Yosemite, ioga ou jazz? 7 coisas para fazer no fim de semana, sem sair de casa

Exercício físico, concertos, cinema e até aulas de ioga e meditação. Tome nota de tudo o que pode fazer nos próximos dois dias para relaxar... e sem sair de casa.

Em tempos de quarentena, as atividades que fazíamos em grupo, ao ar livre e, no tempo que nos sobrava, estão a migrar para as redes sociais como o Instagram ou para plataformas de vídeo como o Zoom ou o Skype. Escrita criativa, ioga e meditação, encontros virtuais com escritores, sessões de cinema via computador e um festival de música online foram algumas das opções que temos para ocupar o tempo, e à distância de um ecrã. É que, nesta altura, em tempos de coronavírus, ficar em casa é mesmo o melhor remédio.

Visite parques naturais

Os tempos não estão para nos metermos num avião para parte incerta: as recomendações das autoridades de saúde remetem para o mínimo contacto social por estes dias mas o Google tem outros planos para nós. É que a versão que o Google Earth acaba de lançar permite fazer visitas virtuais a 31 dos mais incríveis parques nacionais dos Estados Unidos. Assim, a partir de agora, do seu computador é possível sobrevoar o parque de Yosemite, conhecer os recantos do Grand Canyon ou memorizar os detalhes dos crocodilos que se podem ver no Everglades.

Faça exercício físico

O recém-inaugurado Circle teve de fazer pivoting ao negócio pouco mais de um mês depois de abrir portas. O ginásio que valoriza a potenciação do movimento criou um plano de atividades e aulas, sugestões de leitura e círculos de conferências que podem ser acompanhadas sem sair de casa e gratuitamente.

“Pretendemos partilhar com o máximo de pessoas possível, porque para além de ter um impacto muito positivo no estilo de vida e rotina diária, são gratuitos para membros e não membros”, assinala Noor Palma, diretora-geral do Circle.
Entre as iniciativas estão o Circle Workout, um treino semanal adaptado ao espaço de casa, as Circle Online Classes, de segunda a sábado, online e em direto, às 9h e às 18:30h, e feitas através da plataforma ZOOM.us, e o Circle Challenge, desafios semanais “que testam os limites do teu corpo e do teu movimento”. Para participar, basta contactar o ginásio através das redes sociais.

Veja um concerto em Veneza

A Belmond lança este fim de semana os “Convites Belmond”, concertos virtuais desenhados para levar o entretenimento a casa dos seguidores do grupo hoteleiro que é dono do Reid’s Palace, na Madeira. A ideia é que, enquanto o mundo das viagens se encontra em pausa, o perfil de Instagram da Belmond tenha um movimento exemplar.

O primeiro concerto foi do cantor e pianista Joe Stilgoe, em honra aos “loucos anos 20”, uma festa que iria ter lugar em Veneza, a bordo do comboio da marca, o Venice Simplon-Orient-Express, mas haverá mais, sempre anunciadas no Instagram da cadeia.

A Belmond convida ainda a seguir as stories de Instagram dos seus hotéis de Itália, Espanha e Portugal para aprender receitas de cocktails e comida de conforto. “O chef Agostino d’Angelo do Belmond Villa Sant’Andrea na Sicília, abre a sua cozinha a 2 de abril para ensinar os segredos para fazer a perfeita “Pasta Alla Norma”. Já no dia 8 de abril é a vez do Barman Walter Bolzonella do Belmond Hotel Cipriani, que irá partilhar um dos seus cocktails preferidos, o Spritz com um twist. O Chef Luís Pestana do Belmond Reid’s Palace, no Funchal, entra em ação no dia 22 de abril, com a partilha de uma receita tradicional da ilha da eterna primavera”, explica o grupo em comunicado.

Faça uma aula de ioga e cozinhe o pequeno-almoço em direto

A aula de ioga com Vera Simões, professora do Ashtanga Cascais e autora do livro Parar.Sentir.Respirar, está marcada para as 9h30 de domingo e vai durar 40 minutos. À sequência fluida de movimentos e posturas segue-se… um pequeno-almoço cozinhado em comunidade mas, à distância. Joana Limão passa à ação e ensina os participantes a cozinhar panquecas de banana recheadas de fruta, creme de coco e pedaços de chocolate.

Já com apetite? Anote a lista de compras.

Coma um Santini

Depois de ter anunciado a estreia nas entregas através da plataforma Uber Eats, a Santini lança agora o seu próprio serviço de entregas em casa, pensado para “quem não está dentro do raio de entrega das plataformas digitais” agora que as lojas da marca se encontram encerradas.

“Neste novo serviço, os sabores, que estão anunciados nas redes sociais e no site da Santini, estão disponíveis para encomenda em caixas de ½ litro e de 1 litro. Para acompanhar, pode pedir brownies, uma deliciosa tarte de amêndoa, cones grandes e pequenos, e ainda altesses, com ou sem chocolate”, assinala a Santini em comunicado. As entregas estão disponíveis nos seguintes concelhos: Lisboa, Oeiras, Cascais, Sintra, Odivelas e Amadora. Para realizar o pedido é apenas necessário enviar um email para a marca – [email protected] – com o que pretende, e, no dia seguinte terá a sua encomenda à porta. Os pedidos têm um valor mínimo de 20€, sem qualquer taxa de entrega.

Programe o seu próprio jogo

A escola de programação Ironhack lançou uma série de webinars chamada “Use Your Time Wisely”, que pretende incentivar os seus assistentes a usar, “de forma sábia”, o tempo livre resultante da permanência em casa, consequência da situação de quarentena. A formação oferecida pela escola é gratuita e está focada dos cursos que a Ironhack já oferece, casos de Web Development, Data Analytics e UX/UI Design.

A agenda dos webinars pode ser consultada aqui e inclui formação para programar o seu próprio jogo com JavaScript, visualizar/analisar dados com recurso a Python, ou em perceber como o estudo do comportamento humano está na base de qualquer experiência do utilizador de sucesso. “Vivemos tempos de incerteza, nos quais é importante poder contar com a comunidade. Através desta iniciativa, que tem um cariz global, queremos unir as pessoas em torno da tecnologia, pondo o nosso conhecimento à disposição”, explica Carmen Ortega, growth manager da Ironhack Lisboa.

Vá à Ópera em Paris

A coleção Google dá-lhe ainda a possibilidade de explorar mais de 500 museus e galerias um pouco por todo o mundo, como é o caso do Museu Vang Gogh, em Amesterdão, do British Museum, em Londres, ou o Guggenheim, em Nova Iorque. Mas há mais: as visitas 360º dão a possibilidade ao visitante virtual de ir, por exemplo, à Ópera Nacional de Paris.

Desde 2015, a biblioteca interativa Google Arts & Culture integra 57 palácios e museus portugueses classificados como as “Maravilhas de Portugal”. O Mosteiro dos Jerónimos, Mosteiro da Batalha, Mosteiro de Alcobaça, Palácio da Pena, Vila de Óbidos ou o Castelo de Guimarães são alguns dos locais que podem ser visitados, apenas à distância de um clique.

