Lloyds corta 780 postos de trabalho no Reino Unido com encerramento de sucursais

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2020

O banco liderado por Horta Osório vai despedir 780 trabalhadores no Reino Unido entre junho e outubro. O corte é justificado pelo plano de encerramento de 56 sucursais.

O grupo bancário Lloyds vai despedir 780 trabalhadores a tempo inteiro no Reino Unido, no terceiro trimestre, na sequência do plano de encerramento de 56 sucursais, devido à mudança de hábitos dos clientes que agora privilegiam o online.

Citado pela agência EFE, o sindicato Unite indicou que o grupo vai avançar com os despedimentos entre junho e outubro.

Em comunicado, o sindicato vincou que esta redução de postos de trabalho torna “mais evidente” que o banco põe “os seus interesses acima das pessoas”.

De acordo com o mesmo documento, o Unite “pressionou o Lloyds para que o grupo reconsidere o corte de funcionários e assegure que o banco continua enraizado nas comunidades”.

Conforme apontou o sindicato, os clientes “precisam de funcionários bancários experientes e altamente comprometidos com as comunidades e não apenas via telefone ou através de uma aplicação”.

A medida vai afetar trabalhadores do Lloyds, Halifax e Banco de Scotland, que integram o Lloyds Banking Group.

O banco explicou que os despedimentos são resultado de uma mudança generalizada de hábitos de consumo dos clientes que, cada vez mais, recorrem aos serviços bancários através da internet.

“Como os clientes usam as nossas sucursais com menos frequência, estamos a reduzir o número de empregos na nossa rede”, apontou a instituição financeira, que tem como presidente executivo o português António Horta Osório.

Desde que o Governo britânico vendeu a sua participação no Lloyds, em maio de 2017, o banco levou a cabo uma redução de mais de 10 mil postos de trabalho.

O lucro do Lloyds caiu 33% em 2019, face ao ano anterior, para 3.006 milhões de libras (3.592 milhões de euros).

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Bloco quer garantir que não entra “nem mais um cêntimo” no Novo Banco sem se conhecer auditoria

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2020

O BE anunciou que vai apresentar uma iniciativa legislativa para garantir que não entra "nem mais um cêntimo no Novo Banco sem que seja conhecida a auditoria às suas contas".

O Bloco de Esquerda (BE) anunciou esta quarta-feira uma iniciativa legislativa para garantir que não entra “nem mais um cêntimo no Novo Banco sem que seja conhecida a auditoria às suas contas e ao tratamento dos créditos provenientes do BES”.

No dia em que o presidente do Fundo de Resolução anunciou, no parlamento, que o Novo Banco vai pedir mais 1.037 milhões de euros relativos a 2019 para se recapitalizar, ao abrigo do mecanismo negociado com o Estado aquando da venda, o BE, pela voz da deputada Mariana Mortágua, decidiu trazer o tema às declarações políticas que esta tarde decorrem no plenário da Assembleia da República.

De acordo com a deputada bloquista, ainda ninguém respondeu pelos “calotes dos amigos de Ricardo Salgado e hoje o país impacienta-se à espera da acusação e julgamento dos administradores responsáveis” pelas “operações que levaram o BES à ruína”.

“Mas uma coisa a Assembleia [da República] deve garantir: que não entre nem mais um cêntimo no Novo Banco sem que seja conhecida a auditoria às suas contas e ao tratamento dos créditos provenientes do BES. O Bloco irá apresentará essa proposta e esperamos que, ao contrário do que aconteceu no Orçamento do Estado, desta vez ela seja aprovada“, anunciou.

Mariana Mortágua começou por enfatizar que se passaram apenas “19 dias desde o fim da discussão do Orçamento do Estado” e que “a redação final ainda não saiu do Parlamento, o diploma ainda não foi promulgado pelo Presidente da República, e já se abriu um buraco de 400 milhões de euros”.

Na perspetiva da deputada do BE, o ministro das Finanças, Mário Centeno, “deve explicar ao parlamento e ao país por que é que o Governo inscreveu no orçamento que o Novo Banco teria um impacto nas contas públicas de 600 milhões de euros e, afinal, esse efeito será de 1037 milhões de euros”.

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Governo quer licenças de trabalho parcial pagas para pais no primeiro ano dos filhos

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2020

O Governo propôs em concertação social a criação de uma licença de trabalho parcial remuneradas para pais e mães de crianças no seu primeiro ano de vida. Detalhes ainda não estão fechados.

