PSD elege novo líder parlamentar a 17 de setembro

  • Lusa
  • 7 Setembro 2020

Estas eleições para escolher o sucessor de Rui Rio como líder parlamentar chegaram a estar marcadas para março, mas foram adiadas devido à pandemia de covid-19.

O presidente e líder parlamentar do PSD, Rui Rio, convocou esta segunda-feira as eleições para escolher a futura direção da bancada para 17 de setembro, com a apresentação de candidaturas até dois dias antes.

Estas eleições para escolher o sucessor de Rui Rio como líder parlamentar chegaram a estar marcadas para março, mas foram adiadas devido à pandemia de covid-19 e, depois, para a atual direção concluir a reestruturação administrativa no grupo parlamentar e na sede.

De acordo com a convocatória a que a Lusa teve acesso, a eleição da Comissão Permanente dos Coordenadores e Vice-Coordenadores da Direção do Grupo Parlamentar decorrerá entre as 15:00 e as 18:00 de 17 de setembro, na Assembleia da República, e as listas devem ser apresentadas até às 18:00 do dia 15 de setembro.

Quando as eleições para a direção da bancada estiveram marcadas para 19 de março – Rio tinha assegurado que deixaria o cargo depois do congresso e de concluir uma reorganização interna -, o primeiro vice-presidente do grupo Adão Silva apresentou-se então como o único candidato.

Fonte oficial do PSD confirmou à Lusa que Rui Rio não será recandidato, até porque se pretendesse continuar não haveria necessidade de convocar eleições, uma vez que os mandatos dos líderes parlamentares do PSD são de dois anos e o atual líder foi eleito em novembro de 2020 com 89,9% de votos favoráveis.

Rui Rio tem seis vice-presidentes na direção da bancada (menos um do que teve o seu antecessor, Fernando Negrão): como primeiro ‘vice’ o deputado Adão Silva (Bragança), seguindo-se Carlos Peixoto (Guarda), Luís Leite Ramos (Vila Real), Clara Marques Mendes (Braga), Ricardo Baptista Leite (Lisboa) e Afonso Oliveira (Porto).

Adão Silva e Carlos Peixoto transitaram da anterior direção parlamentar, liderada por Fernando Negrão, enquanto Luís Leite Ramos já tinha sido ‘vice’ sob a presidência de Hugo Soares. Na lista que chegou a entregar em março, Adão Silva propunha manter os restantes cinco ‘vices’ de Rio e acrescentando apenas como novidade a deputada Catarina Rocha Ferreira.

Nos últimos meses, a direção da bancada alargada registou duas ‘baixas’ com a demissão de Álvaro Almeida das funções de coordenador na Comissão de Saúde e de vice-coordenador na Comissão de Orçamento e Finanças e de Pedro Rodrigues do cargo de coordenador da bancada na Comissão de Trabalho e Segurança Social, este último invocando “falta de confiança” do presidente do partido e do grupo parlamentar, Rui Rio.

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Gasoduto Nord Stream 2 em risco após envenenamento de Navalny

  • Lusa
  • 7 Setembro 2020

Angela Merkel admite que haja consequências para o projeto do gasoduto Nord Stream 2, se Moscovo não fornecer esclarecimentos sobre o envenenamento do opositor russo Alexei Navalny.

A chanceler alemã admitiu esta segunda-feira que haja consequências para o projeto do gasoduto Nord Stream 2, se Moscovo não fornecer esclarecimentos sobre o envenenamento do opositor russo Alexei Navalny, mas a Rússia não acredita que tal possa ocorrer.

“A chanceler (Angela Merkel) considera que seria errado excluí-lo logo a partida”, disse numa conferência de imprensa o porta-voz Steffen Seibert, ao ser questionado se possíveis sanções contra a Rússia poderiam afetar o projeto do gasoduto.

No domingo, o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, fez as mesmas observações, declarando no canal de televisão pública ARD que “seria errado excluir a priori” consequências para o Nord Stream, projetado para abastecer a Alemanha e a Europa com gás russo.

Maas deu a Moscovo alguns dias para “contribuir para a clarificação” sobre o que aconteceu no caso do opositor Alexei Navalny.

Caso contrário, “teremos de discutir uma resposta com os nossos parceiros europeus”, advertiu Maas, cujo país atualmente preside o Conselho da União Europeia (UE).

O ministro alemão acrescentou que, em caso de sanções, devem ser “direcionadas” e mencionou em particular um possível congelamento do Nord Stream 2.

No entanto, o Kremlin disse esta segunda-feira que não acredita que Berlim interrompa a construção do gasoduto Nord Stream 2, após as ameaças feitas por Maas.

