Embalagens descartáveis para take away vão custar 30 cêntimos a partir de 2022

Diz a proposta de lei do PAN que o valor pode ser revisto em função da evolução da introdução destas embalagens no consumo e do seu conteúdo em material reciclado.

O Grupo Parlamentar do PAN – Pessoas-Animais-Natureza anunciou esta quinta-feira que o Governo acolheu, em sede de discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2021, o pagamento de um valor de 30 cêntimos por cada embalagem descartável, de uso único, “adquiridas em refeições prontas a consumir, nos regimes de pronto-a-comer e levar ou com entrega ao domicílio”. Quem não quiser pagar este valor e ajudar o ambiente, pode levar o seu próprio recipiente reutilizável.

Esta contribuição entra em vigor a partir de 1 de janeiro de 2022 e será aplicada “independentemente do material de que são feitas”. Diz a proposta de lei do PAN que o valor pode ser revisto em função da evolução da introdução destas embalagens no consumo e do seu conteúdo em material reciclado. O valor de 30 cêntimos pago por cada embalagem terá de ser obrigatoriamente discriminado na fatura.

Do lado de quem vende, os comercializadores de refeições prontas a consumir, nos regimes de pronto a comer e levar, não podem recusar a utilização de “recipientes próprios do consumidor final”. As receitas desta contribuição vão para o Estado (50%), para o Fundo Ambiental (40%), para aplicação preferencial em medidas no âmbito da economia circular; para a APA (5%), para a Autoridade tributária (3%) para a Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento (1%) e para a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (1%).

O PAN invoca a Diretiva 2019/904 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de junho de 2019, que prevê a proibição da colocação no mercado de embalagens de take away de poliestireno expandido e de plástico oxodegradável até 3 de julho de 2021.

“A proibição de colocação no mercado de embalagens de take-away destes materiais poderá conduzir a uma substituição dos mesmos por outros materiais de plástico, induzindo, assim, ao aumento da sua produção. Desta forma, é crucial a criação de incentivos ao uso de embalagens de take-away reutilizáveis, a fornecer pela entidade de restauração ou pelo cliente, ao invés da utilização de embalagens de take-away feitas de plástico não reutilizável”, refere o grupo parlamentar.

Além disso, o Governo deu também o seu sim à proposta do PAN para a realização em janeiro de 2021 de uma campanha de informação nacional multimeios, junto de canais com maiores níveis de audiência, sobre a correta prática de deposição de resíduos utilizados para prevenção à COVID-19, no contexto da atual
crise sanitária, bem como de prevenção da produção dos mesmos, nomeadamente, através do uso de máscaras reutilizáveis.

A proposta inclui ainda a criação e regulamentação, até março de 2021, de um novo circuito de gestão de resíduos que vise a recolha e tratamento de máscaras descartáveis.

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Marcelo propõe ao Parlamento estado de emergência até 8 de dezembro com “medidas calibradas em função do grau de risco” dos concelhos

Após ter ouvido o Governo, o presidente enviou esta tarde ao Parlamento a proposta de renovação do estado de emergência devido aos números "muito inquietantes" de infetados e mortos devido à Covid-19.

O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já enviou à Assembleia da República a proposta de renovação do estado de emergência no país. Se for aprovado na sexta-feira, o regime ficará em vigor entre 24 de novembro e 8 de dezembro e terá medidas diferenciadas em função do grau de risco de cada concelho. Após a votação parlamentar, Marcelo Rebelo de Sousa vai fazer uma comunicação ao país às 20h e o Governo vai reunir-se em Conselho de Ministros para definir as medidas concretas a adotar, no sábado.

“Depois de ouvido o Governo, que se pronunciou esta tarde em sentido favorável, o Presidente da República acabou de enviar à Assembleia da República, para autorização desta, o projeto de diploma renovando o estado de emergência por 15 dias, de 24 de novembro a 8 de dezembro”, anunciou o presidente.

A proposta, que Marcelo já tinha dito que iria fazer, acontece depois da reunião com especialistas do Infarmed sobre a evolução da pandemia no país. Para justificar a renovação do estado de emergência, atualmente em vigor, o presidente explica que os peritos indicam que o efeito das medidas tomadas sobre a evolução da pandemia se fazem sentir, no número de infetados, cerca de duas a seis semanas depois de serem tomadas, e, no número de falecimentos, cerca de um mês depois.

O nível de incidência, com os “muito inquietantes” números de novos infetados e de falecimentos, “continua a ser muito elevado e a colocar uma enorme pressão no SNS e no sistema de saúde em geral, em particular na capacidade de acolhimento em Unidades de Cuidados Intensivos”.

“Além das medidas genéricas e fundamentais de higiene pessoal, de uso adequado de máscaras e de distanciamento social, é indispensável renovar o estado de emergência, para que certas medidas restritivas possam ser também renovadas, mas mais adaptadas à experiência da realidade e mais diferenciadas em função da situação e heterogeneidade em cada município“, diz.