O Governo quer implementar licenças de trabalho parcial remuneradas para pais e mães de crianças no seu primeiro ano de vida, no âmbito do programa para a conciliação entre vida profissional e vida familiar e pessoal.

A medida, ainda sem detalhes ou calendário definido, foi esta quarta-feira apresentada aos parceiros sociais numa reunião do grupo de trabalho criado no âmbito da concertação social para a conciliação entre trabalho e vida pessoal e familiar, pela ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

“Hoje em dia, já existe a possibilidade de o trabalhador no primeiro ano da criança estar a tempo parcial, mas é uma licença não paga, só pode recorrer a ela quem possa prescindir do seu salário. O que aqui está em causa é a introdução de um pagamento por essas licenças”, disse a ministra no final do encontro.

Mariana Vieira da Silva afirmou que os detalhes ainda não estão fechados e que esta quarta-feira procurou “uma primeira leitura dos parceiros” em sede de concertação social.

“Vamos detalhar num documento escrito que ainda hoje [quarta-feira, 26 de fevereiro] seguirá para receber contributos e só depois destes contributos escritos é que poderemos detalhar estas medidas, mas a ideia é introduzir uma licença paga, que hoje em dia não existe”, declarou.

A licença, que será paga pela Segurança Social, não tem ainda montante e percentagem definido, sendo esse um dos pontos ainda a ser trabalhado com os parceiros.

Mariana Vieira da Silva não se quis comprometer com um calendário para implementação, não respondendo, por exemplo, se poderá já ser incluída no próximo Orçamento do Estado, mas admite que possa avançar mais cedo, de forma isolada, do que o acordo mais geral de conciliação no qual este grupo está a trabalhar.

Esta licença é uma das três prioridades do Governo apresentadas esta quarta-feira aos parceiros sociais, sendo que as restantes passam, explicou a ministra, pela “correção de algumas iniquidades, de alguns limites que a lei tem, designadamente em matéria de adoção”, e por uma maior partilha das licenças de parentalidade entre pais e mães.

“O nosso objetivo, está no programa do Governo, é poder alcançar que pelo menos 40% do tempo seja gozado pelos pais”, disse Mariana Vieira da Silva.

(Notícia atualizada às 19h35 com mais informação)

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Capital Group reduz posição na REN para metade. Deixa de ser acionista qualificado

Os norte-americanos do Capital Group reduziram em cerca de metade a posição que detinham na REN. Com a venda, deixam de ser acionistas qualificados.

Os norte-americanos do Capital Group venderam uma parcela de mais de 1,7% da posição que detinham na REN, passando a controlar perto de 1,9% da empresa que gere a rede elétrica nacional. A informação foi comunicada esta quinta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Com esta venda, o fundo norte-americano deixa de ser acionista qualificado da REN, tendo alienado a 21 de fevereiro cerca de metade dos quase 3,7% que detinha na companhia.

O Capital Group, que chegou a ser acionista qualificado da EDP, entrou na REN em março de 2019. A entrada no capital da gestora da rede elétrica aconteceu poucos meses depois de o fundo ter desinvestido na EDP, concluindo a alienação de toda a posição que detinha na elétrica nacional em outubro de 2018.

Segundo a nota enviada à CMVM, a Capital IncomeBuilder, que consta como detentora da participação, é um “fundo mútuo nos EUA”, com sede em Irvine (Califórnia).

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Qual é a aplicação de mensagens mais segura? Bruxelas escolhe o Signal

  • ECO
  • 26 Fevereiro 2020

Para a Comissão Europeia, a melhor aplicação de mensagens instantâneas não é o WhatsApp: é, sim, o Signal. Recomendação foi feita aos trabalhadores.

Preste atenção à pergunta: qual é a aplicação de troca de mensagens mais segura da internet? Se perguntar à Comissão Europeia, a resposta não vai ser o WhatsApp. Bruxelas recomendou aos trabalhadores que optem por usar o Signal, em detrimento de outros aplicativos, segundo revelou o Politico.

De acordo com o jornal, a Comissão Europeia deu instruções ao staff para optar pela plataforma Signal na troca de mensagens, considerando-a mais segura: “O Signal foi selecionado como a aplicação de mensagens instantâneas mais recomendada”, instruiu Bruxelas, numa mensagem interna.