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SEF vai legalizar todos os estrangeiros em situação irregular em Portugal

  • Lusa
  • 28 Março 2020

O Governo decidiu legalizar todos os estrangeiros com pedidos pendentes no SEF, garantindo a estes os mesmos direitos que os restantes cidadãos.

O Governo português decidiu regularizar os estrangeiros com pedidos pendentes no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), medida em vigor desde a declaração do estado de emergência, no dia 19, e que garante os mesmos direitos que os restantes cidadãos.

“Procurando dar resposta à natureza específica da ameaça de contágio por coronavírus, a gestão dos atendimentos e agendamentos deve ser feita de forma a garantir inequivocamente os direitos de todos os cidadãos estrangeiros com processos pendentes no SEF, determinando que, à data da declaração do Estado de Emergência Nacional, os mesmos se encontram em situação de permanência regular em Território Nacional“, lê-se num diploma publicado esta sexta-feira em Diário da República.

O mesmo “determina que a gestão dos atendimentos e agendamentos seja feita de forma a garantir inequivocamente os direitos de todos os cidadãos estrangeiros com processos pendentes no SEF, no âmbito da Covid-19” e argumenta com a necessidade de dar resposta aos pedidos destes estrangeiros em Portugal em situação irregular.

Em declarações ao Público, o ministro da Administração Interna explicou que “em estado de emergência a prioridade é a defesa da saúde e da segurança coletiva” e acrescentou que “é nestes momentos que se torna ainda mais importante garantir os direitos dos mais frágeis como é o caso dos migrantes”. Para Eduardo Cabrita, “assegurar o acesso dos cidadãos migrantes à saúde, à Segurança Social e a estabilidade no emprego e na habitação é um dever de uma sociedade solidária em tempos de crise”.

Em comunicado enviado este sábado às redações, o Ministério da Administração Interna acrescentou que a partir da próxima segunda-feira será posto em prática um plano que prevê “o encerramento de todos os balcões do SEF, a partir da mesma data, considerando a necessidade de reduzir os riscos para a saúde pública associados aos atendimentos, quer ao nível dos trabalhadores do SEF quer dos próprios utentes”.

No comunicado, o Governo detalha que “os documentos que atestam a situação de permanência regular são os formulados ao abrigo dos artigos 88.º, 89.º e 90.ºA do Regime jurídico da entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional através de documento de manifestação de interesse ou pedido emitido pelas plataformas de registo em uso no SEF; e para os pedidos de concessões ou renovações de autorização de residência, seja do regime geral ou dos regimes excecionais, através de documento comprovativo do agendamento no SEF ou de recibo comprovativo de pedido efetuado”.

Por outro lado, “os vistos e documentos relativos à permanência de cidadãos estrangeiros em território nacional que expiraram depois de 24 de fevereiro são válidos até 30 de junho”, e estes documentos, assim como o Cartão de Cidadão, a Carta de Condução, o Registo Criminal e as Certidões, “deverão ser aceites pelas autoridades públicas para todos os efeitos legais”.

No comunicado, o Governo conclui que “o SEF continuará a assegurar o atendimento presencial apenas para os pedidos considerados urgentes, ou seja, cidadãos que necessitem de viajar ou que comprovem a necessidade urgente e inadiável de se ausentar do território nacional, por motivos imponderáveis e inadiáveis e cidadãos a quem tenham sido furtados, roubados ou extraviados os documentos”.

O ECO questionou o SEF sobre o número de pessoas que esta medida abrange, mas a entidade respondeu que, “para já, não é possível ao Serviço disponibilizar os dados”.

Imigrantes que nunca deram entrada de processos têm direito à saúde

Os estrangeiros que nunca deram entrada com nenhum processo de regularização no SEF, até ao dia em que foi declarado o estado de emergência, vão ter direito aos cuidados de saúde, informou este sábado o Governo. “Os imigrantes que nunca deram entrada com nenhum processo no SEF têm direito aos cuidados de saúde”, referiu a secretária de Estado para a Integração e as Migrações, Cláudia Pereira, em declarações à Lusa.

De acordo com a governante, os imigrantes indocumentados vão poder submeter os pedidos durante o período de estado de emergência, mas não são abrangidos pela medida de regularização de documentação que entrou em vigor a 19 de março. “Esta medida abrange todos os que já tinham entrado com o processo. Não serão provavelmente muitos os que ainda não tinham entrado com o processo, devido à diminuição de viagens, mas estamos atentos a estas situações”.

(Notícia atualizada às 17h55 com mais informação)

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Antes de prolongar estado de emergência, Marcelo quer ouvir os especialistas

O Presidente da República diz que, antes de decidir se prolonga ou não o estado de emergência, vai ouvir os especialistas, "porque eles sabem mais do que nós".

O Presidente da República disse este sábado que, antes de decidir se vai ou não prolongar o estado de emergência, vai ouvir os especialistas. Em declarações aos jornalistas durante uma visita à fábrica da farmacêutica Hovione, deixou ainda um apelo aos portugueses para que na Páscoa continuem a respeitar as normas de contenção para combate ao surto de coronavírus.

“Quando o Governo faz esses apelos e toma essas decisões, é com base naquilo que os especialistas dizem”, começou por dizer, quando questionado sobre a decisão que será tomada na próxima semana quanto ao estado de emergência. “Irá ser ouvido o que os especialistas dizem sobre a evolução do processo, porque eles sabem mais do que nós sabemos”, afirmou.

Sublinhando que “o Governo sempre fez, e muito bem, e o Presidente da República sempre foi sensível ao que os especialistas diziam“, Marcelo detalhou ainda que vai “ponderar aquilo que, primeiro, os especialistas dizem, depois o que resulta da troca de informação com o Governo e em função da sensibilidade da Assembleia da República”.

Durante este momento, o Presidente aproveitou ainda para deixar um apelo aos portugueses. “Agora que se aproxima o período da Páscoa, os que não estão a trabalhar e não têm de trabalhar, respeitem o apelo de contenção”, disse, afirmando que “estamos perante uma tarefa coletiva” e que “a adesão dos portugueses é massiva, mas tem de continuar”.

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Milhões de euros contra o vírus. Estas empresas estão a ser solidárias

De Norte a Sul, várias empresas e voluntários estão a fazer donativos para ajudar a combater esta pandemia. Máscaras, batas, óculos, ventiladores e contribuições monetárias são alguns dos donativos.

Numa altura em que o mundo enfrenta um enorme desafio de saúde pública, são várias as empresas e voluntários que estão a juntar-se a esta onda de solidariedade e a doar equipamentos médicos e contributos monetários para ajudar a combater este vírus.