Não só prevê medidas diferenciadas por concelhos, como o novo decreto traz também algumas novidades. É o caso da possibilidade de encerramento de estabelecimentos pelas autoridades, bem como o impedimento de despedimentos no Sistema Nacional de Saúde (SNS). O decreto presidencial propõe assim que durante todo o período fique parcialmente suspenso o exercício dos seguintes direitos:

1) Direitos à liberdade e de deslocação:

a) Nos municípios com níveis mais elevados de risco, podem ser impostas restrições necessárias para reduzir o risco de contágio e executar as medidas de prevenção e combate à epidemia, devendo as medidas a adotar ser calibradas em função do grau de risco de cada município, podendo, para este efeito, os mesmos ser agrupados de acordo com os dados e avaliação das autoridades competentes, incluindo a proibição de circulação na via pública durante determinados períodos do dia ou determinados dias da semana, bem como a interdição das deslocações que não sejam justificadas.

b) Na medida do estritamente necessário e de forma proporcional, o confinamento compulsivo em estabelecimento de saúde, no domicílio ou, não sendo aí possível, noutro local definido pelas autoridades competentes, de pessoas portadoras do vírus SARS-CoV-2, ou em vigilância ativa.

c) As restrições referidas supra na alínea a) devem prever as regras indispensáveis para a obtenção de cuidados de saúde, para apoio a terceiros, nomeadamente idosos, incluindo acolhidos em estruturas residenciais, para a frequência de estabelecimentos de ensino, para a produção e abastecimento de bens e serviços e para a deslocação por outras razões ponderosas, cabendo ao Governo, nesta eventualidade, especificar as situações e finalidades em que a liberdade de circulação individual, preferencialmente desacompanhada, se mantém.

2) Iniciativa privada, social e cooperativa:

a) Podem ser utilizados pelas autoridades públicas competentes, preferencialmente por acordo, os recursos, meios e estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde integrados nos setores privado, social e cooperativo, mediante justa compensação, em função do necessário para assegurar o tratamento de doentes com COVID-19 ou a manutenção da atividade assistencial relativamente a outras patologias.

b) Podem ser adotadas as medidas adequadas e indispensáveis para garantir as condições de normalidade na produção, transporte, distribuição e abastecimento de bens e serviços essenciais à atividade do setor da saúde, designadamente com vista a assegurar o acesso e a regularidade no circuito dos medicamentos e vacinas, dos dispositivos médicos e de outros produtos de saúde, como biocidas, soluções desinfetantes, álcool e equipamentos de proteção individual.

c) Pode ser determinado pelas autoridades públicas competentes o encerramento total ou parcial de estabelecimentos, serviços, empresas ou meios de produção e impostas alterações ao respetivo regime ou horário de funcionamento.

3) Direitos dos trabalhadores:

a) Podem ser mobilizados, pelas autoridades públicas competentes e no respeito dos seus restantes direitos, trabalhadores de entidades públicas, privadas, do setor social ou cooperativo, independentemente do respetivo tipo de vínculo ou conteúdo funcional e mesmo não sendo profissionais de saúde, designadamente servidores públicos em isolamento profilático ou abrangidos pelo regime excecional de proteção de imunodeprimidos e doentes crónicos, para apoiar as autoridades e serviços de saúde, nomeadamente na realização de inquéritos epidemiológicos, no rastreio de contactos e no seguimento de pessoas em vigilância ativa.

b) Pode ser limitada a possibilidade de cessação dos vínculos laborais dos trabalhadores dos serviços e estabelecimentos integrados no SNS.

4) Direito ao livre desenvolvimento da personalidade e vertente negativa do direito à saúde: pode ser imposta a utilização de máscara e a realização de controlos de temperatura corporal, por meios não invasivos, assim como a realização de testes de diagnóstico de SARS-CoV-2, designadamente para efeitos de acesso e permanência no local de trabalho ou como condição de acesso a serviços ou instituições públicas, estabelecimentos de ensino ou de formação profissional e espaços comerciais, culturais ou desportivos, na utilização de meios de transporte ou relativamente a pessoas institucionalizadas ou acolhidas em estruturas residenciais, estabelecimentos de saúde, estabelecimentos prisionais ou centros educativos e respetivos trabalhadores.

5) Direito à proteção de dados pessoais: pode haver lugar ao tratamento de dados pessoais na medida do estritamente indispensável para a concretização das medidas previstas no n.º 3 do presente artigo e no artigo 5.º do presente decreto, bem como para efeitos do disposto no n.º 4 do presente artigo sem que, neste caso, seja possível guardar memória ou registo das medições de temperatura corporal efetuadas nem dos resultados dos testes de diagnóstico de SARS-CoV-2.

(notícia em atualização)

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Altice Portugal recupera no trimestre. Telemóveis e conteúdos desportivos amparam receitas

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações da Altice Portugal caiu 1,1% nos nove meses até setembro, enquanto as receitas estabilizaram, face à recuperação do negócio no trimestre.