“Vemos declarações como esta e observamos que para cada nova declaração deste tipo surgem mais duas que explicam o quão absurdas são essas propostas“, disse hoje o porta-voz do Presidente russo, Dmitri Peskov.

O representante do Kremlin lembrou que as autoridades russas pediram a Berlim informações sobre o estado de saúde de Navalny, que está internado em uma clínica alemã, e saudou a afirmação de Maas de que o pedido russo seria atendido.

“Não há motivo que os impeça de fornecer esta informação. Por isso esperamos que, tendo em conta a repercussão que este caso teve, a informação seja entregue nos próximos dias, aguardamos com ansiedade”, disse Peskov.

Peskov observou que “esta informação ajudará a estabelecer as causas que levaram à doença do paciente de Berlim”, como o Kremlin chama Navalny, cujo nome evita dizer.

“Todas as tentativas de associar a Rússia de qualquer forma ao que aconteceu (a Navalny) é inaceitável para nós”, disse ainda aos jornalistas o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. Essas tentativas são “absurdas”, garantiu o porta-voz.

Principal opositor do Presidente russo, Vladimir Putin, conhecido pelas investigações anticorrupção a membros da elite russa, Alexei Navalny, 44 anos, está internado, em coma, desde 20 de agosto.

O político sentiu-se mal durante um voo de regresso a Moscovo, após uma deslocação à Sibéria. Foi primeiro internado num hospital de Omsk, na Sibéria, tendo sido transferido, posteriormente, para o hospital universitário Charité, em Berlim.

O Novichok integra um grupo particularmente perigoso de agentes neurotóxicos russos que foram proibidos, em 2019, pela Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ).

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Reino Unido prepara-se para reduzir quarentena através de testes

Os testes à Covid-19 poderão ser a solução para a redução do período de quarentena que os viajantes britânicos têm de realizar quando regressam de alguns países com a situação mais crítica.

A quarentena a que os britânicos são sujeitos quando regressam de viagens a países que não estão incluídos na lista dos corredores aéreos, devido ao número de casos de Covid-19, poderá ficar mais curta. O Governo está a considerar alternativas, entre elas a realização de testes ao vírus de forma a diminuir o tempo que os viajantes têm de ficar de quarentena, atualmente de 14 dias.

A ideia surge depois dos pedidos das empresas do setor das viagens e do turismo pedirem mudanças nestas regras. Matt Hancock, responsável pela pasta da Saúde, reiterou que um teste depois de aterrar no aeroporto não seria suficiente, mas adiantou que o Governo está a estudar possibilidades como a realização de um teste oito dias após a chegada, adianta a Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

A razão pela qual um teste no aeroporto não resultaria é por causa do período de incubação do vírus, em que não seria detetado num teste. Mas oito dias depois da chegada já seria uma melhor opção, sendo uma medida que o executivo britânico gostaria de implementar assim que seja prático.

“Estamos a tentar encontrar uma forma que nos permita reduzir a quarentena de uma maneira que também assegure a segurança das pessoas”, sublinhou o responsável do Governo britânico, em entrevista à rádio LBC, citada pela agência de notícias.

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CT quer reestruturação que aposte no desenvolvimento e não em “TAPzinha low cost”

  • Lusa
  • 7 Setembro 2020

Comissão de Trabalhadores da TAP espera que a reestruturação, assessorada pelo Boston Consulting Group aposte no desenvolvimento do negócio e não numa “TAPzinha low cost”.

A Comissão de Trabalhadores (CT) da TAP espera que a reestruturação, assessorada pelo Boston Consulting Group (BCG), aposte no desenvolvimento do negócio e não numa “TAPzinha low cost, como preconizava o projeto RISE, em 2016, da mesma consultora.

“Ainda temos muito presente o famigerado projecto RISE, feito pela mesma consultora a pedido do Sr. Neeleman [ex-acionista], e do qual o conhecimento que tivemos não foi por vias oficiais, mais era um projeto que em nada servia os interesses da TAP, mas sim interesses a ela alheios, preconizando uma Tapzinha low cost ao serviço de terceiros”, defendeu a CT, em comunicado.

A estrutura representativa dos trabalhadores da companhia aérea reuniu-se com representantes da BCG na sexta-feira, para discutir o projeto de reestruturação a que a TAP vai ser sujeita, a apresentar à Comissão Europeia.

Segundo a CT, a consultora escolhida para assessorar esta reestruturação garantiu que o objetivo é “demonstrar a viabilidade da empresa” e garantir que se terá “a melhor TAP possível”.

