Amazon abre mais escritórios nos EUA e quer contratar 3.500 pessoas

  • Trabalho
  • 18 Agosto 2020

A gigante norte-americana do comércio eletrónico investiu mais de 1,17 mil milhões de euros para abrir escritórios em seis Estados norte-americanos. Vai criar 3.500 postos de trabalho.

A Amazon anunciou esta terça-feira a abertura de mais seis escritórios nos EUA, em Dalas, Detroit, Denver, Manhattan, Phoenix e San Diego. Nestes tech hubs vão ser criados 3.500 postos de trabalho para dar apoio às várias áreas de negócio da retalhista. O investimento ascende a mais de 1,17 mil milhões de euros (1,4 mil milhões de dólares).

“Pessoas com vários percursos de vida vêm para a Amazon para desenvolver as suas carreiras, desde recém-formados que procuram um local onde possam transformar as suas ideias em produtos com impacto, até veteranos que procuram novos trabalhos em cloud computing, graças aos nossos programas de upskilling. Estes novos 3.500 postos de trabalho serão criados em cidades com comunidades de talento fortes e diversas. Esperamos conseguir ajudá-las a desenvolver a sua força de trabalho tecnológica emergente”, refere Beth Galetti, vice-presidente sénior de recursos humanos da Amazon, no comunicado oficial divulgado esta tarde.

Em julho, a Amazon anunciou a abertura de dois novos armazéns logísticos e três estações em Espanha e a contratação de duas mil pessoas ainda este ano.

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A Amazon tem investido em programas de requalificação na área de cloud computing, como é o caso da Amazon Technical Academy, que se integra no programa Upskilling 2025, um compromisso que tem como objetivo apostar na requalificação da sua força de trabalho para que consiga posições com melhores salários.

Nos seis Estados norte-americanos, a retalhista emprega mais de 187.000 pessoas e mais de 602.000 em todo o país, desde 2010. A nível global, a empresa emprega mais de 876.000 pessoas. As vagas estão disponíveis no site oficial da empresa.

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Apoio é “passo fundamental” para reestruturação a seis meses, diz SATA

A SATA recebeu com "satisfação" a aprovação da Comissão Europeia ao apoio de 133 milhões de euros que o Governo português vai dar à companhia aérea.

A Comissão Europeia deu esta terça-feira “luz verde” ao apoio estatal de 133 milhões de euros à SATA, uma notícia que a companhia aérea recebeu com “satisfação”. Este montante, que é inferior ao pedido inicialmente, de 163 milhões de euros, é um “primeiro passo fundamental” para a restruturação da companhia açoriana num prazo de seis meses.

“Foi com satisfação que o Conselho de Administração do Grupo SATA recebeu a notícia de que na sequência do processo de notificação à Comissão Europeia, foi hoje aprovado o auxílio de Estado a conceder pela Região à SATA“, diz a companhia aérea, em comunicado, sublinhando que este apoio vai “suprir as necessidades urgentes da companhia” provocadas pela pandemia de coronavírus.

O valor final está abaixo dos 163 milhões de euros pedidos inicialmente pela SATA, uma redução que a companhia aérea explica equivaler “ao que foi formalizado no pedido de notificação final após várias interações produtivas com o Governo Regional, a Secretaria de Estado das Finanças do Governo de Portugal e a Direção Geral da Concorrência em Bruxelas”.

Ainda assim, a transportadora aérea dos Açores dá quatro motivos para esta redução: “a confirmação de valores devidos pelo acionista que não tinham sido contemplados anteriormente dado o orçamento retificativo da região não estar fechado na altura do pedido inicial”, “a materialização de poupanças de custos ou moratórias de desembolsos no período, que entretanto se confirmaram”, “a não elegibilidade de alguns custos à luz dos regulamentos europeus” e “a adaptação do horizonte temporal em causa para o período agosto a janeiro 2021”.

