Polícia Judiciária faz buscas na Autoridade Tributária

  • ECO
  • 14 Maio 2019

A PJ está a fazer buscas, esta manhã, nas Finanças, no âmbito de uma investigação sobre suspeitas de corrupção relacionadas com representantes da fazenda pública nos processos tributários.

A Polícia Judiciária está a fazer buscas em vários serviços da Autoridade Tributária, avançam a TVI24 e a Sábado. Em causa está, dizem esses órgãos de comunicação, uma investigação sobre suspeitas de corrupção, relacionadas com representantes da fazenda pública nos processos tributários. Há também nota de que o advogado António Taveira e uma funcionária das Finanças foram detidos por suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais

De acordo com a TVI24, a Polícia Judiciária acredita que a técnica superior do Fisco detida esta manhã passava informações privilegiadas ao jurista em causa, que assim conseguia antecipar-se e ganhar processos contra o Estado. Com este “esquema”, o Estado terá ficado prejudicado em milhões de euros em impostos.

Além dos serviços da Autoridade Tributária, estão a ser alvos de buscas esta manhã residências e até automóveis dos vários empresários representados por este jurista e que “beneficiaram” deste esquema por terem escapado às dívidas ao Fisco referidas. A TVI24 adianta ainda que, face a esta investigação, deverão ser reabertos os processos visados, podendo o Estado ser ressarcido das dívidas que não foram pagas.

Segundo a estação de televisão de Queluz, este esquema já estava a ser monitorizado pela Policia Judiciária há três anos. Esta é uma investigação da unidade nacional de combate à corrupção da Polícia Judiciária e decorre por articulação do departamento de investigação e do departamento de ação penal.

De acordo com fonte oficial do ministério das Finanças, citada pela Lusa, as buscas realizadas esta terça-feira acontecem na sequência de uma denúncia da Autoridade Tributária.

“Confirma-se. A situação que dá origem a este procedimento foi objeto de denúncia e comunicação pela AT às entidades competentes”, afirmou a fonte.

(Notícia atualizada às 12:01)

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Base de clientes da Vodafone cresce mais de 11%

No final de março de 2019, a empresa liderada por Mário Vaz juntava mais de 677 mil clientes, registando um crescimento de 11,3% em relação ao ano anterior.

A Vodafone Portugal divulgou as suas contas relativas ao último trimestre do seu ano fiscal, terminado em março de 2019. As receitas de prestação de serviços atingiram os 236 milhões de euros, com um crescimento orgânico de 1,8%. Aumento igualmente sentido nas receitas globais que atingiram os 249 milhões de euros, apresentando um aumento de 1,4%. Mas a maior subida foi mesmo na base de clientes fixa da empresa.

De acordo com o comunicado enviado pela Vodafone Portugal, no final de março de 2019, a empresa liderada por Mário Vaz tinha mais de 677 mil clientes, representando um crescimento de 11,3% em relação ao ano anterior.

Já no que diz respeito ao segmento móvel, a empresa atingiu os 4,7 milhões de cliente no final do passado mês de março, o que representa um aumento de 1,8% face ao número de clientes verificado 12 meses antes. “Na mesma data, os clientes 4G totalizaram 2,1 milhões (+23%) e a penetração de smartphones atingiu os 77,1%. Já a utilização dos dados móveis cresceu 18,5%”, pode ler-se no comunicado.

Mário Vaz, CEO da Vodafone Portugal, afirma que o crescimento verificado no negócio fixo revela o “reconhecimento” da estratégia que está a ser seguida pela empresa. Uma estratégia “assente na expansão da rede de fibra suportada por construção própria, e acordos de parceria ou de wholesale, reveladores da nossa capacidade de alcançar bases de entendimento estáveis com diferentes players do setor”, em direção a uma “nova sociedade gigabit“, refere, citado em comunicado.

Além disso, o CEO da empresa recordou que a estratégia da Vodafone Portugal continua “a caminho da já anunciada cobertura de mais de quatro milhões de moradas”.

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Feira Internacional de Madrid quer ter outros projetos em Portugal

  • Lusa
  • 14 Maio 2019

A Feira Internacional de Madrid está a ponderar organizar em Portugal outros projetos, além da ARCO Lisboa. Lisboa e Porto estão na mira dos espanhóis, mas também há interesse noutras cidades.

