Lançado concurso público para obras de beneficiação da Linha de Cascais no valor de dois milhões

  • Lusa
  • 4 Maio 2020

O concurso público para obras de beneficiação da Linha de Cascais, no valor de cerca de dois milhões de euros, já foi lançado.

O concurso público para obras de beneficiação da Linha de Cascais, no valor de cerca de dois milhões de euros, já foi lançado, prevendo-se intervenções em troços localizados em Algés, Paço de Arcos e Santo Amaro, foi esta segunda-feira anunciado.

Em comunicado, a Infraestruturas de Portugal (IP) adianta que o anúncio do concurso público foi publicado em Diário da República na semana passada e visa a “contratação da empreitada de beneficiação da superestrutura de via da Linha de Cascais, nos troços localizados em Algés, Paço de Arcos e em Santo Amaro”. O investimento previsto na requalificação é de cerca de dois milhões de euros, é referido na nota.

As obras irão realizar-se em três troços ferroviários, entre os quilómetros 7,4 e 16 da Linha de Cascais, prevendo-se que, no conjunto, sejam intervencionados “cerca de 2.517 metros em via dupla”. Entre os trabalhos a realizar serão feitas “a substituição integral das travessas de madeira e bibloco por travessas de betão monobloco”, e a “substituição de carril e transformação de barra curta em barra longa soldada”, lê-se ainda no comunicado.

Segundo a IP, a ação de requalificação da via-férrea insere-se no “plano de regular de manutenção ferroviária” da empresa, que tem como objetivo “o reforço das condições de segurança, de qualidade da via e dos níveis de conforto e comodidade” dos utilizadores da Linha de Cascais.

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França vai dar 200 euros a 800 mil jovens em situação precária

  • Lusa
  • 4 Maio 2020

Dinheiro será entregue a estudantes que ficaram sem emprego ou sem estágio, aos que estão em territórios isolados e não puderam regressar a casa e aos menores de 25 anos em situação precária.

O Governo francês vai dar uma ajuda excecional de 200 euros a 800.000 jovens com menos de 25 anos que estão em situação precária por causa da crise de coronavírus, anunciou esta segunda-feira o primeiro-ministro.

Esse dinheiro será entregue no início de junho a estudantes que ficaram sem emprego ou sem estágio e aos que estão em territórios isolados e não tiveram possibilidade de regressar aos seus locais de origem, disse Édouard Philippe, na câmara alta do Parlamento.

O apoio será dado também a menores de 25 anos em situação precária que já beneficiam de ajuda para habitação. “Alguns foram condenados a uma situação dramática”, disse o chefe do Governo na apresentação aos senadores do plano de levantamento das restrições impostas no âmbito da pandemia a partir de 11 de maio.

Philippe admitiu que o confinamento iniciado em 17 de março foi justificado pela emergência sanitária, mas sublinhou que o custo social, humano e económico é “colossal” e que, portanto, mantê-lo implicaria “destruir o motor económico” do país.

A apresentação aos senadores foi feita depois de uma outra realizada em 28 de abril na assembleia nacional (câmara baixa do Parlamento), onde o partido do Governo é maioritário, e o plano recebeu 368 votos a favor, 100 contra e 103 abstenções.

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Bolsa de Lisboa segue derrapagem europeia. Galp afunda 4,6%

PSI-20 tombou mais de 2%, pressionado pelo trambolhão de quase 5% das ações da Galp, acompanhando a derrapagem sofrida pelos pares europeus.

Após um fim de semana prolongado, as bolsas europeias arrancam a primeira semana com fortes desvalorizações, rumo que foi acompanhado praça lisboeta. O PSI-20 tombou mais de 2%, pressionado pelo trambolhão de quase 5% das ações da Galp.

O PSI-20 desvalorizou 2,28%, para os 4.186,69 pontos, com nenhum dos seus 18 títulos a escaparem ao vermelho. Na Europa, o Stoxx 600 — índice que agrega as 600 maiores capitalizações bolsistas do Velho Continente — tombou 2,6%.

