Banco de Inglaterra quer competências diversificadas na liderança das seguradoras

  • ECO Seguros
  • 11 Março 2020

As seguradoras cujos conselhos de administração reúnam membros com habilitações e experiências diversificadas reduzem o risco de pensamentos únicos, sustenta o banco central de Inglaterra.

O ‘pensar de grupo‘, figura que traduz confrontação de ideias no seio dos boards de companhias de seguro e de outras empresas de serviços financeiros resulta melhor num contexto que inclua e possa recolher contribuições de natureza diversificada.

Por isso, estas entidades “devem procurar um amplo conjunto de qualidades e competências ao recrutar para o órgão de gestão ou governo”, defende uma carta de quatro diretores executivos da Prudential Regulation Authority (PRA), o braço de regulação prudencial do Bank of England (BoE).

O cumprimento das regras que exigem que as empresas tenham uma política para melhorar a diversidade no topo não é “ainda universal”, afirmam os signatários do manifesto.

“Os presidentes (dos conselhos de administração) devem aproveitar esta oportunidade para se certificarem que a sua empresa atende aos requisitos da PRA e tomarem medidas corretivas onde e quando necessárias”, acrescentam.

A Lloyd’s de Londres, hub de referência do designado ‘London market’ de seguros, tem tentado melhorar a diversidade no mercado de seguros comerciais, um setor que emprega 45 mil pessoas.

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Q&A Armindo Silva: «A reforma do sistema de pensões está incompleta»

  • António Ferreira
  • 11 Março 2020

Faltam incentivos para a criação de planos de pensões e a adequação de um modelo com maior partilha de risco entre parceiros sociais.

Armindo Silva é economista, ex-diretor na Comissão Europeia na área do emprego e da proteção social e atual consultor da CCP-Fórum de Serviços. Assinou o estudo intitulado “O Sistema Complementar de Pensões – Ainda é possível recuperar o tempo perdido?”, apresentado no fórum temático organizado em fevereiro pela Confederação de Comércio e Serviços. ECOseguros recolheu declarações do especialista sobre a sustentabilidade da Previdência e o que espera os futuros pensionistas.

Armindo Silva: “A alternativa mais eficaz poderá passar pela aposta na dinamização dos planos de pensões ocupacionais, por assentarem num esforço de financiamento mais regular por parte das empresas, dos trabalhadores e do Estado”.

 

O trabalho apresentado no fórum da CCP manifesta preocupações sobre a insustentabilidade futura no sistema de pensões. Pode concretizar?

Com esse trabalho procura-se chamar a atenção para a necessidade de encetar um conjunto de políticas tendentes a dar uma nova dinâmica ao sistema complementar de pensões, como forma de responder ao desafio constituído pelo envelhecimento demográfico e ao seu impacto sobre a sustentabilidade financeira e social da Segurança Social, em particular do sistema público de pensões.

Se é certo que as reformas levadas a cabo desde princípios do século fizeram recuar em muito as projeções da despesa pública com pensões, elas não resolveram o problema do subfinanciamento crónico do sistema face às perspetivas de queda da população ativa e do crescimento modesto da produtividade. Como não garantem a manutenção de níveis de rendimento condignos para uma grande parte dos futuros pensionistas, os quais verão a relação entre pensões e salários deteriorar-se progressivamente.

o sistema não está ajustado à evolução demográfica do país e às alterações tecnológicas, entre outros fatores, conduzindo a uma enorme pressão sobre o mesmo

Ao contrário da maioria dos países da União Europeia, que acompanharam a estratégia de redução das prestações futuras com o reforço do que designamos por segundo e terceiro pilares, em Portugal o processo de reforma ficou incompleto. Baixou-se o valor relativo das pensões, mas não se cuidou de melhorar os incentivos à formação de planos de pensões coletivos ou individuais.

Pelo contrário, foram sendo tomadas medidas, como a nacionalização de um conjunto de fundos de pensões de empresas públicas e do setor bancário e a redução dos benefícios fiscais, que levaram a uma queda dos ativos financeiros sob gestão dos fundos de pensões para valores nominais inferiores aos de 2007.

A taxa de cobertura da população portuguesa ativa por uma qualquer forma de poupança para a reforma é das mais baixas da UE situando-se em pouco mais de 17%, segundo dados da OCDE. E apenas 3.3% estão cobertos por planos ocupacionais.

