Coronavírus: Debate instrutório da Operação Marquês adiado

Debate instrutório continuava esta quinta e sexta-feira mas acabou por ser remarcado. Faltam as alegações da defesa de Sócrates, Santos Silva e Salgado.

O debate instrutório da Operação Marquês estava marcado para esta quinta e sexta-feira mas foi adiado devido ao contexto atual do coronavírus, avança o Expresso.

O debate instrutório começou na passada quarta-feira e contou com as alegações da defesa de Bárbara Vara, Armando Vara, Zeinal Bava, Henrique Granadeiro, Sofia Fava e Rui Mão de Ferro. Faltam ainda as alegações da defesa de José Sócrates, Carlos Santos Silva, Joaquim Barroca, Helder Bataglia, Rui Horta e Costa e Ricardo Salgado.

O adiamento surge horas depois do Conselho Superior de Magistratura (CSM) ter anunciado nesta quarta-feira que os tribunais vão estar parados e só vão realizar processos e diligências urgentes, “nos quais estejam em causa direitos fundamentais”.

O Gabinete de Apoio ao Vice-Presidente e aos membros do Conselho Superior de Magistratura anunciaram que a “medida excecional” do CSM se aplica aos tribunais de primeira instância, que só deverão realizar “os atos processuais e diligências nos quais estejam em causa direitos fundamentais” havendo ainda a hipótese de os processos serem realizados remotamente pelos juízes.

Vários dos 19 arguidos que pediram a abertura da fase de instrução invocaram nulidades e refutaram os crimes económico-financeiros de que estão acusados.

Durante o seu depoimento na fase de instrução, José Sócrates reiterou que a acusação é “monstruosa, injusta e completamente absurda” e mostrou-se muito satisfeito como as coisas estavam a correr.

José Sócrates, que esteve preso preventivamente durante dez meses e depois em prisão domiciliária, está acusado de três crimes de corrupção passiva de titular de cargo político, 16 de branqueamento de capitais, nove de falsificação de documentos e três de fraude fiscal qualificada.

A acusação sustenta que Sócrates recebeu cerca de 34 milhões de euros, entre 2006 e 2015, a troco de favorecimentos a interesses do ex-banqueiro Ricardo Salgado no Grupo Espírito Santos e na PT, bem como por garantir a concessão de financiamento da Caixa Geral de Depósitos ao empreendimento Vale do Lobo, no Algarve, e por favorecer negócios do Grupo Lena.

O Ministério Público imputou a 28 arguidos, 19 pessoas e nove empresas, um total de 188 crimes.

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Com jogos à porta fechada, aderir à SportTV vai custar apenas 19,99 euros

  • ECO
  • 11 Março 2020

Durante o período em que os jogos serão realizados à porta fechada, aderir à SportTV terá um custo de apenas 19,99 euros por mês, anunciou a empresa.

A SportTV vai baixar o preço de acesso aos seus canais, durante o período em que os jogos serão realizados à porta fechada, avança o Dinheiro Vivo, consequência do surto de coronavírus.

“Após a decisão publicamente comunicada de suspensão da presença de adeptos nos jogos da I e II Liga, a SportTV terá um novo preço de acesso aos seus canais, já a partir da sexta-feira próxima“, refere a empresa, em comunicado. Este desconto “estará disponível para todos os lares portugueses (não empresariais) que queiram aderir aos canais SportTV e a todas as modalidades desportivas”.

Assim, para os interessados, aderir à SportTV vai ter um custo de 19,99 euros até ao fim do campeonato, com “o único intuito de facilitar o acesso a um maior número de lares portugueses aos referidos canais, no atual contexto”. E isto “sem qualquer período de fidelização”.

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Escolas só devem encerrar “por determinação das autoridades de saúde”

A Direção-Geral de Saúde (DGS) confirmou que, às 10h desta quarta-feira, eram 59 os casos de coronavírus no país e que as escolas só devem encerrar por ordem "das autoridades de saúde".

O Conselho Nacional de Saúde Pública (CNSP) decidiu, ao fim de uma reunião de cinco horas, que as escolas só devem encerrar por ordem das autoridades de saúde e que se devem reforçar as medidas de contenção. Uma decisão assente no alastrar do número de casos de Covid-19 em Portugal.