As ações europeias estiveram sob pressão neste arranque de sessão, no seguimento da degradação das relações entre os EUA e a China, receando-se o retomar da guerra comercial entre os dois países num contexto já altamente recessivo. O presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a mostrar dúvidas quanto ao papel das autoridades chinesas na gestão do novo coronavírus.

A Galp Energia acabou por ser o título que mais pressionou a praça bolsista nacional, apesar de as cotações do petróleo até se terem mantido relativamente estáveis, com perdas limitadas. As ações da petrolífera desvalorizaram 4,61%, para os 10,03 euros, naquele que foi pior registo diário em quase duas semanas.

Bem perto desta ordem foram as perdas sofridas pelo BCP. As ações do banco liderado por Miguel Maya recuaram 4,41%, para os 9,75 cêntimos.

Já a EDP perdeu 1,56% para 3,79 euros, enquanto a EDP Renováveis deslizou 1,07% para 11,08 euros, e a REN caiu 2,22% para 2,42 euros.

Entre as retalhistas, as perdas variaram entre os 2,51% para 6,98 cêntimos, da Sonae e de 0,78% para 15,295 euros, da Jerónimo Martins.

(Notícia atualizada às 17h00)

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Máscara já é obrigatória, mas IVA reduzido ainda não chegou a Belém

Os portugueses estão agora obrigados a usar máscara em transportes público e locais públicos fechados. Mas a lei que prevê uma taxa reduzida de IVA sobre estes produtos ainda não chegou ao Presidente.

A generalidade dos portugueses está agora obrigada a usar máscara de proteção em locais públicos fechados e nos transportes públicos, podendo mesmo ser alvo de uma coima mínima de 120 euros pelas autoridades. Estes equipamentos estão agora à venda nos hipermercados e até em máquinas automáticas em estações de metro, mas a redução do IVA aprovada no Parlamento na passada quinta-feira ainda não chegou a Belém.

Por volta do meio-dia desta segunda-feira, a lei que materializa a aplicação de uma taxa reduzida de IVA sobre produtos como as máscaras de proteção e os produtos desinfetantes como o álcool em gel — que resultou de uma proposta do PSD adotada depois pelo Governo –, ainda não estava na posse do Presidente da República, confirmou ao ECO fonte oficial de Belém. Com o documento aprovado no Parlamento há cerca de quatro dias, a explicação para a aparente demora estará no feriado de sexta-feira, 1 de maio, que resultou num fim de semana prolongado.

Uma fonte parlamentar salientou ao ECO o facto de os deputados terem feito a votação completa do documento (incluindo a votação na generalidade e a votação final global) já ao final do dia de quinta-feira, deixando pouca margem de manobra para os serviços da Assembleia da República concluírem a redação e a mesma ser enviada para eventual promulgação do Presidente da República. A mesma fonte disse que, apesar do feriado, a lei está a seguir o procedimento considerado normal.

Mas os portugueses entram assim numa “nova normalidade”, já com maior disponibilidade de máscaras e desinfetantes no mercado, embora com preços ainda altos para muitas carteiras. A redução do IVA para 6% (taxa reduzida no continente) poderia ser — e será — um alívio na fatura, numa altura em que se prevê que estes produtos de proteção se tornem tão ubíquos como outros banais que os portugueses adquirem com frequência.

Este facto foi, aliás, reconhecido pelo ministro Pedro Siza Vieira numa entrevista à Antena 1: “Comprar uma máscara passará a ser tão banal como comprar papel higiénico”, afirmou esta segunda-feira, salientando que, com o aumento da oferta no mercado, “o preço tenderá a baixar”, garantiu.

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Ferro Rodrigues torna obrigatório uso de máscara no Parlamento

  • Lusa
  • 4 Maio 2020

A partir desta segunda-feira, será obrigatório o uso de máscara para quem quiser entrar, circular ou permanecer no parlamento, num despacho no âmbito da pandemia de covid-19.

O presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, determinou que, a partir desta segunda-feira, será obrigatório o uso de máscara para quem quiser entrar, circular ou permanecer no parlamento, num despacho no âmbito da pandemia de covid-19.

