Já pode pedir apoio judiciário por via eletrónica

Pedir apoio judiciário vai ser mais fácil e rápido, e cancelá-lo também. Empresas em situação de insolvência passam agora a beneficiar de proteção jurídica.

São boas notícias para quem precisa de apoio judiciário: a partir de hoje vai poder pedir proteção jurídica por via eletrónica. Basta que preencha um formulário, sujeito a submissão e a partir daí segue-se um um procedimento desmaterializado, com vista a evitar atrasos processuais. É pelo menos esta uma das medidas aprovadas esta quinta-feira, em reunião de Conselho de Ministros, com a aprovação do novo Regime Jurídico do acesso ao direito e aos tribunais.

Foi aprovado o alargamento do acesso a este apoio, passando a chegar a um “universo mais amplo de cidadãos e empresas”, pode ler-se no documento. O conceito de insuficiência económica foi redefinido para se ajustar às capacidades financeiras de cada um. Nomeadamente no caso das empresas que estejam em situação de insolvência iminente que podem, agora, por via legislativa, beneficiar de proteção jurídica, na sequência da jurisprudência do Tribunal Constitucional. Se quiser desistir, cancelar o apoio jurídico também vai ser mais fácil.

Estas são medidas que já estavam a ser preparadas por este Executivo com o objetivo de tornar o acesso ao direito e à justiça mais justo, tendo em conta a condição económica dos cidadãos e o custo dos processos.

As várias modalidades de apoio judiciário foram também simplificadas. Agora um beneficiário poderá requerer apoio à dispensa de taxas processuais, emolumentos e demais encargos com o seu processo, apoio na nomeação e pagamento da compensação de patrono ou defensor oficioso e ainda com o pagamento de encargos em casos de arbitragem.

Para controlar o efetivo sistema de acesso ao direito e aos tribunais foi criado um Observatório, “uma entidade responsável por assegurar o controlo de qualidade e a supervisão contínua do sistema de acesso ao direito e aos tribunais”.

A lei de apoio judiciário vai ainda passar prever, expressamente, que o regime de apoio judiciário se aplica “em todos os tribunais, qualquer que seja a forma de processo”, “no âmbito da arbitragem institucionalizada, nos julgados de paz e nas estruturas de resolução alternativa de litígios e centros de arbitragem”, “nos processos de contraordenação”, “nos processos da competência do Ministério Público” e “nos processos que corram nas conservatórias, nos notários e nas entidades da administração pública”.

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PS acredita num acordo à esquerda na revisão da Lei de Bases da Saúde

  • Lusa
  • 9 Maio 2019

O líder parlamentar do PS acredita que ainda poderá ser possível alcançar na presente legislatura um acordo com o PCP, Bloco de Esquerda e PEV na revisão da Lei de Bases da Saúde.

O líder parlamentar do PS considerou esta quinta-feira que ainda poderá ser possível alcançar na presente legislatura um acordo com o PCP, Bloco de Esquerda e PEV em torno do texto final da Lei de Bases da Saúde.

Carlos César assumiu esta posição no final da reunião semanal da bancada socialista, na Assembleia da República, depois de questionado se a revisão da Lei de Bases da Saúde é uma das matérias que poderá transitar para a próxima legislatura. “Continuaremos o nosso diálogo com todas as forças políticas, sem exceção, seja na Lei de Bases da Saúde, onde me parece possível designadamente um acordo à esquerda, seja no caso da Lei de Bases da Habitação, no Programa Nacional de Investimentos ou na legislação laboral“, respondeu.

No caso da Lei de Bases da Saúde, fonte socialista disse à Lusa que voltaram a estar em curso conversações com o PCP, nomeadamente no que respeita à redação sobre as Parceiras Público Privadas (PPP), mas também com o Bloco de Esquerda, neste caso sobre limitação de taxas moderadoras. Carlos César justificou o facto de “não excluir a possibilidade” de um acordo à esquerda “em função do diálogo” que tem havido entre as diferentes forças políticas “e do que tem sido possível isolar como fatores que neste momento diferenciam as propostas dos partidos”.

Vamos ver se essas diferenciações são ou não suficientes para haver uma dissonância numa votação final global. Não quero acrescentar nada mais porque nós falamos com todos — evidentemente com maior facilidade com uns do que com outros dependendo do tema. E a nossa obrigação é procurar a concertação”, frisou o líder da bancada socialista.

