Morreram mais 14 pessoas de Covid-19 e número de infetados ultrapassa 80 mil

Nas últimas 24 horas foram identificados 427 novos casos de coronavírus em Portugal. O número total de pessoas infetadas sobe para 80.312.

Portugal tem mais 155 casos ativos de Covid-19, num total de 27.568 pessoas que combatem atualmente a doença. Nas últimas 24 horas, a Direção-Geral da Saúde (DGS) encontrou 427 novos casos de infeção, elevando para 80.312 o número total de casos já confirmados desde a chegada do novo coronavírus a Portugal, a primeira vez que a fasquia simbólica dos 80 mil é ultrapassada.

Os dados revelados pela DGS mostram ainda que morreram mais 14 pessoas de complicações atribuídas à doença, continuando a tendência de subida do número de mortes que tem vindo a ser registada nos últimos dias. Desde 1 de junho que não se assistia a um número de mortes diárias por Covid-19 tão elevado, havendo já 2.032 mortes a lamentar na sequência desta crise sanitária.

Boletim epidemiológico de 6 de outubro

A região Norte regista a maioria dos novos casos, 231, ou seja, mais de metade dos 427 identificados esta terça-feira. Lisboa e Vale do Tejo contabiliza mais 131 casos de infeção por Covid-19, a segunda região mais fustigada, mas é aquela onde se registam mais óbitos: dez pessoas morreram.

A esmagadora maioria das mais de 27,5 mil pessoas que estão infetadas com Covid-19 é medicamente seguida no domicílio, havendo 732 pessoas internadas em enfermaria geral e 104 em unidades de cuidados intensivos. É um aumento de 31 pessoas no caso do internamento, e menos dois internamentos em cuidados intensivos.

Os dados da DGS mostram ainda que mais 258 pessoas foram dadas como recuperadas da doença, num total de 50.712 pessoas já recuperadas no país. Há ainda 46.437 pessoas em vigilância ativa das autoridades de saúde, por terem estado em contacto com pessoas infetadas, um aumento de 165 face aos dados de segunda-feira.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h19)

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Airbus reduz produção em 40%, mas tem encomendas para “vários anos”

  • Lusa
  • 6 Outubro 2020

Devido à pandemia, a fabricante de aeronaves cortou em 40% a produção, mas diz ter quase 7.500 encomendas de aviões comerciais. Em Portugal diz estar a "identificar novas áreas de cooperação".

A fabricante de aeronaves Airbus reduziu a atividade em 40% devido à pandemia, mas tem a produção assegurada “por vários anos” com as quase 7.500 encomendas de aviões comerciais em carteira e encara Portugal como “um importante parceiro”.

“Na Airbus diminuímos a produção em cerca de 40% face aos planos pré-covid e há muitas incertezas quanto ao futuro”, admitiu o vice-presidente para a Europa do Sul e Israel da companhia, Cesar Sanchez Lopez, durante o evento “AED Days”, que de hoje até quinta-feira reúne online diversos especialistas nacionais e internacionais das indústrias de aeronáutica, espaço e defesa.

Segundo recordou, os números mais recentes da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) sobre o tráfego aéreo global “indicam que a recuperação é extremamente frágil, com o número de passageiros e a capacidade do sistema 80% e 70% abaixo, respetivamente, dos níveis do ano passado, o que é uma crise muito séria”.

Ainda assim, Cesar Sanchez Lopez afirmou-se convicto da capacidade de resiliência do setor da aviação, que apontou como “um motor da economia global”, responsável em 2019 pelo transporte de mais de 3,6 mil milhões de passageiros, por quase 63 milhões de empregos e por uma contribuição para Produto Interno Bruto global de 2,7 triliões de dólares.

“No longo prazo consideramos que esta indústria é sólida, porque nos últimos 15 anos tem registado um crescimento médio anual do tráfego de passageiros de 4,4%. Claro que com a covid-19 tudo teve de ser revisto, mas a aviação tem sido muito resiliente às crises nos últimos anos — desde a crise do petróleo à crise do Golfo, crise asiática, 11 de setembro, SARS (síndrome respiratória aguda grave) e crise financeira de 2008 — e manteve sempre a tendência de crescimento”, sustentou.