Fundação Gulbenkian, EDP, Benfica, Federação Portuguesa de Futebol, Grupo Mosqueteiros, Santander, Science4you, Sonix, Polopique, Calvelex, Lameirinho, Riopele, Paulo de Oliveira, Ana Sousa, Fundação Fosun, centro comercial Parque Nascente, Imperial Tobacco Portugal, empresários de São João da Madeira, os concelhos do distrito de Viana do Castelo e a Comunidade Intermunicipal do Alto Minho e até o Cristiano Ronaldo juntamente com o Fernandes Mendes. Estes são alguns exemplos de empresas, pessoas e municípios que estão a unir esforços e a doar fundos e equipamentos médicos aos profissionais de saúde para fazer face a esta pandemia mundial.

A Fundação Calouste Gulbenkian não ficou indiferente a este surto e criou um fundo de emergência de cinco milhões de euros, para apoiar a saúde, ciência, sociedade civil, educação e cultura, para fazer face às consequências sociais do Covid-19. “Aprovamos a criação de um fundo de emergência, num montante inicial de 5 milhões de euros, que pretende contribuir para reforçar a resiliência da sociedade nos principais domínios de intervenção da Fundação”, explica a fundação em comunicado.

À semelhança da Fundação Gulbenkian, a EDP e a chinesa China Three Gorges (CTG) anunciaram, na semana passada, que vão comprar 50 ventiladores, 200 monitores e equipamentos médicos para disponibilizarem ao SNS. Um investimento que ronda os quatro milhões de euros.

Estes equipamentos médicos, decisivos para tratar as pessoas infetadas pelo Covid-19, vão estar disponíveis “para transporte dia 27 de março, prevendo-se que cheguem a Portugal no final do mês”, esclarece em comunicado a empresa liderada por António Mexia.

Benfica vai doar um milhão de euros ao SNS

O Benfica e a Benfica SAD, juntamente com a Câmara Municipal de Lisboa e a Universidade de Lisboa, vão doar um milhão de euros ao Serviço Nacional de Saúde (SNS), para a aquisição de equipamentos. À semelhança do Benfica, a Fundação do Futebol da Liga portuguesa vai leiloar equipamento desportivo para angariar fundos para a aquisição de material hospitalar.

O projeto da FPF intitulado de “Stop Covid-19” vai ter a leilão bolas e camisolas autografadas por atletas dos semifinalistas da Taça da Liga, nomeadamente Sporting de Braga, que venceu a competição, FC Porto, Sporting e Vitória de Guimarães. “Este leilão solidário avança com o objetivo de adquirir equipamentos de proteção médica, nomeadamente máscaras, luvas e batas”, informa o organismo, em comunicado.

Mosqueteiros oferece meio milhão aos profissionais de saúde

O grupo “Os Mosqueteiros” vai doar meio milhão de euros para apoiar profissionais de saúde da primeira linha. Com este contributo, o grupo pretende ajudar a suprimir as necessidades dos profissionais da linha da frente no que diz respeito a equipamentos de proteção individual e material médico.

“Observamos a realidade das localidades onde estamos implantados e sentimo-nos impelidos a apoiar os profissionais de saúde que tanto têm contribuído para a mitigação desta pandemia. Vamos entregar 500 mil euros a esta causa para que ao proteger os profissionais de saúde estejamos todos nós mais protegidos. Fazemos isso por si, por nós, por todos!”, refere Laurent Boutbien, presidente do grupo que é detentor em Portugal das insígnias Intermarché, Bricomarché e Roady.

Santander disponibiliza fundo de 50 mil euros

O Santander também vai contribuir com um apoio de 50 mil euros para adquirir 50 mil máscaras P2. A instituição bancária juntou-se ao movimento Tech4Covid19, formado por um grupo de startups tecnológicas portuguesas, da qual fazem parte mais de 250 empresas e mais de 3,700 membros e que têm como objetivo comum criarem soluções para ultrapassar os desafios e carências que a sociedade enfrenta face à pandemia do coronavírus.

Com um investimento menos avultado, mas também com vontade de ajudar, os concelhos do distrito de Viana do Castelo e a Comunidade Intermunicipal do Alto Minho (CIM) juntaram-se a esta onda solidária e constituíram um fundo de 100 mil euros para apoiar a unidade local de saúde. “Nesta fase inicial, de um montante de 100 mil euros destina-se à aquisição de equipamentos de proteção, de desinfeção, ou de suporte aos cuidados intensivos para as respetivas unidades de saúde”, explica a CIM do Alto Minho, em comunicado.

Não indiferente a esta causa, até o internacional português Cristiano Ronaldo, juntamente com o empresário Jorge Mendes, uniram-se para equipar uma ala de cuidados intensivos do Hospital de Santo António, no Porto. “Esta unidade vai permitir a abertura de 15 camas de cuidados intensivos, integralmente equipadas com ventiladores, monitores e restante equipamento”, indicou o Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUP), onde se insere o Santo António.

À semelhança do Cristiano Rondado, a Fundação Fosun, de Xangai, acaba de fazer uma doação ao município do Porto, de 53 mil máscaras cirúrgicas, cinco mil testes, 200 óculos e 200 fatos de proteção. “Quero agradecer calorosamente o apoio e assistência com os suprimentos médicos que tão necessários são e que ajudarão a salvar vidas. É também um extraordinário gesto de valor simbólico que jamais esqueceremos“, sublinhou o presidente da autarquia do Porto, Rui Moreira, em comunicado.

Face a esta pandemia até os centros comerciais oferecem ajuda e este é o exemplo do Parque Nascente, centro comercial de Rio Tinto, que vai doar 1.800 máscaras FPP2 ao Hospital São João no Porto. “Sabemos que as máscaras são um recurso escasso e indispensável à proteção dos nossos profissionais de saúde, que se encontram na linha da frente na prestação de cuidados aos doentes infetados,” afirma fonte da empresa, em comunicado.

Polopique, Calvelex, Lameirinho, Riopele e Paulo Oliveira produzem batas

Há pouco menos de dez dias, um grupo de cinco empresas de vestuário e confeção entregaram ao Hospital de Guimarães um primeiro lote de 200 batas, e já estão a produzir mais lotes, da ordem das milhares, com as exigências médicas devidas, assim, como máscaras. Foi a resposta da Polopique, da Calvelex, da Lameirinho, da Riopele e da Paulo de Oliveira, cinco empresas que, entre elas, detêm valências de toda a fileira, dos fios aos têxteis-lar, passando pelos tecidos e confeção de vestuário, na luta à propagação do novo coronavírus Covid-19.

Estas empresas ciaram igualmente um um fundo financeiro para ser usado na aquisição das matérias-primas necessárias à produção destes equipamentos de proteção individual.

“Estas empresas foram as primeiras a responder positivamente a este desafio mas outras estarão em condições também de o fazer. Esperamos que com o esforço de todos seja possível reduzir o impacto desta pandemia na nossa sociedade”, afirmou César Araújo, presidente da Calvelex, ao ECO.