No entanto, o problema da sustentabilidade da Previdência, nomeadamente os sistemas de pensões, não é exclusivo de Portugal…

O subdimensionamento dos sistemas complementares de poupança para a reforma continua a ser um problema em muitos países europeus. Um inquérito recente levado a cabo pela associação europeia do ramo segurador, a Insurance Europe, revela que 43% dos cidadãos europeus não realiza poupanças para a reforma fora dos sistemas públicos, e que entre a população que não está a poupar, 62% afirmam estar interessados em poupar, mas 42% reconhecem que não têm capacidade financeira para o fazer. O mesmo relatório recomenda que se redobrem esforços no sentido de melhorar o nível de literacia financeira entre a população para que os indivíduos possam tomar as decisões mais corretas perante as suas circunstâncias particulares, e que se adotem políticas centradas nas necessidades reveladas dos consumidores.

O estudo da Insurance Europe não detalha a situação por países. Mas sabendo-se que em Portugal parte da população não dispõe de rendimento para aplicar num PPR, por exemplo, retira algumas conclusões?

São recomendações que fazem todo o sentido entre nós. Porém, ao estabelecer uma estratégia para dinamizar o sistema complementar de pensões é também importante definir qual o segmento que deve merecer maior prioridade – se os planos ocupacionais ou os planos individuais de poupança. Em Portugal, são estes últimos que têm ganho maior relevância, nomeadamente através dos PPR sob a forma de seguro de capitalização, que respondem à preferência dos aforradores pela segurança em detrimento do rendimento, como comprovam os resultados do estudo referido.

Com este novo estudo «O Sistema Complementar de Pensões. Ainda é Possível recuperar o Tempo Perdido?» a CCP procurou dar um novo contributo para soluções que no futuro possam contribuir para melhorar o rendimento dos pensionistas e diminuir a pressão sobre o sistema de pensões”, disse a ECOseguros João Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio e Serviços Portugal (CCP)

Porém, cabe questionar se esta forma de poupança, por si só, responde ao desafio da inadequação de rendimento após a reforma para a maioria da população portuguesa. É duvidoso que o consiga, por duas razões. Porque a sua dimensão depende unicamente das decisões individuais de poupança, e porque não garante a disponibilidade de um rendimento que complemente a pensão do sistema público, dada a grande flexibilidade de soluções de resgate antecipado que oferece.

Face às limitações apontadas sugere ajustamentos ou perspetiva alguma outra via?

Em minha opinião, a alternativa mais eficaz poderá passar pela aposta na dinamização dos planos de pensões ocupacionais, ainda claramente subdesenvolvidos no nosso país, e que oferecem duas vantagens importantes. Em primeiro lugar, um muito maior potencial de desenvolvimento, por assentarem num esforço de financiamento mais regular e de natureza tripartida, por parte das empresas, dos trabalhadores e do Estado (através de benefícios fiscais e financeiros). Em segundo lugar, uma maior garantia de adequação, pois esses planos baseiam-se numa relação direta entre a carreira profissional e a poupança, de modo a fazer coincidir a fase de acumulação com a vida ativa e a fase de desacumulação com o período de reforma, em que se torna necessário complementar a pensão do sistema público com o benefício das poupanças efetuadas.

Mas sendo um modelo pouco desenvolvido em Portugal…

Esta preferência pelos planos ocupacionais está manifesta num estudo recente do Grupo de Alto Nível de Especialistas em Pensões da União Europeia, o qual recomenda que se ofereçam incentivos financeiros e regulamentares de modo a encorajar os parceiros sociais a estabelecer planos de pensões coletivos que garantam a partilha de riscos entre os seus membros.

Igualmente se recomenda uma maior seletividade na concessão de incentivos financeiros e fiscais, devendo os mesmos estar reservados aos regimes complementares que satisfaçam critérios mínimos de qualidade. São também duas recomendações que deveriam merecer a maior atenção entre nós, dada a quase total ausência dos regimes complementares nas convenções coletivas de trabalho e a clara necessidade de revisão de um regime de benefícios fiscais ultrapassado e ineficaz.

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Governo está a preparar “resposta adequada e proporcional” para os pais face a possível fecho das escolas

O Governo ainda não tem uma resposta a dar aos pais face a um possível encerramento das escolas, mas garante que está a preparar uma solução de forma urgente.