A Direção-Geral de Saúde (DGS) confirmou que, às 10h da manhã desta quarta-feira, contabilizavam-se 59 casos confirmados de coronavírus no país. Havia ainda 471 casos suspeitos, dos quais 83 aguardavam resultados, estando 3.066 pessoas sob vigilância. No entanto, há já mais casos confirmados, mas essa atualização só será dada oficialmente esta quinta-feira, sendo a partir de agora essa a regra de divulgação dos novos casos (só uma vez por dia).

A maioria dos casos estão na zona norte, mantendo-se as seis cadeias de transmissão ativas, anunciou a ministra da Saúde, em conferência de imprensa, transmitida pelas televisões. Aos 59 casos que foram revelados pela DGS, somam-se outros três que foram confirmados durante o dia, mas que serão anunciados oficialmente esta quinta-feira.

Neste sentido, o CNSP decidiu que “devem ser reforçadas as medidas de contenção e os meios para a sua implementação”, anunciou Jorge Torgal, membro do CNSP.

Além disso, ficou estipulado que “não se justifica o encerramento de museus, a não ser por determinação das autoridades de saúde, devendo haver um limite ao número de visitantes” e que “o encerramento total ou parcial de escolas, de qualquer nível de ensino, só deve acontecer por determinação expressa das autoridades de saúde”.

Por sua vez, a diretora geral da Saúde referiu que o encerramento das escolas será “avaliado caso a caso”. “Não podemos estar antecipadamente a criar medidas desproporcionadas”, disse, referindo que, “nesta fase, com esta realidade, o que o CNSP considera é o que faz sentido”. António Costa remeteu a decisão de se encerrar, ou não, todas as escolas do país, para quinta-feira, na reunião de Conselho de Ministros.

Sobre as escolas e universidades que decidiram, por vontade própria, fechar portas, Graça Freitas comentou que estas “não deviam ter fechado sem ter falado com as autoridades de saúde”. “Se fecharam, teriam de ter dito aos alunos para que ficassem em casa em isolamento profilático voluntário”.

Esta quarta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o coronavírus como uma pandemia, depois de terem sido contabilizados mais de 126.000 infetados em 114 países. Graça Freitas sublinhou que os casos vão aumentar todos os dias, como tem acontecido nos restantes países.

Por sua vez, a ministra da Saúde apelou a todos os portugueses para “perceberem a gravidade da situação”. “Temos de ser especialmente responsáveis. Aquilo que é recomendado é que as pessoas fiquem em isolamento”, disse Marta Temido, referindo que “o facto de haver estabelecimentos de ensino encerrados não significa férias escolares”.

(Notícia atualizada às 22h33 com mais informação)

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Governo passa a reunir todas as semanas com parceiros sociais por causa do coronavírus

Por sugestão dos parceiros sociais, ficou acordado que haverá reuniões da Concertação Social todas as semanas, a partir de agora, para acompanhar a evolução da pandemia de covid-19.

O encontro desta quarta-feira da Concertação Social tinha como agenda a negociação do acordo sobre competitividade e rendimentos, mas foi o surto de coronavírus que acabou por ser discutido. Esta foi a segunda reunião desta semana entre o Governo e os parceiros sociais sobre a matéria, tendo ficado fechado que a partir de agora estes encontros vão acontecer todas as semanas para acompanhar a evolução da pandemia.

“Por sugestão dos parceiros sociais, acordamos que todas as semanas iremos reunir para acompanhar esta situação. Esperemos que não sejam muitas semanas”, avançou o ministro do Estado e da Economia aos jornalistas, à saída da reunião desta quarta-feira.

Para Pedro Siza Vieira, as prioridades são manter a capacidade produtiva das empresas e preservar os postos de trabalho pelo que o Governo tem disponibilizado uma série de apoios com esse fim.

Na segunda-feira, por exemplo, o Executivo apresentou o primeiro “pacote” de medidas, que incluiu uma linha de crédito de 200 milhões, um regime simplificado de lay-off e o alargamento do prazo de alguns impostos. Se a situação se agravar, tanto os parceiros sociais como o Governo reconhecem que deverão ser precisos ajustamentos a esse conjunto de apoios.