No mês passado, no processo de revisão da Lei de Bases da Saúde, PS e Governo desentenderam-se sobretudo com o Bloco de Esquerda, depois de a bancada socialista ter modificado a redação antes sugerida pela ministra da Saúde, Marta Temido, sobre a existência de PPP no setor. Enquanto a ministra da Saúde admitiu fechar a possibilidade de manutenção das PPP, o PS admitiu-as em casos “fundamentados”, opção que gerou protestos do Bloco de Esquerda e também do PCP.

Em relação à parte final da presente legislatura, o presidente do Grupo Parlamentar do PS referiu que parte das matérias em discussão na Assembleia da República “só terá conclusão, provavelmente, depois das eleições europeias” do próximo dia 26. “Temos ainda algum tempo para trabalharmos em conjunto e procurarmos boas soluções. Mas o PS, no Parlamento, reserva para si a função de não só defender as suas convicções, mas, igualmente, procurar com outros partidos a maior concertação possível”, acrescentou.

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Centeno usa Banco de Portugal para validar redução da carga fiscal na legislatura

Com eleições à porta, o Ministério das Finanças não desperdiça oportunidades para contestar a ideia de que a carga fiscal subiu. Desta vez socorre-se de dados do banco central.

O Ministério das Finanças diz que nesta legislatura as decisões do Governo levaram a uma “queda da carga fiscal estrutural em todos os anos” e recorre a dados recentes do Banco de Portugal para suportar esta ideia.

“A avaliação correta do impacto das medidas legislativas na carga fiscal no presente e no futuro é feita na recente publicação do Boletim Económico de maio do Banco de Portugal. De acordo com essa análise, as medidas de política adotadas pelo Governo ao longo dos últimos três anos contribuíram para reduzir a carga fiscal estrutural, tendo “resultado, em termos líquidos, numa perda de receita”, diz um comunicado enviado esta quinta-feira às redações pelo Ministério das Finanças.

Este comunicado segue-se a outro em que o ministro das Finanças destacou a existência de um indicador de carga fiscal melhor do que é usado habitualmente, e que aponta para uma redução.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), a carga fiscal subiu para 35,5% do PIB no ano passado, o valor mais alto desde 1995.

“Nesta legislatura as decisões do Governo levaram a uma queda da carga fiscal estrutural em todos os anos. Esta queda é particularmente significativa em 2016 (-0,25 pontos percentuais), ano em que se tem repetido de forma errada a ideia de que o Governo aumentou um imposto para poder baixar os outros“, afirma o Ministério das Finanças. “Nada pode corresponder menos à verdade”, conclui a mesma fonte.

Segundo as Finanças, os impostos pagos pelos portugueses baixaram quase 500 milhões de euros em 2016. “Voltaram a reduzir-se em 2017 e 2018. Apenas no IRS, e de acordo com os cálculos do Ministério das Finanças, os portugueses pagam em 2019 menos 1.000 milhões de euros do que pagariam em 2015 para o mesmo nível de rendimento” – um valor já utilizado pelo Governo várias vezes, sempre que a carga fiscal é o foco do debate político.

O ministério tutelado por Mário Centeno acrescenta que a “receita fiscal estrutural aumentou cerca de 0,4 pontos percentuais, mas enquanto em 2014-2015 este aumento foi exclusivamente justificado por medidas legislativas, que aumentaram assim a carga fiscal, entre 2016 e 2018 aconteceu exatamente o contrário, as medidas legislativas contribuíram de forma decisiva para um alívio fiscal de 0,5 pontos percentuais”.

Para o Governo o aumento da receita nesta legislatura ficou a dever-se ao crescimento económico e à evolução do emprego.

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Morais Leitão e SRS na assessoria da compra da 321 Crédito pelo Banco CTT

O Banco CTT concluiu a aquisição da totalidade do capital social da 321 Crédito em maio. A assessoria jurídica ao banco esteve a cargo da Morais Leitão. SRS Advogados assessorou a empresa de crédito.

O Banco CTT concluiu no passado dia 2 de maio a aquisição da totalidade do capital social da 321 Crédito – uma empresa especializada na concessão de crédito automóvel –, tendo sido juridicamente assessorado durante toda a operação pela Morais Leitão. Já a empresa de crédito contou com a assessoria da SRS Advogados. A operação implica um investimento na ordem dos 100 milhões de euros.

