Coronavírus continua a preocupar investidores, mas Wall Street recupera

Os investidores continuam preocupados com a propagação do coronavírus. Contudo, os mercados norte-americanos estão a recuperar das fortes quedas recentes.

Depois dos trambolhões, as bolsas norte-americanas estão agora a recuperar. Ainda assim, os investidores mantêm-se receosos face ao surto de coronavírus e às consequências que já estão a ser registadas na economia mundial.

O S&P 500 está a valorizar 0,53% para 3.144,78 pontos. Igual tendência regista o Dow Jones, que soma 0,49& para 27.213,24 pontos, enquanto o Nasdaq está em “terreno” positivo, avançando 0,66% para 9.024,47 pontos.

Os mercados norte-americanos estão, assim, a recuperar das quedas recentes provocadas por receios de que a epidemia de coronavírus esteja perto de se tornar uma pandemia, o que teria graves consequências não só na saúde pública, mas também na economia mundial.

Apesar dos sinais de recuperação nas bolsas, os investidores mantêm-se receosos, especialmente perante o aviso lançado pelo Centro de Controlo e Prevenção de Doenças norte-americano de que é preciso começar a preparar a chegada do vírus aos Estados Unidos. Donald Trump prestará declarações ainda esta tarde sobre o surto, estando os investidores expectantes.

“Não é claro se isto é algo que se resolverá nas próximas semanas, meses ou num período mais longo”, sublinha o analista Chester Spatt, da Universidade de Carnegie Mellon, citado pela Reuters. “Há potencial para um choque tanto no lado da procura como no lado da oferta. A magnitude desse choque não é certa, neste momento“, explica.

Na sessão desta quarta-feira, destaque ainda para os títulos da TJX Cos, que valorizam 8,04% para 64,52 dólares, depois desta rede de lojas norte-americanas ter registado vendas acima do estimado.

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Ricardo Salgado está “perplexo” com condenação pelo Banco de Portugal

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2020

Ricardo Salgado, antigo presidente do BES, afirmou num tribunal em Santarém que está "perplexo" com a sua condenação pelo Banco de Portugal.

O ex-presidente do BES disse ao Tribunal da Concorrência, em Santarém, que está perplexo com a sua condenação, por parte do Banco de Portugal, por violação de normas de prevenção de branqueamento de capitais e financiamento do terrorismo.

Ricardo Salgado está esta quarta-feira a prestar declarações no âmbito do julgamento da impugnação que interpôs junto do Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão (TCRS), juntamente com o ex-administrador do Banco Espírito Santo (BES) Amílcar Morais Pires, às coimas aplicadas pelo Banco de Portugal (BdP) em maio de 2017, de 350.000 e 150.000 euros, respetivamente.

Salgado começou por fazer um depoimento ao tribunal, no qual procurou explicar as medidas adotadas pelo BES junto das unidades no estrangeiro em causa no processo — os bancos em Angola, Cabo Verde, Miami e Macau –, no sentido de implementar estruturas e normas de “compliance”, frisando que o grupo BES foi “pioneiro” nesta matéria em Portugal.

O antigo presidente do BES questionou o sentido de ter sido condenado por conduta dolosa em relação a estas quatro das 26 unidades internacionais do banco, nada sendo apontado em relação às principais sucursais, em concreto Nova Iorque, Londres e Paris.

Em relação ao Banco Espírito Santo Angola (BESA), Ricardo Salgado reafirmou que os quadros colocados nessa unidade tinham provas dadas no BES, incluindo Álvaro Sobrinho, que presidiu à Comissão Executiva do BESA até ser destituído, em 2012 (com efeitos a partir de 2013), e que, acusou, foi o responsável pelas “situações escondidas” e pelas “falhas de reporte”.

Frisando que as próprias entidades de supervisão, tanto angolana como portuguesa, e a auditora externa KPMG nunca reportaram nenhuma situação grave, Salgado afirmou que teve sempre “fundados motivos” para acreditar que as instruções sobre o cumprimento das normas de prevenção de branqueamento estavam a ser cumpridas.

