Comissão Europeia cria reserva de equipamento médico. Inclui ventiladores e máscaras de proteção

A reserva de equipamento médico ficará depositada em um ou mais Estados-membros, que ficarão responsáveis pelo concurso para a aquisição do equipamento.

Perante a pandemia de Covid-19, a Comissão Europeia decidiu criar uma reserva estratégica de equipamento médico, para apoiar os Estados-membros. Esta reserva inclui ventiladores e máscaras de proteção, alguns dos equipamentos que fazem mais falta para lidar com este surto.

Chamada de rescEU, irá contemplar também vacinas e meios terapêuticos e material de laboratório. A Comissão vai financiar 90% do custo da reserva, sendo que o orçamento inicial da UE para esta reserva é de 50 milhões de euros, dos quais 40 milhões de euros carecem de aprovação das autoridades orçamentais.

A reserva ficará depositada em um ou mais Estados-Membros, que ficarão responsáveis pelo concurso para a aquisição do equipamento. Cabe ao Centro de Coordenação de Resposta de Emergência gerir a distribuição do equipamento “de modo que este chegue aonde será mais necessário”, explica a Comissão, em comunicado.

A partir desta sexta-feira, os Estados-Membros poderão solicitar uma subvenção direta da Comissão Europeia, se quiserem ter no seu território uma reserva. A rescEU integra-se no Mecanismo de Proteção Civil da UE, ao qual os países podem recorrer quando a gravidade da situação de emergência ultrapassa a sua capacidade de resposta.

Foi também já iniciado pelos países da UE um processo de aquisição de equipamento de proteção individual, de ventiladores e do material necessário para o novo coronavírus, no âmbito de um acordo de contratação pública conjunta. A ministra da Saúde portuguesa, Marta Temido, tinha já adiantado o interesse de Portugal neste procedimento.

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CMVM publica novo regulamento sobre titularização de créditos

  • Lusa
  • 19 Março 2020

Através deste regulamento, a CMVM altera as suas normas para fundos de titularização e sociedades de titularização de créditos para estabelecer um regime geral para a titularização.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) publicou esta quinta-feira um regulamento sobre titularização de créditos, que altera dois regulamentos de 2002, para respeitar a nova Lei da Titularização que está em vigor desde agosto.

Através do regulamento publicado esta quinta-feiraem Diário da República, a CMVM altera as suas normas para fundos de titularização e sociedades de titularização de créditos, em virtude das alterações legislativas, para estabelecer um regime geral para a titularização e criar um regime específico para a titularização simples, transparente e padronizada.

O novo regime da titularização – transferência económica e legal de posições em risco para uma entidade com objeto específico de titularização que procede à emissão de títulos – passou a concentrar na CMVM a supervisão prudencial e comportamental das sociedades gestoras de fundos de investimento e dos fundos de titularização de créditos.

Através do diploma publicado esta quinta-feira, a CMVM procede ainda à regulamentação do pedido de prorrogação do prazo de alienação de imóveis, por parte das sociedades gestoras de fundos de titularização de créditos e de sociedades de titularização de créditos, bem como a instrução do pedido de autorização, das alterações substanciais às condições de autorização, e ainda da instrução do pedido de autorização de operações de fusão e de cisão dessas entidades.

Adicionalmente, a CMVM clarifica ainda o regime contabilístico aplicável às sociedades gestoras de fundos de titularização de créditos, prevendo a aplicação a estas entidades das Normas Internacionais de Contabilidade (NIC), que já se aplicavam.

“A revisão destes regulamentos integra-se, igualmente, num movimento de transição sustentada para um modelo regulatório assente numa maior responsabilização e maturidade dos agentes, refletindo uma evolução progressiva da tradicional abordagem ex ante da supervisão para uma abordagem que conjuga a exigência e verificação de requisitos mínimos de conformidade e viabilidade à entrada com a atribuição aos operadores económicos da responsabilidade de assegurar, não só à entrada como ao longo da sua existência e em toda a sua atividade, integral conformidade e adequação com os requisitos legais aplicáveis”, explica aquela comissão.

De entre as categorias de ativos que podem ser titularizados, estão aqueles com cash-flow futuros associados, como hipotecas bancárias, pagamentos de cartões de crédito, obrigações, crédito automóvel, crédito ao consumo ou crédito a empresas, entre outros.

