Câmara de Oeiras vende lote do Espargal por 14 milhões de euros

O lote, que tem mais de 21 mil metros quadrados, foi vendido por um valor 40% acima do preço base de licitação.

A Câmara de Oeiras vendeu o terreno do Espargal por 14 milhões de euros. Este valor ficou 40% acima do preço base de licitação definido para este lote, que foi determinado pela autarquia, que se fixava nos 10 milhões de euros.

O terreno localiza-se na União das freguesias de Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias. Foram adiadas duas sessões de hasta pública marcadas para a venda deste terreno, sendo que a última estava agendada para o final de março e foi remarcada para 16 de junho, devido à pandemia de Covid-19, recorda a autarquia, em comunicado.

O lote, que tem mais de 21 mil metros quadrados, foi “vendido num leilão que decorreu no salão nobre do edifício dos Paços do Concelho, perante o júri nomeado para o efeito”, adianta a Câmara.

Realizou-se um primeiro leilão, no qual não foram feitas licitações, mas o valor base foi mantido “por se acreditar no valor do terreno”, explica a autarquia, reiterando que foi agora “comprovado pela procura e o valor final da venda”. O preço base de licitação, 10 milhões, foi definido tendo em conta os “princípios de concorrência”, garante.

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Galp iniciou processo de rescisões e pré-reformas para 200 trabalhadores

  • Lusa
  • 18 Junho 2020

O plano de redução vai abranger cerca de 200 pessoas, o que corresponde a cerca de 3% dos trabalhadores do Grupo, nos vários países onde a Galp tem atividade.

A Galp iniciou um programa de rescisões e pré-reformas que vai abranger cerca de 200 trabalhadores, o que corresponde a cerca de 3% do pessoal do grupo, confirmou esta quinta-feira a petrolífera.

Depois dos representantes dos trabalhadores terem denunciado a existência de um plano social, fonte oficial da Galp confirmou à agência Lusa que serão abrangidas pelo plano de redução cerca de 200 pessoas, o que corresponde a cerca de 3% dos trabalhadores do Grupo, nos vários países onde a Galp tem atividade, “sendo a grande maioria através de pré-reformas”.

A Comissão Central de Trabalhadores (CCT) da Petrogal acusou a Galp de estar a esvaziar a empresa com um programa de rescisões e pré-reformas, que está a ser apresentado individualmente desde a semana passada. Este órgão representativo dos trabalhadores da petrolífera emitiu um comunicado a denunciar que a administração da Galp lançou mais um “Plano Social” que consiste em pré-reformas e rescisões por mútuo acordo.

“O Plano Social representa o esvaziamento da empresa, que […] conduz a mais prestações de serviço, à substituição de trabalhadores da empresa por terceiros, à concentração de mais tarefas num número de trabalhadores cada vez mais reduzido”, considerou a CCT.

Hélder Guerreiro, da CCT da Petrogal, disse à agência Lusa que os representantes dos trabalhadores ainda não foram informados oficialmente mas que os selecionados começaram a ser chamados, um de cada vez, aos recursos humanos na semana passada para lhes ser proposta a rescisão ou a pré-reforma.

A pré-reforma foi proposta a trabalhadores com mais de 55 anos que, se aceitassem, ficariam a receber 75% da remuneração. Para as rescisões por mútuo-acordo a Galp terá proposto compensações de 1,8 salários por cada ano de serviço. Apesar de a empresa ainda não ter respondido às questões da CCT relativas ao Plano Social, Hélder Guerreiro estimou que fossem abrangidos cerca 240 trabalhadores pela redução, maioritariamente da Petrogal.

No final do mês de abril, a CCT da Petrogal insurgiu-se contra a distribuição de dividendos aos acionistas da Galp e apelou, sem sucesso, ao Governo para que não caucionasse o procedimento. Para a CCT, a redução de pessoal é já “o impacto da distribuição de dividendos aos acionistas em plena pandemia”.

Mas para a petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva a justificação é a quebra do mercado. “No contexto pós-covid, desafiante para a economia global e em particular para o setor energético, a Galp iniciou alguns ajustamentos da sua força de trabalho ao novo ambiente económico”, afirmou fonte oficial da empresa numa pequena declaração escrita.