A Feira Internacional de Madrid (IFEMA), que coorganiza a ARCOlisboa, está a “estudar” a exportação para Portugal de outros “projetos ganhadores” em Espanha, de acordo com o diretor-geral da empresa, Eduardo López-Puertas. “Estamos a estabelecer contactos em Lisboa, no Porto e noutras cidades interessantes de Portugal, onde podemos levar estes projetos, que são projetos muito ganhadores hoje em Madrid”, disse López-Puertas em entrevista à agência Lusa.

Criada há quase 40 anos, a IFEMA é atualmente a maior entidade organizadora de feiras em Espanha e uma das maiores em todo o mundo, tendo iniciado a sua internacionalização há três anos.

“O que posso dizer é que estamos a trabalhar arduamente: o departamento internacional já estabeleceu uma série de conversações e estamos a tentar fechá-las”, disse à Lusa o diretor-geral da IFEMA, que se escusou revelar casos concretos.

Presente no estrangeiro, principalmente em vários países da América Latina, a empresa ainda não está instalada no maior deles, o Brasil, mas assegura que tem “alguns projetos” em vista. A IFEMA teve lucros de 10,8 milhões de euros em 2018, com resultados antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) de 27,7 milhões de euros e uma faturação que alcançou os 138,5 milhões de euros.

Eduardo López-Puertas manifestou que está “muito satisfeito” com a “coorganização” da ARCOlisboa com a câmara municipal da capital portuguesa, um projeto “que já está consolidado“ e que coloca a capital portuguesa “no mapa das grandes feiras internacionais de arte contemporânea”.

“Nós temos a ‘expertise’ e, com a Câmara Municipal [de Lisboa], fizemos um projeto claramente ganhador”, disse López-Puertas. O diretor da IFEMA recordou que a primeira edição da ARCOlisboa (2016) foi organizada apenas pela empresa espanhola, mas que a parceria feita em seguida com a autarquia de Lisboa tem dado “frutos estupendos”.

Eduardo López-Puertas é da opinião de que a Cordoaria Nacional, onde se realiza o certame, é um edifício “emblemático e muito original”, e reconhece que o espaço é “limitado”, o que poderá levar a uma mudança de local no futuro.

Mudar o local da ARCOlisboa “é uma possibilidade que temos, se encontrarmos um sítio melhor, que seja mais emblemático, e que nos dê uma maior capacidade”, disse o diretor-geral da IFEMA.

A Fábrica Nacional de Cordoaria ou Cordoaria Nacional, como é conhecida, está classificada como Monumento Nacional e foi um estabelecimento fabril da Marinha Portuguesa onde se fabricava cabos, cordas de sisal, velas e bandeiras que equipavam os navios portugueses, de 1779 a 1998.

“Esta edição [da ARCOlisboa] já está em plena montagem, mas para futuras edições iremos avaliar alternativas que se apresentem de espaços para exposições”, assegura López-Puertas.

A IFEMA considera que a imagem da ARCOlisboa é mais importante do que eventuais benefícios económicos que possa gerar. “A ideia da ARCOlisboa é que seja uma imagem emblemática do projeto ARCO e tentamos apenas cobrir os custos”, afirmou o diretor-geral da IFEMA, insistindo que se pretende ter “uma feira de qualidade e de muito alto nível”.

O certame será inaugurado, para colecionadores e profissionais, no dia 15 de maio, a próxima quarta-feira, e fica aberta ao público a partir de quinta-feira, 16 de maio, até domingo, dia 19. Um total de 71 galerias, a maior parte delas de Portugal e de Espanha, participam na edição deste ano desta feira de arte contemporânea.

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Revista de imprensa internacional

Monsanto paga dois mil milhões a casal com cancro e Donald Trump estuda novas tarifas a aplicar sobre bens chineses. Amazon apela ao lado empreendedor dos seus trabalhadores e Facebook dá aumentos.

Monsanto é alvo de mais uma penalização de peso e Donald Trump prepara novas tarifas sobre as importações chinesas. Melhores notícias chegam do mundo da tecnologia com o Facebook a aumentar as remunerações dos seus trabalhadores independentes e a Amazon a apelar aos espírito de empreendedorismo dos seus colaboradores. No Brasil, Bolsonaro vai reduzir 90% das normas de segurança no trabalho.

The Wall Street Journal

Monsanto condenada a pagar dois mil milhões a casal com cancro

Um júri da Califórnia, nos Estados Unidos, acaba de aplicar uma terceira penalização de peso à Monsanto. A Justiça condenou a empresa detida pela Bayer a pagar uma indemnização de dois mil milhões de dólares (1,8 mil milhões de euros) a um casal com cancro, que responsabiliza o herbicida Roundup pela doença. O júri atribuiu “dois mil milhões de dólares” ao casal Pilliod, a título de indemnização “punitiva” para sancionar o fabricante de herbicida com glifosato. Por razões semelhantes, a Monsanto já tinha sido condenada a pagar indemnizações de 81 milhões de dólares, em março último, e 290 milhões de dólares, em agosto do ano passado.

Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso pago / conteúdo em inglês).

Bloomberg

Estados Unidos preparados para aplicar mais tarifas às importações chinesas

Depois de ter aumentado para 25% as tarifas aduaneiras aplicadas a alguns dos bens chineses importados pelos Estados Unidos, Donald Trump está a estudar o alargamento dessas taxas a mais artigos sínicos, do vestuário infantil aos brinquedos, passando pelos computadores portáteis e pelos telemóveis. No total, deverão estar em causa 300 mil milhões de dólares de bens importados. A avançarem estas novas tarifas, poucos serão os produtos chineses importados pelos Estados Unidos que se manterão livres de taxas punitivas deste género. Apesar deste agravamento das tensões comerciais, o presidente norte-americano parece estar otimista quanto à possibilidade de Pequim e Washington chegaram a um acordo comercial nas próximas semanas.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado / conteúdo em inglês).

TechCrunch

Amazon oferece 10 mil dólares a empregados que queiram criar negócios de distribuição

A gigante do comércio eletrónico de Jeff Bezos quer oferecer aos seus clientes entregas em apenas um dia e para que tal seja possível está a contar com o espírito empreendedor dos seus empregados. A Amazon apresentou, por isso, um programa de incentivos no âmbito do qual os trabalhadores interessados em criarem os seus próprios negócios de distribuição recebem dez mil dólares, formação e uma variedade de descontos em serviços, como o de aluguer de veículos e seguros. O pacote inclui também o equivalente a três meses do salário bruto que o trabalhador receberia se mantivesse o seu lugar na Amazon. Isto para permitir ao colaborador apostar nos seus novos negócios sem se preocupar com uma quebra nos seus rendimentos.

Leia a notícia completa no TechCrunch (acesso livre / conteúdo em inglês).

Valor Econômico

Bolsonaro corta 90% das normas de segurança no trabalho

O Presidente brasileiro Jair Bolsonaro anunciou, através das redes sociais, que irá proceder a uma redução de 90% nas normas de segurança e saúde no trabalho. Justificando esse corte, Bolsonaro escreve que “há custos absurdos [para as empresas] em função de uma normatização absolutamente bizantina, anacrónica e hostil”, lê-se na publicação que fez no Twitter. No documento partilhado pelo Presidente do Brasil lê-se ainda que, segundo, Rogério Marinho, secretário especial de Providência, “a modernização das NRs [Normas de Regulamentação] faz parte de um processo que tem a integridade fiscal como espinha dorsal, rumo à retomada do crescimento”.

Leia a notícia completa no Valor Econômico (acesso livre / conteúdo em português).

The Washington Post

Facebook aumenta remunerações de dezenas de milhares de trabalhadores independentes

O Facebook vai aumentar as remunerações da maioria dos trabalhadores independentes que prestam serviços a esta rede social. Em causa está, disse a plataforma de Mark Zuckerberg, um grupo de colaboradores com papéis essenciais, mas que não são recompensados em termos salariais como os trabalhadores a tempo inteiro, o que é particularmente crítico face ao elevado custo de vida de São Francisco, cidade na qual está localizada a sede da gigante. “Uma vez que os salários afetam diretamente a vida das pessoas, temos uma responsabilidade profunda de cuidar das pessoas que trabalham para o Facebook”, disse a vice-presidente dos recursos humanos, garantindo que essa “proteção” deve ser oferecida não só aos trabalhadores dependentes da rede social, mas também àqueles que colaboram de forma externa, de condutores de autocarros a moderadores de conteúdo.

Leia a notícia completa no The Washington Post (acesso livre / conteúdo em inglês).

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Regulador europeu quer combater abusos nos seguros. “Lidem com isto antes de nós chegarmos lá”, alerta as seguradoras

  • ECO
  • 14 Maio 2019

O combate a práticas lesivas dos consumidores será a prioridade para os próximos anos. Por isso, as seguradoras portuguesas que se preparem. "Isto não é teoria, é a prática", alerta o regulador.

Gabriel Bernardino, presidente do regulador europeu dos seguros (EIOPA, na sigla inglesa), afirma que o combate a práticas lesivas dos consumidores será a prioridade da entidade nos próximos anos. E as seguradoras portuguesas que se preparem: “Lidem com isto antes de nós chegarmos lá”.

