Facebook regista “explosão” na utilização mas receitas publicitárias diminuem

  • Lusa
  • 25 Março 2020

Apesar da "explosão" na utilização da rede social, aumento de participação no Facebook não se está a transformar num aumento de receitas.

O Facebook está a registar um aumento da atividade devido ao confinamento e isolamento de centenas de milhares de pessoas devido à pandemia do novo coronavírus, mas, em contrapartida, as receitas publicitárias diminuíram, informou a rede social na terça-feira.

“Em muitos países severamente afetados pelo vírus, o volume de mensagens trocadas mais que duplicou em um mês“, revelaram Alex Schultz e Jay Parikh, vice-presidentes do grupo, em comunicado.

Segundo os mesmos responsáveis da empresa, a “explosão” das utilizações digitais atinge também as chamadas (áudio e vídeo) via WhatsApp e Messenger.

Por exemplo, na Itália, onde a pandemia foi mais intensa na Europa, “o tempo gasto em ligações em grupo (com três ou mais participantes) aumentou 1.000% no último mês”.

Essa tendência vai continuar, já que vários outros países europeus, americanos e africanos estão a seguir políticas de contenção e isolamento dos cidadãos.

Desta forma, mais de 2,6 mil milhões de pessoas em todo o mundo foram aconselhadas a ficar em casa.

Para a rede Facebook, o aumento de participação na rede online não se transforma num aumento de receitas, uma vez que, explicou, não se obtém lucro com “serviços em que os utilizadores usam mais do que o habitual”.

“Vemos a nossa atividade publicitária a enfraquecer em países que tomaram medidas drásticas para reduzir a propagação da covid-19”, alegaram Schultz e Parikh

Sem aludirem à crescente pressão sobre os servidores desta rede global e das suas equipas, os responsáveis da Facebook indicaram, contudo, que engenheiros e programadores trabalham em casa para garantir que as aplicações da gigante da tecnologia permaneçam “rápida e confiáveis”.

Tal como a Netflix ou o YouTube, a plataforma Facebook optou por reduzir temporariamente a taxa de bits de vídeos no Facebook e Instagram em determinadas regiões.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia de Covid-19, já infetou mais de 400 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 18.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, e a Itália é o país do mundo com mais vítimas mortais, com 6.820 mortos em 69.176 casos.

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Saúde com “carta branca” para gastar no combate ao coronavírus

O Conselho de Ministros criou um regime excecional de autorização de despesa para fazer face à pandemia de coronavírus. Marcelo já promulgou.

Para fazer face à pandemia de coronavírus, o Conselho de Ministros criou um regime excecional de contratação pública e de autorização de despesa e outro em matéria de gestão de recursos humanos e aquisição de serviços. Marcelo Rebelo de Sousa já promulgou.

Com este novo regime, a Direção-Geral da Saúde (DGS) e a Administração Central do Sistema de Saúde podem, a partir desta quarta-feira, autorizar despesa para combater o surto, “independentemente do montante, para a aquisição de equipamentos, bens e serviços”. Isto permitirá “dar uma resposta, com maior rapidez, às aquisições de bens, equipamentos e serviços necessários para fazer face à doença”.

Assim, passam a aplicar-se “medidas especiais e de caráter urgente”, que “visam garantir aos prestadores de saúde e às entidades públicas a disponibilização de tais equipamentos, bens e serviços, para fazer face à conjuntura atual”, refere a portaria.

O Presidente da República já promulgou este diploma do Governo, assim como outro que cria os concursos especiais de ingresso no ensino superior para titulares dos cursos de dupla certificação do ensino secundário e cursos artísticos especializados.

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Estímulos orçamentais puxam pelas bolsas europeias. Lisboa ganha 4%

As principais praças europeias mantêm a tendência de ganhos da última sessão, assim como a bolsa portuguesa. Investidores aplaudem estímulos orçamentais.

Os estímulos orçamentais para responder ao surto de coronavírus estão a dar confiança aos investidores na Europa. As principais praças europeias seguem em forte alta pela segunda sessão consecutiva, com o português PSI-20 a ganhar 405% para 4.038,930 pontos.