“Estamos numa situação de emergência”, sublinhou o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), esta quarta-feira. António Saraiva defendeu que é preciso tomar “medidas de exceção” que devem ser “fatiadas” consoante a evolução do surto, daí a importância destas reuniões semanais. Já segundo o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) a próxima reunião sobre esta matéria será na segunda-feira, dia 16.

Uma das matérias que o Governo tem por resolver é que o apoio a atribuir aos trabalhadores que tenham de faltar ao trabalho para acompanhar os filhos cujas escolas venham eventualmente a encerrar. Nestes casos, a lei não prevê qualquer proteção social, mas o Executivo já prometeu uma resposta “adequada”.

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Mário Ferreira passa a ter uma participação qualificada na Cofina

Mário Ferreira já tem uma participação qualificada de 2,072% na Cofina. O empresário foi comprando ações da empresa no mercado, não esperando, assim, pelo aumento de capital, que foi cancelado.

Mário Ferreira, um dos novos investidores no aumento de capital da Cofina, já tem, neste momento, uma participação qualificada de 2,072% na Cofina, anunciou, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). O empresário foi comprando ações da empresa no mercado, não esperando, assim, pelo aumento de capital, que visava financiar a aquisição da TVI e que foi cancelado esta madrugada.

“Informa-se ter recebido de Pluris Investments, e do seu acionista maioritário e Presidente do Conselho de Administração, Mário Nuno dos Santos Ferreira, em 11 de março de 2020, uma notificação (…) informando que passaram a deter, em conjunto, uma participação qualificada no capital social“, refere o documento. No total, o empresário, dono da Douro Azul, tem 2.125.200 ações.

Na madrugada desta quarta-feira, a Cofina anunciou que não conseguiu completar o aumento de capital e, por causa da deterioração das condições de mercado, cancelou a operação de compra da Media Capital, dona da TVI.

Após este anúncio, a Prisa já veio afirmar que vai tomar “todas as medidas” para forçar a Cofina a avançar com a compra da TVI. Na visão da Prisa, a decisão de cancelar o aumento de capital representou uma violação do acordo de compra e venda da Media Capital que tinha sido assinado entre os dois grupos. Uma posição contrária à da Cofina, que acredita que a compra do ativo estava dependente da concretização do aumento de capital.

(Notícia atualizada às 21h39 com mais informação)

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Itália encerra todas as lojas, à exceção de supermercados e farmácias

O Governo italiano decidiu encerrar todos os serviços considerados não essenciais no país, deixando abertos apenas as farmácias e os mercados que vendam alimentos.

O Governo italiano decretou o encerramento de todos os serviços considerados não essenciais, como lojas e bares, deixando apenas abertas as farmácias e os supermercados e mercados que vendem alimentos face à propagação do coronavírus, avança o La Stampa (conteúdo em italiano).

O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, durante um direto no Facebook, em que estabeleceu as seguintes medidas: todo o comércio, exceto farmácias e mercados que vendem alimentos, devem ficar fechados, e todos os estabelecimentos que não puderem garantir um metro de distância entre os clientes, como bares e cabeleireiros, não podem abrir portas.

“Não há necessidade de correr para os supermercados”, continuou o governante, notando que as entregas ao domicílio continuarão a ser permitidas. “Será garantido o funcionamento de serviços públicos essenciais, incluindo transportes, serviços bancários, serviços postais e financeiros, bem como os serviços acessórios necessários para garantir o funcionamento desses mesmos serviços”, disse Conte. Ao mesmo tempo, recomendou o teletrabalho.

Estas medidas foram anunciadas um dia depois de o Governo ter colocado todo o país sob quarentena, proibindo as movimentações das pessoas, a não ser em casos de necessidade. Até ao momento, Itália já regista 12.462 casos de coronavírus confirmados e 827 mortes.

(Notícia atualizada às 21h33 com mais informação)

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Não vai haver rutura no abastecimento de alimentos por causa do coronavírus, garantem agricultores

"Os portugueses podem estar perfeitamente assegurados que há uma cadeia de abastecimento perfeitamente estabilizada em sintonia com as áreas comerciais e com as cadeias de distribuição", garante CAP.

Numa altura em que está a aumentar a procura de produtos dos supermercados face à propagação do coronavírus em Portugal, a Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) garante que não haverá “seguramente” uma rutura na cadeia de abastecimento de produtos alimentares. “É uma oportunidade para as pessoas darem atenção à fruta da época”, sugeriu Eduardo de Oliveira e Sousa, à saída da reunião desta quarta-feira da Concertação Social.