E apareceram, sim. A Sonix, empresa têxtil sediada em Barcelos, já doou cerca de dois mil kits de máscaras e batas ao Hospital de Barcelos, tal como a marca Ana Sousa que já entregou 400 batas à mesma unidade hospitalar. “Estamos imensamente agradecidos à Ana Sousa e à Sonix bem como a todos os portugueses e Barcelenses que têm demonstrado um espírito solidário e de entreajuda incomparável”, agradece o Hospital Santa Maria Maior, em Barcelos, na sua página oficial do Facebook.

Ainda no Norte, dois empresários de São João da Madeira reuniram um grupo de 16 empresas que, representando a indústria de calçado e outros setores, pretendem criar duas mil viseiras cirúrgicas ainda esta semana para oferecer a profissionais de saúde da região.

Estamos nesta fase focados em quatro hospitais centrais e esperamos ser possível ajudar também outros.

Conceição Dias, proprietária da Sonix

A iniciativa partiu de dois administradores das empresas Footure e Doss que admitem que esta produção excecional de viseiras pode continuar para além da primeira remessa e fazem um apelo: “considerando que toda a matéria-prima e trabalho operacional estão a ser doados pelas empresas envolvidas, se houver quem continue a ceder o material necessário para o efeito a produção pode manter-se ativa”, explica o diretor da Footure, Tiago Gomes.

Science4you cede instalações e equipamentos. Universidade Nova de Lisboa cria linha de montagem

Do norte ao sul são várias as empresas que estão a produzir equipamento médico para doar. Em Lisboa, a Science4you disponibilizou as suas instalações e equipamentos para produzirem materiais de proteção que estão em falta. A empresa já anunciou que vai doar mil máscaras e mil óculos aos profissionais de saúde. A empresa que produz brinquedos científicos dispõe de salas de produção e máquinas de enchimento automáticas que podem ser utilizadas no enchimento de gel desinfetante.

“A Science4you demonstrou-se totalmente disposta a disponibilizar de forma gratuita qualquer área das suas instalações que conta com dez mil metros quadrados e dos meios ao seu dispor para a produção de materiais que auxiliem e aumentem as ferramentas de prevenção face à Covid-19”, explica a empresa, em comunicado.

Ainda na capital, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa criou uma linha de montagem nas suas instalações e está a produzir máscaras viseiras. Este espaço improvisado tem a capacidade para produzir cerca de uma centena de máscaras por dia e estão envolvidas neste projeto cerca de 30 pessoas, entre professores, alunos de doutoramento e de mestrado. A FCT Nova já recebeu pedidos dos hospitais de: Santa Maria, Cascais, Garcia de Orta e Vila Franca de Xira.

De Lisboa para Évora, o laboratório de fabricação (FabLab) da incubadora de empresas ÉvoraTech, está a produzir viseiras de proteção individual para os profissionais de saúde do hospital da cidade. Já foram produzidas “120 viseiras”, que deverão ser entregues nos próximos dias no Hospital do Espírito Santo de Évora. “Vamos continuar a produção enquanto tivermos materiais e houver necessidade”, explica Daniel Janeiro, gestor da ÉvoraTech.

A Imperial Tobacco Portugal, dona das marcas de cigarros John Player Special, Davidoff ou Gauloises, é outras das empresas a juntar-se a esta onda solidária e vai instalar proteções acrílicas em mais de mil pontos de venda no território nacional. A instalação das proteções arranca na próxima semana e irá abranger as lojas de sul a norte de Portugal. O objetivo da Imperial Tobacco Portugal é “contribuir para a segurança de todos aqueles que se encontram a trabalhar nestes locais, assim como de todos os consumidores”, explica a empresa em comunicado.

“Mais importante do que o investimento é poder dar um contributo para que, enquanto sociedade, consigamos vencer este enorme desafio”, esclarece João Pedro Lopes, diretor de corporate affairs da Imperial Tobacco Portugal.

Forças Armadas disponibilizam mais de duas mil camas

Para além de todas estas empresas, fundações e organismos, as Forças Armadas disponibilizaram 2.300 camas para reforçar a capacidade do Serviço Nacional de Saúde. “Duas mil poderão ser utilizadas para prestar cuidados de saúde, não diferenciados” e 300 camas para apoiar os profissionais do SNS”, explica em comunicado, o Ministério da Defesa.

São muitas as empresas que estão a unir esforços para fazer frente a esta pandemia e são vários os voluntários que se juntam a esta onda de solidariedade. Segundo informa o Ministério da Defesa Nacional, as Forças Armadas receberam, até à data, mais de cinco mil candidaturas.

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Portugal tem 5.170 infetados com coronavírus. Número de mortos sobe para 100

  • ECO
  • 28 Março 2020

O número de casos confirmados com coronavírus em Portugal aumentou para 5.170 , enquanto as vítimas mortais são agora 100. Ministra da Saúde estima incidência máxima para final de maio.

O número de pessoas infetadas por coronavírus no país continua a subir. De acordo com os dados da Direção-Geral de Saúde (DGS), às 11h deste sábado contavam-se 5.170 casos confirmados, uma subida de 902 casos em apenas 24 horas. Já o número de vítimas mortais passou para 100.

Os números mostram um aumento de 21,1% no número de casos confirmados e de 31,6% no número de vítimas mortais, que estava nos 76 esta sexta-feira. Há ainda 32.754 casos suspeitos, enquanto 4.938 aguardam por resultados de exames. Internadas estão 418 pessoas com coronavírus, das quais 89 estão nos cuidados intensivos. Até ao momento contam-se já 43 casos recuperados.

A maioria dos casos continua a estar na zona Norte do país, que tem, pelo menos, 3.035 infetados e 44 mortes. Atrás aparece a zona de Lisboa e Vale do Tejo, com 1.287 pessoas infetadas e 27 óbitos e a zona Centro com 647 casos confirmados e 28 mortes. Ainda no número de falecimentos, contam-se um no Algarve.

O número de casos “importados” de outros países mantém-se nos 330, isto depois de terem sido encerradas as fronteiras entre muitos países, sendo que a maioria foram pessoas que entraram no país vindas de Espanha (105), França (72) e Reino Unido (27), seguindo-se a Suíça (22) e Itália (21).

Ministra adia “incidência máxima da infeção” para final de maio

De acordo com as declarações da ministra da Saúde, na conferência de imprensa diária, a “incidência máxima da infeção está adiada para final de maio”. “Tudo indica que as medidas que foram tomadas estão, de facto, a abrandar a curva. Não sabemos é se o pico vai ser atingido na última ou na penúltima semana de maio, isso é afinado ao dia”, disse.

Marta Temido disse ainda que, desde o dia 1 de março até ao passado dia 26 foram realizados cerca de 40 mil testes de rastreio ao coronavírus. “Continuamos a estimar um número muito elevado de casos, o que coloca uma enorme pressão sobre o Sistema Nacional de Saúde (SNS) e sobre todos nós”, acrescentou, afirmando que recebeu um “conjunto significativo” de testes.