Embora admitindo que “a crise associada à pandemia é, de longe, a maior de todas” e que “é demasiado cedo para antecipar o impacto que terá”, o responsável da Airbus afirmou-se “confiante” de que “o tráfego aéreo vai recuperar e, a longo prazo, vai continuar a crescer”.

Da análise que faz ao mercado global e tendo em conta o feedback direto que tem dos seus clientes em todo o mundo, a Airbus prevê que “a crise deverá estender-se bastante além de 2021 e que o tráfego aéreo não irá recuperar para níveis pré-covid antes de 2023, no melhor cenário, ou mesmo só em 2025”. “Ainda estamos muito longe dos níveis de 2019 e esperamos um longo período de recuperação”, afirmou Sanchez Lopez, que, apesar de considerar “encorajador ver alguns aviões de novo a voar”, admite que “a taxa média de ocupação continua a ser uma preocupação”.

E, se por um lado “as viagens aéreas domésticas estão a começar a recuperar lentamente (na China, por exemplo, o tráfego doméstico está quase em níveis pré-pandemia), o facto é que as viagens internacionais vão continuar em baixo ainda por um longo período e não vão regressar a níveis pré-covid por muitos anos”.

Airbus está a “identificar novas áreas de cooperação em Portugal”

Relativamente a Portugal, que apontou como “um importante parceiro da Airbus” quer pela “muito longa relação” que mantém com a companhia, quer pelos “indicadores muito positivos” que apresenta no setor da aviação e defesa, Cesar Sanchez Lopez manifestou o interesse em aprofundar e desenvolver o relacionamento de “há décadas”. “Temos uma relação já longa no ramo dos helicópteros, quer com o Governo e a Força Aérea Portuguesa, quer com operadores privados, e somos o parceiro de referência para a aviação comercial em Portugal, com a TAP a ser uma companhia quase 100% Airbus”.

Salientando que, atualmente, “cerca de 50% dos fornecedores portugueses nos setores da aeronáutica e defesa estão já na cadeia de valor da Airbus”, Sanchez Lopez disse que a “cadeia ativa de fornecedores” da Airbus em Portugal representou cerca de 65 milhões de euros em 2019 e 200 milhões de euros entre 2013 e 2018, sendo a companhia responsável por “mais de 1.000” empregos no país.

“Há muito que a Airbus apoia as empresas portuguesas do cluster aeronáutico em muitos projetos europeus na área da inovação e está disponível para continuar a contribuir para o desenvolvimento do ecossistema português através de parcerias com as empresas, universidades e instituições portuguesas”, assegurou, garantindo que a Airbus está “a identificar novas áreas de cooperação em Portugal”.

Na semana passada ficou a saber-se que a TAP chegou a acordo com a Airbus para adiar até 2027 a entrega de 15 aviões, que estava inicialmente prevista até 2025, o que lhe permitirá poupar cerca de 856 milhões de euros de investimento entre 2020 e 2022.

“Foi renegociada com a Airbus o diferimento das datas de entrega de 13 aeronaves A320neo de 2012-2022 para 2025-2027 e do diferimento da data de entrega dos [dois] A330neo de 2022 para 2024”, lê-se no relatório dos resultados do primeiro semestre deste ano da companhia, enviado na segunda-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A transportadora aérea portuguesa justificou esta medida com a necessidade de controlar e reduzir custos, que inclui a suspensão ou adiamento de investimentos não críticos e a renegociação de contratos, face aos efeitos da pandemia de covid-19 na sua atividade.

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Nove anos depois do BCP, Mourinho vai para a XTB

  • ECO
  • 6 Outubro 2020

José Mourinho vai dar a "cara" por uma campanha de marketing global da corretora XTB durante os próximos dois anos.

José Mourinho saltou do “banco” do Tottenham para o mundo dos investimentos. O “special one” vai dar a “cara” por uma campanha de marketing global da corretora XTB, numa parceria que tem a duração de dois anos.

O lançamento da campanha com o mote “seja como o José” foi anunciada esta terça-feira pela corretora e traz assim Mourinho de regresso à publicidade no setor financeiro nove anos depois de ter aceitado fazer o mesmo pelo BCP.