O WhatsApp é, de longe, a app de mensagens mais usadas do mundo: o serviço do Facebook já tem mais de dois mil milhões de utilizadores em todo o mundo. O Signal é menos conhecido e, tal como o WhatsApp, oferece encriptação das mensagens, o que significa que as mesmas só podem ser lidas pelas duas partes envolvidas numa conversa. Porém, é de código aberto, ao contrário da ferramenta do Facebook, que é uma plataforma fechada.

Como explica o Politico, o Signal — disponível para iOS e Android — foi desenvolvido em 2013 por ativistas a favor da privacidade digital. Atualmente, a aplicação é suportada por uma organização sem fins lucrativos que é apoiada por um dos antigos fundadores do WhatsApp, Brian Acton. Acton deixou o Facebook em 2017, em rutura com a gestão liderada por Mark Zuckerberg.

Apesar de tanto o WhatsApp como o Signal oferecerem encriptação das mensagens, isso não é uma garantia de que as mesmas não podem ser lidas por terceiros. Se alguém mal-intencionado tiver acesso ao seu telemóvel remotamente ou fisicamente, pode abrir a aplicação e ter acesso às mensagens. Mas significa, sim, que o conteúdo das mesmas não pode ser intercetado na internet.

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Barnier “preocupado” com posições assumidas pelo Reino Unido

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2020

O negociador-chefe da União Europeia para o Brexit prevê um "distanciamento" dos compromissos assumidos por Londres, demonstrando-se preocupado em relação às recentes posições britânicas.

O negociador-chefe da União Europeia (UE), Michel Barnier, manifestou esta quarta-feira as suas “preocupações” em relação às recentes posições britânicas sobre a futura parceria entre Bruxelas e o Reino Unido, temendo um “distanciamento” dos compromissos assumidos por Londres.

Escutei os discursos britânicos, os do primeiro-ministro [Boris Johnson] e de outros ministros, li os textos que designaram como a declaração ministerial do Reino Unido, e vejo um distanciamento nesses textos e nesses discursos em relação aos compromissos assumidos”, afirmou Barnier, que terá a responsabilidade de liderar a equipa da UE envolvida nas negociações da futura parceria com o Reino Unido na sequência do Brexit, como ficou conhecido o processo da saída britânica do bloco comunitário consumado no passado dia 31 de janeiro.

Michel Barnier falava no Parlamento Europeu para uma plateia composta por estudantes, um dia depois de os 27 Estados-membros da UE, reunidos na terça-feira ao nível de um Conselho de Assuntos Gerais, terem dado “luz verde” formal à Comissão Europeia para iniciar as negociações com Londres sobre a futura parceria pós-Brexit.

Na reunião de terça-feira, foi adotado o mandato que o executivo comunitário liderado por Ursula von der Leyen propôs.

Aos estudantes da Escola Superior de Comércio de Paris, Barnier não escondeu uma “preocupação” antes do início das negociações, previsto para segunda-feira (02 de março).

O negociador-chefe da UE indicou ter observado uma lacuna tanto do ponto de vista do acordo de saída, que estabelece as condições do divórcio com a UE, em particular sobre “a correta aplicação do acordo para a Irlanda”, mas também em relação à declaração política que acompanha o tratado.

Nesse texto não vinculativo, “o próprio primeiro-ministro comprometeu-se a evitar [com a UE] qualquer forma de ‘concorrência desleal’, de distorção”, lembrou Michel Barnier.

“A nossa preocupação é que o texto da declaração política seja respeitado e traduzido de acordo com o seu espírito e a sua letra num texto jurídico”, insistiu. E assegurou: “A UE está determinada em encontrar um bom acordo”.

No entanto, segundo realçou Barnier, os 27 da UE estão “também, de maneira consciente, preparados para todas as opções”, incluindo a não existência de um acordo no final do ano.

Segundo alertou o negociador-chefe da UE, todas as mudanças provocadas pelo ‘Brexit’, como o estabelecimento de controlos fronteiriços, “seriam reforçadas por outras fricções, como impostos e quotas sobre todos os produtos”.

Também Londres deu “luz verde” na terça-feira ao mandato do seu negociador, David Forts.

As duas equipas de negociadores lançam na próxima segunda-feira em Bruxelas a primeira ronda de negociações, que irá prolongar-se até quinta-feira, devendo a segunda ronda ter lugar ainda em março, em Londres.