O ministro de Estado e da Economia garante que o Governo está a preparar uma “resposta adequada e proporcional” para dar aos pais face a um eventual encerramento das escolas como medida preventiva contra a propagação do coronavírus. À saída da reunião desta quarta-feira com os parceiros sociais, Pedro Siza Vieira considerou que é “urgente” encontrar essa solução, lembrando que a lei atual não prevê proteção social para os trabalhadores caso precisem de acompanhar os filhos, a não ser que estejam doentes ou em isolamento profilático.

“Neste momento, conseguimos capacitar o nosso sistema para que, quando haja situações de isolamento profilático determinado pelas autoridades de saúde, quer os trabalhadores do setor público quer os trabalhadores do setor privado, quer os pais de crianças que sejam destinatárias destas medidas tenham uma proteção. Mas não temos uma solução para esta situação de encerramento de escolas por razões que não tenham a ver com o isolamento de pessoas específicas“, afirmou o ministro, em declarações aos jornalistas.

De acordo com a lei atualmente em vigor, nas situações em que os dependentes estejam em isolamento profilático ou doentes, os trabalhadores têm direito ao subsídio de assistência a filho, que atualmente equivale a 65% da remuneração de referência, mas passará a corresponder a 100% do salário com a entrada em vigor do Orçamento do Estado para 2020 (que ainda aguarda o “sim” de Marcelo Rebelo de Sousa).

Esta quarta-feira, o Governo deverá, contudo, decidir se encerrará de imediato ou não as escolas como medida preventiva contra a propagação do coronavírus, tendo os diretores das escolas sugerido uma antecipação das férias da Páscoa. Ainda está a decorrer essa reunião do Conselho Nacional de Saúde Pública da qual deverá sair uma recomendação para o Executivo avançar ou não com encerramento dos estabelecimentos de ensino.

Se tal fecho se confirmar, os trabalhadores ver-se-ão, portanto, confrontados com uma outra situação. É que nesse caso não haverá lugar ao subsídio referido, segundo a lei atual, uma vez que não estará em causa uma “assistência imprescindível e inadiável por motivo de doença ou acidente” a esses filhos.

É a esses pais que o ministro da Economia prometeu, esta quarta-feira, uma resposta “adequada e proporcional”, não se tendo comprometido com o pagamento a 100% das remunerações, como exigem os sindicatos. “Esta situação com que agora nos confrontamos não tem uma resposta na lei e, por isso mesmo, vamos tentar encontrar uma resposta que seja adequada e proporcional”, disse o ministro, referindo que o encerramento das escolas por isolamento profilático, o encerramento por prevenção e o encerramento por férias são situações distintas.

Aos jornalistas, Pedro Siza Vieira revelou ainda que “suscitou juntos dos parceiros sociais a necessidade de preparar medidas adequadas para esta situação”, tendo assegurado que será encontrada uma solução “muito rapidamente”. O ministro lembrou que, normalmente, estas necessidades de acompanhamento dos pais são resolvidas no seio das próprias empresas, tendo avançado que, face à proporção da questão, o Estado também deverá avançar com um apoio. “É importante que o Estado, todos nós, possamos ajudar a resolver esta situação”.

Em declarações aos jornalistas, também os sindicatos indicaram esta questão do acompanhamento dos filhos em caso de encerramento das escolas como uma das principais preocupações, neste momento. Tanto a UGT como a CGTP defendem que os trabalhadores nestas situações não devem perder rendimentos.

Até ao momento, o coronavírus já infetou 62 pessoas em Portugal.

(Notícia atualizada às 20h00)

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Covid-19 traz litígios D&O e em outras linhas de seguros comerciais

  • ECO Seguros
  • 11 Março 2020

Especialistas que acompanham riscos de responsabilidade que expõem administradores e diretores de cotadas em Nova Iorque advertem que o novo coronavírus vai originar litígios em seguros D&O.

As empresas devem preparar-se para uma eventual pilha de processos de acionistas relacionados com o novo surto de coronavírus, mas o sucesso de qualquer litígio pode depender do acervo de informações que estas organizações disponibilizam sobre os riscos de responsabilidade dos diretores e executivos, adiantam diversos especialistas citados num artigo da Business Insurance.

Além dos processos em D&O (sigla que identifica o segmento de responsabilidades de administradores e diretores), os segurados comerciais podem enfrentar processos e reclamações relacionadas com responsabilidades por práticas de política laboral, segurança cibernética e exposições a pedidos de compensação dos trabalhadores decorrentes da epidemia pelo novo coronavírus (Covid-19) que, até à data, já infetou mais de 113 000 pessoas em 110 países causando um total superior a 4 000 mortos, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Na semana passada, a Securities and Exchange Commission (Comissão de Valores Mobiliários e Bolsas dos EUA) recomendou que as empresas a divulguem informações relacionadas com o coronavírus, uma orientação que pode ter implicações para as reivindicações de D&O.

