OMS alerta para terceira vaga na Europa e pede uso de máscaras no Natal

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2020

O perigo de uma terceira vaga da pandemia da Covid-19 na Europa em 2021 leva a Organização Mundial de Saúde a aconselhar a utilização de máscaras durante reuniões familiares natalícias.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou para o risco de uma terceira vaga da pandemia da Covid-19 na Europa em 2021, recomendando o uso de máscaras durante reuniões familiares no Natal.

“Os encontros devem ser em espaços exteriores, se possível, e os participantes devem usar máscaras e manter a distância física. Em espaços interiores, deve limitar-se o tamanho dos grupos e assegurar boa ventilação para reduzir o risco de exposição [ao novo coronavírus], recomendou o departamento europeu da agência das Nações Unidas em comunicado.

Alerta ainda que “apesar de um progresso frágil” na contenção de novas infeções, “a transmissão da covid-19 continua ampla e intensamente e há um grande risco de uma nova vaga nas primeiras semanas e meses de 2021″.

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Se as vacinas chegassem hoje, “à tarde teríamos condições para as administrar em qualquer centro de saúde”, diz Francisco Ramos

O coordenador do plano de vacinação contra a Covid-19 garante que "não será por falta de capacidade dos centros de saúde que vacinas vão deixar de ser dadas".

O coordenador do plano de vacinação contra a Covid-19 garante que se as vacinas chegassem esta manhã a Portugal, “à tarde teríamos condições para as administrar num qualquer centro de saúde em Portugal”. Francisco Ramos sublinhou assim que os centros já “estão preparados para vacinar”, numa audição no Parlamento.

“Temos prática de vacinação enorme, não será por falta de capacidade dos centros de saúde que vacinas vão deixar de ser dadas“, garantiu o coordenador. Quanto aos pontos de vacinação, serão então os centros de saúde, sendo que haverá também unidades móveis, que estão ainda a ser definidas, explicou.

Francisco Ramos apontou que a capacidade de rotina dos centros de saúde e equipas de saúde, atualmente, é de administrar cerca de 50 mil inoculações diariamente, “sem prejudicar outras atividades”. Serão estas unidades as principais agentes deste processo, onde serão mobilizados cerca de 20% dos enfermeiros para esta tarefa.

O coordenador do plano de vacinação garante que “haverá vacinas para todos os portugueses que se queiram vacinar”. Francisco Ramos sinalizou ainda que ninguém será obrigado a fazê-lo, sendo que é de caráter voluntário, defendendo mesmo que seria “um enorme erro” avançar para a obrigatoriedade.

“Quem recusar receber a vacina deve ser respeitado. Os relatórios dizem que menos de 10% da população recusa tomar a vacina e esses números são animadores”, apontou. Foram definidas prioridades de ordem de vacinação, mas todos têm direito, reforçou Francisco Ramos.

Quanto à chegada da vacina, admite que se verificou uma “redução de cerca de 20% das vacinas” que estavam previstas chegar da Pfizer no primeiro trimestre de 2021 devido a “um incumprimento da empresa nessa matéria” a nível europeu. Ainda assim, reitera que existe disponibilidade para “começar a vacinar assim que as vacinas chegarem”.

Peritos esperam ter 70% da população imunizada no final da Primavera

O coordenador da Task Force responsável por este tema aponta ainda que os peritos referem que será possível ter 60% a 70% da população imunizada contra a Covid-19, através da vacinação. O grupo que está a coordenar esta vacinação prevê que tal poderá acontecer no final da primavera ou principio do verão.

Francisco Ramos sublinha, no entanto, que “não é por se iniciar vacinação que vamos ter condições de minorar restrições com que nos habituámos a viver para evitar a propagação da doença”. O responsável alerta que os comportamentos adotados terão de ser mantidos até que seja atingida a imunidade de grupo.

(Notícia atualizada pela última vez às 13h55)

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Empresas do turismo recebem 2,5 mil milhões de euros até final do ano

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2020

A secretária de Estado do Turismo indicou ainda que a linha de apoio à tesouraria do Turismo de Portugal já aprovou 55,6 milhões de euros.

