Redução do IVA da eletricidade de acordo com consumo “vem tarde e ficou aquém”, diz Bloco

  • Lusa
  • 3 Setembro 2020

O Bloco de Esquerda considera que a descida do IVA da eletricidade de acordo com o consumo “vem tarde e fica aquém do que poderia ter sido feito”, criticando o Governo por ter ficado “a meio caminho”.

O Bloco de Esquerda (BE) considerou esta quinta-feira que a descida do IVA da eletricidade de acordo com o consumo “vem tarde e fica aquém do que poderia ter sido feito”, criticando o Governo por ter ficado “a meio caminho”.

O Conselho de Ministros aprovou hoje a aplicação de taxas de IVA da eletricidade “diferenciadas em função dos escalões de consumo”, estimando o Governo que a redução do imposto nos consumos até aos primeiros 100 kWh (kilowatts/hora) vá fazer os agregados até quatro elementos poupar 18 euros anuais e famílias numerosas em média 27 euros.

Podia-se ter ido mais longe e sobretudo podia-se ter ido mais longe mais cedo porque fica à vista que o argumento usado pelo Governo para não usar a taxa de IVA já no orçamento anterior e ter pedido uma autorização a Bruxelas foi apenas uma forma de adiar, sem necessidade e sem que a isso fosse obrigado, uma decisão sobre esta matéria”, condenou o deputado do BE Jorge Costa, em declarações à agência Lusa.

Na perspetiva do bloquista, esta medida “vem tarde e ficou aquém daquilo que poderia ter sido feito”.

“Mesmo no quadro de uma proposta como aquela que o Bloco apresentou – e que já era uma proposta de aproximação e de procura de um consenso – esta proposta fica a meio caminho e isso não é uma boa notícia”, criticou.

Jorge Costa apontou que o Governo socialista “poderia e tinha condições de maioria e de apoio para ir mais longe na redução da taxa do IVA”. “Aquela que agora apresentou tem um impacto reduzido no orçamento das famílias, nos custos energéticos das famílias”, lamentou.

Dando o exemplo de uma família com até quatro pessoas, com um consumo médio, o deputado do BE explicou que esta “vai continuar a pagar à taxa máxima uma boa parte do seu consumo de eletricidade”.

“Nem sequer naquilo que poderia ser considerado um consumo essencial ou um consumo mínimo é aplicada a taxa dos bens essenciais, que é de 6% e não de 13% que o Governo agora aprovou”, enumerou.

Por tudo isto, segundo Jorge Costa, não é de admirar que “o impacto orçamental desta medida seja cerca de metade daquilo que Bloco tinha proposto que fosse garantido no Orçamento do Estado para 2020 e que o PS chumbou”.

“E também não espanta que, feitas as contas, esta medida vá representar qualquer coisa como um euro e meio por mês na conta da luz das pessoas”, considerou.

Questionado sobre se a questão do IVA da eletricidade vai voltar às negociações orçamentais entre bloquistas e socialistas – tal como aconteceu nos últimos anos – o deputado e dirigente do BE começou por referir que “O Governo está a cumprir agora um compromisso seu do orçamento anterior”.

“Para que haja negociações consistentes, credíveis, é necessário que compromissos assumidos sejam cumpridos e essa era uma condição importante. A partir daqui nós temos prioridades para a negociação do OE2021 que correspondem à situação que o país atravessa agora e que é bem diferente do que tínhamos o ano passado em função do impacto da crise pandémica e as nossas prioridades são conhecidas, temo-las apresentado publicamente”, disse.

O emprego, os apoios sociais que mantenham as pessoas acima do limiar da pobreza e a defesa dos serviços públicos e da saúde são as “grandes questões” em torno das quais o partido liderado por Catarina Martins irá fazer o “diálogo com o Governo no contexto do OE2021”.

A medida “entra em vigor a 1 de dezembro de 2020”, disse o ministro de Estado e das Finanças, João Leão, mas “por questões de operacionalização, a parte relativa à majoração para 50% destinada às famílias numerosas entra em vigor a 01 de março de 2021”.