A Altice Portugal viu o negócio recuperar no terceiro trimestre, mas ainda está sob pressão dos efeitos da pandemia. Nos nove meses até setembro, as receitas da dona da Meo registaram um recuo marginal de 0,2% em termos homólogos, para 1.562,9 milhões de euros, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) recuou 1,1%, para 628,3 milhões de euros.

Concretamente no último trimestre, ambos os indicadores registaram um crescimento comparativamente com o mesmo período do ano passado. As receitas trimestrais cresceram 0,9%, para 541,1 milhões de euros, enquanto o EBITDA subiu 0,5%, para 216,9 milhões de euros, revelou a empresa esta quinta-feira.

“O terceiro trimestre de 2020 revelou uma vez mais a sustentabilidade do desempenho da Altice Portugal, tanto nas receitas como no EBITDA, embora os impactos da pandemia Covid-19 se tenham prolongado ao longo deste trimestre”, admite a Altice Portugal. A amparar as contas estiveram o “crescimento das vendas, especialmente telemóveis”, a “retoma das receitas de conteúdos premium desportivos” e “alguma melhoria das receitas de roaming, apesar dos significativos impactos decorrentes da redução abrupta do turismo em Portugal”, explica.

Neste contexto, a empresa destaca que continuou a investir mesmo neste período “adverso”, atingindo 120,2 milhões de euros no trimestre, um aumento de 21 milhões de euros face ao terceiro trimestre de 2019. No acumulado dos nove meses, o total de casas passadas na rede de fibra ótica da Altice Portugal foi de 446 mil, “da quais 386 mil foram realizadas na rede da Fast Fiber”, aponta a companhia, que fechou setembro com 5,4 milhões de casas passadas.

Meo ganha 10 mil clientes particulares

Analisando os segmentos de negócio ao detalhe, o consumo representou uma receita de 304,3 milhões de euros para a Altice Portugal no terceiro trimestre, uma subida de 1,4% face ao período homólogo. “O segmento voltou ao caminho de recuperação sustentada iniciada em 2018, com base no crescimento contínuo da base de clientes, alavancado tanto em novos clientes como no controlo dos desligamentos”, aponta a empresa.

O grupo contabilizou 10 mil adições líquidas em clientes únicos do segmento de consumo, ou seja, o negócio de particulares, ao mesmo tempo que registou 52 mil adições liquidas de unidades geradoras de receita (RGU).

“As adições líquidas dos três serviços âncora do negócio fixo e convergente, a voz, a banda larga e a TV, registaram um total de 52 mil no terceiro trimestre de 2020, prosseguindo a evolução consistente do crescimento do parque de serviços desde o ano anterior, o que é demonstrado por um aumento de 159 mil nos últimos 12 meses”, aponta a companhia.

Além disso, a empresa acrescenta que “esta rota de desempenho sustentado também se manteve no negócio móvel”. A base de clientes pós-pagos subiu em 30 mil no trimestre.

Quanto ao desempenho do segmento empresarial, as receitas aumentaram 0,3%, para 236,7 milhões de euros, uma subida marginal, mas que “fez retomar o crescimento homólogo das receitas” deste segmento, que tinha sido “interrompido no trimestre anterior pela situação pandémica” e pelo confinamento.

“O terceiro trimestre marcou o início de uma frágil recuperação económica para uma nova realidade, limitada por fortes e dispendiosos requisitos de distanciamento social para as empresas, enquanto os clientes gradualmente recuperam a sua confiança no meio da pandemia”, destaca a Altice Portugal.

“As nossas redes e a nossa tecnologia continuam a assegurar que os nossos clientes, residenciais ou empresariais, possam trabalhar e desempenhar as suas funções com a maior normalidade possível, dando provas de uma capacidade de resposta apenas ao alcance de uma grande empresa, com uma vasta experiência, com tecnologia de ponta e com colaboradores aptos e sempre dispostos a reagir aos desafios que lhes são impostos”, remata o presidente executivo na mesma nota.

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Portugal regista recorde de 6.994 novos casos de Covid-19. Morreram 69 pessoas

Foram confirmados 6.994 novos casos diários de Covid-19 no país, um novo máximo. Número de mortes também subiu para 3.701, depois de 69 óbitos terem sido contabilizados nas últimas 24 horas.

Há 6.994 novos casos de Covid-19 em Portugal, um novo recorde, aumentando para 243.009 o número total de infeções desde o início da pandemia. Trata-se de um crescimento diário de 2,96%. Os dados diários indicam ainda mais 69 óbitos onde foi confirmada a presença do vírus. Assim sendo, o número total de mortes subiu para 3.701.