“A ideia criativa é baseada no conceito de semelhanças entre os desafios enfrentados pelos investidores no seu dia-a-dia e aqueles enfrentados por um treinador de futebol”, adianta a corretora, explicando que “uma boa estratégia, o desejo de vencer e aprender com os erros são os principais fatores para o sucesso no futebol e no mundo financeiro”.

Já Mourinho revelou-se “muito satisfeito” por se tornar o embaixador da XTB nos próximos anos. “Ficámos a conhecer-nos melhor nas minhas conversações com a XTB, e ficou desde logo claro para mim que compartilhamos muitos dos mesmos valores nas nossas respetivas jornadas: a paixão, o profissionalismo, o cuidado e o amor genuíno pelo que fazemos”, explicou o treinador português.

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NAV pode recusar serviços se utilizadores deverem 3 meses de taxas aéreas

  • Lusa
  • 6 Outubro 2020

A NAV Portugal pode recusar serviços a utilizadores que não paguem três ou mais meses de taxas de terminal ou de rotas ou taxas de terminal.

A NAV Portugal, único prestador de serviços de navegação aérea no país, pode recusar serviços a utilizadores que não paguem três ou mais meses de taxas de terminal ou de rotas, segundo um decreto-lei publicado esta terça-feira em Diário da República.

De acordo com o diploma que altera os regimes sancionatórios aplicáveis aos regimes jurídicos do céu único europeu, a NAV pode recusar a prestação de serviços “a utilizadores de serviços de navegação aérea quando estes não tenham efetuado, nos prazos previstos para o efeito, o pagamento de três ou mais faturas mensais relativas a taxas de terminal”. A mesma regra aplica-se também à falta de pagamento de três ou mais meses de taxas de rota.

No caso das taxas de terminal, a recusa de prestação de serviços pode também ocorrer quando o montante da dívida seja superior a 10 mil euros. Já no que diz respeito às taxas de rota, a NAV pode também recusar-se a prestar os serviços de navegação aérea quando a dívida do utilizador ascender a 50 mil euros. Aquelas regras aplicam-se mesmo nos casos em que as dívidas por taxas de navegação aérea e os respetivos juros de mora tenham sido originados por factos anteriores à data da sua entrada em vigor (quarta-feira).

O decreto-lei cria os regimes sancionatórios aplicáveis aos regimes jurídicos do céu único europeu, “que estabelece os requisitos técnicos e os procedimentos administrativos relativos às licenças e aos certificados dos controladores de tráfego aéreo”. Assim, fica também definido que a supervisão e fiscalização ao cumprimento do referido regime jurídico, na parte relativa à meteorologia aeronáutica civil, fica a cargo do Gabinete de Investigação de Acidentes Marítimos e da Autoridade para a Meteorologia Aeronáutica (GAMA).

Entre as várias contraordenações estabelecidas, é indicada como “muito grave” o “incumprimento, pelo prestador de serviços de tráfego aéreo do aeroporto de partida, do dever de assegurar que não será concedida autorização de controlo de tráfego aéreo aos voos que não respeitem o tempo de serviço estimado”. Os processos de contraordenação serão instaurados pela Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), bem como a aplicação das respetivas coimas.

Criada em 2004, a iniciativa Céu Único Europeu visa reduzir a fragmentação do espaço aéreo sobre a Europa e melhorar o desempenho da gestão do tráfego aéreo em termos de segurança, capacidade, eficiência de custos e ambiente. O executivo comunitário apresentou, em 2013, uma proposta de revisão destas normas, mas as negociações ficaram paradas no Conselho desde 2015.

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Défice de 7% em 2020 é “alcançável”, diz Banco de Portugal

O Banco de Portugal, agora liderado por Mário Centeno, não faz uma previsão para o saldo orçamental, mas admite que é "alcançável" um défice de 7% do PIB este ano.

O Banco de Portugal revelou esta terça-feira o boletim económico de outubro com novas previsões onde, apesar de não ter um número para o saldo orçamental, antecipa que o défice de 7% previsto pelo Governo deverá ser “alcançável”.

No boletim, o Banco de Portugal considera que, “apesar da incerteza relativa aos desenvolvimentos orçamentais, o objetivo de défice orçamental para 2020 de 7,0% do PIB afigura-se alcançável“. Esta terça-feira o Governo apresentou o cenário macroeconómico do Orçamento do Estado para 2021 aos partidos, apontando para um défice entre 7 a 7,5% este ano.

