Há um “kit” de diagnóstico ao coronavírus made in Portugal

  • ECO
  • 24 Março 2020

Estes "kits" usam reagentes fabricados no país e custam cerca de 30 euros. A ideia é começar com 300 testes diários, mas o objetivo é chegar aos 1.000.

O Instituto de Medicina Molecular (IMM) da Universidade de Lisboa criou um kit de diagnóstico ao coronavírus totalmente português, usando reagentes fabricados em Portugal e seguindo a “receita” da Organização Mundial da Saúde (OMS). Os kits já estão acreditados e, se tudo correr bem, permitirão realizar 1.000 testes de rastreio por dia, diz o Público.

Usando a mesma tecnologia aplicada no IMM na investigação do parasita da malária — extração e deteção do vírus –, assim como os reagentes produzidos no país para essa mesma tecnologia, foi então criado este kit de diagnóstico. Maria Manuel Mota, investigadora do IMM, espera “daqui a uns três dias fazer diagnósticos”.

Inicialmente estão previstos 300 testes por dia, passando depois a 500, mas o objetivo é alcançar os 1.000 testes diários. Os resultados demoram cerca de duas a três horas. Estes testes, disse a investigadora e autora da ideia, custam cerca de 30 euros, mas o IMM não está, por enquanto, preocupado com isso.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo prolonga suspensão dos voos para Itália até 7 de abril

Suspensão entra em vigor às 00h00 do dia 25 de março e pelo mesmo período de 14 dias. Ou seja, até 7 de abril de 2020 não haverá ligações para Itália.

Depois de suspender os voos para Itália até 25 de março, e à luz do agravar dos casos de contágio por Covid-19, o Governo decidiu prolongar a suspensão por mais 14 dias. Até 7 de abril não haverá voos.

“Face à intensidade da pandemia Covid-19 que ainda se verifica em Itália, o Ministério das Infraestruturas e da Habitação, em articulação com o Ministério da Saúde e da Administração Interna, decidiu prorrogar por mais 14 dias o despacho de 10 de março que suspendeu os voos de todas as companhias aéreas, comerciais ou privados, com destino ou partida dos aeroportos ou aeródromos portugueses para todas as regiões de Itália“, diz o Ministério das Infraestruturas.

“O novo despacho que estende a suspensão entra em vigor às 00h00 do dia 25 de março e pelo mesmo período de 14 dias (até 7 de abril de 2020)”, salienta.

Esta medida, ta como já acontecia na suspensão inicial, “não se aplica a aeronaves do Estado, voos para transporte exclusivo de carga e correio, bem como a voos de caráter humanitário ou de emergência médica e a escalas técnicas para fins não comerciais”, remata.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Coronavírus dita corrida ao ouro em barra. “É um pouco como o papel higiénico”

  • ECO
  • 24 Março 2020

Comerciantes revelam procura sem precedentes por ouro em barra com os pequenos investidores a tentarem proteger as poupanças do colapso nos mercados financeiros.

A pandemia de coronavírus está a gerar ansiedade por todo o mundo, causando uma corrida aos supermercados e farmácias. Enquanto os receios das consequências do isolamento social levou consumidores a abastecerem as despensas, os receios sobre o impacto do surto nas poupança levou a uma corrida ao ouro em barra.

Temos de ser criativos para encontrar novas formas de dar resposta“, explicou Markus Krall, CEO da retalhista de metais preciosos Degussa, ao Financial Times (acesso condicionado). Krall releva que tem tido dificuldades em responder ao forte apetite dos clientes por moedas e barras de ouro.

Na Degussa, a procura é cinco vezes superior ao normal. “O que está a causar esta procura são as medidas anunciadas pelas autoridades para parar o coronavírus. Isto não tem precedentes“, acrescenta.

O mesmo está a acontecer na BullionbyPost, onde o fundador e diretor Rob Halliday-Stein também está a assistir a uma procura como nunca. “Basicamente estamos a vender assim que temos stock nos cofres da loja. Mas estamos restringidos ao que conseguimos ter acesso. É um pouco como o que está a acontecer com o papel higiénico”, conta Halliday-Stein ao FT.