O ministro esclareceu ainda que as famílias numerosas são contabilizadas como tendo pelo menos cinco elementos, e que a medida abrange tanto o mercado regulado como o liberalizado.

Numa recente entrevista ao Expresso, o primeiro-ministro, António Costa já tinha garantido que o Governo iria “usar ainda este ano a autorização legislativa” que foi concedida “para a redução do IVA” da eletricidade. Esta medida “entrará em vigor ainda este ano”, uma vez que a descida do IVA da eletricidade é “transversal a todas as famílias”.

Em 12 de junho, o Comité do IVA da Comissão Europeia não manifestou oposição à mudança solicitada pelo Governo português para adequar esta taxa na fatura da luz ao escalão do consumo, podendo avançar com a medida, informaram fontes comunitárias.

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Juízes obrigados a dispensar arguido de cumpir pena, caso haja confissão

O pacote anti-corrupção a vigorar até 2024 foi aprovado esta quinta-feira em Conselho de Ministros. Ministra explica que que a delação premiada não vai ser permitida em Portugal.

A ministra da Justiça recusa que a delação premiada vá passar a ser permitida em Portugal. E esclarece que apenas vai ser feito um aprofundamento da lei, tal como já existe. Em causa a possibilidade do arguido que tenha praticado determinado crime, ao confessar integralmente esse mesmo crime, possa ser dispensado de cumprir uma pena. Mas, caso isso aconteça, o juiz é obrigado a aplicar a dispensa ou suspensão de pena.

“Os acordos com o arguido terão de ser estabelecidos em fase de julgamento e só valem para acordos em que o arguido se limite a confessar o crime”, disse a ministra. “Já hoje a confissão integral tem consequências e pode beneficiar uma redução de pena”, assegurou a ministra depois da aprovação em Conselho de Ministros da “Estratégia Nacional de Combate à Corrupção 2020-2024”, que agora será objeto de discussão pública.

Numa conferência de imprensa onde apenas foi permitida a presença de seis órgãos de comunicação social (Lusa, RTP, SIC, Público, Renascença e Correio da Manhã) escolhidos pelo Ministério da Justiça, Van Dunem explicou que esta mudança apenas aprofunda uma norma já existente nas leis penais.

“Retiramos a condição de que a denúncia seja feita no período de 30 dias e a incerteza sobre a aplicação da dispensa da pena”. Já que o juiz, verificados estes pressupostos — confissão integral da pena — passa a ser obrigado a aplicar a suspensão ou redução da pena. “Não há um desvio face ao regime geral mas sim, apenas aprofundar”. Mas é assertiva e garante que “não é de delação premiada que estamos aqui a falar. E não se dispensa a procura de prova”.

Formação para travar a corrupção

“Ao nível da corrupção no setor público, importa ao Ministério da Justiça tomar medidas que não sejam só repressivas. Mas sim no domínio da formação. E alterar práticas institucionais”, disse Van Dunem.

“Esta estratégia, que resultou da reflexão do grupo de trabalho constituído para o efeito, identifica as prioridades para reduzir o fenómeno da corrupção em Portugal, entre as quais: melhorar o conhecimento, a formação e as práticas institucionais em matéria de transparência e integridade, prevenir e detetar os riscos de corrupção no setor público, reforçar a articulação entre instituições públicas e privadas e produzir e divulgar periodicamente informação fiável sobre o fenómeno da corrupção”, refere o comunicado do Governo.

O Governo, diz a ministra da Justiça, considera “indispensável fortalecer e valorizar os mecanismos de prevenção e deteção de crimes de corrupção e crimes conexos”.

Megaprocessos são para acabar

Outras das medidas apresentadas passa pela separação dos megaprocessos em vários processos. É urgente alterar o método de “montar” os processos por forma a evitar os “casos gigantes”, já que isso impede a eficácia e a compreensão dos cidadãos sobre a aplicação da justiça, disse fonte oficial do Ministério da Justiça à Lusa.

“Em muitas situações, a quebra do processo acabava por impedir o conhecimento integral da verdade”, disse a ministra, explicando porque existia esta regra. “Uma norma que permite fazer cessar a conexão, sempre que haja risco de passar o prazo, ou sempre que o assistente ou lesado requeira essa separação” é, por isso, essencial.