A secretária de Estado do Turismo adiantou, esta quarta-feira, que dos 22 mil milhões de euros disponibilizados para apoio à manutenção do emprego e capacidade das empresas até final do ano, 2,5 mil milhões são direcionados para o setor do turismo.

Rita Marques falava perante os deputados da Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, na Assembleia da República, numa audição a pedido do CDS-PP, quando explicou que, expurgando moratórias de natureza fiscal e bancária, os 22 mil milhões de euros disponibilizados para as empresas até 31 de dezembro passam a 12 mil milhões de euros e, desses, “2,5 mil milhões de euros são direcionados para o setor do turismo”.

Aqueles valores enquadram-se no conjunto de instrumentos criados pelo Governo para apoiar a manutenção dos postos de trabalho e a capacidade produtiva das empresas.

A secretária de Estado do Turismo disse também que a linha de apoio à tesouraria do Turismo de Portugal já aprovou 55,6 milhões de euros.

Relativamente ao programa Apoiar.pt, que já recebeu 36.944 candidaturas, 46% das quais associadas ao setor do turismo, já aprovou financiamento no valor de cerca de 100 milhões de euros, dos quais 43 milhões já foram pagos. “À data de ontem [terça-feira], tínhamos cerca de 7.600 candidaturas cujos termos de aceitação já estão assinados, com pagamentos efetuados de 43 milhões de euros”, afirmou Rita Marques.

Para o futuro, a governante adiantou que está a ser elaborado um plano de retoma, que assentará em cinco pilares: investimento (reforçar a confiança no investimento e identificar pontos de ligação com as empresas), conhecimento, território (iniciativas que apostem na coesão territorial), conectividade (aumentar a competitividade do transporte aéreo) e promoção.

Até setembro de 2020 as empresas do setor do turismo sofreram quebras de faturação de 7,7 mil milhões de euros, o que representa um decréscimo de receitas de 56%, e significa um recuo de 10 anos, sublinhou Rita Marques.

Relativamente ao emprego, prosseguiu, no terceiro trimestre de 2020 estavam registados 285 mil postos de trabalho associados ao turismo, representando um recuo de 14,8% e uma diminuição de 49,3 mil trabalhadores no setor.

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Preço médio das prendas de Natal desce para 22 euros em 2020

Vestuário, cultura e perfumaria são as prendas que os portugueses mais querem receber no Natal. O preço médio de cada prenda baixou 16 euros face a 2019, para 22 euros em 2020.

As intenções dos portugueses de oferecerem prendas no Natal mantêm-se estáveis face ao ano passado, apesar da pandemia de Covid-19. No entanto, o preço médio por cada presente desceu de 38 euros para 22 euros, uma redução de 16 euros face a 2019, mostra um inquérito realizado pelo Observador Cetelem. A maioria quer receber vestuário, produtos culturais ou de perfumaria.

Os portugueses pretendem continuar a oferecer prendas nesta época festiva e, em média, um presente por pessoa. Mas os inquiridos vão dar, no total, prendas a cinco pessoas, menos uma do que no ano passado.

No que diz respeito às ofertas, metade dos inquiridos escolhe vestuário (50%) e produtos culturais (30%). Adicionalmente, vinhos e outras bebidas (45%) e brinquedos (47%) encontram-se também na lista das ofertas.

As ofertas vão ao encontro do que os portugueses mais querem receber. Em 2020, vestuário continua a ser a prenda preferida de 34% dos inquiridos neste estudo. No entanto, o destaque vai para os produtos culturais, um desejo de 28% dos portugueses, mais 14% do que em 2019. Por outro lado, artigos de perfumaria viram um decréscimo de nove pontos percentuais, ficando-se pelos 27%.

Na lista do “Pai Natal” estão ainda relógios/joias e bebidas (16%) e dinheiro, que no ano passando, encontrava-se no pódio dos desejos de Natal e, este ano, é apenas ansiado por 12% dos inquiridos.