Ricardo Salgado reafirmou a convicção de ter sido diretamente visado pelo BdP neste e nos restantes processos que tem em curso, voltando a dizer que não tratava de questões técnicas e que as decisões eram tomadas de forma “colegial” e a declarar a sua estranheza por outros elementos com funções executivas não serem visados pelo supervisor.

No início do depoimento, que vai prosseguir durante a tarde, o advogado de Ricardo Salgado lamentou a publicação de notícias de “forma cirúrgica” no dia em que os arguidos prestam declarações, referindo-se a uma notícia desta quarta-feira do jornal Público sobre um processo que, disse, está ainda em segredo de justiça. “A defesa não se vai deixar condicionar por táticas plantadas sempre pela mesma fonte”, declarou Adriano Squilacce.

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Maria Sharapova anuncia final da carreira de ténis

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2020

“Ténis – digo-te adeus”, escreveu a russa, de 32 anos, num longo artigo publicado nas revistas Vogue e Vanity Fair.

A tenista russa Maria Sharapova, antiga líder do ranking mundial e detentora de cinco títulos do Grand Slam, anunciou o final da sua carreira, através de um artigo publicado nas revistas Vogue e Vanity Fair.

“Ténis – digo-te adeus”, escreveu a russa, de 32 anos, num longo artigo em que se despede da modalidade, lembrando os 28 anos de prática da modalidade, em que conquistou cinco ‘major’, dois dos quais em Roland Garros.

Sharapova, que chegou a número um do ténis mundial, venceu em Wimbledon (2004), Estados Unidos (2006), Austrália (2008) e Roland Garros (2012 e 2014).

“Ao olhar para trás, entendo que o ténis foi a minha montanha. O meu caminho, com vales e desvios, mas as paisagens no topo eram incríveis. Depois de 28 anos e cinco títulos do Grand Slam, estou pronta para escalar outra montanha”, disse a tenista.

Sharapova lembrou os primeiros passos no ténis, com quatro anos, em Sochi, e o caminho que a levou, aos seis, juntamente com o pai, até a Florida, e à conquista do primeiro título num Grand Slam, com 17 anos, em Wimbledon.

Nos últimos anos, a russa caiu até ao 373.º lugar no ranking da WTA, depois de várias derrotas consecutivas nas rondas iniciais, no Open da Austrália e em Brisbane, já este ano, e no Open dos Estados Unidos, o último torneio em 2019.

Na ‘era Open’, Sharapova é uma das seis tenistas que venceu os quatro torneios do Grand Slam, deixando a norte-americana Serena Williams como a única ainda em atividade.

O momento mais negativo na carreira da russa foi o caso de ‘doping’ em 2016, devido à utilização de meldonium, substância proibida em janeiro desse ano e que a tenista tomava desde 2006, tendo alegado desconhecimento da alteração do estatuto.

Sharapova foi suspensa inicialmente por dois anos, castigo que foi posteriormente atenuado para 15 meses pelo Tribunal Arbitral do Desporto.

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Conselho de Ministros em Bragança vai aprovar medidas para o interior

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2020

O Conselho de Ministros desta quinta-feira, que decorrerá em Bragança, deverá aprovar diplomas com medidas de promoção do interior. Entre elas, os descontos no preço das portagens.

O Conselho de Ministros de quinta-feira em Bragança vai discutir e aprovar os diplomas das medidas para a valorização do Interior, esclareceu o primeiro-ministro, António Costa, no arranque do programa “Governo Mais Próximo”. Este será o primeiro Conselho de Ministros descentralizado desta legislatura com vários ministros e o próprio chefe do Governo durante dois dias em visitas por todo o distrito de Bragança.

António Costa recordou esta quarta-feira, em Vila Flor, as medidas que anunciou em Bragança quando Governo completou 100 dias em funções, em janeiro, adiantando que os anúncios feitos nessa ocasião irão à aprovação do Conselho de Ministros de quinta-feira, que discutirá também outros temas relacionados com o Interior do país.