Esta estratégia propõe, assim, alguns ajustamentos à lei de processo penal, “com o objetivo de facilitar a separação de processos durante a fase de investigação”, explica o Ministério da Justiça, num esclarecimento enviado ao ECO.

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Venda de conservas de peixe sobe 20% no 1.º semestre

  • Lusa
  • 3 Setembro 2020

Apesar da queda abrupta registada em abril e maio, as vendas de conservas de peixe para a grande distribuição subiram cerca de 20% nos primeiros seis meses deste ano.

As vendas de conservas de peixe para a grande distribuição subiram cerca de 20% no primeiro semestre, apesar da queda abrupta registada em abril e maio, avançou à Lusa a Associação Nacional dos Industriais de Conservas de Peixe (ANICP).

O consumo é superior à média dos últimos anos. A última informação que tivemos revelava um crescimento de cerca de 20% no primeiro semestre”, afirmou o presidente da ANICP, em declarações à Lusa.

Conforme explicou José Maria Freitas, a venda de conservas triplicou em março, caiu “drasticamente” em abril e maio, tendo recuperado em junho.

Assim, os normais receios quanto ao comportamento da procura no verão acabaram por não se verificar, “apesar da alteração dos hábitos de consumo, com as pessoas em casa” devido à pandemia de covid-19.

“A realidade demonstrou que as conservas continuam a ter um consumo elevado”, notou, acrescentando que o atum mantém-se no pódio das preferências, seguindo-se a sardinha e a cavala e, no final da lista, especialidades como polvo e lulas.

Já quanto aos próximos meses, apesar do receio associado à pandemia, a associação dos industriais de conservas de peixe antevê que a tendência de crescimento pode manter-se.

“A nossa expectativa é de algum receio […], mas presumo que já passou tempo para demonstrar que esta tendência se pode manter. Até ao final do ano, tudo indica que pode ser assim, pelo menos, enquanto não houver vacina [contra a covid-19]”, vincou.

Em junho, a ANICP lançou uma campanha de promoção das conservas portuguesas e um selo de identificação destes produtos, apelando para a valorização da tradição.

Segundo José Maria Freitas, estas iniciativas têm registado uma “grande adesão”, que impulsionou as vendas. “Tínhamos proposto um incremento nas [vendas] das conservas de 5%, que está mais do que atingido”, havendo ainda espaço para alargar esta meta, uma vez que a campanha ainda vai a meio, concluiu.

Com o mote “Vamos conservar o que é nosso”, a iniciativa, exibida na televisão, redes sociais, decorre em duas fases, a primeira, que já terminou, entre junho e julho e a segunda em setembro.

Esta campanha de valorização contempla ainda o lançamento de um selo identificativo das conservas portuguesas, que pretende estimular o consumo das mesmas. Para a realização desta iniciativa, a associação contou com o apoio do programa operacional Mar 2020.

A Covid-19 é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China. Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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Elon Musk obrigado a reativar seguros D&O na Tesla

  • ECO Seguros
  • 3 Setembro 2020

Depois de ter cortado nos seguros de responsabilidade civil do top management da Tesla por achar caros, o CEO foi forçado por acionistas a voltar atrás.

A Glass Lewis, uma proxy firm, ou seja uma firma legal que aconselha e representa por procuração acionistas de grandes empresas em assembleia gerais, mudou a sua posição tomada em junho último em relação à não reeleição de Robyn Denholm como Chairwoman da Tesla.

Em causa estavam as apólices de seguro de responsabilidade civil (D&O) dos top managers da Tesla, que o CEO Elon Musk tinha recusado renovar devido aos preços que o mercado segurador tinha apresentado. Assim, a Tesla encontrou uma forma relacionada com períodos de carência para proteger os diretores que a Glass Lewis considerou “pouco ortodoxa e potenciadora de conflitos” e a proxy recusou reeleger a presidente da companhia, posição que agora modificou. Neste movimento de oposição também esteve a Institutional Shareholder Services, outra proxy firm.

A alteração agora ocorrida, a tempo da próxima assembleia geral da Tesla em 22 de setembro, deveu-se ao compromisso da administração em começar a procurar soluções mais tradicionais de seguro de responsabilidade civil para os diretores.