No entanto, a CT diz ter ainda na memória o projeto da mesma consultora, de 2016, muito contestado pelos representantes dos trabalhadores.

Esperamos que a história não se repita e que, efetivamente, este seja um projeto que tenha no seu horizonte a viabilidade e desenvolvimento do negócio da TAP em todas as suas vertentes por forma a que a empresa continue a ser um garante da soberania, coesão e economia nacionais. Garante do futuro de todos os que nela trabalham, sublinhou a CT.

Neste sentido, a comissão defende que “todos os trabalhadores são necessários”, e deixou claro, na reunião com o BCG, que não concorda com despedimentos.

“Se necessidade houver de redução de trabalhadores, então que se opte como já tem acontecido no passado por reformas antecipadas, pré-reformas e rescisões amigáveis, no entanto alertámos que uma vez que se pretende a retoma da operação, então temos que manter todos os trabalhadores na esfera da empresa pois todos serão necessários”, acrescentou.

A CT considerou ainda que deve investir-se em equipamentos e instalações e garantir a ligação às comunidades portuguesas no estrangeiro, com uma operação mais abrangente nos continentes africano e americano, “mercados que muito contribuem para a receita da empresa”.

No dia 11 de agosto, o presidente do Conselho de Administração do grupo TAP, Miguel Frasquilho, anunciou, numa mensagem aos colaboradores a que a Lusa teve acesso, a escolha da BCG para a elaboração do plano de reestruturação da TAP.

No seguimento da aprovação pela Comissão Europeia de um auxílio estatal à TAP, o grupo aéreo procedeu a uma consulta no mercado para selecionar uma entidade que preste serviços de consultoria, no sentido de auxiliar na elaboração de um plano de reestruturação, a apresentar à Comissão Europeia.

O Conselho de Ministros aprovou em 17 de julho a concessão de um empréstimo de até 1.200 milhões de euros à TAP, em conformidade com a decisão da Comissão Europeia.

Além do empréstimo remunerado a favor do Grupo TAP de 946 milhões, ao qual poderão acrescer 254 milhões, sem que, contudo, o Estado se encontre vinculado à sua disponibilização, as negociações tinham em vista a aquisição, por parte do Estado Português, de participações sociais, de direitos económicos e de uma parte das prestações acessórias da atual acionista da TAP SGPS, Atlantic Gateway, SGPS, Lda.

Desta forma, o Estado Português passa a deter uma participação social total de 72,5% e os correspondentes direitos económicos na TAP SGPS, pelo montante de 55 milhões de euros.

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Brexit. Von der Leyen confiante que Londres vai “cumprir obrigação” e adotar acordo

  • Lusa
  • 7 Setembro 2020

Von der Leyen sinaliza confiança no Reino Unido, depois de notícias de que o Governo britânico se prepara para adotar legislação doméstica que diluiria alguns dos compromissos assumidos.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse esta segunda-feira acreditar que o Governo britânico cumprirá a sua “obrigação ao abrigo do direito internacional”, adotando o Acordo de Saída negociado entre as partes para uma parceria futura.

“Acredito que o Governo britânico irá implementar o Acordo de Saída, uma obrigação ao abrigo do direito internacional e um pré-requisito para qualquer parceria futura”, sublinha a líder do executivo comunitário numa publicação feita na rede social Twitter, feita no arranque de uma semana durante a qual se deslocará a Londres para a oitava ronda de negociações com o Reino Unido sobre as relações pós-‘Brexit’.

Na mensagem, Ursula von der Leyen salienta que “o protocolo sobre a Irlanda/Irlanda do Norte é essencial para proteger a paz e a estabilidade na ilha e a integridade do mercado único”.

A reação surge depois de o jornal Financial Times ter noticiado que o Governo liderado pelo primeiro-ministro Boris Johnson se prepara para adotar esta semana legislação doméstica que ‘diluiria’ alguns dos compromissos assumidos pelo Reino Unido no Acordo de Saída firmado com a União Europeia (UE), designadamente sobre o estatuto da Irlanda do Norte e a nível de ajudas de Estado.

É assim, mais uma vez num clima de crispação, que UE e Reino Unido iniciam esta semana, em Londres, mais uma ronda negocial sobre a relação no pós-‘Brexit’, com o cenário de uma saída sem acordo cada vez mais próximo, face à persistente ausência de progressos.

O chamado “período de transição”, contemplado no Acordo de Saída negociado entre as partes e consumado em janeiro passado, termina em 31 de dezembro, mas, por questões processuais e jurídicas, as partes devem chegar a um acordo o mais tardar até final de outubro, cenário que se afigura cada vez menos provável à luz da evolução das negociações e das recriminações de parte a parte.