“O Presidente da Assembleia da República determinou, por despacho hoje [segunda-feira] publicado, que não será permitida a entrada, circulação ou permanência nas instalações da Assembleia da República a quem não usar máscara social ou cirúrgica devidamente colocada (podendo esta ser substituída por viseira)”, refere a informação.

A utilização obrigatória de equipamento de proteção individual na Assembleia da República, em vigor a partir de hoje, aplica-se a “deputados, membros do Governo, funcionários parlamentares, membros dos Gabinetes, colaboradores dos Grupos Parlamentares, Serviço de Segurança e a todos os prestadores de serviços, bem como a todos os cidadãos que, por qualquer razão, entrem e circulem nas instalações do Parlamento”.

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Apenas 3% das empresas já receberam dinheiro das linhas de crédito, diz a CIP

A CIP apresentou esta segunda-feira os resultados de um inquérito sobre as linhas de crédito às empresas. Em média, o processo das linhas de crédito está a demorar 28 dias úteis.

“Apenas 3% das empresas” que recorreram às linhas de crédito já receberam verbas, avança António Saraiva, presidente da CIP, que pede um “Simplex Covid” para “desburocratizar” estas linhas para que as empresas tenham um acesso mais fácil e ainda um reforço dos montantes atuais ou a criação de mais linhas.

Os dados foram divulgados esta segunda-feira pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP) com base num inquérito feito a uma amostra de 1.582 empresas portuguesas sobre a utilização das linhas de financiamento bancário. Estas linhas foram disponibilizadas pelo Estado (com garantias públicas) em parceria com os bancos na sequência da crise pandémica. Há uma semana o Governo tinha dito que tinham sido processados 12 mil processos das 20 mil empresas que já pediram para ter acesso às linhas de crédito.

Na conferência de imprensa onde apresentou os resultados deste inquérito, o presidente da CIP, António Saraiva, criticou o “morosidade no acesso ao crédito” por parte das empresas, pedindo ao Governo que simplifique os processos. A meio de abril, a CIP já tinha criticado o Governo ao dizer que tinham chegado “zero” apoios às empresas.

Além disso, Saraiva considera que o valor que está disponível atualmente não é suficiente: “Os pedidos já hoje extravasam em muito aquilo que está lançado“, disse, referindo que os pedidos atuais “consomem” 9,3 mil milhões de euros, acima do valor das atuais linhas de 6,2 mil milhões de euros, segundo o presidente da CIP, que relembrou que a Comissão Europeia autorizou um total de 13 mil milhões de euros.

Do total de “empresas que pediram empréstimo apenas 3% já recebeu o financiamento“, refere a apresentação deste primeiro inquérito cujos resultados referem-se às respostas dadas pelas empresas de 28 a 30 de abril. Na prática, tal significa que na passada quinta-feira 505 créditos estavam contratados, de um total de 16.808 estavam aprovados e de 43 mil pedidos entregues. Contudo, é de notar que 23,6% desse universo total de empresas tem o recebimento do financiamento pendente. Para já, apenas 3,4% das empresas viram o seu pedido ser recusado.

Em média, desde o seu início até ao fim, o processo demorou 28 dias úteis. A título de exemplo, “as empresas receberam financiamento oito dias depois da aprovação por parte da SGM (Sociedade de Garantia Mútua)”, refere o inquérito. A maioria das empresas fizeram pedidos nas linha de crédito “Capitalizar – Covid-19 (geral)” e na de “Apoio à indústria / apoio à atividade económica”.

Independentemente do que virão a receber das linhas de crédito, 46% das empresas que entregaram um pedido dizem que vão ter maiores necessidades de tesouraria. Além disso, 84% das empresas inquiridas considera que os apoios do Estado “ficam aquém ou muito aquém do necessário”. O inquérito revela ainda que um terço das empresas portuguesas já pediu financiamento bancário, mas que 40% das empresas inquiridas não pediu nem pensa vir a pedir financiamento.