Segundo a Reuters, o que está realmente em causa é, caso a revisão inicial de Musk fosse em diante, os diretores ficarem muito dependentes em relação a Elon Musk, uma situação desaconselhada já que estes responsáveis da Tesla, e a própria chairwoman, foram lá colocados pelos acionistas em 2018 para, diz a Reuters, “controlar de forma robusta as atividades e desvarios” de Elon Musk.

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Marcelo promulga diploma que elimina fator de sustentabilidade nas pensões dos regimes especiais

  • Lusa
  • 3 Setembro 2020

Marcelo Rebelo de Sousa publicou o diploma que atualiza a idade de acesso às pensões e elimina o fator de sustentabilidade para os trabalhadores dos regimes especiais.

O Presidente da República promulgou esta quinta-feira o diploma que atualiza a idade de acesso às pensões e elimina o fator de sustentabilidade para os trabalhadores dos regimes especiais que têm uma idade de reforma inferior à do regime geral.

A informação consta de uma nota publicada no site da Presidência que assinala que “tendo em consideração que uma solução mais ampla teria consequências financeiras complexas e abriria o debate sobre um ponto relevante do sistema vigente”, o Presidente da República promulgou esta quinta-feira “o diploma do Governo que atualiza a idade de acesso às pensões e elimina o fator de sustentabilidade nos regimes de antecipação da idade de pensão de velhice do regime geral de segurança social”.

Este diploma foi aprovado no Conselho de Ministros da semana passada tendo, na ocasião, a ministra de Estado e da Presidência precisado à Lusa que o diploma “produz efeitos a 1 de janeiro de 2020”.

Posteriormente, em resposta à Lusa fonte oficial do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social referiu que, na sequência deste diploma, os pedidos de acesso à reforma entrados em 2020 e, entretanto, deferidos vão ser corrigidos de forma a contemplar a eliminação do fator de sustentabilidade.

A mesma fonte precisou ainda que esta correção será feita de forma automática pelas entidades que processam o pagamento das pensões, nomeadamente o Centro Nacional de Pensões (CNP).

São várias as profissões consideradas de desgaste rápido que têm um regime especial de acesso à pensão que permite aos respetivos trabalhadores reformarem-se antecipadamente sem que lhes seja aplicada a penalização de 0,5% por cada mês de antecipação face à idade legal da reforma – que este ano está balizada nos 66 anos e cinco meses de idade.

Apesar de não sofrerem esta penalização mensal, estes trabalhadores eram abrangidos pelo corte do fator de sustentabilidade, que este ano está fixado em 15,2% – sendo este corte que agora é eliminado.

O diploma que elimina o fator de sustentabilidade abrange os regimes especiais dos trabalhadores do interior das minas, das lavarias de minério e dos trabalhadores da extração ou transformação primária da pedra, incluindo a serragem e corte da pedra em bruto; dos profissionais de bailado clássico ou contemporâneo; controladores de tráfego aéreo; dos pilotos e copilotos de aviões de transporte público comercial de passageiros; dos trabalhadores da Empresa Nacional de Urânio; dos trabalhadores portuários integrados no efetivo portuário nacional ou ainda das bordadeiras de casa na Madeira.

Incluídos estão ainda os trabalhadores abrangidos por acordos internacionais na Região Autónoma dos Açores, como o previsto na Lei n.º 32/96, de 16 de agosto, os pescadores e os trabalhadores marítimos da marinha de comércio de longo curso de cabotagem e costeira e das pescas.

A eliminação do corte no valor da pensão por via do fator de sustentabilidade a estes trabalhadores estava prevista no Orçamento do Estado 2019, mas a pandemia e o conjunto de medidas excecionais que, entretanto, tiveram de ser tomadas acabaram por atrasar a aprovação do diploma que formaliza a eliminação daquele fator.

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Grandes devedores geram perdas de 5,5 mil milhões ao Novo Banco

De 36 no final de 2018, o Novo Banco passou a contar com 35 grandes devedores em situação de incumprimento no final do ano passado.

