A experiência do alumni

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  • 27 Julho 2020

Joana Gonçalves Rebelo, Manager EY, People Advisory Services, fala dos programas de alumni, desenhados para manter o contacto com ex-colaboradores para que fiquem a par do que se passa na organização.

Mudar de emprego e procurar novas oportunidades de carreira é uma prática cada vez mais constante na vida dos colaboradores. Se durante anos “os empregos eram para a vida”, nos dias que correm, cada vez mais raras são as pessoas que têm essa experiência profissional. Mais ainda, após sucessivas crises económicas, tanto passadas como futuras, e transformações da sociedade, a maioria das pessoas das gerações mais jovens já experimentaram vários contextos empresariais. A título de exemplo, em dezembro de 2019, segundo o Dinheiro Vivo, cerca de 78% dos trabalhadores procuravam novo emprego, sendo assim notórias as transversais vontades de os colaboradores procurarem novas oportunidades e empregos.

Ora, aquando da mudança de emprego sempre foi incutida aos colaboradores a necessidade de “deixar a porta aberta” na empresa, criar o espaço para ter boas referências profissionais e/ou algum tipo de abertura para voltar, caso necessário.

"A experiência de offboarding da empresa é determinante para o considerar voltar. ”

Joana Gonçalves Rebelo

Manager EY, People Advisory Services

Considerando então que cerca de 78% dos colaboradores procuram novas oportunidades, será realista a ideia de que apenas os colaboradores devem deixar a porta aberta? Ou terão as empresas de considerar igualmente a ideia, para conseguirem recaptar novamente talentos que foram perdidos e aprofundar potenciais parcerias com ex-colaboradores? De facto, a rotatividade, e a consequente substituição de colaboradores, são uma fonte de custo relevante para a organização, não só em termos de custos diretos de recrutamento como também em termos de eficiência organizacional, já que o processo de adaptação do colaborador à organização e função é igualmente investimento a contabilizar. Fator que é facilmente ultrapassável quando recontratando os que saíram.

programas de alumni

Apesar dos tempos vividos atualmente serem tendencialmente inibidores da mudança de emprego, o anúncio de possível crise económica abranda a iniciativa de mudança profissional. A forma como as organizações trabalham a experiência do colaborador pode ser determinante na construção de capacidade organizacional, resiliente, que pode ser determinante para o sucesso da empresa.

A experiência do colaborador é trabalhável enquanto este permanece na empresa, mas também por ocasião da sua saída. A experiência de offboarding da empresa é determinante para o considerar voltar. E, em alturas de “guerra pelo talento” todas estas experiências deixam marcas, que, acima de tudo, se querem positivas.

"Programas de alumni são desenhados para manter o contacto com ex-colaboradores mantendo-os a par do que se passa na organização.”

Joana Gonçalves Rebelo

Manager EY, People Advisory Services

Mas o processo de offboarding não é o “último adeus”! É importante manter a ligação aos ex-colaboradores – os alumni. Os programas de alumni são mais valias organizacionais para aumentar a rede de network da própria organização, reforçar a employer brand no mercado e, inclusivamente, pode ser uma fonte de recrutamento interessante.

De uma perspetiva empresarial, manter o contacto e potencialmente voltar a contratar talentos que decidiram sair para outras organizações podem ser fatores críticos de sucesso. Desta forma, programas de alumni tomam o ponto de relevância. Programas de alumni são desenhados para manter o contacto com ex-colaboradores mantendo-os a par do que se passa na organização e ligados à empresa através de eventos como palestras, grupos de networking etc.

Têm vantagens diretas para a organização, como sendo a criação de ligações continuadas com potenciais colaboradores a recontratar, fontes de networking e recomendação de parceiros de negócio e até fontes de investimento e advocacy no mercado. E para os ex-colaboradores que potencialmente mantêm relações com ex-colegas e a organização com a qual têm afinidade.

Assim sendo, para criar estes programas de alumni é essencial manter contactos atualizados, refletir estrategicamente sobre os objetivos que o programa deve atingir e desenhar as ações que mais eficazmente cumpram o seu propósito.

Obviamente que os programas de alumni devem ser direcionados aos colaboradores que efetivamente deixaram uma impressão positiva na organização, aqueles que podem ser considerados como parceiros futuros.