O primeiro-ministro adiantou que na quinta-feira será aprovado “um conjunto de diplomas que estruturam várias medidas fundamentais”, nomeadamente um “forte incentivo às empresas que criem postos de trabalho e contratem no interior e apoio a quem se dispõe a ir viver para o interior, do setor privado e publico, com apoio específicos ao emprego qualificado”.

António Costa especificou que o Plano Nacional de Valorização do Interior tem três vertentes previstas, uma das quais relacionada com a competitividade e a majoração de IRC às empresas que se instalem no Interior. A melhoria das acessibilidades — como a instalação de um laboratório colaborativo, em Bragança, dedicado às culturas da Montanha — foi também apontada entre as medidas globais para esta estratégia.

O primeiro-ministro antecipou que o Conselho de Ministros irá aprovar a terceira fase da redução do custo das portagens e a estratégia comum com Espanha para o desenvolvimento da região fronteiriça. Uma estratégia que incluirá, como disse, uma melhoria das ligações entre os territórios de fronteira, lembrando que quando for feita a melhoria da estrada entre Bragança e Puebla de Sanábria, Bragança “será a cidade portuguesa melhor servida de TGV, já que fica a 30 quilómetros da estação do comboio de alta velocidade que ficará naquela localidade espanhola.

A chave para o desenvolvimento do interior está, segundo o primeiro Ministro também na criação de emprego e, “para além das medidas que já foram tomadas, há novas medidas que é possível tomar”.

Costa ressalvou que “não é num ápice que se resolve um problema que tem décadas de esvaziamento destes territórios e que é hoje um dos problemas estruturais do país”, mas defende que se o país quer “aumentar o potencial de crescimento tem de apostar naquilo que ainda está por aproveitar e há muito por aproveitar no Interior”.

Os diplomas que o Governo vai aprovar “não vão transformar de hoje para amanhã o interior, mas é do conjunto destas medidas, da ação concertada da administração central com o setor privado” que podem ser criadas “condições que vão transformando o território”, na opinião do primeiro Ministro.

Depois de Bragança, os próximos Conselhos de Ministros descentralizados serão em Castelo Branco e nos Açores.

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Estas 1.114 freguesias têm risco elevado de incêndio. Veja a lista

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2020

Freguesias identificadas são prioritárias para ações de limpeza. Situam-se em 186 concelhos que estão essencialmente das regiões do interior Norte e Centro e Algarve.

O Governo divulgou a lista das mais de mil freguesias com risco elevado de incêndio florestal e que são prioritárias para limpeza de combustível.

O despacho assinado pelos secretários de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, e da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, João Catarino, e publicado em Diário da República, define também os prazos para a realização das ações de fiscalização que devem incidir sobre as áreas prioritárias.

No total são 1.114 freguesias com risco elevado de incêndio e que são prioritárias para ações de limpeza, situando-se em 186 concelhos que estão essencialmente das regiões do interior Norte e Centro e Algarve.

O número de freguesias prioritárias para efeitos de fiscalização da gestão de combustível no âmbito da prevenção de incêndios rurais é idêntico a 2019, deixando de existir este ano os dois níveis de intervenção.

“Considerou-se adequado identificar apenas uma classe de prioridade, atualizando-se a informação de base territorial” e integrar “a circulação rodoviária em segurança em regiões afetadas por grandes incêndios”, refere o despacho, que entra em vigor esta quarta-feira.

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ModaLisboa quer acordar Lisboa. E traz novidades

Mais do que reagir, agir. É este o compromisso da próxima edição do Check Point que, pela primeira vez, vai realizar um Fashion Hackathon.

Faz parte da missão da ModaLisboa ser uma plataforma que pensa a moda como uma disciplina maior. ModaLisboa Awake é o statement da próxima edição, que se realiza de 5 a 8 de março, a “primeira Lisboa Fashion Week da nova década”.

