Navigator oferece resmas de papel a 3.600 crianças carenciadas

Empresa vai oferecer resmas de papel a 3.600 crianças do ensino básico. Uma oferta que servirá como complemento às atividades curriculares que estão a desenvolver em regime de telescola.

A Navigator Company junta-se à onda de solidariedade e vai oferecer uma resma de papel a 3.600 crianças do primeiro ciclo do ensino básico que se encontrem em regime de telescola. Esta oferta destina-se a famílias mais carenciadas.

“Com a ajuda das várias juntas de freguesia, as crianças abrangidas nesta iniciativa irão receber, em suas casas, a resma de papel Navigator Students que lhes servirá como complemento às atividades curriculares que estão a desenvolver em regime de telescola”, explica a empresa que é a terceira maior exportadora em Portugal.

A iniciativa foi levada a cabo junto de 34 juntas de freguesia das cidades onde a empresa tem complexos industriais. Através desta oferta, a Navigator pretende que a mudança que se vive atualmente não fragilize o dia-a-dia destas crianças, permitindo-lhes continuar a aprender e a crescer, ainda que seja à distância das suas escolas.

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Volume de negócios nos serviços contrai 17% em março

O índice de volume de negócios nos serviços afundou 17% em março e 4% no primeiro trimestre deste ano. INE fala em dificuldades na compilação de informação e apela a "melhor colaboração" de todos.

O volume de negócios nos serviços registou uma forte deterioração em resultado do choque económico provocado pela pandemia. O índice contraiu 17% em março e caiu 4% no conjunto do primeiro trimestre comparativamente com o mesmo período do ano anterior.

À medida que Portugal tenta retomar a atividade económica de forma gradual, vão sendo conhecidos novos dados sobre a dimensão do impacto da paralisação que começou em meados de março. Esta paralisação visou travar o contágio pelo novo coronavírus.

A informação divulgada esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) vem somar a esses dados acerca do impacto das medidas do estado de emergência. De acordo com o INE, o índice de volume de negócios nos serviços, um dos setores mais afetados pela pandemia, “apresentou uma variação homóloga nominal de -17% em março”, depois de ter crescido 2,5% no mês precedente.

Já o primeiro trimestre de 2020 “registou uma diminuição de 4% face ao mesmo período de 2019″, depois de ter crescido 2,4% no trimestre anterior”, sublinha o INE, que refere que os dados de março já refletem o impacto da pandemia. “A informação […] respeitante a março já reflete parcialmente os efeitos da pandemia Covid-19, quer no comportamento da atividade económica, quer na quantidade de informação primária disponível na compilação dos resultados apresentados”, acrescenta.

Segundo o INE, os índices de emprego, de remunerações e de horas trabalhadas ajustado de efeitos de calendário “apresentaram variações homólogas de +0,2%, +1,7% e -3,3%, respetivamente”.

“Todas as secções apresentaram evoluções negativas”, continua a nota do INE, que destaca, porém, que o “comércio por grosso, comércio e reparação de veículos e motociclos” registou uma variação homóloga de -14,4% em março. Já o “alojamento, restauração e similares” registou uma queda de 49,1% e os “transportes e armazenagem” registou também uma queda de 17,6%.

INE apela a “melhor colaboração” no envio de respostas em plena pandemia

A pandemia do Covid-19 não está apenas a ter impacto nos indicadores calculados pelo INE. O próprio trabalho do organismo nacional de estatística está a ser dificultado pelo impacto do novo coronavírus.

Numa breve nota, o INE faz referência à menor “quantidade de informação primária disponível na compilação” de resultados, mas vai mais longe: “Apelamos à melhor colaboração das empresas, das famílias e das entidades públicas, apesar das dificuldades, na resposta às solicitações do INE”, aponta.

A entidade nota, por fim, que “a qualidade das estatísticas oficiais depende crucialmente dessa colaboração”.

