou esta quinta-feira o antigo administrador do banco Norberto Rosa.

“Só em fevereiro de 2008 é que tivemos a perceção de que havia um elevado montante de créditos concedidos com garantia de ações. Não havia essa informação agregada”, disse o atual secretário-geral da Associação Portuguesa de Bancos (APB) na comissão de inquérito da CGD.

“Quando identificamos que havia uma situação de grave crise da bolsa, solicitamos à DGR um levantamento” das operações de crédito cujas garantias eram ações. E o levantamento veio a identificar que a CGD tinha já concedido 4,6 mil milhões de euros, adiantou Norberto Rosa. Faria de Oliveira já tinha revelado este número dado que coincidiu com o seu inÍcio de funções no banco público.

A partir daí, “a decisão tomada foi de reduzir o crédito com garantia de ações, de reduzir drasticamente essa situação”, adiantou Norberto Rosa, que disse que, entre 2008 e 2011, houve uma redução de 4,6 mil milhões para 2,9 mil milhões de euros.

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Saturação do aeroporto de Lisboa tem “graves” implicações para as companhias, diz ANAC

  • Lusa
  • 6 Junho 2019

Presidente do regulador da aviação civil alertou que a falta de capacidade do Aeroporto Humberto Delgado pode igualmente acarretar consequências ao “nível da segurança”.

O presidente da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) defendeu hoje, no parlamento, que a saturação do aeroporto de Lisboa tem “graves” implicações para o desempenho operacional das companhias, introduzindo “preocupações financeiras” decorrentes das indemnizações pelos atrasos.

“Tem graves [implicações] para o desempenho operacional das companhias, que se transformam em preocupações financeiras por causa das indemnizações pelos atrasos”, assegurou Luís Ribeiro, durante uma audição parlamentar na comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas.

Em resposta aos deputados, o responsável disse ainda que a falta de capacidade do Aeroporto Humberto Delgado pode ainda acarretar consequências ao “nível da segurança”, sublinhando que é necessária uma nova solução ao nível da coordenação dos meios disponíveis.

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Defendendo que as condições de segurança estão atualmente garantidas, o presidente da ANAC admitiu que “quando se concentram mais pessoas e equipamentos”, registam-se alguns conflitos.

A solução para estas consequências passa assim por “obras no próprio aeroporto” e pela “construção de uma nova solução para a zona de Lisboa”, vincou.

Questionado sobre os possíveis impactos do ‘Brexit’ (saída do Reino Unido da União Europeia), Luís Ribeiro referiu que este processo pode ter implicações ao nível das conectividades e do turismo, assegurando que a autoridade está a acompanhar “a evolução dos trabalhos” ao nível da Comissão Europeia.

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Reforma da supervisão financeira escapa ao primeiro teste político. Segue diretamente para a especialidade

O debate da proposta do Governo está marcado para esta sexta-feira no plenário da AR, mas o PS vai pedir ao presidente do Parlamento para que o diploma baixe à especialidade sem votação.

A discussão na generalidade da proposta de lei do Governo está marcada no Parlamento para esta sexta-feira, mas irá passar diretamente para a especialidade, onde serão ouvidos os três supervisores e poderão ainda ser pedidos pareceres a outras partes interessadas. A reforma da supervisão financeira escapa assim ao primeiro teste político na Assembleia da República.

Vamos requerer que o diploma baixe à comissão sem votação para permitir um debate mais participado e para estabelecer pontos com outras posições“, afirmou ao ECO João Paulo Correia, coordenador do grupo parlamentar do PS na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa (COFMA), onde será debatido o documento.

A proposta de reforma da supervisão financeira, aprovada em Conselho de Ministros a 7 de março, chegou ao Parlamento há quase três meses. Mas só recentemente o Parlamento agendou o seu debate no plenário, onde os deputados fazem um debate na generalidade.

Normalmente, a votação na generalidade pode acontecer no próprio dia, já que para esta sexta-feira estão agendadas as votações regimentais onde se incluem as votações dos diplomas discutidos nesta semana e no próprio dia. É este momento que, no caso da reforma da supervisão financeira, será adiado. Com esta decisão ainda não será esta sexta-feira que as posições políticas dos partidos sobre este tema se traduzirão em votos.

A reforma segue, assim, diretamente para a COFMA onde será discutido pelos deputados de uma forma mais detalhada. Nesta fase, os parlamentares que têm assento nesta comissão terão ainda três grandes tarefas. Por um lado, analisar o parecer o Banco Central Europeu (BCE), que só chegou depois de a proposta ter sido entregue. Por outro, serão marcadas audições, sendo que os supervisores — Banco de Portugal, Comissão do Mercado de Valores Mobiliários e Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões — serão presença certa, mas ainda não se sabe se os deputados irão pedir outros contributos. Além disso, os partidos podem apresentar propostas de alteração que serão depois votadas.