“Nós temos atacado bastante a identificação de modelos de negócios insustentáveis, que se traduzem em práticas que levam a que os consumidores sejam afetados”, começou por dizer Gabriel Bernardino, citado pelo Jornal de Negócios (acesso pago), durante a conferência “Os Seguros em Portugal”, em Monsanto. Mas o presidente do regulador quis mesmo deixar a ideia de que “isto não é teoria, é a prática”.

“Já há várias empresas que foram fechadas a nível europeu decorrente desta análise. Está a acontecer e vai continuar a ser uma prioridade do nosso lado”, alertou, deixando um aviso às seguradoras portuguesas. “Nós esperamos que o mercado — sejam as seguradoras, sejam os distribuidores — faça o seu trabalho de casa. Há conflitos de interesse na venda destes produtos. Há questões de fairness que têm de ser atacadas. E se não forem atacadas pelo próprio setor, vão ser pelos supervisores. E eu preferia que o setor tratasse dos seus esqueletos antes que a supervisão chegasse. E nós vamos chegar lá”, disse Gabriel Bernardino.

Na mira da autoridade europeia estarão, sobretudo, os seguros “unil link” e as comissões neles praticadas, os seguros vendidos associados a cartões de crédito, à compra de telemóveis e outro tipo de compras. Mas, os seguros de vida também vão ser um dos principais alvos, sobretudo em Portugal. “Muito importante para o mercado de seguros português, os seguros de vida associados ao crédito à habitação e ao crédito ao consumo”, acrescentou Gabriel Bernardino.

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Minas de lítio enfrentam movimento nacional de protesto

  • ECO
  • 14 Maio 2019

Os efeitos do movimento de oposição ao lítio já se fizeram sentir, sobretudo nos projetos que estão mais avançados, mas também em pedidos de prospeção e pesquisa endereçados à DGEG.

O interesse na exploração de minérios e na prospeção geológica do país está a enfrentar uma forte oposição por parte de quem defende a preservação do património ambiental e natural do país, o território e as suas populações. Essa defesa tem vindo a ganhar expressão e já se transformou, até, num movimento de âmbito nacional de oposição ao lítio em Portugal, avança esta terça-feira o Público (acesso pago).

As posições opostas são, aliás, bem visíveis nos dois projetos que estão mais avançados na corrida ao lítio: o projeto de Covas do Barroso, em Boticas, e o projeto da mina do Romano, em Sepeda (Montalegre). Tanto Boticas como Montalegre foram, no ano passado, reconhecidos como Património Agrícola Mundial pela UNESCO.

Nem mesmo a promessa de investimento de muitos milhões de euros e de criação de postos de trabalho são suficientes para convencer a população. Fernando Queiroga, presidente da Câmara de Boticas, disse ao Público que não estava disposto a vender a paisagem e o património por 120 ou 140 empregos. “Prefiro tentar arranjá-los de forma mais sustentável e duradoura, do que estes empregos que chegam aqui e passado uns anos vão-se embora”, afirmou.

Também o pedido de prospeção e pesquisa que a empresa australiana Fortescue fez entrar nos serviços da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) já foi influenciado pela contestação deste movimento de oposição ao lítio. A empresa queria explorar uma área em pleno parque nacional da Peneda-Gerês, mas, na sequência do significativo movimento cívico que se criou, entendeu retirar o pedido.

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WhatsApp detecta falha que permite instalar software espião. E recomenda atualização

Empresa detida pelo Facebook suspeita que uma empresa israelita terá desenvolvido um software que permite controlar telemóveis que usem o WhatsApp.

A rede social WhatsApp está a recomendar aos utilizadores que atualizem a aplicação nos seus telemóveis. A recomendação surge depois de ser detetada a criação de um spyware que poderia entrar no telefone de qualquer pessoa que utilize a aplicação detida pelo Facebook.

O WhatsApp, que confirmou em comunicado a informação que avançada pelo Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês) e pelo New York Times, sugere aos mais de 1.500 milhões de utilizadores “que atualizem a aplicação”, bem como o sistema operativo – iOS ou Android – dos seus telefones.

A empresa diz desconhecer quantas pessoas possam ter sido afetadas por esta falha de segurança, nem durante quanto tempo esteve em ação, mas garante que as vítimas parecem ter sido escolhidas “de forma específica”, o que indica que não se trataria de um ataque em grande escala.

Ainda de acordo com o WhatsApp, o spyware “é semelhante” à tecnologia desenvolvida pela empresa de cibersegurança israelita NSO Group, o que leva a subsidiária do Facebook a suspeitar que a mesma possa estar por trás do programa de espionagem.