Enquanto o apoio não entra nas contas da SATA, um processo que a companhia aérea diz que “demorará umas semanas”, o grupo vai “continuar a evoluir no desenvolvimento do plano de restruturação que deverá ser discutido dentro de uma janela temporal de seis meses“.

Este apoio estatal acontece devido aos impactos que a pandemia teve e está a ter no setor da aviação e funciona como um “primeiro passo fundamental para a restruturação do Grupo SATA e para o cumprimento da sua missão essencial de servir a mobilidade de pessoas e bens nos Açores, contribuindo para o desenvolvimento social e económico da região”.

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Ordem de prisão para diretor do porto de Beirute

  • Lusa
  • 18 Agosto 2020

Um tribunal libanês emitiu esta terça-feira uma ordem de prisão contra o diretor-geral do porto de Beirute, Hassan Koraytem, após este ter sido interrogado durante quatro horas.

Um tribunal libanês emitiu esta terça-feira uma ordem de prisão contra o diretor-geral do porto de Beirute, Hassan Koraytem, após este ter sido interrogado durante quatro horas, duas semanas depois da explosão que devastou a capital do Líbano.

O juiz libanês Fadi Sawan, que tem a cargo a investigação sobre a explosão de 04 de agosto, que matou pelo menos 180 pessoas e feriu mais de 6.000, emitiu a ordem contra Koraytem, que até agora estava sob prisão domiciliária, informou a Agência Nacional de Notícias libanesa (ANN).

Koraytem e o diretor-geral das Alfândegas do Líbano, Badri Daher, foram colocados em prisão domiciliária devido à sua eventual responsabilidade na explosão de 2.750 toneladas de nitrato de amónio armazenado há seis anos no porto, sem vigilância, três dias depois da tragédia.

Esta semana está prevista a chegada à capital libanesa de uma equipa da polícia federal dos Estados Unidos, FBI, para participar na investigação do sucedido.

Diversos especialistas nacionais e estrangeiros, inclusive da ONU, pediram a abertura de uma investigação internacional.

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SNQTB lamenta declarações da APB que põem “em causa” profissionalismo dos bancários

  • Lusa
  • 18 Agosto 2020

O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários lamentou as declarações da Associação Portuguesa de Bancos (APB) na sequência de uma denúncia da Ordem dos Contabilistas Certificados.

O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) lamentou as declarações da Associação Portuguesa de Bancos (APB) na sequência de uma denúncia da Ordem dos Contabilistas Certificados, considerando que “colocam em causa o profissionalismo dos bancários”.

“O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) lamenta as declarações da Associação Portuguesa de Bancos (APB) que colocam em causa o profissionalismo dos bancários, na sequência da recente denúncia da Ordem dos Contabilistas Certificados em que refere que os contabilistas estão a ser pressionados pela banca a prestar falsas declarações sobre quebras de faturação dos seus clientes”, pode ler-se num comunicado enviado esta terça-feira pelo SNQTB.

A bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), Paula Franco, afirmou na semana passada que os bancos estão a pressionar contabilistas para falsificarem declarações para permitir o acesso ao crédito, mas a associação que representa o setor desconhece tais episódios.

Paula Franco afirmou que os bancos estão “a pedir aos contabilistas para fazerem o jeitinho” – referindo que é mesmo esta a expressão que está a ser utilizada em alguns casos – de passar declarações registando quebras de faturação superiores a 40%, de forma a acederem às linhas de crédito garantidas pelo Estado ao abrigo da pandemia de covid-19, cuja condição de acesso é precisamente esse limiar na quebra de faturação.

A Lusa contactou a Associação Portuguesa de Bancos (APB), que assegurou desconhecer tais situações, afirmando que o setor se rege pela lei.

A associação que representa o setor bancário adiantou ainda que “quaisquer condutas isoladas de colaboradores bancários” que se possam ter “eventualmente afastado das regras éticas e legais que norteiam a atuação dos bancos, serão certamente alvo de análise e aplicação das medidas adequadas, por parte das instituições”.

