Quem não cumprir isolamento pode ser punido com até cinco anos de prisão

  • Lusa
  • 11 Março 2020

Pessoas que não cumprirem o isolamento podem ser punidos com pena de prisão até cinco anos. Em situações extremas, de recusa do doente, pode ser necessário determinar o seu isolamento coercivo.

As pessoas que não cumprirem o isolamento social decretado pelas autoridades de saúde devido à doença Covid-19 podem ser punidos com uma pena de prisão até cinco anos, segundo o Código Penal.

O Plano Nacional de Preparação e Resposta à doença pelo novo coronavírus prevê que as autoridades de saúde possam ordenar “o isolamento coercivo” em “situações extremas” e de recusa do doente ou suspeito.

O artigo 283.º do Código Penal sobre a propagação de doença, alteração de análise ou de receituário refere que quem propagar a doença contagiosa e se o perigo for criado por negligência é punido com pena de prisão até cinco anos.

O mesmo artigo indica que se a conduta for praticada por negligência existirá uma punição com pena de prisão até três anos ou com pena de multa.

Estas penas são igualmente aplicadas a médicos e enfermeiros e no caso dos farmacêuticos que fornecerem substâncias medicinais em desacordo com o prescrito em receita médica e criar deste modo perigo para a vida ou perigo grave para a integridade física de outrem é punido com pena de prisão entre um e oito anos.

A quarentena ou isolamento social não está diretamente prevista na lei, ao contrário de outros países, como a Itália.

“Habitualmente, o isolamento é voluntário e aceite mediante indicação médica. Em situações extremas, de recusa do doente [independentemente da confirmação laboratorial], pode ser necessário determinar o seu isolamento coercivo”, sendo para tal necessário recorrer ao exercício do poder da autoridade de saúde, refere o Plano Nacional de Preparação e Resposta à doença pelo novo coronavírus (Covid-19).

As situações desta natureza que ocorram fora do contexto de declaração do estado de emergência devem estar previstas e tipificadas, adianta o documento da Direção-Geral da Saúde (DGS).

O plano que define a estratégia nacional de resposta à Covid-19 especifica que o isolamento deve ser determinado desde a suspeita até à informação do caso ou até à recuperação clínica nos casos confirmados, sendo uma medida para impedir o estabelecimento de cadeias de transmissão e atrasar e reduzir a transmissão comunitária disseminada.

“A quarentena ou isolamento de contactos refere-se à separação ou restrição de movimentos e de interação social de pessoas que possam estar infetadas porque estiveram em contacto próximo com caso confirmado de Covid-19, mas que se mantêm assintomáticas”, segundo o plano.

Em Portugal, as pessoas que eventualmente tenham estado em contacto com o novo coronavírus estão em isolamento social profilático voluntário, que requer a permanência no domicílio com restrições de visitas, como são os casos de várias pessoas em Felgueiras (distrito do Porto) e dos alunos de duas escolas da Amadora (Lisboa).

O presidente da Câmara de Felgueiras comunicou às autoridades de saúde “indícios” de haver pessoas em Idães que não estarão a respeitar a situação de quarentena em que se encontram, no âmbito do surto de Covid-19.

O Plano Nacional de Preparação e Resposta à doença pelo novo coronavírus refere que a duração do isolamento deve ser, de acordo com o conhecimento atual, de 14 dias desde o último contacto com o caso confirmado de Covid-19, podendo variar à medida que se for tendo mais conhecimento sobre o período de incubação e período de contagiosidade do vírus.

De acordo com o documento, o isolamento dos doentes (independentemente da confirmação laboratorial) deverá ser feito no domicílio ou instituição hospitalar.

No caso de isolamento dos elementos do agregado familiar, a sua duração pode ser alargada por mais um período de incubação se outro membro do agregado familiar vier a ser um caso confirmado de Covid-19.

“Habitualmente, o que é recomendado aos contactos de casos prováveis ou confirmados de Covid-19 é o confinamento na habitação e a restrição de contactos sociais durante o período de 14 dias após a ocorrência da exposição”, indica ainda o documento tornado público na segunda-feira.

Em Portugal, a DGS atualizou esta quarta-feira o número de infetados de 41 para 59, o maior aumento num dia (18).

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Áustria e Suíça condicionam passagem nas fronteiras com Itália

  • Lusa
  • 11 Março 2020

Áustria e a Suíça estão a condicionar severamente o trânsito nas suas fronteiras com a Itália para tentar conter a propagação do vírus.

A Áustria e a Suíça estão a condicionar severamente o trânsito nas suas fronteiras com a Itália, o país europeu mais afetado pela Covid-19, para tentar conter a propagação do vírus.

As autoridades alfandegárias suíças encerraram totalmente nove passagens de fronteira com a Itália, canalizando o tráfego através de sete outros pontos.