Este é o valor mais elevado em duas semanas do índice, que não negociava acima dos 4 mil pontos desde 11 de março. Entre as cotadas que mais sobem estão as do setor do papel e pasta de papel: a Altri avança 8,1%, a Navigator 3,51% e a Semapa 5,17%.

Na energia, a EDP sobe 4,35%, a EDP Renováveis valoriza 2,82% e a Galp Energia dispara 4,05%. A REN — que irá apresentar resultados esta quarta-feira — soma 6,3%. O BCP sobe 4,83% e a Jerónimo Martins avança 1,3%.

Os fortes ganhos generalizados nas ações estão a ser suportados pelo acordo conseguido nos EUA. Os líderes do Senado norte-americano e a Administração de Donald Trump deram luz verde a um mega pacote de estímulos orçamentais para responder ao surto de Covid-19. São 2 biliões de dólares (equivalente a 1,85 biliões de euros) para ajudar relançar a maior economia mundial.

Do lado da Europa, que continua a ser o foco da pandemia, o Eurogrupo não chegou a um entendimento em relação às coronabonds, mas Mário Centeno garantiu que nenhuma solução foi posta de lado. “Há amplo apoio para considerar uma salvaguarda de suporte a crises pandémicas com base num instrumento de precaução existente no ESM como uma linha de crédito com condições reforçadas (ECCL, sigla em inglês)”, frisou.

As várias iniciativas que se multiplicam causaram na terça-feira um forte rally, que se prolonga nesta sessão. Após o disparo de 8% da bolsa de Tóquio e de 2% de Xangai, a Europa segue em alta. O índice Stoxx 600 ganha 3%, o alemão DAX sobe 2,64%, o francês CAC 40 avança 2,6% e o espanhol IBEX 35 soma 2,85%.

(Notícia atualizada com cotações às 10h00)

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Coronavírus obriga Estado a compensar concessionárias

  • ECO
  • 25 Março 2020

A queda no tráfego nas autoestradas nacionais devido ao coronavírus vai obrigar o Estado a compensar as concessionárias e subconcessionárias.

Uma das consequências do surto do novo coronavírus está a ser sentidas nas autoestradas nacionais. Nos últimos dias tem havido uma quebra acentuada no tráfego e, para as concessionárias, isso significa perda de receita. Contudo, diz o Jornal de Negócios, há uma cláusula nos contratos que prevê uma compensação por parte do Estado, garantindo a reposição do equilíbrio financeiro.

As concessionárias e subconcessionárias das autoestradas já estão a notificar o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) e a Infraestruturas de Portugal (IP), para que não seja alegado incumprimento por verem dificultada ou impedida a resposta a algumas das suas obrigações. Após esta comunicação, será altura de exigir ao Estado a tal compensação.

E isto é possível porque os contratos preveem que, neste tipo de situações, o Estado assuma as responsabilidades. Uma das hipóteses possíveis para fazer essa compensação poderá ser a extensão do prazo da concessão, tal como já foi feito em Espanha. Desde que foi decretado o estado de emergência, o tráfego nas autoestradas nacionais caiu cerca de 75%.

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Senado dos EUA e Casa Branca dão luz verde a pacote de estímulos de 2 biliões de dólares

  • ECO e Lusa
  • 25 Março 2020

O plano histórico terá ainda de ser aprovado pela Câmara dos Representantes, cuja maioria é democrata, antes de ser promulgado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Os líderes do Senado norte-americano e a Administração de Donald Trump chegaram a acordo para um mega pacote de estímulos orçamentais para responder ao surto de Covid-19. São 2 biliões de dólares (equivalente a 1,85 biliões de euros) para ajudar relançar a maior economia mundial.

O anúncio foi feito esta madrugada pelo chefe da maioria republicana no Senado dos EUA, sendo que os democratas e a Casa Branca após um impasse que durava há vários dias.

Após dias de intensas discussões, o Senado chegou a um acordo entre os dois partidos [democrata e republicano] sobre um plano histórico (…). Aprovaremos este texto ainda hoje”, afirmou o senador republicano Mitch McConnell.