O Novo Banco terminou 2019 com 35 grandes devedores em situação de incumprimento, menos do que registava no final do ano anterior, de acordo com a informação agregada e anonimizada relativa a grandes posições financeiras do banco liderado por António Ramalho. Todos estes grandes devedores geraram uma perda de mais de 5,5 mil milhões de euros à instituição que resultou da resolução do Banco Espírito Santo (BES).

Todos os anos, em resultado da injeção de fundos públicos no Novo Banco através do Fundo de Resolução, o Banco de Portugal tem de revelar as grandes posições financeiras em situação de incumprimento. Se no final de 2018 eram 36 os grandes grupos económicos cujas dívidas ao Novo Banco eram superiores a 43,3 milhões de euros e estavam em incumprimento, na atualização agora feita o total desce.

De acordo com os dados apresentados pelo Banco de Portugal, havia, no final de 2019, a tabela com os grandes grupos económicos em falta perante o banco liderado por António Ramalho aponta para um total de 35.

Assim, de um ano para o outro, o Novo Banco viu a lista de grandes grupos em situação de incumprimento junto da instituição reduzir-se em apenas um. Contudo, o valor das perdas deu um salto: passou de 4,150 para 5.575 milhões de euros.

Fonte: Banco de Portugal

Há devedores que surgem com centenas de milhões de euros em falta perante o Novo Banco, mas também há muitos devedores, todos eles identificados por números, cujas perdas provocadas ao banco mais do que duplicaram neste período de 12 meses. O saldo negativo para o Novo Banco agravou-se em mais de 1.400 milhões de euros, sendo que o grande devedor continua a ser o mesmo.

O cliente “130”, que gerou uma perda de 2,9 mil milhões de euros ao Novo Banco, é o maior devedor. A identidade deste grande devedor, ao contrário dos restantes, é conhecida: é o BES Angola.

(Notícia corrigida às 20h41 com a contabilização de grandes devedores a descer para 35)

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Seguradora suíça Atupri passa a aceitar Bitcoin e Ether

  • ECO Seguros
  • 3 Setembro 2020

A Atupri, uma das 15 maiores seguradoras suíças de saúde, vai passar a aceitar pagamento de prémios em criptomoedas. Considera-se pioneira na digitalização e quer clientes já com custos de mineração.

A seguradora de saúde Atupri, com sede em Berna, Suíça, passou este mês a aceitar pagamento de prémios em duas criptomoedas: Bitcoin (BTC) ou Ethereum (ETH). A companhia está no top 15 do país, com cerca de 200 mil clientes, um quinto da líder no ramo que é a Chrétienne sociale suisse (CSS) Assurance. Faturou 800 milhões de euros em prémios em 2019.

A busca da diferenciação levou a Atupri a aceitar criptomoedas, seguindo outras companhias suíças num país considerado muito amigável a esta inovação financeira. A ideia, segundo afirma Caroline Meli, diretora de marketing da companhia, citada em comunicado, aponta vários motivos para enveredarem por este caminho: querem atingir clientes que já tenham custos associados à mineração de criptomoedas e consideram-se pioneiros na digitalização do ramo saúde, por isso antecipam tendências e oferecem soluções seguradoras com perspetiva de longo prazo.

No entanto a Atupri não vai criar uma caixa própria. O modelo é os clientes pagarem à operadora financeira Bitcoin Suisse em criptomoedas e essa operadora entrega à Atupri já em francos suíços. A moda alastra no país, a comuna de Zug, perto de Zurique, já é conhecido pela Cripto Valley, onde transportes públicos e algumas instituições aceitam pagamento em bitcoins. A comuna de Zermatt, famosa pela estância de ski, já aceita impostos pagos em criptomoedas.

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Marcelo dá luz verde a aumento de vagas no Ensino Superior

  • Lusa
  • 3 Setembro 2020

O Presidente da República deu luz verde ao diploma que aumenta as vagas no Ensino Superior. Marcelo concorda que as razões excecionais impostas pela pandemia determinam o aumento de vagas.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou o diploma do Governo que altera as medidas excecionais e temporárias relativas à pandemia da doença Covid-19, aumentando o número de vagas no Ensino Superior, anunciou, esta quinta-feira, o Palácio de Belém.