Na conferência de imprensa virtual, António Saraiva alertou que foram exigidas garantias pessoais ou patrimoniais a algumas empresas, ainda que tal seja proibido pelas regras destas linhas de crédito que têm garantia estatal. Segundo o inquérito, foi exigida garantia a 18,4% das empresas inquiridas.

Do universo do inquérito, cerca de metade das empresas continua em funcionamento ao passo que um terço está parcialmente fechada e 16% está completamente fechada. A maioria das empresas inquiridas são microempresas ou PME de forma a refletir a composição do tecido empresarial português, sendo que apenas 4% das empresas inquiridas são grandes. A maioria encontra-se no setor da indústria e energia (38,9%), seguindo-se outros serviços (26,2%) e o comércio (18,2%).

Esta é a primeira edição desta série de inquéritos que a CIP, em conjunto com o Marketing FutureCast Lab do ISCTE, fará às empresas para recolher informação sobre o tecido empresarial e monitorizar a implementação das linhas de crédito. Os inquéritos “abordarão temas considerados relevantes para a atividade empresarial, contribuindo para a existência de dados quantitativos fiáveis sobre a realidade das empresas, permitindo uma atuação dinâmica dos responsáveis políticos e do movimento associativo, a cada momento”, explica a CIP.

(Notícia atualizada às 17h05 com mais informação)

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Covid-19 forçou uma “transformação organizacional em fast forward”

Diretor-geral da Cegoc assume que mudanças estruturais já estavam em marcha na empresa. Mas que alterações trazidas pelo coronavírus são "projeto de transformação organizacional" acelerada.

Uma “transformação organizacional em fast forward“. Para Ricardo Martins, diretor-geral da Cegoc, empresa de formação empresarial, a pandemia de coronavírus não trouxe “alterações muito profundas” no funcionamento da organização mas, por outro lado, acelerou-as. “Já promovíamos redes colaborativas junto das nossas equipas antes do Covid-19. Claro que face a uma emergência global, como a que assistimos, estas alterações à forma de trabalhar estão a ser encaradas como uma via alternativa para o nosso futuro. Um verdadeiro projeto de transformação organizacional em fast forward“, assegura o responsável, em entrevista ao ECO para a rubrica Gestores em teletrabalho.

O dia-a-dia do gestor “ajustou-se na perfeição a uma nova realidade já que, com projetos em quatro continentes e delegações em Angola e Moçambique, há vários anos que testava e praticava “a gestão à distância”, que se tornou prática no “ADN organizacional” que agora trabalha 100% remotamente.

Sobre os desafios desta nova fase, Ricardo sublinha a “velocidade estonteante” com que, tanto parceiros como clientes, tiveram de adaptar-se. “Esta nova realidade e contexto de trabalho reflete-se no modo como muitos clientes e parceiros nos têm solicitado ajuda para apoiá-los a disponibilizar recursos formativos 100% digitais que permitem acelerar a aquisição quase imediata e à distância de novas competências críticas para os seus colaboradores”, sublinha.

Exemplos dessa dinâmica veloz é o “Keep Calm & Start Learning”, um conjunto de recursos digitais e webinars sobre temas relacionados com o momento atual e acessíveis na plataforma Learning Hub, da Cegoc.

“Estamos a passar todo o nosso universo de soluções presenciais e blended para formatos 100% digitais“, assegura, ressalvando, no entanto, que a equipa tem “trabalhado mais do que nunca” graças a “um sentido de missão, um espírito de ajuda” que, garante, motiva os trabalhadores.

Sobre o período pós-Covid, Ricardo Martins antecipa uma alteração de processos e metodologias de trabalho. “Esta crise (…) obriga as pessoas a um esforço de adaptação e aprendizagem que combina bem com o contexto de aceleração tecnológica crescente em que vivemos (…) O futuro oferece-nos uma oportunidade singela de renovação e transformação, mas endereça-nos também uma responsabilidade ainda maior de escuta, compreensão mútua e resiliência coletiva”, conclui.

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Vendas de carros têm queda histórica de 84,6% com país em estado de emergência

O mercado automóvel registou uma quebra de 84,6% em abril, mês em que os stands estiveram encerrados devido à pandemia.

