Governo vê défice entre 7% e 7,5% este ano. Em 2021, será de 4% com o PIB a crescer mais de 5%

Governo está a apresentar as linhas gerais do Orçamento do Estado para 2021 aos partidos. Cenário macroeconómico aponta para um défice até 7,5% este ano e de 4% em 2021.

O Governo está a apresentar as linhas gerais do Orçamento do Estado para 2021 aos partidos. O défice poderá ficar acima dos 7% que tinham sido apontados por João Leão este ano, baixando para 4% no próximo, quando o PIB deverá crescer mais de 5%.

De acordo com a RTP, que cita fontes partidárias, o cenário macroeconómico apresentado pelo Executivo aponta para um défice de 7% a 7,5%, este ano. Ou seja, poderá ficar acima do que tinha sido apontado pelo ministro das Finanças em julho.

Depois deste défice, explicado pelos encargos do Estado com as medidas de combate ao impacto macroeconómico da pandemia do novo coronavírus, 2021 tratará novamente um desequilíbrio nas contas públicas, embora menor.

Segundo a RTP, da parte do cenário macro já conhecida, em 2021 o défice deverá ascender a 4% do PIB. O ECO confirmou, entretanto, que o PIB deverá recuperar mais de 5% em 2021, tal como avançaram o Jornal de Negócios e o Público, isto depois de cair cerca de 8% em 2020.

A proposta do Governo deverá ser aprovada na próxima quinta-feira, em Conselho de Ministros, devendo o documento ser entregue na Assembleia da República a 12 de outubro, ou seja, na próxima segunda-feira.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h27 com dados sobre o PIB)

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Design thinking: uma metodologia ao serviço da gestão de recursos humanos

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  • 6 Outubro 2020

Patrícia Vicente, Manager EY, e Edivaldo João, Consultor EY, ambos de People Advisory Services, explicam em que medida o Design Thinking Design é uma ferramenta-chave no atual contexto.

A pandemia da Covid-19 trouxe às organizações desafios nunca antes conhecidos. Desta forma, enquanto parceiros de negócio, as empresas prestadoras de serviços de consultoria especializada, devem estar preparadas para ajudar os seus clientes a encontrarem soluções eficazes e inovadoras para dar resposta aos atuais desafios, assim como preparar um plano eficaz para aqueles que ainda se avizinham.

Nesta senda, a metodologia de criatividade e inovação design thinking apresenta-se como uma ferramenta-chave, com elevado potencial no contexto atual. Possibilita a realização de um trabalho assente numa metodologia diferenciadora que permite apoiar, de forma estruturada, o desenho de planos e soluções para a gestão do negócio e das pessoas, num novo contexto.

A metodologia de design thinking é considerada uma abordagem colaborativa e centrada nas pessoas, que utiliza o mindset de design, para transformar a resolução de problemas complexos em oportunidades reais de desenvolvimento das equipas e das organizações. Esta metodologia, cada vez mais utilizada em processos de gestão de pessoas, divide-se principalmente em 5 fases:

  1. Empatizar
  2. Definir
  3. Idealizar
  4. Prototipar
  5. Testar.

Todas as fases são importantes para o processo de criação de soluções inovadoras para um determinado problema. No entanto, os especialistas devem prestar especial atenção à primeira fase, pois está intimamente ligada ao princípio core do design thinking, de colocar o Ser Humano no centro da questão. Curiosamente, esta foi também foi uma das principais lições que (re)aprendemos com a situação pandémica que estamos a viver.

Ao empatizar, é necessário que o designer tenha um momento de plena imersão no mundo do utilizador final, no qual é necessário que o mesmo se “dispa” de preconceitos, de forma a permiti-lo explorar e perceber o seu mundo da melhor forma possível. Nesta fase, o especialista pode utilizar algumas técnicas de recolha de informação como a aplicação de questionários, a observação, a entrevista ou criando uma “proto persona” (figura tipo).

Enquanto designer” centrado nas pessoas, o especialista deve entender e conhecer as pessoas para as quais desenha, uma vez que os problemas a serem resolvidos fazem parte da sua realidade. O facto de estabelecer uma relação direta com o utilizador final permite ao designer recolher informações sobre os valores, crenças, sentimentos e pensamentos do seu público, que servirão de base para a apresentação da solução final do problema abordado. É a partir desta consciência do mundo do utilizador final que será possível definir caminhos, idealizar soluções, prototipar para promover experiências reais e testar.