As rondas negociais serão realizadas alternadamente em Bruxelas e em Londres.

O designado período de transição do Brexit, previsto para determinar os termos da futura relação entre Bruxelas e Londres, termina em 31 de dezembro deste ano.

O Reino Unido já fez saber que não irá solicitar um prolongamento do período de transição, mesmo que as negociações sobre a futura relação com o bloco comunitário, em particular de um acordo comercial, não estejam finalizadas.

Na terça-feira, Barnier advertiu Londres que o calendário “apertado” não levará a UE a fechar “um acordo a qualquer preço”, lembrando que foi o Reino Unido a recusar o prolongamento do período de transição para o ‘Brexit’ além de 31 de dezembro próximo, data em que, recordou o responsável, os britânicos deixarão o mercado único e a união aduaneira, com ou sem acordo.

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Chineses reduzem novamente na EDP. China Three Gorges vende 1,8% da elétrica

Quase um ano após fim da OPA em que tentou comprar a totalidade da elétrica, o maior acionista reduziu esta quarta-feira a posição numa operação avaliada, a preços de mercado, em 300 milhões de euros.

A China Three Gorges vendeu esta quarta-feira parte do capital da EDP – Energias de Portugal. Quase um ano após o fim da Oferta Pública de Aquisição (OPA), na qual tentou ficar com a totalidade da elétrica, o maior acionista reduziu a participação. Esta foi a segunda redução de acionistas cujas participações são imputáveis à República da China, depois de em novembro a CNIC ter vendido um outro bloco de 49 milhões de ações, equivalente a 1,33% do capital.

A China Three Gorges comunicou à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a intenção de alienar até 65.820.000 ações representativas de até 1,8000635% do capital social da EDP. O ECO apurou que esta oferta particular das ações, levada a cabo através de um processo de accelerated bookbuild dirigido exclusivamente a investidores institucionais qualificados, ficou fechada ainda esta quarta-feira. Os termos finais da colocação serão conhecidos apenas na quinta-feira.

Mas as ações da EDP fecharam a valer 4,566 euros, o que significa que, a preços de mercado, a participação está avaliada em 300,5 milhões de euros. No entanto, a Reuters avança que a venda foi feita a 4,438 euros por ação. O valor representaria um desconto de 2,8% face ao preço de fecho e iria resultar num encaixe financeiro de 292,11 milhões de euros para a CTG.

O BNP Paribas e a Merrill Lynch Internacional estão a atuar como joint bookrunners da colocação.

O acionista detinha 850.777.024 ações representativas de 23,27% do capital da elétrica. Como tanto os títulos detidos pela CTG como os detidos pela CNIC são todos imputáveis à República Popular da China, o total ascendia a 28,25% dos direitos de voto. Ou seja, com esta operação, o total passa para 26,5%. “Após a colocação, a CTG manterá 784.957.024 ações da EDP, sujeitas a um lock-up de 120 dias“, explica o comunicado.

Após esses quatro meses, o acionista poderá voltar a reduzir a participação até porque a blindagem dos estatutos (que foi votada na última assembleia geral de acionista e que foi o ponto que determinou a morte da OPA) determina que uma limitação de 25% dos direitos de voto dos acionistas, independentemente da participação.

À parte do insucesso da OPA, a China tem sido pressionada devido à participação na EDP. O secretário da Energia dos Estados Unidos, Dan Brouillette, afirmou há duas semanas que a Administração do presidente norte-americano Donald Trump está a olhar com bastante preocupação para a presença do acionista chinês na estrutura de capital da EDP, tendo em conta o crescimento da elétrica portuguesa no mercado norte-americano, sobretudo ao nível das energias renováveis.

(Notícia atualizada às 18h45)

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Distrital do PSD exige demissão imediata do presidente do Conselho Metropolitano

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2020

A Distrital do Porto considera que Eduardo Vítor Rodrigues geriu, recentemente, o protocolo sobre a expansão do Metro do Porto de forma “apressada e improvisada”, exigindo a sua demissão imediata.

A Distrital do Porto do PSD exigiu esta quarta-feira a demissão imediata do presidente do Conselho Metropolitano, acusando o socialista Eduardo Vítor Rodrigues de demonstrar “incompetência, opacidade e inépcia” na condução do dossiê relacionado com a extensão do metro.