A pandemia continua a pesar no setor automóvel. Durante o mês de abril, quando os stands estiveram encerrados por causa do estado de emergência, as vendas caíram 84,6%, uma “queda histórica” no mercado automóvel, de acordo com os dados da Associação do Comércio Automóvel de Portugal (ACAP) divulgados esta segunda-feira.

Foram matriculados, pelos representantes legais de marca a operar em Portugal, 3.803 veículos automóveis em abril. Já em março as vendas tinham afundado 56,6%, sendo que nem em fevereiro de 2012, quando se registou uma descida de 52,3%, tinha caído tanto num único mês. Pode consultar o “Números da crise”, da Pordata, para visualizar as comparações das vendas nos últimos meses.

Olhando apenas para os ligeiros de passageiros novos, foram matriculados no quarto mês do ano 2.749 automóveis, menos 87% do que no mesmo período do ano anterior. A Peugeot continuou a ser a marca líder, com 332 carros, valor que compara com 2.510 em abril de 2019. Seguiu-se a Mercedes-Benz, que contabiliza 311 unidades matriculadas, face a 1.313 automóveis no mês homólogo do ano passado.

O impacto da pandemia reflete-se também nos valores acumulados dos primeiros quatro meses do ano. Foram colocados em circulação 56.744 veículos novos entre janeiro e abril, o que representou uma diminuição de 39,8% face ao mesmo período do ano anterior, quando foram matriculados 94.286 automóveis.

De sinalizar que o cenário no setor poderá ser diferente em maio, visto que os stands de automóveis tiveram autorização para reabrir na primeira fase do plano do Governo para o desconfinamento, que arrancou esta segunda-feira.

(Notícia atualizada às 16h40)

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Pagamento de estacionamento na via pública em Lisboa continua suspenso

  • Lusa
  • 4 Maio 2020

Data do reinício da fiscalização e cobrança será alinhada com a autarquia “quando se mostrar pertinente o regresso à atividade”, disse fonte da EMEL.

O pagamento do estacionamento na via pública em Lisboa continua suspenso e a data do reinício da fiscalização e cobrança será alinhada com a autarquia “quando se mostrar pertinente o regresso à atividade”, disse esta segunda-feira à Lusa fonte da EMEL.

“A data de início de regresso à atividade da EMEL [Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento], em termos de fiscalização/cobrança de estacionamento, será alinhada com a Câmara Municipal de Lisboa e quando se mostrar pertinente o regresso à atividade, o que estará dependente da celeridade com que as atividades económicas regressarem à normalidade e as questões inerentes à mobilidade se voltarem a colocar no espaço urbano”, afirmou fonte da empresa.

Assim, as medidas tomadas em 16 de abril, e que a empresa já tinha anunciado que continuariam em vigor pelo menos durante o estado de emergência decretado devido à pandemia de covid-19, mantém-se em vigor.

Portugal entrou domingo em situação de calamidade, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência, desde 19 de março.

Entre as medidas tomadas está a suspensão do pagamento do estacionamento na via pública nas Zonas de Estacionamento de Duração Limitada, nos locais delimitados para o efeito, e a suspensão da fiscalização dos mesmos.

É também permitido o estacionamento gratuito “nos parques de estacionamento da EMEL dos veículos com dístico de residente válido para a área de implantação de cada parque (mediante informação da matrícula pelo intercomunicador no acesso), salvaguardando a capacidade para as avenças preexistentes”.

Segundo divulgou em março a empresa, os veículos com dísticos que se encontrassem válidos em 01 de fevereiro e que, entretanto, atinjam a data de validade, podem continuar a aceder aos lugares exclusivos a residentes nas zonas indicadas no dístico até 30 de junho de 2020, eliminando assim a necessidade de qualquer tramitação administrativa neste período, com a correspondente redução de deslocações.

É também possível alargar “todas as avenças noturnas de residente existentes nas concessões Empark para avenças 24 horas”, sem qualquer custo acrescido.