Também presente na conferência de imprensa estavam a vogal dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, responsável por gerir a linha Saúde 24, que detalhou que, na próxima terça-feira, deverá chegar a Portugal 100 toneladas de material para o SNS vindas da China, desde 200 mil testes de rastreio, respiradores, máscaras, batas, fatos, toucas e luvas.

Consulte aqui o boletim epidemiológico na íntegra

A nível mundial, já se contam, pelo menos, 605.010 casos confirmados de coronavírus em 183 países e territórios, dos quais resultaram 27.982 mortes, de acordo com dados oficiais recolhidos pela AFP. Os Estados Unidos apresentam o maior número de infetados (104.837 casos, dos quais 1.711 mortes), à frente de Itália (86.498 casos confirmados e 9.134 mortes) e da China (81.394 casos, dos quais 3.295 mortos).

(Notícia atualizada às 13h09 com mais informação)

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Há mais de 600 mil casos confirmados de coronavírus no mundo. Mortes rondam as 28 mil

  • Lusa
  • 28 Março 2020

Há, pelo menos, 605.010 casos de infeção por coronavírus, dos quais resultaram 27.982 mortes, números detetados em 183 países e territórios.

Mais de 600.000 casos do novo coronavírus foram oficialmente declarados em todo o mundo desde o início da pandemia, estando confirmadas quase 28 mil mortes, segundo um levantamento feito hoje pela agência de notícias AFP de fontes oficiais.

Pelo menos 605.010 casos de infeção, dos quais resultaram 27.982 mortes, foram detetados em 183 países e territórios, em particular nos Estados Unidos (104.837 casos, dos quais 1.711 mortes), na Itália (86.498), o país mais atingido em número de mortes (9.134), e na China (81.394 casos, dos quais 3.295 mortos), o foco inicial do contágio.

No entanto, o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do número real de infeções, com um grande número de países agora a testar apenas os casos que requerem atendimento hospitalar.

Europa ultrapassa barreira dos 20 mil mortos

A pandemia do novo coronavírus matou, até à data, mais de 20 mil pessoas na Europa, segundo um balanço da AFP, às 14h15 deste sábado, baseado em dados de fontes oficiais. Com um total de 20.059 mortes (em 337.632 casos de infeção), a Europa é a zona do mundo mais afetada pela pandemia de coronavírus.

Com 9.134 e 5.690 mortes, respetivamente, Itália e Espanha são os dois países mais afetados pela pandemia. Juntos, os dois países representam quase três quartos das mortes contabilizadas na Europa por causa do novo coronavírus.

Portugal regista este sábado 100 mortes associadas à Covid-19, mais 24 do que na sexta-feira, enquanto o número de infetados subiu 902, para um total de 5.170, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).

(Notícia atualizada às 15h22 com balanço na Europa)

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Luta pelo clima continua, apesar do coronavírus. Hora do Planeta este ano é online em todo o mundo

Monumentos nacionais como o Cristo Rei e a Ponte 25 de abril, em Lisboa, o mosteiro da Serra do Pilar, em Gaia, o Castelo de Bragança, entre outros, já confirmaram que vão aderir ao apagão simbólico.

Neste sábado, 28 de março, assina-se mais uma Hora do Planeta, um movimento ambientalista à escala global que todos os anos apela à população de todo o mundo para, durante uma hora (entre as 20h30 e as 21h30), desligar as luzes em sinal de apoio ao ambiente e à natureza. Em 2020, e por causa da pandemia de Covid-19, o evento em Portugal que estava programado para ter lugar em Gaia foi transferido para o mundo online, anunciou já a Associação Natureza Portugal (ANP), que trabalha em alinhamento com o WWF – World Wide Fund For Nature.

Além dos eventos virtuais espalhados pelo mundo, a Hora do Planeta mantém o seu pedido para que os mais emblemáticos monumentos e edifícios apaguem as suas luzes durante uma hora. Em Portugal são mais de 100 os municípios aderentes. Monumentos nacionais como o Santuário do Cristo Rei, a Ponte 25 de abril, em Lisboa, o mosteiro da Serra do Pilar em Vila Nova de Gaia, o Aqueduto da Amoreira em Elvas, o Castelo de Bragança, o Mosteiro de Arouca, a Praça da República em Ovar, entre muitos outros, já confirmaram que vão aderir ao apagão simbólico.

São também várias as empresas que a nível nacional apoiam a Hora do Planeta, incluindo o El Corte Inglés, que está empenhado no desenvolvimento sustentável através da implementação de várias ações de consciencialização ambiental nos seus espaços comerciais ao longo do ano, e a Reckitt Benckiser, que “quer proteger, curar e nutrir numa busca incansável para alcançar um mundo mais limpo e saudável”.

O evento português decorrerá via página de Facebook da ANP|WWF, na noite deste sábado, e contará com a participação dos embaixadores Mónica e Rubim, o chef de cozinha Fábio, o graffiter Miguel Martins, “numa hora com partilha de receitas, músicas e receitas ao vivo, e experiências sustentáveis, numa transmissão em direto”.

Depois de já ter pedido aos seus seguidores em todo o mundo para se continuarem a manifestar online e a lutarem contra as alterações climáticas a partir das suas casas, a sueca Greta Thunberg, ativista climática e ambiental, aplicou o mesmo conselho à Hora do Planeta. “A Hora do Planeta para mim acontece a cada hora do dia. A necessidade de unir e proteger o nosso planeta nunca foi tão grande. Como fomos solicitados a evitar reuniões públicas para retardar a disseminação do COVID-19, recomendo a todos que se unam virtualmente à #HoradoPlaneta para renovar o nosso compromisso com o planeta e usar as nossas vozes para conduzir ações online com segurança e responsabilidade”, sublinhou Greta.

Para Marco Lambertini, diretor-geral da WWF, este é “um momento de solidariedade e um momento de responder aos desafios de forma mais criativa e trabalhar de forma mais colaborativa, e é por isso que a Hora do Planeta será marcada por eventos digitais em todo o mundo. Nesta hora de crise, temos de nos, unir agora mais do que nunca, para salvaguardar o nosso futuro e o futuro do nosso planeta“.

A Hora do Planeta 2020 vai contar com milhões de pessoas que vão juntar-se por todo o mundo em vários eventos, e vai convidar todos a assinar e mostrar o seu apoio online no site Voice for The Planet. Estas assinaturas serão mais tarde apresentadas aos líderes mundiais em fóruns globais como a Assembleia Geral das Nações Unidas, com o objetivo de assegurar um Novo Acordo para a Natureza e as Pessoas que trave a perda de natureza, reverta o declínio ambiental e salvaguarde o futuro de todos.