E a sua organização, que ligações cria com os seus alumni?

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Porto de Leixões bate recorde de exportações durante a pandemia

  • Lusa
  • 27 Julho 2020

Porto de Leixões exportou no primeiro semestre do ano 2,7 milhões de toneladas de mercadoria, “um recorde nunca antes alcançado”.

O Porto de Leixões, em Matosinhos, exportou no primeiro semestre do ano 2,7 milhões de toneladas de mercadoria, “um recorde nunca antes alcançado”, representando um crescimento de 4,2% face ao período homólogo de 2019, foi divulgado esta segunda-feira.

“No primeiro semestre de 2020, o Porto de Leixões bateu um recorde nunca antes alcançado nas exportações ao movimentar 2,7 milhões de toneladas de mercadoria para o exterior, o que representa um crescimento de 4,2% face ao período homólogo. Produtos refinados, ferro e aço, papel e cartão, e pedra foram os tipos de carga mais exportada”, revela em comunicado a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL), em comunicado.

A autoridade portuária afirma ainda que, em contentores, foram movimentados naquela infraestrutura do distrito do Porto “mais de 3,5 milhões toneladas de mercadoria”, um “crescimento acumulado de 3,4% em comparação com o período homólogo do ano anterior”.

No comunicado, a APDL manifesta satisfação por perceber que, “apesar da conjuntura, inevitavelmente marcada pela paralisação gerada pela Covid-19 e pelo consequente abrandamento da indústria e comércio mundial, a economia regional continuou a servir-se do Porto de Leixões para manter o dinamismo possível”.

“Apesar dos ganhos”, a APDL assinala que o primeiro semestre de 2020, “marcado pela pandemia da Covid-19, foi marcado pelo decréscimo de mais de 5,6% na movimentação total de carga no Porto de Leixões”.

Durante este período, cerca de nove milhões de toneladas de mercadoria foi movimentada na infraestrutura portuária, acrescenta.

A “principal quebra” verificou-se “nos graneis líquidos, com menos 15,8% devido à paragem parcial da refinaria da GALP”, descreve a APDL.

Quanto à carga roll-on/roll-off, que embarca e desembarca sobre de rodas, “reduziu 7%”, ao passo que os granéis sólidos diminuiu 1,3% e a carga fracionada registou um decréscimo de 4,4%.

A APDL lembra que “o conjunto dos portos portugueses registaram uma quebra de 9,3% na movimentação de carga até maio, em comparação com o período homólogo do ano anterior, de acordo com os dados divulgados pela Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT)”.

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TAP retoma 66 rotas em agosto. Vai operar 40% dos voos pré-Covid em setembro

A companhia aérea anunciou que vai ter perto de 700 voos de ida e volta por semana, a partir de setembro, o que equivale a cerca de 40% da sua operação normal pré-Covid.

A TAP anunciou que vai realizar 500 voos semanais de ida e volta, num total de 66 rotas, em agosto. No plano de reposição gradual da operação, estão programados para setembro cerca de 700 voos de ida e volta por semana (num total de 76 rotas), o que equivale a cerca de 40% da operação normal pré-Covid.

“A TAP aumenta a sua oferta já no mês de agosto, em que passa a oferecer 18 voos semanais para o Brasil, 20 voos para seis destinos na América do Norte, 44 voos para 9 destinos em África, 329 voos para 30 cidades na Europa e 126 voos para seis aeroportos nacionais”, anunciou a companhia aérea em comunicado.

A partir do Porto haverá a partir de agosto ligações a Ponta Delgada, Rio de Janeiro, Newark, Londres, Milão e Zurique, que se juntam às ligações a Paris, Luxemburgo e ao Funchal repostas em julho. E em setembro terá início a rota Porto – Amesterdão.

“É em setembro, no entanto, que a TAP vai repor de forma mais significativa a sua operação, retomando cerca de 40% do que era a sua oferta normal no período pré-Covid”, explica. A transportadora aérea vai ter nesse mês 22 voos por semana para o Brasil, 30 voos em oito rotas na América do Norte, 59 voos para 13 cidades em África e no Médio Oriente, 498 voos para 35 cidades europeias e 159 voos entre seis cidades de Portugal.