No domingo, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, reduziu ainda mais o prazo para ser alcançado um compromisso, ao considerar que 15 de outubro é a data limite para a conclusão de um acordo pós-Brexit com a UE.

De acordo com Downing Street, o chefe do Governo conservador deverá anunciar esta segunda-feira “a fase final das negociações com a UE”, fazendo aumentar a pressão antes do reinício das negociações agendadas para esta semana, além de reafirmar que o Reino Unido não transigirá na sua independência.

No final da ronda negocial de agosto, o negociador-chefe da União Europeia para as relações futuras com o Reino Unido, Michel Barnier, afirmou-se “desiludido e preocupado” com a ausência de progressos, argumentando que, “tal como na ronda de julho, os negociadores britânicos não mostraram qualquer vontade de progredir em questões fundamentais para a UE”.

Já David Frost acusou na altura a UE de estar a tornar as negociações da saída do bloco europeu “desnecessariamente difíceis”, por querer impor um compromisso para manter Londres vinculada a políticas europeias de apoios estatais e pescas antes de avançar noutros dossiês.

A fase de transição que foi negociada após a saída formal do Reino Unido da UE, a 31 de janeiro deste ano, e que manteve o acesso do país ao mercado único europeu e à união aduaneira, termina a 31 de dezembro.

Se UE e Reino Unido não conseguirem chegar a um acordo atempadamente, apenas as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), nomeadamente os direitos aduaneiros, serão aplicáveis a partir de janeiro de 2021 às relações comerciais entre Londres e os 27.

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Licenças de construção nova e reabilitação para habitação caem 7,4% até junho

  • Lusa
  • 7 Setembro 2020

As licenças de construção nova e reabilitação de edifícios para habitação caíram 7,4% até junho face ao mesmo período de 2019.

As licenças de construção nova e reabilitação de edifícios para habitação caíram 7,4% até junho face ao mesmo período de 2019, tendo o licenciamento de fogos em construções novas recuado 3,7%, anunciou esta segunda-feira a Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN).

Segundo a Síntese Estatística da Habitação da AICCOPN, que congrega os indicadores avançados de produção no setor, “até junho, foram licenciadas pelas câmaras municipais 7.764 obras de construção nova e reabilitação de edifícios habitacionais, o que corresponde a uma redução de 7,4%, em termos homólogos acumulados”, tendo o número de fogos novos licenciados somado 11.308, um decréscimo de 3,7% em termos homólogos.

Analisando apenas o mês de junho, apura-se um crescimento de 9,4% nas obras em edifícios residenciais e de 4,8% no número de fogos em construções novas, em termos homólogos. No primeiro semestre, o consumo de cimento no mercado nacional cresceu 9,7%, em termos homólogos, totalizando cerca de 1,76 milhões de toneladas.

Quanto ao novo crédito concedido à habitação, registou-se um crescimento de 8,4% para 5.342 milhões de euros desde o início do ano, enquanto o montante total do stock de crédito à habitação aumentou 0,6%, somando 93.447 milhões de euros. Já no stock do crédito concedido às empresas de construção e imobiliário, registou-se uma quebra de 3,8% em termos homólogos, para 16.348 milhões de euros.

Em junho, o valor médio da avaliação bancária na habitação aumentou 8,3% em termos homólogos, fixando-se em 1.115 euros por metro quadrado face aos 1.023 euros por metro quadrado de junho de 2019.

A AICCOPN destaca a região Norte, onde se observou um aumento homólogo de 12,5% nos fogos licenciados em construções novas nos 12 meses terminados em junho de 2020 (para um total de 10.498), dos quais 62% de tipologia T3 ou superior, 22% de tipologia T2 e 14% de tipologia T1 ou inferior. Quanto aos valores de avaliação bancária na habitação nesta região, verificou-se em junho um aumento em termos homólogos de 9,7%, para 982 euros por metro quadrado.

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Fusão do Caixabank e Bankia dá flexibilidade para travar perdas do Covid-19, diz a DBRS

A DBRS considera que a nova entidade resultante desta fusão terá uma carteira de crédito mais equilibrada e potencialmente terá maior flexibilidade para fazer face a provisões adicionais.

O CaixaBank e o Bankia estão a estudar uma possível fusão, operação que caso venha a concretizar-se poderá dar armas às duas instituições financeiras no combate às perdas resultantes da pandemia, antecipa a DBRS.

Numa nota publicada esta segunda-feira, a agência de rating norte-americana começa por considerar que a confirmar-se o negócio “numa base muito preliminar, a operação será bastante positiva em termos da avaliação de crédito para o CaixaBank já que irá fortalecer ainda mais a já forte posição do CaixaBank em Espanha”, antecipando ainda que os “ratings do Bankia se alinharão com o CaixaBank“.