A entidade liderada agora por Mário Centeno, que esteve a apresentar o documento numa conferência de imprensa, assinala que “o saldo orçamental do segundo semestre continuará a ser afetado pela crise e por medidas adotadas para a combater”.

No primeiro semestre, segundo o Banco de Portugal, as medidas relacionadas com a Covid-19 tiveram um impacto de 1,8% do PIB no saldo orçamental. O banco central estima que o “peso” dessas medidas nas finanças públicas seja de 3% do PIB no conjunto do ano.

“Adicionalmente, o perfil de reembolsos de IRS terá beneficiado o saldo do primeiro semestre em cerca de 0,7 pp do PIB”, acrescenta o BdP, referindo-se aos atrasos que houve nos reembolsos do IRS relativamente às datas do ano passado. “Por último, o crescimento da despesa, excluindo medidas, contribui para a deterioração do défice”, como seria expectável dado que o Orçamento do Estado para 2020, independentemente do Orçamento Suplementar aprovado em junho, já previa um aumento dos gastos públicos.

Relativamente à receita, o BdP dá destaque à queda de 11,6% da receita com o IVA, superior à do consumo privado nominal (7%), o que poderá estar relacionado com o menor consumo de bens não alimentares e serviços, aos quais se aplica, em média, uma taxa de imposto superior”.

Do lado da despesa, o destaque vai para medidas como o lay-off simplificado que levaram a uma subida de 252,1%, em termos homólogos, dos subsídios. Porém, o Banco de Portugal, agora liderado pelo ex-ministro das Finanças, assume que estes gastos estão e ficarão aquém do orçamentado: “A execução dos subsídios até ao final do ano poderá ser inferior ao previsto no OE Suplementar, dado que a informação disponível indica que o custo destas medidas é inferior ao previsto no OE“.

Relativamente à dívida pública, o Banco de Portugal explica que “a trajetória de redução do rácio da dívida pública foi interrompida, mas as condições de financiamento mantêm-se favoráveis”.

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PCP diz que “qualquer posição é possível” em função do “conteúdo concreto” do OE

Os comunistas dizem que ainda não decidiram que posição vão adotar na hora de votar o Orçamento do Estado para 2021. "Qualquer posição é possível", diz João Oliveira.

O PCP ainda não decidiu que posição vai adotar na hora de votar o Orçamento do Estado para 2021 (OE2021). De acordo com João Oliveira, tudo vai depender da proposta concreta que está a ser preparada pelo Governo — e negociada com os partidos à esquerda.

“Tivemos oportunidade de insistir nos elementos que já anteriormente adiantámos relativamente aos objetivos a que o OE deve estar sujeito. Estas reuniões não estão propriamente destinadas à concretização dessa discussão (…). Essa discussão, naturalmente, terá de prosseguir noutro quadro”, disse o comunista esta terça-feira, à saída de uma reunião com o ministro das Finanças e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares.

João Oliveira sublinhou que, mais importante do que o défice é dar uma resposta aos problemas económicos e sociais do país. E esse caminho passa pelo “conjunto das propostas que o PCP tem trazido a esta discussão”. “O PCP já identificou um conjunto muito alargado de medidas a inscrever no OE e o Governo tem todas as condições para as introduzir na proposta de lei a apresentar no dia 12″, disse.

Questionado sobre o sentido de voto dos comunistas quanto ao OE, João Oliveira respondeu que “só quando a proposta de lei for apresentada é que o PCP estará em condições de verificar se foram ou não inscritas as medidas pelas quais” se tem batido. “Como sempre disse, é em função do que for inscrito. Não temos nenhuma decisão tomada à partida e qualquer posição é possível em função do conteúdo concreto do OE”, rematou.

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Cavaco diz que 35 horas na Função Pública foram “um dos maiores erros do poder político”

  • Lusa
  • 6 Outubro 2020

O ex-Presidente da República Cavaco Silva classifica a redução do horário de trabalho semanal no setor público como "um dos maiores erros do poder político".