Os dois comerciantes de ouro em barra espelham a situação que se vive nos mercados. Os investidores, especialmente os de retalho, têm reforçado o investimento em ouro nas últimas duas semanas num esforço para proteger as poupanças do colapso nos mercados financeiros. Os preços atingiram máximos de sete anos a 9 de março, a valer 1.700 dólares por onça.

O aumento da procura é acompanhado por uma diminuição na oferta já que as maiores refinarias de ouro da Europa — a Valcambi, a Pamp e a Argor-Heraeus — situam-se todas na região suíça de Ticino e as autoridades locais interromperam temporariamente a produção, de acordo com o FT.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Com o vírus, preço da carne dispara. Peixe está mais barato

  • ECO
  • 24 Março 2020

Preço do frango e da carne de vaca disparou 30% numa semana, com a menor oferta. Peixe está mais barato.

Portugal viveu uma corrida aos supermercados, que deixou muitas prateleiras vazias. Depois das despensas cheias para enfrentar o isolamento devido à pandemia, a afluência moderou, estando as superfícies comerciais abastecidas dos mais variados produtos, desde mercearia até à carne. Contudo, os preços estão mais altos, tanto no caso do frango como da carne de vaca, diz o Jornal de Notícias.

Peitos de frango, que custavam 4,99 euros o quilo no início do mês, estão a ser vendidos, agora, a 6,49 euros, um aumento de 30%, sendo que o mesmo aumento verifica-se no caso da carne de vaca. E mesmo a carne de porco está 20% mais cara, diz o jornal, justificando a subida dos valores com a origem destes produtos: Espanha, país que está já praticamente parado por causa do vírus.

Marianela Lourenço, secretária-geral da Associação de Comerciantes de Carne, recusa falar em especulação, antes na menor oferta num contexto de procura elevada. Nessa mesma base, mas tendo em conta o encerramento de mercados, lotas e restaurantes, o preço do peixe está a cair.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Democratas fazem contra-proposta para estímulos de 2,5 biliões nos EUA

Plano do presidente Donald Trump foi chumbado, mas ainda poderá ser aprovado um mega plano de estímulos para travar o impacto do coronavírus na economia norte-americana.

Os democratas norte-americanos fizeram uma contra-proposta de estímulos para travar o impacto do coronavírus na economia dos EUA, depois de a proposta do presidente Donald Trump ter sido chumbada na segunda-feira. Se for aprovado, o novo plano poderá ser até maior que o inicial ao totalizar 2,5 biliões de dólares.

A porta-voz Nancy Pelosi anunciou a proposta legislativa que abrange financiamento para saúde, incluindo vacinas e tratamentos gratuitos para infetados com coronavírus, mesmo que não tenham seguro, 150 mil milhões em financiamento direto a hospitais e outros programas de saúde e nutrição.

Este prevê pagamentos diretos às famílias (entre 1.500 dólares para solteiros a 7.500 para uma família de cinco pessoas), o alargamento do acesso a licença médica e de assistência à família e 600 dólares por semana para desempregados. Há ainda 500 mil milhões para pequenas e médias empresas, 60 mil milhões para aliviar dívida estudantil ou 4 mil milhões para preparar as próximas eleições.

Este plano de estímulos orçamentais é uma alternativa ao que tinha sido apresentado pelo presidente Donald Trump, de quase dois biliões de dólares. Essa proposta não recebeu “luz verde” dos democratas no Congresso norte-americano que o consideraram excessivamente generoso para as grandes empresas.

Administração, Republicanos e Democratas concordam todos na urgência de aprovar um plano de ajuda devido à pressão que a pandemia global está a gerar sobre os recursos de saúde, bem como sobre a economia.

É cada vez mais certo que o Covid-19 poderá pôr fim ao maior ciclo de crescimento económico dos Estados Unidos. Entre as estimativas mais pessimistas está a dos analistas do banco de investimento Morgan Stanley, que atualizaram as projeções para a economia do país esta segunda-feira, e estimam um tombo de 30% no PIB no segundo trimestre do ano, acompanhado de uma subida da taxa de desemprego para 12,8%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revista de imprensa internacional

  • ECO
  • 24 Março 2020

O surto de coronavírus tem levado a uma corrida a barras e moedas de ouro e prata, mas também tem mexido com outros setores, como a banca. Os aeroportos também querem ser ajudados.