Mas mais em detalhe alerta ainda para as vantagens que uma eventual fusão entre os dois bancos espanhóis poderão trazer em matéria do combate aos efeitos da pandemia.

“A nova entidade terá uma carteira de crédito mais equilibrada e potencialmente terá maior flexibilidade para fazer face a provisões adicionais para perdas com empréstimos Covid-19“, diz a DBRS na nota. A agência de notação financeira lembra que o perfil de risco de crédito da nova entidade resultante desta fusão refletiria o facto de que o CaixaBank tem mais empréstimos ao consumo e grandes exposições a empresas, enquanto o Bankia está mais exposto ao crédito à habitação.

Já a agência Fitch considera que a possível fusão entre o Caixabank e o Bankia pode desencadear mais operações de consolidação no setor bancário espanhol. Numa análise também divulgada esta segunda-feira divulgada, a Fitch diz que a fusão entre o CaixaBank e o Bankia poderá “desencadear uma nova onda de consolidação no setor bancário espanhol”, levando outros bancos a movimentações para ganharem escala e fortalecerem os seus negócios de modo a que consigam manter-se competitivos.

Segundo a agência de rating, se o negócio for avante levará a uma significativa mudança no panorama espanhol, com implicações para outros bancos, uma vez que a fusão criará um importante fosso entre a nova entidade bancária e os outros dois maiores competidores, o Santander e o BBVA, em termos de quota do mercado doméstico.

A operação também criará um fosso significativo entre os três maiores bancos de Espanha e os restantes. Ainda de acordo com a Fitch, a necessidade de consolidação bancária em Espanha (mas também em outros países europeus) não é nova, face à rentabilidade dos bancos sob pressão, às baixas taxas de juro, à reduzida procura de crédito, ao aumento dos custos regulatórios e à necessidade de os bancos investirem na digitalização.

A estes fatores somam-se agora dois novos, a crise desencadeada pela covid-19 e o facto de recentemente o Banco Central Europeu (BCE) ter sinalizado que poderá flexibilizar as condições das fusões, incluindo as relativas a rácios de capital.

Foi no passado dia 3 de setembro que o El Confidencial avançou que o CaixaBank (dono do BPI) e o Bankia, detido em mais de 61% pelo fundo de reestruturação do Estado espanhol (Frob), estavam a avaliar a possibilidade de fusão, o que permitiria criar um novo banco com um valor de ativos da ordem dos 650 mil milhões de euros, o maior banco a operar no mercado espanhol. A notícia foi posteriormente confirmada pelos dois bancos.

(Notícia atualizada às 14h20)

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Quando a saúde é cada vez mais uma prioridade

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  • 7 Setembro 2020

Face ao atual contexto vivido, a saúde tornou-se numa das principais preocupações dos portugueses. Escolher uma opção segura, em termos de prevenção, é a chave para uma vida mais tranquila.

O ano de 2020 está a marcar uma viragem na forma como as pessoas encaram as suas prioridades no quotidiano. E a saúde não é exceção! Aliás, este é um dos aspetos que se assume como cada vez mais essencial, em momentos de incerteza. Segundo um estudo realizado pelo Banco Digital N26, que englobou mais de 10 mil adultos na Europa e nos Estados Unidos, as “preocupações com a saúde própria (55%) e a dos entes queridos (47%)” estão no topo da lista após a fase do Covid-19.

No entanto, as dificuldades em termos de rapidez e de capacidade de resposta que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) enfrenta, fazem com que a população procure uma solução complementar de proteção para a sua saúde e para a dos seus familiares. Conscientes disso, as seguradoras procuram ajustar-se às solicitações do mercado, através da inclusão de produtos que respondam de forma eficaz às necessidades em termos de prevenção da saúde.

São estas algumas das motivações que estão na base da entrada da Prévoir na área dos seguros de saúde em Portugal. Em parceria com a Victoria Seguros, com ampla experiência neste setor, as soluções Prévoir Saúde apresentam quatro seguros de saúde que permitem que os clientes tenham acesso a cuidados de saúde privados a preços mais acessíveis e vantajosos.

"Com a criação destes quatro produtos Prévoir Saúde estamos a fechar o círculo das preocupações familiares e a permitir responder aos consumidores com uma oferta distinta e abrangente. As pessoas são o foco essencial das intervenções da Companhia.”

Luíz Ferraz

Mandatário Geral da Prévoir em Portugal

Luíz Ferraz, Mandatário Geral da PRÉVOIR em Portugal.D.R.