A TAP ressalva, no entanto, que os planos podem ser alterados pelas medidas de contenção do coronavírus. “A lista de rotas e voos poderá ser ajustada sempre que as circunstâncias o exijam, face à dinâmica da evolução das imposições e restrições dos vários países, em virtude da evolução da pandemia, bem como da evolução da procura”, diz, acrescentando que “ajustou as rotinas e implementou novos e reforçados procedimentos, garantindo a todos os passageiros um ambiente Clean & Safe em todas as fases da viagem”.

(Notícia atualizada às 10h20)

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Lavagem de dinheiro em Portugal duplica em apenas meio ano

  • ECO
  • 27 Julho 2020

Desde janeiro foram movimentados 15 milhões de euros em negócios ilegais de empresas internacionais, o dobro do valor detetado na totalidade do ano passado.

Há cada vez mais empresas internacionais a usar Portugal para lavarem dinheiro obtido com negócios ilegais. De acordo com o Jornal de Notícias (acesso pago), só em meio ano foram detetados pelo menos 15 milhões de euros movimentados nestas operações, o dobro da quantia detetada em todo o ano passado.

A maioria destes esquemas é feita através de burlas informáticas no estrangeiro, que criar empresas de fachada em Portugal para lavar os lucros obtidos com esses crimes. A escolha pelo país deve-se à “facilidade de criação de empresas proporcionada pelo sistema ‘Empresa na Hora'”, diz a Polícia Judiciária (PJ), embora essa razão seja rejeitada pelo Ministério da Justiça.

Estas redes contratam criminosos para criar empresas de fachada com contas bancárias associadas, que são depois creditadas com quantias com origem em todo o mundo, e encaminhadas em parcelas mais pequenas para territórios como Hong Kong, Nigéria ou Turquia. Normalmente, diz a PJ, citada pelo JN, são sediadas “em escritórios virtuais ou moradas falsas”.

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Nas notícias lá fora: Zona Euro, Reino Unido e Vueling

  • ECO
  • 27 Julho 2020

Um dos membros do BCE acredita que ainda é cedo para considerar que a economia da Zona Euro está fora de perigo, enquanto o Reino Unido admite excluir França e Alemanha dos corredores aéreos.

As consequências da pandemia continuam a fazer-se sentir, seja ao nível das empresas, seja da economia. Um dos membros do BCE acredita que ainda é cedo para considerar que a economia da Zona Euro está fora de perigo, enquanto vários empresas e Governos tomam medidas de prevenção. O Reino Unido admite excluir França e Alemanha dos corredores aéreos, enquanto a Vueling planeia encerrar quatro bases aéreas em Espanha.

La Repubblica

Economia da Zona Euro ainda não está fora de perigo, diz o BCE

Um dos membros do Conselho do Banco Central Europeu (BCE) acredita que o perigo da pandemia para a economia da Zona Europa ainda não acabou, defendendo a necessidade de se fazerem ajustes no programa de compra de ativos. Fabio Panetta diz que “é muito cedo para declarar vitória” e que a economia europeia provavelmente sofrerá no segundo trimestre uma maior contração do que nos primeiros três meses do ano. Leia a notícia completa no La Repubblica (acesso livre, conteúdo em italiano)

Sky News

França e Alemanha podem vir a ser excluídas dos corredores aéreos dos Reino Unido

Depois de ter excluído a Espanha dos corredores aéreos, o Governo britânico admite excluir também França e Alemanha, por considerar que estes não são países seguros para os turistas do Reino Unido. Embora a decisão ainda não tenha sido tomada, a situação de cada um destes países está a ser acompanhada de perto pelas autoridades britânicas. Leia a notícia completa na Sky News (acesso livre, conteúdo em inglês)

El Economista

Vueling planeia encerrar quatro bases aéreas em Espanha

A companhia aérea espanhola está a preparar-se para restruturar a sua rede de bases aéreas e rotas, reduzindo de tamanho durante alguns anos, consequência dos efeitos que a pandemia teve na aviação. Semanalmente, a Vueling elabora estudos de viabilidade e um dos cenários em cima da mesa é o encerramento das bases aéreas em Espanha — Astúrias, Corunha, Santiago de Compostela e Madrid –, a eliminação de rotas e a redução de frota. Leia a notícia completa no El Economista (acesso livre, conteúdo em espanhol)