Centros comerciais são local preferido para compras

Apesar da pandemia e das medidas existentes, os centros comerciais continuam a ser o local preferido para fazer as compras de Natal para seis em cada dez portugueses. É, ainda assim, uma descida em comparação com 2019 (76%). Segue-se os super e hipermercados (41%) e as lojas de comércio tradicional, que tiveram um aumento da procura em 2020, de 24% para 28%.

O comércio eletrónico é escolhido por apenas 10% dos inquiridos. E, mesmo assim, 82% dos portugueses informam-se nas lojas físicas antes de realizarem a compra. Na internet, os produtos culturais lideram as compras de presentes (66%), seguindo-se brinquedos (45%) e vestuário e acessórios (44%). Com as compras online, os portugueses pretendem gastar cerca de 109 euros.

Mais de metade dos portugueses começou — ou vai começar ainda — as compras, a duas semanas do Natal. Em 2020, as compras começam mais tarde do que em 2019.

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“Salário mínimo” da Função Pública igual ao nacional seria “andar para trás”, diz FESAP

FESAP espera que salário mais baixo da Função Pública não volte a ficar ao nível do salário mínimo. Governo diz que irá apresentar proposta em sede de negociação coletiva.

Se o Governo decidir voltar alinhar a remuneração mais baixa praticada no Estado com o salário mínimo nacional (SMN) isso representa um retrocesso, avisa o líder da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP), em declarações ao ECO. Em resposta, o Governo reafirma a abertura para fazer refletir a já anunciada subida do SMN nas remunerações da Função Pública e adianta que a proposta será apresentada aos sindicatos, em sede de negociação coletiva. Por enquanto, não há, contudo, nenhuma reunião marcada para o efeito.

O Governo tinha prometido aumentar em, pelo menos, 1% a generalidade dos funcionários públicos em 2021, mas a pandemia fez cair essa promessa. Face ao impacto da crise provocada pela Covid-19 na economia, o Ministério da Administração Pública decidiu garantir atualizações apenas aos salários mais baixos.

Ao ECO, fonte do Ministério de Alexandra Leitão reafirma agora essa abertura para fazer repercutir o aumento do salário mínimo — que o Governo já anunciou que será de 30 euros para 665 eurosna Administração Pública e sinaliza que estão a ser atualmente avaliados esses reflexos, nomeadamente no que diz aos salários mais baixos. A mesma fonte acrescenta que a proposta será apresentada “em primeira mão aos sindicatos em sede de negociação coletiva”.

Contactadas pelo ECO, as estruturas sindicais que representam os funcionários públicos adiantam, contudo, que até agora não foi marcada qualquer reunião para esse efeito.

Uma das hipóteses é o nível salarial mais modesto da Administração Pública (a quarta posição da Tabela Remuneratória Única) ser atualizado “automaticamente” em consequência da subida do salário mínimo. Nesse caso, passaria dos atuais 645,07 euros para 665 euros, ficando em linha com a remuneração mínima garantida no privado, pela primeira vez desde 2018.

Para o líder da FESAP isso não é aceitável. “Espero bem que [a quarta posição remuneratória] não fique igual ao salário mínimo nacional”, afirma José Abraão. “Isso seria o Governo a andar para trás“, acrescenta, alertando que, atualmente, “já há funcionários públicos com largos anos de experiência que estão a receber o mesmo que outros com carreiras mais recentes, em resultado da compressão dos últimos anos da Tabela Remuneratória Única (TRU) resultante dos aumentos sucessivos do salário mínimo não acompanhados por reforços mais generalizados das remunerações”.

O líder da Frente Comum destaca a mesma “injustiça” e reivindica uma revisão da TRU. Sebastião Santana garante, no entanto, que até ao momento o Governo não convocou o sindicato para qualquer reunião sobre os salários, desde a aprovação do Orçamento do Estado para 2021 e da apresentação na Concertação Social do salário mínimo para o próximo ano.

A líder do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estados (STE) corrobora, isto é, confirma que “não há sinal de que possa haver reunião” para esse efeito.

