Portugal desenvolve mercados voluntários de carbono para diminuir emissões de CO2

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2020

Em Portugal, Matosinhos, concelho do distrito do Porto, será o primeiro a implementar um projeto-piloto de mercados locais voluntários de carbono.

Portugal vai desenvolver “mercados locais voluntários de carbono” que visam estimular os cidadãos, empresas e autarquias a diminuírem as emissões de dióxido de carbono (CO2), sendo Matosinhos o primeiro município a implementar um projeto-piloto.

Este projeto visa incentivar consumidores e empresas a tomarem decisões que baixem as emissões de CO2, criando créditos que podem ser comprados pelas empresas que ambicionam caminhar para a neutralidade carbónica.

A compra vai originar uma receita que pode ser utilizada pelos municípios em atividades que também promovam uma economia verde, descarbonizada e circular, sendo todas estas transações registadas na plataforma tecnológica AYR, que quantifica e valoriza as emissões de carbono evitadas com a sua utilização.

O desenvolvimento deste projeto é fruto de um protocolo assinado entre o CeiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento, em Matosinhos, distrito do Porto, e o Ministério do Ambiente e da Ação Climática.

“Acima de tudo, consegue-se atribuir um valor financeiro às emissões evitadas pelo comportamento dos cidadãos, valor esse que será reinvestido na região em atividades relacionadas com economia verde”, disse o presidente do CEiiA, José Rui Felizardo.

Este projeto irá contribuir para que Portugal possa atingir a neutralidade carbónica em 2050, estando alinhado com as ambições do Pacto Ecológico da União Europeia, referiu.

“O ambiente deixou de ser o pano de fundo das preocupações, a face minimizadora dos demandos do crescimento para passar a ser o eixo nuclear desse mesmo crescimento”, afirmou o ministro do Ambiente, Matos Fernandes.

Ser um país neutro em carbono significa pôr a economia a crescer com mais investimento, ressalvou, acrescentando que todos têm um papel “essencial” no envolvimento da sociedade.

O preço do carbono tem sido “absolutamente essencial” à descarbonização, vincou Matos Fernandes.

Um dos objetivos destes “mercados locais voluntários de carbono” é contribuir para se atingir o compromisso de Portugal ser neutro em carbono em 2050.

Envolver os jovens, cidadãos, empresas e os municípios a tomar decisões que promovam uma diminuição das emissões de CO2 é outro dos propósitos, assim como estimular o desenvolvimento económico local através do estímulo da atividade das empresas associadas à cadeia de valor da economia verde e circular.

Estes mercados visam ainda incentivar as empresas que não conseguem eliminar por completo as suas emissões de CO2 a compensar as suas emissões comprando créditos de carbono.

O ministro recordou que o país tem de crescer com mecanismos do futuro e não do passado.

Em Portugal, Matosinhos, concelho do distrito do Porto, será o primeiro a implementar um projeto-piloto de mercados locais voluntários de carbono.

Este irá permitir ao município interagir com os cidadãos e agentes económicos, encorajando-os e estimulando-os a adotarem comportamentos verdes, em troca de recompensas individuais através de descontos na aquisição de bens e serviços verdes.o

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Bolsa sobe pelo sétimo dia, juros mantêm-se em terreno negativo

No dia em que o BCE reforçou as munições da sua bazuca, a bolsa nacional prolongou os ganhos pela sétima sessão, enquanto os juros a 10 anos permaneceram em terreno negativo.

O rally do Pai Natal começou mais cedo na bolsa de Lisboa, que valorizou esta quinta-feira pela sétima sessão consecutiva, no dia em que o Banco Central Europeu (BCE) reforçou as munições da sua bazuca e ajudou a que os juros da dívida portuguesa continuassem em terreno negativo… pelo terceiro dia.

A yield associada às obrigações a 10 anos transaciona nos -0,016%, depois de ter fechado as duas sessões anteriores também em terreno negativo.

Por seu turno, o PSI-20, o principal índice português, somou 0,45% para 4.795,47 pontos, prolongando os ganhos pela sétima sessão seguida — desde o início de janeiro que a bolsa não tinha um ciclo tão prolongado de ganhos.

