Ramalho antecipa “audição curiosa” no Parlamento
Deputados da Comissão de Orçamento e Finanças aprovaram por unanimidade proposta do PAN para a audição do presidente do Novo Banco, António Ramalho, e do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa.
O presidente do Novo Banco já reagiu à decisão dos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças de o ouvir, assim como ao governador do Banco de Portugal, por causa dos bónus na instituição que tem recorrido a injeções sucessivas do Fundo de Resolução. “Como nem os bónus foram pagos nem os aumentos existiram, será uma audição curiosa”, disse António Ramalho num comentário na rede social Twitter.
O ECO avançou que os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças aprovaram por unanimidade a proposta do PAN para a audição do presidente do Novo Banco, António Ramalho, e do governador do Banco de Portugal, Carlos Costa. Mas em vez de se cingirem apenas à proposta do PAN de abordar a questão dos bónus atribuídos à administração do Novo Banco, decidiram que as audições iam abordar também outros assuntos que marcaram a agenda nos últimos dias, nomeadamente o aumento de salários e decisões da gestão na venda de ativos que estão na origem das injeções do Fundo de Resolução.
António Ramalho reagiu alegando que os bónus não foram pagos e que não houve aumentos salariais. “Pena que ninguém tenha perguntado. Poupar-se-ia tempo de antena”, ironizou o responsável.
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António Ramalho demonstrou disponibilidade, a semana passada, para o Novo Banco esclarecer todas as questões aos deputados sobre a gestão do banco nos últimos anos, nomeadamente os prejuízos e as injeções do Fundo de Resolução (cerca de 3.000 milhões de euros), com recurso a empréstimos do Estado (2.100 milhões). O presidente do Novo Banco recusa que a instituição seja usada como “arma de arremesso político e em manobras político-mediáticas”.
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