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Estrangeiros em Portugal já podem abrir conta no Moey

Os cidadãos estrangeiros que estejam a residir em Portugal já podem abrir uma conta corrente com cartão de débito no banco digital Moey, do grupo Crédito Agrícola.

Os cidadãos estrangeiros que residam em Portugal já podem ter uma conta à ordem no banco digital Moey, do grupo Crédito Agrícola. Para tal, é necessário terem título de residência temporário ou certificado de residência permanente no país.

Num comunicado, o banco digital explica que os imigrantes em Portugal que queiram ter uma conta no Moey “apenas têm de instalar a app no smartphone, fazer uma verificação por videochamada para apresentar o comprovativo de residência no país e, em menos de cinco minutos, ficam aptos a começar a usar todas as funcionalidades da conta”.

O Moey é a alternativa do Crédito Agrícola para concorrer com outras aplicações da nova banca digital, como Revolut, N26 ou Monese. Este tipo de soluções têm ganhado popularidade no país por permitirem ter uma conta corrente sem comissões de manutenção, bem como um cartão de débito sem anuidades.

No caso do Moey, o cartão é compatível com a aplicação MB Way. Mas a abertura da conta exige a realização de uma videochamada com um operador, o que não acontece com a generalidade dos bancos digitais concorrentes.

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Pandemia não trava crédito para a casa. Está em máximos de 2008

Bancos concederam 952 milhões de euros em novos empréstimos para a compra de casa, em março. É uma subida de quase 4% face a fevereiro e de mais de 9% face ao mesmo mês do ano passado.

Os efeitos da pandemia ainda não estão a refletir-se na concessão de crédito para a compra de casa. Em março, mês em que foi reportado o primeiro caso de contágio pelo novo coronavírus em Portugal e o início do confinamento, a disponibilização de crédito à habitação ascendeu a 952 milhões de euros, um aumento de quase 4% face a fevereiro e de mais de 9% em comparação com o mesmo mês do ano passado. Trata-se ainda de um novo máximo desde 2008, em termos homólogos.

Dados divulgados pelo Banco de Portugal nesta terça-feira apontam para que os portugueses tenham ido buscar à banca 952 milhões de euros em março, acima dos 919 milhões de euros que se tinham verificado no mês anterior. Superam ainda os 870 milhões de euros concedidos no mesmo mês do ano passado.

O acréscimo da concessão de financiamento para a aquisição de casa registado em março poderá parecer um contrassenso tendo em conta que foi nesse mês que muitos portugueses começaram a sentir os efeitos económicos resultantes da pandemia. Contudo, poderá resultar do facto de existirem processos de crédito à habitação já em fase de conclusão naquele mês.

Crédito da casa acelera em março

Banco de Portugal

Daí podendo-se antecipar que só os dados relativos ao mês de abril possam já refletir uma eventual quebra de procura por crédito à habitação e dos valores disponibilizados. O último inquérito trimestral aos bancos sobre o mercado de crédito realizado pelo Banco de Portugal aponta, aliás, nesse sentido.

Os resultados divulgados a 28 de abril sinalizaram que a banca nacional antecipa uma forte redução na procura de crédito às famílias, em particular no que respeita ao financiamento para a compra de casa, durante o segundo trimestre deste ano. Previa ainda que “os critérios deverão tornar-se mais restritivos” no que respeita à disponibilização de financiamento às famílias.

Crédito ao consumo recua, mas pouco

Contrariamente à habitação, as restantes finalidades de crédito às famílias registou uma quebra nos valores concedidos, mas só em termos mensais, já que numa base homóloga a tendência voltou a ser crescente.

Os bancos concederam 421 milhões de euros em crédito ao consumo, 10% abaixo dos 469 milhões verificados em fevereiro. Comparativamente a março do ano passado, contudo, ocorreu um acréscimo de 8%.

Nos empréstimos às famílias com outros fins, a tendência foi semelhante. Foram concedidos 240 milhões de euros em março, 3% aquém dos 248 milhões concedidos em fevereiro. Face a março do ano passado, constata-se um aumento de 25% no valor concedido.