Foram 12 as cotadas que encerrarem com sinal positivo, sendo que a Pharol, com um disparo de 8%, foi a estrela da sessão. Entre os pesos pesados, a Jerónimo Martins ganhou 1,67%, a EDP subiu 1,66% e a Galp, acompanhando a subida do preço do petróleo, avançou 1,62%.

Fora do índice principal, as ações da Ramada Investimentos centraram as atenções dos investidores nacionais: valorizaram 12,9% para 4,2 euros, depois de a Euronext ter promovido o título ao PSI-20, algo que se concretizará no dia 21 de dezembro.

Lisboa contrariou o sentimento negativo que marcou a sessão europeia. O índice de referência Stoxx 600 caiu cerca de 0,3% para 393,69 pontos, registando-se também as descidas no Ibex-35 (-0,63%) e no Dax-30 (-0,27%).

O dia ficou marcado pela reunião do BCE. Lagarde correspondeu àquilo que era mais ou menos esperado pelo mercado, com o reforço do programa de compra de títulos em 500 mil milhões de euros, numa decisão que foi acompanhada de um prolongamento do programa até, pelo menos, março de 2022.

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“Estas medidas não são para repor perdas, são para dar esperança” às empresas. Acompanhe aqui em direto

Estão ainda em vigor várias restrições para travar a pandemia, que têm afetado diretamente vários negócios. Para fazer face à situação, o Governo avança com mais medidas de apoio para as empresas.

Numa altura em que se mantêm em vigor várias restrições devido à pandemia, que deixou muitos negócios em dificuldades, particularmente de setores como a restauração, alojamento ou cultura, o Governo vai avançar com novas medidas de apoio. Os ministros da Economia e do Trabalho apresentam o novo pacote de apoios, que inclui subsídios destinados a fazer face a custos com rendas não habitacionais de micro, pequenas e médias empresas que atuem em setores particularmente afetados pelas restrições aplicadas devido à Covid-19.

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Exportações de têxtil e vestuário caem 7% em outubro. Máscaras atenuam quebra

Exportações portuguesas de têxteis e vestuário caíram 7% em outubro, entre as “exceções” estão as máscaras ao registaram aumento de 264%, o que corresponde a 9,3 milhões de euros.

As exportações de têxteis e vestuário registaram, em outubro, uma quebra de 7%, em comparação com o ano passado, ao acumular um valor mensal de exportações de 454 milhões de euros, menos 34 milhões de euros exportados em 2019, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE)

As maiores quebras foram sentidas no vestuário exterior de homem (fatos, casacos, calças, bermudas) ao registar uma quebra de 36%, o que corresponde a menos 9 milhões de euros exportados, seguido do vestuário exterior de mulher (fatos, conjuntos, casacos, vestidos, saias, saias-calças, calças, bermudas), com uma quebra de 22% o que corresponde a menos 6 milhões de euros.

 

Apesar da quebra generalizada na maioria dos produtos têxteis, a associação liderada por Mário Jorge Machado, aponta entre as “exceções” estão as máscaras têxteis ao ser o produto que mais cresceu ao registar um crescimento de 264%, o que corresponde a mais de 9,3 milhões de euros exportados. Aliada às máscaras, as roupas de cama, mesa, toucador ou cozinha foram os produtos que registaram maior crescimento (9%), quando comparado com o período homólogo.

Em termos de destinos, os EUA foram o país que registou um maior crescimento (13%) em termos absolutos das exportações de têxteis e vestuário no mês de outubro, seguindo-se o Reino Unido (+6%) e a Alemanha (5,2%). Contrariamente a Espanha que continua a liderar a tabela dos países que registam maior quebra (17%), seguido de Itália (13%).

Em termos globais do ano, as exportações de têxteis e vestuário, até outubro registam um valor acumulado de 3.882 milhões de euros, uma quebra de 12% em comparação ao valor exportado no período homólogo do ano passado.

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Efacec: Trabalhadores concentram-se na sexta-feira para exigir “nacionalização definitiva”

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2020

Os trabalhadores exigem que o Estado “nacionalize definitivamente” a Efacec e reintegre os 21 trabalhadores alvo de despedimento coletivo em 2018.

Os trabalhadores do grupo Efacec concentram-se na sexta-feira junto às instalações da empresa em Leça do Balio, Matosinhos, exigindo que o Estado a “nacionalize definitivamente” e reintegre os 21 trabalhadores alvo de despedimento coletivo em 2018.