A Áustria implementou esta quarta-feitra o encerramento quase total das suas fronteiras com Itália, introduzindo rigorosos controlos nos pontos de passagem utilizados pelos motoristas, que passam a ter de apresentar um atestado médico.

“O princípio é travar o trânsito de Itália para a Áustria. As únicas exceções são as pessoas que apresentem um atestado médico”, explicam as autoridades austríacas, em comunicado.

A circulação dos trabalhadores fronteiriços e dos transportadores rodoviários permanece autorizada, mas são realizados exames de saúde.

As autoridades aduaneiras suíças estão a aconselhar os turistas de Itália a absterem-se de viajar para a Suíça, por via ferroviária ou rodoviária, “na medida do possível”.

As autoridades austríacas reconhecem mesmo que a procura das passagens de fronteira com a Itália é muito reduzida, neste momento, sobretudo no que diz respeito a transporte de mercadorias.

A Itália é o país mais atingido pelo surto do novo coronavírus, com mais de dez mil casos de infeção e 631 mortes, levando o Governo a decretar a quarentena a todo o território.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.300 mortos em 28 países e territórios.

O número de infetados ultrapassou as 120 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 59 casos confirmados.

Face ao avanço da epidemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.

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6 restaurantes para fazer almoços de negócios na Europa

  • BRANDS' ECO
  • 11 Março 2020

Primam por uma gastronomia de referência, ambientes inesquecíveis e que deixam fluir a conversa. Se é para fechar um negócio, que seja num destes restaurantes.

Todos sabemos que a maior parte dos negócios se fecha longe de uma sala de reuniões. Precisamos que o espaço contribua para uma conversa frutífera e que se faça acompanhar de “boas” distrações.

Nesta lista, reunimos seis restaurantes para ter à mão quando precisar de marcar o próximo almoço de negócios, seja em Lisboa, Paris, Madrid, Berlim, Amesterdão ou Milão.

1. Mon Square, Paris

Se é para impressionar antes mesmo de o almoço começar, o Mon Square é o local certo em Paris. Este novo espaço faz brilhar qualquer feed de Instagram, e admirar a impressionante decoração da sala é um ótimo quebra-gelo no início de um almoço de trabalho.

No menu, à la carte, encontra opções vegan, massas, peixe e carne e clássicos como risotto, tártaro e filet. No final, todas as atenções estarão nos profiteroles com caramelo salgado para fechar o negócio!

31 Rue Saint Dominique, Paris

Praia no Parque, Lisboa

Camaleónico, o Praia no Parque está pronto para receber quem desejar ter uma experiência gastronómica premium, seja a que horas for: num (demorado) almoço de trabalho, numa reunião ao final do dia ou num jantar tardio de amigos. Conta, por isso, com cozinha aberta sem pausas das 12h às 24h, um menu executivo com três opções (só ao almoço e em dias úteis) e um ambiente que rapidamente se transforma num local para beber um copo e dançar à noite. Food, drinks and fun é o mote. A novidade deste ano é um menu exclusivo da zona da barra, onde é possível desfrutar de uma experiência de sushi personalizada.

A gastronomia, a localização privilegiada – o Parque Eduardo VII, o lago cristalino que se avista das grandes janelas – e a decoração, que junta história, contemporaneidade e taxidermia, em alusão à fauna que existia no parque, eleva este espaço único ao patamar dos restaurantes mais trendy da capital.

Alameda Cardeal Cerejeira, Lisboa
Reservas: 968 842 888 ou e-mail

Amazónico, Madrid

Localizado no bairro de Salamanca da capital espanhola, o Amazónico é um restaurante que nos faz viajar até à exuberância da selva amazónica. É ideal para um almoço de negócios ambicioso, em que se pretende mostrar alguma ousadia.

A proposta gastronómica é tropical e mistura cozinha asiática (com uma barra japonesa) e mediterrânea, e também com referências do Brasil, país de origem do chef Sandro Silva.

Calle Jorge Juan, 20, Madrid

Pauly Saal, Berlim

Cozinha contemporânea alemã e austríaca, pé direito altíssimo, elementos decorativos inspirados nos anos 20 e um enorme e genuíno rocket vermelho. É assim Pauly Saal, um restaurante que ocupa o espaço de uma antiga escola judaica e que já chamou a atenção de celebridades como Brad Pitt ou Naomi Campbell.

Se o almoço de trabalho decorrer no verão, não se esqueça de pedir uma mesa no pátio para refrescar a proposta que estiver em cima da mesa.

Auguststraße 11 – 13, Berlim

De Kas, Amesterdão

Por aqui, todos os vegetais que vai ver no seu prato provêm da própria horta do De Kas. O famoso conceito “da horta para o prato” faz parte da identidade deste restaurante holandês cheio de frescura.