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Banco de Inglaterra corta taxa de juro para 0,1% e reforça compra de dívida para 645 mil milhões

O banco central do Reino Unido anunciou um novo pacote de emergência para responder à pandemia de Covid-19 no país.

O Banco de Inglaterra (BoE) lançou um novo pacote de emergência para responder à pandemia de Covid-19. Numa reunião extraordinária que teve lugar esta quinta-feira, o comité de política monetária (CPM) decidiu cortar a taxa de juro de referência em 15 pontos base, para 0,1%, e aumentar a compra de dívida pública e privada.

“Numa reunião especial realizada a 19 de março, o CPM considerou necessário um pacote adicional de medidas para atender aos seus objetivos estatutários. Por isso, votou por unanimidade o aumento da exposição do Banco da Inglaterra a títulos de dívida pública do Reino Unido e a obrigações de empresas com nível de investimento de qualidade em 200 mil milhões de libras para um total de 645 mil milhões de libras”, anunciou o banco central em comunicado.

Em simultâneo, decidiu cortar a taxa de juro de referência pela segunda vez em menos de um mês. A 11 de março, o Banco de Inglaterra já tinha cortado a taxa de juro diretora — a que cai agora para 0,1% — de 0,75% para 0,25%. Na altura, o banco central anunciou igualmente um novo pacote de financiamento para os bancos, desenhado a pensar na concessão de crédito às pequenas empresas, eventualmente menos preparadas para o período de quebra nas vendas que se regista por causa da epidemia.

Agora, o banco central decidiu aprofundar os estímulos, naquela que foi a primeira decisão tomada pelo novo governador Andrew Bailey. Nos últimos dias, e em linha com vários outros mercados de dívida de economias desenvolvidas, as condições no mercado de obrigações do Reino Unido deterioraram-se à medida que os investidores procuram instrumentos com maturidades mais curtas que são substitutos mais próximos das reservas de liquidez dos bancos centrais. Como consequência, houve um aperto nas condições financeiras globais e do Reino Unido”, justificou o Banco de Inglaterra.

A decisão britânica segue em linha com o que têm feito outros bancos centrais, com destaque para a Reserva Federal norte-americana. Na Zona Euro, o Banco Central Europeu não cortou juros, mas lançou igualmente um pacote de estímulos para travar o impacto da pandemia na economia. Ainda esta quarta-feira à noite, o BCE anunciou um novo programa de compra de ativos públicos e privados de emergência no valor de 750 mil milhões de euros.

(Notícia atualizada às 15h05)

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Já foram anunciados mais de seis biliões de euros em todo o mundo para atenuar o impacto da pandemia

  • Lusa
  • 19 Março 2020

Instituições, bancos centrais e Governos de todo o mundo lançaram uma bateria de medidas para atenuar os efeitos económicos da pandemia de coronavírus.

Instituições, bancos centrais e Governos de todo o mundo lançaram uma bateria de medidas para atenuar os efeitos económicos da pandemia de coronavírus, que já se cifra em mais de seis biliões de euros.

Com a crise de 2008 ainda em mente, o objetivo comum é salvar a economia do forte impacto da doença, que obrigou a fechar temporariamente boa parte dos negócios num número crescente de países, paralisou grande parte das viagens internacionais e interrompeu as cadeias de fornecimento a nível mundial. Estas são algumas das medidas postas em prática:

  • Fed: A Reserva Federal e o Tesouro dos Estados Unidos lançaram medidas excecionais para aumentar a liquidez dos mercados financeiros no valor de mais de 1,2 biliões de dólares (1,1 biliões de euros);
  • FMI: O Fundo Monetário Internacional (FMI) assegurou que está “preparado para mobilizar” toda a sua capacidade de empréstimo, um bilião de dólares (925.336 milhões de euros), para ajudar os países a enfrentar esta crise;
  • BCE: O Banco Central Europeu (BCE) anunciou um programa de compra de títulos de dívida pública e privada de 750.000 milhões de euros, denominado Programa de Emergência por Pandemia (PEPP);
  • BoJ: O Banco do Japão (BoJ) pôs em prática medidas diferentes para enfrentar a crise, incluindo um aumento de 80 biliões de ienes (674.044 milhões de euros) no programa de compra de títulos soberanos ou a duplicação da compra de fundos de investimento cotados, até 12 biliões de ienes (101.268 milhões de euros);
  • BM: O Banco Mundial (BM) prevê mobilizar 12.000 milhões de dólares (11.100 milhões de euros) para ajudar os países a atenuar o impacto económico e sanitário do coronavírus;
  • Estados Unidos: O Governo norte-americano apresentou um pacote de estímulo orçamental de quase um bilião de dólares (925.336 milhões de euros), que inclui adiamento do pagamento de impostos, assistência a setores especialmente atingidos como as companhias aéreas ou hotéis, e a entrega de dinheiro em cash aos cidadãos;
  • UE: A Comissão Europeia propôs mobilizar investimentos no valor de 37.000 milhões de euros para atenuar a epidemia e permitir aos países utilizarem os 8.000 milhões de euros recebidos por fundos estruturais que não utilizaram e que agora teriam que devolver;
  • Espanha: O Governo espanhol prevê mobilizar 200.000 milhões de euros através de diversas iniciativas, incluindo uma linha para garantir que a liquidez chega às empresas;
  • Alemanha: O Governo alemão prometeu um programa de créditos “sem limites” para evitar problemas de liquidez no tecido empresarial, que estarão garantidos com mais de meio bilião de euros e serão articulados através de um banco público;
  • França: O plano do Governo francês para manter a economia a funcionar inclui medidas avaliadas em 45.000 milhões de euros, que incluem desde adiamentos de pagamento de impostos a abonos dos salários de empregados de empresas que tenham parado a produção e garantias de empréstimos no valor de 300.000 milhões de euros;
  • Reino Unido: O Governo britânico anunciou um plano de garantias de empréstimos apoiado pelo Governo de 330.000 milhões de libras (360.000 milhões de euros), ampliáveis tanto “quanto seja preciso”, e um pacote de ajudas diretas às empresas de 20.000 milhões de libras (22.000 milhões de euros);
  • Itália: Itália pôs em prática um pacote de ajudas de até 25.000 milhões de euros, que inclui auxílio a famílias, empresas e trabalhadores independentes, linhas de acesso ao crédito e um plano para nacionalizar a companhia aérea Alitalia;
  • China: O Banco Central da China injetou 200.000 milhões de yuan (25.860 milhões de euros) de liquidez para empréstimos a médio prazo;
  • Brasil: O Governo do Brasil adotou um plano no montante total de 26.000 milhões de euros que mistura medidas de apoio aos grupos de população mais vulneráveis e determinados setores económicos.

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Carlos Tavares está de saída da administração da Total

  • Lusa
  • 19 Março 2020

Carlos Tavares era membro do Conselho de Administração do grupo petrolífero desde 2017.

O grupo petrolífero Total anunciou esta quinta-feira, 19 de março, que o seu administrador Carlos Tavares, igualmente presidente executivo do grupo PSA, decidiu não renovar o seu mandato na assembleia-geral da empresa agendada para dia 29 de maio.

Dadas as suas responsabilidades à frente do Grupo PSA, envolvido numa grande operação de fusão”, Carlos Tavares “não solicitou a renovação de seu mandato como administrador”, afirma a Total em comunicado publicado no ‘site’ da empresa.

Carlos Tavares é membro do Conselho de Administração do grupo petrolífero desde 2017.

A Total também anunciou que submeterá à aprovação dos seus acionistas na próxima assembleia-geral a sua proposta de transformação em empresa europeia.

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Moody’s baixa vários ratings da TAP. Perspetiva é negativa

  • Lusa
  • 19 Março 2020

Face ao declínio no número de passageiros da TAP, a Moody's reduziu várias notações atribuídas à companhia aérea. A perspetiva é negativa.

A agência de notação financeira Moody’s baixou vários ratings e a perspetiva da TAP, incluindo o de probabilidade de incumprimento, citando a exposição ao Brasil, Estados Unidos e Europa como agravante em pleno surto de Covid-19.

“A Moody’s desceu hoje [quinta-feira] os ratings de Probabilidade de Incumprimento e de Família Empresarial da TAP para Caa1-PD e Caa1, de B2-PD e B2, respetivamente. Concordantemente, a agência baixou a Avaliação Base de Crédito para Caa2 de B3 e o rating associado a obrigações seniores sem garantia, de 375 milhões de euros, para Caa2 de B2. A perspetiva é negativa”, pode ler-se no comunicado da agência.