São estas declarações referentes aos bancários que o SNQTB contesta, considerando “inadmissível que a APB atribua a total responsabilidade aos bancários em eventuais condutas isoladas”, com o presidente do sindicato, Paulo Marcos, a afirmar que o exigido das instituições bancárias “num Estado de Direito, com padrões de ética que se impõem a quaisquer organizações que prestam um serviço público”, é que cumpram a lei.

“O que não podemos é permitir que a associação que representa essas instituições venha desresponsabilizar-se, apontando o dedo aos bancários, com a teoria de presumíveis atos isolados e ameaçando com represálias para os profissionais. Não aceitamos esta narrativa desculpabilizante que já começa a ser recorrente”, disse o dirigente sindical, citado no comunicado.

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Madeira anuncia “apoio extraordinário” ao novo regime de lay-off

  • Lusa
  • 18 Agosto 2020

O Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP, está a "desenhar" um apoio específico às empresas para apoiar nos custos com os trabalhadores.

O secretário da Economia da Madeira, Rui Barreto, classificou esta terça-feira o novo regime de ‘lay-off’ como “complicado” e anunciou que o Governo Regional está a preparar um “apoio extraordinário” para proteger empresas e trabalhadores.

“Estamos a preparar um conjunto de medidas para apoiar as empresas ao abrigo deste ‘lay-off’, que é um ‘lay-off’ não simplificado, mas que é um ‘lay-off’ complicado”, afirmou o governante, numa sessão promovido pelo Conselho Consultivo de Economia, na ilha do Porto Santo.

Esta foi a última reunião do Conselho Consultivo de Economia, no âmbito de um ciclo designado “Ouvir para Decidir”, cabendo agora a este órgão preparar o documento orientador do PERAM – Plano Estratégico de Recuperação da Economia da Região, face aos impactos da covid-19 no tecido sócio económico regional.

Rui Barreto afirmou que novo regime de ‘lay-off’, recentemente aprovado pelo Governo da República, parte do pressuposto de que existe uma “normalização da atividade económica”, quando, na sua opinião, o que está a suceder é uma “retoma progressiva da atividade económica”.

Para compensar este “desfasamento”, o Governo Regional, de coligação PSD/CDS-PP, está a “desenhar” um apoio específico às empresas para apoiar nos custos com os trabalhadores.

Falando para cerca de meia centena de empresários, autarcas e representantes de associações empresariais locais, Rui Barreto anunciou que as empresas do Porto Santo vão beneficiar de apoio ao nível dos transportes entre a região e o continente.

O executivo inscreveu uma verba de 2,5 milhões de euros no Orçamento Suplementar para 2020 com esse propósito e vai incluir a expedição de produtos entre o Porto Santo, a Madeira e o continente.

O governante indicou, por outro lado, que a linha de crédito Investe RAM apoiou 65 empresas no Porto Santo, no montante de 800 mil euros, tendo ainda sido aprovados 25 projetos no âmbito do programa ADAPTAR, no valor de 95 mil euros. As empresas sediadas na ilha já beneficiaram também de três milhões de euros ao nível dos sistemas de incentivos do Instituto de Desenvolvimento Empresarial.

Rui Barreto destacou que a soma de todas as medidas de apoio às famílias e empresas madeirenses e porto-santenses, no âmbito da crise gerada pela pandemia de covid-19, representam 4,6% do Produto Interno Bruto regional.

“Ao todo, foram derramados 250 milhões de euros na economia da região”, afirmou, reforçando: “Tudo o que fizemos até agora foi a expensas do Governo Regional e dos contribuintes madeirenses”.

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Samsung lança cartão virtual para concorrer com Apple Card

A Samsung aliou-se à fintech Curve para lançar um cartão bancário virtual que agrega todas as contas bancárias de cada cliente. É uma alternativa para concorrer com o Apple Card.

A Samsung lançou um novo cartão bancário virtual no Reino Unido que pretende ser a alternativa da marca ao Apple Card, da fabricante do iPhone. O cartão de débito exclusivamente digital é assinado pela Mastercard e a novidade surge em parceria com a Curve, uma startup britânica especializada em consolidar num único cartão todas as contas bancárias de cada cliente.