As áreas com desafios diretos de gestão de pessoas são das que mais podem beneficiar com a utilização da metodologia de design thinking. Esta metodologia permite às áreas de recursos humanos reinventarem-se, facilitando a transformação do tradicional modelo orientado para processos, para um modelo mais sofisticado orientado para as pessoas.

O Design Thinking pode contribuir para melhoria da gestão de pessoas de várias formas, entre elas, através da otimização da experiência do colaborador e do candidato (serviço prestado interna ou externamente), da otimização do modelo de aprendizagem, do fomento das competências de criatividade/inovação, da melhoria dos processos, bem como da construção de uma cultura organizacional alinhada com os valores, visão e objetivos da organização.

Em termos práticos, a filosofia de Design Thinking utiliza a sensibilidade e os métodos de Design, para alinhar as necessidades do utilizador final com aquilo que é tecnologicamente exequível, bem como com aquilo que uma estratégia de negócio viável consegue converter em valor para o cliente (interno e externo) e em oportunidade de negócio.

É fundamental que consigamos (re)desenhar as estratégias de continuidade do negócio, nomeadamente colocando as pessoas no centro da estratégia, para dar uma resposta sustentada aos desafios, agravados pela atual crise que vivemos. Através da utilização de metodologias de criatividade e inovação, incluindo o Design Thinking, é possível encontrar novos caminhos e soluções mais eficazes. Criar experiências excecionais!

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“Não deve haver renovação” de mandatos no Tribunal de Contas, diz António Costa

"É entendimento do Governo e do Presidente da República que neste tipo de funções não deve haver lugar a renovação", disse Costa sobre não recondução de Caldeira como presidente do TdC.

O primeiro-ministro explicou, esta terça-feira, que a não recondução de Vítor Caldeira no cargo de presidente do Tribunal de Contas partiu do “entendimento do Governo e do Presidente da República que, neste tipo de funções, não deve haver lugar a renovação” de mandatos. Em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP 3, António Costa sublinhou que tal tem como objetivo garantir a independência do cargo em questão.

“É entendimento do Governo e do Presidente da República que, neste tipo de funções, não deve haver lugar a renovação para garantia da própria independência da função, para que cada um exerça sem estar a pensar se no final do mandato o Governo vai repropor e se o Presidente da República vai ou não renomear”, disse o chefe do Executivo, que lembrou que Vítor Caldeira cumpriu integralmente o seu mandato que foi dado por concluído no dia 30 de setembro.

“Seguramente o Tribunal de Contas prosseguirá a sua missão com a composição estável que tem nos seus conselheiros”, acrescentou António Costa. O primeiro-ministro adiantou, além disso, que, nos termos da lei, o vice-presidente da instituição em causa deverá agora subir a presidente até que “oportunamente o Governo apresente ao Presidente da República a proposta de personalidade considerada adequada” para ocupar esse lugar.

Segundo avançou o Sol, a decisão do Governo de não reconduzir Vítor Caldeira foi dada conhecer ao mesmo através de um telefonema com o primeiro-ministro Tal foi considerado pelos conselheiros do Tribunal de Contas citados pelo jornal uma “falta de cortesia” para com Caldeira, já que este exerceu o mandato “de forma isenta e tecnicamente irrepreensível”.

A não recondução de Vítor Caldeira acontece, de resto, num ano marcado por auditorias críticas do Tribunal de Contas ao poder Central e ao poder Local. Recentemente, por exemplo, o TdC arrasou a proposta do Governo para alterar o Código dos Contratos Públicos.

Questionado sobre o peso dessas críticas na decisão do Executivo, António Costa sublinhou, esta terça-feira, que tal “suspeita não faz o menor sentido” por duas razões: as conclusões referidas não são de Vítor Caldeira, mas da instituição, que continua em funcionamento; E há quatro anos que se sabia a data do fim de mandato do responsável em questão, não sendo portanto novidade.

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Energética Disa entra no Uruguai e será o segundo operador do país

  • Europa Press
  • 6 Outubro 2020

O grupo espanhol Disa concordou com a Petrobras em adquirir os seus negócios de distribuição de combustível, loja de conveniência, lubrificantes, fertilizantes e combustível de aviação no Uruguai.