A assessoria jurídica da Morais Leitão foi prestada por uma equipa multidisciplinar liderada por Eduardo Paulino, sócio da Morais Leitão especializado em M&A e mercado de capitais, contando ainda com a sócia Magda Viçoso e com os advogados Patrícia Melo Gomes, Marta Pereira Rosa, Nuno Sobreira e Inês Magalhães Correia.

A assessoria jurídica da SRS Advogados também contou com uma equipa multidisciplinar liderada pela sócia da área financeira, Alexandra Valente, contando ainda com os sócios Gustavo Ordonhas Oliveira e Neuza Pereira de Campos e com a advogada Raquel Santos.

A aquisição da 321 Crédito deverá permitir aos CTT diversificar o portefólio de produtos do Banco CTT, “com um negócio rentável de crédito ao consumo, e otimizar o Balanço do Banco CTT, melhorando o seu rácio de transformação de 20% para mais de 60%”, pode ler-se em comunicado do banco.

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A manhã num minuto

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Salário médio dos portugueses cresceu 3,1% num ano. Toca máximo de 951 euros

O INE revela que a remuneração média dos portugueses cresceu 3,1% para 951 brutos mensais. São os trabalhadores da eletricidade, gás, vapor, água quente e ar frio a receber mais.

A remuneração média dos portugueses aumentou 3,1% em março deste ano quando comparada com o mesmo período de 2018, tendo atingido os 951 euros brutos. Isto de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), cuja análise divulgada esta quinta-feira tem por base os dados fornecidos por 396 mil empresas à Segurança Social, na Declaração Mensal de Remunerações. Esta informação respeita a mais de 3,6 milhões de trabalhadores lusitanos.

De acordo com o INE, no terceiro mês do ano, a remuneração bruta regular (isto é, sem os subsídios de férias e de Natal) fixou-se nos 951 euros, o que representa uma subida de 3,1% face a março de 2018. Nessa altura, a remuneração média estava nos 922 euros. O número registado em março deste ano é o mais elevado desde que o INE compila estes dados, março de 2015.

Por setor de atividade, são os trabalhadores da eletricidade, gás, vapor, água quente e ar frio a receber remunerações mais robustas. Em média, recebem 2.490 euros. Seguem-se os trabalhadores das atividades financeiras e seguros (2.048 euros mensais brutos) e os das atividades dos organismos internacionais e outras instituições extra-territoriais (1.682 euros mensais brutos).

No outro lado do espetro, estão os trabalhadores das atividades administrativas e dos serviços de apoio (650 euros mensais brutos), da agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca (666 euros mensais brutos) e do alojamento, restauração e similares (686 euros mensais brutos).

No que diz respeito à dimensão humana das empresas, são as companhias com 500 a 999 trabalhadores a pagar melhor. Em média, esses portugueses recebem 1.137 euros brutos, todos os meses, valor que compara com os 744 euros auferidos pelos trabalhadores das empresas com 1 a 9 colaboradores.

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Petrolíferas veem com “apreensão” nova greve. Pedem mais coordenação na gestão da crise

Depois de reuniões produtivas, um comunicado da ANTRAM deitou por terra os avanços. Os motoristas de materiais perigosos avançam para uma nova greve que deixa a Apetro "apreensiva".

Filas e mais filas. Foi este o cenário nos postos de abastecimento portugueses em resultado da greve dos motoristas de materiais perigosos que só foi levantada com o compromisso de negociações com os patrões do setor. Houve progressos, mas um simples comunicado da ANTRAM veio deitar tudo por terra. E há, agora, um novo pré-aviso de paralisação que está a deixar as petrolíferas apreensivas.

O SNMMP anunciou na quarta-feira que fez chegar ao Governo um pré-aviso de greve para 23 de maio, na sequencia da divulgação de informações que diz serem falsas por parte da ANTRAM. A associação que representa os patrões divulgou em comunicado que na última reunião com o sindicato este tinha recuado nas pretensões e apresentado uma contraproposta para um salário base de 700 euros — contra a exigência inicial de 1.200 euros.

Pardal Henriques, advogado do sindicato nas negociações, explicou ao ECO que o SNMMP decidiu avançar com o pré-aviso de greve depois de ter constatado no comunicado da ANTRAM aquilo que representava uma “falta de cumprimento da palavra” que tinha sido dada pela associação.

Uma decisão recebida “com apreensão” por parte da Apetro. A Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas diz que está apreensiva perante a perspetiva de “perturbação” que esta nova greve poderá “trazer ao normal funcionamento das empresas e das famílias”. Contudo, António Comprido, diz que esta é uma postura que “respeita” em “absoluto” o “direito à greve” e às “posições das partes envolvidas no conflito”.