Localizado num conjunto de estufas que remontam a 1926, a visita ao De Kas proporciona uma experiência que não deixará ninguém indiferente. No seu almoço de executivos, nem precisa de abrir a carta. O restaurante conta com um menu semanal fixo, só precisa de escolher a quantidade de pratos (três ou quatro, ao almoço, cinco ou seis, ao jantar).

Kamerlingh Onneslaan 3, 1097, Amesterdão

Torre, Milão

Qualquer reunião de negócios beneficiará se estiver rodeada de arte e cultura, não concorda? O restaurante Torre fica no sexto andar da Fondazione Prada, um espaço arquitetónico incontornável em Milão e altamente inspirador.

As grandes janelas permitem uma vista impressionante da cidade e o menu está construído para oferecer uma experiência genuinamente italiana.

Via Lorenzini, 14, Milão

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Bolsa de Lisboa cai pela quinta sessão. Cofina afunda 16% após abortar OPA à TVI

PSI-20 voltou a cair pela quinta sessão consecutiva, devido aos maus desempenhos da Galp, BCP e EDP Renováveis. A Cofina tombou mais de 16% depois de ter abortado a operação de compra da TVI.

A bolsa nacional registou a quinta sessão de quedas esta quarta-feira, pressionado pelos maus desempenhos da Galp, BCP e EDP Renováveis. A Cofina afundou mais de 16% depois de ter abortado a operação de compra da TVI. Lá por fora o dia também foi de perdas. Tudo por causa do coronavírus, cujo surto acabou de ser declarado como uma pandemia pelas autoridades de saúde.

O PSI-20 perdeu 0,47% para 4.217,44 pontos, com 13 cotadas abaixo da linha de água. Os piores desempenhos pertenceram a Altri, Corticeira Amorim e F. Ramada, que cederam mais de 3%. Entre as ações com maior peso no índice de referência nacional, a petrolífera Galp caiu 1,8% para 9,398 euros e a EDP Renováveis perdeu 0,87% para 11,38 euros. Já o BCP recuou 0,32% para 0,1246 euros.

Fora do índice de referência nacional, a Cofina afundou 16,46% para 0,34 euros, depois de ter anunciado que abortou a oferta pública de aquisição sobre a Media Capital, dona da TVI, na sequência do falhanço do aumento de capital que iria financiar parte da operação. Em reação, os espanhóis da Prisa anunciaram que vão tomar todas as ações contra a Cofina para obrigá-la a concluir a aquisição da Media Capital.

PSI-20 cai há cinco sessões

“O PSI-20 ainda tentou esboçar uma recuperação, mas, dada a perda de ímpeto no resto da Europa, essa tentativa saldou-se num insucesso”, explicam os analistas do BPI no comentário de fecho.

Mais uma vez, a Galp e o BCP figuraram entre os títulos mais pressionados, o primeiro em virtude da incerteza que paira nos mercados petrolíferos e o segundo pela constante descida das yields de Estado”, acrescentaram.

Lá por fora, o índice de referência europeu Stoxx 600 perdeu 0,9%, enquanto os principais índices em Paris e Madrid caíram em redor de 0,70% e 0,30%, respetivamente. Em Milão, o FTSE-Mib foi dos poucos índices europeus a subir esta quarta-feira, encerrando em alta de 0,33%

(Notícia atualizada às 16h57)

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OMS declara coronavírus como pandemia. Já se contam mais de 118 mil infetados

O coronavírus era, até ao momento, considerado uma epidemia mas, com o aumento do número de casos, a Organização Mundial de Saúde declarou-o uma pandemia.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) acabou de declarar o coronavírus como uma pandemia. Até aqui, este surto era considerado uma epidemia mas, com o aumento do número de casos por todo o mundo, a OMS considerou necessário atualizar esta classificação. Isto acontece mais de uma década depois da última pandemia mundial.

O anúncio foi feito esta quarta-feira, durante o briefing diário da OMS. “Consideramos que o Covid-19 pode ser caracterizado como uma pandemia”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da organização, referindo que já se registam mais de 118.000 casos confirmados em 114 países e 4.291 mortes.

“Pandemia não é uma palavra que possa ser usada de ânimo leve ou de forma descuidada. É uma palavra que, se for mal utilizada, pode causar medo irracional ou aceitação injustificada de que a luta acabou, levando a sofrimento e mortes desnecessários”, continuou o responsável, citado pelo The Guardian (conteúdo em inglês). “A descrição da situação como uma pandemia não altera a avaliação da OMS da ameaça representada por este coronavírus. Não muda o que a OMS está a fazer nem o que os países devem fazer”.