Como funciona?

O WhatsApp explica que os hackers tinham acesso aos dados dos telefones por via de uma chamada falsa realizada através da aplicação, e que permitia instalar o spyware, mesmo que os utilizadores não atendessem a chamada, acedendo ao microfone, câmara, contactos e mensagens.

De acordo com a empresa, entre os alvos estarão organização de direitos humanos, que já foram informadas do sucedido. O Whatsapp informou ainda empresas de cibersegurança e o Departamento de Justiça norte-americano.

De acordo com o Financial Times, o spyware terá sido desenvolvido tendo como alvo específico um advogado sedeado em Londres, cujo o nome não é divulgado, mas que estará atualmente a agir judicialmente contra a NSO. Já segundo o The New York Times (acesso pago, conteúdo em inglês), alguns dos clientes do referido advogado seriam igualmente alvos diretos do spyware da NSO, incluindo um coletivo de jornalistas e ativistas mexicanos, um cidadão do Qatar ou ainda Omar Abdulaziz, ativista saudita exilado no Quebeque, Canadá.

(Notícia atualizada às 8:55)

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Hoje nas notícias: exploração de lítio, bingo e SEF

  • ECO
  • 14 Maio 2019

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

A empresa que gere os bingos da Nazaré, Odivelas, Porto, Olhão e Coimbra chegou a acordo com o Estado: vai pagar a dívida de quase cinco milhões de euros através de 160 prestações. Já os projetos de exploração de lítio estão a enfrentar um movimento nacional de protesto que tem vindo a ganhar cada vez maior expressão. O que também tem vindo a aumentar é o número de brasileiros que são barrados à entrada de Portugal. Só no ano passado, quase quatro mil pessoas provenientes do Brasil ficaram “às portas” do país. Em Lisboa, continua por assinar o novo contrato com a JC Decaux. A autarquia está à espera do “ok” para proceder à assinatura, mas o negócio ainda não foi notificado à Autoridade da Concorrência.

Gestora de casas de bingo paga dívida ao Estado de 160 prestações

A Perfaco Portugal, empresa à qual foram atribuídas, em 2016, as concessões de exploração de cinco casas de bingo (Nazaré, Odivelas, Porto, Olhão e Coimbra), chegou a um acordo com o Estado para pagar a dívida de 4,9 milhões de euros. O acordo prevê, segundo fonte ligada à empresa, o pagamento em 160 prestações. No final do ano passado, a Perfaco devia mais de 2,8 milhões de euros à Autoridade Tributária (AT), mais de 1,3 milhões à Segurança Social e 721,6 mil euros ao Turismo de Portugal. Dívidas que, ainda assim, não inibem a vontade da empresa de concorrer novamente às concessões dos bingos.

Leia a notícia completa em Público (acesso pago).

Minas de lítio enfrentam movimento nacional de protesto

O interesse em avançar com a exploração de minérios e prospeção geológica do país está a enfrentar um movimento nacional que defende a proteção do património ambiental e natural do país, o território e as suas populações. Esta defesa, que tem ganho cada vez mais apoio, já se transformou mesmo num movimento de âmbito nacional de oposição ao lítio em Portugal. As posições contrárias estão, aliás, bem presentes nos dois projetos que estão mais avançados na corrida ao lítio: o projeto de Covas do Barroso, em Boticas, e o projeto da mina do Romano, em Sepeda (Montalegre).

Leia a notícia completa em Público (acesso pago).

Brasileiros barrados à entrada de Portugal batem recorde

O número de estrangeiros barrados à entrada de Portugal está a aumentar, sobretudo de cidadãos brasileiros. Os estrangeiros são impedidos de entrar no país por não terem razão válida para entrar ou por não terem o visto em ordem. Só no ano passado, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) barrou 3.758 pessoas, 76% das quais oriundas do Brasil.

Leia a notícia completa em Jornal de Notícias (acesso pago).

Atraso nos outdoors tira seis milhões à Câmara Municipal de Lisboa

Depois de uma queixa da Associação Portuguesa de Anunciantes (Apan), o regulador determinou que a concessão da publicidade exterior de Lisboa à JC Decaux — por um período de 15 anos — teria de ser objeto de notificação. Isto aconteceu em finais do mês de fevereiro, mas até agora a notificação ainda não chegou à empresa. António Moita, administrador da JC Decaux, afirma que a empresa está a analisar a decisão do regulador, sem prestar outros declarações. Certo é que sem notificação e, posterior decisão da Autoridade da Concorrência (AdC), o novo contrato de concessão, no valor de 8,3 milhões de euros por ano, não pode ser assinado. Assim, “os contratos em vigor (Cemusa e JC Decaux) foram, ambos, prorrogados até à data em que se inicie a produção dos efeitos decorrentes da outorga do novo contrato de concessão”, confirma fonte oficial da Câmara Municipal de Lisboa.