Defendemos que a nacionalização da Efacec deve ser real, definitiva, que o Governo proceda ao controlo público do grupo Efacec e à sua integração no Setor Empresarial do Estado. Só assim estarão defendidos os postos de trabalho e o futuro da Efacec”, sustenta o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Norte (Site-Norte) em comunicado.

Para além da nacionalização definitiva da Efacec e da reversão do “vergonhoso despedimento coletivo” efetuado em 2018, os trabalhadores – que estarão concentrados entre as 14:00 e as 15:00 — reclamam que o Estado acabe com a “política de perseguição e intimidação”, “defenda o futuro da empresa, dos trabalhadores e dos seus postos de trabalho” e “ponha termo à precariedade existente”.

“A Efacec é uma empresa estratégica, altamente tecnológica e essencial para Portugal”, remata o Site-Norte. O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira o caderno de encargos para a reprivatização dos 71,73% do capital da Efacec que foram alvo de nacionalização, prevendo que o processo demore cerca de seis meses.

“Foi aprovado o caderno de encargos da venda direta a realizar no âmbito do processo de reprivatização de ações representativas de 71,73% do capital social da EFACEC Power Solutions, SGPS, S. A.”, refere o comunicado do Conselho de Ministros.

Presente no habitual ‘briefing’ realizado no final do Conselho de Ministros, o secretário de Estado das Finanças adiantou que “existe um conjunto significativo de investidores que estão interessados” e enunciou alguns dos critérios que integram o caderno de encargos, nomeadamente o preço por ação, a credibilidade do projeto ou o reforço da capacidade económico-financeira da empresa.

Em 02 de julho, o Conselho de Ministros aprovou um decreto-lei para nacionalizar 71,73% do capital social da Efacec, uma empresa nacional que “constitui uma referência internacional em setores vitais para a economia portuguesa”. “A intervenção do Estado procura viabilizar a continuidade da empresa, garantindo a estabilidade do seu valor financeiro e operacional e permitindo a salvaguarda dos cerca de 2.500 postos de trabalho”, referiu, na ocasião, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

Este processo decorre da saída de Isabel dos Santos do capital da Efacec, na sequência do envolvimento do seu nome no caso ‘Luanda Leaks’, no qual o Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação revelou, em 19 de janeiro passado, mais de 715 mil ficheiros que detalham alegados esquemas financeiros da empresária e do marido que lhes terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano através de paraísos fiscais.

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Moody’s preocupada com travão às injeções no Novo Banco

Agência diz que travão do Parlamento a novas injeções no Novo Banco pode ter implicações mais amplas sobre o sistema bancário nacional. Vai monitorizar ação do Governo para desbloquear questão.

A Moody’s está preocupada com o travão do Parlamento a novas injeções no Novo Banco. A agência de notação financeira diz que a medida é negativa não só para o banco mas para todo o sistema. E, nessa medida, diz que vai “monitorizar de perto” as ações do Governo para desbloquear novos fundos para a instituição.

“A interferência política no apoio de capital do Novo Banco levanta preocupações sobre a efetiva disponibilidade destes fundos para o banco em tempo útil”, considera a Moody’s numa nota publicada esta quinta-feira para os clientes.

A Assembleia da República aprovou no final do mês passado uma medida que bloqueia a transferência de fundos do Fundo de Resolução para o Novo Banco, tal como está previsto no acordo de capital contingente (CCA) negociado em outubro de 2017. Até hoje, já foram injetados quase 3.000 milhões de euros no banco, restando cerca de 900 milhões. A instituição liderada por António Ramalho já fez sinal que vai pedir mais dinheiro para repor os rácios de capital aos níveis regulamentares. O Orçamento do Estado para 2021 previa cerca de 470 milhões.

Embora o primeiro-ministro e o ministro das Finanças já tenham assegurado que o contrato com o Lone Star vai ser cumprido, ainda “nenhum detalhe foi fornecido até agora pelo Governo ou pelo Novo Banco sobre as ações que serão tomadas para evitar um potencial incumprimento“, lembra a agência de rating que, ainda assim, continua a assumir que os 900 milhões do CCA se mantêm “totalmente disponíveis” face ao compromisso do Executivo. Aliás, António Costa apressou-se a ligar à presidente do Banco Central Europeu a dar conta disso horas depois de o Parlamento ter aprovado o travão.