O Samsung Pay Card permite agregar num mesmo cartão diversas contas bancárias, facilitando a gestão das finanças pessoais e acelerando o crescimento do serviço de pagamentos da tecnológica sul-coreana. A ideia é que, ao aproximar o smartphone de um terminal de pagamentos, o valor seja automaticamente debitado na conta bancária que o cliente definiu.

O cartão bancário da Samsung é exclusivamente virtual.Samsung

A novidade digital da Samsung oferece ainda outras funcionalidades típicas da Curve, que também está disponível no mercado português. É o caso da possibilidade de alterar, numa compra já efetuada, a conta bancária onde debitar o dinheiro, algo possível até 90 dias depois da compra. Por razões não especificadas, no entanto, os clientes atuais da Curve não poderão aderir ao Samsung Pay Card.

Segundo o TechCrunch, a Samsung devolve ainda 1% (cashback) do valor das compras num conjunto selecionado de comerciantes, percentagem que sobe para 5% no caso das compras feitas na loja oficial da Samsung. De acordo com o Macrumors, as taxas de cashback são inferiores às da Apple nos EUA, mas a oferta é competitiva face às condições tipicamente praticadas no mercado britânico, que também tem outras características.

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Papeleiras e BCP atiram bolsa de Lisboa para o vermelho

A bolsa de Lisboa encerrou a segunda sessão da semana em terreno negativo, pressionada pelas cotadas do papel. A travar uma queda mais acentuada esteve a Jerónimo Martins.

A bolsa de Lisboa encerrou no vermelho, com a maioria das cotadas a desvalorizar. A contribuir para este desempenho do índice de referência nacional estiveram as papeleiras, com descidas de mais de 1%, assim como o BCP. A impedir uma queda mais acentuada da bolsa estiveram os títulos da Jerónimo Martins que encerraram com um ganho ligeiro de 0,04%.

O PSI-20 recuou 0,63% para 4,407.45 pontos, com 12 cotadas em queda, três a valorizar e três inalteradas. A penalizar o desempenho do índice esteve o setor do papel, sobretudo a Navigator que desceu 2,19% para 2,318 euros. A Altri recuou 1,25% para 4,434 euros, enquanto a Semapa perdeu 1,25% para 7,92 euros.

Ainda nas perdas, destaque para os títulos do BCP que caíram 1,04% para 0,1042 euros, assim como os da Nos que perderam 0,99% para 3,586 euros.

Também o setor energético penalizou o desempenho do índice nacional, com a EDP a desvalorizar 0,85% para 4,326 euros, enquanto a EDP Renováveis deslizou 0,14% para 13,8 euros. Por sua vez a Galp Energia recuou 0,23% para 9,426 euros, num dia em que o preço do barril de petróleo está a desvalorizar nos mercados internacionais.

A impedir uma descida mais acentuada do PSI-20 estiveram as ações da Jerónimo Martins, que somaram uns ligeiros 0,04% para 13,985 euros. A maior subida desta sessão coube à Ibersol que avançou 2,27% para 5,4 euros.

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Julho mais quente dos últimos 90 anos atira país para seca. Já há quatro barragens abaixo dos 40%

As barragens de Foz Tua e Baixo Sabor Montante têm estado com percentagens de armazenamento reduzidas (entre 5 e 40%), verificando-se que "em alguns dos últimos dias não entraram em operação".

Depois de um primeiro semestre de 2020 que foi o 4º mais quente desde 1931, o mês de julho trouxe consigo um novo recorde. De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, este foi o julho mais quente dos últimos 89 anos.