Numa nota colocada no portal da Presidência da República na Internet informa-se que Marcelo promulgou este diploma do Governo, “atendendo a que razões excecionais determinam o aumento de vagas nas instituições de Ensino Superior – suscitando questões subsequentes na delimitação de intervenção do Estado e dessas Instituições – e também que as mesmas circunstâncias excecionais, só por elas, explicam um adiamento da aplicação de um ponto essencial, em termos ambientais, de compromisso do Governo, com relevância nacional“.

O decreto-lei, aprovado em Conselho de Ministros no passado dia 27 de agosto, vai permitir às universidades e institutos politécnicos atribuírem vagas destinadas aos alunos internacionais a outros candidatos através do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior.

A medida foi justificada pela ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Mariana Vieira da Silva, com o elevado número de candidatos no concurso nacional e, por outro lado, pela expectável diminuição de estudantes internacionais.

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Cadilhe, Bessa e Moedas no novo Conselho Consultivo do PSD

  • Lusa
  • 3 Setembro 2020

PSD tem um novo conselho consultivo, constituído por 29 elementos. Além de Daniel Bessa e de Miguel Cadilhe, integram este órgão mais seis antigos ministros.

O PSD anunciou a constituição de um novo conselho consultivo do partido constituído por 29 elementos, em que figuram vários antigos ministros, entre eles Daniel Bessa e Miguel Cadilhe, e o ex-comissário europeu Carlos Moedas.

Este elenco consultivo vai funcionar em articulação com o Conselho Estratégico Nacional (CEN) do PSD e será presidido por David Justino, “vice” da direção do partido liderado por Rui Rio.

“O Conselho Consultivo tem como principal função debater as prioridades políticas para o país, nas respetivas áreas de intervenção, colaborando, assim, para o trabalho a realizar pelo CEN de preparação de um programa político alternativo para o Portugal, com o envolvimento e participação da sociedade civil”, lê-se numa nota divulgada pelo PSD.

Entre os 29 nomes deste organismo, destaque para as presenças de Daniel Bessa, que foi ministro da Economia de um Governo socialista liderado por António Guterres, e de Miguel Cadilhe, ministro das Finanças dos primeiros dois dos três executivos chefiados por Cavaco Silva (1985/1990).

Além de Daniel Bessa e de Miguel Cadilhe, integram este órgão mais seis antigos ministros: Carlos Borrego, Mira Amaral, Luís Filipe Pereira, Miguel Poiares Maduro, Pedro Lince e Pedro Roseta.

Ainda no que respeita a antigos membros de governos, neste órgão de consulta dos sociais-democratas estão cinco secretários de Estado de diferentes executivos sociais-democratas: Carlos Moedas, ex-comissário europeu; José Nunes Liberato, que foi chefe da Casa Civil do anterior Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva; Luís Pais de Sousa, Luís Todo Bom e Maria do Céu Ramos.

O PSD também convidou para este organismo de consulta o antigo deputado socialista (1995/1999) e ex-candidato presidencial Henrique Neto.

No Conselho Consultivo do CEN do PSD figuram ainda, entre outros elementos, o antigo líder parlamentar social-democrata Pacheco Pereira, o médico Manuel Antunes e o presidente do Instituto Sá Carneiro, Luís Alves Monteiro.

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Iniciativa Liberal pede audição de “três entidades fulcrais” da estrutura de acompanhamento do Novo Banco

  • Lusa
  • 3 Setembro 2020

A Iniciativa Liberal quer ouvir a Comissão de Acompanhamento, o Agente de Verificação e o Departamento de Resolução do BdP para apurar as causas das perdas identificadas na auditoria ao No Banco.

A Iniciativa Liberal solicitou esta quinta-feira a audição parlamentar urgente de “três entidades fulcrais” da estrutura de acompanhamento do Novo Banco para apurar as causas das perdas identificadas na auditoria.

No requerimento do deputado único da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, a que a agência Lusa teve acesso, o partido refere que esta semana o parlamento recebeu o relatório da auditoria especial ao Novo Banco, realizada pela Deloitte, que “revela perdas superiores a quatro mil milhões de euros apenas nas 283 operações selecionadas para amostra”.