CNBC

Coronavírus: Próximo pacote de medidas de Trump incluirá cheque de 1.200 dólares

O próximo pacote de medidas para minimizar os efeitos do coronavírus incluirá o pagamento de 1.200 dólares (1.029 euros) aos norte-americanos, anunciou o assessor económico da Casa Branca. Este próximo pacote, no valor de um bilião de dólares será apresentado esta segunda-feira, e incluirá 16 mil milhões de dólares (13,7 mil milhões de euros) em fundos para testes e incentivos fiscais para as empresas recontratarem funcionários. Leia a notícia completa na CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês)

Financial Times

Bancos europeus preparam provisões extra para cobrir perdas com malparado

Os maiores bancos do Reino Unido, da Suíça e da Zona Euro preparam-se para colocar de lado pelo menos 23 mil milhões de euros para cobrir as perdas que tiveram com os empréstimos em incumprimento, resultado dos efeitos da pandemia. De acordo com o Citigroup, este valor somado aos 61 mil milhões de dólares (52,3 mil milhões de euros) em provisões feitas pelos cinco maiores bancos dos EUA será a maior adição líquida de reservas para perdas potenciais desde o primeiro semestre de 2009, altura do colapso do Lehman Brothers. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

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Japão quer população a conjugar teletrabalho e férias para impulsionar turismo

  • Lusa
  • 27 Julho 2020

O Governo do Japão propôs popularizar um novo estilo de trabalho e viagens, no qual as pessoas podem continuar a assegurar o trabalho enquanto desfrutam das estadias em resorts ou spas.

O Governo nipónico propôs esta segunda-feira aos japoneses uma solução original para responder à crise no turismo internacional e nacional: conjugar teletrabalho e férias.

A proposta foi avançada pelo ministro porta-voz do Governo, Yoshihide Suga, quando se aproxima agosto, um mês tradicionalmente marcado pelas altas temperaturas no Japão durante o qual muitos japoneses aproveitam para tirar alguns dias de folga. A ideia foi apresentada numa reunião oficial durante a qual se discutiram soluções para promover o turismo no Japão, quando a chegada de visitantes estrangeiros caiu 99,9% desde abril e as deslocações internas registam um declínio acentuado.

Na semana passada, o Governo lançou uma campanha para promover o turismo interno, com subsídios para viagens e estadias em hotéis, aproveitando o último fim de semana alargado de quatro dias. Os habitantes de Tóquio foram excluídos desta promoção oficial, para que não espalhem o novo coronavírus pelo resto do país, tendo em conta os altos níveis de infeção registados nos últimos dias.

De acordo com a emissora pública, a NHK, no referido encontro Suga propôs a ideia de popularizar um novo estilo de trabalho e viagens, no qual as pessoas podem continuar a assegurar o trabalho enquanto desfrutam das estadias em resorts ou spas.

O mesmo responsável sugeriu ainda que as empresas criassem “escritórios satélites” nesses locais, geralmente destinados a descanso, em um país conhecido pela ‘adição’ dos seus habitantes ao trabalho.

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Windfloat Atlantic 100% operacional no mar português. EDP tem projeto para hidrogénio a partir de eólico offshore

Além da produção de energia, o futuro do Windfloat Atlantic vai passar pela exportação da tecnologia para outras geografias. Em paralelo, a EDP tem projeto para obter hidrogénio a partir do offshore.

Chama-se WindFloat Atlantic, é português e é o primeiro parque eólico flutuante da Europa Continental plenamente operacional e a injetar no sistema elétrico nacional eletricidade de origem renovável suficiente para abastecer o equivalente a 60.000 utilizadores por ano, poupando quase 1,1 milhões de toneladas de CO2. De acordo com a EDP, sete meses da primeira plataforma ter sido ligada à rede através de um cabo de alimentação que percorre os 20 quilómetros de distância que separam o parque eólico da estação instalada em Viana do Castelo, a terceira e última turbina desta central eólica em mar alto entrou finalmente em produção.