O diretor-geral da OMS disse ainda que esta é uma “crise que afeta todos os setores” e que analisar apenas o número de casos e de países infetados não basta, porque “não conta a história toda”. Tedros Adhanom Ghebreyesus notou que todos os países podem mudar o curso desta pandemia e que o verdadeiro desafio não é se todos os países podem mudar o curso do coronavírus, mas sim se o vão fazer.

Na última década, a única vez que a OMS decretou uma pandemia foi em 2009, com a Gripe das Aves H1N1, diz o Diário de Notícias. Depois desse episódio deu-se o vírus Ébola, em 2013, que foi considerado uma Situação de Emergência de Saúde Pública com Interesse Internacional, matando mais de 11.000 pessoas, e a Polio, que voltou a aparecer em 2014, e o vírus Zika, em 2016.

Já se contam mais de 122.000 pessoas infetadas em mais de uma centena de países, das quais mais de 67.000 recuperaram. Nos últimos dias, Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 631 mortos e mais de 10.100 contaminados, tendo levado o Governo a colocar todo o país sob quarentena, proibindo saídas à rua, a não ser em casos de necessidade.

Até ao momento, o número de pessoas infetadas pelo novo coronavírus em território nacional está nos 62, com a descoberta de dois novos casos no Hospital de Santa Maria e outro em Coimbra. De acordo com a Direção-Geral de Saúde (DGS), há 471 casos suspeitos, enquanto 83 pessoas aguardam resultados de análises e 3.066 estão sob vigilância.

(Notícia atualizada às 16h59 com mais informação)

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Produtor Harvey Weinstein condenado a 23 anos de prisão por crimes de violação e agressão sexual

  • Lusa
  • 11 Março 2020

Harvey Weinstein, produtor de cinema norte-americano, foi hoje condenado a 23 anos de prisão pelos crimes de violação e agressão sexual. Das cinco acusações é culpado de duas.

O produtor de cinema norte-americano Harvey Weinstein foi hoje condenado a 23 anos de prisão pelos crimes de violação e agressão sexual, no julgamento que decorreu em Nova Iorque.

Harvey Weinstein, 67 anos, estava acusado de crimes ocorridos entre 2006 e 2013, e o julgamento teve início a 06 de janeiro, sendo considerado um momento histórico do movimento MeToo de denúncias de abusos sexuais na indústria do entretenimento.

Das cinco acusações de crimes sexuais que recaíam sobre Harvey Weinstein o júri revelou a 24 de fevereiro que o considerava culpado de dois crimes sexuais ocorridos em 2006 e 2013 com duas mulheres: Ato sexual criminoso em primeiro grau e violação em terceiro grau.

Weinstein, detido em maio de 2018, insistiu na inocência, alegando que todos os atos foram consentidos.

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O que é a “fase de mitigação”? Conheça as várias fases de resposta ao vírus

Nas próximas horas ou dias, Portugal deverá entrar na fase de mitigação do coronavírus. Este é o terceiro e último patamar de resposta previsto pelas autoridades no combate ao vírus.

Marta Temido, ministra da Saúde diz que é inevitável que Portugal entre “dentro de horas ou dias” na fase de mitigação da doença Covid-19, em resultado da progressão dos contágios que oficialmente já são 59, mas havendo já nota de pelo menos mais três. Mas que fase é esta?

A fase de mitigação corresponde à terceira e última fase de resposta prevista no plano das orientações estratégicas para fazer face a esta ameaça de saúde pública, antes de entrar na fase de recuperação.

Abaixo fique a saber o que esta fase de resposta e cada uma das outras prevê.

1- Contenção

É a primeira fase de resposta logo após a identificação dos primeiros casos de contágio. Aplica-se quando o epicentro é identificado fora de Portugal, com a existência de transmissão internacional e em que são identificados casos importados da Europa. Neste caso, está prevista uma situação em que o risco de Covid-19 é baixo, sendo por isso uma fase de contenção, com concentração de meios de resposta em contingência. Portugal já não está nesta fase.

2- Contenção alargada

Este é o quadro atual do nível de alerta em Portugal. Neste patamar já estão em causa cadeias secundárias de transmissão na Europa, e casos importados em Portugal, sem cadeias secundárias. O nível de risco de Covid-19 em território nacional previsto nesta fase já é moderado. Neste sentido, é feito um reforço da resposta/contingência. O necessário é a deteção precoce de casos de contágio e o reforço das medidas de contenção para evitar cadeias secundárias em Portugal.

3- Mitigação

Esta é a fase que, segundo revelou a ministra da Saúde, Portugal prepara-se para entrar nas próximas horas ou dias. Este nível prevê duas situações: transmissão local do vírus em ambiente fechado e transmissão comunitária. Nesta fase, as cadeias de transmissão do Covid-19 já se encontram estabelecidas em Portugal, tratando-se já de uma situação de epidemia/pandemia ativa. Neste quadro, as medidas de contenção da doença já não são suficientes, sendo necessário avançar para a mitigação (limitação) dos efeitos do Covid-19 e para a diminuição da propagação de forma minimizar a mortalidade.