O confinamento para combater a propagação da pandemia levou a uma quebra de 50% da produção petrolífera nos meses de abril e maio. Comparando os primeiros cinco meses 2020 com o período homólogo, o consumo de gasolina em Portugal desceu cerca de 103,5 mil toneladas (menos 24,0%), o gasóleo diminuiu 352,9 mil toneladas (menos 17,2%), e o jet (da aviação) 270,7 mil toneladas (menos 46,8%).

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Da banca ao futebol, pandemia arruinou estes grandes negócios em Portugal

As negociações para o Abanca comprar o EuroBic não chegaram a bom porto. Foi mais um negócio arruinado durante pandemia de Covid-19. Mercado de M&A em Portugal cai 24% desde o início do ano.

A lista de grandes negócios que falharam em Portugal durante a pandemia de Covid-19 não pára de aumentar: são já sete, pelo menos, as operações de relevância que não chegaram a bom porto nos últimos meses, depois de os espanhóis do Abanca terem deixado cair esta semana a aquisição do EuroBic a Isabel dos Santos e outros acionistas angolanos.

O falhanço das negociações entre o Abanca e o EuroBic apenas vem acentuar uma tendência de quebra que se tem verificado no mercado português de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) em 2020: até final de maio, foram realizadas apenas 133 operações de M&A, menos 24% do que em igual período do ano passado, de acordo com os dados da Transactional Track Record.

Na Europa, os dados apontam no mesmo sentido: foram realizadas menos 1.000 operações de M&A envolvendo companhias europeias desde o início do ano, uma que representa uma descida de quase 8% face ao mesmo período do ano passado, segundo a Dealogic. Setores que registaram maiores quebras no número de negócios: petróleo e gás, restauração e alojamento, turismo e financeiro.

É um cenário expectável que o mercado vá contrair ainda mais ao longo dos próximos meses, à medida que se vão intensificando os efeitos da crise na economia em resultado do impacto do Covid-19. E isso talvez ajuda a explicar por que razão muitos negócios não chegaram a ver a luz do dia.

Algumas operações já estavam alinhadas desde o ano passado: foram os casos das ofertas públicas de aquisição (OPA) da Cofina sobre Media Capital (dona da TVI), no valor de 200 milhões de euros, ou do Benfica ao capital da própria SAD encarnada, no valor de 32 milhões de euros.

No caso da Media Capital, até houve desenvolvimentos inesperados após a Cofina ter desistido do processo. O empresário Mário Ferreira (que participou com a Cofina na OPA à Media Capital) veio a adquirir 30% da dona da TVI por cerca de dez milhões, embora o negócio ainda esteja a ser analisado pelo regulador.

Também estava previsto um investimento da alemã Lufthansa na TAP. Embora nada tivesse sido oficialmente confirmando. Mas veio a pandemia que trocou as voltas à aviação, deixando os aviões e os negócios por terra. Agora é o Estado português quem se vai chegar à frente para salvar a companhia aérea portuguesa com um empréstimo de que pode ir até 1,2 mil milhões de euros.

Entre todos os setores, talvez o da banca nacional foi que mais negócios viu falhar. Foram quatro negócios cancelados recentemente, colocando à prova a estabilidade do sistema financeiro nacional. Isto compara com os 30 negócios falhados no setor financeiro europeu.

Por cá, o grupo australiano Pepper Group desistiu do Banco Primus, um negócio avaliado em 65 milhões. Os chineses da KWG também deixaram cair a compra do BNI Europa. Mais recentemente a Caixa Geral de Depósitos (CGD) decidiu abortar o processo de venda da operação no Brasil à espera de melhores propostas — haverá novo concurso, cujo arranque ainda não tem data prevista. E esta semana foram os galegos do Abanca a saltarem fora da compra do EuroBic, onde Isabel dos Santos continua vendedora da sua posição de 42,5%.

“A Santoro Finance e a Finisantoro mantêm a sua vontade de, nos termos legais competentes, dar continuidade ao processo de alienação de tal participação social, dando de imediato início à apreciação de outras propostas de interesse que já se manifestaram”, referiu Isabel dos Santos em comunicado divulgado esta quarta-feira.

Nem tudo foram más notícias no mercado de M&A. O grupo Mello e o fundo Arcus conseguiram levar por diante a operação de venda da concessionária rodoviária Brisa. E assim, no dia 28 de abril, em pleno estado de emergência e com o tráfego nas autoestradas portuguesas em mínimos, o controlo da Brisa passou para as mãos de um consórcio formado por investidores institucionais holandeses, sul coreanos e suíços por valores a rondarem dos 2.500 milhões de euros por 81,1% da operadora rodoviária. A operação entrou diretamente para o top-10 dos maiores negócios na Europa.