Segundo a Moody’s, “a fraqueza no perfil de crédito da TAP, incluindo a sua exposição ao Brasil, aos Estados Unidos e à Europa deixou-a vulnerável a mudanças no sentimento do mercado, nestas condições de operação sem precedentes, e a TAP continua vulnerável à continuação do surto [de Covid-19]”.

“A ação [da Moody’s] de hoje [quinta-feira] reflete o impacto na TAP do alcance e da severidade do choque, e a ampla deterioração na qualidade do crédito que foi desencadeada”, completa a agência de notação financeira norte-americana.

A análise da agência de notação financeira assume que haverá “uma redução de cerca de 50-60% no tráfego de passageiros da TAP no segundo trimestre e uma queda de 20% no ano todo, colocando em hipótese casos negativos significativos como uma paragem total da frota durante o segundo trimestre”.

“Acreditamos que a TAP vá precisar de apoio dos seus acionistas durante o segundo trimestre”, afirma a agência.

Moody’s aponta para “declínio muito agudo no tráfego de passageiros” da TAP. Vírus é o responsável

Segundo a Moody’s, a mudança na avaliação da TAP “foi suscitada pelo declínio muito agudo no tráfego de passageiros desde o começo do surto do coronavírus em janeiro de 2020, que vai resultar num fluxo de caixa negativo significativo em 2020, um perfil enfraquecido de liquidez e uma alavancagem significativamente mais alta”.

“Os ratings anteriores da TAP foram baseados na expectativa de melhoria de métricas de crédito e geração de fluxo de caixa, que já não é exequível”, argumenta a Moody’s, relevando que “a TAP sentiu a exposição” ao surto “mais tarde do que outras companhias com exposição à região Ásia-Pacífico, mas foi atingida severamente desde que o surto começou a espalhar-se pela Europa”.

Referindo a proibição de viagens para os Estados Unidos, a Moody’s revela igualmente que “a TAP também vai ser afetada pela depreciação aguda do Real brasileiro em relação ao dólar americano e ao euro nas últimas semanas”.

“A Moody’s antecipa também que a indústria da aviação vá requerer apoio aprofundado e continuado de reguladores, governos nacionais e representantes laborais para aliviar pressões na alocação de faixas horárias, providenciar apoio financeiro direto ou indireto e gerir os custos de base das companhias aéreas”, pode também ler-se na nota.

O grupo TAP registou prejuízos de 105,6 milhões de euros em 2019, uma melhoria de 12,4 milhões de euros face às perdas de 118 milhões registadas em 2018 pela companhia aérea, divulgou a TAP SGPS em 20 de fevereiro.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 220 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.900 morreram. Das pessoas infetadas, mais de 85.500 recuperaram da doença.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se já por 176 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

O continente europeu é aquele onde está a surgir atualmente o maior número de casos, com a Itália, com 2.978 mortes em 35.713 casos, a Espanha, com 767 mortes (17.147 casos) e a França com 264 mortes (9.134 casos).

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou esta quinta-feira o número de casos confirmados de infeção para 785, mais 143 do que na quarta-feira. O número de mortos no país subiu para três.

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Maré vermelha continua em Wall Street. Bolsas perdem mais de 2,5%

A pandemia, que tem como principal centro atualmente a Europa mas que já alastrou aos EUA, está a gerar forte impacto nas bolsas. Wall Street já acumula um tombo superior a 30% desde os recordes.

O sentimento negativo em Wall Street não parece dar tréguas. Governos, bancos centrais e outras organizações multiplicam-se nas tentativas de travar o impacto da pandemia de Covid-19 na economia, mas os investidores não parecem convencidos. Após uma rápida recuperação na terça-feira, as principais bolsas norte-americanas aprofundaram esta quinta-feira as perdas.

O índice industrial Dow Jones afunda 2,65% para 19.373,05 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 cai 2,55% para 2.336,96 pontos. Menores perdas são as registadas pelo tecnológico Nasdaq, que cede 1,6% para 6.879,83 pontos.

A pandemia, que tem como principal centro atualmente a Europa mas que já se alastrou aos EUA, está a gerar um forte impacto nas bolsas globais. Wall Street já acumula um tombo superior a 30% desde os recordes tocados no mês passado. E o Dow Jones já anulou todos os ganhos conseguidos desde que o presidente Donald Trump chegou à Casa Branca, em 2017.