Contudo, “a ocupação de forma abusiva do espaço público, pondo em causa o acesso de veículos de emergência e a segurança e livre circulação de peões ou veículos”, continua a ser fiscalizada e, “apesar do bloqueamento de veículos estar suspenso, continua o reforço da fiscalização e remoção de veículos em infração”.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 247 mil mortos e infetou mais de 3,5 milhões de pessoas em 195 países e territórios. Mais de um milhão de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Portugal contabiliza 1.063 mortos associados à covid-19 em 25.524 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia divulgado hoje.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 89 mil.

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Covid-19: Julgamento com 57 arguidos em Leiria recomeça com obrigação de máscara e medição de temperatura

  • Lusa
  • 4 Maio 2020

O julgamento de burla qualificada e corrupção de 57 arguidos recomeçou na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Leiria, com obrigação de uso de máscara e medição da temperatura.

O julgamento de burla qualificada e corrupção que envolve 57 arguidos recomeçou esta segunda-feira no auditório da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Leiria, com obrigação de uso de máscara e medição da temperatura corporal.

Agendado para as 09:15 desta segunda-feira, a sessão de julgamento só pelas 11:45 se iniciou, mas sem qualquer diligência, devido a vários constrangimentos e problemas técnicos.

A juiz presidente do processo ordenou que todos os presentes no auditório estivessem munidos de máscara – o tribunal disponibilizou máscaras e viseiras – e fossem sujeitos a uma medição de temperatura corporal.

Apesar de a Direção-Geral da Saúde considerar que não é obrigatório, a magistrada insistiu que ninguém entraria na sala sem medição corporal.

Outra imposição da juiz presidente foi a garantia de que o ar condicionado estaria desligado, mesmo que fosse apenas para circulação de ar.

Aos poucos, os 20 advogados foram entrando, sentando-se nos lugares previamente definidos, com a distância de dois metros assegurada.

Os arguidos, que também foram sujeitos à medição corporal, ficaram sentados no lado direito do auditório, também com a distância assegurada.

Com todos na sala, a dificuldade em visualizar as duas televisões colocadas em cima do palco levou a juiz presidente a exigir um projetor, que não estava no local.

Quando se tentou iniciar a audição de testemunhas por videochamada, surgiram mais problemas técnicos, que impediram que as testemunhas, muitas delas em casa, permanecessem numa sala de espera virtual, e só fossem ouvidas quando chamadas, para que não ouvissem os depoimentos uns dos outros.

Esta situação não foi ultrapassada, tendo a juiz presidente terminado a sessão da manhã e agendado para a tarde a continuidade dos trabalhos.

Um dos advogados contestou ainda o facto de se ouvirem testemunhas em casa, considerando ser uma “irregularidade”, uma vez que “se desconhece se a testemunha é quem afirma ser e se está ou não acompanhada”.

A juiz considerou que não há qualquer irregularidade e que a lei permite esta forma de ouvir as testemunhas, neste contexto de pandemia, estando garantida a identificação das pessoas que vão depor através do cartão de cidadão.

Ao longo de toda a sessão, a dificuldade de interação entre os intervenientes que se encontravam à distância e os presentes foi evidente, o que levou a procuradora do Ministério Público a sugerir o cancelamento da sessão.

“Apesar do esforço de todos, não há condições para continuar. Não consigo ouvir ninguém, tenho dúvidas que alguém me consiga ouvir e nem sei quais as consequências ao nível da gravação de todo este ruído”, salientou.

A juiz presidente não concordou e mandou prosseguir a audiência: “Estamos a fazer experiências. Isto é tudo novo. Vamos ver se conseguimos resolver esses problemas técnicos”.

A pausa para o almoço permitiu desinfetar a sala, que será novamente limpa no final do dia.

O Tribunal de Leiria começou a julgar em fevereiro 79 pessoas, entre as quais dois funcionários dos CTT, suspeitas de burla qualificada, corrupção ativa e passiva, e associação criminosa num esquema de venda de sapatilhas ‘online’.

Na altura, a juiz presidente extraiu certidões a 22 dos 79 arguidos do processo, por impossibilidade de os notificar.