“A Comissão Política Distrital do PSD do Porto exige a demissão imediata do presidente do Conselho Metropolitano do Porto. Nunca a Área Metropolitana do Porto [AMP] viveu tempos tão conturbados e difíceis, como hoje. Em toda a sua história, nunca o Conselho Metropolitano do Porto teve, como agora, um presidente que envergonha o passado de prestígio e de reconhecimento de todos aqueles que sempre defenderam a coesão metropolitana e lutaram por projetos comuns e aglutinadores”, lê-se em comunicado enviado à agência Lusa.

O PSD/Porto considerou que Eduardo Vítor Rodrigues geriu, recentemente, o protocolo sobre a expansão do Metro do Porto de forma “apressada e improvisada”, considerando que esta “foi a gota de água, num processo que se arrasta há demasiado tempo”.

“Eduardo Vítor Rodrigues não tem visão e não revela capacidade de liderança para gerir os interesses da AMP, nem para reivindicar o necessário investimento para projetar e desenvolver os 17 municípios que a constituem. A prová-lo está a ausência de nove dos 17 presidentes de Câmara da AMP na cerimónia de assinatura deste protocolo inútil”, apontou o PSD/Porto, liderado por Alberto Machado.

A distrital social-democrata acusou o socialista, que é também presidente da Câmara de Vilas Nova de Gaia, de “incompetência, opacidade e inépcia” na gestão na gestão de um processo que considera ser “talvez um dos mais importantes desde a fundação da AMP”, mas que foi, refere o comunicado, “congeminado por um par de autarcas e pela Metro do Porto, sob orientação do Ministério do Ambiente”.

“Foi só mais uma demonstração da falta de empenhamento e interesse, que se vem somar a um vastíssimo conjunto de situações obscuras e pouco transparentes, que têm gerado mal-estar entre a maioria dos municípios da Área Metropolitana. A AMP é hoje, infelizmente, gerida a partir de Lisboa, comandada por dois ou três presidentes de Câmara, da mesma cor política do Governo, que a troco de meia dúzia de obras, têm vendido a alma do Norte”, continua o PSD/Porto.

Para a estrutura social-democrata é, assim, “urgente” que Eduardo Vítor Rodrigues “se demita das funções” que considera que o autarca “não as soube honrar”.

“Como presidente do Conselho Metropolitano, já não reúne, há muito, a confiança institucional dos seus pares e não mostra nem força política, nem capacidade negocial. Os dossiês metropolitanos não são discutidos há meses, e as decisões são repetidamente tomadas num secretismo incompreensível, sem delas dar conhecimento aos membros do Conselho Metropolitano”, acusa o PSD/Porto que acusa Eduardo Vítor Rodrigues de “comportamento errático” e de estar “a fragilizar a região Norte”.

“E se analisarmos os contornos dos vários projetos e resoluções que têm sido decididos na AMP, ficamos ainda mais preocupados, desde logo, quando percebemos que o engenheiro Tiago Braga, nomeado presidente do Conselho de Administração na Metro do Porto, em 2019, já ocupou inúmeros cargos de confiança política de Eduardo Vítor Rodrigues”, refere a nota do PSD/Porto que, falando em “pântano de influências”, questiona: “será apenas coincidência?”.

Para o PSD/Porto, “o Governo está em falta para com esta região” porque “várias linhas de metro estão sacrificadas, em nome de outros interesses que não a melhoria da qualidade de vida das populações locais” e, continua a critica dos sociais-democratas portuenses, “há mais de uma década que os estudos para as linhas prioritárias estão feitos e assumidos”.

A agência Lusa contactou o presidente da AMP, tendo Eduardo Vítor Rodrigues respondido: “Só posso acreditar que o espírito de Carnaval se prolongou por mais um dia para o PSD Porto”.

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Quer poupar na fatura da luz, nas compras e no combustível? EDP e Galp lutam entre si para ver quem dá mais descontos

A EDP Comercial renovou em 2020 a parceria com a BP e o Pingo Doce, para continuar a oferecer aos clientes descontos cruzados, enquanto a Galp Energia reforçou também o Plano Galp Continente.

Em fevereiro de 2019 a EDP Comercial aliou-se à BP e ao Pingo Doce, duas marcas juntas há sete anos através do cartão Poupa Mais, para oferecer aos clientes descontos cruzados em compras, eletricidade, gás natural e combustíveis. Agora, esta parceria a três foi renovada por mais 12 meses, informou a EDP em comunicado, mantendo-se a mesma oferta de descontos até um máximo de dez euros na fatura de energia.