(Notícia atualizada às 11h44)

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Ryanair vai retomar 40% dos voos a partir de julho

  • Lusa
  • 12 Maio 2020

A companhia aérea irlandesa anunciou que a partir de 1 de julho retomará os voos na maior parte das suas 80 bases em toda a Europa. Vão ser tomadas medidas para assegurar a segurança sanitária.

A Ryanair vai retomar 40% dos voos regulares a partir de 1 de julho, sujeito ao levantamento das restrições de viagem impostas pela pandemia de Covid-19 e à aplicação de medidas de saúde publica nos aeroportos.

Em comunicado, a companhia aérea de baixo custo recorda que desde o início das restrições de voos, em meados de março, tem vindo a operar uma programação diária de 30 voos entre a Irlanda, o Reino Unido e a Europa e que a partir de julho retomará os voos na maior parte das suas 80 bases em toda a Europa.

“A Ryanair trabalha para restabelecer algumas frequências no maior número possível de rotas, em vez de operar muitas frequências num pequeno número de rotas”, sublinha a empresa.

A preparar o regresso, a companhia lançou um vídeo que pretende incentivar os passageiros a adotarem medidas sanitárias para limitar a propagação da Covid-19 que incluem viagens com menos bagagem de porão, check-in online, apresentação do cartão de embarque no telemóvel, controlo de temperatura à entrada do aeroporto e uso de máscaras faciais no terminal e a bordo dos aviões.

Na nota distribuída esta terça-feira, a Ryanair recorda ainda que todas as suas aeronaves estão equipadas com filtros de ar HEPA (semelhantes aos utilizados nos hospitais) e que todas as superfícies interiores dos aviões são desinfetadas todas as noites com produtos químicos eficazes durante mais de 24 horas.

Além dos controlos de temperatura e do uso de máscaras/coberturas faciais, o distanciamento social nos aeroportos e a bordo dos aviões será encorajado sempre que possível, acrescenta.

A bordo dos aviões, a tripulação de cabine utilizará máscaras/coberturas faciais e será disponibilizado um serviço limitado de refeições ligeiras pré-embaladas e bebidas, mas não serão aceites pagamentos em numerário a bordo.

As filas de espera para as casas de banho a bordo serão proibidas e o acesso far-se-á mediante pedido prévio.

A companhia incentiva ainda os passageiros a lavarem e utilizarem regularmente desinfetantes de mãos nos terminais dos aeroportos.

Como medida temporária de saúde pública e até que os estados da União Europeia levantem os respetivos bloqueios, a Ryanair vai exigir a todos os passageiros com viagens em julho e agosto preencham os dados (no check-in) sobre a duração da sua visita e morada de alojamento durante a visita a outro país da UE.

Estas informações de contacto serão fornecidas aos Governos da UE para ajudar a controlar eventuais medidas de isolamento impostas aos visitantes de voos intracomunitários”, explica a companhia.

Citado no comunicado, o diretor-executivo da Ryanair, Eddie Wilson, afirma: “É importante para os nossos clientes e para os nossos cidadãos que retomemos uma parte da programação a partir de 1 de julho”.

O responsável diz que, após o bloqueio de quatro meses aplicado pelos governos de toda a Europa, “é tempo de voltar a voar na Europa” para que possamos “encontrar amigos e família, permitir que as pessoas regressem ao trabalho e relançar a indústria turística europeia, que ocupa tantos milhões de trabalhadores”.

“A Ryanair trabalhará em estreita colaboração com as autoridades de Saúde para garantir que estes voos respeitam, sempre que possível, medidas eficazes para limitar a propagação da covid-19. Como já foi demonstrado na Ásia, os controlos de temperatura e as máscaras são a medida mais eficaz nos percursos de curta distância (1 hora) dentro do mercado europeu”, acrescenta.