Há ainda várias operações em curso. O EuroBic continua à venda, assim como os bancos da CGD no Brasil e Cabo Verde (Banco Comercial do Atlântico). Ainda no setor financeiro, o grupo árabe IIB Holdings prepara-se para comprar o Banco Efisa (à Parvalorem) e o BGP (à Fundação Oriente). E o Novo Banco acabou de colocar no mercado a operação em Espanha. Haverá nova vaga de negócios arruinados?

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Ministério Público continua buscas no caso de Isabel dos Santos. Região norte foi o foco do segundo dia

  • ADVOCATUS
  • 18 Junho 2020

Após as buscas realizadas em Lisboa, o Ministério Público centra-se na região do Porto. Mário Leite da Silva, Paula Oliveira e Sarju Rainkundalia entre os visados.

Após a Polícia Judiciária ter levado a cabo buscas às sedes das empresas de Isabel dos Santos, a casa Jorge Brito Pereira e à firma de advogados Uría Menéndez em Lisboa, a região do norte foi o alvo do Ministério Público esta quinta-feira. Segundo avançou o Observador, entre os visados nas buscas domiciliárias e não domiciliárias, que decorrem na cidade do Porto e em outros pontos a norte do país, está Mário Leite da Silva, Paula Oliveira e Sarju Rainkundalia, três companheiros da empresária angolana.

Mário Leite da Silva era o administrador das principais empresas de Isabel dos Santos e o braço direito da mesma. Já Paula Oliveira é amiga e considerada a testa-de-ferro da empresária angolana. Outros dos visados pelas buscas que decorrem esta quinta-feira no Porto é Sarju Rainkundalia, ex-chief financial officer da Sonangol nomeado por indicação de Isabel dos Santos.

As buscas surgem no seguimento do inquérito aberto por suspeita de branqueamento de capitais e de fraude fiscal nas operações das empresas de Isabel dos Santos, como é o caso da transferência de um valor superior a 100 milhões de euros entre a Sonangol e consultoras com sede no Dubai e ainda a aquisição de uma casa na Quinta do Lago através da sociedade Burgate de Mário Leite Silva.

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Encontro virtual espera mais de 1000 gestores de sinistros

  • ECO Seguros
  • 18 Junho 2020

O Connected Claims Europe, conferência organizada pela Insurance Nexus-Reuters Events, espera acolher mais de mil gestores de sinistros num evento virtual que, pela primeira vez, será gratuito.

Numa época disruptiva e de transformação facilitada pela inteligência artificial, o machine learning, a telemática, a internet das coisas e soluções de pagamentos digitais abre-se um horizonte em que a experiência do cliente é tudo. “Toda a indústria precisa de se unir ou corre o risco de ficar para trás”, introduz a plataforma XPrimm, parceira da conferência que, na sua 5ª edição, será inteiramente online por causa do impacto da pandemia (Covid-19).

Mais de 1000 profissionais seniores de sinistros, junto com especialistas em tecnologia terão oportunidade de ouvir mais de 20 executivos credenciados sobre o futuro dos seguros em múltiplas linhas negócio e estratégias de implementação de tecnologias mais eficientes na gestão de clientes e sinistros.

Na lista de oradores confirmados estão, entre outros, Ian Thompson, responsável da área de sinistros do grupo Zurich, Mario Ricco (grupo Generali), Cyril Stephen (AXA), Graham Gibson (Allianz UK), Martin Kroos (Achmea) e James Dalton (Associação Britânica de Seguradores).

A edição do Connected Claims Europe Virtual vai realizar-se a 18 e 19 de agosto, com uma agenda concebida para fornecer às seguradoras conhecimentos críticos que as ajudem a desenvolver-se como organizações mais ágeis e inovadoras, adianta a fonte.

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Ergo Group adquire 25% da chinesa Taishan Insurance

  • ECO Seguros
  • 18 Junho 2020

A subsidiária da Munich Re assinou um acordo para aceder à detenção de 24,9% do capital social da chinesa Taishan Property & Casualty Insurance.

O anúncio do Ergo Group não revela o montante da transação que assinala a entrada estratégica do grupo germânico no mercado chinês de seguros P&C (propriedade e danos). O acordo foi assinado através da filial local da ERGO Versicherung AG e concretizado através de um aumento de capital acionista na companhia chinesa sediada na província de Shandong.