“Os agricultores estão perfeitamente sintonizados para que as cadeias de abastecimento de produtos alimentares sejam asseguradas“, disse o presidente da CAP, em declarações aos jornalistas. O representante dos agricultores confirmou ainda que “há um esforço” nas cadeias de distribuição para que não haja quebra no abastecimento de produtos.

Oliveira e Sousa sublinhou a situação atual é até uma “oportunidade para as pessoas darem atenção à fruta da época”. “Não vai haver falta de fruta, não vai haver falta de legumes e os portugueses podem estar perfeitamente assegurados que há uma cadeia de abastecimento perfeitamente estabilizada em sintonia com as áreas comerciais e com as cadeias de distribuição”, garantiu.

O líder da CAP frisou, além disso, que não haverá problemas com os produtos alimentares, sobretudo os frescos: carne, leite, ovos, legumes e frutas. Oliveira Sousa admitiu que possa haver “quebras nos circuitos internacionais”, mas salientou que as cadeias nacionais serão capazes de assegurar o abastecimento de supermercados e lojas. “Nada de pensar que vai haver uma rutura, não haverá seguramente, desde que haja confiança da parte dos consumidores nos produtos portugueses”.

Esta quarta-feira, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição reportou “um ligeiro aumento de procura de produtos” nos super e hipermercados associado ao surto de Covid-19, ainda que tenha garantido que as unidades estão a funcionar com “total normalidade”.

Até ao momento, o coronavírus já infetou 62 pessoas em Portugal.

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Comércio com “muitas dificuldades de financiamento” na banca face ao coronavírus

João Vieira Lopes considera que a banca tem a "obrigação" de "facilitar a vida às empresas" face a este surto de coronavírus, mas revela que as empresas estão já com "dificuldades de financiamento".

Face à propagação do coronavírus em Portugal, as empresas estão já a sentir “muitas dificuldades” de financiamento da sua tesouraria corrente junto da banca, avisou o líder da Confederação do Comércio e Serviços (CCP), João Vieira Lopes, à saída da reunião desta quarta-feira com o Governo, na Concertação Social.

“Falamos com a banca. A banca diz que está aberta a facilitar a vida a toda a gente. O que é que sucede? Na prática, isto não está a acontecer. Estamos a encontrar muitas dificuldades de financiamento das empresas para a sua tesouraria corrente“, afirmou o presidente da CCP, em declarações aos jornalistas.

João Vieira Lopes defendeu que a banca — uma vez que tem sido “bastante ajudada por todos os setores da economia” — tem neste momento a “obrigação” de facilitar “a vida às empresas”. “Independentemente das linhas de crédito do Governo, pensamos que a banca — que tem sido bastante ajudada por todos os setores da economia — tem a obrigação neste momento de facilitar a vida às empresas”, frisou.

Na segunda-feira, o Governo anunciou aos parceiros sociais uma linha de crédito de 200 milhões para as micro, pequenas e médias para as empresas que tenham registado uma quebra de, pelo menos, 20% da sua faturação, em termos homólogos, face à propagação do coronavírus. Esse apoio ficará disponível a partir do próximo dia 12.

Nessa mesma reunião, João Vieira Lopes aproveitou para defender a suspensão das penhoras que estão a ser levada a cabo atualmente pela Autoridade Tributária e dos despejos. Esta quarta-feira, o presidente da CCP adiantou que o Governo mostrou mesmo “abertura” a tal medida, ainda que não se tenham avançado nesse sentido, por enquanto.

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Mais de uma década depois, Dow Jones entra em “bear market”

No dia em que o coronavírus foi declarado "pandemia", as bolsas dos Estados Unidos registaram perdas na ordem dos 5%, com o Dow Jones a entrar em "bear market".

Os principais índices de Nova Iorque encerraram com perdas, no dia em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o coronavírus como pandemia. As perdas rondaram os 5%, com o Dow Jones a entrar em bear market, ao registar uma queda acumulada de 20%.

O industrial Dow Jones desvalorizou 5,86% para 25.553,22 pontos, representando a segunda queda mais elevada em toda a história. Depois de, há cerca de um mês ter batido máximos históricos, o índice já caiu mais de 20% face e esse recorde, entrando em bear market, diz a Reuters (conteúdo em inglês). Esta foi a primeira vez que o mercado saiu de bull market (em alta) desde a crise financeira de 2008.