Eddie Wilson diz ainda que a Ryanair acredita que 1 de julho “é a data mais oportuna para retomar uma programação normal de voos, permitindo que amigos e famílias se reúnam, que os trabalhadores voltem ao trabalho e que as economias que tanto dependem do turismo, como Espanha, Portugal, Itália, Grécia, França e outros, recuperem o que resta da temporada turística”.

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Isabel dos Santos acusa autoridades de usarem passaporte falso com assinatura de Bruce Lee no arresto de bens

Empresária angolana diz que autoridades usaram um passaporte falso seu com a assinatura de Bruce Lee para avançar com o arresto de bens em Angola e Portugal.

Isabel dos Santos acusa as autoridades em Angola e Portugal de terem utilizado um passaporte falso seu, com a assinatura de Bruce Lee entre outras falsificações, para avançar com o arresto dos seus bens nos dois países.

Em comunicado, Isabel dos Santos diz que a Procuradoria-Geral de Angola usou como prova um “passaporte grosseiramente falsificado como supostamente pertencente” à empresária para que o tribunal decretasse em dezembro o arresto preventivo de bens e empresas, isto no âmbito de uma disputa de 1,1 mil milhões de euros reclamados pelo Estado angolano.

A empresária angolana alega que são vários os sinais de falsificação e que é “pouco credível que o Estado angolano não pudesse distinguir um passaporte falso de um documento verdadeiro por si emitido”. Nomeadamente que não tivesse detetado a “maior aberração” de o passaporte ter a “assinatura do falecido mestre de kung-fu e ator de cinema Bruce Lee”. Mas há mais sinais: a foto do passaporte foi tirada da internet, a data de nascimento está incorreta, apresenta várias palavras em inglês (“businesswoman” e “married”) quando a língua oficial de Angola é português, por exemplo.

“Negócio do Japão”

Isabel dos Santos conta que este passaporte forjado estava a ser usado por um golpista na internet sobre um suposto “negócio do Japão” e no qual se fazia passar por um fictício empresário do Médio Oriente, atuando em nome da empresária. Para executar a burla, o golpista usou um passaporte falso de Isabel dos Santos como fachada, “engendrando um negócio fraudulento, sendo que pretendia burlar uma pequena empresa no Japão”.

Porém, tanto o passaporte falso como os emails foram usados como prova em tribunal para demonstrar que Isabel dos Santos pretendia ilegalmente exportar capitais para o Japão e sustentar o pedido de arresto.

A Procuradoria angolana criou perante o tribunal uma falsa aparência de que a cidadã Isabel dos Santos se preparava para levar dinheiro para o Japão e desejava dissipar e esconder o seu património, e era urgente apoderar-se destes bens”, acusa a defesa da filha do ex-Presidente angolano José Eduardo dos Santos.

Isabel dos Santos defende-se dizendo que “nunca conheceu e nem contactou as partes envolvidas neste esquema fraudulento e não tinha conhecimento da falsa proposta”. “A transação descrita nos e-mails é tecnicamente impossível, em tudo semelhante a uma típica burla de internet”, explica ainda em comunicado.

Portugal cooperou

Foi com base nestas falsificações que as autoridades judiciais angolanas solicitaram a outros países, designadamente Portugal, o arresto de bens. “A Justiça portuguesa decidiu cooperar com Angola, (…) e assim tem executado vários arrestos em Portugal com base em pedidos judiciais tomados e assentes em documentos forjados e falsos”, acusa Isabel dos Santos.

As autoridades procederam, em dezembro, ao arresto de várias empresas de Isabel dos Santos, nomeadamente Unitel, Banco BFA, Banco BIC, Hipermercados Candando, Cimangola, ZAP Media e todas as contas bancárias de Isabel dos Santos.

Em Portugal também foram arrestados vários bens e contas bancárias de Isabel dos Santos: Efacec, EuroBic, Zopt (detentora da Nos), entre outros bens.