O presidente da SEC, Jay Clayton, emitiu uma declaração dizendo que as empresas devem fornecer aos investidores avaliações e planos de contingência face a riscos materiais para os seus negócios e operações resultantes do coronavírus “na medida possível”.

“Todos esperamos ver surgir reivindicações relacionadas com o vírus no mundo D&O, e estamos apenas atentos para ver quando o primeiro caso chegar e que forma assume”, disse Sarah Downey, FINPRO de Nova Iorque e responsável de produtos D&O da Marsh USA.

No passado, as doenças generalizadas não resultaram em litígios de D&O, disse Kevin LaCroix, vice-presidente executivo da RT ProExec, uma divisão da R-T Specialty LLC, em Beachwood, Ohio. Mas, nos últimos anos, o litígio de D&O em geral tende a ligar-se com eventos, com foco “em eventos adversos que afetam as operações da empresa“, em vez de demonstrações financeiras ou informações falsas, explicou. “O que é único com este surto de saúde em particular é a medida em que afeta operações comerciais de muitas empresas”, disse.

Se os investidores sentirem que não foram totalmente informados sobre vulnerabilidades da cadeia de abastecimentos ou problemas de distribuição, podem entrar com ações judiciais, explica LaCroix.

Por seu lado, Laura Foggan, sócia da Crowell & Moring LLP em Washington e presidente da subsidiária de seguros e resseguros, afirmou: “Esta é uma situação tão evolutiva, com tantas incógnitas, que cria uma receita para os demandantes pensarem em ações futuras dos acionistas”. Se a situação não se desenvolver como previsto, pode resultar em litígios de contra administradores e diretores (D&O , concluiu.

O sucesso do litígio dependerá de uma empresa disponibilizar ao mercado informações precisas, seguir recomendações do governo, ter planos de emergência em vigor e ter desenvolvido alternativas na cadeia logística, sugeriu Susan Friedman, vice-presidente da Plainview, sediada em Nova Iorque, e advogada de reclamações da NFP Corp.

As empresas de capital aberto (cotadas em bolsa) ficam em situação difícil com a exigência da SEC de divulgar uma avaliação dos seus planos para lidar com o coronavírus e os riscos materiais para seus negócios, disse Rob Yellen, vice-presidente executivo da Willis Towers Watson PLC’s – FINEX North America. Eles não têm o benefício de ‘portos seguros’ de responsabilidade em relação ao que está a acontecer, observou.

“É realmente importante não dizer algo que não tenha sido vetado” pelos advogados ou pelos auditores, nota Yellen.

Se houver lugar a ações movidas por acionistas, o seguro D&O deve pagar reivindicações, opinou Peter M. Gillon, sócio da Pillsbury Winthrop Shaw Pittman LLP em Washington. “Felizmente, litígios ao nível de valores mobiliários enquadram-se bem no âmbito da cobertura típica da D&O, portanto, a maioria das empresas deve estar segurada contra os riscos potenciais de litígios de valores mobiliários”, sustenta Gillon.

“Estamos a aconselhar os nossos clientes a ter certeza de que subscrevem coberturas até aos limites do ‘Lado A’”, disse Christine Williams, diretora executiva do grupo de serviços financeiros da Aon Plc, em Nova Iorque. O ‘Lado A’ de uma política de D&O oferece cobertura para diretores e executivos individuais em ações de acionistas, complementa o Business Insurance. Além disso, as empresas devem considerar a exclusão de danos corporais, que são o padrão nas apólices de D&O, e “garantir que elas reduzam a exclusão o melhor que puderem”, complementou Williams.

Ainda, de acordo com Gillon, os segurados devem ter certeza de que se a sua apólice de D&O tiver alguma forma de exclusão de danos corporais, o seguro não se aplica a reivindicações de títulos mobiliários cotados e que não impede a cobertura de reivindicações contra diretores e executivos ou, de outra forma, limita a cobertura desses riscos.

Mas a forte queda dos mercados acionistas (bolsas) pode turvar a questão da responsabilidade, disse Thomas D. Cunningham, sócio da Sidley Austin LLP que representa as seguradoras na região de Chicago. “Em geral, penso que terá um impacto mais limitado do que as pessoas temem” e “haverá mais nuances na prova de responsabilidade por danos“, rematou.