“Entramos em 2020 com a certeza de que nada será como antes e é nessa mesma certeza que assenta a necessidade de mudança”, diz Eduarda Abbondanza. “É preciso fazer mais do que apresentar as coleções para a próxima estação. É preciso que um evento desta dimensão tenha uma responsabilidade cultural, social e educativa. É preciso que as suas portas se abram”, acrescenta a diretora da ModaLisboa.

Nesta edição está de regresso o Check Point, a plataforma de conversas da ModaLisboa, mas com novidades. Com a missão de mais do que reagir, agir, mais do que extrapolar, encontrar soluções verdadeiras, sólidas e concretizáveis, para além das sessões abertas ao público – que a tornam num think tank de networking, pela primeira vez irá realizar um Fashion Hackathon.

Durante três dias, um grupo de pensadores multidisciplinares da indústria, que trabalham em áreas como a inovação, programação, design, sustentabilidade, ativismo ou tecnologia, irão ajudar a encontrar soluções para um futuro melhor na moda. Um grupo a que se junta o Ecoolhunter, com parceiro desta plataforma de pensamento.

Veja o programa do Check Point aqui.

 

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Dobrável da Huawei custa 2.500 euros. Mas não tem apps da Google

A Huawei reforçou a linha dos dobráveis ao apresentar o Mate Xs. É um aparelho 5G com ecrã de até oito polegadas. Mas não tem a Play Store nem outros aplicativos da Google.

Há um novo dobrável na gama de smartphones da Huawei. Chama-se Mate Xs e é o telemóvel mais caro alguma vez apresentado pela marca chinesa: vai custar 2.499 euros na Europa e usa o sistema Android, apesar de não incluir as ferramentas mais populares da Google, como a loja Play Store, o Google Maps ou mesmo o YouTube.

A gigante tecnológica ainda está sujeita às restrições da Casa Branca, que impedem a Google de lhe fornecer tecnologia. Ainda assim, a Huawei quis mostrar que não desiste e recorreu à versão do Android de código aberto. Como alternativa à Play Store e aos aplicativos da Google, o Mate Xs traz ferramentas alternativas que foram desenhadas pela Huawei.

O Mate Xs é um telemóvel 5G que dobra ao meio e, segundo a imprensa especializada, contém melhorias incrementais face ao anterior Mate X. No entanto, desta vez, ao contrário do modelo anterior, que primeiro foi lançado exclusivamente na China, a Huawei tenciona comercializar o Mate Xs na generalidade dos países em que está presente, incluindo na Europa. Não se sabe é, exatamente, quando chegará às lojas.

O novo Huawei Mate Xs é semelhante ao anterior Mate X, mas tem algumas melhorias incrementais. Vai custar quase 2.500 euros na Europa.Huawei

Este aparelho já inclui o novo processador da marca, o Kirin 990, mas é mesmo o grande ecrã que o caracteriza: quando está aberto, o ecrã OLED do Mate Xs tem oito polegadas, uma espécie de pequeno tablet. É feito a pensar nos utilizadores mais multi-tarefais, uma vez que permite correr três aplicações em simultâneo. Também é ideal para ver filmes e séries.

Novamente, ao contrário da opção seguida pela concorrente Samsung, o dobrável da Huawei deixa exposto dois ecrãs, um de 6,6 polegadas e outro de 6,38 polegadas (o “antigo” Galaxy Fold, quando dobrado, não deixava expostas as duas metades do ecrã). A câmara principal é um sistema com quatro lentes da marca LEICA e, por ser dobrável, não tem câmara das selfies: para captar um autorretrato, basta virar a câmara principal para si.

Este aparelho da Huawei vem reforçar a aposta da marca nos dobráveis, um segmento de mercado que nasceu no ano passado, num contexto de alguma estagnação no mercado mobile. A Huawei e a Samsung, que estão no “top 3” das marcas que mais telemóveis vendem em todo o mundo, têm estado na vanguarda desta novidade, com a Apple a não dar sinais de querer explorar esta via.