O ex-Presidente da República Cavaco Silva classifica a redução do horário de trabalho semanal no setor público como “um dos maiores erros do poder político”, num livro em que sublinha a “especial atenção” dada pelos seus Governos à saúde.

Num livro intitulado “Uma Experiência de Social-Democracia Moderna”, com a chancela da Porto Editora e que é apresentado esta terça-feira em Lisboa, Cavaco Silva passa em revista vários obras e momentos da sua governação enquanto primeiro-ministro, como a Expo-98, o Centro Cultural de Belém ou a Ponte Vasco da Gama, dedicando também um subcapítulo à política que seguiu na área da saúde.

“Opções político-ideológicas recentes contra o setor privado da medicina, à margem de qualquer preocupação de justiça social, ou sequer de defesa do interesse público, que se juntaram ao subfinanciamento do sistema de saúde e à redução do horário semanal dos servidores do Estado para 35 horas — um dos maiores erros do poder político —, traduziram-se num verdadeiro ataque ao Serviço Nacional de Saúde, através da deterioração acentuada da qualidade dos serviços prestados aos utentes”, argumenta.

A crítica ao atual momento no setor da Saúde, sem alguma vez cruzar com a crise pandémica da Covid-19, contrasta com o elogio às políticas para o setor levadas a cabo desde o primeiro dos seus três governos, em 1985.

“O meu primeiro Governo, que tomou posse em novembro de 1985, confrontado com a anemia de que padecia o nosso sistema de saúde, que degradara a qualidade dos serviços prestados aos cidadãos, atribuiu à política de saúde, desde a primeira hora, uma especial atenção”, sublinha.

Segundo o antigo líder do executivo e do PSD, “o interesse dos utentes dos serviços a que o Estado deve assegurar o acesso aos cuidados de saúde foi adotado como grande linha de orientação, contra a barreira dos interesses corporativos que então predominava”.

“Para mim, a primazia conferida pela social-democracia à pessoa humana determinava, sem qualquer equívoco, que o Estado tinha de garantir que qualquer pessoa carente de cuidados de saúde nunca poderia deixar de ser tratada por falta de recursos económicos”, defende.

E porque Portugal é um “país de escassos recursos” e os gastos em saúde são “cada vez maiores”, foi “atribuída prioridade ao correto aproveitamento dos meios humanos e materiais, à dotação do País de uma adequada cobertura médica e hospitalar e à abertura da prestação de cuidados de saúde à iniciativa privada e ao setor social, sem o que não seria possível garantir a todos os Portugueses o direito à proteção da saúde com serviços de qualidade”, tendo ainda os hospitais sido submetidos a “modernas regras de gestão”.

Aníbal Cavaco Silva (ao centro), ex-Presidente da República, acompanhado da esposa, Maria Cavaco Silva.Paula Nunes/ECO

Cavaco lembra que, na sequência da revisão constitucional de 1989, foi aprovada uma nova Lei de Bases da Saúde, que “pôs termo à tendência para a estatização da medicina em Portugal e abriu à iniciativa privada a prestação de cuidados de saúde, sem pôr em causa a função do Estado como garante do acesso de todos os cidadãos à saúde”.

“O seu contributo para a melhoria dos cuidados de saúde e para que Portugal se aproximasse dos países mais desenvolvidos da Comunidade Europeia explica que a lei se tenha mantido em vigor durante 29 anos, resistindo a nove governos, cinco dos quais do Partido Socialista”, assinala.

Depois de apontar a construção de raiz de “seis hospitais de grande dimensão” – Vila Real, Guimarães, Matosinhos, Leiria, Almada e Amadora Sintra -, o antigo chefe do Governo salienta a “especial atenção” dada a áreas como a “humanização dos serviços, a saúde materna, neonatal e infantil, e o combate à toxicodependência e à sida”.

“O intenso esforço desenvolvido pelo Governo nos meus dez anos de Primeiro-Ministro, na linha da social-democracia moderna, teve em vista proporcionar a todos os Portugueses, em condições de justiça e equidade, serviços de saúde com melhor qualidade”, conclui.

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CMVM reforça informação aos investidores sobre fraudes digitais

O regulador do mercado de capitais alerta que o risco de fraudes digitais "aumentou significativamente" com a pandemia de covid-19.