Com este novo balanço, Portugal volta a ultrapassar a barreira das 6.000 novas infeções, tendo registado 6.994 novos casos nas últimas 24 horas, acima do anterior recorde registado a 13 de novembro. Ao mesmo tempo, o número de mortes diminuiu ligeiramente: nas últimas 24 horas morreram 69 pessoas, menos 10 do que no dia anterior. Destes óbitos, 29 foram na região Norte, 24 em Lisboa e Vale do Tejo, 12 no Centro, um no Alentejo e três no Algarve.

Há agora 81.384 pessoas (casos ativos) a lutarem contra a doença, mais 2.703 pessoas do que no balanço anterior. Tal como tem sido a tendência verificada nos últimos dias, a maioria dos novos casos foi registada na região Norte. Do total de novos casos confirmados nas últimas 24 horas, 4.415 localizam-se nesta região (63%), seguidos pela região de Lisboa e Vale do Tejo, que contabilizou 1.542 novas infeções (22%).

Boletim epidemiológico de 19 de novembro:

O Norte continua a ser a região com mais casos até ao momento (124.572 casos de infeção e 1.726 mortes), seguindo-se de Lisboa e Vale do Tejo (84.800 casos e 1.363 mortes), do Centro (22.921 casos e 466 mortes), do Alentejo (4.825 casos e 89 mortes) e do Algarve (4.459 casos e 40 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 684 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 748 pessoas infetadas e duas vítimas mortais.

Quanto à caracterização clínica, a maioria dos infetados está a recuperar em casa, sendo que 13.017 estão internados (menos 34 face ao dia anterior), dos quais 458 em unidades de cuidados intensivos (mais 26). Há ainda 80.097 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, ou seja, mais 470 do que no balanço de quarta-feira.

Os dados revelados pelas autoridades de saúde dão ainda conta de mais 4.222 recuperados, um número ligeiramente superior relativamente ao último balanço. No total, mais de 157 mil pessoas recuperaram da doença.

(Notícia atualizada às 17h10)

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Mário Ferreira discorda da avaliação da CMVM que obriga a OPA sobre a TVI

  • Lusa
  • 19 Novembro 2020

A Pluris Investments, de Mário Ferreira, está a analisar a decisão da CMVM que obriga ao lançamento de uma OPA obrigatória sobre 69,78% da Media Capital, mas discorda da avaliação do regulador.

A Pluris Investments, do empresário Mário Ferreira, está a analisar a decisão da CMVM que determina o lançamento de uma OPA obrigatória sobre 69,78% da Media Capital, e afirma discordar da avaliação feita pelo regulador.

O empresário Mário Ferreira, acionista da Media Capital através da Pluris Invesments, vai ter de lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) obrigatória sobre a dona da TVI, de acordo com decisão da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), divulgada na quarta-feira.

Em comunicado, a Pluris diz que “está a analisar, com ponderação, a decisão da CMVM relativa a aspetos pontuais relacionados com a sua participação na Media Capital, que o próprio regulador afirma terem cessado com a saída da Prisa/Vertix em 03 de novembro”.

Destaca que seis meses após o início do processo pela CMVM, foi notificada na quarta-feira à tarde “do sentido e teor da decisão proferida pela CMVM quanto ao pedido de ilisão de presunção de exercício concertado de influência sobre a grupo Media Capital SGPS”, apresentado à própria CMVM, por iniciativa da Pluris, no dia 15 de maio.

“A Pluris não pode deixar de se congratular pelo facto de, após tanta e tão profusa especulação, ter a CMVM esclarecido o seu entendimento quanto à inexistência de uma transferência do domínio da Media Capital para a Pluris, tendo, desta forma, reformulado parcialmente o sentido do projeto de decisão inicialmente anunciado”, aponta.

“Contudo, a Pluris não pode também deixar de referir a sua discordância quanto à avaliação efetuada pela CMVM relativamente aos factos e, seguramente, ao direito aplicável, que concluiu pela verificação de um exercício concertado de influência para efeitos de direito de valores mobiliários – apesar de delimitado no tempo e terminado a 03 de novembro”, acrescenta a empresa de Mário Ferreira, que detém 30,22% da Media Capital.

A Pluris lamenta, “em especial, que os meios de prova indicados pela Pluris e o acerto da sua argumentação jurídica, devidamente sustentada por opiniões de distintos professores de Direito, não tenham sido considerados pela CMVM nesta sua decisão final“.

A empresa diz pautar “sempre a sua conduta por uma total e proativa disponibilidade para colaborar com todos os reguladores envolvidos, no estreito cumprimento da lei – o que não é colocado em causa por esta decisão da CMVM”.

Após a análise “com total serenidade e ponderação as implicações desta decisão da CMVM”, a Pluris diz que “tomará as decisões que se verificarem mais adequadas e sempre sustentada na lei”, conclui.

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A oferta que a Pluris “deverá incidir sobre todas as ações da Media Capital não detidas pela Pluris (ou seja, 69,78%)”, de acordo com a CMVM.

O anúncio preliminar da OPA deverá ocorrer até 25 de novembro, um dia depois da assembleia-geral de acionistas da Media Capital, a qual vai eleger os novos órgãos sociais, onde Mário Ferreira é proposto para presidente.