O grupo energético Disa será o segundo maior distribuidor de combustível do país, com uma quota de mercado de 24% e 88 estações de serviço ativas (além de mais de 850 em Espanha, Portugal e Andorra), de acordo com uma declaração do grupo liderado por Demetrio Carceller Arce.

Para além da rede e das lojas de conveniência, o acordo (pendente de autorização das autoridades uruguaias) inclui a distribuição de combustível e lubrificantes, o negócio marítimo em diferentes portos, o negócio aéreo no Aeroporto Internacional de Carrasco e a comercialização de fertilizantes.

Os 160 postos de trabalho da brasileira Petrobras no Uruguai mantêm-se e, com estes desenvolvimentos, a atividade do grupo como fornecedor integrado de energia empregará diretamente cerca de 4.660 pessoas. A Disa salientou que o acordo reforça a sua estratégia de internacionalização, iniciada há três anos com a construção e exploração de centrais fotovoltaicas e, em Portugal e Andorra, com estações de serviço e outras empresas do setor energético.

O grupo inicia assim a sua instalação no mercado latino-americano de combustíveis, operando pela primeira vez sob a sua própria marca, Disa, fora de Espanha.

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Criador do famoso antivírus McAfee detido em Espanha

  • Lusa
  • 6 Outubro 2020

John Mcafee é suspeito de, entre outros crimes, fugir ao pagamento de milhões de dólares em impostos sobre os lucros que alegadamente teria obtido em atividades como o comércio de criptomoedas.

A polícia espanhola deteve no aeroporto de Barcelona o magnata norte-americano John Mcafee criador do famoso programa informático antivírus com o mesmo nome, que é procurado nos Estados Unidos por suspeitas de delito de fraude.

O milionário foi intercetado no sábado à noite quando se preparava para apanhar um voo para Istambul (Turquia) acompanhado por duas pessoas, segundo fontes da polícia espanhola, que deu seguimento a um mandado de procura e detenção passado pela justiça dos Estados Unidos da América (EUA).

John Mcafee é suspeito de, entre outros crimes, de fugir ao pagamento de milhões de dólares em impostos sobre os lucros que alegadamente teria obtido em atividades como o comércio de dinheiro virtual (criptomoedas).

Esta não é a primeira vez que é preso, depois de, no ano passado, ter sido detido num porto da República Dominicana com várias armas a bordo do seu iate.

O milionário tinha revelado dias antes da sua prisão que estava a abandonar os EUA porque a CIA estava a tentar prendê-lo por alegados delitos fiscais. As autoridades dominicanas acabaram, na ocasião, por libertar John Mcafee que viajou para o Reino Unido.

A McAfee é uma empresa americana de programas de segurança para computadores sediada em Santa Clara, no Estado da Califórnia, que foi fundada em 1986 por John McAfee.

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Pandemia leva maioria dos portugueses a preferir carro aos transportes públicos

  • ECO
  • 6 Outubro 2020

As preocupações com a segurança levaram os portugueses a preferirem utilizar o próprio carro do que os transportes públicos.

A pandemia levou a maioria dos portugueses a preferir utilizar o próprio carro do que os transportes públicos, conclui um inquérito da CarNext.com. As preocupações com a segurança explicam esta nova tendência, com alguns condutores a admitirem mesmo utilizar o próprio carro em vez de viajar de avião nas próximas férias.

Um estudo feito a 500 pessoas em território nacional mostrou que 89% assumiram uma maior probabilidade de conduzir um carro privado do que de utilizar o transporte público devido à pandemia. E relativamente a quem tem planos para as férias este ano, 62% admitem mesmo utilizar o carro próprio em vez de viajar de avião.

Mas a pandemia trouxe uma outra tendência, refere a CarNext.com. 20% dos condutores considera agora comprar um carro totalmente pela via online. Contudo esta percentagem poderia ser maior se a entrega do automóvel ao domicílio fosse possível (29%), se fosse oferecida uma garantia de reembolso de 14 dias (57%) ou se fosse fornecido um histórico completo de manutenção e verificações mecânicas (68%).

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Programa português Apps for Good recebe prémio da UNESCO

  • Lusa
  • 6 Outubro 2020

A UNESCO distinguiu o concurso para apps criadas por jovens para resolver problemas sociais, Apps for Good, com o prémio pelas boas práticas na melhoria do ensino e da aprendizagem.