“Continuamos a aguardar”, sublinha o líder da FESAP, referindo que há disponibilidade para marcar esse encontro quando o Executivo quiser. “É só convocar e lá estaremos para reivindicar“, garante também o líder da Frente Comum.

Se o salário mais baixo da Função Pública passar a ter o mesmo valor que o salário mínimo e nenhum outro nível remuneratório for atualizado, a posição seguinte da TRU (atualmente nos 693,13 euros mensais) ficará a 28,13 euros. Ainda assim, e de acordo com o Jornal de Negócios, o Governo também está a ponderar aumentar essa posição, mas ainda não se conhece esse valor, nem o Executivo confirmou a intenção.

Em 2020, o Governo aumentou em 0,3% a generalidade dos salários mínimos, mas garantiu uma subida de dez euros às duas primeiras posições da TRU.

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Bruxelas quer criar “escudo de segurança” na UE contra ciberataques

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2020

A Comissão Europeia apresentou uma Estratégia de Cibersegurança que prevê a criação de Centros de Operações de Segurança na UE, que servirão de “escudo de cibersegurança” para prevenir ciberataques.

A Comissão Europeia apresentou uma Estratégia de Cibersegurança que prevê a criação de Centros de Operações de Segurança na UE, que servirão de “escudo de cibersegurança” e permitirão prevenir e responder rapidamente a ciberataques.

“A Comissão propõe que seja lançada uma rede de Centros de Operações de Segurança em toda a União Europeia (UE), baseados em inteligência artificial, e que irão constituir um verdadeiro ‘escudo de cibersegurança’ para a União Europeia ser capaz de detetar, suficientemente cedo, sinais de ciberataques de maneira a permitir a tomada de ações proativas antes que os danos ocorram”, refere a Comissão Europeia no documento hoje divulgado.

Em conferência de imprensa de apresentação da estratégia, o comissário com a pasta do Mercado Interno, Thierry Breton, referiu que os centros são necessários para se descobrir “no espaço de umas horas” sinais de ataques que, normalmente, demoram em média “100 a 200 dias” a serem detetados.

“São centros que irão supervisionar o conjunto das redes que constituem a esfera digital na qual opera o conjunto das atividades europeias. Vamos supervisionar essas redes e vamos dotar esses cinco ou seis centros — que serão suficientes para proteger a ‘bolha digital’ na qual operamos — de algoritmos de inteligência artificial que nos irão permitir detetar, no espaço de algumas horas, um sinal fraco que nos poderá indicar que está a acontecer alguma coisa em algum lado”, sublinhou Breton.

A proposta, incluída na estratégia apresentada esta quarta-feira pelo executivo comunitário, é também acompanhada de outras medidas para permitir que “todos os cidadãos e empresas possam beneficiar plenamente de serviços e ferramentas digitais credíveis”.

Baseada em três pilares — resiliência, capacidade de prevenção, e cooperação com outros parceiros –, a estratégia prevê também reformar a diretiva das redes e dos sistemas de informação (NIS) que tinha sido adotada em 2016. Nesse âmbito, está nomeadamente previsto que a diretiva passe a englobar novos setores, com base na sua importância para a economia e sociedade europeia, e que incluem, entre outros, os serviços de correio, de restauração e a Administração Pública.

Bruxelas propõe Unidade Cibernética Conjunta

Além da criação dos Centros de Operações de Segurança na UE, a Comissão propõe também uma cooperação reforçada entre Estados membros, prevendo a criação de uma Unidade Cibernética Conjunta que servirá para “fortalecer a cooperação entre instituição europeias e as autoridades dos Estados-membros responsáveis pela prevenção e a resposta a ciberataques”.

Frisando que a UE quer aumentar a sua “liderança nas normas internacionais e nos padrões do ciberespaço”, a nova estratégia prevê ainda o trabalho com parceiros internacionais para “promover um ciberespaço global, aberto, estável e seguro” que esteja baseado no “Estado de direito, direitos humanos, liberdades fundamentais e valores democráticos”.

Em conferência de imprensa, o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, sublinhou que as parcerias internacionais são importantes face a uma “ameaça real, que evolui constantemente, e se torna diariamente mais importante”.