Com o vírus a contagiar os mercados, muitos investidores procuram refúgio no ouro, levando a um crescimento expressivo por barras e moedas de tanto neste metal precioso como em prata. Na banca, o Santander decidiu criar um fundo solidário e, para isso, vai cancelar o dividendo intercalar e cortar nos salários dos membros da administração. No desporto, há cada vez mais países a pressionarem para um adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Financial Times

Coronavírus leva a corrida a ouro em barra

Investidores de retalho na Europa e nos EUA têm procurado barras e moedas de ouro e prata nas últimas duas semanas para protegerem o seu dinheiro do colapso nos mercados causado pela pandemia de coronavírus. A corrida ao ouro levou o preço do metal precioso para máximos de sete anos — 1.700 dólares por onça — a 9 de março e os traders alertam para escassez global de ouro em barra. Há mesmo quem compare a corrida ao ouro com o açambarcamento de papel higiénico. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Expansión

Santander cancela dividendo intercalar. Botín reduz salário em 50%

Santander vai dar menos dinheiro aos acionistas, mas também aos seus gestores. O banco espanhol vai cancelar a remuneração intercalar que deveria entregar aos investidores, isto ao mesmo tempo que os salários da administração vão ser revistos em baixa. Parte da poupança servirá para criar um fundo solidário para ajudar a combater a pandemia. Leia a notícia completa no Expansión (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Financial Times

Aeroportos também querem ser ajudados por Bruxelas

Os aeroportos europeus estimam perdas de 14 mil milhões de euros em receitas devido ao surto de coronavírus e consequentes restrições nas viagens e, por isso, defendem que também devem ser adicionados ao fundo que a Comissão Europeia criou para ajudar as companhias aéreas. Numa carta enviada a Bruxelas, a ACI Europe, órgão do setor aeroportuário, pediu para que seja dado “um apoio abrangente, inclusivo e não discriminatório a todo o ecossistema da aviação”. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Bloomberg

Mercado de trabalho europeu melhor preparado que o norte-americano

O modelo de mercado de trabalho da Europa poderá ser mais resistente ao impacto massivo da pandemia de coronavírus nos empregos, em comparação com os Estados Unidos. A opinião é dos economistas que apontam para regras mais rígidas de despedimentos e para as políticas de incentivo à retenção de trabalhadores. Apesar de esta rigidez ser vista como um entrave ao crescimento económico, a crise pandémica está a revelar que poderá ter virtudes. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Reuters

Estados Unidos e Nova Zelândia unem-se a favor do adiamento dos Jogos Olímpicos

O Comité Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos (USOPC) defendeu um adiamento dos Jogos Olímpicos deste ano devido à pandemia, assim como a Nova Zelândia. O USOPC diz “ser cada vez mais claro que a opção do adiamento é a mais adequada”, acrescentando que dos 1.780 atletas norte-americanos que responderam a uma sondagem, 68% afirmaram que a igualdade desportiva não pode ser garantida se o evento decorrer nas datas previstas. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Espaço Schengen faz 25 anos com fronteiras fechadas por causa do vírus

  • Lusa
  • 24 Março 2020

Um quarto de século volvido sobre a entrada em vigor da primeira versão da Convenção de Schengen, muitos países europeus têm fronteiras fechadas para tentarem conter o Covid-19.

O espaço Schengen de livre circulação de pessoas cumpre na quinta-feira 25 anos, efeméride que se assinala da forma mais contraditória possível, com a generalidade das fronteiras entre os Estados-membros da UE reerguidas, devido ao surto de Covid-19.

Um quarto de século volvido sobre a entrada em vigor da primeira versão da Convenção de Schengen, 26 de março de 1995, que abrangia então apenas sete países, entre os quais Portugal, o espaço de livre circulação dentro da Europa, reconhecidamente uma das maiores histórias de sucesso do projeto europeu, está hoje basicamente suspenso, vítima do receio de propagação da pandemia, cujo epicentro atual é precisamente a Europa.

Muitos Estados-membros avançaram para a reintrodução de controlos fronteiriços internos de forma unilateral e descoordenada, apesar dos repetidos apelos da Comissão Europeia para uma abordagem comum e solidária que preservasse o mercado único e os direitos dos cidadãos comunitários, assistindo-se um pouco por toda a Europa a situações de bloqueio nas zonas fronteiriças, que abrangem inclusivamente europeus que tentam simplesmente regressar aos seus países de origem.