“A este respeito, vamos monitorizar a resposta do governo (no tempo e na forma) para desbloquear a transferência dos fundos para o Fundo de Resolução recapitalizar o banco“, dizem os analistas.

Implicações mais abrangentes

A Moody’s não está apenas preocupada com o facto de o Novo Banco vir a não cumprir os rácios de capital se não for recapitalizado no próximo ano. A agência manifesta receios com as “implicações mais abrangentes” que o travão parlamentar poderá ter em todo o setor bancário.

“Os bancos portugueses são responsáveis pelo financiamento da resolução através de contribuições anuais. (…) A eventualidade dos empréstimos do Estado ao Fundo de Resolução serem bloqueados definitiva e efetivamente pela Assembleia da República transferiria para o setor bancário português o ónus da recapitalização do Novo Banco, uma vez que o Fundo de Resolução está contratualmente obrigado a honrar os fundos solicitados no âmbito do CCA”, explica a Moody’s.

Nesse caso, a agência diz que irá avaliar outras possibilidades de recapitalização, as quais poderiam passar pelo seu principal acionista (o Lone Star) ou por um aumento de capital financiado pelo mercado.

E vê como “muito improvável que o banco possa receber qualquer apoio financiado pelo Estado, mesmo que a Comissão Europeia reconheça no plano de reestruturação do Novo Banco um chamado backstop de capital financiado pelo governo português, caso eventualmente não consiga recapitalizar via meios privados”.

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Ataque cibernético a agência europeia não afeta distribuição de vacinas

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2020

Ataques também não põem em causa o prazo para autorizar a licença das vacinas. Pedidos devem estar concluídos a 29 de dezembro (Pfizer/BioNTech) e 12 de janeiro (Moderna).

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, sigla em inglês) garantiu, esta quinta-feira, que os ataques cibernéticos de que foi alvo durante duas semanas “não afetam” os calendários de aprovação e de distribuição das vacinas.

“Temos sido alvo de um ataque cibernético nas últimas duas semanas. Posso garantir que isso não vai afetar os prazos previstos para a entrega das vacinas. Estamos em pleno funcionamento”, sublinhou a diretora-geral da instituição, Emer Cooke.

A diretora-geral garantiu também que os ataques não põem em causa o prazo para autorizar a licença das vacinas que a agência está a analisar.

Em declarações feitas no Parlamento Europeu, Cooke assegurou que, apesar dos ataques, todos os trabalhadores da EMA estão “operacionais” e confirmou que está em curso uma investigação, que conta com especialistas da União Europeia (UE) e da polícia dos Países Baixos, uma vez que a sede da instituição é em Amesterdão.

A diretora-geral da agência confirmou também que se mantêm as datas para as reuniões finais do Comité de Medicamentos para Uso Humano (CHMP), em que se espera que sejam concluídas as revisões dos pedidos de comercialização condicional das vacinas da Pfizer/BioNTech (29 deste mês) e da Moderna (12 de janeiro).

Cooke adiantou que, depois, serão necessários pelo menos dois dias para que se elabore o relatório final a ser enviado à Comissão Europeia (CE) com as recomendações sobre o fármaco da Pfizer e assegurou que, três dias depois de Bruxelas autorizar o uso da vacina, a EMA divulgará na sua página na web as conclusões para que estejam disponíveis para os cidadãos.

Para Cooke, este é um gesto de transparência “que não se costuma fazer com as outras vacinas”, tendo anunciado igualmente que vai ser realizada uma campanha de comunicação, em conjunto com a Comissão, para “responder às preocupações” do público, bem como aos seus receios quanto às consequências das vacinas, agravadas por teorias de desinformação e conspiração.

A diretora-geral acrescentou que sexta-feira será realizado um evento digital onde será explicado o processo de “desenvolvimento, avaliação, aprovação e monitorização da segurança” destas vacinas nos 27, convidando o público interessado a partilhar questões.

Quarta-feira, em Haia, a agência denunciou ter sido objeto de um “ciberataque” e anunciou a abertura de uma investigação, em colaboração com a polícia holandesa. No mesmo dia, a farmacêutica norte-americana Pfizer adiantou que, nos ataques à EMA, foi pirateada documentação relacionada com as vacinas contra a Covid-19 da própria empresa e também da da BioNTech.