Priya Cherian Huskins, vice-presidente sénior da D&O da Woodruff Sawyer & Co. em São Francisco, não espera muitas reivindicações de D&O relacionadas com o novo coronavírus porque as empresas “com cadeias de abastecimento complexas e outros tipos de negócios que são mais prováveis de serem impactados pela Covid-19 tenderão a ser empresas cujas lideranças terão pensado em pandemias como um dos muitos vetores de risco a considerar”.

Entretanto, o coronavírus também pode afetar outras coberturas. Especialistas já apontaram anteriormente que muitos segurados de linhas de seguro comerciais provavelmente farão reivindicações por perdas na cadeia de abastecimento relacionadas com a epidemia.

Outras linhas que podem ser atingidas incluem a responsabilidade face a legislação laboral, se a crise levar à discriminação contra asiáticos ou outras minorias; seguro cibernético, se o acréscimo de funcionários a trabalharem a partir de casa – em redes não seguras ou menos seguras – elevar a vulnerabilidade para atos de hacking, phishing e outros esquemas criminosos, ou ainda em saúde, se se verificarem casos de trabalhadores contraírem a doença no local de trabalho.

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DS Seguros Amarante supera expectativas no primeiro ano de actividade

  • ECO Seguros
  • 11 Março 2020

A agência assume a oferta de soluções para que os clientes paguem o mínimo possível pelos seus seguros e beneficiem das melhores coberturas disponíveis.

A DS Seguros e DS Crédito Amarante acabam de celebrar o primeiro aniversário. “O primeiro ano é sempre de arranque, e nós conseguimos superar as nossas expectativas. Temos uma equipa de excelentes profissionais sempre atentos às necessidades dos nossos clientes e com isso conseguimos ao longo de 2019 disponibilizar aos habitantes de Amarante, as melhores soluções existentes no mercado. Nunca é demais referir que o aconselhamento que prestamos é gratuito”, afirma em comunicado Gonçalo Martins, diretor das agências DS Seguros e DS Crédito Amarante.

Ao longo deste primeiro ano, o estabelecimento “deu já resposta a centenas de clientes indo sempre ao encontro das suas necessidades, através da sua equipa composta por 5 colaboradores”, detalha a fonte salientando que conta com profissionais especializados a nível nacional, “que prestam um serviço de aconselhamento personalizado e independente com Soluções 360º na área de mediação de seguros e na intermediação de crédito”.

O objetivo da DS Seguros Amarante “é arranjar as melhores soluções do mercado para os seus clientes, de forma que estes paguem o mínimo possível pelos seus seguros e beneficiem das melhores coberturas disponíveis”, segundo comunicado.

Por seu lado, a DS Crédito Amarante fornece serviços “personalizados e independentes” em intermediação de crédito e prestação de serviços de consultoria, também gratuitos, dirigidos a particulares e empresas, para todo o tipo de operações de crédito bancário, informa ainda a agência que integra a rede Decisões e Soluções.

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Costa reúne com partidos esta quinta-feira por causa do coronavírus

  • Lusa
  • 11 Março 2020

Foram convocados os líderes de todos os partidos com assento parlamentar para dar conta das decisões que estão a ser tomadas pelo Governo para travar o coronavírus e para os ouvir sobre o surto

O primeiro-ministro, António Costa, convocou para quinta-feira os líderes de todos os partidos com assento parlamentar para dar conta das decisões que estão a ser tomadas pelo Governo sobre o coronavírus e para os ouvir sobre esta pandemia.

Fonte oficial do gabinete de António Costa confirmou à agência Lusa esta informação, explicando que estas audiências vão acontecer na residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, logo após o Conselho de Ministros que está marcado, como habitualmente, para quinta-feira de manhã.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a doença Covid-19 como pandemia.

A Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.300 mortos em 28 países e territórios.

O número de infetados ultrapassou as 120 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 59 casos confirmados.

 

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Novabase regressa ao PSI-20, substituindo a F. Ramada. Merlin vai ter de esperar

Resultado da revisão anual do índice ditou mudanças, mas o PSI-20 continua a contar com apenas 18 cotadas. Mudanças têm efeito a partir da próxima segunda-feira.