Segundo o despacho de acusação a que a agência Lusa teve acesso, os arguidos estão acusados por burla qualificada, corrupção ativa e passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos, venda e circulação ou ocultação de produtos e artigos, e associação criminosa.

O MP refere que, no início de 2014, dois arguidos criaram páginas em várias redes sociais em que promoviam e anunciavam a venda de sapatilhas das mais diversas marcas, a preço de saldo e/ou ‘outlet’, afirmando ser calçado importado e de coleções mais antigas e, por isso, mais barato do que nas lojas originais das marcas.

Como o volume de encomendas começou a aumentar, juntaram-se aos outros arguidos para fazer face às encomendas.

As tarefas, que os arguidos terão realizado em conjugação de esforços, combinados entre si segundo uma estrutura organizada com atribuições definidas, incluíam adquirir bens, armazenar produtos, tratar das encomendas, publicitar/difundir bens nas páginas da internet, contactar os possíveis clientes, embalar produtos, criar apartados postais e levantar vales postais em locais circundantes da sua zona de residência, nomeadamente em Alcobaça, Amor, Batalha, Leiria, Marrazes, Marinha Grande, Maceira, Monte Real, Monte Redondo, Meirinhas, Pombal e Porto de Mós, no distrito de Leiria, e Minde e Ourém, no distrito de Santarém.

No entanto, tendo em conta que o volume das encomendas passou a “mais de 500 por dia”, os arguidos “deixaram de conseguir cumprir com o envio de réplicas das sapatilhas e combinaram entre si enviar qualquer coisa, passando então a enviar ténis de marca branca, chinelos e outros objetos que nada tinham sequer a ver com as encomendas efetuadas”.

Com este esquema, foi criado um prejuízo patrimonial às vítimas superior a três milhões de euros.

O processo tem mais de mil páginas e mais de mil testemunhas.

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Sem investimento de Buffett, aviação afunda em Wall Street

Warren Buffett disse durante o fim de semana que vendeu as participações que detinha em cotadas da aviação e o setor está a registar fortes perdas nesta segunda-feira.

Wall Street entrou na nova semana em queda, com a tensão entre os EUA e a China e o setor da aviação a pesarem nos índices norte-americanos.

O S&P 500 desvaloriza 1,04% para os 2.801,29 pontos, o Nasdaq cede 0,71% para os 8.543,63 pontos e o Dow Jones perde 1,17% para os 23.445,55 pontos esta segunda-feira. Na passada sexta-feira, os índices tinham registado quedas superiores a 2%.

A Casa Branca continua a apontar o dedo à China pela responsabilidade que tem relacionada com o novo coronavírus. O secretário de Estado, Mike Pompeo, disse durante o fim de semana que havia “uma quantidade significativa de evidência” de que o vírus teve origem num laboratório chinês. No entanto, não contestou a tese oficial dos EUA de que o vírus não foi feito por humanos. Em resposta, um editorial no jornal chinês Global Times dizia que Pompeo estava a fazer “bluff”.

O arranque de maio já tinha sido negativo para Wall Street, na passada sexta-feira, na sequência do presidente norte-americano ter reavivado a guerra comercial entre os EUA e a China. Donald Trump ameaçou impor novas tarifas sobre os bens chineses em resposta à pandemia. “Se se pensar como os mercados ficaram nervosos em relação à guerra comercial EUA/China, caso este tema continue não podemos excluir que desta vez seja bem pior”, antecipa Jim Reid, estratega do Deutsche Bank, em declarações à Reuters.

No entanto, o impacto mais forte nas cotadas norte-americanas verifica-se no setor da aviação e deve-se a um evento de sábado da Berkshire Hathaway, a empresa detida pelo “guru” dos mercados Warren Buffett.

Nesse evento, Buffett anunciou que a gestora de ativos desfez-se das posições que tinha nas transportadoras aéreas. Essa decisão de um dos mais reputados investidores nos EUA está a ter repercussões na sessão desta segunda-feira: cotadas como a Delta, a American Airlines, a Southwest Airlines e a United estão a cair entre 8 a 11%, aprofundando as perdas já registadas por causa da pandemia. A Boeing, fabricante de aviões, também está a ceder 5%.