(Notícia atualizada às 11h44)

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Lucros da Toyota caíram 86,2% no último trimestre

  • Lusa
  • 12 Maio 2020

Lucros da fabricante automóvel caíram 86,2% no último trimestre, com a empresa a prever menos 79,5% nos lucros operacionais este ano.

Os lucros da Toyota no ano fiscal terminado em março aumentaram, em relação a igual período de 2019, mas caíram 86,2% no último trimestre, com a empresa japonesa a prever menos 79,5% nos lucros operacionais este ano.

No comunicado de hoje da fabricante automóvel nipónica é referido que os lucros subiram, no ano fiscal, 10,3%, para 2,08 biliões de ienes (17,9 mil milhões de euros). No entanto, o lucro líquido do grupo caiu 1%, para 29,93 biliões de ienes (258 mil milhões de euros).

A empresa, que, assim como outras empresas do setor, foi afetada pelo impacto económico da pandemia de Covid-19, informou que no ano fiscal fechado em março vendeu 8,96 milhões de veículos, 18.372 a menos que no ano fiscal anterior, com os resultados do último trimestre a sofrerem uma forte queda, superior a 86%.

No entanto, para este ano fiscal que encerra a 31 de março de 2021, a Toyota estimou que suas vendas devem cair para cerca de sete milhões de veículos.

Na América do Norte, principal mercado do grupo japonês, a Toyota vendeu um total de 2,71 milhões de veículos no ano fiscal de 2020, 31.882 a menos que em 2019.

O último ano fiscal foi marcado fundamentalmente pelo fraco desempenho no quarto trimestre, devido à pandemia, que forçou a empresa a fechar fábricas e a suspender a produção a nível global por causa da forte queda da procura.

Entre janeiro e março, o lucro líquido da Toyota sofreu uma queda de 86,2%, para 63,1 mil milhões de ienes (544 milhões de euros).

A quebra poderá custar ao fabricante japonês até 79,5% dos lucros operacionais neste ano fiscal, iniciado em abril, de acordo com o comunicado da empresa.

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Regling: Dinheiro do MEE é “barato” e países têm vantagem em usá-lo

O presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) considera que é vantajoso para os países da Zona Euro acederem ao crédito porque é "barato" face aos custos de emitir no mercado.

Klaus Regling, presidente do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), não prevê que todos os Estados-membros da Zona Euro venham a aderir às linhas de crédito cautelares, o apelidado “Apoio à Crise Pandémica”, mas considera que tal seria vantajoso para pelo menos metade dos países e que o estigma de pedir acesso ao dinheiro não acontecerá desta vez.

“Isto é dinheiro barato, portanto o país que precisa de financiar o seu défice ficará numa melhor situação se financiar alguma parte do défice com o MEE em vez de financiar todo o défice por si próprio no mercado dado que a taxa de juro [do MEE] é mais baixa”, argumenta o presidente dessa entidade numa entrevista conjunta a vários órgãos europeus divulgada esta terça-feira no site do Mecanismo. Esta é a garantia dada por Klaus Regling após o acordo da semana passada no Eurogrupo sobre as condições deste empréstimo que pode ir até aos 2% do PIB de cada Estado-membro da Zona Euro.

Regling calcula que para metade dos países da Zona Euro haverá poupanças caso recorram a este crédito em vez de se financiarem diretamente nos mercados financeiros. As poupanças “são maiores para alguns países, mais baixas para outros, mas para metade dos nossos Estados-membros haverá poupança relacionada com o empréstimo do MEE“, estima. Nas condições de mercado atuais, o custo do financiamento do MEE estará pouco acima dos 0% (entre os 0,1 e os 0,2%).

Para o presidente do MEE, que mantém contactos regulares com os investidores, o recurso a esta linha de crédito é “bom” para os países aos olhos dos mercados uma vez que reduz o custo de financiamento dos Estados-membros e, por isso, desce o défice orçamental. Esta é uma forma de ter ‘dinheiro seguro’ [uma vez que] nós não vamos fugir na próxima crise“, garantiu, referindo-se à crise das dívidas soberanas da Zona Euro onde os investidores duvidaram da capacidade de países como Portugal, Grécia e Irlanda pagarem a sua dívida pública.