O Parlamento irá fechar as atividades deste ano em julho e depois das férias já não irá retomar devido à campanha eleitoral para as legislativas marcadas para 6 de outubro.

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BE critica política “injustificada, imoral e inaceitável” de prémios na TAP

  • Lusa
  • 6 Junho 2019

Bloco de Esquerda recomenda que governo deve "procurar corrigir imediatamente este padrão de gestão privada".

O BE criticou hoje a política de prémios na TAP por ser “injustificada, imoral e inaceitável”, considerando que este é o resultado da gestão continuar a ser privada apesar de o Estado ter assumido o controlo maioritário da empresa.

De acordo com uma notícia da Lusa, a transportadora aérea nacional pagou prémios de 1,171 milhões de euros a 180 pessoas, incluindo dois de 110 mil euros atribuídos a dois quadros superiores.

“A nossa opinião é que a política de prémios de mais de um milhão de euros numa empresa que é maioritariamente pública e que apresenta um prejuízo de mais de 100 milhões de euros é completamente injustificado, imoral e inaceitável“, condenou o deputado do BE Heitor de Sousa, em declarações aos jornalistas no parlamento, em Lisboa.

O deputado bloquista lembrou que, “quando o Estado assumiu o controlo maioritário acionista da empresa, mas afirmou claramente que a gestão seria privada e continuaria a ser privada”, o BE avisou que “isso iria dar mau resultado” porque esta é a consequência da gestão privada.

“São decisões inaceitáveis que tudo fazem para impedir que o controlo público da empresa se possa exercer plenamente quando o controlo maioritário acionista é do Estado”, lamentou.

Para Heitor de Sousa, o Governo deveria “procurar corrigir imediatamente este padrão de gestão privada que um acionista tem na empresa e procurar condicionar a gestão da empresa de acordo com os objetivos de serviço público e do interesse público”.

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No debate quinzenal de hoje, na Assembleia da República, o primeiro-ministro, António Costa, defendeu que o Estado considera o modelo de distribuição de prémios decidido pela comissão executiva da TAP “incompatível com os padrões de sobriedade” que devem existir em empresas participadas pelo Estado.

O líder parlamentar do PSD, Fernando Negrão, questionou António Costa sobre a reversão da privatização da TAP decidida pelo atual Governo.

“Como é público e notório, os administradores da parte do Estado convocaram para hoje uma reunião extraordinária do conselho de administração para analisar uma decisão tomada pela comissão executiva quanto à distribuição de prémios em modelo que o acionista Estado entende incompatível com padrões de sobriedade, que devem existir nas empresas em que o Estado participa”, respondeu o primeiro-ministro.

Em comunicado, o Ministério das Infraestruturas e da Habitação afirmou que a atribuição de prémios de 1,171 milhões de euros a 180 colaboradores pela TAP “constitui uma quebra da relação de confiança entre a Comissão Executiva e o maior acionista da TAP, o Estado português”.

No texto, o Ministério liderado por Pedro Nuno Santos salienta que “discorda da política de atribuição de prémios, num ano de prejuízos, a um grupo restrito de trabalhadores e sem ter sido dado conhecimento prévio ao Conselho de Administração da TAP da atribuição dos prémios e dos critérios subjacentes a essa atribuição”.

Segundo um documento a que a Lusa teve acesso, em causa estão prémios que foram pagos com o salário de maio destes colaboradores e que oscilam entre os 110 mil e pouco mais de mil euros, depois de um ano em que a TAP registou um prejuízo de 118 milhões de euros.

Entretanto, a Comissão Executiva da TAP justifica a atribuição de prémios com o “programa de mérito” implementado pela companhia, que diz ter sido “foi fundamental” para os resultados atingidos em 2018.

“A Comissão Executiva da TAP tem absoluta convicção de que o programa de mérito foi fundamental para promover as medidas de redução de custos e de aumento de receitas implementadas em 2018, bem como levar a cabo a reestruturação da TAP ME Brasil, o que permitiu diminuir substancialmente os prejuízos causados pelo aumento do preço do petróleo e dos custos não recorrentes, como já foi amplamente comunicado e divulgado por ocasião da divulgação dos resultados”, refere a administração numa carta a que a agência Lusa teve hoje acesso.