A Media Capital, de acordo com dados de 03 de novembro, tem como acionistas, além da Pluris Investments (30,22%), Triun (23%), Biz Partners (11,97%), CIN (11,20%), Zenithodyssey (10%), Fitas & Essências (3%), DoCasal Investimentos (2,5%) e o NCG Banco (5,05%).

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Partidos alertam para situação preocupante. Pedem apoios para medidas restritivas

Na véspera de ser votada a renovação do estado de emergência, políticos ouviram especialistas do Infarmed sobre a situação do país. Pedem mais apoios para as medidas mais restritivas.

As reuniões do Infarmed regressaram esta sexta-feira e a decisão recebeu elogios generalizados dos vários partidos. O encontro serviu para os especialistas apresentarem a situação do país e, à saída, os vários representantes partidários alertaram para a gravidade da incidência da pandemia. Na véspera de ser votada a renovação do estado de emergência, pedem mais apoios para as medidas restritivas.

As empresas e as famílias precisam de apoio hoje. As respostas não são suficientes, vamos viver semanas muito difíceis no decorrer desta pandemia“, alertou Ricardo Baptista Leite, do PSD. “As medidas implementadas — difíceis e com grande impacto económico — não vão surtir a totalidade dos efeitos desejados de diminuir o número de casos para um nível gerível”.

A estimativa dos epidemiologistas é que o país atinja o pico de novos casos por Covid-19 no fim de novembro, o que corresponde a uma média diária de sete mil novos casos. Quanto ao número de mortos, deverá aumentar ainda até meados de dezembro. Mas alertaram também que poderá haver uma terceira e uma quarta vagas.

“O país atravessa uma situação preocupante. Perante esta situação só pode haver uma solução que é mais medidas, que não apontem só para responsabilização individual, mas também responsabilização do Estado e direitos para fazer face à pandemia. Só com mais Estado e com criação de direitos para a população é que será possível combater esta pandemia”, sublinhou Moisés Ferreira, do Bloco de Esquerda.

Além do BE, também o PCP, o PEV e o PAN apontaram a necessidade de reforço do Sistema Nacional de Saúde, tal como do reforço da segurança dos trabalhadores. Inês Sousa Real aponta a necessidade de proteger áreas que “têm ficado para trás, como as consultas e outras áreas da saúde” para lá da Covid-19.

PCP, Chega e IL contra renovação do estado de emergência

Vários foram os partidos que aproveitaram igualmente a ocasião para criticar a atuação do Governo. O vice-presidente do CDS, António Carlos Monteiro, diz que havia dados em agosto que mostravam que “as coisas estavam a correr mal” e mesmo assim “não houve tomada de decisão” nessa altura. “O que temos dito que o Governo tem andado a reboque das circunstâncias foi hoje confirmado pelos especialistas”, criticou.

O líder da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo, considera que “nunca se tentou calcular que impacto é que cada medida tem na economia”, defendendo a necessidade de escolher entre medidas com base nas que tenham mais eficácia com menos impacto na economia. “O Governo quer uma espécie de cheque em branco para tomar decisões que não são de bom senso”, atirou.

Já o deputado único do Chega, André Ventura, acusou Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa de “voltarem a lançar e deixar no ar o fantasma” do confinamento. “É mau para os portugueses, para a sociedade e para a economia, que os mais altos responsáveis da nação coloquem este cenário em cima da mesa. Parece que estão desejosos de irmos para novo confinamento”, afirmou.

O confinamento é, segundo os dois responsáveis, o cenário a afastar e, para isso, procuram reforçar as medidas diferenciadas. O Presidente da República confirmou que enviará à Assembleia da República, ainda esta quinta-feira, o Decreto Presidencial para a renovação do estado de emergência. O objetivo é que o documento seja votado pelos deputados na sexta-feira. PCP, Chega e Iniciativa Liberal anunciaram que vão votar contra, mas a aprovação deverá ser garantida pelos votos a favor do PS e do PSD.

“As medidas que foram adotadas têm de continuar a ser adotadas e por isso se justifica no entender do partido comunista e como foi dito pelo Presidente da República que o estado de emergência continue”, defendeu o socialista José Luís Carneiro. Depois desta quinta-feira, as reuniões entre especialistas e políticos sobre a evolução da Covid-19 vão voltar a realizar-se quinzenalmente, anunciou ainda o secretário-geral adjunto do PS.

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Sonae distinguida pela transformação digital do recrutamento

  • Trabalho
  • 19 Novembro 2020

A edição deste ano do programa de trainees "Contacto", da Sonae, foi distinguida pela organização norte-americana HRO Today Association, pela experiência dos candidatos e pelo recurso à tecnologia.

A edição 2020/2021 do programa de trainees “Contacto”, da Sonae, foi distinguido pela organização norte-americana HRO Today Association, pela qualidade da experiência proporcionada aos candidatos e pela tecnologia utilizada no processo de recrutamento e seleção. O programa de estágios decorreu já depois do início da pandemia e já integrou 54 jovens.