“O ciberespaço é como o mundo físico: oferece grandes oportunidades mas, infelizmente, também é um espaço onde um ator não estatal ou um Estado violam o Estado de direito e fazem um uso indevido da tecnologia para avançarem os seus objetivos políticos”, destacou Borrell.

O executivo comunitário frisa que está comprometido em “implementar a nova estratégia nos próximos meses”, sublinhando também que irão “reportar regularmente sobre o progresso feito” e manter tanto o Parlamento Europeu como o Conselho da UE “completamente informados e envolvidos em todas as ações relevantes”.

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Empresas podem diferir IVA a pagar em 2021. Veja as regras

Governo aprovou a flexibilização do cumprimento das obrigações tributárias em sede de IVA, no primeiro semestre de 2021. Medida já está em vigor.

Tal como aconteceu este ano, o Governo decidiu flexibilizar o cumprimento das obrigações tributárias em sede de IVA referentes ao primeiro semestre de 2021. Medida, que foi aprovada recentemente em Conselho de Ministros, entrou agora em vigor, permitindo às empresas com quebras de faturação diferirem o pagamento até seis meses sem juros.

Com vista ao objetivo essencial de assegurar liquidez às empresas e preservar a atividade destas”, o Governo decidiu “criar um regime complementar de diferimento de obrigações fiscais relativas ao primeiro semestre de 2021″, lê-se no Decreto-Lei publicado em Diário da República esta terça-feira, produzindo efeitos a partir de hoje, 16 de dezembro.

“Pretende-se, deste modo, flexibilizar o cumprimento das obrigações fiscais, possibilitando-se o pagamento do imposto sobre o valor acrescentado, em três ou seis prestações mensais, desde que verificada uma quebra de faturação de, pelo menos, 25%”, explica.

Assim, no primeiro semestre de 2021, empresas com um volume de negócios até 2 milhões de euros em 2019 ou que tenham iniciado ou reiniciado a atividade a partir de 1 de janeiro de 2020, inclusive, e que tinham de pagar até ao dia 15 do 2.º mês seguinte àquele a que respeitam as operações, podem fazer o pagamento:

  • Até ao termo do prazo de pagamento voluntário; ou
  • Em três ou seis prestações mensais, de valor igual ou superior a 25 euros, sem juros.

Estes devem ainda, cumulativamente, “declarar e demonstrar uma diminuição da faturação comunicada através do e-fatura de, pelo menos, 25% na média mensal do ano civil completo de 2020 face ao período homólogo do ano anterior”, por certificação de contabilista certificado. Caso não tenham contabilidade organizada, a certificação pode ser substituída, mediante declaração do requerente, sob compromisso de honra.

Já para as empresas que tinham de entregar os montantes até ao dia 20 do 2.º mês seguinte ao trimestre do ano civil a que respeitam as operações, poderão também cumprir as obrigações:

  • Até ao termo do prazo de pagamento voluntário; ou
  • Em três ou seis prestações mensais, de valor igual ou superior a 25 euros, sem juros.

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Atividade económica da Zona Euro surpreende pela positiva em dezembro

Em plena segunda vaga de infeções, a economia da Zona Euro parece estar mais resiliente do que o esperado. Segundo os dados da IHS Markit, o PMI compósito subiu face a novembro.

A economia da Zona Euro esteve perto de estabilizar em dezembro com um forte crescimento da produção industrial a surpreender pela positiva. Esse impulso da indústria foi suficiente para contrariar uma queda ainda mais expressiva do setor dos serviços uma vez que os países têm em vigor mais restrições por causa da segunda vaga de infeções.

De acordo com os dados da IHS Markit divulgados esta quarta-feira, o PMI compósito – que mede a atividade da indústria e dos serviços — terá subido para os 49,8 em dezembro (45,3 em novembro), aproximando-se dos 50 pontos. Neste indicador, a linha dos 50 pontos diferencia o crescimento (acima de 50) da contração (abaixo de 50) da economia.