O plano histórico de 1,85 biliões de euros terá ainda de ser aprovado pela Câmara dos Representantes, cuja maioria é democrata, antes de ser promulgado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 400 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 18.000. Os Estados Unidos contabilizam quase 600 mortes e mais de 50.000 casos positivos, segundo uma contagem da Universidade Johns Hopkins.

O país é, assim, já o terceiro com mais casos registados, atrás da China e da Itália, e a Organização Mundial de Saúde admite que se possa tornar o epicentro mundial da pandemia.

A Casa Branca anunciou que está a ponderar formas de facilitar as orientações de distanciamento social, que já tiraram os trabalhadores dos seus postos, encerraram escolas e estão a provocar uma desaceleração generalizada da economia.

“Temos de voltar ao trabalho muito mais cedo do que as pessoas pensam”, disse o Presidente norte-americano, Donald Trump, na terça-feira, referindo-se à duração das regras de confinamento e explicando temer que a recessão económica provoque mais mortes do que a pandemia.

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Sondagem: Dois terços dos portugueses concordam com estado de emergência

  • Lusa
  • 25 Março 2020

Apesar de considerarem as medidas do Governo de boas, esmagadora maioria dos entrevistados (80%) não tem dúvidas de que impacto da crise vai ser muito grande.

Mais de dois terços dos portugueses concordam com a declaração do estado de emergência devido à pandemia Covid-19 e consideram boas ou razoáveis as medidas do Governo para lidar com a situação, segundo um estudo da Eurosondagem.

Na sondagem para o Porto Canal e jornal i, 77,2% dos inquiridos afirmam concordar com a declaração do estado de emergência, contra 5,2% que discordam e 17,6% que tem dúvidas ou não sabe responder.

Quanto às medidas do Governo para combater a pandemia do novo coronavírus, 48% considera serem boas e 24,8% razoáveis, enquanto 10% acha que são más e 17,2% tem dúvidas ou não ou quer responder.

Sobre o impacto da crise do Covid-19 na economia e no emprego, a esmagadora maioria dos entrevistados (80%) não tem dúvidas de que vai ser muito grande (69%) ou grande (11%). Neste ponto, 7,2% dos inquiridos consideram que o impacto não será muito grande e 12,8% tem dúvidas ou não sabe ou quer responder.

O estudo da Eurosondagem foi realizado a partir de 710 entrevistas telefónicas validadas, realizadas entre os dias 20 e 23 de março.

Além da televisão Porto Canal e do diário i, o estudo foi feito também para o Açoreano Oriental, Correio do Minho, Diário de Aveiro, Diário de Coimbra, Diário Insular, Diário de Leiria, Diário de Notícias da Madeira, Diário de Viseu e Oeiras Actual e Postal do Algarve.

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Governo afasta adiamento dos prazo de IRS e IMI

  • ECO
  • 25 Março 2020

Empresas terão moratória no pagamento de impostos e nas entregas à Segurança Social das retenções efetuadas aos trabalhadores, mas as famílias não. A opção é pedir o pagamento em prestações.

As famílias em Portugal deverão ter de pagar impostos como o IRS e IMI nos prazos normais. Apesar de o Governo estar a implementar uma série de medidas para aliviar o impacto financeiro do surto de coronavírus, o ministério das Finanças confirmou ao Jornal de Negócios (acesso pago) que não estão, para já, previstas alterações aos prazos destes impostos.

“Sem prejuízo de terem sido implementadas medidas de apoio às famílias e empresas relativamente às obrigações tributárias do segundo trimestre de 2020, o Governo continuará a acompanhar e avaliar de perto a evolução da conjuntura atual“, diz o gabinete de Mário Centeno, ao Negócios.

As empresas têm à disposição uma moratória no pagamento de impostos e nas entregas à Segurança Social das retenções efetuadas aos trabalhadores, mas as famílias não. A opção é pedir o pagamento em prestações. Para justificar a diferença, o ministério das Finanças explica que “a flexibilização no pagamento do IRS, IRC do IVA pretende assegurar a liquidez das empresas que, por sua vez, asseguram os rendimentos dos seus trabalhadores”.