4 – Fase de recuperação

Passada a fase de recuperação, chega-se finalmente à chamada “Fase de recuperação”, em que a atividade da doença começa a decrescer.

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Lufthansa suspende 23.000 voos até 24 de abril

  • Lusa
  • 11 Março 2020

Lufthansa e as suas filiais anunciam a suspensão de 23.000 voos até 24 de abril. É possível que sejam canceladas mais ligações devido a epidemia do novo coronavírus.

A Lufthansa e as suas filiais anunciaram esta quarta-feira a suspensão de 23.000 voos até 24 de abril e esperam vir a cancelar mais ligações devido ao surto da epidemia de coronavírus.

O grupo de aviação Lufthansa explicou em comunicado que o ajustamento da capacidade afeta sobretudo a Europa, Ásia e o Médio Oriente.

Com uma frota de cerca de 780 aviões, o grupo Lufthansa, que também engloba a companhia aérea suíça Swiss e a austríaca Austrian Airlines, Brussels Airlines e a sua subsidiária de voos de baixo custo Eurowings, possui, em média, um pouco mais de 3.200 voos diários.

Atualmente, existem cerca de 113.900 casos confirmados de coronavírus no mundo, sobretudo na China, onde o número de pessoas contagiadas estão a diminuir, enquanto aumenta noutros países da Europa.

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Nove meses depois, Moody’s tira rating do BPI do “lixo”

Agência de notação financeira anunciou esta quarta-feira a revisão em alta do rating do banco liderado por Pablo Forero.

A Moody’s tirou o rating do BPI do “lixo”. A agência de notação financeira anunciou esta quarta-feira a revisão em alta, com base no reforço dos capitais do banco, que passa para o nível “Baa3” com perspetiva “estável”. Este é o primeiro nível de investimento de qualidade e a ação representa o fim de um período de nove meses em que o banco foi visto como investimento especulativo.

A agência de rating subiu a classificação tanto do rating do BPI e como da dívida sénior ordinária de longo prazo do banco. “A ação de rating tomada hoje [quarta-feira] reflete a emissão de 450 milhões de euros em dívida sénio não preferencial, que teve lugar a 6 de março de 2020 e foi totalmente subscrita pela empresa-mãe CaixaBank”, explica o relatório da Moody’s.

A emissão teve como objetivo reforçar os passivos elegíveis para cumprimento do requisito futuro de MREL (requisito mínimo de fundos próprios e créditos elegíveis), que obriga os bancos europeus com importância sistémica a constituir uma almofada financeira adicional para fazer face às dificuldades. A Moody’s acrescentou que esta emissão “aumenta o volume de dívida sénior subordinada não segurada que absorve perdas e, por isso, diminui os níveis de perdas para os credores seniores em caso de falência”.

Com a notação de rating agora atribuída pela Moody’s, o BPI passa a ter classificação de investment grade para de longo prazo pelas três agências internacionais: Fitch Ratings, Moody’s e S&P Global Ratings.

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Carris vai ter carreira 100% elétrica entre Marquês de Pombal e Baixa Chiado. Cada km custará 5 vezes menos face ao diesel

Novo percurso da Carris terá início antes da limitação da circulação rodoviária na Avenida da Liberdade, Baixa e Chiado. A carreira 706 já tem ao serviço 11 veículos 100% elétricos.

Apesar das críticas que chovem de todos os quadrantes, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, continua firme na intenção de tirar os carros da Avenida da Liberdade e da Baixa de Lisboa e criar uma nova Zona de Emissões Reduzidas (ZER) na cidade. Para isso, a Carris, enquanto empresa de transportes públicos detida pela autarquia, vai estrear em breve uma segunda carreira 100% elétrica que vai circular entre a zona do Marquês de Pombal e a Baixa Chiado.

O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo próprio Medina na cerimónia de lançamento da primeira carreira da Carris com autocarros elétricos. A escolhida para esta estreia foi a 706 (Cais Sodré – Santa Apolónia), que a partir de agora terá ao serviço, em exclusivo, 11 dos 15 autocarros elétricos que a Carris já comprou à CaetanoBus, num investimento total de 7,5 milhões de euros (com o apoio do POSEUR) que engloba também toda a infraestrutura de carregamento instalada na central da Pontinha.

Em breve, os restantes quatro novos autocarros elétricos da Carris serão afetados ao novo circuito urbano Marquês de Pombal – Baixa Chiado, que não se inclui no entanto no lote de carreiras de bairro criadas pela Carris. Este novo percurso da Carris poderá começar a rolar antes mesmo da limitação da circulação rodoviária de parte da Avenida da Liberdade, Baixa e Chiado a residentes e transportes públicos, já a partir de junho, das 06h30 às 00h00.