A própria Berkshire Hathaway, que também está cotada em Wall Street, cede mais de 1% neste início de sessão após ter anunciado o maior prejuízo trimestral de sempre (quase 50 mil milhões de dólares) no primeiro trimestre deste ano em que as bolsas afundaram em março por causa da crise pandémica.

De acordo com a Reuters, metade das cotadas do S&P 500 já divulgaram resultados do primeiro trimestre. Os analistas esperam que a queda dos lucros seja de 12,7%, em termos homólogos, e de 37,8% no segundo trimestre.

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Suspensão do IMI, taxa turística e das rendas. Hotelaria pede ajuda aos municípios

A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) enviou uma carta aos municípios a sugerir várias medidas de estímulos ao setor e à economia. Só assim se poderá "garantir a visita e estadia de turistas".

Com o verão cada vez mais perto, a hotelaria já pensa em começar a abrir portas, mas mostra-se preocupada com a vinda de turistas e hóspedes para o país. Para minimizar essa preocupação, a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) pensou num conjunto de estímulos às empresas do setor e, para isso, apelou a vários municípios do país para os porem em prática. Da isenção de taxas a impostos, conheça as propostas do setor.

Numa carta enviada à Associação Nacional de Municípios (ANM) e a vários municípios do país, a AHP propôs um conjunto de medidas para estimular as empresas hoteleiras e a economia local, refere a associação, em comunicado. Medidas essas que considera “pertinentes”, tendo em conta a “dramática situação” em que se encontra o setor hoteleiro:

  • Isenção da taxa turística até ao final de 2021 nos concelhos onde esta já exista ou esteja a ser planeada;
  • Isenção de outras taxas e impostos municipais (IMI, Proteção Civil, Saneamento e Gestão de Resíduos) até ao final de 2020;
  • Suspensão da taxa de ruído;
  • Prolongamento do período de suspensão de cobrança de todas as taxas relativas a ocupação do espaço público e publicidade até ao final do ano;
  • Isenção integral do pagamento de rendas todos os hotéis e unidades de Alojamento Local coletivo que se encontrem encerrados e estejam arrendados em espaços municipais;
  • Transportes públicos gratuitos para todos os turistas, residentes e trabalhadores durante os primeiros três meses de retoma, pelo menos até ao final de 2020;
  • Isentar os hóspedes dos hotéis e unidades de Alojamento Local coletivo do pagamento de entradas em todos os espaços culturais e equipamentos geridos pelas Câmaras Municipais nos primeiros três meses após a retoma, pelo menos até ao final de 2020, “cabendo aos referidos estabelecimentos disponibilizar os bilhetes gratuitamente aos seus hóspedes”.

Para além destas medidas, que considera fundamentais, a AHP defende ainda que a maior parcela da taxa turística seja alocada para apoiar congressos em vez de outros investimento e a suspensão/adiamento do projeto ZER (Zona de Emissões Reduzidas na Avenida-Baixa-Chiado).

Além disso, propõe o aumento das verbas de promoção na Associação de Turismo de Lisboa para “ativar uma mega campanha de comunicação de relançamento do destino”, “adaptar o instrumento de apoio à captação de rotas aéreas para a cidade, em parceria com a ANA e o Turismo de Portugal” e “desenvolver um novo instrumento de apoio à comercialização das empresas, em sistema de cofinanciamento altamente bonificado ou mesmo a fundo perdido”.

“Estas medidas vêm complementar as que o Estado, a nível central, também está a desenvolver e a aplicar. Para além de que, como já sabemos, a retoma da hotelaria será feita sobretudo através do mercado interno, e eventualmente do mercado espanhol, pelo que esta é também uma forma de ajudar as empresas a retomarem a sua atividade e garantir os postos de trabalho”, diz o presidente da AHP, citado em comunicado. “Só assim podemos retomar a nossa atividade e garantir a visita e estadia de turistas nas várias regiões do país”, remata Raul Martins.

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