A Merlin Properties ainda não vai entrar no PSI-20, mas há mudanças no índice de referência nacional. A revisão anual do índice decidida pelo Comité do PSI-20, cujos resultados foram conhecidos esta quarta-feira, faz regressar uma cotada repetente — a tecnológica Novabase –, mas o total de títulos continua a ficar abaixo do número que lhe dá nome. Até porque há também uma saída.

No âmbito da revisão anual do índice, o Comité do PSI-20, que esteve reunido esta tarde para avaliar as mudanças propostas pela Euronext Lisboa, a gestora do mercado de capitais português, aprovou o regresso da tecnológica à principal “montra” da bolsa nacional, dois anos depois de ter sido despromovida para o PSI Geral.

Entra a Novabase, não a Merlin Properties, como pretendia. A empresa espanhola do setor imobiliário entrou na bolsa de Lisboa a 15 de janeiro após uma operação de dual listing, tendo dito logo que o objetivo era chegar ao PSI-20 para reforçar a visibilidade no mercado português. Acreditava que cumpria os requisitos para conseguir chegar ao índice de referência já, mas falhou. Num contexto de quebra dos mercados, a liquidez ficou aquém dos mínimos exigidos.

Ramada diz adeus. Troca de papel com a Novabase

Apesar de a Merlin ainda não cumprir os requisitos, vai haver mudanças. A Novabase, empresa líder no mercado português das Tecnologias de Informação, vai voltar ao PSI-20 na próxima segunda-feira. Cotada em bolsa desde 2000, a empresa liderada por João Nuno Bento atingiu, no último ano, lucros recorde de 20,4 milhões de euros, graças à venda do Negócio GTE (de análise de dados para os setores de governo, transportes e energia) à Vinci Energies por 33 milhões de euros.

Esta vai substituir a F. Ramada, que esteve dois anos no PSI-20, mas a reduzida liquidez do título acabou por levá-lo de volta ao PSI Geral. Há mais de 80 anos, a industrial nasceu do negócio do aço e acabou por expandir para os sistemas de armazenagem e gestão de ativos florestais. A F. Ramada foi ganhando dimensão de tal forma que, em 2008, acabou por ser separada da Altri, empresa de Paulo Fernandes, que é também dono da Cofina.

PSI-20 desde 2018 com apenas 18 cotadas

O PSI-20 continuará a negociar com o mínimo de cotadas e sem conseguir chegar ao número de componentes que lhe dá nome. Desde setembro de 2017 que o PSI-20 não tem 19 cotadas. As regras do índice determinam que não pode ter menos de 18 empresas cotadas, mas com a saída do BPI, no seguimento da OPA do CaixaBank, foi o que aconteceu durante um mês, no início de 2017.

A entrada da Novabase e da Ibersol levaram o número de componentes de volta para 19 em março desse ano, mas a exclusão das unidades de participação do Montepio em setembro de 2017 deixou o índice novamente no limite das regras. E assim se tem mantido há dois anos. A última mudança aconteceu na revisão anual de 2018, a Novabase regressou ao PSI Geral e a F.Ramada foi promovida ao PSI-20.

Em março, o PSI-20 é alvo de revisão anual. Além desta, há ainda revisões trimestrais, sendo que estas acontecem em junho, setembro e dezembro.

(Notícia atualizada)

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EDP Renováveis pede aos acionistas para votarem na assembleia à distância

  • ECO
  • 11 Março 2020

Empresa liderada por Manso Neto transferiu a assembleia geral de Madrid para Oviedo e recomendou aos acionistas que marquem presença de forma remota. Culpa do coronavírus.

A EDP Renováveis mudou a realização da próxima assembleia geral da companhia de Madrid para a cidade de Oviedo por causa do surto do coronavírus em Espanha, tendo recomendado que os acionistas exerçam os seus direitos “da maneira mais segura possível”, nomeadamente por meio de representação e votação remota.

“Dadas as medidas excecionais destinadas a limitar a sua disseminação recentemente adotada pelo Governo da Espanha, referentes em particular a Madrid, e que incluem a restrição de eventos com concentração de um grande número de pessoas, é evidente que as circunstâncias são de necessidade urgente e justificam a adoção de medidas extraordinárias para garantir a saúde dos acionistas da EDP Renováveis e daqueles que intervêm na assembleia”, disse a empresa em comunicado.

A assembleia geral de acionistas da EDP Renováveis estava prevista para Madrid, no dia 26 de março de 2020, às 12h00 em primeira convocação ou, caso não seja alcançado o quórum necessário, na segunda convocação em 2 de abril de
2020, no mesmo local e horário.