Estes números mostram que a “economia da Zona Euro está a ter bem melhor do que o esperado em dezembro”, diz Chris Williamson, economista-chefe da IHS Markit, recordando que o consenso entre os analistas apontava para um PMI de 45,8 em dezembro. Ou seja, ao contrário do esperado, a quebra significativa registada em novembro por causa da reintrodução de restrições severas não se prolongou na mesma dimensão em dezembro, para já.

A consequência destes números é que a contração do PIB da Zona Euro prevista para o quarto trimestre deverá ser menos expressiva e ficará bem longe do que foi registado no segundo trimestre deste ano, altura em que a pandemia se alastrou pela Europa. Porém, é de recordar que há países que ainda estão a agravar as restrições, como é o caso da Alemanha e da Holanda, o que poderá ter consequências nas duas semanas até ao final do mês.

A consultora refere também que as perspetivas futuras para a indústria são “encorajadoras” uma vez que as expectativas de produção aumentaram para um máximo de 32 meses, o que é atribuído ao desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19. Para Chris Williamson tal demonstra o “otimismo” que existe nas empresas com o início da vacinação e a gradual normalização da situação em 2021.

Contudo, deixa avisos: “Ainda que [o desenvolvimento de] vacinas signifique que há uma luz ao fundo do túnel, no curto prazo [a situação] ainda permanece bastante desafiante para muitas empresas“, recorda, referindo que o avanço da produção industrial contrasta com a quebra dos serviços, os quais são mais afetados pelas restrições como o distanciamento social e os confinamentos parciais.

Os dados da IHS Markit mostram também que o emprego na Zona Euro esta a cair ao ritmo mais baixo desde que a crise pandémica começou, o que sinaliza que o mercado de trabalho estará a estabilizar gradualmente.

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Terminou o mestrado? Já pode concorrer ao programa de trainees da Galp

Já se pode candidatar ao programa de estágios da Galp, destinado a jovem recém-mestres e este ano com especial destaque para a área das TI. As candidaturas estão abertas até 28 de fevereiro de 2021.

A Galp abriu esta semana as candidaturas para o programa de trainees Generation Galp. A empresa procura estudantes recém-formados com mestrado das mais diversas áreas, desde as engenharias às ciências sociais, com grande foco nas áreas das tecnologias de informação e de dados.

O programa tem como objetivo desafiar jovens talentos a iniciarem a sua carreira profissional na Galp, podendo integrar várias áreas de negócio da empresa de acordo com o perfil de cada candidatos.

Devido à pandemia, a Galp assegura que vai reforçar as medidas de segurança e criar as condições para o teletrabalho. Ao longo do programa, todos os candidatos selecionados terão acompanhamento específico, coordenado pela direção de pessoas.

O programa de estágios da Galp decorre anualmente desde 1998 e apresenta uma taxa de retenção de cerca de 70%. A Galp tem hoje nos seus quadros quase 450 dos mais de 650 trainees que participaram no programa durante as últimas duas décadas. Cerca de 30% dos cargos de gestão da Galp são ocupados por colaboradores que iniciaram a sua carreira na empresa como trainees.

As candidaturas estão abertas até 28 de fevereiro de 2021 e podem ser submetidas no site oficial.

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Espanha admite endurecer medidas durante o Natal se necessário

  • Lusa
  • 16 Dezembro 2020

Pedro Sánchez pediu aos cidadãos que façam um último esforço e que não baixem a guarda à Covid-19 às portas do início da vacinação.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, alertou, esta quarta-feira, para o “aumento preocupante das infeções” de Covid-19 nos últimos dias e assegurou que, caso necessário, irá propor o endurecimento das medidas contra a pandemia durante o período do Natal.

“Não podemos relaxar. Não podemos baixar a guarda (…). Lutámos muito durante todo o ano, unidos, e estamos perante este último esforço”, disse o chefe do executivo de esquerda durante um debate no parlamento em que deu conta da situação sanitária no país, que tinha prometido fazer de dois em dois meses enquanto estiver a vigorar o estado de emergência.