Para apurar a origem e as causas destas perdas, é fundamental conhecer e entender o trabalho da Estrutura de Acompanhamento criada para a monitorização da aplicação do Acordo de Capital Contingente”, defendeu.

Assim, e já estando agendadas as audições do Conselho de Administração do Novo Banco e do Fundo de Resolução sobre este tema, para os liberais “importa ouvir as demais entidades desta estrutura, de modo a termos uma visão completa do mecanismo”.

“Três entidades fulcrais nesta estrutura de acompanhamento que também importa ouvir são a Comissão de Acompanhamento, o Agente de Verificação e o Departamento de Resolução do Banco de Portugal”, explica.

De acordo com a Iniciativa Liberal, a Comissão de Acompanhamento é “um órgão estatutário do Novo Banco, de carácter consultivo, responsável pela emissão de pareceres sobre as operações relativas a ativos abrangidos pelo Acordo de Capital Contingente (CCA)”.

Já o Agente de Verificação “confirma a correção do perímetro do CCA e que os valores dos ativos no balanço do Novo Banco estão corretamente vertidos no mecanismo”, estando a função atribuída à consultora Oliver Wyman.

“Finalmente, o Departamento de Resolução do Banco de Portugal analisa as operações com ativos abrangidos pelo CCA e elabora propostas de decisão para a Comissão Diretiva do Fundo de Resolução, além de acompanhar o CCA”, justifica.

Por isso, os liberais pretendem que a Comissão de Orçamento e Finanças realiza a audição urgente do presidente da Comissão de Acompanhamento do Novo Banco, José Rodrigues de Jesus, do Sócio da Oliver Wyman baseado em Lisboa, Rodrigo Pinto Ribeiro, e do Diretor do Departamento de Resolução do Banco de Portugal, João Filipe Freitas.

Na terça-feira, de madrugada, o Ministério das Finanças anunciou, em comunicado, que recebeu o relatório da auditoria externa e que esse “será remetido à Procuradoria-Geral da República considerando as competências constitucionais e legais do Ministério Público”.

Segundo o Governo, o relatório revela perdas líquidas de 4.042 milhões de euros no Novo Banco (entre 04 de agosto de 2014, um dia após a resolução do BES, e 31 de dezembro de 2018) e “descreve um conjunto de insuficiências e deficiências graves” no BES, até 2014, na concessão de crédito e investimento em ativos financeiros e imobiliários.

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País de Gales volta a impor quarentena a Portugal continental

  • Lusa
  • 3 Setembro 2020

A medida, que exclui as ilhas dos Açores e da Madeira, entra em vigor às 04h00 de sexta-feira, 04 de setembro.

O País de Gales decidiu retirar Portugal da lista de países isentos de quarentena, mas mantém a Madeira e Açores, anunciou o ministério da Saúde do governo autónomo, que pela primeira vez aplicou regras diferentes do Governo britânico.

O ministro da Saúde galês, Vaughan Gething, disse ter considerado o relatório do Centro de Biossegurança Comum sobre os países que representam um risco para a saúde pública devido à pandemia covid-19.

Decidi retirar Portugal continental (os Açores e a Madeira permanecerão isentos), Gibraltar, Polinésia Francesa e as ilhas gregas de Mykonos, Zakynthos, Lesvos, Paros e Antiparos e Creta da lista de países e territórios isentos”, acrescentou.

As medidas entram em vigor às 04h00 de sexta-feira, 04 de setembro.

“Esta medida está a ser tomada devido ao grande número de casos de coronavírus importados para o País de Gales de turistas que regressam das ilhas gregas, em particular. Na última semana, foram confirmados mais de 20 casos em passageiros de um voo de Zante para Cardiff”, justificou.

A Escócia passou a exigir quarentena às pessoas que chegam da Grécia a partir de hoje, mas esta é a primeira vez que o governo de Gales adota restrições diferentes das de Inglaterra, determinadas pelo governo britânico.

Minutos antes, o ministro dos Transportes britânico, Grant Shapps, tinha dito que Portugal e Grécia continuam na lista de países seguros, apesar da especulação de que seriam retirados.