A 02 deste mês, em Lyon, a Interpol emitiu um alerta global aos seus 194 países membros, incluindo Portugal, alertando-os para se prepararem para os ataques das redes de crime organizado que em breve iriam atuar nas vacinas contra a Covid-19.

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Associação da Imprensa Estrangeira elege empresário José Neves personalidade do ano

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2020

A distinção é atribuída todos os anos, desde 1990, pelos 55 jornalistas estrangeiros acreditados em Portugal e inscritos na associação.

A Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal (AIEP) atribuiu o seu 31..º prémio personalidade do ano/Martha de la Cal ao empresário português fundador e presidente executivo da plataforma de moda Farfetch, foi anunciado esta quinta-feira.

Este prémio visa “distinguir a pessoa ou a instituição que contribuiu para promover a imagem do país no estrangeiro durante o ano”, refere a AIEP.

A distinção é atribuída todos os anos, desde 1990, pelos 55 jornalistas estrangeiros acreditados em Portugal e inscritos na associação.

José Neves teve destaque na imprensa internacional pelo seu desempenho ao conseguir transformar a Farfetch numa empresa líder no negócio da moda de luxo online, trabalhando com mais de 3.000 marcas chegando a consumidores de uns 190 países”, refere a AIEP, adiantando que “o empreendedor português também se destacou este ano pelo seu contributo na sociedade portuguesa ao criar uma fundação para a educação“.

Os correspondentes escolheram o empresário “pelo destaque na imprensa internacional do seu percurso ímpar, sendo dos poucos portugueses a liderar um grupo com uma projeção internacional”, explicou Levi Fernandes, presidente da AIEP, citado em comunicado.

“Gostaria de agradecer esta distinção que me deixa muito orgulhoso”, afirmou, por sua vez, José Neves, no mesmo comunicado.

“Projetar a marca Portugal internacionalmente é uma missão que me deixa orgulhoso enquanto português e CEO de uma empresa que sendo global desde o primeiro dia, nasceu com um forte ADN português e representa uma grande comunidade de portugueses que fazem parte da equipa Farfetch”, salientou o empresário.

Este reconhecimento resulta, disse, “do trabalho extraordinário de todos os ‘Farfetchers’ e da equipa da Fundação José Neves, que tem a missão de transformar Portugal numa sociedade de conhecimento, e é em nome deles que agradeço este prémio”.

Em edições anteriores, o prémio já foi entregue a empresários, políticos, artistas, desportistas e instituições.

No ano passado, o prémio foi entregue à pianista Maria João Pires.

Desde 2012, o prémio dos correspondentes passou a ser denominado Martha de La Cal (1927-2011) como homenagem à jornalista norte-americana, que trabalhou durante vários anos em Portugal para a revista Time e que foi uma das fundadoras da Associação da imprensa estrangeira, há 42 anos, refere a AIEP.

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Barril de petróleo supera 50 dólares pela primeira vez desde março

Otimismo do mercado em torno da vacina contra a Covid-19 puxa pelos preços do barril de petróleo. Brent negoceia acima dos 50 dólares pela primeira vez desde o início da pandemia.

O barril de petróleo voltou a superar a fasquia dos 50 dólares, o que acontece pela primeira vez desde o início da pandemia. A dar força à matéria-prima está o otimismo em torno da vacina, que reforça a expectativa de um regresso à normalidade e a um aumento da procura.

Vários países já têm em curso planos de vacinação, sendo que os EUA poderão juntar-se ao Reino Unido no fim de semana com as primeiras vacinas a chegarem à população. Na União Europeia, o regulador deverá dar luz verde à vacina da Pfizer apenas no final do ano, prevendo-se que a campanha se inicie logo no arranque de 2021.

Neste cenário, o contrato de Brent valoriza 3% para os 50,37 dólares por barril, na terceira sessão de valorizações. Em Nova Iorque, o crude WTI soma 3,2% para 46,98 dólares.

Brent acelera

Este desempenho surge mesmo depois da subida massiva dos inventários de petróleo nos EUA: mais 15,2 milhões de barris. Os analistas esperavam uma queda de 1,4 milhões.