Os EUA vão dar 500 mil milhões de dólares às famílias norte-americanas e deverá continuar a anunciar medidas de estímulo. Trump anunciou esta quinta-feira que vai invocar tempos de guerra para tomar medidas de exceção, numa altura em que a administração está a negociar com o Congresso o lançamento de um pacote de biliões de dólares para combater o vírus. “Nunca se viu uma situação como esta e, não importa o que façamos, nunca vai ser suficiente”, disse o presidente, citado pela Reuters.

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Patrões acusam estivadores de violar estado de emergência, sindicato diz que há lockout

  • Lusa
  • 19 Março 2020

Apesar da declaração de estado de emergência, empresa de Lisboa Sotagus acusou o sindicato dos estivadores de inviabilizar o transporte de alimentos e material médico para a Madeira e Açores.

A empresa de estiva de Lisboa Sotagus acusou esta quinta-feira o sindicato dos estivadores de inviabilizar o transporte de alimentos e material médico para a Madeira e Açores, apesar da declaração de estado de emergência.

O Sindicato dos Estivadores e Atividade Logística (SEAL) nega as acusações e pede a intervenção do Governo para acabar com o que diz ser um lockout [interdição do acesso a locais de trabalho a alguns ou à totalidade dos trabalhadores] criminoso”, face à proibição de entrada no Porto de Lisboa dos 134 estivadores da empresa A-ETPL, Associação-Empresa de Trabalho Portuário de Lisboa, em processo de insolvência.

Segundo um comunicado da Sotagus, “dos 29 trabalhadores que se deveriam apresentar ao trabalho às 08:00 da manhã de hoje, apenas cinco o fizeram, o que não permite ter sequer uma equipa mínima para trabalhar os navios”.

“O estado de emergência entrou em vigor à meia-noite desta quinta-feira, dia 19. Apesar de, por efeito direto da alínea c) do artigo 4.º do Decreto que declara o estado de emergência se determinar a suspensão da greve, o SEAL mantém-se ilegalmente em greve”, acrescenta o comunicado da Sotagus, que diz já ter comunicado às autoridades que a maioria dos trabalhadores do quadro [das empresas Sotagus e Liscont, ambas do grupo turco Yilport] estão a “incumprir o estado de emergência”.

Confrontado com as acusações da empresa, o presidente do SEAL, António Mariano, disse à agência Lusa que o sindicato, “em função do número de trabalhadores requisitados pela Sotagus, colocou todos os estivadores do quadro da referida empresa que estavam disponíveis”.

“No que respeita aos 134 trabalhadores da A-ETPL, Associação Empresa de Trabalho Portuário de Lisboa, nenhum deles foi colocado no turno da manhã de hoje, porque estavam todos convocados para uma reunião com o administrador de insolvência, hoje de manhã, mas que foi desconvocada na quarta-feira à noite.

“O segundo turno, com início às 17:00, já vai contar com os estivadores da A-ETPL, pelo que haverá condições para corresponder a todas as solicitações das empresas de estiva, mas o problema poderá manter-se, caso as empresas persistam em considerar que estes trabalhadores estão despedidos. Consideramos que se trata de uma posição insustentável e convidamos as empresas a fazerem prova de que estes 134 trabalhadores foram despedidos”, disse António Mariano.

Em comunicado divulgado após a tomada de posição da Sotagus, o SEAL apela ao Governo para que tome a iniciativa de “redesenhar os serviços essenciais para combater a pandemia, que obrigue os patrões a recuar no `lockout´ que engendraram e que encontre soluções para que todos os estivadores de Lisboa tenham condições para aceder ao trabalho que, nos últimos dois dias, foram impedidos de realizar”.

“Se não aparecer uma autoridade, governamental ou portuária, que impeça a continuação deste `lockout´ criminoso, e que crie condições para que metade dos estivadores de Lisboa possam trabalhar nos serviços mínimos para os quais o SEAL os continua a colocar diariamente, os navios que escalam Lisboa continuarão parados”, adverte o comunicado do sindicato.

Para o presidente do SEAL, “é estranho que depois da requisição civil e da declaração do estado de emergência para colocar o Porto de Lisboa a funcionar em condições normais e a dar resposta às necessidades decorrentes da pandemia Covid-19, os patrões continuem a deixar sem trabalho metade dos estivadores do Porto de Lisboa”.