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Norberto Rosa desistiu do BCP por causa de “impasse” na avaliação do BCE

Norberto Rosa estava para ser nomeado administrador no BCP. Foi a uma entrevista a Frankfurt para ser avaliado pelo BCE. Mas, perante o "impasse" na decisão, aceitou convite para ir para a APB.

Norberto Rosa, antigo administrador da CGD, durante a audição na comissão de inquérito ao banco público.ECO

Norberto Rosa diz que desistiu de ir para o BCP, tendo aceitado antes o convite para ser secretário-geral na Associação Portuguesa de Bancos (APB), perante o “impasse” no processo de avaliação de idoneidade junto do Banco Central Europeu (BCE).

Falando na comissão de inquérito da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Rosa rejeitou que tenha recebido uma “nega” do BCE porque o processo de avaliação não chegou a ser concluído pelo supervisor. Foi “arquivado” depois de o BCE ter informado o BCE que o seu nome já não estava em cima da mesa para a administração dado que tinha aceitado o convite de Faria de Oliveira para a ir para APB, em novembro de 2018, explicou o responsável.

Ainda assim, apesar de ter desistido do cargo no BCP, Norberto Rosa defendeu que não havia “nenhum fator, em termos de currículo profissional e idoneidade, que pusesse em causa” o seu nome nem “havia razão para que não pudesse exercer funções” no banco.

No âmbito da avaliação de idoneidade para o BCP, Norberto Rosa contou que teve de ir a uma entrevista em Frankfurt, em outubro de 2018, para responder às questões do supervisor europeu. “O tema da auditoria da EY sobre a CGD foi levantado?”, questionou a deputada do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua.

“Foi uma entrevista genérica, que colocava várias questões sobre experiência profissional. Num dos pontos, mais do que política de crédito, pôs-se questões sobre o cumprimento das normas de crédito nas operações em que tinha participado“, respondeu o antigo administrador da CGD durante a presidência de Faria de Oliveira.

Uma das questões levantadas pelo BCE dizia respeito ao facto de a EY ter identificado operações de crédito com parecer desfavorável do risco e que não estavam fundamentados de forma escrita. “Fundamentei que não era assim”, disse Norberto Rosa, explicando que o antigo secretário-geral da CGD João Dias Garcia “teve a simpatia” de “fazer um documento em que demonstrava que havia o cumprimento” das normas.

Só que “como o processo estava nesta impasse” decidiu aceitar ir para a APB, explicou.

Na sua intervenção inicial, Norberto Rosa também deixou fortes críticas ao trabalho da EY na auditoria aos atos de gestão na CGD entre 2000 e 2015. Por exemplo, criticou o facto de a auditora não ter permitido que fosse exercido o direito ao contraditório e ainda a amostra das operações de crédito usadas no relatório. Os resultados da auditoria seriam os mesmos se “se tivesse selecionado uma amostra aleatória?”, questionou Norberto Rosa.

(Notícia atualizada às 19h22)

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Costa diz que acordo com a Altice para a rede Siresp está fechado. Privados desmentem

  • ECO e Lusa
  • 6 Junho 2019

O primeiro-ministro anunciou que já fechou o acordo com a Altice para nacionalizar a rede Siresp. Entretanto, fonte da dona da Meo desmentiu, referindo que há apenas "acordo de princípio".

É desta. O primeiro-ministro garantiu esta quinta-feira que o acordo com a Altice está fechado para nacionalizar a rede Siresp. O acordo demorou “mais horas” do que António Costa esperava, já que tinha dado o acordo “por horas” num debate quinzenal. Agora, só falta acertar detalhes com a Motorola, avançou o chefe do Executivo.

Confrontado por Assunção Cristas de que já tinham passado 576 horas (ou seja 24 dias) desde que António Costa tinha anunciado que o acordo para o Governo comprar à Altice o capital do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (Siresp), o primeiro-ministro disse que já estava fechado. “A boa notícia é que o acordo com a Altice está fechado”, disse o chefe do Governo.

No entanto, para que a rede seja nacionalizada ainda é necessário fechar detalhes com a Motorola. “O acordo com a Motorola está genericamente concluído, faltando apenas duas questões” que a casa mãe da Motorola estará a analisar, disse ainda António Costa. “Mas as negociações foram concluídas, estando agora as partes apenas na fase de formalização jurídica” deste acordo, que dá ao Estado a totalidade do capital do Siresp, acrescentou o responsável.

A rede Siresp é atualmente detida em 52,1% pela Altice Portugal, 33% pelo Estado e 14,9% pela Motorola Solutions. As negociações começaram quando a rede ameaçou parar os seus equipamentos de redundância devido a uma dívida de 11 milhões de euros do Estado. O Governo recusa que a rede esteja desatualizada e lembra que há 35 países da Europa que usam o mesmo sistema.