Como encontrar soluções de saúde que se enquadram com a maioria da população?

Para a Prévoir, “o aspeto-chave está na especificidade de cada oferta: uma oferta mais específica na gama Prévoir saúde XS – Dental, Consultas e Internamento – e uma mais completa no Prévoir Saúde Essencial, permitindo que cada pessoa possa escolher a opção mais adequada à sua realidade e à da sua família”, sustenta Paulo Silva, diretor comercial da empresa. Com esta liberdade de opção, o objetivo é que o segurado, no momento de decisão, possa realizar uma escolha mais acertada, pois entenderá – como ninguém – as suas necessidades e de que modo as garantias apresentadas serão uma mais-valia.

Os aspetos que podem diferenciar as soluções de saúde

O acompanhamento dinâmico do mercado permite que os produtos que vão sendo introduzidos sejam, cada vez mais, aprimorados. Um dos exemplos desta proteção segmentada é o Prévoir Saúde XS, que se afirma como uma opção acessível e abrangente. Com três soluções que podem ser subscritas de forma independente ou conjunta – Prévoir Saúde XS Dental, Prévoir Saúde XS Consultas e Prévoir Saúde XS Internamento – a liberdade de escolha para optar pelos cuidados médicos mais adequados é uma constatação. Os clientes podem fazer uma gestão do acesso a cuidados de saúde em função das suas necessidades, utilizando, quer o SNS, quer o sistema de saúde privado, neste caso, com preços mais vantajosos.

No caso do Prévoir Saúde XS Dental é possível aceder, de forma económica, a uma valência (estomatologia) que apresenta maiores limitações nas respostas por parte do SNS. Este produto garante ao cliente diversos procedimentos sem custo, sendo que, nos restantes, beneficia do preço convencionado, ou seja, com um desconto face ao preço de tabela particular normalmente praticado.

O Prévoir Saúde XS Consultas e o Prévoir Saúde XS Internamento, bem como o Prévoir Saúde Essencial permitem aos clientes terem acesso a uma vasta rede de médicos especialistas, clínicas e centros de diagnóstico selecionados pela Future Healthcare. Podem, ainda, aceder a uma rede de prestadores que, não sendo de serviços médicos, complementam esta esfera tão importante que é a saúde. A rede de Saúde e Bem-Estar concede o acesso (com preços mais vantajosos) a serviços como podologia, acupuntura, homeopatia, osteopatia ginásios, SPA, etc.

"Estamos cientes da importância de uma boa rede de cuidados médicos, em ambulatório ou em internamento hospitalar, da facilidade de contacto com especialistas 24/7 e da flexibilidade de usufruir desta proteção no nosso país ou em viagem – o que nos levou ao Prévoir Saúde Essencial, uma das 4 soluções que temos ao dispor.”

Paulo Silva

Director de Desenvolvimento Comercial da Prévoir

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Portugal poderá ter 20 mil infeções diárias em dezembro, prevê estudo

  • ECO
  • 7 Setembro 2020

O estudo de uma instituição norte-americana analisa três cenários para a pandemia em Portugal. O número total de óbitos estimado varia entre os 4 mil e os 11 mil, até janeiro.

Em dezembro, poderemos ter quase 20 mil novos casos de Covid-19 por dia, prevê um estudo do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde da Universidade de Washington, nos EUA. As projeções, noticiadas pelo Correio da Manhã (acesso livre) e pelo Observador (acesso pago), apontam também para um número acumulado de óbitos devido ao vírus entre os 4 mil e 11 mil em janeiro.

As estimativas variam consoante o cenário analisado, sendo que foram desenhados três. O cenário da “projeção atual”, que prevê que tudo continua na mesma mas que existe também um confinamento de seis semanas em dezembro, altura em que os novos casos diários serão de quase 20 mil. O número de mortes expectável para o país no fim do ano é de 8.113, conta os 1.840 atuais.

Já outro cenário mais otimista pressupõe que a generalidade da população passe a usar máscara nos próximos dias e que, depois de um alívio das restrições, se avance para um novo confinamento de seis semanas, se o número de mortes diárias chegar a oito por cada milhão de habitantes. É neste cenário que se prevê um total de 4.016 mortes por Covid até 1 de janeiro. Finalmente, na projeção mais pessimista, onde as restrições são aliviadas, o número de óbitos estimado sobe para 11.253 e os casos para 80 mil em janeiro.

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A importância da resiliência em tempos de crise

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  • 7 Setembro 2020

Patrícia Vicente, Manager EY, People Advisory Services, partilha os segredos das pessoas resilientes e de que forma as empresas podem promover um ambiente propício ao desenvolvimento desta capacidade.