Entre os pontos de trabalho em cima da mesa estará a aprovação das contas de 2019 — registou um lucro de 475 milhões de euros — e do dividendo de oito cêntimos.

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Já esgotaram os 300 “cheques” dos elétricos para as empresas

Se ao final das primeiras 24 horas metade dos "cheques" já tinha desaparecido, agora acabaram. Os 300 apoios disponíveis para empresas já foram solicitados ao Fundo Ambiental.

Esgotaram os “cheques” para os carros elétricos adquiridos pelas empresas. Um dia depois de terem sido abertas as candidaturas ao Introdução no Consumo de Veículos de Baixas Emissões metade dos apoios já tinha sido requisitado, mas demorou pouco mais até que o número de pedidos chegasse ao limite máximo definido pelo Governo.

Apenas 24 horas depois de ter sido disponibilizado o formulário de candidatura, o Fundo Ambiental registava já 152 pedidos. O número continuou a aumentar rapidamente, de tal forma que chegou aos 300. Existem já 301 pedidos, com um desses a ter sido excluído imediatamente por parte da entidade responsável pela atribuição deste apoio.

Houve uma corrida aos “cheques” de 2.000 euros por parte das pessoas coletivas, que inclui tanto empresas como empresários em nome individual, que depois têm ainda a vantagem de poderem deduzir os custos suportados com estes veículos. Mas esgotaram também porque o número de apoios disponibilizados foi reduzido.

O Governo decidiu, este ano, atribuir os mesmos 1.000 “cheques” para a compra de veículos ligeiros de passageiros elétricos que concedeu nos últimos anos. Contudo, tendo em conta a crescente proporção de pedidos por parte de pessoas coletivas, e procurando garantir o acesso ao apoio por parte dos particulares, destinou apenas 300 para empresas. Os particulares têm 700 à disposição, com um valor de 3.000 euros, registando-se 198 pedidos até ao momento.

Além dos “cheques” para os ligeiros de passageiros — 300 para empresas e 700 para particulares, o Fundo Ambiental tem ainda outros 300 “cheques” para a aquisição de veículos ligeiros de mercadorias que sejam elétricos. Estes apoios são tanto para empresas como para particulares, mas pela natureza dos veículos, tendencialmente serão as empresas a arrebatar estes apoios de 3.000 euros. Há, até ao momento, apenas oito pedidos.

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Rio deixa liderança da bancada parlamentar do PSD a 19 de março

  • ECO
  • 11 Março 2020

As eleições para a liderança da bancada do PSD realizam-se no próximo dia 19 de março. Adão Silva deverá ser o sucessor de Rui Rio.

A eleição para a liderança da bancada parlamentar do PSD está marcada para próxima quinta-feira, 19 de março, avançou o Observador. Ao jornal, o atual primeiro vice-presidente não confirmou a candidatura.

Depois do congresso do PSD, Rui Rio não saiu da liderança da bancada, como estava previsto. O líder dos sociais-democratas argumentou que tinha tarefas que queria realizar antes de sair, nomeadamente “terminar o regulamento interno”, “operar um saneamento financeiro”, assim como uma “reorganização a nível administrativo, de recursos humanos”.

O deputado Adão Silva deverá ser o sucessor para dirigir a bancada social-democrata nos próximos anos.

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Escolas fechadas? Pais não devem perder salários, defendem sindicatos

Se as escolas encerrarem por causa do coronavírus, os pais que tenham de ficar em casa com os filhos não devem perder nenhuma parte dos seus salários, defendem os sindicatos.

Se António Costa decidir encerrar as escolas como medida preventiva contra a propagação do coronavírus, os trabalhadores que sejam obrigados a ficar em casa para acompanharem os filhos devem receber os seus salários por inteiro, defenderam os sindicatos, esta quarta-feira. À entrada da reunião da Concertação Social, as dirigentes da UGT e da CGTP sublinharam que os pais não podem perder rendimentos, nem em situação de quarentena, nem neste caso de prevenção.

“O que nos parece é que os trabalhadores não podem deixar os filhos sozinhos em casa e, portanto, vai ter de haver uma forma de preservar o rendimento destes trabalhadores“, disse Isabel Camarinha, da CGTP, em declarações aos jornalistas. A dirigente frisou que, perante este surto, “não pode haver perda de rendimentos” dos trabalhadores, em nenhuma situação, isto é, nem em caso de isolamento profilático dos filhos, nem em caso de fecho das escolas.