No total são três as unidades flutuantes com turbinas de 8,4 MW, as maiores do mundo até agora instaladas numa plataforma flutuante. O WindFloat Atlantic tem uma capacidade total instalada de 25 MW e é o primeiro parque eólico flutuante semi-submersível do mundo.

Além da produção de energia limpa em Portugal, a EDP quer agora exportar a tecnologia e que o exemplo do WindFloat Atlantic possa ser reproduzido noutras geografias com mares profundos e outras condições marítimas adversas para a tecnologia eólica offshore tradicional.

Em paralelo, a EDP quer também desenvolver um projeto de produção de hidrogénio a partir de energia offshore, não estando ainda confirmado se será a partir da central eólica flutuante situada a 20 km da costa portuguesa ou de um novo projeto-piloto. Na Estratégia Nacional para o Hidrogénio, um dos projetos destacados é precisamente o da produção de hidrogénio a partir de energia eólica offshore, que será desenvolvida pela EDP, para o “desenvolvimento e comercialização de um sistema modular e padronizado que visa produzir hidrogénio por eletrólise com recurso a eletricidade gerada a partir de energia offshore. Este sistema permitirá abrir novos mercados e aumentar a competitividade do setor de energia offshore de forma sustentável e inovadora. O desenvolvimento e a comercialização conjuntos desta tecnologia permitirão que os parceiros envolvidos se posicionem estrategicamente na cadeia de valor do hidrogénio, concretamente através de oferta de engenharia e serviços a nível mundial e pela capacidade de reprodução deste modelo de negócio”, indica o documento.

“Confirma-se o êxito do projeto iniciado pelo consórcio Windplus há já uma década, garantindo o acesso aos melhores recursos eólicos em mar alto, até agora inacessíveis. O Windplus instalou e ligou três plataformas com êxito — com 30 metros de altura e uma distância de 50 metros entre cada uma das suas colunas“, informou a EDP em comunicado.

A empresa sublinha a tecnologia associada a todo o projeto: desde a ancoragem das plataformas flutuantes, que permite a sua instalação em águas de mais de 100 metros de profundidade, até ao design, orientado para a estabilidade em condições climatéricas e marítimas adversas. Quanto à montagem das estruturas gigantes, esta foi feita em doca seca, o que permitiu importantes poupanças logísticas e económicas e possibilitou o reboque das plataformas por rebocadores normais, refere a EDP.

O projeto pertence à Windplus, consórcio formado pela EDP Renováveis (54,4%), ENGIE (25%), Repsol (19,4%) e Principle Power Inc. (1,2%). As plataformas foram construídas pelos dois países da Península Ibérica: duas delas nos estaleiros de Setúbal (Portugal) e a terceira nos estaleiros de Avilés e Fene (Espanha).

Esta iniciativa contou com o financiamento do Governo português, da Comissão Europeia e do Banco Europeu de Investimento. No projeto participaram as empresas Principle Power, a joint-venture Navantia/Windar, o grupo A. Silva Matos, Bourbon, o fornecedor de turbinas MHI Vestas e o fornecedor de cabos dinâmicos JDR Cables.

(Notícia atualizada)

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Presidente da Anacom ataca operadoras. “Há zonas do país onde não é possível fazer uma chamada”

  • ECO
  • 27 Julho 2020

Presidente da Anacom diz que o país tem duas velocidades em termos de comunicações. Com o 5G à porta, Cadete de Matos volta a defender o roaming nacional.

Portugal está mal servido de telecomunicações, na perspetiva do presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom). João Cadete de Matos critica o facto de em 2020, haver zonas do país em que não é sequer possível fazer uma chamada, quanto mais aceder à internet. E isso, diz à Rádio Renascença (acesso livre), tem impacto no desenvolvimento do país, com prejuízo para o interior.

Há de facto zonas onde não é possível estabelecer comunicações de voz e há ainda zonas significativas do país em que as comunicações através da internet não se fazem“, diz o regulador, apontando o dedo às operadoras de telecomunicações. “Isso é particularmente evidente nas zonas do interior do país, zonas com menos densidade populacional, que são aquelas onde os operadores de telecomunicações têm um retorno mais baixo do seu investimento”, nota.