“A teimosia dos ’touros’ do petróleo e a confiança num impacto económico positivo em função da vacina são verdadeiramente notáveis”, disse Tamas Varga, corretor de petróleo da PVM, citado pela Reuters.

Para trás parece ter ficado os mínimos históricos registados em abril, quando a crise pandémica fez desaparecer quase por completo a procura, levando as cotações petrolíferas para valores negativos pela primeira vez na história.

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Debater plano para a TAP na AR depois de Bruxelas aprovar “é absurdo”, diz Catarina Martins

  • Lusa
  • 10 Dezembro 2020

Para a dirigente do BE, o papel estratégico da TAP deve ser debatido no parlamento, mas não depois da decisão de Bruxelas relativamente ao plano.

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, defendeu esta quinta-feira que levar o plano de reestruturação da TAP a debate na Assembleia da República (AR) depois da aprovação de Bruxelas é “absurdo” e é “brincar” com a soberania portuguesa.

Catarina Martins falava aos jornalistas à margem de uma manifestação de trabalhadores da restauração, alojamento e similares, em frente ao Ministério do Trabalho, em Lisboa, depois de ter sido questionada se o BE considera que faz sentido debater na Assembleia da República o plano de reestruturação da TAP, que será entregue hoje à Comissão Europeia.

“Não tem nenhum sentido é levar depois de Bruxelas aprovar, isso é absurdo, é brincar com a nossa soberania”, defendeu Catarina Martins. Para a dirigente do BE, o papel estratégico da TAP deve ser debatido no parlamento, mas não depois da decisão de Bruxelas relativamente ao plano, e defendeu que o “parlamento português deve ter uma palavra nessa estratégia”.

Estamos muito preocupados com o que está a acontecer num processo que custa milhares de milhões de euros aos contribuintes portugueses e, ao que tudo indica, redunda no maior despedimento coletivo da nossa democracia, é inaceitável”, sublinhou.

Para Catarina Martins, a reestruturação da TAP “não pode ser feita à medida do que quer Bruxelas, ou da concentração das grandes companhias aéreas europeias, que querem que a TAP seja pequenina, para poderem ficar com o que a TAP faz e com a própria TAP”.

O primeiro-ministro, António Costa, afirmou esta quinta-feira que o plano de reestruturação da TAP não será votado na Assembleia da República, frisando que “não faz parte do sistema constitucional português” que o parlamento “substitua o Governo nas funções de governação”.

Em declarações aos jornalistas à entrada para o Conselho Europeu, em Bruxelas, António Costa referiu que quem anunciou que o plano de reestruturação iria ser submetido ao Parlamento estava errado: “Creio que quem anunciou, ou teve uma má fonte, ou se precipitou naquilo que era a perspetiva da atuação do Governo”, frisou António Costa.

“Quem governa em Portugal é o Governo, e isso significa governar nas áreas boas e nas áreas más, significa governar quando se tomam medidas populares e governar quando se tomam medidas impopulares. Faz parte da ação governativa e não vale a pena o Governo ter a ilusão que pode transferir para outro órgão de soberania aquilo que só a ele lhe compete fazer. Seria, aliás, um erro que assim fosse”, frisou.

Frisando que “procurar consensos amplos em matérias que têm um efeito estrutural para o país” faz parte das tarefas de quem governa, o primeiro-ministro referiu que tem procurado “ter em conta a posição dos diferentes partidos políticos” no projeto TAP para que seja um “projeto nacional”, mas que uma votação na Assembleia da República seria um “salto qualitativo”.

“Daí a ser votado na Assembleia da República, creio que seria um salto que não teria em conta aquilo que é a repartição de competências no nosso sistema constitucional”, sublinhou o primeiro-ministro.

No domingo, no seu espaço de comentário na SIC, Marques Mendes disse que o Governo tinha a intenção de levar a debate no parlamento o plano de reestruturação da TAP, que tem de ser entregue até hoje, em Bruxelas.

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CRS Advogados abre escritório no Porto coordenado por Filipe Pereira Duarte

Filipe Pereira Duarte iniciou o seu percurso profissional em 2008 e transita da Abreu Advogados (Porto) para a CRS Advogados (Porto).

A CRS Advogados integrou na sua equipa o advogado Filipe Pereira Duarte que irá coordenar o novo escritório da sociedade na cidade do Porto.