O Mate Xs, o segundo da linha dobrável da Huawei, representa ainda um desvio nas opções tomadas pelas principais marcas de telemóveis dobráveis: a Samsung não atualizou o Galaxy Fold este ano, tendo optado por apresentar um telemóvel que dobra ao meio, mas na vertical, ao qual chamou Galaxy Z Flip.

Esperava-se que a Huawei apresentasse o Mate Xs num evento paralelo ao Mobile World Congress (MWC). Porém, o cancelamento da feira de tecnologia de Barcelona, por causa da epidemia do coronavírus, levou a empresa a optar por uma apresentação pré-gravada, à qual chamou de keynote virtual.

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Fundo de Resolução já reembolsou 530 milhões ao Estado e 90 milhões aos bancos

Máximo dos Santos revelou que o Estado já recebeu 530 milhões de euros em juros pelos empréstimos ao Fundo de Resolução que apoiaram resoluções do BES e Banif.

O Fundo de Resolução já procedeu a pagamentos de juros ao Estado no valor de 530 milhões de euros até final de 2019, revelou esta quarta-feira o seu presidente, Luís Máximo dos Santos. A este valor acresce ainda um reembolso de 90 milhões de euros aos bancos e ainda 19,3 milhões de euros em comissões que foram pagas ao Estado.

Estes pagamentos dizem respeito a empréstimos feitos pelo Estado e pelos bancos ao Fundo de Resolução, que teve de injetar dinheiro nos bancos que foram alvo de resolução nos últimos anos: o BES e o Banif. No total, os financiamentos ascendem já a mais de 5.000 milhões de euros.

Máximo dos Santos considerou os valores já devolvidos “impressivos”, resultando as elevadas taxas de juro praticadas nos empréstimos: de 1,38% pelos empréstimos ao Estado para a resolução do Banif e de 2% pelos empréstimos relativos à resolução do BES/Novo Banco. “São taxas muito altas tendo em conta o contexto atual”, sinalizou o responsável, que foi ouvido esta quarta-feira na comissão de Orçamento e Finanças.

Todavia, adiantou que se aproximam as datas para uma atualização destas taxas, que vão ser revistas em baixa, o que permitirá “libertar recursos e contribuir para a situação financeira” do Fundo de Resolução.

Estes empréstimos têm uma maturidade longa, vencendo em 2046. Máximo dos Santos explicou que pode haver lugar a reembolsos antecipados, mas isso só acontecerá a partir do momento em que o Fundo de Resolução passar a ter uma situação de excedente nas contas, gerando mais receitas do que as despesas que tem. Algo que não se afigura fácil neste momento, com o facto de todos os anos estar a ser chamado para cobrir perdas com o Novo Banco.

Máximo dos Santos, que também é vice-governador do Banco de Portugal, sublinhou que o Fundo de Resolução tem um “período muito longo” para devolver os empréstimos. Referiu ainda que se a entidade que gere não for capaz de cumprir todas as obrigações, que a solução será alongar a maturidade dos empréstimos, descartando aumentar o valor das contribuições pedidas à banca.

Este ano, o Fundo de Resolução vai pedir novo empréstimo ao Tesouro, no valor de 850 milhões de euros, isto depois de Máximo dos Santos ter revelado que o Novo Banco vai pedir 1.037 milhões de euros por causa dos prejuízos registados em 2019. As contas do banco serão apresentadas esta sexta-feira.

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Autoestrada a autoestrada, saiba quanto vai poupar com os descontos nas portagens

A ministra da Coesão Territorial anunciou descontos nas portagens das autoestradas do interior. Saiba agora, no ECO, como vão funcionar estes descontos e até quanto pode poupar.

As portagens no interior vão passar a ter descontos a partir de julho de 2020.Wikimedia Commons

O Governo vai aplicar descontos nas portagens do interior, uma medida que visa “melhorar a mobilidade das pessoas” nestes territórios e promover a ligação dos mesmos “ao resto do país”. Esta intenção foi revelada pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa. Saiba agora, com mais detalhe, em que autoestradas vão existir descontos, como funcionam e até quanto pode poupar.