O programa de estágios venceu a categoria “Best in class: candidate experience & HR technology“, que distingue as melhores práticas no processo de recrutamento e seleção, entre elas as experiência do candidato e o recurso a soluções tecnológicas por parte dos recursos humanos.

A Sonae iniciou o processo de recrutamento com uma campanha online designada “World of Opportunities”, onde foram expostas os vários negócios da empresa. Depois de apresentadas as candidaturas online, os jovens passaram por uma fase de provas gamificadas, seguida de uma entrevista em formato de pitch com as equipas de recursos humanos.

Programa de trainees “Contacto”D.R.

Antes das entrevistas finais, os candidatos passaram por um encontro virtual onde puderam conhecer as oportunidades de estágio disponíveis e os responsáveis dos vários setores de negócio da Sonae.

“O arranque do processo de recrutamento coincidiu com o início da pandemia em Portugal, o que trouxe novas restrições à forma como se conduzem processos desta natureza. Apesar do contexto desafiante, a Sonae decidiu transformar o programa de trainees, demonstrando resiliência e capacidade de adaptação.

O recrutamento e seleção decorreram num formato integralmente virtual, apostando na tecnologia para proporcionar uma experiência envolvente e enriquecedora, tanto a candidatos, como a recrutadores. É muito gratificante ver esse esforço ser reconhecido a este nível”, sublinha Ana Vicente, head of people & leadership da Sonae, citada em comunicado.

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PCP conseguiu viabilizar mais propostas do que o Bloco em Orçamentos da geringonça

Os dados mostram que, desde que foi criada a geringonça, houve um maior número de propostas do PCP a serem aceites pelo PS na fase de especialidade dos Orçamentos de Estado do que do Bloco.

Desde que a geringonça foi criada no final de 2015, os parceiros do PS foram conseguindo ver aprovadas propostas suas na fase de especialidade dos Orçamentos, as quais se somavam às medidas que já tinham sido negociadas com o Governo e inscritas no documento inicial. Contudo, os dados indiciam uma maior abertura dos socialistas para aprovarem propostas do PCP em comparação com as do Bloco. No OE 2021, com os bloquistas a votarem contra, esse foco no PCP é reforçado.

De acordo com as estatísticas cedidas pela Assembleia da República, o PCP conseguiu ver aprovadas 205 propostas desde o Orçamento do Estado para 2016 (OE 2016) até ao OE 2020, sem contabilizar o Orçamento Suplementar para o qual o ECO não conseguiu ter dados.

É de notar que os comunistas também foram os que mais propostas entregaram para a fase de especialidade. Além disso, esta análise não avalia o impacto de cada medida, mas apenas o número de propostas aprovadas, as quais dependem do voto favorável do PS, à exceção de algumas maiorias negativas.

Número de propostas do PCP e do BE que foram aprovadas em cada OE

Fonte: Assembleia da República.

Já o Bloco de Esquerda conseguiu ver aprovadas 168 propostas nos últimos cinco anos, menos 37 propostas do que os comunistas. No OE 2021, a expectativa é que poucas das 12 propostas dos bloquistas — um número baixo de propósito, como explicou o partido — possam ser viabilizadas por corresponderem a linhas vermelhas do PS, o que levou o Bloco a votar contra. No entanto, o o secretário-geral adjunto do PS revelou que esta quinta-feira que o Governo vai retomar as negociações com os partidos à esquerda. “Por iniciativa do Governo, durante o dia de amanhã [quinta-feira] e durante a manhã haverá de novo diálogo e conversações com os partidos, nomeadamente com o próprio BE, tendo em vista garantir a confirmação da disponibilidade negocial da parte do Governo”, disse José Luís Carneiro após o encontro com o Presidente da República, que desde terça-feira esteve a ouvir os partidos com assento parlamentar sobre a pandemia de Covid-19 e o Orçamento do Estado para 2021.

Anteriormente, tinha sido o PCP a roer a corda em julho no Orçamento Suplementar, com um voto contra, mas agora passou a ser o partido do qual o Governo depende. Os comunistas decidiram por isso elevar a fasquia na especialidade, apresentando um recorde (pelo menos dos últimos anos) de 351 propostas.

Nesta contabilização das propostas aprovadas, se ao PCP se juntar o parceiro da coligação CDU, o PEV, a diferença é ainda mais expressiva. De acordo com os dados, os Verdes conseguiram ver aprovadas 79 propostas ao longo dos últimos anos.

O outro elemento informal da geringonça, o PAN, também conseguiu algumas vitórias com 64 propostas aprovadas na especialidade. Desde que mudou a legislatura que o PAN, agora com um grupo parlamentar maior, tem apresentado um maior volume de propostas: antes de 2019 apresentou sempre menos de 100 propostas por Orçamento; em 2020 e agora para 2021 apresentou 236 e 263, respetivamente.