Lançada em fevereiro de 2019, esta parceria conta já com a adesão de mais de 50 mil portugueses.

Entretanto, e no que toca a descontos cruzados, também a Galp Energia decidiu reforçar em 2020 a promoção que já tem com a Sonae, com o lançamento do novo Plano Galp Continente, com adesão até 31 de março: até menos 12% no total da fatura de eletricidade e gás; desconto de 14 cêntimos por litro em combustível, acumulável em Cartão Continente (com compras superiores a 30 euros, em abastecimentos até 60 litros nos postos Galp aderentes); e menos 5% em gás de garrafa (válido apenas para garrafas vendidas pelo Continente e limitado a uma garrafa/mês; desconto acumulado em cartão).

A anterior versão do Plano Galp Continente, permitia um desconto de 8% no total da fatura da eletricidade, 8% de desconto na fatura de gás natural e menos 12 cêntimos por litro em combustíveis nos postos Galp, tudo isto concentrado no cartão Continente e também na aplicação correspondente.

Para chegar aos dez euros de desconto por mês na fatura de energia será necessário consumir 200 litros de combustível. Isto porque, por cada 40 litros de combustível acumulados mensalmente na BP, o cliente beneficia de um desconto automático de dois euros na fatura da EDP Comercial, até um máximo de dez euros por mês. Para aderir, os clientes devem associar o seu cartão Poupa Mais ao contrato da EDP Comercial, através do site poupamais.pt, da linha de apoio deste cartão ou nas lojas da EDP.

Com o cartão Poupa Mais, nas compras de valor igual ou superior a 40 euros no Pingo Doce acumula dois euros de saldo em combustível BP, que pode ser usado depois em abastecimentos a partir dos 16 litros. Se gastar menos de 24 euros em combustível vai poder usar cinco euros do saldo registado no cartão, mas se abastecer por mais de 80 euros, o valor do desconto já sobe para 20 euros. Num abastecimento médio de 40 litros de combustível na BP, por exemplo, é possível ir buscar oito euros acumulados no cartão Poupa Mais e assim ter acesso a um desconto de 20 cêntimos por litro.

Tal como há um ano, os benefícios desta campanha alargam-se também ao carregamento de veículos elétricos nos postos de carregamento EDP instalados nos postos BP, onde cada kWh carregado vale três pontos no cartão Poupa Mais.

“A componente de acumulação de pontos, através dos carregamentos elétricos, e a colaboração BP/EDP para o alargamento da rede pública de carregamento, reforçam o empenho da EDP e BP em contribuir para o desenvolvimento da mobilidade elétrica em Portugal. Para a EDP Comercial, é uma prioridade entregar aos clientes um serviço de excelência, com soluções adaptadas às suas necessidades, mas também através de parcerias que acrescentem valor”, informou a elétrica em comunicado.

Esta parceria, agora renovada por mais um ano, insere-se na estratégia tanto da BP como da EDP, representando uma “forte aposta no futuro da mobilidade e em soluções energéticas alternativas, bem como no enriquecimento da oferta das duas empresas junto do cliente com a possibilidade de uma poupança mensal. A BP e a EDP reforçam, assim, o seu compromisso com os clientes e parceiros e também com o planeta: entregar energia mais limpa”, remata o mesmo comunicado.

Os descontos cruzados entre marcas de energia e combustíveis são cada vez mais uma tendência. A Repsol, por exemplo, oferece apenas em Espanha descontos por cada litro de gasolina, diesel ou GPL aos clientes que contratem eletricidade ou gás com a empresa, sendo que os descontos aumentam na proporção do número de contratos celebrados com a Repsol.

Também desde há um ano, os consumidores domésticos espanhóis têm à disposição a tarifa Cepsa Lar, a primeira a juntar três fontes de energia — combustíveis, luz e gás –, com descontos cruzados entre elas.

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Lucro da Iberdrola subiu 13% e atingiu 3,4 mil milhões de euros em 2019

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2020

Para 2020, a Iberdrola espera investir mais de 10.000 milhões de euros, mais 40% do que a média dos últimos três anos.