Interior, A28 e Via do Infante com desconto

Este sistema de descontos não se aplica a todas as autoestradas do país. Abrange, segundo informação do próprio Executivo, as vias do interior, mas também a A28 no Litoral e a Via do Infante.

Esta é a lista completa:

  • A22-Algarve (Via do Infante);
  • A23-IP;
  • A23-Beira Interior,
  • A24-Interior Norte;
  • A25-Beiras Litoral e Alta;
  • A28-Norte Litoral;
  • A4-subconcessão AE Transmontana;
  • A4-túnel do Marão;
  • A13 e A13-1-subconcessão Pinhal Interior.

Descontos crescem em função da utilização

Para compreender a poupança potencial que pode ter com esta medida, importa primeiro compreendê-la, uma vez que a intenção não é cortar diretamente o preço das portagens, mas sim aplicar descontos variáveis.

Comecemos, assim, por aquilo que o Governo chama de “desconto de quantidade”. Aplica-se aos veículos de classe 1 e classe 2 (exceto transporte de mercadorias e passageiros, como veremos adiante) com identificador eletrónico e abrange as autoestradas do interior, a partir do sétimo dia de circulação — ou seja, é contabilizado a partir do primeiro dia em que passa pelo pórtico da via em questão. Isto é:

  • Até ao 7.º dia, aplica-se o preço normal da portagem.
  • Entre o 8.º e o 15.º dia, aplica-se um desconto de 20% sobre o preço da SCUT.
  • A partir do 16.º dia e até ao fim do “mês”, aplica-se um desconto de 40%.

Por outras palavras, o desconto é progressivo e à medida que o fim do mês se vai aproximando, o preço vai sendo menor. Desta forma, a medida beneficia, sobretudo, os condutores que circulam diariamente numa determinada autoestrada, que serão alvo de um desconto médio diário de 25% na melhor das hipóteses, segundo cálculos do Executivo, a que o ECO teve acesso.

Estes descontos “são aplicados a cada autoestrada” de forma individual. O “desconto de quantidade” exclui “os veículos de classe 2 afetos aos transportes de mercadorias e passageiros”, porque estes têm um desconto específico.

Redução para empresas cresce à noite

O Governo propõe também uniformizar o “regime de modulação” para os veículos de classe 2 afetos ao transporte de mercadorias e passageiros. A intenção é que haja uma diferenciação por horário.

Desta forma, mesmo as autoestradas que já beneficiavam de descontos no âmbito de quatro portarias anteriores do Governo passam a ter um regime único, que se aplica da seguinte forma:

  • Desconto de 35% durante o dia no preço das portagens.
  • Desconto de 55% durante a noite no preço das portagens.

Veja os exemplos:

O Governo dá também alguns exemplos que ajudam a entender a poupança potencial em várias das autoestradas abrangidas e para vários tipos de utilizadores. No caso mais extremo, uma empresa de transporte de passageiros pode poupar mais de 7.000 euros/ano.