Privados desmentem primeiro-ministro

Em declarações à Lusa, fonte da Altice desmente o primeiro-ministro, sublinhando que o que há é um “acordo de princípio relativo aos pressupostos e mecanismos da aquisição das participações dos privados por parte do Estado. Ou seja, as duas partes já se entenderam, mas o negócio ainda não está fechado.

Ainda assim, a fonte ouvida pela rádio sublinha que os pressupostos acordados apontam “no bom caminho”, mas frisa que isso é muito diferente de ter “um acordo fechado”. Neste momento, diz a mesma fonte,“os privados aguardam uma decisão do Estado”.

(Notícia atualizada com declarações de fonte da Altice)

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Sonae Indústria fecha mais uma fábrica na Alemanha devido a “fraco desempenho financeiro” do negócio

Depois da fábrica em Eiweiler, é a vez de a unidade em Horn-Bad Meinberg fechar atividade. O plano, que deverá ser concluído até ao final do próximo ano, reduz a participação da empresa na Alemanha.

A Sonae Indústria vai fechar mais uma fábrica na Alemanha. A empresa anunciou, em comunicado ao mercado, o encerramento das atividades da fábrica em Horn-Bad Meinberg devido ao “fraco desempenho financeiro” dos negócios de laminados e de worktops.

“A central de energia e o negócio de laminados e de worktops da GHP são as atividades industriais remanescentes de uma unidade de grande dimensão em Horn que cessou as suas atividades principais em 2014. As operações da fábrica de Horn, reduzidas à produção de laminados e com equipamento antigo e ineficiente, tornaram-se insustentáveis“, pode ler-se no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A Sonae Indústria explica que as atividades têm vindo a registar níveis muito baixos de utilização da capacidade e foram negativamente afetadas por uma estrutura de custos fixos elevada, o que as torna não competitivas num mercado muito competitivo para os negócios de laminados e de worktops na Europa.

A intenção de encerramento das atividades referidas é consequência do fraco desempenho financeiro dos negócios de laminados e de worktops, que nos últimos anos geraram EBITDA e cash flows negativos, sem perspetivas razoáveis de uma recuperação material da sua rentabilidade financeira no médio prazo”, refere.

A empresa responsável pela fábrica é a GHP Glunz Holzwerkstoffproduktions, subsidiária da Sonae Arauco (que é uma parceria entre a Sonae Indústria e a Arauco). A GHP tem 106 colaboradores e “pretende-se iniciar as discussões formais com o Comité de Trabalhadores logo que possível”, acrescenta o comunicado.

Este é o segundo anúncio do fecho de uma fábrica da Sonae Indústria na Alemanha só este ano. Em fevereiro, a empresa alertou os investidores que iria registar uma forte quebra nos resultados do ano passado devido ao reconhecimento de uma imparidade de oito milhões de euros, com o encerramento da fábrica que detinha em parceria com a LaminatePark em Eiweiler, na Alemanha.

A Sonae Indústria fechou 2018 com um resultado líquido consolidado de 11 milhões de euros, valor que representa uma redução de 27,8% (4,2 milhões de euros) face ao período homólogo. O volume de negócios consolidado no último exercício atingiu cerca de 220,2 milhões de euros, uma redução de cerca de 4,7% face aos 231 milhões verificados em 2017.

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Inquérito à Caixa prolongado por mais 40 dias

Os deputados da II comissão parlamentar de inquérito à recapitalização da Caixa Geral de Depósitos e aos atos de gestão aprovaram o prolongamento dos trabalhos por mais 40 dias.

Os deputados da II comissão parlamentar de inquérito à recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e aos atos de gestão aprovaram esta quinta-feira o prolongamento dos trabalhos por mais 40 dias. Com esta decisão, ganham mais tempo até à aprovação do relatório final previsto para 19 de julho.

O prazo da comissão de inquérito ao banco público terminava no dia 14 de junho. Agora, com esta prorrogação da duração por mais 40 dias, os trabalhos só terminarão na semana de 22 de julho.

De resto, já estavam previstas (não oficialmente) audições para lá da data limite anteriormente estabelecida, mas só agora os deputados da comissão de inquérito da Caixa determinaram alargar o prazo. A 17 de junho, os deputados vão inquirir novamente José Cabral dos Santos. No dia seguinte, dia 18, será a vez de Faria de Oliveira (ouvido novamente) e de Teixeira dos Santos irem ao Parlamento responderem perante a comissão. Não há mais audições previstas neste momento.