A UNESCO distinguiu o programa educativo português Apps for Good, que promove a utilização da tecnologia nas escolas, com a atribuição de um prémio pelas boas práticas na melhoria do ensino e da aprendizagem, foi esta terça-feira anunciado.

A entrega do Prémio UNESCO – Hamdan bin Rashid Al-Maktoum de Boas Práticas e Desempenho Exemplar na Melhoria da Eficiência dos Professores decorreu na segunda-feira, em Paris, no mesmo dia em que se assinalou o Dia Mundial do Professor.

Para a Apps for Good, segundo um comunicado, o prémio foi o reconhecimento do trabalho que o programa tem desenvolvido na promoção da tecnologia no ensino, através da formação de professores e da disponibilização de matérias didáticas.

“É o reconhecimento internacional não só do nosso trabalho, mas, sobretudo, do trabalho, da resiliência e da inteligência dos professores e alunos portugueses, especialmente neste momento extremamente complicado que atravessamos”, referiu João Baracho, o diretor executivo do Centro de Inclusão Digital (CDI) Portugal, citado no comunicado, que lançou o programa em 2014.

Este prémio foi criado em 2008, com o apoio do Xeque dos Emirados Árabes Unidos, e é atribuído a cada dois anos para apoiar a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem em todo o mundo.

O programa português distinguido na 6.ª edição tem como objetivo de promover a utilização da tecnologia para resolver problemas do dia-a-dia, através do desenvolvimento de aplicações móveis.

Em 17 de setembro decorreu a final da 6.ª edição da competição da Apps for Good, que premiou projetos desenvolvidos por alunos do ensino básico e secundário para ajudar na redução do plástico e nas idas à praia em tempo de pandemia de covid-19.

Em comunicado, a Apps for Good sublinha que é a primeira vez que Portugal recebe o prémio da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Ciência, Educação e Cultura) e que, independentemente do reconhecimento internacional, o contexto atual demonstrou a importância do projeto para a inclusão digital, tanto de alunos como de professores.

“A realidade provocada pela pandemia (da covid-19) relevou ainda mais a sua importância na contribuição para a igualdade de acesso à educação e ao conhecimento em geral”, referem.

O programa dirigido aos 2.º e 3.º ciclos e ao ensino secundário decorre ao longo do ano letivo, sendo disponibilizado às escolas o acesso a conteúdos ‘online’ e a uma rede de especialistas para apoiar no desenvolvimento dos projetos.

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Covid-19 pode espalhar-se através de partículas em suspensão no ar

O CDC norte-americano admite que os contágios da Covid-19 podem ocorrer através de pequenas partículas que ficam em suspensão no ar, em certos espaços fechados "com uma ventilação desadequada”.

O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos da América (EUA) reviu a sua avaliação sobre a transmissão do novo coronavírus, admitindo agora que os contágios da Covid-19 podem ocorrer através de pequenas partículas que ficam em suspensão no ar.

Esta “reviravolta” vai ao encontro das preocupações expressas por vários especialistas de saúde pública sobre a transmissão do vírus SARS-CoV-2 pelo ar. Numa orientação publicada esta segunda-feira, o organismo explica que há evidências de que “algumas infeções podem ser propagadas pela exposição ao vírus em gotículas e partículas que podem permanecer no ar durante minutos ou horas“, notando que “as pessoas com Covid-19 parecem ter infetado outras” que estavam a mais de 1,8 metros de distância.

De acordo com o CDC, estes contágios ocorreram em espaços fechados “com uma ventilação desadequada”, sendo que, por vezes “a pessoa infetada tinha uma respiração mais forte, por exemplo ao cantar ou ao fazer exercício”, lê-se na página oficial do organismo norte-americano.

Esta atualização acontece cerca de um mês depois de a mesma entidade ter eliminado uma publicação sobre a transmissão da Covid-19 por considerar que a maneira como estava redigida poderia induzir os leitores em erro, permitindo a interpretação de que a principal forma de contágio da Covid-19 seria pelas partículas que ficam em suspensão no ar. Nesse sentido, o CDC norte-americano ressalva que tossir, espirrar ou respirar para cima de outra mantém-se como as principais formas de contágio da doença.

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Parlamento estreia quarta-feira novo modelo de debates com o Governo

  • Lusa
  • 6 Outubro 2020

Primeiro-ministro só vai comparecer obrigatoriamente no parlamento para responder a perguntas sobre política geral de dois em dois meses.