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Hoje nas notícias: Impostos, concessionárias e energia

  • ECO
  • 25 Março 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

As consequências do coronavírus continuam a marcar a atualidade. No mundo empresarial, há já empresas que estão a falhar pagamentos a fornecedores, sendo que as portas fechadas estão a ditar uma quebra no consumo de energia em Portugal. O Estado vai ter de pagar às concessionárias para as compensar dos efeitos da pandemia, já relativamente aos contribuintes não haverá adiamento dos prazo de IRS e do IMI.

Pandemia obriga Estado a compensar concessionárias

Um dos efeitos do coronavírus é a quebra do tráfego nas autoestradas nacionais e, para compensar esse cenário, as concessionárias e subconcessionárias já estão a informar o Instituto de Mobilidade e dos Transportes (IMT) e a Infraestruturas de Portugal (IP). E o Estado vai ter de compensar estas concessionárias, sendo que uma das hipóteses poderá ser a extensão do prazo da concessão. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (link indisponível)

10% a 20% das empresas já está a falhar pagamentos a fornecedores

Obrigadas a fechar ou a reduzir drasticamente atividade devido ao surto de coronavírus, várias empresas já estão a sentir dificuldades em fazer face às obrigações que têm, nomeadamente junto de fornecedores. A Marsh admite que até um quinto das cobranças já estejam em incumprimento. “Pela partilha que os nosso clientes têm vindo a fazer connosco, acreditamos que 10% a 20% da carteira tenha vindo a sofrer algumas restrições de cobertura”, estima Leonardo Palminha, analista da Marsh. Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

Prazos para pagar IRS e IMI não vão ser adiados

O Governo tem lançado uma série de medidas para reduzir o impacto financeiro do surto de coronavírus para famílias e empresas, mas IRS e IMI não deverão alterar-se. Para já, não há intenção de adiar estes impostos. “Sem prejuízo de terem sido implementadas medidas de apoio às famílias e empresas relativamente às obrigações tributárias do 2.º trimestre de 2020, o Governo continuará a acompanhar e avaliar de perto a evolução da conjuntura atual”, diz o ministério das Finanças. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Consumo de energia cai com estado de emergência

No primeiro dia do estado de emergência nacional, o consumo de eletricidade no país caiu para o valor mais baixo desde o início do mês, adiantou fonte da REN. Isto pode ser justificado pela paragem de muitas fábricas, uma tendência que continuará nos próximos dias. Entre os dias 2 e 19, o consumo desceu 8,5%. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Vagas para professores contratados sobe para 872

Vão entrar nos quadros das escolas 872 professores, no próximo ano letivo, que estão atualmente a contrato. Estes incluem-se num grupo que conta com 30 mil docentes que estão nas escolas a contrato. As vagas para o próximo concurso externo de colocação de docentes foram fixadas pelo ministério da Educação esta segunda-feira. É o terceiro maior lote de contratados dos últimos seis anos e o concurso abre esta quarta-feira. Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

 

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BE quer que apoio excecional para pais se estenda à Páscoa

  • Lusa
  • 25 Março 2020

"Período excecional exige medidas excecionais", diz o Bloco, pedindo ao Governo que apoio excecional aos pais devido à pandemia Covid-19 durante as férias da Páscoa,

O BE propôs que o Governo prolongue o apoio excecional aos pais devido à pandemia Covid-19 durante as férias da Páscoa, uma medida quer para trabalhadores por conta de outrem quer para trabalhadores independentes.

Esta recomendação ao executivo foi feita através de um projeto de resolução dos bloquistas que é hoje entregue no parlamento e ao qual a agência Lusa teve acesso.

Assim, os bloquistas defendem a alteração do decreto-lei 10-A/2020, um dos diplomas aprovados recentemente para fazer face à pandemia, para que seja garantida “a justificação das faltas dos trabalhadores motivadas por assistência a filhos ou dependentes menores durante os períodos de interrupção letiva, bem como o consequente apoio excecional à família para trabalhadores por conta de outrem ou independentes”.