Um mercado em baixa — bear market — é confirmado quando um índice fecha, pelo menos 20% abaixo do último máximo. Por seu lado, o S&P 500 perdeu 4,86% para 2.742,28 pontos, tendo registado uma descida de 19% face ao último máximo, tocando, assim, na linha para também entrar em bear market. Já o tecnológico Nasdaq caiu 4,7% para 7.952,05 pontos.

Este cenário acontece no dia em que a OMS declarou o coronavírus uma pandemia, depois de o número de infetados ter superado os 118.000. “Hoje há muitas más notícias, desde o número crescente de pessoas com coronavírus, e diferentes pontos de vista sobre como os estímulos devem acontecer”, diz Peter Tuz, presidente do Conselho de Investimentos, citado pela Reuters.

Além disso, o facto de Donald Trump não adiantar detalhes sobre os planos de Washington para estimular fiscalmente os mercados, bem como as tensões partidárias na Casa Branca ainda pioram mais. A ajuda fiscal pode demorar devido às diferenças entre o Presidente e o Congresso”, acrescenta Tuz.

(Notícia atualizada às 20h43 com mais informações)

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Eventual encerramento das escolas só será decidido amanhã em Conselho de Ministros, diz António Costa

O primeiro-ministro revelou que a decisão de eventualmente encerrar escolas por causa do coronavírus só será tomada quinta-feira, em Conselho de Ministros.

A decisão de eventualmente encerrar as escolas em Portugal por causa do coronavírus só será tomada quinta-feira, na reunião do Conselho de Ministros, anunciou o primeiro-ministro no final do jantar com a chanceler alemã Angela Merkel.

Esta noite não vai seguramente ser decretado nada“, disse António Costa, aos jornalistas, em declarações transmitidas pelas televisões, quando questionado sobre uma eventual decisão que Conselho Nacional de Saúde Pública poderia tomar esta quarta-feira. “Serão adotadas medida de acordo com as circunstâncias e com a melhor orientação técnica“, disse Costa. Orientação essa que será dada pelo Conselho que ainda estava reunido no momento em que António Costa fez estas declarações.

A decisão a tomar em Conselho de Ministros terá em conta as orientações do Conselho Nacional de Saúde Pública, já que a opção terá sempre de assentar em pressupostos técnicos, explicou o Chefe de Governo.

António Costa lembrou ainda que esta tarde houve uma reunião do Executivo com os parceiros sociais onde foram analisadas formas de assegurar que não haverá quebras laborais nem de rendimento para os trabalhadores que têm de ficar em casa porque as escolas dos seus filhos encerraram portas, não por decisão das autoridades de saúde.

Atualmente a lei prevê que nas situações em que os dependentes estejam em isolamento profilático ou doentes, os trabalhadores têm direito ao subsídio de assistência a filho, que corresponde a 65% do salário, mas passará a ser de 100% com a entrada em vigor do Orçamento do Estado para 2020, que segundo o primeiro-ministro deverá acontecer em abril.

“Estamos a tentar encontrar um mecanismo entre as entidades patronais e o Estado para evitar uma quebra da atividade laboral e não afetar o rendimento das famílias. O pior que poderia acontecer neste cenário de incerteza era a quebra de rendimento das famílias“, acrescentou António Costa.

Neste momento há 59 casos confirmados pela Direção Geral de Saúde. O número de pessoas infetadas desde dezembro pelo novo coronavírus no mundo aumentou para 124.101 e o número de mortes subiu para 4.566, segundo um balanço feito pela AFP, com dados atualizados às 17h00 de quarta-feira.

(Notícia atualizada)

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Bancos europeus pedem moratória para empresas em risco de liquidez devido ao coronavírus

  • Lusa
  • 11 Março 2020

A Federação Europeia de Bancos apelou à criação de uma ferramenta de moratória para empresas em risco de liquidez por causa do novo coronavírus.

A Federação Europeia de Bancos (EBF, sigla em inglês), que representa 3.500 instituições bancárias europeias, apelou esta quarta-feira para a criação de uma ferramenta de moratória para empresas em risco de liquidez por causa do novo coronavírus.