Diz o IPMA que “este mês extremamente quente, e seco (apenas choveu em três dias), contribuiu para que o período de janeiro a julho de 2020 fosse o mais quente dos últimos 90 anos”. O resultado está à vista e a seca, ainda que “fraca”, está de volta a 71,4% do território português (litoral do distrito de Viana do Castelo, interior Norte-Centro, região de Lisboa e Vale do Tejo e grande parte da região Sul). Já a seca moderada afeta 19,9% do país (Baixo Alentejo — distritos de Setúbal e Beja — e Algarve) e a seca severa apenas 0,3% (Alvalade e Mértola, no Alentejo).

De acordo com o Índice Meteorológico de Seca (PDSI), calculado pelo IPMA, no final de julho verificou-se assim um “aumento da área em seca em todo o território” e uma “diminuição significativa dos valores de percentagem de água no solo”. Na região Nordeste, vale do Tejo, Baixo Alentejo e Algarve estes valores são mesmo inferiores a 20%.

O resultado está à vista e a Associação Portuguesa de Energias Renováveis (APREN) diz mesmo que já é possível constatar que as barragens de Foz Tua e Baixo Sabor Montante têm estado com percentagens de armazenamento reduzidas (entre 5 e 40%), verificando-se que “em alguns dos últimos dias não entraram em operação”, de acordo com as estatísticas diárias disponibilizadas pela REN. Já em 2019, e também no início de agosto, recorda a APREN, identificaram-se as centrais Raiva, Foz Tua e Pracana com percentagens de armazenamento abaixo das verificadas este ano, entre 0 e 35 %, destacando-se a de Pracana que não entrou sequer em operação.

No entanto, e apesar das baixas percentagens de armazenamento registadas entre 1 de julho e 12 de agosto, houve ainda assim produção hidroelétrica e bombagem em alguns dos dias, “portanto nenhuma barragem em Portugal parou de produzir por um período contínuo”, garante a APREN, reforçando que foram já identificadas quatro albufeiras abaixo dos 40%: Baixo Sabor Montante esteve sempre abaixo dos 40 %, já Baixo Sabor Jusante, Foz Tua e Raiva estiverem abaixo deste nível por períodos intermitentes.

Por seu lado, a EDP garante que não tem “qualquer albufeira abaixo do nível de água necessário para produzir energia elétrica. Neste momento, as albufeiras geridas pela EDP apresentam um armazenamento total médio ligeiramente superior a 70%”, explicou a EDP, salientando que a situação de as barragens estarem abaixo do nível de água necessário para produzir energia elétrica “ainda não ocorreu este ano”.

No entanto, admite a empresa, “já houve situações em que a EDP esteve vários meses sem produzir em determinadas albufeiras porque, dada a situação de seca, decidiu abdicar da produção e manter reservas de água que poderiam ser necessárias para consumo humano e outras atividades”.

Hídrica domina primeiro semestre, carvão regressa em julho

O primeiro semestre de 2020 registou um valor de produção hidroelétrica de 35,6 % da produção total em Portugal Continental, 15% superior à média do primeiro semestre dos últimos 5 anos. No acumulado de janeiro a julho, a energia hídrica dominou, seguida da eólica (24%) e do gás natural (23%). Olhando ao pormenor para o mês de julho, a energia hídrica caiu a pique para os 13% e o gás natural disparou para os 43%, com o carvão a regressar ao mix energético nacional com 2,4% da energia elétrica produzida.

Segundo as estatísticas mensais publicadas pela REN, as centrais a carvão, tanto do Pego como de Sines, produziram 86 GWh em julho, apesar de apresentarem taxas de utilização radicalmente inferiores quando em comparação com ano passado onde foram produzidos 756 GWh.

É expectável que a produção de eletricidade a partir de fontes de energia fósseis e/ou a importação seja superior nos meses de verão onde as condições meteorológicas não são tão favoráveis à produção hídrica e eólica. Sendo julho dos meses mais secos do ano, a produção hídrica representou 13 % da geração total mensal e, consequentemente, a produção a partir de gás natural subiu para 43%. Daqui decorre a necessidade e atual aposta no recurso solar que pode colmatar e complementar o mix elétrico nacional, assim como o armazenamento que irá flexibilizar o sistema para aproveitar mais eficazmente a variabilidade dos recursos naturais”, disse fonte oficial da APREN, lembrando que decorrem no fim de agosto o leilão de energia solar para a entrega de 700 MVA (megavolt-ampere), “que permitirá novos investimentos no setor e um aumento da geração de energia solar”.