No projeto de resolução do BE é defendido que a “criação deste apoio foi essencial para o cumprimento do isolamento social necessário à contenção do Covid-19.

“No entanto, este regime extraordinário de justificação de faltas ao trabalho e de apoio mensal aos trabalhadores é interrompido durante as férias da Páscoa, mesmo que a suspensão das atividades letivas e não letivas venha a ser prolongada além do dia 30 de Março, data de início da interrupção letiva da Páscoa”, explicam.

De acordo com os bloquistas, muitas famílias já tinham organizado a sua vida de forma a garantir o acompanhamento dos dependentes menores de 12 anos durante as férias, mas “muitas dessas soluções passavam pelo recurso aos avós ou a centros de atividades, colégios ou respostas sociais que agora se encontram encerradas”.

É preciso ter em conta que a obrigação de permanecer em casa implica o acompanhamento das crianças por um adulto, o que se torna impossível sem o regime de faltas previsto no artigo 22.º do Decreto-Lei 10-A/2020, de 13 de março. Acresce que este apoio mensal se tornou numa das prestações mais importantes para fazer face à quebra de rendimentos repentina de muitas famílias”, defendem.

Para o BE, “a interrupção do apoio extraordinário à família para trabalhadores durante as férias da Páscoa acarreta riscos laborais, sociais e até sanitários que não devem ser ignorados”.

Um período excecional exige medidas excecionais. O Governo já anunciou que está disposto a prolongar este apoio às famílias com crianças em creches. Mas isso não basta. O país tem respondido de forma exemplar às orientações das autoridades de saúde para permanecer em casa, cabe ao Governo garantir todas as condições para isso possa acontecer”, avisa.

Já no debate quinzenal de terça-feira, a coordenadora do BE, Catarina Martins, levantou esta questão ao primeiro-ministro, António Costa, e quis saber se o apoio que está a ser dado aos pais que estão com os filhos em casa devido ao encerramento das escolas será prolongado, abrangendo assim as férias da Páscoa.

António Costa, na resposta, lembrou que esta foi uma “medida extraordinária para uma situação que foi inesperada”, mas afastou a possibilidade de a manter “relativamente àquela situação que era previsível”, como o caso das férias da Páscoa.

“Temos de ter em conta que provavelmente no dia 09 de abril a decisão que estaremos a tomar é prolongar esta situação e esta medida muito para além das férias da Páscoa”, explicou o primeiro-ministro.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, há 33 mortes e 2.362 infeções confirmadas, segundo o balanço feito terça-feira pela Direção-Geral da Saúde, que regista mais 302 casos do que na segunda-feira. O país encontra-se em estado de emergência até às 23:59 de 02 de abril.

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Transdev reclama dívidas ao Estado para “sobreviver” e pagar salários

  • Lusa
  • 25 Março 2020

Surto de Covid-19 provocou "uma redução da atividade da Transdev, que se traduz numa quebra de receitas da ordem dos 90%”. Pede que Estado pago dívidas para conseguir "sobreviver".

O Grupo Transdev anunciou quebra de 90% nas receitas devido à pandemia do Covid-19, apelando ao Estado que regularize o pagamento de nove milhões de euros, para conseguir “sobreviver” e pagar cerca de 2.000 salários.

Para reduzir o impacto desta situação nas contas da empresa e assegurar o pagamento de salários aos cerca de 2.000 trabalhadores do Grupo no próximo trimestre, a Transdev apelou ao Estado para regularizar o pagamento imediato de nove milhões de euros que tem em dívida para com a empresa”, refere o grupo, em comunicado enviado à agência Lusa.

A Transdev diz que “já solicitou ao Governo e às autoridades de transportes que procedam a esse pagamento para permitir a sobrevivência da empresa”, acrescentando que, “em tempos normais, o período de pagamento é superior a seis meses” e o que a empresa pretende “é que este prazo seja reduzido para 15 dias”.

“Para o Conselho de Administração do grupo Transdev em Portugal, está em causa a sobrevivência da empresa. Sem o pagamento das dívidas por parte das entidades públicas, não será possível garantir postos de trabalho e serviços à população”, lê-se no comunicado.