Leia a notícia completa em Diário de Notícias (acesso pago).

Produção de cereja sobe 40% e faz cair os preços

Este ano, a produção de cereja no concelho de Fundão deverá chegar às sete mil toneladas. A estimativa — contas que têm por base os dois mil hectares de cerejal que há no concelho — é avançada pelo presidente da Câmara do Fundão, Paulo Fernandes, na semana em que as primeiras cerejas começam a ser vendidas no concelho. O preço, contudo, já desceu em relação ao ano passado. A produtora Alzira Maceiras “inaugurou” a época com a venda da primeira caixa a 12,5 euros — pouco mais de seis euros por quilo — menos do que o valor cobrado no ano passado.

Leia a notícia completa em Jornal de Notícias (acesso pago).

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Lisboa avança em linha com a Europa. BCP sobe mais de 2%

Lisboa iniciou a segunda sessão da semana em terreno positivo, à boleia do bom desempenho dos títulos do BCP. As ações do banco liderado por Miguel Maya sobem mais de 2%.

Em linha com a Europa, Lisboa arrancou a segunda sessão da semana em terreno positivo. Os títulos do BCP estão a valorizar mais de 2% e puxam pela praça nacional. A pressionar a bolsa estão, por outro lado, as ações da EDP Renováveis e da REN, que estão no vermelho.

O índice de referência nacional, o PSI-20, está começou a sessão a subir 0,33% para 5.086,96 pontos. Igual tendência está a ser registada nas demais praças do Velho Continente com o Stoxx 600 a somar 0,3%, o francês CAC 0,5%, o espanhol Ibex 0,4% e o alemão DAX 0,3%. Isto apesar do agravamento das tensões comerciais entre a China e os Estados Unidos. Na segunda-feira, Pequim anunciou que planeia impor tarifas sobre 60 mil milhões de dólares de bens americanos em resposta ao aumento das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos sobre as importações chinesas.

Por cá, a puxar pela bolsa lisboeta estão os títulos do BCP, que estão a avançar 2,24% para 0,2513 euros.

Para o bom desempenho da praça nacional estão também a contribuir as ações das papeleiras: as da Altri valorizam 1,84% para 6,37 euros, as da Navigator 1,10% para 3,486 euros e as da Semapa 0,92% para 13,22 euros.

No setor energético, os títulos da EDP Renováveis e da REN estão em terreno negativo, desvalorizando respetivamente 0,46% para 8,6 euros e 0,39% para 2,525 euros. Já as ações da EDP somam 0,57% para 3,172 euros. Apesar de terem começado a sessão no vermelho, os títulos da Galp Energia avançam 0,91% para 13,835 euros.

Um dia depois de os CTT terem confirmado que João Bento é o nome que se segue na presidência executiva dos CTT (após a renúncia ao cargo por parte de Francisco de Lacerda), as suas ações valorizam 0,09% para 2,278 euros.

(Notícia atualizada)

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PSD manifesta “abertura de espírito” para aprovar Lei de Bases da Habitação

  • Lusa
  • 14 Maio 2019

Sociais-democratas reconhecem “progressos muito importantes [com] o PS afastar-se dessa posição tão radical e apresentar uma posição mais moderada”.

O PSD manifestou esta segunda-feira, no parlamento, “abertura de espírito” para que a Lei de Bases da Habitação seja aprovada, saudando “a posição menos radical do PS”, nomeadamente quanto às requisições forçadas de habitações devolutas e despejos no inverno.

Na apresentação e discussão das propostas para a criação da Lei de Bases da Habitação, processo legislativo que decorre no grupo de trabalho parlamentar da Habitação, Reabilitação Urbana e Políticas de Cidades, na Assembleia da República, em Lisboa, o deputado do PSD António Costa Silva considerou “progressos muito importantes o PS afastar-se dessa posição tão radical e apresentar uma posição mais moderada”.

“Estamos com abertura de espírito para que isto possa funcionar”, avançou o deputado social-democrata.

Com uma posição semelhante, o deputado do CDS-PP Álvaro Castello-Branco afirmou que o texto de substituição apresentado pelo PS ao próprio projeto para a Lei de Bases da Habitação é “menos radicalizado e mais adaptado à realidade em vigor”, ressalvando que existem ainda muitas propostas dos socialistas das quais os centristas discordam.