Portugal não foge à regra da reintrodução de controlos fronteiriços, mas a decisão de restringir a circulação na sua única fronteira interna, com Espanha, foi tomada de comum acordo entre o primeiro-ministro António Costa o e o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, e comunicada a Bruxelas, ao contrário do verificado em diversos outros Estados-membros.

Portugal e Espanha são dois dos países que integram desde o início o espaço Schengen, já que, apesar de o acordo inicial ter sido assinado em junho de 1985, por Alemanha, França, Bélgica, Holanda e Luxemburgo – na localidade luxemburguesa de Schengen –, a convenção, assinada cinco anos depois pelos mesmos cinco países, só entrou em vigor em março de 1995, e nessa data também Portugal e Espanha haviam assinado a adesão a esta iniciativa (em junho de 1991).

Hoje, 25 anos volvidos, mesmo estes sete países do primeiro espaço Schengen têm as fronteiras fechadas entre si, excluindo para deslocações consideradas “essenciais”, de trabalhadores transfronteiriços e para transporte de mercadorias e bens.

Desde 1995, o espaço Schengen foi-se expandindo, tendo o maior alargamento ocorrido em dezembro de 2007, com a supressão dos controlos nas fronteiras com nove países recém-aderentes à UE, apesar de uma nova versão atualizada do Sistema de Informação Schengen [SIS II] ainda não estar funcional – o que era uma condição fundamental, a nível técnico. A antecipação do fim das fronteiras, muito importante também a nível simbólico, para os países do centro e Leste da Europa que haviam aderido à União em 2004, foi possível graças a uma solução técnica engenhosa apresentada pela então presidência portuguesa do Conselho da UE, o “SIS one4all”.

Atualmente, fazem parte da área Schengen 26 países, incluindo quatro países que não pertencem à União Europeia, mas associaram-se ao espaço de livre circulação, designadamente Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein. Dos 27 Estados-membros da União, não fazem parte de Schengen a Irlanda – por opção [tem um ‘optout’, ou cláusula de renúncia, tal como tinha o Reino Unido, que entretanto deixou o bloco europeu – e ainda Chipre, Croácia, Bulgária e Roménia.

Na segunda-feira, 23 de março, começou também a ser aplicada a restrição de entradas no espaço Schengen e países associados de cidadãos extracomunitários, uma decisão tomada pelos chefes de Estado e de Governo da UE numa cimeira extraordinária celebrada por videoconferência em 17 de março, que vigorará pelo menos durante 30 dias, e que abre apenas exceções para viagens consideradas “essenciais”.

E é neste contexto inédito na ‘era Schengen’ de fronteiras fechadas, na sua esmagadora maioria unilateralmente e sem sentido de União, nem tão pouco com notificações prévias a Bruxelas, que se assinalam os 25 anos de um espaço de livre circulação para cerca de 400 milhões de cidadãos, que a Ccvid-19 “encerrou” temporariamente, levantando interrogações sobre um direito que muitos davam por adquirido.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Santander cancela dividendo intercalar. Botín reduz salário em 50%

Para combater a pandemia, o banco espanhol vai criar um fundo de 25 milhões financiado com a redução dos salários da administração e com contribuições voluntárias dos próprios funcionários.

O Santander vai dar menos dinheiro aos acionistas, mas também aos seus gestores. O banco espanhol vai cancelar a remuneração intercalar que deveria entregar aos investidores, isto ao mesmo tempo que os salários da administração vão ser revistos em baixa. Parte da poupança servirá para criar um fundo solidário para ajudar a combater a pandemia.

O Santander paga dois dividendos por ano — a cada seis meses, distribuindo entre 40% a 50% dos lucros –, mas este ano isso não vai acontecer. O banco cancelou o pagamento desse dividendo intercalar, programando apenas um único pagamento, que deverá acontecer em maio de 2021, de acordo com o Expansión (conteúdo em espanhol). Essa medida, que ainda terá de ser aprovada, tem como objetivo aumentar o crédito para as empresas e para as famílias.