A empresa explica que as restrições à mobilidade decretadas para combater o surto de Covid-19 “provocaram uma redução da atividade da Transdev, que se traduz numa quebra de receitas da ordem dos 90%”.

A título de exemplo, o Grupo refere que “a diminuição da atividade nas linhas urbanas e interurbanas chegou aos 80%, enquanto nos serviços expresso a descida é de 85%”.

“A Transdev solicitou ainda a definição de um procedimento único, a adotar por todas as autoridades de transporte, à semelhança do que se verificou na AML – Área Metropolitana de Lisboa e na AMP – Área Metropolitana do Porto, garantindo a todos os operadores, a partir do dia 16 de março, a receita recebida pela prestação de serviços de transporte público, tendo por base os valores do período homólogo do ano anterior atualizado pela TAT [Taxa de Atualização Tarifária”], defende a empresa.

A Transdev apelou também às autoridades, “com caráter de urgência”, a suspensão imediata de todos os processos de contratualização que estejam em curso, assim como [o] não lançamento de quaisquer procedimentos tendentes à contratualização das obrigações de serviço público.

“Isto porque, nesta altura, as equipas de trabalho estão consideravelmente reduzidas, estando limitada ao máximo a prestação de trabalho presencial”, justifica a empresa.

Na segunda-feira, o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN) denunciou que o Grupo Transdev estava a impor a cerca de 1.500 motoristas o gozo de férias em face da diminuição dos números passageiros por causa da covid-19.

Em declarações à Lusa, o administrador Rui Silva, admitiu que a Transdev está a “incentivar” que alguns dos colaboradores gozem parte das férias nesta fase, “sempre no cumprimento da lei” e mantendo os trabalhadores, em casa, o mesmo nível remuneratório.

O administrador sublinhou que esta medida, a qual está a ser articulada com os trabalhadores, será analisada à medida que a situação vai evoluindo, sempre com o objetivo de “acautelar os postos de trabalho”.

O STRUN denunciou ainda que a Transdev está a assegurar apenas 5% das suas carreiras, havendo municípios, como Guimarães e Vizela, onde a empresa já não assegura nenhuma carreira, enquanto noutros concelhos, como Santo Tirso e Póvoa de Varzim assegura apenas um horário de manhã e outro à noite.

Rui Silva explicou que o que a empresa está a fazer é adaptar, diariamente e com equipas no terreno, “a oferta à procura”, num momento em que foi pedido às pessoas “para que fiquem em casa”, garantindo que a Transdev tem cumprido com as suas obrigações.

Há 20 anos em Portugal, a Transdev conta com cerca de 2.000 colaboradores, uma frota de mais de 1.500 viaturas e transporta 21 milhões de passageiros por ano.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia Covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, há 33 mortes e 2.362 infeções confirmadas, segundo o balanço feito na terça-feira pela Direção-Geral da Saúde.

Dos infetados, 203 estão internados, 48 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 22 doentes que já recuperaram.

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CEO mais bem pagos ganharam mais em 2019. Top 3 arrecadou seis milhões

Em conjunto, os líderes da EDP, Jerónimo Martins e Galp Energia ganharam mais 2,8% do que em 2018. António Mexia continua no topo.

Os três CEO mais bem pagos das empresas da bolsa portuguesa receberam, em conjunto, mais de seis milhões de euros no ano passado, entre remuneração fixa e variável. No top 3 do PSI-20, — que é composto pelos CEO da EDP, Jerónimo Martins e Galp Energia — apenas um recebeu menos em 2019 do que no ano anterior.

O líder da EDP, António Mexia, mantém-se no topo da lista como o gestor mais bem pago do país. No total, recebeu 2,17 milhões de euros brutos, apesar de o montante ter encolhido 1,5% face aos 2,2 milhões de euros recebidos em 2018.