O parlamento estreia na quarta-feira o novo modelo de debates com o Governo aprovado antes do verão por PS e PSD, num formato que contará com a presença do primeiro-ministro para responder aos partidos sobre política geral.

No último plenário da anterior sessão legislativa, PS e PSD aprovaram sozinhos o novo Regimento da Assembleia da República que, entre muitas alterações, terminou com o modelo de debates quinzenais com o primeiro-ministro em vigor desde 2008, substituindo-o por debates mensais com o Governo.

O novo modelo prevê que o debate com o Governo se desenvolva em dois formatos alternados: num mês, será com o primeiro-ministro sobre política geral e, no seguinte, sobre política setorial com o ministro da pasta, podendo o chefe do Governo estar ou não presente.

Ou seja, na prática, o primeiro-ministro só comparece obrigatoriamente no parlamento para responder a perguntas sobre política geral de dois em dois meses.

Na quarta-feira, realiza-se o primeiro debate sobre política geral e terá uma duração total de perto de três horas (cerca do dobro dos anteriores debates quinzenais), com duas rondas, em vez de apenas uma, como acontecia antes da revisão do Regimento da Assembleia da República.

Na primeira ronda, a ordem das perguntas será por ordem decrescente de representatividade entre os partidos não representados no Governo, começando pelo PSD até aos deputados únicos do Chega e da Iniciativa Liberal, e a última bancada a questionar António Costa será a do PS, que sustenta o executivo.

Os tempos globais de intervenção variam consoante a representatividade (PS e PSD têm nove minutos, BE sete e os deputados únicos 90 segundos, por exemplo) e cada bancada pode usá-lo de uma só vez ou por diversas vezes em cada ronda, através de um ou mais deputados.

Tal como acontecia nos extintos debates quinzenais, cada pergunta é seguida, de imediato, pela resposta do Governo, que tem tempo igual ao de cada bancada.

Na segunda ronda, repetem-se os tempos de intervenção de cada partido (cada ronda tem 89 minutos previstos), variando apenas a ordem de intervenção: a primeira pergunta irá alternando entre os vários partidos, por ordem decrescente de representatividade. Neste primeiro debate do novo modelo, caberá ao PS abrir a segunda ronda.

Mais uma vez, o Governo terá de responder de imediato e os partidos gerem a forma e o modo de utilização do seu tempo total.

De acordo com o novo Regimento, cabe ao primeiro-ministro a responsabilidade pelas respostas às perguntas formuladas no debate sobre política geral, “mas pode solicitar a um dos membros do Governo presentes que complete ou responda a determinada pergunta”.

O fim dos debates quinzenais mereceu a oposição dos restantes partidos e deputados únicos e teve também contestação nas bancadas do PS – votaram contra 28 deputados e cinco abstiveram-se, numa matéria sem disciplina de voto para os socialistas – e do PSD, em que, mesmo com a imposição de disciplina de voto por parte da direção, sete deputados votaram contra.

António Costa já compareceu no parlamento na atual sessão legislativa para um debate temático (que já existia na anterior versão do Regimento), a pedido do Governo, sobre o plano de recuperação e resiliência, mas o formato assente em intervenções sucessivas causou alguma confusão, com o primeiro-ministro a responder a perguntas dos partidos só mais de uma hora depois do arranque da discussão.

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Nas notícias lá fora: Pacto de Estabilidade, McAfee e Covid-19

O pacto de Estabilidade vai continuar suspenso em 2021, permitindo aos países da UE uma flexibilização das regras orçamentais. John McAfee foi preso em Espanha por acusações de evasão fiscal e fraude.

A Comissão Europeia vai autorizar os países da União Europeia a gastarem o que precisarem no próximo ano, sem se preocuparem com o incumprimento das regras orçamentais. No plano empresarial, a Veolia Environnement vai comprar 29,9% do capital da Suez à Engie por 3,4 mil milhões de euros. Ao mesmo tempo, John McAfee foi preso em Espanha por acusações de evasão fiscal e fraude. O Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA deu um passo atrás e admite que a Covid-19 pode espalhar-se através de partículas em suspensão no ar.