"A Apetro está a trabalhar com as entidades competentes no sentido de melhorar a coordenação e gestão da crise.”

António Comprido

Secretário-geral da Apetro

O secretário-geral da Apetro, questionado sobre a forma como as petrolíferas se estão a preparar para enfrentar a paralisação anunciada para 23 de maio, diz estar a “trabalhar com as entidades competentes no sentido de melhorar a coordenação e gestão da crise”. Ou seja, está a fazer tudo para que se possa evitar o cenário vivido na anterior greve, com filas intermináveis nos postos de abastecimento, muitos deles acabando por ficarem sem combustível. O Governo diz que “continuará esforços” para evitar nova greve.

A Apetro diz que vai, tal como já fez na anterior paralisação, reforçar os abastecimentos dos postos. Já foi acautelada na última situação de greve”, sendo que agora voltarão a ser atestadas as “bombas” no sentido de evitar situações de disrupção.

Questionado sobre se as empresas do setor conseguem quantificar os prejuízos resultantes da paralisação recente, António Comprido diz que “só cada uma das empresas poderá quantificar esses eventuais prejuízos”. Mas o principal prejuízos “foi, sem dúvida, a perturbação que causou com a interrupção do normal funcionamento da distribuição de combustíveis às empresas ao público em geral”, remata.

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Costa rejeita ambições europeias e garante que só é candidato a primeiro-ministro

  • Lusa
  • 9 Maio 2019

"Eu não sou candidato a nada a não ser às funções que exerço em Portugal”, afirmou o primeiro-ministro, acrescentando que está “muito concentrado” no seu trabalho em Portugal.

O primeiro-ministro, António Costa, garantiu esta quinta-feira à chegada à cimeira informal de líderes da União Europeia (UE) em Sibiu, Roménia, que não é candidato “a nada” na hierarquia europeia, pretendendo continuar a exercer as atuais funções em Portugal.

Questionado pelos jornalistas sobre notícias na imprensa internacional, designadamente no Financial Times, que o apontam como eventual candidato surpresa à sucessão de Donald Tusk como presidente do Conselho Europeu, António Costa afirmou que tal “é muito elogioso” mas disse que, “seguramente”, não será candidato na ‘guerra dos tronos da União Europeia’ que terá início imediatamente após conhecidos os resultados das eleições europeias de 23 a 26 de maio.

“É muito elogioso, mas eu não sou candidato a nada a não ser às funções que exerço em Portugal”, asseverou, sublinhando que está “muito concentrado” no seu trabalho em Portugal.

“Como se recordam, há cinco anos, quando me disponibilizei a liderar o Partido Socialista, e depois a primeiro-ministro, apresentei uma agenda para a década e é nessa agenda que tenho estado focado e que continuarei focado. Obviamente, o trabalho ao nível da UE faz parte indispensável do desenvolvimento da nossa estratégia, é por isso que temos procurado ter uma posição muito ativa no seio da UE, e isso passa pela adoção de propostas, pela forma com temos desempenhado funções designadamente no seio do Eurogrupo, mas não passará seguramente por eu desempenhar qualquer função na UE”, declarou.

António Costa sublinhou que o facto de não ser candidato a um dos cargos de topo da UE não significa que seja ativo no processo de escolha dos cargos de topo da UE após as eleições europeias, e que compreenderão as designações para presidentes do Parlamento Europeu, da Comissão Europeia, do Conselho Europeu, e ainda para Alto Representante da UE para a Política Externa, além da liderança do Banco Central Europeu (BCE).

“Não, eu não sou candidato. Agora, serei parte ativa na decisão de qual deva ser a equipa dirigente da UE a seguir às eleições europeias”, apontou.

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Impostos e contribuições pagam aumento de mais de 9 mil milhões da despesa com pessoal, diz o CFP

O equilíbrio das contas públicas vai continuar a depender do aumento esperado na receita com impostos e contribuições sociais, que pagam os 9,4 mil milhões de aumento das despesas com pessoal.

O controlo das contas públicas previsto pelo Governo até 2023 vai continuar a depender do aumento das receitas com impostos e contribuições, diz o Conselho das Finanças Públicas, que antecipa uma subida destas receitas acima do aumento previsto para as despesas rígidas do Estado. A receita adicional vai permitir pagar o aumento de 9,4 mil milhões de euros nas despesas com pessoal e prestações sociais, os 2,4 mil milhões de investimento previsto e ainda metade do aumento de gastos com consumos intermédios que o Governo espera que venham a concretizar-se.