Filipe Pereira Duarte iniciou o seu percurso profissional em 2008 e transita da Abreu Advogados (Porto) para a CRS Advogados (Porto). Possui experiência na negociação e resolução de litígios judiciais, participou em diversas operações nos setores financeiro e empresarial no acompanhamento de processos de insolvência e recuperação de empresas, bem como, na área de Direito Imobiliário. Contribuiu em 2017 para a elaboração do Projeto de Código de Recuperação e Insolvência para Timor-Leste e é autor de artigos sobre matérias relacionadas com as áreas de Direito Imobiliário e de Insolvência e Recuperação de Empresas.

O advogado é natural de Viana do Castelo e licenciou-se em Direito pela Universidade Nova de Lisboa. É ainda presidente da direção regional do Porto da ANJAP – Associação Nacional dos Jovens Advogados Portugueses.

Nuno Pereira da Cruz, managing partner da CRS Advogados defende que “agora mais do que nunca a CRS Advogados entende que a proximidade com os seus clientes é fundamental para os ajudar a superar a crise atual. Decidimos abrir um escritório no Porto porque nos últimos anos fomos conquistando clientes no norte do país e queremos estar presentes neste momento difícil. É um risco que os nossos clientes também assumem constantemente quando criam o seu negócio”.

“Queremos fazer parte da recuperação da economia e muito desse impulso passa pelo tecido empresarial do Norte com o qual nos identificamos. Acreditamos no projeto que temos vindo a construir nestes cinco anos e queremos continuar a inovar e a crescer. É um desafio, mas no passado já demonstrámos estar à altura dos desafios. Será mais um para vencer” conclui Nuno Pereira da Cruz.

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Openbank lança corretora online com 4.000 ações de 25 bolsas mundiais

Banco digital do Santander lançou plataforma digital para negociação de 4.000 ações e 400 ETF. Não exige montante mínimo de investimento.

O Openbank, o banco digital do Santander, lançou esta quinta-feira em Portugal e noutros mercados europeus um novo serviço de corretagem online que abre a porta à negociação de 4.000 títulos de 25 bolsas mundiais (incluindo a portuguesa) e ainda de 400 ETF (fundos cotados em bolsa).

“Com nossa plataforma de corretagem completamos a nossa oferta e proposta que temos para os nossos clientes em Portugal. Damos a oportunidade para, no banco, clientes e potenciais clientes poderem investir no mercado de uma forma competitiva”, referiu o diretor de Gestão de Investimentos do Openbank, Gonzalo Pradas, na apresentação aos jornalistas.

O banco assegura que a compra e venda de ações e ETF pode ser feita através do telemóvel ou computador “de forma simples e fácil”, não exigindo um montante mínimo de investimento na transação. “O mínimo é o preço da ação a negociar. É o que custará a ação em qualquer mercado”, explicou Gonzalo Pradas.

O novo serviço de corretagem online encontra-se disponível na plataforma Openbank Wealth, e surge como complemento à ferramenta de robot advisor que o banco já disponibiliza desde o início do ano e que permite fazer aplicações automáticas acima dos 500 euros em diversas classes de ativos.

Ainda que a conta de investimento no Openbank seja gratuita, negociar ações e os fundos terá custos. As comissões para transações inferiores a 75 mil euros são de 0,20%, com um mínimo de 10 euros para ações e ETF nacionais, 0,20% e mínimo 30 euros para ações e ETF estrangeiros. Para transações superiores a 75 mil euros, a comissão desce para 0,15%. As comissões de custódia para ações portuguesas e internacionais e ETF são de 0,16% (mínimo de 12 euros).

Como campanha de lançamento, o Openbank permitirá aos clientes recuperarem recuperarem até 30 euros das comissões de compra das três primeiras operações que realizarem com ações nacionais, internacionais e ETF (Fundos cotados em bolsa), promoção que vigorará até 12 de abril de 2021.

Gonzalo Pradas acredita que o portefólio de ações é abrangente. “Não deixamos nenhum dos mercados principais de fora”, esclareceu. Mas admitiu alargar a oferta de ações e de ETF. “Estes números poderão crescer se encontrarmos mais fornecedores de ETF em Portugal e quando assistirmos a mais interesse por outros mercados”, frisou.

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