A Iberdrola registou um resultado líquido de 3.406,3 milhões de euros em 2019, mais 13% do que em 2018, com investimentos de 8.158 milhões de euros, representando um recorde ao subirem 32%, anunciou esta quarta-feira a empresa espanhola.

Estes resultados incluem a mais-valia resultante do acordo alcançado pela empresa com a Lyntia Networks relacionada com a transferência a longo prazo do direito de utilização da capacidade excedentária da rede de fibra ótica, no valor de 114 milhões de euros, assim como a venda de contratos de gás por 67 milhões de euros e a isenção de retenção de impostos nos EUA, no valor de 123 milhões de euros, explica o grupo numa informação à Comissão Nacional do Mercado de Valores espanhola.

Excluídos estes efeitos, o lucro teria subido 8%.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) aumentou 8,1% e chegou aos 10.104 milhões de euros, sustentado pelo comportamento positivo dos negócios de redes e de clientes, apesar de a produção elétrica ter sido mais baixa.

Com base nos resultados agora apresentados para 2019, a remuneração dos acionistas cresce 14% na comparação com 2018 ao ficar nos 0,40 euros por ação, devendo o Conselho de Administração propor o pagamento de um dividendo complementar de 0,232 euros brutos por título.

O presidente da Iberdrola, Ignacio Sánchez Galán, disse que os resultados refletem a visão estratégica e a capacidade de execução da empresa, que permitiram antecipar-se em 20 anos à atual transição energética, e que o grupo “demonstra a cada ano que o seu modelo de negócio sustentável cria valor para os acionistas, empregados e para o conjunto da sociedade”.

Para 2020, a Iberdrola espera investir mais de 10.000 milhões de euros, mais 40% do que a média dos últimos três anos, o que se vai traduzir em 4.000 novos megawatts (MW) de capacidade instalada, mais 8%.

Já este ano, a Iberdrola vendeu a sua participação na Siemens Gamesa por 1.099,5 milhões de euros, uma operação que resultou numa mais valia de 485 milhões de euros.

Em 2019, a elétrica espanhola realizou investimentos de 8.158 milhões de euros, 44% dos quais destinados a redes e 41% a energia renováveis, permitindo que terminasse o ano com 5.500 novos MW instalados (cinco vezes a capacidade média anual instalada nos últimos exercícios).

No final de 2019, a dívida financeira ajustada da Iberdrola era de 37.769 milhões de euros, uma subida de 3.620 milhões em relação ao ano anterior.

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Neeleman fica na TAP, mesmo com entrada da Lufthansa

A Lufthansa poderá entrar no capital da TAP, alinhada com a United, ambas pertencentes à Star Alliance, mas David Neeleman não sai.

David Neeleman vai manter-se como acionista da TAP mesmo que a Lufthansa venha a entrar no capital da companhia aérea portuguesa, em alinhamento com a United Airlines, apurou o ECO junto de fontes que conhecem as negociações. Neeleman é o maior acionista privado da TAP, através da Atlantic Gateway, holding na qual também está o empresário português Humberto Pedrosa que tem 45% da TAP, e está a negociar a venda de sua posição em duas fases.

Como o ECO revelou em primeira mão, a Lufthansa é o principal candidato a entrar no capital da TAP, é com esta companhia que David Neeleman tem os contactos mais adiantados, e o negócio poderá ser anunciado nas próximas semanas. Mas esta não é a única alternativa. A United Airlines está alinhada com a Lufthansa nesta operação, e têm uma vantagem: pertencem à Star Alliance, uma das alianças estratégicas internacionais na qual também pertence a TAP. A outra grande aliança internacional é a One World.

O empresário americano quer vender a sua posição na Atlantic Gateway, desde logo para financiar um novo projeto que tem para os EUA, com vista a ligar diretamente por via aérea segundas cidades do país, portanto, sem necessidade de passar pelos principais ‘hubs’. Mas há um “pormaior”, o preço. De acordo com o acordo parassocial assinado entre o Estado e a Atlantic Gateway, Neeleman pode desencadear uma operação de mercado se a valorização da TAP ultrapassar os 600 milhões de euros. E o Governo nada poderia fazer, a não ser pagar ao próprio David Neeleman. Neste quadro, Humberto Pedrosa é um aliado do Governo e vai manter-se na estrutura de capital da TAP mesmo com a saída total ou parcial de Neeleman.