Pedro Sánchez pediu aos cidadãos que façam um esforço derradeiro e que não baixem a guarda às portas do início da vacinação, prevista para o início de 2021. “Não vamos deitar tudo a perder. Depende de nós não abrir a porta a uma terceira vaga”, disse o chefe do Governo.

No entanto, o chefe do Governo espanhol manifestou-se convicto de que o país está agora a entrar numa “terceira e última fase” que representa “o início do fim” da pandemia, com a estratégia de vacinação, para a qual garantiu que a Espanha está pronta.

“A Espanha está pronta, todas as suas instituições estão prontas para enfrentar esta estratégia de vacinação”, disse Sánchez que recordou que o país foi, juntamente com a Alemanha, o primeiro país da União Europeia a ter um plano de vacinas.

O primeiro-ministro confirmou que haverá 13.000 locais de vacinação em todo o território para garantir que todos os grupos prioritários tenham acesso à vacina na primeira fase, um total de 2,5 milhões de espanhóis.

O Executivo, disse Sánchez, acredita que na segunda fase da vacinação, de maio a junho, entre 15 e 20 milhões de espanhóis serão vacinados.

O líder da principal formação da oposição, Pablo Casado, do Partido Popular (direita), fez uma intervenção muito dura contra o Governo de coligação formado pelo Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e a Unidas Podemos (extrema-esquerda). “Nada mudou nestes seis meses, ainda estamos numa crise muito grave em Espanha”, disse Pablo Casado que voltou a criticar a gestão feita pelo Governo da crise provocada pela pandemia de Covid-19.

O líder do PP exigiu que Pedro Sánchez pedisse desculpa por dirigir um governo “incompetente, que mentiu e é tão arrogante que não é capaz de reconhecer os danos infligidos” pela gestão da pandemia do novo coronavírus.

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Governo mantém bónus a equipas de saúde em 2021 para recuperar cirurgias adiadas pela Covid

O Governo vai continuar a dar um bónus aos profissionais de saúde que retomem as consultas para as cirurgias que a pandemia adiou.

O Governo vai continuar a compensar em 2021 os profissionais de saúde que retomem as consultas para as cirurgias que foram adiadas este ano devido à pandemia. Estas compensações começaram a ser dadas em julho e continuarão no próximo ano. De acordo com uma portaria publicada esta quarta-feira em Diário da República, estes bónus podem chegar aos 95%.

A pandemia teve impacto nos tempos de espera para a realização de consultas e, consequente, de cirurgias. De acordo com projeções do Ministério da Saúde, citadas pelo Jornal de Notícias e pelo Público, até setembro foram canceladas cerca de 96.000 cirurgias, podendo chegar às 150.000 até ao final do ano. Face a este cenário, o Governo decidiu tomar medidas.

Assim, em julho, começou a compensar as equipas de saúde que acelerem estas consultas e retomem as cirurgias que estavam suspensas. Uma medida que, lê-se na portaria publicada esta quarta-feira, “revelou resultados positivos, tendo-se observado, no final do verão e antes da segunda vaga da pandemia, uma retoma de níveis assistenciais de consulta e cirurgia alinhados com os verificados anteriormente“.

Estas compensações estavam previstas até ao final deste ano, mas o Governo decidiu estendê-las: “Em face da situação epidemiológica atual, importa que se mantenha idêntico mecanismo de incentivos para os estabelecimentos hospitalares no ano de 2021“, refere a portaria.

Os incentivos dados às equipas envolvidas neste processo podem ter dois tetos máximos: 95% para aqueles que retomem as primeiras consultas para cirurgias e 75% para os profissionais que retomem as cirurgias efetivamente adiadas.

Este esforço adicional dos profissionais de saúde deverá ser realizado “fora do horário de trabalho das equipas, nomeadamente aos fins de semana, com garantia de composição mínima necessária das referidas equipas”, lê-se, ficando a Administração Central do Sistema de Saúde responsável por acompanhar e monitorizar a implementação do regime excecional.

A portaria, assinada pela ministra da Saúde, Marta Temido, entra em vigor a 1 de janeiro de 2021.