“Continuamos a manter a lista de corredores de viagem sob constante reavaliação e não hesitaremos em remover países se necessário. No entanto, não há adições ou remoções hoje”, anunciou, através da rede social Twitter.

No entanto, acrescentou, “os turistas são lembrados – os países com quarentena de 14 dias podem e devem mudar num prazo muito curto”.

Portugal só foi incluído na lista dos países com “corredores de viagem” com o Reino Unido há duas semanas, a 20 de agosto, apesar da pressão do governo português e do setor do turismo sobre as autoridades britânicas.

A decisão de adicionar ou remover um país é feita após uma análise do Centro de Biossegurança Comum, que usa como indicador principal o nível de 20 casos por 100 mil habitantes em sete dias, mas que também tem em consideração outros fatores, como prevalência, nível, taxa de mudança de casos positivos confirmados.

Inicialmente feita de três em três semanas, a reavaliação das medidas é agora feita semanalmente.

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Governo britânico mantém Portugal na lista de países seguros

Apesar do aumento de casos de Covid-19, Portugal vai continuar a integrar a lista de corredores aéreos do Reino Unido, Pelo menos, para já.

O governo Britânico decidiu manter Portugal na lista de corredores aéreos do Reino Unido. A decisão foi confirmada esta quinta-feira, pelo ministro dos transportes do Governo inglês.

Continuamos a manter a lista de corredores de viagens sob revisão constante e não hesitaremos em remover países se necessário. No entanto, não há adições ou remoções inglesas hoje“, anunciou o ministro dos transportes do Governo britânico, Grant Shapps, no Twitter.

O ministro alertou ainda os turistas de que “os países com quarentena de 14 dias podem mudar e mudam num prazo muito curto”.

A imprensa britânica começou a especular esta semana sobre a possibilidade de Portugal e Grécia serem excluídos da lista dos países com “corredores de viagem” que estão isentos de quarentena na chegada ao Reino Unido.

A própria ministra da Saúde, Marta Temido, reconheceu na quarta-feira que os casos de covid-19 estão a aumentar em Portugal e que existe um maior risco de transmissão da doença. Os números da nossa situação epidémica estão a subir. Estão a subir desde há uma semana e situam-se agora em cerca de 340 novos casos diários. Esta é uma realidade”, afirmou na conferência de imprensa de atualização da situação da pandemia de Covid-19 em Portugal.

Portugal só foi incluído na lista dos países com “corredores de viagem” com o Reino Unido há duas semanas, a 20 de agosto, apesar da pressão do governo português e do setor do turismo sobre as autoridades britânicas.

Na altura, o ministro dos Transportes, Grant Shapps, avisou que “as coisas podem mudar rapidamente” e que as pessoas deveriam viajar apenas se estiverem dispostas a cumprir quarentena de 14 dias, se necessário”, falando por experiência própria, pois teve de ficar em isolamento ao voltar de férias em Espanha.

A decisão de adicionar ou remover um país é feita após uma análise do Centro de Biossegurança Comum, que usa como indicador principal o nível de 20 casos por 100 mil habitantes em sete dias, mas que também tem em consideração outros fatores, como prevalência, nível, taxa de mudança de casos positivos confirmados. Inicialmente feita de três em três semanas, a reavaliação das medidas é agora feita semanalmente.

A lista de “corredores de viagem” tem atualmente menos de 70 países e territórios, tendo sido excluídos desde julho Suíça, República Checa e Jamaica, Croácia, Áustria e a ilha de Trinidade e Tobago, França, Países Baixos, Mónaco, Malta, as ilhas Turcas e Caicos e Aruba, Bélgica, Andorra, Bahamas, Espanha e Luxemburgo.

Entretanto, a Escócia passou a exigir quarentena às pessoas que chegam da Grécia a partir desta quinta-feira na sequência de um aumento dos casos de contágio naquele país, incluindo de vários britânicos que entretanto voltaram de férias.

Cuba, Estónia, Letónia, Eslováquia, Eslovénia, o arquipélago de São Vicente e Grenadinas, Brunei e Malásia foram adicionados à lista de países seguros.

(Notícia atualizada às 17h49)

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