A Comissão do Mercado de valores Mobiliários (CMVM) reformulou a área dedicada ao investidor do seu site com vista a melhorar a informação prestada e ajudar a prevenir os riscos associados às fraudes digitais que são agora mais elevados devido à pandemia.

O anúncio da nova área do investidor foi feito pela presidente da CMVM, Gabriela Figueiredo Dias, numa conferência de imprensa que contou com a presença de outros reguladores e associações do mercado de capitais e que serviu para assinalar a Semana Mundial do Investidor que decorre até ao próximo domingo.

“No centro das preocupações da CMVM está a convicção de que é fundamental capacitar o investidor e em geral o consumidor de produtos financeiros“, referiu Gabriela Figueiredo Dias explicando que o objetivo é “contribuir para escolhas esclarecidas e conscientes“. Disse ainda que “neste momento particularmente desafiante que enfrentamos, o investidor e a sua confiança no sistema financeiros são essenciais para construirmos uma economia mais resistente e uma retoma mais robusta”.

No âmbito da melhor capacitação do investidor para a tomada de decisões de investimento, a CMVM apostou numa “área do investidor reformulada no sitio de internet da CMVM, oferecendo informação mais direta e clara e focando naquilo que é mais útil aos investidores“, como esclareceu ainda a presidente do regulador do mercado de capitais português.

Gabriela Figueiredo Dias explicou que haverá ainda um novo espaço dentro dessa área do investidor dedicada aos alertas aos investidores emitidos pela CMVM e pelas entidades congéneres e “que simultaneamente facilita o acesso a informação relativa às entidades autorizadas ou registadas junto da CMVM”. Mas também a disponibilização de informação sobre riscos de fraudes e os cuidados a ter face a estes riscos, complementada ainda por uma brochura de uma animação em vídeo “que procura alertar os investidores para os riscos das fraudes digitais, um risco que aumentou significativamente com a pandemia de Covid-19“, contextualizou a presidente da CMVM.

A responsável referiu que houve “um aumento de queixas ou denúncias nos últimos tempos” em parte devido ao “maior aumento de fraudes ou tentativas de fraudes pela via de distribuição de produtos pela via digital e de criptomoedas e cripto ativos“.

Gabriela Figueiredo Dias esclarece ainda que o número de alertas por parte da CMVM também “aumentou exponencialmente”. Os números nos últimos anos andavam nos 5, 8 ou 9 e no último ano tivemos cerca de 30 alertas” contextualizando ainda que “isto não só pela subida do número de situações preocupantes, mas também porque há uma atenção redobrada da CMVM relativamente a esta matéria e uma maior proatividade de reportar situações de risco”.

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CDS “não prevê nenhuma boa surpresa” do lado do OE2021

O CDS não está otimista quanto ao resultado do Orçamento do Estado para 2021, explicando que o documento considera o Estado e o investimento público como os motores da economia.

O Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) que está a ser preparado pelo Governo, e negociado com os partidos de esquerda, não agrada ao CDS. Para os centristas, o documento esquece o investimento privado, as empresas e os trabalhadores, privilegiando o Estado e o investimento público. Assim, o partido diz não antecipar uma “boa surpresa” relativamente a este Orçamento.

“O Governo escolheu negociar este OE com os partidos à esquerda e, portanto, o que resulta da apresentação das linhas gerais nós já sabíamos: há um OE que dá muito menos importância à iniciativa privada do que à função pública e ao investimento público, e que acha que os motores da economia são o Estado e o investimento públicos”, disse Cecília Meireles esta terça-feira, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP3.

“Portanto, quem fica esquecido neste OE são o investimento privado, as empresas e os seus trabalhadores que lutam para sobreviver numa economia que é ainda muito incerta”, explicou a centrista, à saída de uma reunião com o ministro das Finanças e com o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, num dia em que o Governo está a apresentar aos partidos as linhas gerais do OE2021.

A líder parlamentar do CDS defende que o OE2021 devia trazer “medidas fiscais ou a fundo perdido que fossem transversais a todas as empresas”, mas nota que, em vez disso, o documento prevê “medidas fiscais cirúrgicas ou a continuação das linhas de crédito”. Este OE “diz que vão ser tomadas algumas medidas porque vai haver dinheiro europeu, mas não resolve nada do que é de fundo”, justificou.