“Não vamos sair [vender a dívida] se houver um grande problema, então [este crédito] é fiável e barato. Estas são as vantagens. Mas cada Governo tem de decidir por si se querem fazer o pedido [para aceder à linha] ou não“, concluiu Klaus Regling.

No caso de Portugal, o Executivo já adiantou que, para já, não prevê recorrer a este instrumento. “Portugal, em virtude daquele que foi o ajustamento que fez nos últimos anos […] tem, neste momento, condições de acesso ao mercado regulares e até bastante favoráveis e portanto, neste momento, não se afigura que o recurso a uma linha de crédito faça sentido“, disse o secretário de Estado Ajunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, em declarações à Lusa na semana passada após a reunião do Eurogrupo.

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Centeno admite “falha de comunicação” com António Costa sobre Novo Banco

O ministro das Finanças admitiu, em entrevista à TSF, que houve uma "falha de comunicação" com o primeiro-ministro no processo do Novo Banco.

Mário Centeno admitiu esta terça-feira, em entrevista à TSF, que houve uma “falha de comunicação” com António Costa relativa ao empréstimo ao Fundo de Resolução, o qual foi posteriormente injetado no Novo Banco. A operação de 850 milhões de euros foi realizada um dia antes de, sem conhecimento disso, o primeiro-ministro ter dito no Parlamento que nenhum dinheiro seria entregue ao Novo Banco antes de ser conhecida a auditoria que está em curso.

O ministro das Finanças explicou que houve uma “falha de comunicação” na altura da preparação do debate quinzenal da semana passada entre o Ministério das Finanças e o gabinete do primeiro-ministro. Em causa está a resposta que António Costa deu a Catarina Martins no Parlamento, repetindo a garantia de que não seria entregue mais dinheiro ao Novo Banco sem serem conhecidos os resultados da auditoria da Deloitte.

No entanto, soube-se depois que a operação deste ano prevista no Orçamento do Estado para 2020, que está em vigor desde 1 de abril, já tinha sido realizada um dia antes, o que levou a um pedido de desculpa por parte de Costa ao Bloco de Esquerda.

Porém, Centeno quis afastar a polémica e colocou a ênfase no problema que seria haver uma “falha financeira”, o que seria “desastroso” para a economia portuguesa, principalmente numa altura em que se enfrenta a crise pandémica. “O Ministério das Finanças nunca permitiria tal coisa”, garantiu Centeno, argumentando que seria uma “irresponsabilidade” não cumprir o contrato firmado com a Lone Star na altura da venda do Novo Banco.

Mário Centeno garantiu que, apesar de não ser conhecida a auditoria da Deloitte, “há múltiplos níveis de validação” do Novo Banco. “Não há aqui nenhum euro de desrespeito do dinheiro dos contribuintes”, assegurou, recordando que o Fundo de Resolução tem chumbado “inúmeras operações” propostas pela administração do Novo Banco liderada por António Ramalho.

No total, o Fundo de Resolução injetou 1.035 milhões de euros no Novo Banco por causa dos prejuízos de 2019, isto no âmbito do mecanismo de capital contingente criado em 2017, aquando da venda de 75% do capital da instituição ao fundo de investimento americano.

Este mecanismo funciona como uma espécie de garantia pública, cobrindo as perdas do Novo Banco com um conjunto de ativos tóxicos que foram herdados do BES. Até hoje, o banco liderado por António Ramalho já utilizou cerca de 2,9 mil milhões de euros do mecanismo, sendo que pode pedir os restantes mil milhões até 2026, ano em que termina esta garantia.

(Notícia atualizada às 10h36 com mais informação)

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Empresas garantem aumentos salariais em 2020 apesar da crise pandémica

Pandemia teve impacto nas operações das empresas nacionais, mas a maioria conseguiu manter aumentos salariais em 2020. Quase metade parou de recrutar, mas está agora mais preparada para uma crise.