Além disso, o banco anunciou que vai ainda criar um fundo de solidariedade para combater o coronavírus, através da cedência de materiais e equipamentos. Este fundo, que terá uma dotação mínima de 25 milhões de euros, será financiado com a redução dos salários do Conselho de Administração e com contribuições voluntárias dos próprios funcionários.

Assim, a presidente Ana Botín e o CEO, José Antonio Álvarez, decidiram cortar para metade os seus salários deste ano. Ana Botín arrecadou quase dez milhões de euros no ano passado, enquanto Álvarez faturou cerca de 8,2 milhões de euros. O Santander vai ainda reduzir os salários dos não executivos em 20%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comité Olímpico dos EUA aumenta pressão. Quer adiar Jogos Olímpicos do Japão

  • Lusa
  • 24 Março 2020

USOPC defendeu um adiamento de Tóquio2020, previstos para 24 de julho a 09 de agosto, devido à pandemia do Covid-19.

O Comité olímpico e paralímpico dos Estados Unidos (USOPC) defendeu um adiamento de Tóquio2020 devido à pandemia do Covid-19, seguindo a opinião de mais de dois terços dos atletas norte-americanos.

Apesar dos pedidos das federações norte-americanas de atletismo, de natação e de ginástica, o USOPC reconheceu “ser cada vez mais claro que a opção do adiamento é a mais adequada”.

O USOPC acrescentou que dos 1.780 atletas norte-americanos que responderam a uma sondagem, 68% afirmaram que a igualdade desportiva não pode ser garantida se os Jogos Olímpicos decorrerem nas datas previstas, entre 24 de julho e 09 de agosto próximos.

“A nossa conclusão mais importante é que mesmo que os graves problemas de saúde atuais se vierem a atenuar até ao final do verão, as enormes perturbações ligadas de treinos, controlos antidopping e processos de qualificações não podem ser ultrapassadas de forma satisfatória”, argumentou o USOPC.

“Encorajamos o COI a tomar todas as medidas necessárias para garantir que os Jogos possam decorrer em condições seguras e justas para todos os concorrentes”, acrescentou.

O USOPC indicou esperar as diretivas do COI e estar “pronto a trabalhar para apoiar a equipa dos Estados Unidos em plena cooperação com a comunidade internacional”.

Na véspera, o Comité Olímpico Canadiano tinha exigido o adiamento dos Jogos Olímpicos para data posterior, avisando que não ia enviar atletas a Tóquio2020 este verão.

A pressão imposta nas últimas horas por outras instâncias, incluindo a Federação Internacional de Atletismo, levou o COI, no final de uma reunião no domingo, a admitir pela primeira vez a possibilidade de adiar os Jogos, e a anunciar um prazo de quatro semanas para tomar uma decisão.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 345 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália a ser o país do mundo com maior número de vítimas mortais, com 6.077 mortos em 63.927 casos. Segundo as autoridades italianas, 7.024 dos infetados já estão curados.

A China, sem contar com os territórios de Hong Kong e Macau, onde a epidemia surgiu no final de dezembro, conta com mais de 81.000 casos, tendo sido registados 3.277 mortes.

Nas últimas 24 horas a China reportou 78 novos casos, sendo quatro de contágio local e os restantes importados.

As 74 infeções importadas do exterior levantam receios de nova onda de contágio. Depois de 5 dias sem novas infeções locais, foi reportado um novo caso local, em Wuhan.

Os países mais afetados a seguir à Itália e à China são a Espanha, com 2.182 mortos em 33.089 infeções, o Irão, com 1.812 mortes num total de 23.049 casos, a França, com 860 mortes (19.856 casos), e os Estados Unidos, com 390 mortes (31.057 casos).

Vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ações europeias brilham com estímulos nos EUA. PSI-20 ganha 4%

A Europa acompanha os ganhos na Ásia, depois de o presidente Donald Trump ter garantido que a economia norte-americana não ficará interrompida durante muito tempo.

Os estímulos anunciados nos Estados Unidos estão a servir de balão de oxigénio para as bolsas europeias, que fazem esta terça-feira uma pausa nas desvalorizações. As principais praças negoceiam em terreno positivo, com o português PSI-20 a ganhar 4,2% para 3.750,060 pontos, com todas as 18 cotadas a subirem mais de 2,5%. O índice de referência nacional afasta-se, assim, de mínimos históricos.