Contas feitas por Medina e pela Carris, cada um destes novos autocarros elétricos custa, em média, 25 euros por dia para circular 180 km pelas ruas de Lisboa, isto tendo em conta um total de 200 KWh a custar 11/12 cêntimos por KWh. Comparando com um autocarro a gasóleo, e olhando apenas para os custos operacionais, de circulação, trata-se de um valor por quilómetro cerca cinco vezes inferior, para percorrer a mesma distância. Isto porque o mesmo veículo a diesel gasta num dia 93 litros de combustível (55 litros ao 100km/h, 180 km por dia), o que dá uma fatura de mais de 120 euros de gasóleo.

Apesar do menor gasto em combustível, os autocarros elétricos custam mais do dobro (500 mil euros ou mais) dos que os a diesel (cerca de 200 mil euros) e ocupam mais 20% de espaço nos terminais da Carris. Quanto às baterias dos autocarros, têm uma vida média de 5 a 7 anos, estando já previsto no contrato inicial a sua substituição ao fim desse tempo.

Este ano a Carris vai ainda lançar um novo concurso para comprar mais 30 autocarros elétricos e ainda outros 70 a gás natural, tendo em vista alargar a frota para cerca de 700 veículos. A próxima aposta, garante a Carris, poderá passar pelo hidrogénio, com a empresa “aberta a testar e experimentar” esta nova tecnologia que a CaetanoBus já tem em testes e se prepara para exportar para a Alemanha. Quando a Carris passou para as mãos da Câmara de Lisboa detinha apenas 600 veículos, muitos deles já em fim de vida.

Lançamento da primeira carreira da CARRIS com autocarros elétricos - 11MAR20

Com os 16 postos de carregamento normal de 50KWh novinhos em folha, da Siemens, já instalados no terminal da Pontinha, neste momento toda a eletricidade comprada pela Carris para a mobilidade elétrica (tanto autocarros como elétricos) é fornecida pela elétrica espanhola Endesa, revelou fonte da empresa municipal de transportes públicos.

De acordo com a empresa, cada autocarro elétrico da frota municipal demora neste momento, em média, quatro a cinco horas a carregar a totalidade de cada bateria com uma capacidade de 285 KW. Por norma o carregamento é feito de noite, para apanhar as tarifas mais reduzidas (vazio e super vazio). A autonomia é de 180 a 220 km, o que equivale a um mínimo de 10 viagens de ida e volta da carreira 706.

Na visão do presidente do Conselho de Administração da Carris, Tiago Farias, a carreira 706 é um “case study excelente para testar a mobilidade elétrica nos autocarros urbanos”, por se tratar de um percurso com 18km, ida e volta, com muitas subidas e descidas, e passagem por várias áreas residenciais

“Os elétricos que são autocarros”

Este foi o mote da viagem inaugural do primeiro autocarro 100% elétrico, que teve lugar esta quarta-feira entre o terminal da Pontinha e o Cais do Sodré, com vários passageiros “especiais” a bordo, a começar por Fernando Medina, acompanhado pelo presidente do Conselho de Administração da Carris, Tiago Farias, e pelo CEO da CaetanoBus, Jorge Pinto.

“É um momento irreversível em que a Carris se eletrifica, até acabar de vez com os autocarros movidos a combustíveis fósseis. Em 2019 foram colocados mais de dois milhões de quilómetros adicionais ao serviço da cidade de Lisboa, o que permitiu inaugurar mais de 10 carreiras, alargar percursos, reforçar horários. E com isso o número de passageiros aumentou em 10 milhões, para os 140 milhões na rede. Começámos nos últimos dois anos um processo de requalificar, renovar e ampliar a nossa frota. Já estão concursados 250 novos autocarros, dos quais 15 são os elétricos das novas carreiras. Neste momento temos a decorrer a compra de mais 100 este ano, dos quais 70 a gás natural e mais 30 elétricos. Quando a Carris passou para as mãos da CML eram apenas 600 autocarros”, frisou o presidente do Conselho de Administração da Carris.

E acrescentou: “O caminho da descarbonização e eletrificação é incontornável. Temos hoje mais frota e uma frota mais limpa”.

Com emissões zero e uma pegada carbónica muito mais sustentável do que uma frota convencional a gasóleo, por cada quilómetro percorrido num autocarro elétrico a Carris poupa 1,5 kg de emissões de CO2. “Sabendo que uma carreira como a 706 faz meio milhão de kms por ano, podemos ter uma noção do impacto cada vez que introduzimos mais um autocarro elétrico”, frisou ainda Tiago Farias.