De acordo com a lei, e segundo já explicou a ministra do Trabalho, nas situações em que os dependentes estejam em isolamento profilático ou doentes, os trabalhadores têm direito ao subsídio de assistência a filho, que atualmente equivale a 65% da remuneração de referência, mas passará a corresponder a 100% do salário com a entrada em vigor do Orçamento do Estado para 2020 (que ainda aguarda o “sim” de Marcelo Rebelo de Sousa).

Esta quarta-feira, o Governo deverá, contudo, decidir se encerrará de imediato ou não as escolas como medida preventiva contra a propagação do coronavírus, tendo os diretores das escolas sugerido uma antecipação das férias da Páscoa.

Se tal se confirmar, os trabalhadores ver-se-ão confrontados com uma outra situação. É que nesse caso não haverá lugar ao subsídio referido uma vez que não estará em causa uma “assistência imprescindível e inadiável por motivo de doença ou acidente” a esses filhos.

Os sindicatos salientam, no entanto, que tendo em conta a natureza excecional do surto de coronavírus é necessário assegurar aos trabalhadores 100% das suas remunerações, mesmo quando tenham de prestar a assistência a filhos que não estejam em isolamento nem estejam doentes.

“Os trabalhadores não podem ser prejudicados por acompanharem os filhos [já que] as escolas vão fechar por precaução”, considerou Lucinda Dâmaso, da UGT. A dirigente da central sindical defendeu, além disso, que este período do encerramento das escolas não deverá contar para os 30 dias disponibilizados pela lei para assistência a filho (ou 15 dias para maiores de 12 anos).

Questionado sobre esta matéria, o líder da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) afirmou que para “problemas especiais” são precisas “soluções especiais”. “Não vamos antecipar soluções para problemas que ainda não existem”, atirou no entanto António Saraiva.

Até ao momento, o coronavírus já infetou 62 pessoas em Portugal. Na terça-feira, o primeiro-ministro admitiu o cenário de encerramento das escolas, antecipando as férias da Páscoa, por causa do surto do Covid-19, mas remeteu a decisão para o Conselho Nacional de Saúde Pública, que se reúne na quarta-feira.

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Goldenergy passa de prejuízo a lucro de 200 mil euros em 2019

  • Lusa
  • 11 Março 2020

A Goldenergy alcançou em 2019 um lucro de 200 mil euros, depois de em 2018 ter reportado um prejuízo de 1,8 milhões.

A Goldenergy alcançou em 2019 um lucro de 200 mil euros, depois de em 2018 ter reportado um prejuízo de 1,8 milhões de euros, anunciou esta quarta-feira a empresa portuguesa.

Este resultado líquido, que pela primeira vez foi positivo, foi alcançado apesar de “uma descida da faturação”, por causa da baixa de preços realizada pela empresa no ano passado, justifica a Goldenergy em comunicado, adiantando que vai investir dez milhões de euros nos próximos cinco anos. A faturação da empresa, que diz ser a quinta maior comercializadora de eletricidade a clientes domésticos em Portugal, desceu de 108 milhões de euros em 2018 para 105 milhões de euros no ano passado.

O diretor-geral da Goldenergy, Miguel Checa, afirmou, citado em comunicado, que “a empresa tem no seu ADN a oferta de preços competitivos” e, nesse sentido, baixou os preços das tarifas no ano passado, o que “se refletiu na descida da faturação”. A empresa aumentou em 5% o número de clientes no ano passado, contando atualmente com cerca de 250 mil clientes.

A Goldenergy tem uma quota de mercado na eletricidade de 2% e no mercado do gás natural de 13%, mas o objetivo é crescer, aumentando a quota de mercado e, nos próximos dois anos, atingir os 500 mil clientes, com especial foco na eletricidade, onde a empresa diz estar “a crescer atualmente a um ritmo de mais de 400 contratos novos por dia”.

Com escritórios em Vila Real (sede), Lisboa e Porto, a Goldenergy prevê finalizar 2020 com uma rede de 50 lojas. O investimento previsto para os próximos cinco anos será sobretudo na área da digitalização, onde já foram investidos dois milhões de euros no último ano. A empresa tem como objetivo desenvolver em Vila Real uma plataforma digital que permita crescer em Portugal e, uma vez consolidada, pensar na internacionalização, sendo Espanha o mercado natural para o início da presença internacional da Goldenergy.

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