Ibersol, Mota-Engil e Pharol lideram os ganhos, com valorizações próximas de 7%. No papel e pasta de papel, a Semapa sobe 6,2%, a Altri 5,35% e a Navigator 5,04%. Já no retalho, a Jerónimo Martins avança 5,05% e a Sonae 2,45%. O BCP valoriza 2,9% para 0,1035 euros por ação.

Na energia, a EDP avança 4,11% para 3,26 euros e a EDP Renováveis sobe 3,82% para 9,23 euros. A Galp Energia soma 3,86% para 8,62 euros, numa altura em que também os preços do petróleo recuperam.

A Europa acompanha, assim, os ganhos na Ásia, depois de o presidente Donald Trump ter dito que a economia norte-americana não ficará interrompida durante muito tempo. Garantiu que o país não foi construído para ser bloqueado e afirmou ainda que os EUA não podem deixar que a cura para o coronavírus seja pior que a doença.

A Presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, anunciou estímulos fiscais de 2,5 biliões de dólares numa tentativa de salvar as negociações no Senado após o plano inicial não ter sido aprovado esta segunda-feira. Também Reserva Federal retirou os limites para comprar dívida pública e privada do país.

O Stoxx 600 avança 1,9%, o alemão DAX dispara 5,7%, o francês CAC 40 sobe 3,3% e o espanhol IBEX 35 soma 3,4%. E o sentimento positivo poderá ser reforçado numa altura em que os investidores esperam a reunião do Eurogrupo que irá discutir, esta tarde, soluções para apoiar a economia europeia.

(Notícia atualizada às 08h20)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Venda de bens penhorados ultrapassa 1.659 milhões de euros

  • ECO
  • 24 Março 2020

Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução (OSAE) registou, no ano passado, o melhor resultado de sempre com os e-leilões de bens penhorados.

Bens penhorados no âmbito de processos judiciais, de insolvência e apreendidos em processos-crime são vendidos em leilão online que têm captado cada vez mais interesse. Desde a criação do portal da Ordem dos Solicitadores e dos Agentes de Execução (OSAE), em maio de 2016, foram leiloados nos e-leilões 16.140 bens, com 2019 a registar os melhores resultados, segundo noticia o Público (acesso condicionado).

O montante das vendas ultrapassou os 1.659 milhões de euros, sendo que os produtos são muito variados. Em 2019, o mais caro foi desde uma moradia por quase quatro milhões de euros e o mais barato um domínio na Internet por 85 cêntimos. Mas são os imóveis e os veículos os bens mais vendidos, totalizando 19.818 leilões.

O bastonário da OSAE, José Carlos Resende, diz ao Público que é natural que a maior parte dos bens penhorados sejam imóveis dado que a lei determina que, “sendo executada a dívida com garantia real que onere bens pertencentes ao devedor, a penhora inicia-se pelos bens em que incida a garantia e só pode recair noutros quando se reconheça a insuficiência destes para o cumprimento do fim da execução”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sondagem: Pandemia ajuda António Costa, Marcelo perde popularidade

  • ECO
  • 24 Março 2020

Com o país a atravessar um estado de emergência devido ao surto do novo coronavírus, a popularidade do primeiro-ministro está a aumentar. A do Presidente caiu.

O surto do novo coronavírus está a ter influência na popularidade dos governantes nacionais, mas nem todos apresentam bons desempenhos. Uma sondagem da Intercampus para o Jornal de Negócios/Correio da Manhã mostra que a popularidade do primeiro-ministro aumentou, enquanto a de Marcelo Rebelo de Sousa, que decidiu decretar o estado de emergência, caiu.

A sondagem, realizada entre 14 e 19 de março, abarca parcialmente o impacto do processo que levou à declaração do estado de emergência. Neste período, a popularidade de António Costa subiu de 2,9 para 3,3 pontos percentuais, enquanto a de Marcelo Rebelo de Sousa caiu de 3,9 para 3,7 pontos percentuais, numa escala até cinco.

Entre os partidos, o Bloco de Esquerda e o Chega foram aqueles que mais subiram em termos de popularidade, contudo, nos líderes partidários, André Ventura foi o único que apresentou uma quebra neste indicador: caiu para 2,4 pontos percentuais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.