“A Hora do Planeta, um dos maiores movimentos populares globais pelo ambiente, irá mais uma vez inspirar indivíduos, empresas e organizações de mais de 180 países e territórios a renovar o seu compromisso com o planeta. Em Portugal, a ANP|WWF cancelou o evento presencial que iria organizar em Gaia, convertendo este evento num momento digital. A Hora do Planeta apela a que celebridades, cidadãos, ambientalistas e membros do governo se unam e mostrem o seu apoio online à natureza e às pessoas”, explicou a associação ambientalista em comunicado.

“A natureza é a tábua de salvação para 7,6 mil milhões de pessoas. Sustenta as nossas sociedades e economias e é uma das nossas maiores aliadas no combate à crise climática. Mas atualmente, estamos a destruir os sistemas naturais em que confiamos para garantir a nossa saúde e bem-estar mais rápido do que eles se conseguem restabelecer – comprometendo a nossa própria sobrevivência e existência. A Hora do Planeta 2020 oferece uma oportunidade fundamental, para todos nós, de unir milhões de pessoas e levantar a sua voz com vista a garantir um compromisso internacional de parar e reverter a perda da natureza”, disse Ângela Morgado, diretora executiva da ANP|WWF, apelando “a todos que desliguem ou reduzam as luzes e usem esta hora para envolver as suas comunidades online”.

O que começou por ser um evento simbólico de “apagar as luzes”, em 2007, ao longo de mais de uma década o movimento Hora do Planeta cresceu e tornou-se global. Este ano, por exemplo, a África do Sul irá lançar uma a campanha digital intitulada “Poder para o Povo”, focada em fontes de energia limpas. Já em Singapura será feita uma transmissão ao vivo, online, reunindo várias vozes do país num concerto pelo ambiente. Por seu lado, o Nepal terá jovens de todo o país a elevar a sua #VozPeloPlaneta e a compartilhar pensamentos, arte e fotografia sobre a necessidade de proteger e apreciar a natureza. A Austrália também participará online através da transmissão ao vivo do evento #EarthHourLive com artistas, comediantes e especialistas ambientais.

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Crise não será superada sem uma forte solidariedade europeia, diz Macron

  • Lusa
  • 28 Março 2020

"Eu não quero uma Europa egoísta e dividida", disse Emmanuel Macron, afirmando que esta crise não pode ser superada "sem uma forte solidariedade europeia, em termos de saúde e orçamento".

O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que a crise causada pelo novo coronavírus não pode ser superada “sem uma forte solidariedade europeia, em termos de saúde e orçamento”, numa resposta a perguntas de três jornais italianos, publicadas este sábado.

Macron respondia assim, através dos jornais “La Stampa“, “La Repubblica” e “Corriere della Sera“, ao bloqueio apresentado pela Holanda e pela Alemanha ao apoio de um plano de ajuda da União Europeia (UE) para enfrentar as repercussões económicas. “Tal como Giuseppe Conte, eu não quero uma Europa com o menor denominador comum. O momento é histórico: França lutará por uma Europa solidária, soberana e de futuro“, acrescentou.

“A Europa deve estar orgulhosa e sentir-se forte, porque o é. Mas deve ir muito mais longe. É por isso que defendo a solidariedade orçamental na gestão da crise e das suas consequências”, disse o líder francês, afirmando ainda que “alguns países estão a comportar-se como se Itália ou Espanha fossem responsáveis por isto, quando, pelo contrário, são as primeiras vítimas e este vírus não perdoa ninguém”.

“O que me preocupa é a doença do ‘todos pensam em si próprios’ e se não estivermos unidos, Itália, Espanha e outros países poderão dizer, com razão, aos seus parceiros europeus: onde estavam vocês enquanto estávamos na frente? Eu não quero uma Europa egoísta e dividida“, disse. Questionado sobre porque ignorou os sinais de alerta da Itália sobre o coronavírus, Macron defendeu-se dizendo que abordou a crise “com seriedade e gravidade desde o princípio, quando começou na China”.

“Em cada etapa segui três princípios essenciais: basear as nossas decisões em pareceres científicos, adaptar-me à evolução da crise, tomar medidas proporcionais. Tomámos as medidas mais fortes em França o mais cedo possível. Face a um número semelhante de casos, adotámos as medidas de restrição social alguns dias antes dos nossos parceiros europeus“, afirmou.

Os próximos passos de Macron serão “antecipar e coordenar as medidas para sair da crise”, como indicado “na carta assinada por nove países e que foi entregue durante o Conselho Europeu de quinta-feira”. “É claro que estas medidas terão de ser adaptadas a cada país: não iremos pedir aos italianos nem aos franceses, que foram submetidos às medidas restritivas antes dos outros países europeus, que fiquem estagnados à espera dos outros. Mas se não trocarmos informações sobre essas medidas, se não as coordenarmos, teremos um problema político e de saúde“, acrescentou.

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CDS-PP quer cheque de emergência para empresas encerradas

  • Lusa
  • 28 Março 2020

O CDS apresentou um pacote de 15 medidas de apoio às PME, nas quais se destaca a entrega de um cheque de emergência de até 15 mil euros a cada empresa suspensa devido ao Covid-19.

O CDS-PP apresentou este sábado medidas de apoio à economia com o objetivo de “proteger o emprego” e “provocar um choque de tesouraria”, incluindo a atribuição de um cheque de emergência para empresas com atividade suspensa devido ao coronavírus.

Num vídeo divulgado, o presidente do CDS-PP apresenta o pacote de 15 medidas, entre as quais a atribuição às pequenas e médias empresas (PME) “encerradas ou com a atividade suspensa um cheque de emergência no valor máximo de 15 mil euros“.

Em comunicado, o partido explica que este “apoio a fundo perdido” seria disponibilizado “por três meses” e o valor seria determinado “em função do último balanço, da quebra da faturação e do número de trabalhadores”. Este cheque de emergência estaria “condicionado à obrigatoriedade de manter todos os postos de trabalho e à existência de resultados operacionais positivos nos últimos dois exercícios”.

Francisco Rodrigues dos Santos defende também um “sistema de garantia pública de pagamentos”. Neste âmbito, propõe que as “dívidas do Estado aos particulares sejam imediatamente liquidadas por uma instituição financeira, que depois as cobra ao Estado, assumindo este os encargos desta operação financeira” e que “as faturas comerciais sejam antecipadamente pagas às empresas por uma instituição financeira, com a garantia do Estado”.

Ainda no que toca ao “choque de tesouraria”, o líder do CDS defende a eliminação do “Pagamento Especial por Conta, do Pagamento por Conta e do Pagamento Adicional por Conta de IRC e IRS, bem como as contribuições das PME para a Segurança Social”. Outra das propostas é que “a entrega do IVA ao Estado, o pagamento de IMI e de IRS pelos contribuintes individuais e o IRS retido pelas empresas” seja “diferido por um prazo mínimo de três meses”, podendo ser pago também “em prestações sem juros até ao final do ano”.

Francisco Rodrigues dos Santos afirma que “é necessário ir mais além, fazer mais e apoiar melhor”, salientando que “não basta achatar a curva do contágio da doença”, impõem-se “medidas urgentes para achatar a curva do desemprego, achatar a curva das falências que resultam desta crise e achatar a curva da recessão” que o país vai enfrentar.