  • Exemplo 1: A Maria vive em Bragança e trabalha em Vila Real. Todos os dias, conduz de Bragança a Vila Real pela A24 para ir trabalhar. Aos preços de hoje, a Maria paga 5,64 euros por deslocação. São 248,16 euros ao fim de 22 dias. Ora, com os novos descontos, passa a poupar 49,63 euros ao fim dos mesmos 22 dias. Num ano, com os novos descontos, passa a pagar 2.382,34 euros, menos 595,48 euros do que pagaria com os preços atualmente em vigor.
Ilustração do exemplo número um.Governo de Portugal
  • Exemplo 2: O Tiago é padeiro e conduz uma carrinha de classe 2 para a venda do pão. Todos os dias, o Tiago conduz a carrinha de Castelo Branco à Covilhã pela A23. Atualmente, por viagem, o Tiago paga 6,71 euros, ou 402,6 euros ao fim de 30 dias. Com os novos descontos, o Tiago passa a pagar menos 102 euros ao fim dos mesmos 30 dias, o que gera uma poupança de 1.224 euros ao fim de um ano.
Ilustração do exemplo número dois.Governo de Portugal
  • Exemplo 3: Uma empresa tem um camião de transporte de mercadorias que percorre diariamente a A22 na totalidade, de Vila Real de Santo António a Lagos, uma vez durante o dia e outra durante a noite. Atualmente, a passagem durante o dia cista 15,54 euros, mais 11,1 euros pela passagem da noite. Ao fim de 30 dias, a empresa paga 799,2 euros em portagens. Com os novos descontos, poupará 66,6 euros ao fim de 30 dias, ou 799,2 euros ao fim de um ano.
Ilustração do exemplo número três.Governo de Portugal
  • Exemplo 4: Uma empresa de transporte de passageiros tem um autocarro que percorre diariamente a A22 na totalidade, uma vez por dia e uma vez à noite. Atualmente, por dia, a empresa gasta 22,2 euros com portagens, ou um total de 1.332 euros ao fim de 30 dias. Com os novos descontos, poupa 599,4 euros por mês, num total de 7.192,8 euros ao fim de um ano.
Ilustração do exemplo número quatro.Governo de Portugal

Estes exemplos são apenas casos fictícios apresentados pelo Executivo para justificar os descontos das portagens. A medida surgirá sob a forma de portaria do Governo, que “vai entrar em vigor no terceiro trimestre de 2020”, sendo “uma iniciativa conjunta entre o Ministério das Finanças, o Ministério das Infraestruturas e Habitação e o Ministério da Coesão Territorial”.

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Lucros da Peugeot crescem. Tavares dá bónus de 4.100 euros a cada trabalhador

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2020

A PSA registou ainda uma faturação recorde de 74.700 milhões de euros. Graças a estes resultados, os trabalhadores com salários mais baixos receberam um prémio de 4.100 euros.

O fabricante automóvel francês PSA, que detém as marcas Peugeot, Citroën, DS, Opel e Vauxhall, anunciou esta quarta-feira que teve um lucro de 3.200 milhões de euros em 2019, mais 13,2% do que no ano anterior.

A PSA, que está em processo de fusão com Fiat Chrysler, explicou em comunicado que o resultado líquido, apesar do retrocesso das vendas, se deveu ao facto de se ter centrado nos modelos e nos mercados mais rentáveis.

A PSA registou ainda uma faturação recorde de 74.700 milhões de euros, mais 1% do que no exercício precedente, e uma margem operacional igualmente histórica, de 8,5%, embora tenha vendido menos 10% em número de veículos, isto é, menos de 3,5 milhões.

O presidente executivo do grupo, Carlos Tavares, disse que graças a estes resultados recorde foi possível à PSA pagar um prémio de 4.100 euros aos trabalhadores que recebem o salário mais baixo. Adiantou que no resto do mundo, o prémio aos seus colaboradores multiplicou-se por 5,4 vezes nos últimos seis anos.

O fabricante francês vendeu 90% dos seus veículos na Europa, o que, por agora, o deixa a salvo das subidas e descidas do mercado chinês, ao qual pretende regressar nos próximos anos. Segundo os resultados hoje apresentados, os negócios na China cortaram 700 milhões aos lucros do ano passado, enquanto a saída do Irão, imposta pelas sanções internacionais, ainda não foi tida em conta na consolidação das contas do grupo.

O grupo PSA anunciou ainda a recuperação das subsidiárias Opel/Vauxhall, como havia sido previsto, apresentando 1.100 milhões de euros de margem operacional e representando 6,5% das vendas globais. Para este ano, a PSA espera uma queda de 3% nas vendas no mercado automóvel na Europa, 2% na Rússia e manutenção das vendas na América Latina, pelo que fixou como objetivo uma margem operacional corrente de 4,5% para a sua divisão automóvel.