Cecília Meireles disse que o CDS tem primeiro de ler o documento que será apresentado pelo Governo, mas já antecipa o que aí vem. “Não prevejo surpresa, ou melhor, não prevejo nenhuma boa surpresa do lado do OE. Ficará muito aquém do que nós achamos que era esperado”, rematou.

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Historiadores económicos destacam trabalho de engenheiros espanhóis que “revolucionaram” a indústria

  • Europa Press
  • 6 Outubro 2020

Historiadores económicos e empresariais elogiaram o trabalho de um grupo de engenheiros espanhóis que influenciou decisivamente a segunda revolução industrial.

Notáveis historiadores económicos e empresariais elogiaram o “trabalho extraordinário” de um grupo de engenheiros que influenciou decisivamente a segunda revolução industrial e a incorporação da economia espanhola no mercado internacional no século XX.

Este reconhecimento teve lugar na Academia Real de Engenharia, que acolheu o colóquio “Doze Engenheiros que mudaram Espanha”, nos dias 1 e 2 de outubro, coordenado por Gloria Quiroga, professora na Universidade Complutense de Madrid, com a participação de Antonio Colino, presidente da Academia Real de Engenharia, Ángel Simón, presidente da Agbar, e historiadores de prestígio.

O papel destes “homens excecionais” com formação universitária no domínio da engenharia foi desenvolvido em duas áreas: a das adaptações técnicas e a do setor empresarial. Todos eles foram criadores de grandes empresas ou participaram de forma decisiva na sua formação e contribuíram para o seu crescimento, muitas das quais duram até hoje.

Antonio Colino, presidente da Academia Real de Engenharia, reivindicou durante o seu discurso a figura do engenheiro como o arquiteto dos grandes avanços técnicos. Colino salientou que, ao contrário de países como os Estados Unidos, não há engenheiros na política espanhola, uma ausência que contrasta com a presença constante de engenheiros na vida quotidiana, como os autores de quase todos os artefactos que utilizamos.

Para o historiador Gabriel Tortella, “a engenharia é um dos campos que em Espanha e na universidade se têm visto os melhores resultados”. Tortella recordou que grandes engenheiros espanhóis alcançaram um reconhecido prestígio e reputação a nível mundial, como é o caso de Entrecanales, Del Pino ou Villar Mir que construíram multinacionais.

O evento foi encerrado por Ángel Simón, Presidente da Agbar, que delineou os novos caminhos que o engenheiro de negócios do século XXI deveria seguir e propôs uma revisão do significado do termo engenheiro-empresário que tem em conta, para além do enfoque técnico-económico, a necessária visão ambiental e social.

Para Simón, uma nova definição possível seria uma “pessoa que possui ou gere uma indústria, negócio ou empresa, que, com engenho e sólidos conhecimentos técnicos, encontra uma forma de alcançar algo que requer decisão e esforço para melhorar a qualidade de vida da comunidade e a executa com sensibilidade económica, social e ambiental, eficiência e agilidade, em estreita colaboração com todas as partes envolvidas e tendo como principal objetivo a qualidade de vida das pessoas”.

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Itália vai impor uso de máscara mesmo ao ar livre até janeiro de 2021

  • Lusa
  • 6 Outubro 2020

O Governo italiano vai impor o uso obrigatório de máscara, inclusive ao ar livre, e estender o estado de emergência até 31 de janeiro de 2021, disse o ministro da Saúde italiano.

O Governo italiano vai impor o uso obrigatório de máscara, inclusive ao ar livre, e estender o estado de emergência até 31 de janeiro de 2021, disse o ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza.

O uso obrigatório de máscara, inclusive ao ar livre, e o maior controlo de possíveis aglomerações de pessoas são as medidas que se somam às já previstas em Itália depois que as infeções pelo novo coronavírus dispararam nas últimas semanas no país, atingindo uma média de 2.600 por dia.

A medida de usar máscaras em todos os momentos já havia sido aplicada em regiões como o Lácio, cuja capital é Roma, Campânia, Basilicata e Calábria. No momento, outras medidas, como o encerramento antecipado do comércio e restaurantes, não estão a ser estudadas.