Em julho, a produção de eletricidade solar fotovoltaica atingiu um máximo histórico de 150 GWh, resultado dos novos investimentos no setor, que se refletiram na entrada em operação, sob o regime geral de mercado, de 50,7 MW de nova potência nos últimos dois meses, refere a APREN.

Do lado da EDP, a elétrica revela que a produção das suas centrais hidroelétricas no primeiro semestre de 2020 foi de 8,3 TWh, cerca de 90% superior à verificada no mesmo período de 2019 (4,4 TWh) e corresponde a um valor ligeiramente superior à média dos últimos 10 anos, diz fonte oficial.

Quanto à necessidade de queimar mais gás natural e carvão nos meses quentes para produzir eletricidade, a EDP diz que “a menor pluviosidade nos meses de verão conduz naturalmente à maior mobilização das centrais térmicas” e confirma que a central de Sines produziu 39 GWh em julho, correspondendo a menos de 1% do consumo desse mês.

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Cofina promete injeção de 20 milhões na Media Capital se OPA tiver “sucesso”

  • ECO
  • 18 Agosto 2020

Se a OPA da Cofina à Media Capital tiver "sucesso", o grupo liderado por Paulo Fernandes assegura que fará um aumento de capital de 20 milhões de euros na dona da TVI.

A Cofina “fará um aumento de capital de 20 milhões de euros na Media Capital caso a oferta pública de aquisição (OPA) tenha sucesso, de forma a capitalizar a companhia”, revelou fonte oficial do grupo ao Expresso (acesso condicionado).

Em causa está a OPA revista da Cofina, na qual o grupo que controla o Correio da Manhã oferece uma contrapartida de referência de 41,5 cêntimos por cada ação da dona da TVI. Para ser bem-sucedida, um auditor terá de fixar uma contrapartida não superior à oferta da Cofina e há também uma cláusula de sucesso de “mais de 50%” do capital.

Os resultados da Media Capital agravaram-se na primeira metade do ano, em resultado da perda de audiências da TVI e impactados também pela pandemia. Até junho, a empresa passou de lucros de 5,89 milhões de euros para prejuízos de 14,412 milhões de euros. Os lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) passaram para terreno negativo, 11,21 milhões de euros. As receitas recuaram 36%, para 55,301 milhões de euros.

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Escolha da Boston Consulting Group para reestruturação da TAP é “deplorável” em termos éticos, diz sindicato

  • Lusa
  • 18 Agosto 2020

“Deplorável” e “insultuoso” são as duas palavras usadas pelo Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos para descrever a escolha da BCG para elaborar o plano de reestruturação da TAP.

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) considerou esta terça-feira “deplorável” e “insultuoso” do ponto de vista ético que a TAP tenha escolhido a Boston Consulting Group (BCG) para assessorar o plano de reestruturação da companhia aérea.

Em causa está o anúncio, na semana passada, da BCG como a consultora escolhida para apoiar na elaboração do plano de reestruturação a apresentar à Comissão Europeia, no âmbito do auxílio financeiro do Estado à TAP, no montante máximo de 1.200 milhões de euros.

“O anúncio por parte do Conselho de Administração de que a ‘escolha’ da consultora para assessorar o plano de recuperação da TAP tinha recaído sobre a BCG (Boston Consulting Group), trouxe-nos imediatamente à memória tempos passados, mas não muito, quando esta mesma consultora foi também contratada para elaborar um outro estudo que acabou por ficar famoso”, defende o sindicato, em comunicado, referindo-se ao projeto RISE, que considera responsável pela descaracterização da transportadora.