Citado num comunicado, JürgenSchmitz, administrador executivo da Ergo China, afirma que o investimento estratégico na Taishan Insurance “é um forte ponto de entrada no mercado chinês de P&C que também complementa os nossos negócios de vida e saúde existentes na China.”

Além das operações nos ramos vida e saúde, a ERGO China tem no mercado uma empresa de assistência em viagem e serviços na área da saúde, acrescentando ainda uma parceria de tecnologia de dados com a Great Wall Motors.

Segundo a imprensa de Beijing, o mercado de seguros da China terminou o primeiro trimestre de 2020 com volume agregado de lucros estimado em 100,2 mil milhões de yuans (cerca de 12,5 mil milhões de euros), menos 14% face a igual período de 2019.

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Secretário de Estado de Passos Coelho adere à Iniciativa Liberal

  • ECO
  • 18 Junho 2020

Pedro Silva Martins aderiu à Iniciativa Liberal. O professor universitário foi secretário de Estado do Trabalho no Governo de Passos Coelho. Liberais têm 29 núcleos espalhados pelo país.

O professor universitário e antigo secretário de Estado do Trabalho, Pedro Silva Martins, o gestor Pedro Queiros (Ericsson) e o gestor Mário Sousa (sócio-fundador da wTVision) são três dos novos militantes da Iniciativa Liberal. O partido liderado por João Cotrim Figueiredo revela, em comunicado, que “tem crescido sustentadamente em número de membros, em novos núcleos e na adesão de muitos que diariamente se oferecem para ajudar das mais variadas formas”.

Além dos novos militantes, os liberais revelam que o Conselho Nacional aprovou, recentemente, 19 novos núcleos territoriais (Almada, Amadora, Coimbra, Évora, Faro, Felgueiras, Gondomar, Guimarães, Loures, Mafra, Maia, Matosinhos, Póvoa de Varzim, Santa Maria da Feira, Santarém, Seixal, Sintra, Vila Nova de Gaia e Vila Nova de Famalicão). Estes núcleos juntam-se aos dez já existentes (Aveiro, Braga, Cascais, Lisboa, Madeira, Oeiras, Porto, Leiria, Odivelas e Setúbal”.

Conseguir atrair pessoas com a qualidade da Carina Crucho, uma jovem investigadora, do Pedro Queiros, com experiência em funções de gestão em grandes empresas tecnológicas, do Mário Sousa, que fundou uma das empresas mais inovadoras e referência a nível global, ou do Pedro Martins, um dos nossos melhores economistas e com experiência governativa, é a confirmação de que cada vez mais portugueses vêm na Iniciativa Liberal um partido credível.

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Revolut Portugal reduz equipa em 10%. Saem 11 pessoas por “mútuo acordo”

A Revolut está a reduzir a dimensão da equipa a nível global. Em Portugal já houve 11 rescisões por "mútuo acordo" durante os meses da pandemia. No total, 16 pessoas deixaram a empresa desde janeiro.

A pandemia trocou as voltas a muitas startups. E a Revolut é uma delas. No ano passado, o banco digital instalou em Matosinhos a segunda maior unidade que tem na Europa e estava focado em contratar mais pessoas. Agora, encontra-se a reduzir a dimensão das equipas em vários países, incluindo também Portugal.

“No nosso escritório no Porto temos atualmente 105 trabalhadores. Em abril e maio de 2020, as rescisões por mútuo acordo foram acordadas com 11 pessoas permanentes; quatro destas rescisões ocorreram em abril e as restantes sete em maio”, avançou ao ECO fonte oficial da Revolut em Portugal.

Estes são os números dos meses da pandemia. Tendo por base um número aproximado de 120 pessoas a trabalharem na Revolut em 2019, a redução de equipa rondará os 10%. Adicionalmente, segundo apurou o ECO, houve cinco pessoas que saíram para outras empresas e não necessariamente durante a crise do Covid-19, fixando em 16 o total de trabalhadores que saíram este ano.

A fintech britânica assenta em Matosinhos algumas operações de compliance e de apoio ao cliente e já tinha sido tornado público que a empresa terá dispensado pelo menos 62 pessoas em todo o mundo, a esmagadora maioria na Polónia. Não foi possível apurar se o processo de redução ainda está em curso.