Ainda que o impacto da pandemia seja muito significativo nas empresas em Portugal, a maioria conseguiu implementar os aumentos salariais que tinha previstos para este ano e mais de metade confirma ter um plano de continuidade ou plano de preparação para responder à pandemia.

Estas são algumas das conclusões relativas ao tecido empresarial português, retiradas do inquérito global da Mercer “How are companies supporting their employees during this outbreak”, que pode ser acompanhado em tempo real aqui.

O inquérito mostra que 59% das empresas portuguesas sofreu um impacto significativo nas suas operações devido à pandemia. Quase 62% das empresas nacionais inquiridas admitiu ter encerrado todos os seus escritórios e mais de metade, 55% tem os trabalhadores em regime de teletrabalho.

“A realidade portuguesa está muito em linha com as tendências internacionais, com a agravante de que se prevê que o impacto do Covid-19 seja particularmente gravoso no nosso país, pela dependência da economia do setor dos serviços, e em particular do turismo, altamente expostos no momento atual”, destaca Tiago Borges, rewards leader da Mercer Portugal.

No campo da compensação, 69% das empresas afirma ter implementado os aumentos salariais previstos para 2020, sendo que 32% já os tinha implementado antes da pandemia, aponta o estudo. O inquérito revela ainda que mais de metade das empresas (55%) não fez qualquer alteração nos salários em regime de teletrabalho.

Os cortes de salários aconteceram em apenas 5% das empresas inquiridas, e só ao nível das funções executivas. Apesar disso, algumas organizações assumem já ter tomado algumas medidas de ajustamento, apesar de 45% ainda não saber de que forma vai executá-las.

O impacto da pandemia está a gerar mais comunicação e uma aposta na flexibilidade. Para os trabalhadores que o fazem remotamente e têm de prestar apoio aos filhos, 62% das empresas inquiridas garante que apostou em medidas de flexibilidade horária e 70% desenvolveu comunicações regulares da liderança com todos os colaboradores, com foco na partilha de informação sobre as ações tomadas pela empresa.

No que diz respeito ao recrutamento, 43% das empresas cancelou todos os processos, sendo que 19% referiu manter exclusivamente processos relacionados com substituições. Apenas 9% manteve o recrutamento exatamente igual e uma em cada três empresas transitou para o digital. Os dados do mesmo inquérito à escala global, indicam que mais de 40% das organizações não tem qualquer intenção de contratar nos próximos tempos.

No inquérito participaram cerca de 2.000 empresas a nível global, e cerca de 20% com sede na Europa, com enfoque em três fatores: impacto na infraestrutura, compensação, teletrabalho e flexibilidade. O objetivo é monitorizar o impacto real da pandemia nas várias dimensões da organização e, em simultâneo, avaliar o sucesso das medidas de mitigação que estão a ser implementadas pelas empresas.

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Não haverá vacina ou tratamento nos próximos meses, alertam especialistas

  • Lusa
  • 12 Maio 2020

“É preciso haver uma produção segura, fazer a distribuição, priorizar a quem dar primeiro. É muito mais provável que isso só aconteça em 2021”, alerta o especialista principal do ECDC.

O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) alerta que não haverá vacina ou tratamentos para o Covid-19 nos próximos meses, sendo “muito provável” que só cheguem em 2021, aconselhando a “cautela” no levantamento das medidas.

“Muitos especialistas [estão empenhados] e muito dinheiro está a ser aplicado na descoberta de vacinas e de tratamentos e, apesar de haver algumas opiniões mais otimistas, isso não acontecerá tão depressa”, diz em entrevista à agência Lusa, o especialista principal do ECDC para resposta e operações de emergência, Sergio Brusin.

“Não é algo que vai acontecer nos próximos meses”, reforça o perito.