Numa carta enviada ao final da tarde à Comissão Europeia, ao Banco Central Europeu e à Autoridade Bancária Europeia, os bancos representados pela EBF pedem aos reguladores e supervisores medidas para “poderem trabalhar construtivamente com os mutuários e outros clientes nas comunidades afetadas”, o que implica “flexibilidade para contornar as barreiras impostas pela regulamentação para financiar os mutuários em dificuldades temporárias”.

Em concreto, a EBF propõe a criação de “uma ferramenta de moratória para os devedores sólidos que enfrentam desafios de liquidez relacionados com os efeitos do Covid-19”, o que permitiria aos bancos “reestruturar o cronograma de pagamentos desses mutuários afetados […], sem prejudicar a sua avaliação prudencial”.

A ideia é que esta ferramenta seja “aplicada a empresas viáveis e resilientes que enfrentam temporariamente desafios de liquidez devido a circunstâncias excecionais”, acrescenta a federação. Na missiva enviada aos reguladores e supervisores europeus, a EBF fala numa situação de “emergência global” criada pelo novo coronavírus, que cria “sérios desafios à economia”.

“As empresas, e especialmente as Pequenas e Médias Empresas [PME], já estão a enfrentar fortes choques no lado da procura e da oferta. Espera-se que esses impactos aumentem, sendo que, ao mesmo tempo, os nossos clientes enfrentam obrigações de pagamento contínuas com fornecedores, funcionários, autoridades fiscais e bancos”, retrata a EBF.

No que toca às PME, a EBF vinca então que “os supervisores devem garantir que a liquidez dos bancos está disponível”, admitindo extensões temporárias de liquidez e limites de crédito adicionais a estas companhias para evitar interrupções nas cadeias de valor e, consequentemente, atrasos nos pagamentos.

“Os bancos EBF continuam comprometidos em ajudar a economia europeia a superar as dificuldades temporárias impostas pelo surto de coronavírus, [mas] para esse esforço ser verdadeiramente eficaz exigirá uma coordenação estreita e intensa entre as autoridades públicas e os bancos”, adianta a federação. Instando a uma “responsabilidade conjunta” da banca, a federação apela a “três ações coordenadas em três etapas”.

Estas traduzem-se, em primeiro lugar, em “decisões imediatas para evitar efeitos adversos de liquidez nas empresas e famílias europeias durante as próximas semanas”. A estas acrescem “ações de médio prazo para garantir a continuação da concessão de crédito pelos bancos” e ainda “medidas para atenuar os efeitos prudenciais sobre os bancos no próximo ano”, adianta a missiva.

A EBF agrega 32 associações bancárias nacionais na Europa — entre as quais a Associação Portuguesa de Bancos — que, ao todo, representam cerca de 3.500 bancos europeus A pandemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.300 mortos em 28 países e territórios. O número de infetados ultrapassou as 120 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 59 casos confirmados.

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Estudantes espanhóis desvalorizam carreira em seguros

  • ECO Seguros
  • 11 Março 2020

Uma listagem baseada nas opções de trabalho futuro assumidas por estudantes universitários espanhóis coloca apenas duas seguradoras entre as 50 empresas preferidas.

O ranking das 100 empresas reunindo maior número de preferências de trabalho compõe o índice «Merco Talento Universitário 2019» e é liderado pela Google, com pontuação máxima, o grupo de têxtil e vestuário Inditex, Mercadona (grande distribuição alimentar), Apple e Amazon, por esta ordem a ocuparem as primeiras cinco preferências.

Situando o setor financeiro, as mais bem colocadas são os bancos Santander e BBVA, respetivamente no sexto e oitavo lugares.

As seguradoras mais pontuadas – Mapfre e Sanitas – surgem, pela mesma ordem, no 27º e 42º lugar do ranking. No entanto, oito integram a lista das 100, com evolução positiva de, pelo menos, cinco que subiram face às posições em índices anteriores.

Assim, a Mutua Madrileña é a 59ª preferência dos estudantes par trabalhar, seguida mais adiante pela AXA (73ª), Reale Seguros (79ª), Santalucia (81), Linea Directa (85) e DKY (87º posto).

O estudo inquiriu mais de nove mil estudantes universitários, nos dois últimos níveis de formação, incluindo ainda formandos em mestrados e doutorandos.

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