A remuneração fixa referente a 2019 fixou-se em 1.015.024 euros, enquanto a remuneração variável plurianual ascendeu a 826.407 euros. Ambos aumentaram face ao ano anterior pelo que a grande diferença no rendimento de Mexia está na remuneração variável anual, que caiu para quase metade: 325.032 euros.

Ainda assim, Mexia ganhou mais de dois milhões de euros. Em 2018, tinha sido o único CEO do PSI-20 neste grupo, mas no ano passado recebeu mais um elemento. O salário do CEO da Jerónimo Martins, Pedro Soares dos Santos, aumentou, colocando-o de novo no restrito grupo de gestores que ganharam mais de dois milhões de euros.

A remuneração fixa do CEO da cadeia dona do Pingo Doce fixou-se em 685 mil euros no ano passado. A este valor, acrescem ainda 1,08 milhões de euros de componente variável — atribuída e paga em 2019, na sequência da avaliação de desempenho no exercício de 2018 –, bem como 306.395,81 para o plano de poupança para a reforma.

Feitas as contas, o salário de Pedro Soares dos Santos ascendeu a 2,07 milhões de euros, o representa uma subida de 8,8% face aos 1,9 milhões que Pedro Soares dos Santos tinha recebido em 2018.

A fechar o top 3 dos gestores mais bem pagos em Portugal está Carlos Gomes da Silva. O CEO da Galp Energia também viu a remuneração aumentar no ano passado, mas não o suficiente para entrar no clube dos dois milhões de euros.

A remuneração global do presidente executivo da Galp Energia aumentou em 1,5% para quase 1,8 milhões de euros, depois de ter recebido 1,75 milhões de euros, no ano passado.

A componente fixa totalizou 980 mil euros, mas entre remunerações variáveis, PPR e outros, o valor total foi de quase o dobro. O bónus do ano passado foi de 181 mil euros, inferior aos 227 mil euros do prémio plurianual. Só com PPR recebeu 245 mil.

Em conjunto, os líderes da EDP, Jerónimo Martins e Galp Energia ganharam assim um total de 6,016 milhões de euros no ano passado. Ou seja, os três receberam — entre remuneração fixa e variável — mais 2,8% do que os 5,852 milhões recebidos em 2018.

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5 coisas que vão marcar o dia

INE divulga contas nacionais, podendo revelar um excedente orçamental em 2019. A DGS atualiza números do Covid-19 e a REN apresenta contas.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga as contas nacionais trimestrais de 2019, que poderá revelar um inédito excedente orçamental. A Direção-Geral de Saúde (DGS) faz nova contagem do número de casos confirmados de Covid-19 assim como do número de vítimas mortais. A REN presta contas em Lisboa e lá por fora o Eurostat divulga números do comércio internacional.

Portugal fechou 2019 com excedente?

António Costa admitiu esta terça-feira no Parlamento que existe uma “grande probabilidade” de Portugal ter fechar 2019 com um excedente orçamental. O INE divulga este número durante a manhã com a publicação das contas nacionais trimestrais do ano passado.

Medina anuncia medidas de apoio contra vírus

Fernando Medina apresenta em conferência de imprensa, às 10h00, as medidas da Câmara de Lisboa para apoiar as famílias e a atividade económica da cidade, devido ao impacto do surto do novo coronavírus. Esta terça-feira já foi anunciado que permitirá o adiamento do pagamento das rendas em fogos municipais até dia 30 de junho.

Quantos casos e vítimas do Covid-19?

A DGS volta a atualizar os números relativos à pandemia do novo coronavírus em Portugal. Os últimos dados contabilizam 33 mortes e mais de 2.300 casos confirmados de infeção pelo vírus.

REN presta contas ao mercado

A REN, a gestora da rede elétrica nacional, apresenta as contas relativas ao ano passado. A empresa liderada por Rodrigo Costa anunciou lucros de 86,3 milhões de euros até setembro de 2019, uma queda de 5% face ao período homólogo. Outro ponto de interesse: qual será o valor do dividendo?

Guerra comercial teve impacto na Europa?

O Eurostat atualiza as estatísticas do comércio internacional em 2019, um ano marcado pela disputa comercial dos EUA com todo o mundo, incluindo a Europa.

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