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Banca tem “consciência do desafio dos testes” de stress climáticos

  • Capital Verde
  • 16 Dezembro 2020

BCP e Santander consideram que incluir o clima nos critérios de risco é imperativo, segundo dizem responsáveis no painel sobre finanças sustentáveis no Green Economy Forum 2020, do ECO/Capital Verde.

A banca e o mercado de capitais estão a acelerar a preparação para uma recuperação verde. Apesar de as finanças sustentáveis já serem um tema antes da pandemia, a Covid-19 veio pôr em foco os critérios sociais, ambientais e de governo de sociedades (ESG, na sigla em inglês) segundo dizem os responsáveis do Millennium bcp, Santander Portugal, Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e Euronext Lisbon no painel sobre finanças sustentáveis no Green Economy Forum 2020, do ECO/Capital Verde.

Assista ao painel sobre Finanças Sustentáveis aqui

A emergência das finanças sustentáveis levou a um reforço da regulação, nomeadamente no que diz respeito ao controlo do risco climático. A European Banking Authority (EBA) decidisse incluir este domínio nos testes de stress à banca. Apesar de ser um desafio, o Millennium BCP diz estar pronto para o enfrentar, em 2022. “O banco está preparado no sentido em que está a fazer o caminho. Preparados no sentido em que estamos prontos a aguardar nunca estaremos, mas estamos prontos no sentido em que temos consciência do desafio”, diz o CEO Miguel Maya.

“Os testes de stress não são um objetivo em si mesmo, o que é o objetivo é o que está subjacente e que nos vai garantir que passamos. O Millennium BCP está profundamente comprometido com a sociedade portuguesa e tem a clara consciência que temos um papel muito relevante a desempenhar”, sublinha.

A banca tem-se comprometido nos últimos anos com princípios de sustentabilidade, mas é preciso combater comportamentos enganadores — que impeça que esta agenda seja descredibilizada –, como é o caso do greenwashing e socialwashing, como alerta a presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que tem vindo a acompanhar o tema desde 2018.

“Naturalmente que temos responsabilidades, que consideramos grandes”, admite Gabriela Figueiredo Dias. “Qual é a nossa função fundamental? A de proteção do investidor, muito em particular o investidor individual, desde logo porque é mais frágil, mas também porque a dimensão em que a sustentabilidade está mais ativa no mercado é na gestão de ativos“, sublinha, lembrando que 95% dos investidores em Portugal estão nos fundos de investimentos.

A presidente da Euronext Lisbon, Isabel Ucha, partilha a preocupação. Aplaude o alargamento da oferta de produtos de investimento relacionados com sustentabilidade pelas instituições financeiras, que acompanham a aposta da bolsa. Mas alerta que, além dessa oferta, é preciso informar de forma simples e compreensível.

Alguns temas da sustentabilidade são tecnicamente complexos e temos de os transformar para que os investidores, em geral, consigam compreender. Aí há um papel para algum tipo de rating ou classificação que deverá ser tão harmonizada e standardizada quanto possível”, aponta a presidente da bolsa.

As regras europeias ainda se estão a definir, acompanhando o que tem sido a maior procura (tanto por emitentes como por investidores e instituições financeiras) de ativos verdes. É o caso das green bonds e, mais recentemente devido à pandemia, de social bonds. Tanto o Millennium bcp como o Santander Portugal têm dinamizado o mercado de obrigações verdes em Portugal.

Todo o sistema financeiro e banca em geral tem antecipado estas — mais do que tendências — práticas que têm de ser implementadas”, diz Miguel Belo de Carvalho, administrador executivo do Santander Portugal. Aponta o “sentido pedagógico muito grande, desde logo no processo de admissão de riscos”, que obriga a que sejam elencados os riscos relacionados com sustentabilidade, “o que induz um comportamento diferente à comunidade”.

O Green Economy Forum 2020 conta com o apoio de CTT, EDP, EY, Millennium bcp, REN, Santander, SuperBock Group e Volkswagen, e poderá ser acompanhado online nos sites do ECO e Capital Verde.

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