Mais, o Sitava diz também que, no âmbito daquele projeto, foram contratados 18 trabalhadores, “à revelia da Direção de Recursos Humanos”, dos quais 15 não viram os seus contratos renovados. De acordo com o sindicato, quatro destes 15 trabalhadores foram agora contratados pela BCG e já apresentados aos ex-colegas para fazerem a reestruturação da TAP.

Que credibilidade vai ter o trabalho desta espécie de consultora? Isto até pode ser tudo legal, mas do ponto de vista ético é, no mínimo, deplorável e até insultuoso”, considera o Sitava.

O Sindicato relembra ainda uma notícia do Jornal de Negócios, de 2008, que dava conta de dois estudos sobre o Aeroporto Sá Carneiro, no Porto, encomendados à BCG, que produziram “conclusões diametralmente opostas”, para se ajustarem aos “desejos de quem os encomendou (a ANA Aeroportos, por um lado, e um grupo de empresas do norte liderado pela SONAE, por outro)”.

Em 2016, o Sitava já tinha demonstrado o seu desagrado relativamente a um estudo pedido pela companhia aérea à BCG, que considerava um “plano de destruição da TAP”. “Com o conhecimento destes factos, torna-se cada vez mais estranho e incompreensível que o Governo, que assumiu compromissos com o país em relação à privatização da TAP [reversão da privatização da TAP formalizada em novembro de 2015], se coloque numa posição de assobiar para o lado, alienando a responsabilidade de acionista maioritário, podendo comprometer irremediavelmente, o futuro da empresa e o interesse nacional”, apontava, na altura, o sindicato.

“A Boston Consulting Group (BCG), consultora selecionada para a elaboração do referido plano [de reestruturação] e para apoiar a TAP até à sua aprovação nas instâncias comunitárias, irá iniciar os seus trabalhos na próxima segunda-feira, dia 17 de agosto”, lê-se numa mensagem do Presidente do Conselho de Administração da TAP, Miguel Frasquilho, aos colaboradores, no dia 11 de agosto.

Em 21 de julho, o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, anunciou que a TAP iria contratar uma consultora de recursos humanos para fazer a avaliação dos gestores da empresa, para “apoiar” o processo de reestruturação. O ministro explicou ainda que era a própria TAP que estava a fazer o processo de escolha da empresa consultora, bem como do banco de investimento.

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Catarina Martins responde a Carlos César: “Falta da parte do PS respostas essenciais”

A líder do BE respondeu ao desafio de Carlos César, argumentando que o BE quer compromissos mas que falta o PS dar "respostas essenciais" a temas como a saúde, a educação e a lei laboral.

O Bloco de Esquerda reitera que está disponível para negociar com o PS um acordo mais duradouro, mas alerta que os socialistas têm de se comprometer em áreas como a saúde, a educação e a lei laboral. O que, para já, não acontece, alertou Catarina Martins esta terça-feira, quando confrontada com as declarações de Carlos César, presidente do PS, que desafiou BE e PCP a definirem se querem ou não um acordo.

O Bloco de Esquerda nunca negou sentar-se à mesa para encontrar soluções para o país. Estamos muitos empenhados“, começou por responder a líder do BE, Catarina Martins, à margem de uma visita na Guarda. Contudo, “falta da parte do Partido Socialista respostas essenciais”, assinalou, prosseguindo com o caderno de encargos que os bloquistas já anunciaram: reforçar o SNS “de forma séria”, nomeadamente através de contratações permanentes, o setor dos cuidados, a educação e alterar as regras do trabalho “para proteger o salário e o emprego”.

Catarina Martins teme que os apoios que o Estado vai dar à economia sejam “para uns poucos”, sendo que o BE quer que esse dinheiro sirva para garantir salários. A líder do BE recordou ainda a “sangria financeira” que está a ser feita no Novo Banco, alertando para o custo que tem para os contribuintes portugueses. Sobre estes temas, “o Partido Socialista ainda não teve uma palavra”, disse.