Cadete de Matos defende que essas ligações “são muito importantes para o desenvolvimento económico, para a coesão do território, para que o país não tenha duas velocidades em termos de comunicações”. Por isso, e numa altura em que o país se prepara para o 5G, o presidente da Anacom defende a aposta no roaming nacional. É um “absurdo que em certas zonas do país as pessoas tenham uma antena de rede móvel ao seu lado, mas não se possam conectar porque pertence a outro operador”, atira.

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Ryanair perde 185 milhões no primeiro trimestre fiscal devido à pandemia

  • Lusa
  • 27 Julho 2020

A companhia irlandesa diz que é o período "mais difícil" dos seus 35 anos de existência, em que teve uma quebra de 99% no tráfego aéreo e 99% da frota parada.

A Ryanair perdeu 185 milhões de euros no primeiro trimestre fiscal (abril-junho), devido à pandemia de coronavírus, um período que a companhia aérea irlandesa considera como o “mais difícil” dos seus 35 anos de história.

A empresa sediada em Dublin lembrou que os confinamentos decretados na Europa causaram uma queda de 99% no tráfego aéreo entre abril e junho. No anterior exercício fiscal a empresa tinha registado um lucro de 243 milhões de euros.

A companhia aérea, líder na Europa nos voos de baixo custo, também indicou que 99% de sua frota permaneceu em terra durante as restrições que causaram milhares de cancelamentos.

A companhia em maio anunciou um plano de restruturação onde previa o despedimento de 3.000 trabalhadores na Europa. No início de julho, 96% dos pilotos da Ryanair aceitou um corte nos seus salários para salvaguardar os postos de trabalho que estavam ameaçados de despedimento.

A pandemia já provocou mais de 645 mil mortos e infetou mais de 16 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP). Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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“Final a oito” da Champions em Lisboa com impacto económico de 50,4 milhões

  • Lusa
  • 27 Julho 2020

Um estudo do Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM) estima o impacto económico da "final a oito" da Liga dos Campeões de futebol em 50,4 milhões de euros.

Um estudo do Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM) estima o impacto económico da “final a oito” da Liga dos Campeões de futebol, que decorrerá em agosto em Lisboa, em 50,4 milhões de euros.

Segundo o estudo de impacto económico e mediático da ‘final a oito’ da prova, que vai decorrer, num formato inédito, em Lisboa, de 12 a 23 de agosto, quase metade (49%) do impacto “beneficiará refeições” em casa e fora da habitação. Depois, o alojamento, com estadas mais longas devido ao modelo concentrado da fase final, contribui para 13% do impacto, as viagens para 9%, atividades turísticas “recebem” 5%, com as restantes percentagens divididas entre atividades publicitárias, eventos, compras e outras atividades comerciais.

O IPAM estima a presença de “16 mil adeptos sem bilhete e 3.300 visitantes na final”, um número que conta com as comitivas das equipas, quatro centenas de jornalistas, mais de um milhar de integrantes do staff de apoio e outro milhar de convidados da UEFA, entre outros profissionais de produção e transmissão.

O professor universitário e especialista em marketing desportivo Daniel Sá, que coordenou o estudo do IPAM, explicou à Lusa que “este estudo foi muito mais difícil de fazer do que o normal, por ser o primeiro sem público, uma dimensão com um peso enorme”, além da dificuldade em prever “o comportamento social com pandemia”, das esplanadas às áreas criadas em redor dos estádios para atrair adeptos.

O docente universitário lembra estudos do IPAM em edições anteriores, como a de Lisboa2014, cuja previsão era de 46 milhões de euros, ou a de Madrid, analisada pelo Turismo de Madrid, que refere 66 milhões de euros, para destacar um valor que não “foge” às finais anteriores, ainda que inclua seis outros jogos num contexto em que o fluxo normal de adeptos é desencorajado.

Ainda assim, Daniel Sá acredita que o mais importante dos impactos é o mediático, porque Portugal e Lisboa estarão “nas bocas do mundo durante 12 dias”, o tempo da “final a oito”. “Os 50 milhões são muito importantes, mas não vão salvar a nossa economia. O maior impacto, na nossa opinião, é o mediático”, comentou, apontando para os números da final de 2019, que gerou uma audiência de 400 milhões de telespetadores em todo o mundo, e mais de mil milhões de interações relacionadas nas redes sociais.