“A previsão orçamental de médio prazo no cenário com medidas de política aponta para que a evolução nominal do saldo continue a depender do elevado contributo da receita fiscal e contributiva, superior ao aumento previsto para as componentes mais rígidas da despesa pública”, diz a instituição liderada por Nazaré Cabral.

Na análise que faz ao Programa de Estabilidade apresentado em abril, o Conselho das Finanças Públicas diz que 80% do aumento de receita previsto até 2023 chegarão das receitas com impostos e contribuições sociais.

Este aumento permite pagar o crescimento antecipado pelo Governo de 9.443 milhões de euros nas despesas com pessoal e prestações sociais, os 2.378 milhões de euros de investimento previsto (em que só um quinto deste está destinado a investimentos estruturantes) e metade do aumento dos gastos do Estado com consumos intermédios, cerca de 960 milhões de euros.

O resto do aumento da despesa deverá ser coberto quase na totalidade pela redução dos encargos com juros da dívida e pela ‘outra despesa’.

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CFP avisa que Centeno pode ter subavaliado fatura com pessoal até 2023

No espaço de um ano, o Governo reviu em alta as despesas com pessoal em mais de mil milhões de euros. Futuros orçamentos podem não acomodar surpresas e investimento ficar comprometido.

O ministro das Finanças pode estar a ser otimista nas contas que apresenta para a evolução das despesas com pessoal entre 2018 e 2023, já que o Governo tem vindo a rever em alta a fatura com os trabalhadores da Função Pública e existem pressões para que haja mais despesa. O alerta é dado pelo Conselho das Finanças Públicas (CFP), no relatório de análise ao Programa de Estabilidade publicado esta quinta-feira.

“A revisão em alta das despesas com pessoal apresentadas neste PE, face às anteriormente apresentadas, confirma essas pressões e os desenvolvimentos recentes neste domínio permitem antecipar que as previsões apresentadas podem ser ainda otimistas”, diz a instituição presidida por Nazaré Cabral.

Segundo o CFP, “no caso das despesas com pessoal, o PE/2019 considera para 2022 uma despesa superior em 0,5 pontos percentuais do PIB à prevista no PE/2018 (uma revisão em alta de 1.037 milhões de euros)”.

O alerta chega numa altura em que o poder político debate a contagem integral do tempo de serviço nas carreiras especiais, nomeadamente, para os professores.

Isto significa que a fatura com pessoal para este ano e que Centeno deixa para o próximo Governo pode estar subavaliada e vir a revelar-se superior ao estimado no documento que o Governo enviou em abril para Bruxelas.

O gráfico publicado pelo CFP no relatório (à esquerda) ilustra a diferença entre o que era esperado há um ano como folha salarial (23.222 milhões de euros em 2022) e o que é esperado agora (24.259 milhões de euros até 2022). Num espaço de um ano, o Ministério das Finanças reviu em alta em mais de mil milhões de euros a expectativa de gastos com o pessoal até àquele ano.

“O Ministério das Finanças procedeu nos últimos exercícios, e em particular no Programa de Estabilidade em apreço, a sucessivas revisões em alta da despesa com pessoal, em grande medida por força do impacto financeiro das medidas relativas ao descongelamento gradual das carreiras (geral e especiais)“, acrescenta o CFP.

A instituição diz que para já a despesa prevista está acomodada pela receita esperada, mas essa garantia já não existe se estas despesas se revelarem superiores. E aí o CFP lembra que o investimento pode vir a ser penalizado.

“Se, por ora, é possível acomodar, em previsão, estes aumentos nominais em resultado do crescimento superior previsto para o PIB nominal, não é garantido que essa capacidade acomodatícia se mantenha no futuro próximo“, avisa.

“Esta pressão sobre a despesa corrente pode eventualmente vir a comprometer também a despesa de investimento, seja em novos projetos, seja a indispensável despesa de reposição. De resto, tal parece já denotar-se da revisão em baixa da previsão da FBCF pública até 2021 neste Programa de Estabilidade”, anota a instituição.

(Notícia atualizada)

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António Costa afasta cenário de crise política

  • Lusa
  • 9 Maio 2019

António Costa manifestou-se convicto de que a posição adotada pelo Governo, de ameaçar demitir-se caso a contabilização total do tempo de serviço dos professores fosse aprovada, foi determinante.