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Von der Leyen sem sintomas será testada após Barnier acusar positivo

  • Lusa
  • 19 Março 2020

Depois da confirmação que Michel Barnier está infetado com o novo coronavírus, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, vai ser testada, apesar de não ter sintomas.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, vai ser testada ao novo coronavírus, apesar de não apresentar sintomas, por o negociador-chefe da União Europeia para Brexit, Michel Barnier, ter acusado positivo.

O negociador-chefe da União Europeia para o Brexit e relações futuras com o Reino Unido, o francês Michel Barnier, anunciou esta quinta-feira que acusou positivo numa análise ao novo coronavírus, encontrando-se a recuperar em casa.

Questionado sobre esta questão na conferência de imprensa diária da Comissão Europeia, em Bruxelas, o porta-voz principal daquela instituição, Eric Mamer, informou que “a presidente Von der Leyen encontrou-se pela última vez com Michel Barnier há quase duas semanas e não apresentou sintomas, pelo que continuou a trabalhar”.

Ainda assim, “ela será testada devido a este anúncio, mas de momento as suas atividades continuam como previstas”, acrescentou o responsável.

Segundo Eric Mamer, “a todos os funcionários que estiveram em contacto com Michel Barnier foi pedido para tomarem as necessárias precauções”.

De acordo com o porta-voz, nas últimas duas semanas as reuniões em que Von der Leyen participou foram realizadas por videoconferência, nomeadamente a do colégio de comissários – que se realizou pela primeira vez na quarta-feira nesta modalidade –, a do Conselho Europeu e outras.

Num vídeo publicado na sua conta oficial na rede social Twitter, e filmado em casa, Barnier, numa mensagem que assume ser “muito pouco habitual e muito pessoal”, indica que na quarta-feira foi testado positivo por Covid-19, acrescentando que se sente “tão bem quanto possível, confinado estritamente” a sua casa.

“Neste momento, quero deixar uma palavra de solidariedade e de apoio a todas as famílias, muito, muito numerosas, afetadas por esta doença e por este vírus, em muitos casos de forma muito grave. Quero também deixar uma palavra de reconhecimento e de respeito para todos os prestadores de cuidados de saúde, que estão a fazer um trabalho formidável, como eu próprio pude testemunhar”, afirma.

Exibindo um livro que escreveu “há alguns anos sobre” a urgência ecológica, intitulado “Chacun pour tous” (em tradução livre, “cada um por todos”), Barnier comenta que essa é precisamente a exigência que todos devem respeitar hoje: “Cada cidadão, cada um de nós tem um papel a desempenhar, por todos, para ganhar esta batalha coletiva, esta guerra contra o vírus”, afirma.

Barnier, 69 anos, conduz do lado europeu as negociações com o Reino Unido sobre a parceria futura, depois de já ter sido o negociador-chefe da UE para o ‘Brexit’ e Acordo de Saída, consumado em 31 de janeiro passado.

As negociações sobre a futura parceria entre os 27 e o Reino Unido estão atualmente suspensas, depois de a segunda ronda negocial, prevista para a semana em curso em Londres, ter sido adiada devido à pandemia de Covid-19.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 210 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.750 morreram.

Das pessoas infetadas, mais de 84.000 recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 173 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia, cujo epicentro é atualmente a Europa.

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Número de mortos ultrapassou os 9.000 em todo mundo

  • Lusa
  • 19 Março 2020

Número de mortos provocados pelo novo coronavírus ultrapassou esta quinta-feira as 9.000 pessoas, no dia em que a DGS confirma 785 casos de infetados em Portugal.

O número de mortos provocados pelo novo coronavírus ultrapassou esta quinta-feira as 9.000 pessoas, segundo um balanço da agência France Presse compilado esta manhã a partir de fontes oficiais.

Desde o início da pandemia, em dezembro do ano passado, 217.510 pessoas foram infetadas com Covid-19 em 157 países e 9.020 morreram.

Morreram mais 236 pessoas e foram registados 8.015 novos casos desde o fim da tarde de quarta-feira.

A China, onde surgiu o novo coronavírus, é o país mais afetado, com 3.245 mortos entre 69.601 pessoas infetadas; seguindo-se a Itália, com 2.978 mortos e 35.713 casos identificados; o Irão, com 1.284 mortos entre 17.361 casos e Espanha, com 598 mortos e 13.716 casos.

No Paquistão, Rússia, Costa Rica e México registaram-se esta quinta-feira os primeiros mortos, enquanto a doença surgiu nas ilhas Maurícias, Barbados, Zâmbia, Bahamas, El Salvador e Nicarágua.