Nos últimos anos, naturalmente o PS foi o partido que mais proposta conseguiu ver aprovadas na fase de especialidade. Muitas destas alterações eram aproximações às exigências dos parceiros da geringonça que depois viabilizavam as propostas socialistas, tal como deverá acontecer este ano. No total, entre 2016 e 2020, os socialistas conseguiram ver aprovadas 483 propostas na fase de especialidade dos Orçamentos.

E mesmo a oposição consegue ver aprovadas algumas propostas nos Orçamentos. É o caso do PSD que entre 2016 e 2020 viu serem aprovadas 59 propostas suas. O CDS conseguiu 30, a Iniciativa Liberal duas e o Chega uma. A agora deputada não inscrita, Joacine Katar Moreira, então do Livre — visto também como um aliado da geringonça –, conseguiu ver aprovadas seis propostas no OE 2020.

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Flores&Cerâmica. Um projeto português e 100% handmade

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  • 19 Novembro 2020

A arquiteta Joana Marcelino acaba de criar um novo projeto que quer trazer mais personalidade às mesas portuguesas, mesmo a tempo do Natal.

A arquiteta Joana Marcelino trabalha em Portugal mas para o mundo. Com as próprias mãos, desenha coleções de mármore e cerâmica para marcas de estatuto internacional, como Lovetiles, Pavigrés ou Pedrantiqua. Na Biennale Interieur Kortrijk, na Bélgica, ou no Salone Del MobIle, em Milão, já pudemos ver um espelho por si desenhado a pedido de um editor de design belga.

Para 2020 há uma evidente necessidade de reinvenção, transformação, criatividade para que o Natal que aí vem, ainda tão incerto, possa chegar de uma forma especial.

É num contexto 100% português e 100% handmade que nasce o novo projeto da arquiteta, Flores&Cerâmica, que traz às mesas portuguesas muita personalidade, traduzido até em novas cores e ambientes que são sinónimo de tranquilidade.

Flores&Cerâmica, de Joana Marcelino Studio, traduz-se numa coleção de pratos para bolos e jarras, com arranjos ímpares de flores naturais ou naturais desidratadas que perdurem no tempo. A cerâmica, design for Joana Marcelino em parceria com a Maria Portugal Terracota, oferece uma variedade de pratos e jarras em branco mate suave, facilmente integrável em qualquer mood de cada casa ou empresa.

Esta coleção é, assim, a aposta numa decoração especial que defende a produção nacional, com a assinatura de uma arquiteta de renome e da valorização da cerâmica handmade. As peças estão disponíveis em diferentes dimensões, com preços que variam entre 30€ e 100€, podendo ser adquiridas por encomenda.

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Wall Street afasta-se de recorde. Desemprego voltou a subir

As bolsas norte-americanas estão a perder valor, depois de o Departamento do Trabalho ter revelado um aumento no número de pedidos de subsídio de desemprego na última semana.

As bolsas norte-americanas estão a perder valor, reagindo negativamente à imposição de novas medidas de confinamento para travar a pandemia nos EUA e em várias regiões do globo. Os investidores também estão a afastar-se de ativos de maior risco perante o aumento do número de pedidos de subsídio de desemprego na última semana, um sinal pouco animador sobre o mercado laboral.

O S&P 500 e o Dow Jones estão novamente a afastar-se dos recordes alcançados esta semana, depois de duas vacinas experimentais contra a Covid-19 terem gerado resultados muito acima das expectativas, ditando o tom daquilo que se espera que seja o início do fim da pandemia. Mas a euforia dos investidores resfriou. O índice de referência está a cair 0,38%, para 3.554,28 pontos, enquanto o índice industrial perde 0,45%, para 29.307,2 pontos. O tecnológico Nasdaq cede 0,13%, para 11.786,39 pontos.

Antes da abertura das bolsas, o Departamento do Trabalho revelou que o número de pedidos de subsídio de desemprego nos EUA, ajustado ao efeito da sazonalidade, atingiu os 742 mil na semana passada, uma subida face aos 711 mil registados na semana anterior. Este indicador continua significativamente acima da média do período pré-pandemia e há várias semanas que o número vinha a cair lentamente, pelo que a subida está a causar nervosismo nos mercados de capitais.

Entre as empresas em queda está a Amazon, que desvaloriza 0,49%, assim como a Apple, cujas ações recuam 0,29%. A Tesla continua em destaque, beneficiando da decisão anunciada esta semana de que a fabricante vai mesmo ser integrada no S&P 500, já no próximo dia 21 de dezembro. Os títulos da empresa presidida por Elon Musk estão a ganhar 2,43%, para 498,46 dólares.

Na indústria, a Boeing volta a destacar-se com uma valorização acima de 1%, para 205,4 dólares. Na quarta-feira, o regulador norte-americano da aviação civil deu novamente “luz verde” ao 737 Max, um modelo de avião cujos voos foram suspensos após dois desastres que mataram mais de três centenas de pessoas.