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Bruxelas aprova parceria da EDPR e Engie para energia eólica offshore

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2020

A Comissão Europeia deu luz verde à join-venture da EDP Renováveis e da Engie, que visa investir em projetos de geração e energia eólica offshore fixa e flutuante.

A Comissão Europeia aprovou a criação de uma joint venture entre a EDP Renováveis e a francesa Engie para investimentos em energia eólica offshore fixa e flutuante.

“A Comissão concluiu que a concentração proposta não suscita preocupações em termos de concorrência devido ao seu impacto limitado no mercado”, indica o executivo comunitário em comunicado, no qual dá conta da validação dada a esta joint venture à luz das regras europeias.

Num comunicado divulgado ao setor em janeiro passado, a EDP Renováveis indicava ter assinado, nessa altura, um acordo com a Engie para criar “uma joint venture comparticipada a 50/50”, isto é, de forma equitativa, para “energia eólica offshore fixa e flutuante”.

Em causa está “uma nova entidade como veículo de investimento exclusivo da EDP Renováveis e da Engie para as oportunidades em energia eólica offshore por todo o mundo, unindo a experiência industrial e a capacidade de desenvolvimento de ambas as empresas”, referia, na altura, a companhia subsidiária da EDP.

Segundo o acordo, “a EDP Renováveis e a Engie vão combinar os seus ativos eólicos offshore e o pipeline [orientação] de projetos nesta nova entidade, começando com 1,5 GW [gigawatt] em construção e 3,7 GW em desenvolvimento”, adiantava a nota. Já na altura, a EDP Renováveis estimava que esta joint venture estivesse operacional no primeiro trimestre deste ano.

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Brexit: Políticas de migração que Londres pretende assumir são problema para Portugal, diz MNE

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2020

“Não é imaginável que consigamos uma relação muito próxima em matérias de relação comercial, de defesa, de segurança”, mantendo uma política migratória como defende o Reino Unido, disse Santos Silva.

As políticas de migração que o Reino Unido pretende assumir a partir de 2021 são “um dos berbicachos” que Portugal e a União Europeia têm pela frente, admitiu esta quarta-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros, no Parlamento.

“Não é imaginável que consigamos uma relação muito próxima em matérias de relação comercial, de defesa, de segurança, entre outras”, mantendo uma política migratória como defende o Reino Unido, afirmou Augusto Santos Silva em comissão parlamentar. “Esse é um dos berbicachos que temos pela frente”, reconheceu.

O Reino Unido anunciou no passado dia 19 que irá adotar novas regras para a imigração pós-Brexit, dificultando o acesso dos cidadãos da União Europeia e impondo requisitos, como falar inglês, qualificações e um salário mínimo de 25.600 libras (30.800 euros).

Lembrando que o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia conseguido foi “de transição suave”, Augusto Santos Silva sublinhou que, “a partir de janeiro do próximo ano, o Reino Unido será soberano em termos de política migratória”.

“Mesmo que essas regras não tenham o acordo da União Europeia e dos outros Estados-membros, foi para isso que o Reino Unido fez o Brexit”, lembrou Santos Silva, que está a ser ouvido em comissão parlamentar.

O ministro garantiu, no entanto, que Portugal não só não pretende adotar nenhum tipo de retaliação relativamente à política migratória do Reino Unido como não o recomenda a nenhum dos outros Estados-membros da União Europeia.

“Não nos podemos esquecer que o Reino Unido é o primeiro mercado de turismo de Portugal”, portanto “temos todo o interesse em tratar bem os britânicos”, referiu.

De acordo com dados divulgados em janeiro pelo Turismo de Portugal, o Reino Unido é o quarto maior mercado emissor de turistas a nível mundial e o segundo maior da Europa, tendo gerado 88,2 milhões de turistas em 2018. Nesse ano, o Reino Unido foi o principal mercado da procura externa para Portugal.

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