O Bloco de Esquerda mostrou toda a disponibilidade, mas a disponibilidade tem de ser para construir soluções que possam valer pelo país“, concluiu Catarina Martins. Anteriormente, a líder dos bloquistas já tinha dito que “para haver acordos com a esquerda, não pode ser só conversa“, referindo que era preciso “haver políticas concretas e compromissos claros”.

No domingo, Carlos César pressionou o BE e o PCP — numa altura em que se negoceia o Orçamento do Estado para 2021 — a tomarem uma decisão: “É tempo de dizer ao BE, PCP e PEV, ou mesmo ao PAN, se são ou não capazes de reunir esses consensos num enunciado programático com o PS, suficiente mas claro, para a Legislatura…ou se preferem assobiar para o ar à espera dos percalços”, escreveu o ex-líder parlamentar dos socialistas, pedindo aos partidos para “definirem-se de uma vez por todas e sem mais demoras e calculismos“.

Carlos César pressiona assim os antigos parceiros da geringonça a definirem uma posição, dando argumentos para que aceitem um acordo com o PS. O primeiro-ministro já tinha ensaiado um pedido de maior acordo à esquerda durante a discussão do Orçamento Suplementar, mas a proposta oficial chegou no Estado da Nação quando pediu uma “base de entendimento sólida e duradoura”. “É com os partidos que connosco viraram a página da austeridade que queremos prosseguir o caminho iniciado em 2015. E, para esse efeito, necessitamos de um quadro de estabilidade no horizonte da legislatura”, disse.

Mais tarde, Ana Catarina Mendes esclareceu que António Costa não estava necessariamente a propor um acordo escrito com o BE, PCP, PEV e PAN. “O que António Costa está a propor neste momento é que continuemos a trilhar este caminho em conjunto, à esquerda, que reforce o Estado Social, a manutenção do emprego, a capacidade das empresas e que reforce o crescimento da economia”, disse em entrevista ao podcast “Política com palavra”, referindo que está “absolutamente convencida de que o PCP, o PEV e o BE continuam a partilhar connosco a necessidade de reforçarmos o Estado social, reforçarmos o papel do Estado e reforçarmos a nossa economia”.

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Publicada isenção de IVA até outubro para equipamentos de combate à pandemia

  • Lusa
  • 18 Agosto 2020

Também estão isentos os estabelecimentos e unidades de saúde que integram o Serviço Nacional de Saúde.

O prolongamento até 31 de outubro de isenções fiscais na aquisição de material para combate à pandemia de covid-19 foi esta terça-feira publicado em Diário da República, entrando em vigor na quarta-feira.

“O artigo 2.º é aplicável às transmissões e aquisições intracomunitárias de bens efetuadas no território nacional durante o período compreendido entre 30 de janeiro de 2020 e 31 de outubro de 2020″, pode ler-se na lei que altera a legislação anterior, de 07 de maio, e que previa a isenção até 31 de julho.

De acordo com o artigo 2.º referido, “estão isentas de IVA as transmissões e aquisições intracomunitárias dos bens” que se destinem à “distribuição gratuita (…) às pessoas afetadas pelo surto de covid-19 ou expostas a esse risco, bem como às pessoas que participam na luta contra a covid-19″, bem como ao “tratamento das pessoas afetadas pelo surto de covid-19 ou na sua prevenção”, pelo Estado, regiões autónomas ou autarquias locais.

Também estão isentos “os estabelecimentos e unidades de saúde que integram o Serviço Nacional de Saúde (SNS), incluindo as que assumem a forma jurídica de entidades públicas empresariais”, bem como “outros estabelecimentos e unidades de saúde do setor privado ou social, desde que inseridos no plano nacional do SNS de combate à covid-19”, ou ainda “entidades com fins caritativos ou filantrópicos” devidamente aprovadas.

De acordo com o anexo, estão em causa dispositivos médicos como respiradores e ventiladores, e outros itens hospitalares e médicos como monitores, bombas, tubos, capacetes, máscaras, sistemas de sucção, humidificadores, laringoscópios ou estações de monitorização.

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