Esta notícia surge depois de a Wired ter denunciado, no início deste mês, alegadas pressões internas na Revolut para que os trabalhadores afetados aceitassem os termos do “mútuo acordo”. A revista dá como exemplo uma alegada trabalhadora que teve de escolher entre o “mútuo acordo” ou o despedimento por performance deficiente.

A Revolut nega as pressões e dá outra explicação ao ECO. “Em linha com a prática normal nas empresas, poderíamos convocar um processo de consulta de redundâncias com os funcionários afetados, ou entrar em rescisão por mútuo acordo mais favorável para eles”, começa por indicar a mesma fonte. Porém, segundo a Revolut, “uma vez que não havia oportunidades de trabalho alternativas disponíveis, tornando o processo de consulta de redundâncias inútil, os funcionários aceitaram pacotes de rescisão robustos assinando acordos de rescisão mútua, o que está de acordo com as exigências da legislação laboral”.

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Consumo de diesel cai (mas menos) no mês do desconfinamento. Encolhe 21,7%

Maio foi o mês de arranque da reabertura da economia, ainda que de forma faseada. Com mais pessoas na rua, o consumo de combustíveis caiu, mas de forma menos expressiva que nos meses anteriores.

Depois da forte quebra na procura por combustíveis em abril, mês em que grande parte dos portugueses cumpriu o dever de confinamento para travar a propagação do vírus, voltou a assistiu-se em maio a uma redução, ainda que menos expressiva. Dados da Apetro apontam para uma diminuição de cerca de 20% na procura por gasóleo no mês em que arrancou o desconfinamento.

“Em maio de 2020, comparando com o mês homólogo do ano anterior, a gasolina e o gasóleo sofreram uma redução de cerca de 32,5 mil toneladas (- 34,5% para a gasolina) e menos 93,9 mil toneladas (-21,7%) para o gasóleo”, revela a Apetro, citando dados da ENSE, o regulador do mercado de combustíveis. Face a abril, “o consumo de gasolina passou de uma queda de 61,3% para 34,5% e o de gasóleo de uma queda de 44,6% para 21,7%”, nota a Apetro.

Estas quebras, expressivas na comparação com o mesmo período do ano passado, traduzem um retomar dos portugueses a alguma normalidade, após o confinamento. Foi a 1 de maio que o Governo decidiu dar o “pontapé de saída” ao desconfinamento, reabrindo alguns dos negócios. A meio de maio foi dado mais um passo no sentido da reabertura total que aconteceu já a 1 de junho.

Ainda que no caso do gasóleo e da gasolina se tenha observado o efeito do desconfinamento, o mesmo não aconteceu no que toca ao consumo de jet fuel na aviação que, diz a Apetro, “apresentou uma redução mais significativa, menos 132,8 mil toneladas (-91,9%). O GPL e outros diminuíram 8,7 mil toneladas (-13,9%)”.

Perante as quebras verificadas em março, abril e maio, por causa da pandemia, e comparando os primeiros cinco meses 2020 com o período homólogo, a Apetro revela que a procura por “gasolina desceu cerca de 103,5 mil toneladas (-24,0%), o gasóleo diminuiu 352,9 mil toneladas (-17,2%), e o JET 270,7 mil toneladas (-46,8%). O GPL e outros registaram uma diminuição de 12,1 mil toneladas (-3,9%)”.

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Phone House deve 11,6 milhões de euros. Mais de metade é aos bancos

A Phone House deve sete milhões de euros a quatro grandes bancos nacionais. O BCP tem 33% da dívida total de 11,6 milhões de euros e o Santander, BPI e Caixa também estão na lista. Samsung tem 10,66%.

Quatro grandes bancos portugueses detêm mais de metade da dívida de quase 11,6 milhões de euros da Phone House, a empresa de venda de telemóveis que entrou em Processo Especial de Revitalização (PER) no passado mês de maio. O administrador judicial a cargo do processo já divulgou a lista provisória de créditos, na qual estão mais de 150 entidades.

Do valor total que é reclamado, cerca de 57% diz respeito a dívidas da Phone House junto do BCP, do Santander, da Caixa Geral de Depósitos e do BPI, num montante que chega aos 6,7 milhões de euros. A “maior” fatia dos créditos é devida ao BCP (3,9 milhões de euros), seguindo-se o Santander (1,74 milhões), a Caixa (924,7 mil) e o BPI (167,6 mil).