Embora com menos casos (90.293), o continente europeu registava esta quinta-feira o maior número de mortes (4.134), enquanto na Ásia havia 94.558 casos e 3.416 mortes.

Os números avançados pela France Presse foram recolhidos junto de autoridades nacionais de saúde e da Organização Mundial de Saúde.

Em Portugal, o número de mortos subiu esta quinta-feira para três, com 785 casos confirmados, segundo a Direção-geral da Saúde.

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Brexit: Mais de três milhões de europeus e 266 mil portugueses pediram residência

  • Lusa
  • 19 Março 2020

Mais de três milhões de europeus já pediram o estatuto de residente no Reino Unido, obrigatório a partir do próximo ano, entre os quais 266 mil portugueses.

Mais de três milhões de europeus já pediram o estatuto de residente no Reino Unido, obrigatório a partir do próximo ano, entre os quais 266 mil portugueses, informou esta quinta-feira o ministério do Interior britânico.

Até ao final de fevereiro, foram apresentadas 3.343.700 candidaturas, das quais 90% (2.998.300) foram concluídas com a atribuição do título permanente (‘settled status’), acessível aos residentes há cinco anos no Reino Unido, ou do título provisório (‘pre-settled status’), para aqueles que ainda precisam de completar o tempo necessário.

Depois da Polónia, Roménia e Itália, Portugal é o país com o maior número de candidatos, tendo 265.900 portugueses apresentado a candidatura entre os cerca de 400 mil que o governo português estima que vivam no Reino Unido.

O ministério do Interior revelou que em fevereiro recusou 300 candidaturas das 268.100 processadas por não serem elegíveis, 6.800 foram consideradas inválidas e 19.100 foram retiradas por desistência ou consideradas nulas.

O secretário de Estado da Imigração, Kevin Foster, considerou “boas notícias que três milhões tenham agora recebido um estatuto e possam continuar a considerar o Reino Unido a sua casa durante muitas décadas”.

O sistema de regularização migratória [settlement status] foi aberto no âmbito do processo do ‘Brexit’, pois a saída do Reino Unido da União Europeia (UE), concretizada a 31 de janeiro, determina o fim da liberdade de circulação do movimento entre estes dois espaços.

Os cidadãos europeus, bem como os suíços, noruegueses, islandeses e nacionais do Liechtenstein, têm até 30 de junho de 2021 para se registarem, processo que é inteiramente digital.

Porém, a partir de 2021 todos os novos imigrantes serão sujeitos a um sistema de imigração que só vai deixar instalarem-se aqueles que preencham certos requisitos, como um contrato de trabalho com um salário mínimo, determinadas qualificações profissionais e académicas e o domínio da língua inglesa.

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China sem casos de transmissão local de Covid-19 pela primeira vez. Tem um caso importado de Portugal

O número de novos casos de coronavírus na China tem vindo a abrandar. Entre os casos importados nos últimos dias encontra-se um de Portugal.

Pela primeira vez desde que o surto começou, a China não registou nenhum novo caso de transmissão local de Covid-19. As autoridades de saúde do país, que identificou os primeiros casos do novo coronavírus no final do ano passado, contou 34 novos casos nesta quinta-feira, todos de pessoas que tinham viajado recentemente.

Entre os casos importados na China continental nos últimos dias encontra-se um de Portugal, em Xangai, de acordo com o Global Times (acesso livre, conteúdo em inglês), jornal de língua inglesa do grupo do Diário do Povo, o órgão central do Partido Comunista chinês. A maioria dos casos importados resultou de viagens ao Irão, Itália ou Espanha, algumas das regiões mais afetadas, atualmente, pelo novo coronavírus.

Foi na cidade de Wuhan, na província de Hubei, que surgiram os primeiros casos do Covid-19. Na cidade de Wuhan, o bloqueio poderá estar a chegar ao fim, sendo que está sem novos casos há 14 dias, adianta o The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês), citando um jornal chinês.

Em Hubei também não se registaram nenhuns novos casos nesta quarta-feira. No total, há cerca de 81 mil casos de infeção pelo Covid-19 na China e mais de 3.400 mortes. A Europa já passou a ser o epicentro da pandemia, de acordo com a Organização Mundial de Saúde, por identificar mais mais casos todos os dias do que aqueles registados na China no auge do surto.

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