Re.si.li.ên.ci.a. Do latim resilientĭa, particípio presente neutro plural de resilīre, «saltar para trás; recusar vivamente». Em psicologia significa a capacidade de reagir a trauma ou dificuldade, sem perda do equilíbrio emocional.

Iniciámos 2020 com grande otimismo para um novo ano, uma nova década e uma nova oportunidade de crescer, com a esperança de que, com uma mudança de ciclo, se avizinhassem bons tempos. Rapidamente o mundo percebeu que este era um ano atípico, de desafios e instabilidade, com um período de incerteza e de inconsistência que nos invadiu com a chegada de um novo vírus. Com o coronavírus, as pessoas e as organizações viram a sua capacidade de resiliência colocada à prova.

A resiliência é a capacidade que cada pessoa tem para lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas – como o stresse ou uma situação traumática. Ou seja, é evidenciada em situações ou contextos críticos ou de crise.

Já nos anos anteriores, sem ainda imaginarmos o que nos iria invadir no ano seguinte, a resiliência era uma competência crítica para as organizações, pois estas reconheciam a sua importância na gestão dos desafios diários do negócio e das operações. Quando as organizações perceberam que inesperadamente precisavam de rever metodologias de trabalho, criar novas estratégias de negócio assentes em trabalho remoto, manter a produtividade e garantir a capacidade de resposta rápida, a resiliência, a energia e o foco tiveram de sobressair para dar resposta a estas necessidades.

"A resiliência segue de mãos dadas com a visão positiva e a esperança, mesmo em alturas em que tudo possa parecer mais difícil.”

Patrícia Vicente

Manager EY, People Advisory Services

Não só a resiliência das empresas e das suas lideranças, mas também das pessoas que delas fazem parte. Não nos podemos esquecer que estas mudanças e adaptações vão continuar a existir nas empresas, em resposta às necessidades e ao contexto que assistimos, mas também para o necessário processo de recuperação económica, para fazer crescer as organizações e promover a capacidade de negócio e de entrega. Neste sentido, cabe às empresas acompanhar, desenvolver e estimular atitudes resilientes nas suas pessoas e cabe também a estas procurar adotar técnicas e ganhar robustez para gerir as adversidades.

Lucy Hone, especialista em resiliência, partilhou no TEDx 2019 em Christchurch, na Nova Zelândia, três segredos das pessoas resilientes:

  • Entendem os problemas e situações como parte da experiência do seu percurso;
  • Decidem onde colocar a atenção – entre o que é positivo e o que é negativo – foco no que se pode mudar e aceitar o que não está ao seu alcance;
  • Compreender se o que estão a fazer a ajuda ou prejudica – essencial na tomada de decisão e na mudança de atitude.

É exatamente de uma mudança de atitude que se trata. Um trabalho contínuo de foco e energia, naquilo que podemos trabalhar e em como devemos ver de forma positiva as situações que surgem, mesmo que inicialmente estas não revelem perspetivas minimamente otimistas.

Naturalmente, cabe às empresas promover um ambiente propício e que estimule este tipo de atitude, assente na criatividade, na colaboração e na inovação, e que simultaneamente conceda segurança a uma postura mais resiliente das suas pessoas, mesmo naquelas nas quais a resiliência é uma competência a desenvolver.

"As pessoas compreenderam que a vida pessoal e profissional não têm de estar necessariamente distantes, só têm de aprender a organizá-las, para garantir que estamos presentes em ambas com equilíbrio e entrega, mesmo em situações inesperadas.”

Patrícia Vicente

Manager EY, People Advisory Services

A resiliência segue de mãos dadas com a visão positiva e a esperança, mesmo em alturas em que tudo possa parecer mais difícil. Em momentos de crise, cabe aos líderes assumir o papel de coach e trabalhar a nível individual e com as suas equipas, nomeadamente com aqueles que possam estar mais “perdidos” e a ter maiores dificuldades em seguir o caminho de um futuro expectante. Nestas alturas, mais do que nunca, as empresas precisam das suas equipas para prosperar – e os líderes têm um papel fundamental a desempenhar.

Vivemos numa sociedade de constante imprevisibilidade. Em 2020 o mundo percebeu que nada é garantido. As empresas aprenderam que o planeamento e a mudança fazem parte do dia-a-dia e que é melhor adotá-los do que lutar contra eles. As pessoas compreenderam que a vida pessoal e profissional não têm de estar necessariamente distantes, só têm de aprender a organizá-las, para garantir que estamos presentes em ambas com equilíbrio e entrega, mesmo em situações inesperadas.