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta quinta-feira, em Sibiu, Roménia, que “se toda a gente votar” na sexta-feira “como anunciou que votaria” o texto final do diploma do tempo de serviço dos professores, o país preserva a sua credibilidade internacional.

“Vamos aguardar o que é que acontecerá amanhã (sexta-feira), mas se toda a gente votar amanhã como anunciou que votaria, eu creio que o país felizmente terá evitado uma crise orçamental que poria gravemente em risco a sua credibilidade internacional”, declarou em Sibiu, aos jornalistas, à margem de uma cimeira informal de líderes da União Europeia.

O primeiro-ministro manifestou-se também convicto de que a posição adotada pelo Governo, de ameaçar demitir-se caso a contabilização total do tempo de serviço dos professores fosse aprovada em votação final global, foi determinante.

Para António Costa, “claramente, o gesto que o Governo português tomou foi muito importante para evitar essa crise e, sobretudo, para reforçar a credibilidade internacional do país com sendo um país que seta fortemente comprometido com o crescimento económico, com a redução das desigualdades, com o crescimento do emprego, mas com contas certas”.

“E acho que isso é um ganho imenso que o país teve e felizmente a credibilidade internacional do país sai reforçada”, concluiu.

O parlamento vota em plenário de sexta-feira o texto final da apreciação parlamentar do diploma do tempo de serviço dos professores, depois de na semana passada, ter aprovado, em sede da comissão parlamentar de Educação, uma alteração ao decreto do Governo, com os votos contra do PS e o apoio de todas as outras forças políticas, estipulando que o tempo de serviço a recuperar são os nove anos, quatro meses e dois dias reivindicados pelos sindicatos docentes, sem ficar estabelecido um calendário para essa recuperação.

Após uma reunião extraordinária do ‘núcleo duro’ do Governo, na passada sexta-feira de manhã, e uma audiência com o Presidente da República, à tarde, o primeiro-ministro, António Costa anunciou que comunicou a Marcelo Rebelo de Sousa que o Governo se demite caso a contabilização total do tempo de serviço dos professores seja aprovada em votação final global.

Do chumbo do texto final, que deverá ter lugar já na próxima sexta-feira, depende a então a continuidade do Governo em funções, mas PSD e CDS-PP já anunciaram que vão avocar para votação em plenário as propostas chumbadas na comissão que faziam depender das condições financeiras do país a devolução do tempo de serviço e BE e PCP, por seu lado, anunciaram que vão manter o mesmo sentido de voto que tiveram na especialidade.

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Hotel de luxo vai ser construído em Vila Viçosa num investimento de 20 milhões

  • Lusa
  • 9 Maio 2019

O "Royal S. Paulo Hotel Resort" já tem o projeto de arquitetura aprovado para um hotel de "cinco estrelas plus". A nova unidade prevê a criação de cerca de 100 postos de trabalho.

Um hotel de luxo vai “nascer” no edifício do antigo Convento de São Paulo, em Vila Viçosa (Évora), onde funcionou a fábrica Sofal, num investimento de 20 milhões de euros, revelou esta quinta-feira fonte da empresa promotora.

O consultor imobiliário da empresa Paulo Borges adiantou à agência Lusa que já foi adquirido o imóvel do antigo mosteiro, situado no Largo D. João IV, no centro da vila alentejana, para ser transformado num hotel de “cinco estrelas plus”.

Segundo o consultor da “Aureum Group”, com sede no Porto, investidores estrangeiros, com coordenação desta empresa, vão investir no novo empreendimento hoteleiro.

Paulo Borges indicou que o “Royal S. Paulo Hotel Resort” já tem o projeto de arquitetura aprovado, estando previsto o início das obras para setembro deste ano, devendo ficar concluídas em 2021.

A nova unidade hoteleira prevê a criação de cerca de 100 postos de trabalho, referiu.

Construído no século XVI, o edifício, classificado como monumento de interesse municipal, que já sofreu várias alterações arquitetónicas e teve diversos usos, como unidade fabril da Sofal, dedicada à refinação de azeites e moagem de farinha, está desde o final do século XX devoluto e em avançado estado de degradação.

Segundo os promotores, o projeto de investimento compreende a reabilitação do edifício do antigo convento, construído em 1590, que será transformado num “resort de luxo e spa”, com 70 suites, um spa, piscina exterior e interior, dois restaurantes, jardins e ‘villas’.

A empresa do Porto está a investir na hotelaria em Portugal, através da recuperação de imóveis históricos.

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