Aludindo às várias investigações em curso, dentro e fora da Europa, Sergio Brusin nota que, apesar de alguns testes em humanos para potenciais vacinas estarem já a avançar, “para haver produção suficiente para distribuir por toda a gente na Europa serão precisos vários meses, não é algo que poderá ser feito rapidamente”.

“É preciso haver uma produção segura, fazer a distribuição, priorizar a quem dar primeiro”, elenca, destacando ser “muito mais provável que isso só aconteça em 2021”.

Aqui entra também a incógnita que este novo coronavírus ainda é para os especialistas, visto que, por ser um surto novo, não se sabe “se as vacinas ou tratamentos a serem criados irão proteger apenas por uma temporada, como as vacinas da gripe, ou se será algo que irá proteger por mais tempo”, explica Sergio Brusin à Lusa.

Por isso, “de momento, é preciso continuar a fazer” o que está a ser feito, “nomeadamente [manter] o distanciamento físico e social, o rastreamento de contactos”, entre outras medidas, defende.

“E se uma vacina for descoberta no final deste ano, início do próximo, e se a produção arrancar logo, então no próximo ano talvez possamos estar mais otimistas”, adianta o especialista.

De acordo com Sergio Brusin, “ligeiramente mais otimista” é agora o retrato da pandemia na Europa, pelo menos face há algumas semanas, razão pela qual o especialista recomenda aos países que sejam “cautelosos” e “vigiem” o levantamento das medidas restritivas.

Em cerca de 20 países europeus, entre os quais Portugal, “foi já possível estabilizar o aumento em termos de números”, pelo que “a pandemia na Europa está, lentamente, a abrandar”, explica o responsável.

“Isto mostra que as medidas adotadas pelas várias autoridades, incluindo pelos Estados-membros, estão a resultar e agora temos de ser muito ponderados e começar a levantar algumas das restrições para ver o que acontece”, alerta.

E recomenda: “É preciso ser cauteloso no levantamento das medidas e isso só pode ser feito se [os países] monitorizarem realmente a situação de forma muito próxima para que, antecipadamente, possam reimpor algumas das medidas se for necessário”.

Ainda assim, isto não significa que o Covid-19 já esteja controlada na Europa.

“Definitivamente que ainda não estamos a conseguir controlar, mas o número de casos também não está a aumentar como estava a acontecer”, ressalva Sergio Brusin.

Existem, porém, países “onde este decréscimo ainda não está a acontecer e não se sabe se foi por causa da tardia implementação de medidas ou se existem outras razões”, entre os quais Suécia, Reino Unido ou Bulgária, adianta o especialista à Lusa.

A Europa é a região mais afetada do mundo pela pandemia, tendo já ultrapassado as barreiras das 150 mil mortes em milhões de casos.

Sediado na Suécia, o ECDC é um organismo da União Europeia que ajuda os países a preparar a resposta a surtos de doenças.

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Espanha decreta quarentena de 14 dias para quem chega do estrangeiro

  • ECO
  • 12 Maio 2020

O Governo de Espanha decretou que todas as pessoas que entrem no país a partir desta sexta-feira sejam colocadas de quarentena durante 14 dias.

Espanha decidiu que todas as pessoas que entrem no país a partir desta sexta-feira vão ficar de quarentena durante 14 dias, de acordo com o boletim oficial do Estado publicado esta terça-feira, avançou o El País.

Durante esse período, as pessoas chegadas de outros países devem permanecer em casa ou no alojamento contratado e são autorizadas a sair apenas para comprar comida e medicamentos, ir ao hospital ou por um motivo de força maior.

As autoridades sanitárias também poderão contactar as pessoas em quarentena para realizarem o seguimento do seu estado.

Ficam isentas desta restrição os trabalhadores transfronteiriços, dos transportes e os profissionais de saúde que estejam a exercer a sua atividade laboral.

Espanha é dos países mais afetados pela doença a nível global, conta com mais de 227 mil pessoas infetadas e já morreram 26.744 pessoas desde o início da pandemia.

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