Em relação aos projetos de lei do PCP e do BE, o deputado do CDS-PP reforçou que “a discordância é tal que não fazia sentido apresentar propostas de alteração”.

Da parte do PS, o deputado Luís Vilhena frisou que o objetivo é criar uma Lei de Bases da Habitação “estável e duradoura”, pelo que se devem “procurar consensos, introduzir melhorias e encontrar equilíbrios”, nomeadamente nos direitos de inquilinos e senhorios e nos deveres do Estado e dos proprietários privados.

Entre os principais conceitos do projeto de lei do PS, Luís Vilhena destacou a ideia de que a habitação cumpre uma função social, no sentido de contrariar a colocação num registo especulativo, a proteção especial da morada de família e a proteção e acompanhamento do despejo por parte do Estado, assim como um conjunto de instrumentos e estratégias para a habitação.

Sobre o projeto de lei do PCP, a deputada comunista Paula Santos indicou como eixo principal o papel do Estado, que “deve ter um papel determinante na fiscalização, na orientação das opções políticas, no arrendamento, na reabilitação urbana e na mobilização do património público existente para dar resposta às carências habitacionais”, assim como a ideia de que a habitação cumpre uma função social.

O PCP defendeu, ainda, a necessidade de a política de solos estar articulada com os instrumentos de gestão do território já existentes, no sentido de combater a especulação imobiliária.

Em relação ao projeto de lei do BE, a deputada bloquista Maria Manuel Rola sublinhou o direito de acompanhamento e proteção no despejo, entendendo que deve ser um serviço público a garantir uma solução de habitação adequada, propondo a criação do Serviço Nacional de Habitação.

“Deve ser penalizado o abandono injustificado de habitação”, acrescentou a deputada do BE.

Inicialmente, os projetos de PS, PCP e BE defendiam o conceito de função social da habitação, em que se incluía a requisição temporária de casas injustificadamente devolutas ou abandonadas, mas o PS recuou na apresentação dessa proposta, decisão que mereceu o apoio de PSD e CDS-PP.

Na quarta-feira, o grupo de trabalho parlamentar da Habitação vai continuar a apresentação e discussão das propostas, prevendo que, após a interrupção devido às eleições europeias, a votação indiciária seja no dia 28 de maio e que o processo fique concluído em 31 de maio, “data indicativa” para a votação final, em sessão plenária.

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Joe Berardo “alvo” de críticas e ironias em jantar de campanha do CDS

  • Lusa
  • 14 Maio 2019

O cabeça de lista do CDS às Europeias criticou o empresário Joe Berardo, face às declarações feitas pelo madeirense no âmbito na Comissão de Inquérito à CGD.

O empresário Joe Berardo foi esta noite “convidado” ausente do jantar de campanha europeia do CDS, onde foi alvo de críticas e ironias do “número um” da lista, Nuno Melo, e da vice do partido Cecília Meireles. Três dias depois de ter dito, a rir, na comissão de inquérito à CGD, no parlamento, que não tinha dívidas, Cecília Meireles, uma das deputadas que interrogou Berardo, afirmou que aquelas afirmações são “uma desfaçatez completa” e “um desrespeito pelos portugueses”.

O empresário Berardo foi ainda utilizado pela deputada do CDS para tentar desmontar uma das heranças reclamadas pela “geringonça” (o Governo do PS com o apoio das “esquerdas encostadas”), ou seja resolver “os problemas da banca” e “pôr muito dinheiro dos impostos de todos” nos bancos.

E, tal como Nuno Melo já fizera, apontou ao ex-primeiro-ministro José Sócrates, que o CDS culpa pela “bancarrota do país” em 2011, à frente de um Governo do PS, em que o atual chefe do executivo participou. “Na origem dos problemas da banca e dos bancos lá encontramos a herança do ex-primeiro-minstro José Sócrates”, afirmou, acrescentando que os “créditos mais problemáticos” para a Caixa foram feitos nos anos em que o Governo era chefiado por Sócrates.

Se a coleção Berardo está hoje exposta no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, deve-se a “um protocolo com o Estado”, assinado nos tempos de Governo do PS. “Lá encontramos José Sócrates”, afirmou. Mas António Costa também foi incluído nos ataques da deputada e vice-presidente centrista, dado que esse protocolo foi renovado em 2016, já durante o mandato do atual executivo.

