Volatilidade regressa aos mercados. BCP já cai mais de 1%
A pressão vendedora está novamente a condicionar as ações europeias. O BCP chegou a ser a estrela do PSI-20, mas cedeu os ganhos e cai mais de 1%. Investidores vendem as posições em busca de liquidez.
Depois de um arranque de sessão positivo, a volatilidade está novamente instalada nas principais praças europeias. Alguns dos índices europeus negoceiam agora em terreno negativo e com perdas acima de 1,5%, enquanto o PSI-20 está com dificuldade em manter-se acima da linha de água.
O Stoxx 600 oscila entre ganhos e perdas, cotando em cerca de 282,8 pontos. Em simultâneo, o alemão Dax desvaloriza 1,53%, o francês CAC-40 perde 1,45% e o britânico FTSE 100 derrapa 2,02%. O português PSI-20 tem variado entre uma valorização expressiva próxima de 1% ou perdas em torno de 0,40%
Evolução da cotação do PSI-20
Este desempenho registado pelo índice nacional acontece num contexto de ganhos no setor energético, com a Galp Energia a somar 0,46%, para 8,316 euros, num dia em que o preço do Brent avança 0,20% em Londres, para 30,11 dólares. A EDP soma 0,83% e a EDP Renováveis recupera 0,81%. Além disso, os investidores estão a reagir positivamente ao crescimento do lucro dos CTT em 2019, divulgado esta segunda-feira pela empresa postal, e os títulos do grupo estão a valorizar 2,82%, para 1,898 euros.
No entanto, estes desempenhos positivos estão a ser contrabalançados por perdas expressivas noutras ações com “peso” no índice. É o caso da Corticeira Amorim, que prolonga as perdas da sessão anterior com uma queda de 3,32% em bolsa, para 7,57 euros, ou da operadora Nos, cujos títulos derrapam 2,08%, para 2,736 euros. Já o BCP, que chegou a registar uma subida de 4% no começo da sessão, inverteu e chegou a cair 1,28%. Perde agora 0,59%, para 10,09 cêntimos por ação.
Esta sessão de volatilidade acontece na sequência de mais um dia negro nos mercados de capitais, marcado pela queda de cerca de 3.000 pontos do Dow Jones em Wall Street, o segundo maior afundanço do índice industrial em mais de um século de história. Isto reflete o pânico dos investidores, que têm protagonizado um sell-off massivo de ativos de risco perante os receios em torno do impacto económico da pandemia do coronavírus.
Os principais bancos centrais tentaram acalmar os mercados com a Fed a cortar os juros de surpresa pela segunda vez em poucas semanas no domingo e a avançar com compras multimilionárias de ativos. No entanto, esta política monetária não está a dar ânimo aos investidores, que temem que o vírus seja o gatilho de uma recessão sem precedentes, com implicações não só no lado da procura, como também no lado da oferta.
Posto isto, nem mesmo o ouro, ativo de refúgio por natureza, escapa à pressão vendedora. O metal precioso desvaloriza 0,61%, para 1.477,5 euros, muito abaixo dos 1.600 dólares a onça a que chegou a cotar há poucos dias, à medida que o medo dos investidores os leva a procurar a proteção da liquidez.
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