Lançamento da primeira carreira da CARRIS com autocarros elétricos - 11MAR20
Tiago Farias, presidente do Conselho de Administração da CarrisHugo Amaral/ECO

Já Medina garantiu que os utilizarem vão sentir uma enorme diferença, tendo em conta a quase ausência de ruído destes autocarros, uma realidade que pôde ser comprovada por todos na viagem inaugural.

Esta mudança, de um sistema assente no carbono e nos combustíveis fósseis, para um sistema elétrico, é essencial. Conseguimos com a CaetanoBus fazer este casamento tão feliz. E ainda por cima com uma empresa nacional. Foi uma alegria quando a CaetanoBus ganhou o concurso público internacional, que teve a participação de várias empresas estrangeiras. É positivo que estejamos a dar este passo com uma empresa nacional, com vista ao desenvolvimento da indústria nacional. Lisboa está também a contribuir para que a CaetanoBus seja cada vez mais eficiente na produção destes autocarros”, reforçou o presidente da Câmara Municipal.

E atirou ao CEO da CaetanoBus: “Esperemos que possam ser mais baratos para daqui a algum tempo comprarmos mais”.

“É o primeiro passo na passagem de uma frota que ainda tem autocarros a combustíveis fósseis, para uma frota elétrica, dado em parceria com empresas portuguesas. É o primeiro passo de vários que se vão seguir até termos uma frota 100% sem emissões”, rematou Medina. A Carris ambiciona chegar a 2035 com uma frota livre de qualquer veículo a diesel.

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Deco pede intervenção do Governo para travar viagens de finalistas a Espanha

  • Lusa
  • 11 Março 2020

Deco pede esclarecimento ao Governo sobre as 10 mil viagens de finalistas a Espanha. "Não basta recomendar publicamente. É importante que as entidades desaconselhem oficialmente estas viagens".

A Deco apelou esta quarta-feira a um esclarecimento do Governo sobre viagens de finalistas a Espanha, que permita resolver o impasse sobre 10 mil viagens de alunos, integralmente pagas, e que têm partida marcada para 28 de março.

A agência XTravel, responsável pela organização da viagens dos finalistas, pediu aos pais dos 10 mil alunos com viagem contratada para 28 de março que se manifestem, a partir das 10:00 desta quarta-feira, se mantêm a viagem, se pretendem reagendar para as férias do Natal (entre 16 a 22 de dezembro), ou se querem cancelar mediante um crédito, de 50% do valor já pago, para usarem em outros produtos da Xtravel, como viagens a outros destinos.

A Deco, que tem dado apoio a estes pais, e tem mantido contacto com a agência de viagens, veio esta quarta-feira a público apelar a uma declaração do Governo que esclareça os pais e as agências sobre se desaconselha ou não as viagens de finalistas a Espanha, como desaconselhou as a Itália.

“É importante que as entidades oficialmente desaconselhem estas viagens”, disse à agência Lusa o coordenador do departamento jurídico e económico da Deco, Paulo Fonseca, lembrando que essa recomendação faria todo o sentido numa altura em que se pondera a suspensão de aulas.

“Não basta recomendar publicamente. É importante que as entidades desaconselhem oficialmente estas viagens”, disse jurista, referindo-se a um esclarecimento que diz poder ser dos ministérios da Educação, da Economia ou Negócios Estrangeiros, ou até da própria Direção-geral de Saúde.

“Quando já temos orientações para algumas cidades espanholas, nomeadamente para o caso de Madrid, que desaconselham por completo a realização viagens que não sejam essenciais, e onde vamos conhecendo casos de surto [Covid-19] nos locais do destino, existe o problema da proteção dos direitos dos consumidores na sua saúde e na sua segurança”, advertiu o jurista.

Os pais dos 10 mil alunos enviaram na terça-feira uma carta aberta à ministra da Saúde, ao ministro da Educação e à Diretora-Geral da Saúde, acusando a XTravel de “recusa cancelar a viagem de finalistas/Festival Village (FV2020)” a Punta Umbría, entre 28 de março e 03 de abril.

“Face às preocupações dos pais que pediram o cancelamento da viagem, a agência recusa assumir essa responsabilidade e responde com uma proposta, com quatro hipóteses, nenhuma das quais contemplando a devolução das verbas já pagas pelos alunos”, lê-se no documento publicado na rede social Facebook, a que a Lusa teve acesso.

Num comunicado publicado também no Facebook, a agência de viagens recordou que “existem vínculos contratuais que ligam a Xtravel a organizadores do evento e, por sua vez, a prestadores de serviços de hotelaria, transportes, produção, artistas, entre outros”.

E lembra ainda que, ao tempo da sua celebração do contrato de viagem, não era razoável prever-se um cenário como o atual e afirma que não é legalmente possível à Xtravel reclamar junto dos seus parceiros o ressarcimento de uma parte significativa dos valores já pagos ao longo dos últimos meses, quando também eles já incorreram em custos.