Com este prolongamento, a comissão de inquérito poderá trabalhar com o objetivo de aprovar o relatório final no último plenário desta legislatura, que acontecerá a 19 de julho. João Almeida, deputado do CDS-PP, será o relator do documento.

A II comissão parlamentar de inquérito à recapitalização da CGD foi aprovada no Parlamento em 15 de fevereiro.

Transcrição de audição enviada a Berardo

Além da aprovação do prolongamento do prazo dos trabalhos da comissão, os deputados tomaram ainda conhecimento do envio da transcrição da audição de 10 de maio ao empresário Joe Berardo. Isto depois de o comendador ter pedido acesso à transcrição e à gravação vídeo da sua audição no parlamento, com vista a avançar com um processo judicial contra os deputados presentes.

De acordo com a Lusa, citando fonte da comissão de inquérito à recapitalização e gestão do banco, os deputados já foram notificados oficialmente do pedido, feito através da sociedade de advogados Saragoça da Matta & Silveiro de Barros.

(Notícia atualizada às 17h45)

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Fibroglobal corta preços em 30% a 66% por proposta da Anacom. Empresa deve servir outros além da Meo

Proposta da Anacom, apresentada há mais de um ano, justificou redução dos preços para que Fibroglobal não servisse apenas a Meo. Mas empresa resistiu e não alterou parte técnica das ofertas.

A Fibroglobal já avançou com reduções significativas aos preços de acesso às suas ofertas grossistas de redes de alta velocidade na zona Centro e nos Açores, “em linha com o proposto pela ANACOM e determinado pelo Estado”, avançou o regulador das telecomunicações esta quarta-feira. Em comunicado, a Autoridade Nacional de Comunicações detalhou que os preços praticados por esta empresa foram reduzidos em média entre 30% e 66%.

“Com os novos preços da Fibroglobal, já em vigor, prevê-se que se criem condições para que os cidadãos das áreas abrangidas tenham acesso a novas ofertas retalhistas e a melhores serviços a preços competitivos”, acrescentou ainda a Anacom a propósito da importância desta redução de preços. Mas nem todas as recomendações do regulador foram tidas em conta pela Fibroglobal, aponta o mesmo comunicado.

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“Já no tocante à proposta da Anacom para que o Governo recomendasse à Fibroglobal alterações às ofertas grossistas relacionadas com aspetos mais técnicos (…), a Fibroglobal não as refletiu nas suas ofertas grossistas“, diz o supervisor. Em causa a disponibilização de mais alternativas de débitos na oferta bitstream — fluxo de bits –, “com velocidades de Internet de 200 Mbps, 400 Mbps ou mesmo 1 Gbps”, e a introdução da funcionalidade de multicast — para oferta de serviços de televisão e banda larga.

Ao não assumir estas alterações dos aspetos técnicos, a Fibroglobal acaba por “resistir” às principais queixas de Nos e Vodafone, empresas interessadas em aproveitar a oferta grossista da empresa, que por ora é quase exclusivamente da Meo. Tanto a Nos como a Vodafone referiram na altura da discussão da proposta da Anacom que sem alterações relevantes nos aspetos técnicos continuariam sem conseguir utilizar a oferta grossista.

Quebrar monopólio da Meo na Fibroglobal

A proposta inicial da Anacom para a redução de preços por parte da Fibroglobal surgiu há mais de um ano, no início de maio de 2018, depois de uma análise feita pelo regulador aos preços das ofertas grossistas suportadas em redes de alta velocidade rurais.

“Na opinião da Anacom, uma diminuição do preço das ofertas da Fibroglobal propiciará uma maior utilização dessas ofertas por parte de outros operadores retalhistas para além da Meo, permitindo-lhes chegar ao mercado de grande consumo, potenciando a concorrência e o investimento. Criam-se, assim, condições para que os cidadãos das áreas abrangidas tenham acesso a novas ofertas retalhistas e a melhores serviços a preços competitivos”, justificava então o regulador.

Esta Fibroglobal está no centro de uma polémica no setor por ser entendida por alguns dos responsáveis como uma empresa demasiado próxima da Meo — foi vendida pela Visabeira a uma sociedade luxemburguesa detida por um empresário com ligações à Altice, o único grupo que beneficia da rede da mesma.

A Nos chegou mesmo a acusar esta empresa de ser uma “fraude” por ter sido “paga com dinheiros públicos” e estar a “ser usada de forma privada”, em março do ano passado, lembrando que servindo apenas a Meo a oferta da Fibroglobal causa graves problemas de concorrência porque permite à Altice praticar preços grossistas e impedir que outros operadores rentabilizem eventuais investimentos naquelas zonas.

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