Para proteger o emprego, o presidente centrista defende que “os trabalhadores em lay-off tenham o acesso imediato à sua compensação, que deve ser paga diretamente pela Segurança Social, e estender o regime a empresas com quebras de faturação superiores a 20%”, e ainda que sejam alteradas, “já a partir de abril”, as tabelas de retenção na fonte de IRS, para que “nos restantes meses do ano o Estado possa reduzir o valor dos impostos que está a cobrar em excesso”.

Quanto ao reembolso do IRS de 2019, o CDS quer que seja pago em dez dias úteis e que seja proibido o “corte de fornecimento de serviços essenciais a consumidores domésticos, por falta de pagamento” durante o estado de emergência.

Formado em Direito, o presidente do CDS propõe ainda que os profissionais liberais afetados por esta situação tenham direito a uma “prestação social extraordinária”, permitindo “aos advogados e solicitadores optarem pela isenção da obrigatoriedade de pagar a contribuição” à caixa de providência “enquanto durar o estado de emergência, sem penalizações na sua carreira contributiva”.

Para Francisco Rodrigues dos Santos, as medidas anunciadas pelo Governo, liderado pelo socializa António Costa, “de apoio à economia e ao emprego são ainda insuficientes e de acesso restrito”. “Mais do que facilitar o seu endividamento, ou mais do que reembolsar parte dos seus encargos num futuro mais ou menos longínquo, e mais do que adiar as suas obrigações, é preciso injetar liquidez nas empresas o quanto antes, para que elas se possam manter vivas e salvar postos de trabalho”, advoga.

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Conheça as novas regras para os novos leilões do solar pós-Covid-19

Quando o "mercado permitir" serão leiloados mais 700 MW de capacidade solar, concentrados nas regiões do Alentejo e Algarve. A grande novidade passa por projetos de novas centrais com armazenamento.

Deveria ter sido realizado até ao final de março mas, à luz da atual pandemia de Covid-19, o novo leilão de energias renováveis programado pelo Governo para 2020 está agora adiado por tempo indeterminado, anunciou o secretário de Estado da Energia, João Galamba, esta sexta-feira. O Governo mantém a intenção de realizar este ano pelo menos dois novos leilões de energia renovável, com enfoque no solar, depois do “enorme sucesso” dos leilões que tiveram lugar em 2019. No entanto, a nova ronda de licitação só acontecerá quando o “mercado permitir”, admitiu o governante.

Tal como já era esperado, o secretário de Estado acabou assim por admitir que o atual cenário de pandemia do Covid-19 obrigou Governo a adiar por tempo indeterminado os novos leilões de energia solar. “O leilão propriamente dito, a fase de licitação, terá de esperar por uma acalmia nos mercados e uma melhoria da situação que atualmente vivemos”, disse Galamba, sem avançar para já com um horizonte temporal mais definido. Um segundo leilão está também previsto até ao final do ano.

No final de 2019 estavam instalados cerca de 830MW de solar fotovoltaico. Com os 1,3 GW atribuídos no ano passado, o objetivo de atingir 9GW de capacidade instalada fotovoltaica até 2030 pressupõe assim um crescimento de 325%, revelou o Governo.

Para sossegar o mercado e os investidores, Galamba optou por revelar já as regras do novo leilão que, na melhor e mais otimista das hipóteses, poderá resvalar para o final do mês de junho: estarão disponíveis 700 MW de capacidade concentrados apenas nas regiões do Alentejo e Algarve, como explicou Carlos Magno da Direção-Geral de Energia e Geologia. Pelo contrário, em 2019, os lotes leiloados, estavam espalhados por todo o país.

Na prática, cada um dos lotes terá uma capacidade própria (entre 10 e 100 MW) e os promotores podem licitar a totalidade dessa mesma capacidade ou optar apenas por uma parte: mínimo de 10MW nos pontos de ligação à rede através da rede de distribuição (EDP Distribuição); ou 50MW se for pela rede de transporte (REN). À cabeça está o pagamento de uma caução de 10 mil euros por cada MWh (candidatura), mais o respetivo reforço até um valor de 60 mil euros por MWh, para os vencedores garantirem a execução dos projeto.

Em janeiro, no Parlamento, o ministro do Ambiente e Ação Climática, Matos Fernandes, tinha já anunciado que no próximo leilão serão disponibilizados mais 700 a 800 MW, além dos 1.400MW já leiloados em 2019. A novidade passa agora, anunciou Matos Fernandes, por “uma nova opção para os promotores que pretendam desenvolver projetos de armazenamento”. A novidade foi confirmada esta sexta-feira por Galamba, que anunciou a introdução de uma “terceira modalidade [de licitação] que valoriza o armazenamento” e concorre diretamente com as duas outras modalidades: tarifa fixa ou tarifa de mercado, com pagamento de contribuição ao sistema.

“Os moldes do leilão do ano passado serão mantidos, ao nível da licitação e operacionalização da tarifa fixa ou tarifa de mercado com contribuição ao sistema [ambas pelo prazo de 15 anos]. Mas iremos introduzir uma terceira modalidade. Tendo em conta a forte penetração das renováveis e a necessidade de flexibilidade do sistema, o Governo entendeu introduzir uma terceira dimensão que valorizasse as questões do armazenamento. O leilão manterá uma base solar mas terá uma terceira modalidade que concorrerá com as outras duas, através de um cálculo do valor atual líquido para o sistema. Assim, iremos adjudicar os lotes disponíveis entre as três opções diferentes de licitação. A terceira modalidade responde a uma necessidade. O sistema elétrico precisa de flexibilidade, de armazenamento para acomodar uma penetração crescente e acelerada de renováveis e é isso que terceira modalidade irá fazer”, explicou o secretário de Estado.

O governante avisou, no entanto, que os projetos que incluam soluções de armazenamento não serão automaticamente os vencedores. “Se o armazenamento ainda tiver um preço demasiado elevado para o sistema, ganharão apenas projetos nas duas modalidades anteriores. O desenho atual do leilão permite que quem queira investir em armazenamento e for competitivo, possa vencer. Mas não garantimos esse ganho à partida”, disse Galamba sublinhando: “Embora queiramos valorizar e introduzir o armazenamento nos leilões portugueses, não nos comprometemos à partida com a concretização ou não desses projetos. Ou seja, serão ou não concretizados na medida em que sejam competitivos face às outras duas outras alternativas existentes”

A novidade passa por um “mecanismo de pagamento por capacidade”, por MW/ano e não por MWh. Fica assim a porta aberta a quem queira “investir num parque solar com solução de armazenamento e despachabilidade, que garante flexibilidde ao sistema e segure o sistema contra subidas de preço acima de um determinado valor. Se o preço estiver acima do strike price, o sistema recebe a diferença para o preço de mercado. E em contrapartida o sistema irá pagar a quem forneça este serviço um pagamento fixo, de base anual, por capacidade. No leilão, quem queira investir nesta modalidade irá concorrer, licitando para baixo o valor do prémio fixo por MW. E irá também concorrer com as outras duas modalidades de remuneração”, definiu o secretário de Estado, garantindo que o Governo aprendeu com o que “correu menos bem no ano passado”.