Assim, o montante total da dívida é superior face aos dez milhões avançados inicialmente pelo ECO em maio, na sequência da publicitação do PER no portal da justiça Citius. A elevada exposição da banca à dívida da Phone House, cujas dificuldades financeiras se agravaram com a pandemia, é outro fator que ainda não era conhecido. Foi noticiado primeiro pelo Expresso.

Do lado dos fornecedores, a Phone House deve 1,2 milhões de euros à Samsung, o que corresponde a cerca de 10,7% dos créditos. Não sendo a maior credora, ao contrário do que se acreditava até aqui, a tecnológica sul-coreana está a cooperar no PER da Phone House e “salvou” a marca da insolvência, viabilizando o processo.

Entre os credores minoritários, como já tinha sido noticiado, estão centros comerciais, outras marcas de telemóveis e diversas empresas. A lista provisória de credores, que ainda pode sofrer alterações, inclui ainda vários créditos laborais a particulares.

Em maio, fonte oficial da Phone House confirmou ao ECO as dificuldades financeiras vividas pela marca de comércio de telemóveis: “Após uma reestruturação que resultou em dois períodos consecutivos com melhoria de performance, a situação financeira da empresa agravou-se no último ano, em virtude de vários fatores, dos quais se destacam um mercado bastante competitivo”, disse fonte oficial. O “contexto” da pandemia “veio precipitar a necessidade de uma reestruturação mais abrangente”, acrescentou a mesma fonte.

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Corticeira compra mais 30% de empresa sueca. Fica com a totalidade

A Corticeira Amorim comprou mais 30% da produtora sueca de tops de madeira para rolhas capsuladas, utilizadas por grupos da indústria de bebidas espirituosas.

A Corticeira Amorim adquiriu, através da participada Amorim Bartop, mais 30% da empresa sueca Elfverson & Co AB. Com esta operação, a empresa portuguesa fica assim com a totalidade da produtora de tops de madeira para rolhas capsuladas, utilizadas por grupos da indústria de bebidas espirituosas, sendo que tinha já adquirido 70% em janeiro de 2018.

Estes 30% que sobravam da empresa Elfverson & Co AB eram detidos por uma sociedade sueca, que, nos termos do acordo celebrado em janeiro de 2018, acionou a sua opção de venda por um montante de 1,92 milhões de euros, adianta a Corticeira Amorim, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Na altura, a empresa portuguesa adquiriu 70% do capital social da Elfverson por 5,5 milhões de euros. No acordo, ficou definido que “sobre os restantes 30% recai uma opção de venda por parte da vendedora (a sociedade sueca Vätterledens Invest AB) e uma opção de compra por parte da Amorim Bartop – Investimentos e Participações, S.A., exercíveis a partir de 2020”.

No primeiro trimestre deste ano, o lucro da Corticeira Amorim aumentou 6,8% para 19,9 milhões de euros, em termos homólogos. Já as vendas registaram uma subida de 0,7%, para 203,7 milhões, também face ao ano anterior, ainda sem sentir o impacto da pandemia de Covid-19 no volume de negócios, adiantou a empresa, no mês passado.

(Notícia atualizada às 17h55)

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Webtalk: O futuro do recrutamento é tecnológico

  • Trabalho
  • 18 Junho 2020

André Ribeiro Pires, da Multipessoal, João Araújo, da RAY Human Capital Portugal, José Rosenbusch, da Robert Walters, e Pedro Oliveira, da Landing.jobs debatem o presente e o futuro do recrutamento.

A tecnologia deixou de ser uma opção quando falamos de recrutamento. O futuro desta área é indissociável do digital e das ferramentas tecnológicas usadas cada vez mais por candidatos e recrutadores, com todos os desafios e oportunidades que isso implica.

Para debater estas questões, juntámos André Ribeiro Pires, Chief Digital & Information Officer da Multipessoal, João Araújo, HR Manager da RAY Human Capital Portugal, José Rosenbusch, Manager da Robert Walters e Pedro Oliveira, CEO da Landing.jobs numa web talk moderada por Mariana de Araújo Barbosa, diretora da revista Pessoas, e realizada em parceria com a Multipessoal.

Como é que a tecnologia passa de acessório a essencial nos processos de recrutamento? Como funciona a integração destas ferramentas tecnológicas para tornar os processos mais eficazes? Em que medida a pandemia acelerou o caminho da digitalização nesta área? Que desafios traz o recrutamento cada vez mais digital?

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