Pedro Nuno Santos “ouviu que a Huawei ficaria de fora” do núcleo do 5G
Pedro Nuno Santos, ministro das Infraestruturas, disse à Reuters que "ouviu que a Huawei ficaria de fora" das redes de quinta geração em Portugal, apesar de o Governo não ter banido.
O ministro com a pasta das Infraestruturas confirmou à Reuters que “ouviu que a Huawei ficaria de fora” do núcleo das redes 5G em Portugal, apesar de o Governo não ter banido a tecnológica chinesa. “Não tem nada a ver com as opções ou imposições do Governo português, que nesta matéria está absolutamente alinhado com a orientação europeia”, indicou, citado pela agência.
Segundo Pedro Nuno Santos, o país não tem “questões a priori com qualquer fabricante” e que “o grupo criado pelo Governo para avaliar os riscos e questões de cibersegurança da rede 5G já concluiu o seu trabalho e não foi retirada nenhuma conclusão dirigida contra nenhum fornecedor em particular”. “As questões de segurança são fundamentais para o Governo português seja quem for o fornecedor”, indicou.
A confirmação do ministro surge meses depois de o ECO, em março, ter noticiado que a tecnologia da Huawei não fará parte do núcleo das redes de quinta geração no país. A Nos foi a primeira a o confirmar, durante uma conferência telefónica com analistas, seguindo-se a Meo, que, apesar de ter feito testes com tecnologia chinesa, deverá optar por um core da Cisco. No caso da Vodafone, é público que a empresa vê na Ericsson o seu fornecedor de eleição.
Apesar de a Huawei estar fora do núcleo do 5G no país, não significa que a tecnologia da fabricante chinesa não vá fazer parte da quinta geração. As operadoras poderão optar por usar tecnologia da marca na parte “rádio” do 5G, composta, por exemplo, pelas antenas e outras componentes.
Depois de ter sido adiado por causa da pandemia, o leilão de frequências 5G foi remarcado para outubro. A intenção do regulador é a de concluir a operação em dezembro e finalizar a atribuição dos direitos de utilização em janeiro ou fevereiro. Neste âmbito, à Reuters, Pedro Nuno Santos disse que “não interessa nada ao Governo ter um preço elevadíssimo no leilão do 5G” pois quer que os operadores tenham recursos para poderem fazer “significativos investimentos em infraestruturas estratégicas e críticas”.
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