Em 2019, a final entre Liverpool e Tottenham, ganha pelos “reds”, obteve recordes de performance digital, garante o IPAM, e é essa característica que torna esta prova numa oportunidade para a capital portuguesa. “Num contexto de pandemia, onde as economias querem recuperar confiança e onde Portugal tem o turismo como um pilar decisivo do seu PIB, esta é a melhor campanha de promoção e confiança de Portugal junto do mundo inteiro“.

O Comité Executivo da UEFA decidiu que Lisboa vai ser o palco para o desfecho da edição de 2019/20 da Liga dos Campeões, com uma inédita ‘final a oito’, em eliminatórias apenas com um jogo, nos estádios da Luz e José Alvalade, entre 12 e 23 de agosto.

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Carro vai continuar a ser o meio de transporte preferido nos próximos cinco anos

  • ECO
  • 27 Julho 2020

Em altura de pandemia a procura por trotinetas, bicicletas e motos disparou, mas os portugueses acreditam que vão continuar a preferir o carro nos próximos cinco anos.

Os transportes públicos são vistos pelos portugueses como inseguros e, por isso, nos próximos cinco anos, a população acredita que vai continuar a olhar para o carro como o meio de transporte preferencial, mostra o Barómetro ACP, citado pelo Jornal de Notícias e pela TSF. Em altura de pandemia, a procura por trotinetas, bicicletas e motos disparou, mas não o suficiente para ultrapassar a popularidade do automóvel.

O autocarro é considerado o meio de transporte mais inseguro em tempos de pandemia, seguido do metro e do comboio. E por isso é que a maioria dos portugueses está a evitar deslocações nos transportes públicos: 83% dos passageiros confessa ter deixado de viajar ou estar a deslocar-se menos de autocarro. E são os jovens dos 18 aos 34 anos que consideram os autocarros mais inseguros.

É por isso que o automóvel continua — e vai continuar a ser — o meio de transporte mais procurado. Depois do automóvel aparece a bicicleta, a moto e a trotinetas. Antes da pandemia, estes veículos tinham um uso residual — entre os 0,9% e os 6,5% –, mas nestes últimos meses a percentagem de pessoas a recorrer a estes meios de transporte aumentou para taxas entre os 25% e os 50%.

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BCP pressiona bolsa de Lisboa. Pharol cai mais de 5%

Lisboa segue a tendência positiva da generalidade das praças europeias, pressionada pela queda dos títulos do BCP. A Pharol lidera quedas após apresentar prejuízos.

Lisboa está em queda. O principal índice da praça portuguesa segue a tendência negativa da generalidade das praças europeias, condicionada pelo comportamento negativo das ações do BCP, que recuam mais de 1%.

Enquanto o Stoxx 600 cai 0,2%, com os títulos do setor do turismo a registarem quedas acentuadas perante o aumento dos caso de infeção pelo novo coronavírus, o PSI-20 está a perder 0,19% para os 4.483,38 pontos, com metade das cotadas em “terreno” negativo.

O BCP destaca-se nas quedas. As ações do banco liderado por Miguel Maya recuam 1,64% para 10,22 cêntimos, queda que acontece nas vésperas de a instituição apresentar aos investidores as contas referentes aos primeiros seis meses do ano.

A condicionar a praça nacional estão também os títulos do setor da energia, com destaque para a Galp Energia que cai 1% para 10,23 euros, depois de revelar que registou prejuízos de 52 milhões de euros no segundo trimestre, passando a apresentar um resultado líquido negativo no acumulado do ano. A EDP e a EDP Renováveis sobem, mas muito ligeiramente.

Também a Jerónimo Martins recua, assim como empresas como a Navigator e a Mota-Engil, isto numa sessão em que a Pharol lidera as perdas. A empresa liderada por Luís Palha da Silva chegou a perder mais de 5% no arranque da sessão, seguindo a cair 2% para 10,92 cêntimos, depois de ter revelado no final da semana passada que registou prejuízos de 1,7 milhões no primeiro semestre.

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