A Lufthansa, como outros operadores da indústria, quer entrar no capital da TAP, e manter a autonomia da companhia, para aceder os mercados das “américas”, daí também o envolvimento da United neste negócio, e de África. Mas, mesmo com um acordo financeiro, quer fazer o negócio em dois passos: Entrar primeiro com uma participação mais pequena e, a confirmarem-se as projeções de David Neeleman e da “sua” equipa executiva, liderada por Antonoaldo Neves, haverá um reforço do capital e, aí sim, com a saída de Neeleman do capital da TAP. Oficialmente, nenhuma das partes faz comentários a este negócio que é, na verdade, um modelo que interessa aos dois lados.

Do lado dos alemães está o Governo. Em privado, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, já manifestou o desejo de ver a Lufthansa como acionista da TAP, e a saída de Neeleman e da equipa de gestão executiva. E é também por causa desta preferência do Governo que a Lufthansa considera ter um upside de negociação em relação a outras companhias. Mas isso não chega.

Há outras formas de o Estado e a Atlantic Gateway ultrapassarem impasses. Em 2017, com o Governo de António Costa, a reconfiguração da estrutura acionista da TAP levou também à revisão do parassocial entre a Atlantic Gateway e a Parpública, um acordo que, no limite, admite que surgindo “situações de bloqueio da tomada de decisão na Assembleia Geral e no Conselho de Administração”, o Estado pode executar uma opção de compra e recuperar os 100% da companhia.

O parassocial inclui uma opção de venda ou de compra como forma de resolver eventuais “situações de bloqueio ou de incumprimento insanáveis por outros mecanismos”, fixando mesmo as regras para que se exerçam tais opções, incluindo para a determinação do preço. “Deste modo e para as situações de bloqueio insanável: a) Se a Parpública exercer a opção de compra, comprará as ações da Atlantic Gateway pelo preço resultante de uma avaliação independente acrescido de 20%; b) Se a Atlantic Gateway exercer a opção de venda, venderá as suas ações à Parpública pelo preço resultante da avaliação independente”, lê-se num relatório do Tribunal de Contas que revelou estes pormenores.

Em 2019, recorde-se, naquele que foi “um ano de investimento e transformação” para a TAP, a empresa registou um prejuízo de 105,6 milhões de euros, tal como o ECO já tinha adiantado em primeira mão. Em comunicado, a companhia aérea justifica este desempenho (que melhorou ligeiramente face a 2018) com o investimento de mais de 1,5 mil milhões de euros na renovação da frota.

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Mais três seguradoras com licenças de atividade revogadas em Angola

  • ECO Seguros
  • 26 Fevereiro 2020

Só em fevereiro, os atos de suspensão visaram quatro seguradoras do mercado angolano, duas das quais serão liquidadas. O número de companhias ativas passa para 24, mas prevêem-se mais cancelamentos.

Segundo informou na última semana, a Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG) “notificou as empresas MANDUME SEGUROS, S.A e GLINN SEGUROS, SA da caducidade das licenças de autorização para o exercício da atividade seguradora”.

Os dois casos referem-se a licenças “emitidas a 18 de Maio de 2012 (Mandume Seguros) e 12 de Agosto de 2016 (Glinn Seguros) consecutivamente”, sendo que as mesmas “se consideram desusas” nos termos da ‘Lei Geral da Atividade Seguradora’, explica a autoridade de regulação e fiscalização.

Num outro comunicado, a ARSEG anunciou que foi revogada a licença para o exercício da atividade seguradora da sociedade MEU Seguro, SA. Neste caso, “a revogação resultou da apresentação de falsas declarações no que diz respeito aos recursos financeiros disponibilizados para a realização do capital social, ato jurídico que dará lugar à imediata entrada em liquidação da referida sociedade”, adianta o supervisor.

Há pouco mais de uma semana, a AAA Seguros, a segunda entidade registada no mercado a seguir à pública Ensa Seguros de Angola, cessou operações depois de a ARSEG ter comunicado a caducidade da autorização que a habilitava para a atividade seguradora. Neste caso, a caducidade da autorização resultou de dissolução voluntária, por deliberação dos acionistas da companhia. No seguimento deste processo, a AAA entrou em liquidação.

A ARSEG tem por missão a regulação, supervisão, fiscalização e o acompanhamento da atividade seguradora, resseguradora, de fundo de pensões e de mediação de seguros e resseguros em Angola.

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