Em destaque estão também os títulos da rede social Joyy. As ações estão a recuperar quase 20%, depois de a empresa ter refutado um relatório de um investidor com uma posição curta sobre a cotada, que tinha levado o seu preço a afundar mais de 26% na sessão anterior.

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Marcelo defende “medidas específicas” para certos concelhos. Algumas podem entrar em vigor já neste fim de semana

O Presidente da República vai pedir a renovação do estado de emergência ao Parlamento, para que "medidas específicas" possam ser tomadas nos diferentes concelhos, "parte" delas já neste fim de semana.

O Presidente da República confirmou que enviará à Assembleia da República (AR) o Decreto Presidencial para a renovação do estado de emergência em Portugal durante a tarde desta quinta-feira. O objetivo é que o documento seja votado pelos deputados na sexta-feira, e Marcelo Rebelo de Sousa admite que algumas medidas possam “entrar em vigor ainda numa parte, porventura, deste fim de semana”.

“Enviarei ainda esta tarde para a AR, tendo em conta o que ouvi aos partidos políticos, o que ouvimos todos aos especialistas e o parecer do Governo, o diploma para ser votado amanhã, na sequência do qual o Governo, como é costume, procederá à aprovação do decreto de execução, que será devidamente assinado para poder entrar em vigor ainda numa parte, porventura, deste fim de semana, [e] na parta de renovação a partir de dia 24″, disse o chefe de Estado à saída de uma reunião na sede do Infarmed.

Em declarações transmitidas pela RTP3, o Presidente da República garantiu que “é necessário renovar o estado de emergência”, que é o enquadramento legal que permite ao Governo tomar medidas com “flexibilidade” e “plasticidade”, ajustando-as “às situações diferentes vividas no território continental”. Deixou ainda em cima da mesa a possibilidade de renovações “subsequentes” deste mesmo enquadramento, algo que o primeiro-ministro, António Costa, também já tinha admitido em declarações recentes.

No entanto, o chefe de Estado não clarificou que tipo de medidas é que poderão entrar em vigor já neste próximo fim de semana, nem exatamente quando. O Governo já revelou que, se o decreto for aprovado esta sexta-feira na Assembleia da República, as novas restrições serão anunciadas no sábado.

Na terça-feira, à saída de um encontro com o chefe de Estado em Belém, o deputado do PEV, José Luís Ferreira, avançou que o Governo está a estudar criar um sistema de escalões para dividir o país em três níveis de risco, adaptando as medidas consoante a incidência da Covid-19 por cada 100 mil habitantes. Agora, o próprio Presidente vem confirmar que esse cenário está, efetivamente, a ser analisado: “É diferente a situação ao nível de 240, 480, 960 ou acima disso, de casos por 100 mil habitantes”, afirmou.

De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, esta distinção entre concelhos é agora possível, mas “não o era há oito meses”. “Essa possibilidade” de ajuste das medidas consoante um conjunto de critérios “deve traduzir-se no quadro normativo que é o decreto respeitando à renovação do estado de emergência”, afirmou o Presidente da República.

Por fim, Marcelo Revelo de Sousa alertou para a necessidade de se adotarem medidas que sejam entendidas pelos portugueses. “Não há medidas que possam ser eficazes se os portugueses não acreditarem nelas”, avisou.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h04)

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PIB da OCDE cresce 9% no 3.º trimestre face ao anterior mas abaixo do nível pré-pandemia

  • Lusa
  • 19 Novembro 2020

O Produto Interno Bruto da OCDE aumentou 9% no terceiro trimestre, mas manteve-se 4,3% abaixo do nível anterior ao surto da pandemia da covid-19 no início do ano.

O Produto Interno Bruto (PIB) no conjunto da OCDE aumentou em cadeia 9% no terceiro trimestre, mas manteve-se 4,3% abaixo do nível anterior ao surto da pandemia da covid-19 no início do ano, foi anunciado esta quinta-feira.

Em comparação com o mesmo trimestre de 2019, o PIB entre julho e setembro foi 4,1% inferior em todos os países membros, explicou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) num comunicado.

A OCDE recorda que a atividade tinha diminuído 1,9% entre janeiro e fevereiro, quando os efeitos da pandemia de covid-19 começaram a fazer-se sentir, e que entre abril e junho a contração atingiu 10,6%.

O aumento no terceiro trimestre foi mais forte nos países que tinham sofrido os maiores declínios no segundo trimestre, precisa a organização.

Assim, em França aumentou 18,2% depois de uma contração de 13,7%, em Espanha 16,7% (depois de um recuo de 17,8%), em Itália 16,1% após uma diminuição de 13% e no Reino Unido 15,5% (tinha diminuido 19,8%).

Em termos homólogos, entre os países do G7, os Estados Unidos registaram a menor queda do PIB no terceiro trimestre (2,9%) e o Reino Unido a maior (9,6%).

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