El Economista

Pacto de Estabilidade vai continuar suspenso em 2021

Os países da União Europeia vão poder gastar o que precisarem no próximo ano, sem se preocuparem com o incumprimento das regras orçamentais. “O Pacto de Estabilidade e Crescimento está suspenso em 2021”, garantiu o comissário de Economia da União Europeia, Paolo Gentiloni, após a reunião do Eurogrupo.

Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol).

The Guardian

Boris Johnson quer energia eólica em todas as casas do Reino Unido até 2030

O primeiro-ministro britânico vai comprometer-se a abastecer todas as casas do Reino Unido com energia eólica offshore no espaço de uma década, prometendo fazer da pandemia de Covid-19 um catalisador para o crescimento verde. “Acreditamos que em 10 anos a energia eólica offshore estará a abastecer todas as casas do país, sendo que a nossa meta é aumentar de 30 gigawatts para 40 gigawatts”, anunciará Boris Johnson esta terça-feira, numa conferência virtual do Partido Conservador. O objetivo é o país tornar-se “o líder mundial em geração de energia limpa de baixo custo – mais barato que carvão e gás”. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

Bloomberg

Veolia compra posição da Engie na Suez por 3,4 mil milhões de euros

A Veolia Environnement vai comprar 29,9% do capital da Suez à Engie por 3,4 mil milhões de euros, podendo estar em marcha um projeto para a compra da totalidade da companhia. A administração da Engie deu o seu apoio à operação depois de a Veolia ter elevado o valor da oferta apresentada por esta participação, ao mesmo tempo que garantiu a manutenção dos postos de trabalho.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

TechCrunch

John McAfee detido por evasão fiscal e fraude

John McAfee, conhecido por ter desenvolvido um software de segurança cibernética, foi preso em Espanha e enfrenta um processo de extradição para os Estados Unidos por acusações que envolvem delitos de evasão fiscal e fraude. A SEC dos Estados Unidos (o equivalente à CMVM portuguesa), acusa McAfee de ter recebido mais de 23 milhões de dólares em ativos de criptomoeda por promover uma série de vendas de tokens. Além disso, as autoridades norte-americanas avançaram com acusações de evasão fiscal, acusando-o de fugir ao fisco intencionalmente.

Leia a notícia completa no TechCrunch (acesso livre, conteúdo em inglês).

Reuters

Covid-19 pode espalhar-se através de partículas em suspensão no ar

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Governos não podem ter acesso aos telemóveis dos cidadãos

  • ECO
  • 6 Outubro 2020

Tribunal de Justiça da UE diz que os Governos só poderão contornar as regras quando em causa estiver uma "ameaça séria à segurança nacional".

Os Governos e as suas agências de inteligência não podem ter acesso indiscriminado aos dados dos telemóveis ou da internet dos seus cidadãos, diz o Tribunal de Justiça da União Europeia.

A decisão, muito aguardada, foi revelada esta terça-feira, 6 de outubro. Vem definir a proibição do acesso a estes dados sem qualquer autorização prévia, a menos que em causa esteja uma “ameaça séria à segurança nacional”.

Quando se verificarem riscos para a segurança nacional, o acesso a estes dados deve ser limitado a um período que se configure como “estritamente necessário”, diz o Tribunal de Justiça numa decisão citada pela Reuters (conteúdo em inglês).

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Pacto de Estabilidade vai continuar suspenso em 2021

  • ECO
  • 6 Outubro 2020

"O Pacto de Estabilidade e Crescimento está suspenso em 2021, mas prevê-se uma recuperação" da economia, diz Paolo Gentiloni.

Os países da União Europeia vão poder gastar o que precisarem no próximo ano, sem se preocuparem com o incumprimento das regras orçamentais. O Pacto de Estabilidade vai continuar suspenso em 2021 para fomentar a recuperação da crise provocada pelo novo coronavírus.

A garantia foi dada pelo comissário de Economia da União Europeia, Paolo Gentiloni. “O Pacto de Estabilidade e Crescimento está suspenso em 2021, mas prevê-se uma recuperação” da economia, disse Gentiloni após a reunião do Eurogrupo, citado pelo ElEconomista (conteúdo em espanhol).

“Na semana passada, enviámos uma carta aos ministros das Finanças da União Europeia a dar orientações para a preparação dos orçamentos de cada país para 2021. A cláusula que suspende a disciplina orçamental da UE manter-se-á ativa em 2021“, disse, lembrando que as políticas devem “continuar a apoiar a recuperação”.

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