O CDS promete, agora, continuar a fazer perguntas para que o Governo diga se conhecia que as obras da Coleção Berardo “tinham sido usadas para ludibriar os bancos”. A deixa para o discurso de Cecília Meireles tinha sido dada, minutos antes, por Nuno Melo, que, mais uma vez, usou o nome de Sócrates, citando frase de Joe Berardo sobre o antigo secretário-geral do PS.

O eurodeputado leu várias frases de Berardo sobre Sócrates, de 2007, como: “Portugal precisa de um primeiro-ministro como José Sócrates para dar uma reviravolta ao país” ou “Sócrates tentou fazer alguma coisa pelo país, mas foi crucificado.” “Que diríamos nós que pagamos 350 milhões de dívida enquanto Joe Berardo no parlamento, sorri, [e] diz que não deve nada a ninguém”, afirmou Nuno Melo.

O empresário madeirense foi ouvido no parlamento na sexta-feira, onde disse que é “claro” que não tem dívidas, e confirmou que a garantia que os bancos têm é da Associação Coleção Berardo, e não das obras de arte. Joe Berardo esclareceu que a garantia dada à CGD são os títulos da Associação Coleção Berardo e não das obras de arte em si.

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Marisa Matias: “Nós não queremos uma Europa offshore”

  • Lusa
  • 14 Maio 2019

"Não queremos uma Europa em que o dinheiro só tem direitos e não tem deveres e as pessoas só têm deveres e não têm direitos", disse esta segunda-feira a bloquista Marisa Matias.

A primeira candidata do BE às europeias, Marisa Matias, rejeitou esta segunda-feira “uma Europa offshore“, onde o “dinheiro só tem direitos e não tem deveres”, considerando que o PS em Portugal, “condicionado pela esquerda”, não é o mesmo de Bruxelas.

Na Praça Paiva Couceiro, em Lisboa, e antes de descer a Rua Morais Soares para a já tradicional arruada do BE nas corridas eleitorais, Marisa Matias falou aos jornalistas sobre as duas iniciativas do primeiro dia de campanha que representam “as três linhas principais da campanha do Bloco” nestas eleições: a defesa do Estado social, o combate às alterações climáticas e a proteção laboral e dos direitos dos trabalhadores.

“Nós não queremos uma Europa offshore, não queremos uma Europa em que o dinheiro só tem direitos e não tem deveres e as pessoas só têm deveres e não têm direitos”, rejeitou, defendendo que “uma Europa que responda aos problemas das pessoas, uma Europa para as pessoas e que cumpra as promessas que lhe fez”.

Questionada sobre o posicionamento que o PS tem assumido em termos europeus, a eurodeputada recandidata bloquista foi perentória na crítica. “Estou no Parlamento Europeu há tempo suficiente para saber que aquilo que o PS tem defendido em Portugal, condicionado pela esquerda, não será nem é aquilo que tem defendido no Parlamento Europeu”, atirou.

Reiterando que vai fazer “nesta campanha um debate sobre aquilo que é o essencial”, ou seja, “os problemas concretos das pessoas”, Marisa Matias antecipou o objetivo da arruada. “E por isso estamos aqui hoje no final deste primeiro dia de campanha, para estar com as pessoas na rua. Nós não temos medo de conversar com as pessoas, de ir ao seu encontro, de ouvir os seus problemas. Queremos mesmo fazer essa avaliação”, justificou.

Questionada sobre se isso era uma “farpa” a alguns candidatos que não têm estado na rua, a cabeça de lista do BE respondeu: “só falo por mim. Não posso falar pelos outros”. A defesa do Estado social, o combate às alterações climáticas e os direitos dos trabalhadores são para o BE as “três principais tarefas” para o próximo mandato em Bruxelas.

“E por isso estivemos numa escola pública que já eliminou os plásticos (no transporte de alimentos), estivemos também em contacto com trabalhadores por turnos que são dos que estão ainda mais afetados pela legislação da ‘troika’ e ainda não viram justiça relativamente à sua situação. Tudo isto está relacionado entre a política europeia e a política nacional”, detalhou.

Atrás do som da música que marcou o ritmo da arruada, Marisa Matias seguiu depois, rua abaixo, para distribuir jornais de campanha, cumprimentar com quem se cruzou e demorar-se um pouco mais com todos aqueles que lhe quiseram manifestar apoio ou contar um problema pessoal.

Na comitiva estão vários deputados que, findo o debate quinzenal que esta segunda-feira decorreu no parlamento, puderam juntar-se à iniciativa de campanha, como Pedro Filipe Soares, Mariana Mortágua, José Soeiro, Pedro Soares, Joana Mortágua, Luís Monteiro ou Heitor de Sousa.

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