De forma resiliente, o caminho é seguramente mais fácil.

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Novo Banco já enviou ao Parlamento versão da auditoria pronta a publicar

Está por horas a divulgação do relatório da auditoria da Deloitte que apontou para perdas de 4.000 milhões de euros no Novo Banco, a maioria das quais com origem no legado tóxico do BES.

Estará por horas a tão aguardada divulgação do relatório da auditoria da Deloitte ao Novo Banco. A instituição liderada por António Ramalho já fez chegar à Assembleia da República uma versão “publicável” da auditoria, isto é, uma versão do relatório já expurgada de informação sensível e que não fere o dever de sigilo bancário.

Ao que o ECO apurou, o banco enviou uma versão não confidencial do documento já ao final da tarde da passada sexta-feira, depois de os vários partidos terem defendido a divulgação do relatório que revelou perdas de mais de 4.000 milhões de euros no período entre 2014 e 2018, na sua grande maioria com origem no legado tóxico do BES.

Para esta terça-feira está agendada uma reunião da Comissão de Orçamento e Finanças que deverá abordar o tema. Ao meio-dia, a mesa e os coordenadores da comissão encontram-se para definir a programação dos trabalhos. Depois do almoço serão votadas diversas propostas dos partidos para audição de vários intervenientes e para a disponibilização pública do relatório da auditoria.

Assim que for decidido pelos deputados, o próprio Parlamento deverá tornar público no seu site a versão “não confidencial” do documento.

O relatório da Deloitte chegou ao Parlamento há uma semana, mas numa versão sigilosa, contendo informação sujeita ao dever de segredo bancário a que os deputados também estão sujeitos.

Os trabalhos dos auditores incidiram sobre o período entre 2000 e 2018, e abragendo uma amostra de 283 operações, nomeadamente operações de crédito (201 operações); subsidiárias e outras empresas associadas (26 operações); e operações com outros ativos como títulos e imóveis (56 operações).

Das perdas de 4.000 milhões de euros registadas entre 2014 e 2018, 95% tiveram origem no tempo em que Ricardo Salgado liderou o BES. Por sua vez, as perdas de 4.000 milhões representam 70% das perdas totais do banco naquele período, o que mostra “a grande abrangência da auditoria”, de acordo com o banco.

O relatório da Deloitte descreve ainda “um conjunto de insuficiências e deficiências graves de controlo interno no período de atividade até 2014 do BES no processo de concessão e acompanhamento do crédito, bem como relativamente ao investimento noutros ativos financeiros e imobiliários”, segundo informou o Governo há uma semana.

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Bankinter é o primeiro banco a voltar a ter spread para a casa abaixo de 1%

Banco reduziu a margem mínima que exige para financiar a compra de casa para 0,95%, quebrando a barreira psicológica dos 1%. Mantém-se com o spread mínimo mais baixo do mercado.

Mais um episódio na guerra de spreads do crédito da casa, com o Bankinter a ser o protagonista. O banco acaba de rever em baixa o que se dispõe a cobrar para financiar a compra de casa, colocando o seu spread mínimo nos 0,95%. Trata-se do primeiro banco em mais de uma década a colocar o spread mínimo abaixo da barreira psicológica dos 1%.

Foi esta segunda-feira que a instituição financeira espanhola anunciou a alteração da sua tabela de spreads no crédito à habitação. Baixou a sua margem mínima que se mantinha há dois anos nos 1% para os 0,95%, valor que passa a esta disponível a partir já desta segunda-feira.

De acordo com Vítor Pereira, Diretor de Produtos, CRM e Marketing e membro da Comissão Executiva do Bankinter Portugal, “ao baixar o spread do Crédito Habitação para 0,95%, o valor mais competitivo do mercado, reafirmamos o nosso compromisso com os clientes em Portugal, que sabem que podem contar com o Bankinter para os apoiar na realização dos seus projetos neste momento tão importante. Esta é também uma mensagem de confiança na economia portuguesa”.

Anúncio da descida do spread mínimo surge apesar de em fevereiro deste ano, Alberto ramos, diretor-geral do Bankinter Portugal ter descartado a possibilidade de a instituição que lidera vir a rever em baixa os seus spreads no crédito à habitação de taxa variável, dizendo que o objetivo passava aliás por encaminhar clientes para os produtos de taxa fixa.

Para poderem beneficiar da margem mínima exigida agora pela instituição financeira, entre os critérios exigidos, incluem-se a subscrição e manutenção de seguro de vida e multiriscos e a domiciliação de ordenado.

(Notícia atualizada às 11h25)

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