O ministro da Saúde italiano declarou ainda, durante uma intervenção na Câmara dos Deputados, que estas medidas serão votadas na quarta-feira através de um decreto do primeiro-ministro, após consulta aos representantes das regiões.

Além disso, os controlos serão aumentados porque, segundo o ministro, “as aglomerações são um risco real que não podemos permitir”, embora não tenha adiantou se utilizará o exército a fazê-lo, conforme noticiado por alguns meios de comunicação.

Speranza explicou que “a Itália, juntamente com a Alemanha, está melhor que o resto dos países europeus e está a responder melhor à segunda vaga”, mas advertiu que “não se deve ter ilusões”. “Seria profundamente errado só porque lidamos com esse número de infeções pensar que estamos fora. Seria um erro, um risco e uma avaliação totalmente privada de fundamento”, esclareceu.

O ministro explicou que esta nova medida é aplicada porque “a Itália está a passar por uma fase de progressivo crescimento dos números nas últimas nove semanas”.

Speranza acrescentou que em comparação aos meses de março e abril, quando o vírus atingiu principalmente as regiões do norte e ficou mais circunscrito, agora “nesta segunda onda, a novidade é que o crescimento é generalizado e atinge todos os territórios que haviam sido poupados na fase anterior”.

“Em dois meses houve um grande aumento de casos: hoje são 3.487 internados e temos 323 pessoas em cuidados intensivos. Esses números agora são sustentáveis para o nosso sistema de saúde. É claro que diante dos dias mais difíceis com 4.000 pessoas em cuidados intensivos, a situação é administrável, mas não podemos deixar de ver a tendência, o vírus circula”, destacou.

Speranza explicou que, além disso, na primeira fase a idade média dos casos era de 70 anos e agora é de 41 anos, e mesmo neste caso a tendência não tranquiliza porque em agosto a idade média da infeção era 31 anos.

Ao prorrogar o estado de emergência, que expira em 15 de outubro, e que será debatido no Parlamento, Speranza argumentou que isso corresponde ao estado em que se encontra o país. O ministro sublinhou ainda a necessidade de manter “as estruturas institucionais que se criaram nestes meses”.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de um milhão e trinta mil mortos e mais de 35,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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Bloco não aceita “truques contabilísticos” do Governo com o Novo Banco

O Bloco espera que "nos próximos dias" possa haver uma alteração da posição do Governo quanto aos empréstimos ao Novo Banco, afirmando que não irá aceitar "truques contabilísticos" do Executivo.

O Bloco de Esquerda (BE) está decidido a não ceder no que diz respeito aos empréstimos feitos ao Novo Banco. Os bloquistas defendem que seja a banca a financiar diretamente o banco, sem envolver o Fundo de Resolução, e afirmam que não vão aceitar “truques contabilísticos” do Governo. À saída de mais uma reunião com o Governo, Pedro Filipe Soares disse esperar que nos próximos dias haja alterações na proposta do Executivo.

“Já dissemos ao Governo que não vamos em truques contabilísticos e, do nosso ponto de vista, não há nenhuma mudança face ao que foi dito anteriormente, quer pelo Governo quer por nós“, disse o bloquista esta terça-feira, à saída de uma reunião com o ministro das Finanças e com o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares.

Esperamos que nos próximos dias possa haver algumas alterações para defender o país, porque é da defesa do país que estamos a falar”, acrescentou, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP3.

Pedro Filipe Soares notou que esta foi uma “reunião ao abrigo do direito de oposição” e não uma “reunião de trabalho para prosseguir o diálogo” que tem havido nas últimas semanas relativamente ao OE2021. “O que nos foi apresentado hoje, do ponto de vista do cenário macroeconómico, já tinha sido por nós conhecido antes. Esta reunião não altera nada do que dissemos nos últimos dias. Esperamos que as próximas reuniões tenham uma resposta qualitativa“, afirmou.

Para o bloquista, o OE deve responder à “difícil situação do país”, quer a nível pandémico, social e económico, e tem de “ser capaz de atacar os problemas estruturais, alguns dos quais que já existiam antes desta crise”. Pedro Filipe Soares sublinhou a “necessidade que o país tem de mudar estruturalmente a resposta que tem sido dada” a cada um desses problemas.

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