A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e provocou mais de 4.300 mortos, ultrapassando o número de infetados as 120 mil pessoas, incluindo Portugal com 59 casos confirmados, mais 18 do que na terça-feira.

Em 27 de fevereiro, o primeiro-ministro afirmou que é preciso agir sem “pânicos desnecessários” na questão do novo coronavírus, referindo que, nesse momento, não havia necessidade de fechar fronteiras ou escolas, mas desaconselhou as viagens de estudantes na época da Páscoa.

“Há uma coordenação internacional que tem vindo a ser adotada identificando quais são as boas práticas e o que é que cada país deve fazer e é assim que devemos agir, sem pânicos desnecessários, mas também sem inconsciência de não perceber que há obviamente um risco”, disse António Costa.

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Coronavírus ainda não tirou passageiros à Carris, garante Medina. Mas obriga a aumentar limpeza dos autocarros

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa admitiu que o impacto do coronavírus no setor do turismo na capital, "é inevitável".

Os números de infeção pelo novo coronavírus não param de aumentar em Portugal, mas em Lisboa os transportes públicos continuam a ser utilizados como habitualmente, sem registo de uma redução significativa das centenas de milhares de pessoas que diariamente se deslocam pela cidade nos autocarros da Carris. Pelo menos é essa a garantia dada pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina.

O autarca não avançou ainda qualquer estimativa de prejuízos para a Carris, nem para a cidade, na sequência da suspensão de todos os eventos culturais, desportivos, e outros, de grande dimensão, pelo menos até 3 de abril. Além disso, foi já decretado o encerramento de teatros, bibliotecas, piscinas e pavilhões desportivos, entre outros equipamentos municipais.

Quanto ao impacto no setor do turismo na capital, Medina diz que “é inevitável”. “Esse é o outro lado de ter de lidar com esta situação, a preocupação com o setor do turismo. A Câmara mantém-se atenta, e apoiaremos todas as medidas que o Governo está a tomar relativamente aos agentes do setor turístico”, acrescentou.

E garantiu: “Neste momento, a Carris não tem registada uma quebra relativamente ao número de utilizadores. O que estamos a fazer é tomar medidas para que haja confiança das pessoas relativamente à utilização dos transportes públicos na cidade de Lisboa, porque é vital para a vida das pessoas e para a gestão da cidade. São medidas de natureza preventiva”, garantiu Medina aos jornalistas na cerimónia de lançamento da primeira carreira da Carris com autocarros elétricos.

A informação foi ainda confirmada ao ECO pelo presidente do Conselho de Administração da Carris, Tiago Farias, que garantiu que a monitorização feita regularmente pela empresa ao número de passageiros transportados não registou qualquer queda abrupta nas últimas semanas, mas acabou por admitir a possibilidade de quebra de passageiros no caso de o “universo escolar encerrar”. Antes disso, fonte oficial da Carris tinha dito também ao ECO que “quanto a alteração de número de passageiros, é ainda prematuro fazer essa avaliação”.

Sobre as medidas preventivas já em vigor, Medina revelou que foram alterados os protocolos de limpeza dos autocarros, que passaram a ser “limpos diariamente com reagentes próprio, mais na base do álcool, com particular relevância para todas as superfícies de contacto”. Foi também alterado o protocolo de circulação: ou seja, qualquer autocarro onde haja suspeita de casos do coronavírus deve regressar à base para ser limpo e só depois voltará à circulação.

“Com este conjunto de medidas podemos assegurar a tranquilidade daqueles que utilizam o sistema de transporte coletivo neste momento sensível. A Carris está fazer um trabalho para que as pessoas possam continuar a confiar nos transportes públicos. Em primeiro lugar foi feita uma alteração dos métodos de limpeza dos autocarros. Todas as noites são limpos de forma específica e adequada, de acordo com as recomendações para evitar fontes de contágio. Foram feitas já as devidas alterações aos contratos, estão ser utilizados os reagentes considerados adequados para que todas as manhãs os autocarros entrem ao serviço em condições próprias para quem os utiliza“, disse Medina, deixando “uma mensagem de tranquilidade a todos aqueles que são a razão de ser da Carris, todos aqueles que utilizam os transportes públicos na cidade num momento sensível da nossa vida coletiva em que a perturbação desta dinâmica de propagação do vírus está a causar”.

No plano de contingência da Carris constam medidas ao nível da limpeza reforçada dos veículos, com especial atenção às superfícies mais tocadas como os corrimãos das portas, as pegas do interior, o contorno superior dos bancos e o contorno do habitáculo do tripulante, e a desinfeção em situações de caso suspeito a bordo.

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