Para centrais solares simples, sem armazenamento, a capacidade pode ser atribuída pelo regime da remuneração garantida (tarifa de referência por MWh) ou remuneração de mercado (contribuição em euros por MWh, paga ao sistema elétrico).

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Covid-19: Associação alerta para riscos da mudança da hora em tempos de confinamento

  • Lusa
  • 28 Março 2020

O presidente da Associação Portuguesa de Cronobiologia e Medicina do Sono advertiu que os efeitos potencialmente adversos causados pela mudança da hora podem acentuar-se devido ao confinamento.

O alerta de Miguel Meira Cruz, também diretor do Centro Europeu do Sono, surge na véspera da mudança para o horário de verão, que acontece na madrugada do próximo domingo, e pretende enfatizar “o risco que as alterações dos ritmos biológicos e do sono têm no desequilíbrio do sistema imunitário e no risco de infeção”.

Dormir bem, suficiente e a horas certas, constituem medidas importantes para um aumento da imunidade e prevenção da doença”, defendeu à agência Lusa o coordenador da Unidade de Sono do Centro Cardiovascular da Faculdade de Medicina.

O investigador adiantou que “o surto do novo coronavírus (covid-19) que alarmou o mundo durante o último mês reforçou a importância de um aspeto essencial da vida e da prevenção em saúde pública e comunitária: os ritmos biológicos, nomeadamente o ritmo sono-vigília”.

Meira Cruz e Masaaki Miyazawa, imunologista e diretor da Escola de Ciências Médicas da Universidade de Kindai, no Japão, estão a analisar as interações que podem surgir entre o sistema temporal circadiano, o sistema imunitário, a fisiologia do sono e o desenvolvimento e propagação da doença covid-19.

É indiscutível a importância que assume um relógio interno, mas este, como qualquer outro relógio que nos pretenda antecipar acontecimentos, tem que estar certo e coincidir com a realidade (neste caso a realidade solar parece ser a mais fiel)”, defendeu.

Neste contexto, alertou para os “riscos do desalinhamento horário”, que surgem após a mudança da hora, sobretudo para o horário de verão, e que se traduzem num risco aumentado de enfarte na semana após a mudança.

Mudar a hora tem sempre um diferencial negativo face à passagem de fusos horários: é que quando mudamos de fuso horário durante uma viagem, o sol acompanha essa mudança, e sendo o sol o nosso principal dador de tempo, mais fácil e rapidamente nos adaptamos ao local de chegada”, explicou.

No caso da mudança da hora isto não sucede, o que complica com o sistema de equilíbrio e de adaptação do relógio biológico mestre e por isso tem consequências que são diferentes e potencialmente mais duradouras.

“Esta é aliás uma preocupação atual, dado que, por motivos relacionados com a condição de emergência que atravessamos, as pessoas estão confinadas a um ambiente entre quatro paredes” e muitas delas com pouco acesso à luz natural, um dos principais reguladores do seu tempo interior”.

Meira Cruz salientou que, apesar de esta medida de isolamento ser necessária, “não altera apenas o acesso à luz. Altera comportamentos e rotinas de que depende também a alimentação do nosso acerto horário”.

“No próximo domingo, para aumentar a confusão aos relógios, o horário vai mudar. Continuarão a existir as pessoas para as quais isso significará pouco e continuarão a existir aquelas para as quais isso é de suma importância”, disse, lamentando o facto de as consequências deste risco serem por vezes negligenciadas.

“Apesar daquilo que a ciência objetiva revela, a teimosia e ambição têm imperado nas decisões políticas relacionadas com o tema”, rematou.

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Espanha regista 832 mortos em apenas 24 horas. Atividades não essenciais paralisadas a partir de segunda-feira

O número de casos confirmados de coronavírus em Espanha está nos 72.248, com o número de vítimas mortais a bater um recorde de 832 nas últimas 24 horas, totalizando 5.690.

O número de casos confirmados de coronavírus em Espanha está nos 72.248, com o número de vítimas mortais a bater um recorde de 832 nas últimas 24 horas, totalizando 5.690, anunciou o Ministério da Saúde daquele país. Há mais de 40 mil pessoas hospitalizadas e mais de 12 mil já recuperaram. O Governo decretou a paralisação de todas as atividades não essenciais a partir de segunda-feira.

De acordo com o último balanço feito pelas autoridades espanholas, este foi um novo recorde no número diário de vítimas mortais. Até ao momento, 5.690 pessoas faleceram devido a este surto. Dos 72.248 infetados, 40.630 estão hospitalizados e 4.575 estão nos cuidados intensivos. Registam-se ainda 12.285 pessoas curadas.

Madrid continua a ser a zona mais afetada pela pandemia, com o número total de casos a ascender a 21.520, enquanto se contam 2.757 pessoas falecidas.

Esta madrugada, diz o jornal La Vanguardia (conteúdo em espanhol), aterrou no aeroporto Adolfo Suárez Madrid-Barajas um primeiro envio com cerca de 1,2 milhões de máscaras de proteção. Este material destina-se a profissionais de saúde e trabalhadores do setor dos transportes, segundo anunciou o Ministério dos Transportes do país vizinho.

Apesar destes números, as autoridades espanholas disseram que a situação estava a melhorar em certas zonas do país. “Não sabemos exatamente quando vamos ter a confirmação, mas estamos perto do pico da curva. Em algumas zonas do país pode até ter-se ultrapassado esse pico da curva, mas precisamos de ser cautelosos com informações preliminares”, disse o diretor do Centro de Coordenação de Alertas e Emergências em Saúde do Ministério da Saúde, Fernando Simón.

Governo paralisa todas as atividades não essenciais a partir de segunda-feira

O presidente do Governo espanhol anunciou este sábado a paralisação de todas as atividades não essenciais no país, entre 30 de março e 9 de abril, medida que será aprovada no domingo, em Conselho de Ministros extraordinário. Pedro Sánchez justificou esta “medida excecional” com a necessidade de “intensificar a luta contra a propagação do coronavírus” no país e avançou que os espanhóis têm pela frente “dias muito duros”.

Numa intervenção na Moncloa, sede do Governo espanhol, o chefe do executivo adiantou que esta “medida excecional” implica que todos os trabalhadores de atividades não essenciais “devem ficar em casa a partir de segunda-feira”, em “licença remunerada”, recebendo o respetivo salário “com normalidade”. Quando terminar a pausa forçada, os trabalhadores terão de compensar, de “forma paulatina”, este período de inatividade.

(Notícia atualizada às 19h04 com mais informação)

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